Buscar

Riscos p3

Prévia do material em texto

Gestão ambiental
A Gestão ambiental são ações e projetos que tem com objetivo melhorar os indicadores ambientais de uma atividade, contribuindo para preservação e redução da degradação ambiental.
As ações são propostas com base em informações multidisciplinares e também na participação da sociedade, com o objetivo de orientar o processo de decisão.
	
A gestão ambiental tem algumas etapas essenciais:
Diagnóstico dos aspectos ambientais de cada atividade
Descrição da tecnologia de processo (balanço de massa e energia, matérias primas e insumos, produtos e subprodutos, efluentes, resíduos sólidos, perdas de energia (Equipamentos ou correntes de processos).
Identificação e análise dos problemas ambientais, proposição de soluções e avaliação dos resultados obtidos
Metodologias de Gestão ambiental
 - ISO 
- P+L
P+L – Produção mais limpa 
O que é P+L?
Aplicação contínua de uma estratégia econômica, ambiental e técnica integrada aos processos, produtos e serviços para aumentar a eficiência no uso de matéria- prima, água e energia através da não geração, minimização da geração ou reaproveitamento dos resíduos gerados.
Tendo como vantagem os benefícios ambientais e econômicos e aumento da competitividade da empresa.
A poluição nada mais é do que a ineficiência de processos, pois os poluentes e resíduos são, antes de mais nada, matéria prima não aproveitada que se joga fora.
Resumindo: É a aplicação contínua de uma estratégia ambiental preventiva integrada aos processos, produtos e serviços para aumentar a eficiência ambiental e reduzir os riscos ao homem e ao meio ambiente.
Abordagens: 
Resíduos é matéria prima que não se pode perder
Evitar a geração
Resíduo é algo que não pode ser evitado
Reaproveitar
Resíduo é algo que não pode ser evitado ou reaproveitado (Rejeito Ambiental)
Tratar para reduzir a periculosidade ou volume
Dispor no solo, água, ar (De acordo com Normas)
Gerenciamento de resíduos sólidos – Hierarquia
Não gerar
Minimizar
Reaproveitar ( O P+L permite o reaproveitamento na própria ou em outra instalação)
Tratar – Periculosidade, volume
Dispor
Metodologia de trabalho P+L
Planejamento e Organização: Comprometimento da Alta direção e formação da equipe P+L
Comprometimento da administração e dos colaboradores, visibilidade dos custos envolvidos
O convencimento se dá por: 
- Redução de desperdícios, menores custos de produção (acidentes, perdas de subprodutos, interrupção da produção, alto consumo de insumos)
- Melhoria da segurança do trabalho
- Redução de custos ambientais (remediação da contaminação, ações civis, multas, perda de imagem)
Pré-avaliação: Fluxograma do processo e impactos ambientais
- Levantamento das operações (fluxogramas) e critérios de operação
- Levantamento do fluxo de movimentação de materiais
- Levantamento de balanço de material e energia (é possível identificar o que está sendo consumido, o que está sendo produzido e o que é perdido)
ATIVIDADE ASPECTO IMPACTO
Armazenamento de produtos tóxicos Causa: Emissão de gases Efeito: Contaminação do ar 
Avaliação: Balanço de massa e de energia e oportunidade de P+L
- Avaliação das causas dos desperdícios 
- Propor soluções
- Identificar barreiras e soluções
- Identificar oportunidades de melhoria
Considera-se:
Quantidades envolvidas
Periculosidade do que é utilizado (MP e insumos)
Periculosidade do que é gerado (efluentes líquidos e resíduos sólidos)
Regulamentos legais referentes ao aproveitamento e a disposição de resíduos 
P+L: Avaliação das causas de desperdício
Como identificar uma oportunidade de P+L?
Parte da experiencia da pessoa (conhecimento sobre o processo)
Realizar entrevista com o pessoal da empresa
A maneira como será identificada a oportunidade dependerá do porte e da complexidade das empresas.
Ferramentas P+L:
Balanço de massa e energia Se é possível identificar as massas é possível encontrar problemas, como por exemplo vazamentos.
