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MATERIAL DIDÁTICO 
 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM SAÚDE 
COLETIVA 
 
 
CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA 
PORTARIA Nº 1.004 DO DIA 17/08/2017 
 
0800 283 8380 
 
www.faculdadeunica.com.br 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional 
de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por 
meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de 
armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
2
 
SUMÁRIO 
 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ................................................................................ 3 
UNIDADE 2 – ÉTICA E BIOÉTICA ........................................................................ 5 
2.1 ÉTICA NA PRÁTICA DA ENFERMAGEM ..................................................................... 5 
2.2 ÉTICA NA SAÚDE PÚBLICA E NA PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA ................................... 11 
2.3 RESPONSABILIDADE ÉTICO-LEGAL DO ENFERMEIRO .............................................. 15 
2.4 COFEN E AS COMISSÕES DE ÉTICA .................................................................... 19 
UNIDADE 3 – HUMANIZAÇÃO E A POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO
 ............................................................................................................................. 25 
UNIDADE 4 – A GESTÃO DOS RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE – RSS
 ............................................................................................................................. 36 
4.1 OS RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE – RSS ................................................. 36 
4.2 COLETA, TRATAMENTO E DESTINAÇÃO................................................................. 38 
4.3 OS PRINCIPAIS RISCOS DOS RESÍDUOS DE SAÚDE ................................................. 40 
UNIDADE 5 – A SEGURANÇA DO PROFISSIONAL DE SAÚDE ...................... 45 
5.1 CUIDADOS COM O ESTRESSE DO PROFISSIONAL ................................................... 45 
5.2 A QUESTÃO DA BIOSSEGURANÇA – CUIDADOS PESSOAIS E COLETIVOS ................... 49 
UNIDADE 6 – O PAPEL DAS CIÊNCIAS SOCIAIS NO ÂMBITO DA SAÚDE 
COLETIVA ........................................................................................................... 54 
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 57 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional 
de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por 
meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de 
armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
3
 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO 
 
Reservamos este momento ao qual chamamos de “Tópicos Especiais” 
porque existem certos temas e conteúdos que merecem um momento especial 
para reflexão. Evidentemente que todos esses temas têm relação com as 
disciplinas estudadas, que a título de exemplo encontra na unidade ‘ética e 
bioética’ um tema que permeia toda e qualquer profissão. 
A humanização, assunto da segunda unidade, também faz parte do 
universo dos profissionais que lidam com o processo saúde-doença do ser 
humano. Aqui veremos seu nascimento e a Política Nacional de Humanização, 
que em última instância, busca efetivar os princípios do SUS no cotidiano das 
práticas de atenção e gestão da saúde, qualificando a saúde pública no Brasil e 
incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários. 
A preocupação com a questão ambiental é um motivo mais que suficiente 
para vermos o gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde, como de 
fundamental importância na preservação da qualidade da saúde e do meio 
ambiente e como um tópico que precisa ser discutido quando se trata da gestão 
de serviços de saúde, principalmente em relação aos hospitais, ambulatórios e 
unidades de saúde. 
Claro que a gestão correta dos resíduos dos serviços de saúde implica 
em segurança para os profissionais de saúde, assim como devemos dar atenção 
devida às consequências de problemas que acometem esses profissionais como 
o estresse e outras situações que levam o profissional ao adoecimento e/ou perda 
da qualidade do trabalho. 
Fechamos este módulo apresentando algumas defesas de duas 
pesquisadoras acerca da interface existente entre as Ciências Sociais e Humanas 
no âmbito da Saúde que são de extrema validade e só vem a contribuir para que 
ambas as áreas tenham sempre o ser humano como foco principal de sua 
atenção. 
Ressaltamos em primeiro lugar que embora a escrita acadêmica tenha 
como premissa ser científica, baseada em normas e padrões da academia, 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional 
de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por 
meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de 
armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
4
 
fugiremos um pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os 
temas abordados cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos 
científicos. Em segundo lugar, deixamos claro que este módulo é uma compilação 
das ideias de vários autores, incluindo aqueles que consideramos clássicos, não 
se tratando, portanto, de uma redação original e tendo em vista o caráter didático 
da obra, não serão expressas opiniões pessoais. 
Ao final do módulo, além da lista de referências básicas, encontram-se 
outras que foram ora utilizadas, ora somente consultadas, mas que, de todo 
modo, podem servir para sanar lacunas que por ventura venham a surgir ao longo 
dos estudos. 
 
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de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por 
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5
 
UNIDADE 2 – ÉTICA E BIOÉTICA 
 
O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (Resolução COFEN-
240/2000 revogado pela Resolução COFEN nº 311/2007) é um documento-guia 
que focaliza os valores que devem fundamentar o conhecimento, a atitude e a 
prática de toda e qualquer pessoa que desenvolve ações de enfermagem, tendo 
como referência que a vida é o direito mais fundamental de todo ser humano. 
Para que os significados desses valores se tornem concretos, eles 
precisam ser aplicados à realidade dinâmica dos elementos centrais do trabalho 
de enfermagem, ou seja, quando aplicados em situações junto às pessoas 
envolvidas – cliente, população, equipe de enfermagem e de saúde – e quando 
aplicados na prática institucional e na profissão em si (TOCANTINS; SILVA; 
PASSOS, 2003). 
Merece destaque que o Código de Ética dos Profissionais de 
Enfermagem, ou seja, daqueles formalmente habilitados a agir desenvolvendo 
ações de cuidado profissional, focaliza o outro, seja o assistido-cliente, seja o 
assistente-profissional, com respeito e como seres livres e autônomos, capazes 
de agir livremente e de fundamentar com responsabilidade suas formas de agir. 
 
2.1 Ética na prática da enfermagem 
Deveria ser ponto fechado que o cuidado ao ser humano é o objetivo final 
quando se trata do binômio saúde-doença, e temos todo um suporte teórico-
prático que veio se construindo ao longo da nossa evolução. Suporte este que 
envolve conhecimentos, evolução das teorias, filosofias e outras ciências que se 
somam, como, por exemplo, o agir ético, no entanto, ainda precisamoslançar 
algumas reflexões sobre a ética e bioética, por uma série de fatores que vamos 
resumir em “não agir com ética”. 
De todo modo, o simples fato da disponibilidade de um determinado 
conhecimento ou tecnologia não é argumento válido o bastante para aplicá-lo em 
toda e qualquer situação da prática profissional. Sempre será necessário analisar 
os aspectos positivos e negativos de qualquer ação, tendo por referência os 
valores que dão origem à mesma, seja para a pessoa assistida, seja para grupos 
 
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da população. O estudo e análise desses aspectos, ou seja, do valor de uma 
ação, é o que se denomina, no seu sentido amplo, ética (TOCANTINS; SILVA; 
PASSOS, 2003). 
A ética pode ser entendida como o “estudo dos juízos de apreciação 
referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de visto do bem 
e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto”. 
(FERREIRA, 2004). Nesse sentido, a ética sempre irá referir-se ao valor da ação 
humana, à ação de um ser consciente, racional e com liberdade para optar por 
este ou aquele valor para fundamentar o seu agir em determinadas situações da 
vida. A pessoa, o ser humano, é o valor central de tudo quanto nos rodeia. 
Contudo, mesmo com essa liberdade de agir de cada ser humano, o valor 
deste agir é constituído concretamente mediante relações com outros seres 
humanos. Assim, os orientadores da validade dos valores do agir de cada ser 
humano são o convívio e o aprendizado das regras e valores de diferentes grupos 
humanos. 
Falar em ética nos reporta quase que automaticamente para a moral! Esta 
palavra moral tem sua origem no latim (more) e remete aos usos e costumes. O 
conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo 
absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa determinada, 
é denominado moral. Como conjunto de normas e costumes, ao mesmo tempo 
em que tende a regulamentar o agir das pessoas, a moral oportuniza refletir sobre 
o valor do agir humano. Com esse entendimento, a ética é o estudo, a análise, a 
discussão da moral do agir humano em determinada realidade. 
Enquanto a regra moral é ideal e se fundamenta no respeito a essas 
regras a partir de convicções próprias de cada ser humano, a regra legal é uma 
norma prática, de aplicação compulsória e faz agir por obrigação externa, por 
conformidade à lei. 
Nesse sentido, o questionamento quanto à eticidade de determinada ação 
ocorre quando existem dúvidas quanto à adequação moral de cada escolha, 
quando a escolha envolve proposições opostas ou uma situação com apenas 
 
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duas possibilidades de ação difíceis ou penosas, ou seja, um dilema ético 
(TOCANTINS; SILVA; PASSOS, 2003). 
A ética, de forma geral, ocupa-se da análise do que é bom (ou correto) e 
do que é mau (ou incorreto) no agir humano. A ética aplicada, nessa mesma linha 
de pensamento, trata de questões relevantes à pessoa e à humanidade. 
A partir de 1960, a preocupação mundial com as questões morais em 
diferentes setores da sociedade fez emergir, segundo Clotet (1997), entre outras: 
� ética dos negócios, em que a questão da corrupção e abusos econômico-
financeiros passaram a ser objeto de discussão; 
� ética ambiental, envolvendo principalmente os valores a fundamentar a 
defesa da preservação e proteção do meio ambiente; 
� bioética, cujo objeto de estudo ético tem como realidade a vida dos seres 
humanos em geral, significando um diálogo para formular, articular e 
resolver dilemas que emergem das propostas de pesquisa e intervenção 
sobre a vida, a saúde, o meio ambiente. 
 