Tabelas de causa Listagem da geração de resíduos
Diagrama de Pareto Possível identificar o que mais impacta nos problemas identificados 
Soluções:
- Levantamento tecnológico: (Mudança de equipamentos, mudança no produto) Significa identificar e selecionar quais as tecnologias serão utilizadas na implantação de uma ação P+L
A metodologia classifica a P+L de acordo com as possíveis soluções:
Modificações e soluções que mudam a tecnologia, produto e processo
Situação onde há um resíduos gerado apesar da mudança, e é possível realizar reutilização interna
Quando há possibilidade de reciclagem de um resíduos e ela deve ser realizada externamente 
Mudança no processo: Consiste na substituição de um processo ou tecnologia por outro equivalente e de menor impacto ambiental gerando
 aumento da eficiência e do rendimento do processo (equipamentos mais novos, mais modernos )
2) Boas práticas: 
- Alteração de Layout
- Controle de estoque 
- Manutenção preventiva
- Melhoria nos procedimentos operacionais
- Segregação dos resíduos na fonte
- Treinamento 
3) Mudança na tecnologia
4) Reciclagem dentro e fora do processo
5)Mudança no produto
Estudo de viabilidade: Indicadores de desempenho, avaliação técnica, econômica e ambiental e seleção das oportunidades de P+L
Além da viabilidade técnica e ambiental, também é realizada uma viabilidade econômica
- Definição das metas ambientais (Indicadores de desempenho)
Monitorar os fatores ambientais
Detectar metas
Avaliação das condições técnicas
Avaliação ambiental
Implantação e continuidade: Implantação das opções de P+L e avaliação da evolução dos indicadores
- Preparar um plano de implantação
- Monitorar 
- Avaliar 
 Melhorar (Melhoria contínua)
Análise do ciclo de vida – ACV 
Srgiu da evolução do pensamento ambiental – Melhorar a performance ambiental dos empreendimentos
“Do berço ao túmulo”: Como os insumos são retirados na natureza até a chegada á indústria e, depois, como se dá a sua saída, o que será feito com o produto ao seu final.
As emissões do sistema são avaliadas quanto aos impactos potenciais em relação ao uso de recursos naturais, saúde humana e consequência sobre o meio físico e biótico
Fases das análises de ciclo de vida
DEFINIÇÃO DO ESCOPO ANÁLISE INVENTÁRIO AVALIAÇÃO DE IMPACTO INTERPRETAÇÃO (saem as ações)
1ª fase: Definição do escopo e objeto da ACV
Planejamento e estudo 
- Por que realizar o estudo?
- Para quem se destina?
- Quais são as fronteiras? Processos e atividades que serão incluídos na análise
- Quais são as categorias de impacto (Recursos naturais, consequências ecológicas, saúde humana)
- Qual é a unidade funcional a ser considerada? (Referencias com as quais as entradas e saídas do sistema estão relacionadas)
2ª Fase: Análise de inventario
Balanço de massa dentro do sistema (entradas e saídas)
Regras de corte
 Baseado em critérios de massa, energia, significância ambiental. Definição de um valor percentual de contribuição ao balanço de massa e de energia
Abrangência: Territorial, temporal.
Categorias de impacto
Consumo de recursos naturais 
- Uso de agua
-Matérias primas – Fontes renováveis e não renováveis.
Consumo de energia
- Emissão de poluentes atmosféricos
- Emissão de GEE - CO, SOx,NOx – Chuva ácida, oxidantes fotoquímicos e Intensificação do efeito estuda
- Intensificação do efeito estufa: Emissões de CO2, CH E outros GEE / Combustão / Uso do solo (Agricultura, UHE, Aterros sanitários)
- Acidificação 
Emissão de poluentes atmosféricos que podem formar compostos ácidos que atingem o solo devido as chuvas 
NOx e SO2 : ÁCIDOS – ALTERAÇÃO DA QUALIDADE DOS SOLOS E ACIDIFICAÇÃO DE ÁGUAS
Toxidade humana: Emissão para o ar, as aguas e os solos de substancias tóxicas para os seres humanos.
Ecotoxidade: Efeitos negativos sobre a fauna e a flora
Entroficação: Emissão de substancias nas águas e nos solos que são nutrientes de micro-organismos. Aumento da reprodução e consequenteredução do nível de oxigênio dos meios. 
NH3, NITRATOS, NITRITOS, COMPOSTOS NITROGENADOS, FÓSFORO, RESÍDUOS DE ALIMENTOS, ÓLEOS.
Redução da camada de ozônio (estratosfera)
 -Emissão de cloro flúor carbonos (CF’s)
Destroem a camada de ozônio
3ª Fase: Avaliação dos impactos
- Análise dos dados (se são razoáveis ou não )
- Classificação
- Caracterização
- Ponderação 
4ª Fase: Interpretação 
Gestão: Identificar possibilidades, identificação de pontos críticos e estimar ganhos ambientais com o que foi sugerido
RISCOS
O homem é um modificador da Terra através da exploração intensiva dos recursos naturais, descarte indiscriminado de rejeitos, introdução de substancias sintéticas no ambiente natural e a urbanização. Essas modificações tem efeito na saúde humana: Processo de adoecimento e morte e nos ecossistemas: Eliminação seletiva de habitat
Gestão ambiental é o conjunto de ações propostas com base nas informações multidisciplinares e na participação da sociedade com o objetivo de orientar o processo de decisão relativo a conservação, proteção e melhoria da qualidade ambiental.
O principal objetivo é conciliar as atividades humanas e o meio ambiente, por meio de instrumentos que estimulem e viabilizem essa tarefa.
Apoia-se em uma série de princípios
Otimização dos recursos naturais
Previsão e a prevenção dos impactos ambientais
Ordenação do território
1ª Percepção da degradação ambiental surgiu com os movimentos ambientalistas e conscientização dos problemas da poluição.
2ª percepção: Chegada do homem na lua e choques do petróleo
3º: Regulação das atividades poluidoras
- Criação de instituições do meio ambiente
- publicação de leis e regulamentos
- adoção de medidas de controle da poluição
- valorização das tecnologias de fim – de – tubo
4º: Contaminação do ambiente humano
- Percepção dos danos da poluição
- Percepção dos riscos
- Conflitos ambientais pelo uso dos recursos naturais
Sociedade de Risco: Ulrich Beck passa a perceber que a nossa sociedade é uma sociedade de risco: Um risco que não respeita fronteiras
Chernobyl Com a nuvem de fumaça química. Uma vez lançada, não há como segura-la. (Uma indústria com muros e cercas não vão confirmar seus poluentes químicos)
Não há fronteiras, nem proteção contra as ameaças industriais.
Grandes acidentes: Seveso, Bophal, Vila Socó, Cidade do México, Chernobyl
Perigo: Característica intrínseca de uma substancia ou algo, mediante a qual ela pode causar danos, contaminar ou matar os organismos vivos.
Depende fundamentalmente da estrutura química e das características físico- químicas das substancias as quais determinam que esta seja inflamável, explosiva , corrosiva, reativa ou toxica.
Risco: É a probabilidade que ocorra dano devido á exposição, em circunstancias específicas, a uma substancia perigosa
Grau de risco é determinado por:
- Volume de produção e utilização
- Formas de exposição
- População ou ecossistemas expostos.
Risco é a possibilidade da ocorrência de perigo
Risco é a probabilidade de que ocorram acidentes e doenças, resultando em ferimentos ou mortes
Risco tecnológico: Probabiilidade de ocorrência de eventos agudos, com potencial para causar simultaneamente múltiplos danos ambientais, sociais e a saúde física e psicológica dos seres humanos.
Riscos crônicos: Exposição consinua as substancias 
Riscos agudos: exposição acidental
Quando tratamos de riscos tecnológicos, existem duas situações distintas:
 1ª situação refere-se ao risco decorrente da toxidade das substancias manipuladas, processadas ou produzidas em dada atividade.
“Risco é a probabilidade de que ocorra um efeito adverso no individuo ou na população, pela exposição a uma concentração ou dose específica de um agente perigoso”
Do risco decorrem possibilidades de que as pessoas adoeçam e morram, ou que o ambiente seja contaminado, sem que, entretanto, se saiba quando, em que extensão e em que magnitude isso ocorrerá.
2ª situação: Risco de ocrrencia de acidentes ampliados – Risco maior 
“ Trata-se da possibilidade de eventos agudos, como explosão, incêndio e emissões envolvendo uma ou mais substancias perigosas com o potencial para causar simultaneamente múltiplos danos sociais, ambientais e a saúde física e mental dos seres humanos expostos, caracterizado não apenas por sua capacidade de causar um grande numero de óbitos, mas também seu potencial e gravidade, e a extensão dos efeitos ultrapassarem seus limites espaciais – de bairros, cidades, países e temporais – como a teratogenese, a mutagênese, danos aos órgãos alvos específicos nos seres humanos e aos demais seres vivos
Existe risco quando as seguintes condições são satisfeitas: 
1ª: Deve haver uma fonte de perigo, ou seja, deve existir um processo ou atividade que introduza no ambiente um agente de risco.
2ª: deve existir um processo de exposição ao risco, mediante o qual os seres humanos entrem em contato com o agente de risco.
Ex: inalação, ingestão, contato etc
3ª: deve haver um processo causal.
Risco é ao mesmo tempo técnico, coletivo e ambiental.
O risco é técnico para diferencialo de um risco natural típico
O risco é coletivo, porque atinge a todos, não somente os trabalhadores diretos
O risco é ambiental, porque os efeitoS atingem compartimentos ambientais (agua, ar e solo) e os ecossistemas concernidos, gerando degradação ambiental 
Análise de risco envolve aspectos sistêmicos, sociais, econômicos, ecológicos e culturais de sua área de influencia.
O conceito de risco implica na consideração da previsibilidade de determinadas situações através do conhecimento dos parâmetros de uma distribuição de probabilidade de acontecimentos futuros, através do calculo de expectativas matemáticas. 
EXPRESSÃO MATEMÁTICA DO RISCO
Os riscos tecnológicos ambientais podem ser controlados tanto no que se refere á probabilidade de ocorrência do evento indesejado quanto no que se refere a intensidade de suas consequências 
Para melhorar o gerenciamento de riscos, há 3 elementos:
- Conhecimento técnico (ciências naturais e humanas)
- Incertezas: complexidade, irreversibilidade, ignorância sobre os sistemas.
- Governabilidade: Paradigma decisional
O risco pode ser gerenciado por meio da adoção de medidas preventivas que:
 - Reduzam a probabilidade de o evento indesejável ocorrer
- Minimizem a extensão de suas consequências 
Métodos foram desenvolvidos para estimar riscos de maneira quantitavida e probabilística
 - testes laboratoriais 
- métodos epidemiológicos
- modelagens ambientais
- simulação computacional
- avaliação de riscos na engenharia
Os interesses em jogo são muito grandes, envolvendo não somente as populações expostas mas também os diferentes órgãos e níveis de governo, sindicatos, consumidores, associações de moradores,corporações, mercados e meios de comunicação 
1980 Formou-se a sociedade da analise de riscos
Ações em nível mundial
Agenda 21 – Capitulo 19 – Manejo ambiental saudável das substancias químicas perigosas
Programa APEEL: Alerta e Preparação de Comunidades para as Emergencias Locais - conscienciar a sociedade sobre os riscos industriais próximos existentes e orientar o desenvolvimento de planos de resposta para situações de emergência que constituem ameaças a vida e ao meio ambiente.
Convenção 174 da OIT – Controle de instalações que envolvam riscos de acidentes amplicados, com vistas a proteção dos trabalhadores, do publico e do meio ambiente por meio da prevenção destes acidentes e da redução das consequências
Metodologias para identificação e analise de risco 
Quantitavivo:
- estudo de análise de risco
- estudo de avaliação de risco
Qualitativo:
- mapeamento de risco (Oswaldo Sevá)
- matriz de vulnerabilidade ( frente aos riscos) - Marcelo Firpo (a questão de risco não é bem definida)
Estudo de analise de risco: É o processo pelo qual são avaliados os riscos reais e potenciais, que uma determinada indústria (ou atividade) podecausar ao meio ambiente, saúde humana e a dos outros organismos vivos.
É o estudo da probabilidade ou frequência esperada de ocorrência de um evento indesejável que possa causar danos, com o objetivo de determinar quantitativamente as situações de risco decorrente da implantação de um projeto ou da operação de empreendimentos existentes.
 Processo ao qual são estabelecidas e implantadas medidas para gerenciar e reduzir os riscos existentes em uma instalação industrial 
As discussões sobre riscos possuem dois lados:
Negativos: Tragédias humanas, ignorância e o desrespeito ao próximo e a natureza
Positivos: Potencial de aprendizado e a possibilidade de escolhermos um ou outro caminho de desenvolvimento que nos torne mais saudáveis, felizes e dignos
Estudo da análise de risco
- O que pode dar errado?
- Quais são as causas básicas dos eventos indesejados?
- Quais as consequências?
- Qual a frequência de ocorrência desses efeitos indesejados?
	
A ideia é tentar encontrar pontos vulneráveis para tentar evitar acidentes ambientais.
O estudo de analise de risco é desenvolvido durante o licenciamento ambiental.
Requer analise precisa e detalhada de sistemas, equipamentos, operações da planta industrial para identificar as causas básicas e as sequencias de eventos e falhas que podem causar um acidente.
Deve prever e quantificar os possíveis cenários acidentais e respectivas consequências, o que exigirá medidas concretas de gerenciamento de risco a ser incorporada no processo operacional da planta.
Risco = Combinação de frequência e consequência
Reduzir a frequência de ocorrência dos acidentes ação preventiva
Reduzir a extensão dos danos causados pelos acidentes Ação de proteção

Continue navegando