Ao focalizar a reflexão ética no fenômeno da vida, e considerando o 
dinamismo dos eventos vitais, as temáticas tratadas pela Bioética podem ser 
subdivididas em: aquelas que emergem dos conflitos entre o progresso das 
ciências e os direitos humanos, como a fecundação artificial, a clonagem; e 
aquelas presentes no cotidiano das pessoas, como a eutanásia, o aborto, a 
violência. 
A Bioética é o estudo sistemático das dimensões morais – incluindo visão 
moral, decisões, condutas e políticas – das ciências da vida e atenção à saúde, 
utilizando uma variedade de metodologias éticas em um cenário interdisciplinar. 
(REICH, 1995 apud TOCANTINS; SILVA; PASSOS, 2003). 
Com esse entendimento, a Bioética envolve o estudo sistemático da 
conduta humana na área das ciências da vida e da atenção à saúde, conduta esta 
examinada à luz dos valores e princípios morais (GONÇALVES, 1994). 
 
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No que se refere aos cuidados e à atenção à saúde, e tendo por base a 
sua diretriz central, os valores que fundamentam o agir no setor saúde podem ser 
agrupados em: 
� orientados por recursos – na situação em que a diretriz central são os 
recursos, predomina o valor do custo-benefício, isto é, a relação entre o 
custo de investimentos em recursos financeiros, materiais e recursos 
humanos e o benefício de alcançar o máximo de saúde; 
� orientados por doenças – quando a diretriz central é a doença, o valor 
presente é de que qualquer problema de saúde pode ser eliminado pela 
aplicação de tecnologias médicas e de saúde. Nesse contexto, ela é 
entendida como a ausência de qualquer doença, entendida por sua vez 
como apresentando um fundamento físico-biológico particular, passível de 
ser diagnosticado pelo profissional de saúde. Assim, o valor positivo da 
assistência de saúde é o adequado tratamento dos indivíduos que 
apresentam uma doença, contribuindo para a eliminação de sinais e 
sintomas físico-biológicos, caracterizados como situação de anormalidade; 
� orientados por decisões políticas – o agrupamento das ações que 
envolvem decisões políticas trazem em destaque os valores e interesses 
das lideranças políticas, que em princípio expressam os problemas de 
saúde da população de uma região ou país, envolvendo implicitamente a 
questão do direito como cidadão, a saúde e equidade no acesso a 
serviços; 
� orientados por valores de clientes e familiares – o agir no setor saúde que 
tem como diretriz central os clientes e seus familiares, apresenta como 
valor central os valores daqueles que se beneficiam da assistência à 
saúde. 
 
Nessa situação, as necessidades concretas de assistência de saúde da 
pessoa ou de grupos da população são concebidas não como uma concepção 
abstrata, mas, tendo por referência problemas vivenciados, como a única forma 
possível de garantir o preenchimento do seu direito à saúde e ao bem-estar. 
 
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Os valores da atenção à saúde podem ser refletidos e analisados, no 
sentido ético, tendo por fundamento princípios morais. Os princípios que orientam 
a análise de dilemas éticos, tanto aqueles que emergem da vida em geral quanto 
aqueles que envolvem o setor saúde (como os valores da prática profissional), 
são o respeito à autonomia, à beneficência, à não-maleficência e à justiça 
(BEAUCHAMP; CHILDRESS, 1994 apud TOCANTINS; SILVA; PASSOS, 2003). 
A concepção central que fundamenta o princípio da autonomia é a 
autogovernabilidade, a de que cada pessoa é soberana para decidir tudo o que se 
refere ao seu corpo, ao seu pensar e ao seu agir. Nesse princípio, está implícita a 
perspectiva social de respeito a outro ser humano, ou seja, o respeito à 
autonomia de modo recíproco. 
O princípio do respeito à autonomia tem como valor fundamental que 
cada ser humano é capaz de decidir sobre o que é melhor para si mesmo e para 
seu grupo. Assim, não considerar essa capacidade, seja negando a liberdade 
pessoal e social de agir, seja omitindo informações disponíveis que subsidiam o 
julgamento do seu agir, significa faltar com respeito a essa autonomia. Alguns 
trechos do Juramento Profissional do Enfermeiro focaliza como valor central o 
respeito pela autonomia daquele que é assistido e a responsabilidade pelo seu 
agir profissional. Vejamos: 
“respeitando a dignidade e os direitos da pessoa humana, exercendo a 
enfermagem com consciência e fidelidade” [...] 
“respeitar o ser humano desde a concepção até depois da morte”. 
Paralelamente, faz-se importante destacar que o reconhecimento, total ou 
parcial, da capacidade de julgamento e decisão de uma pessoa pode variar de 
acordo com a cultura do grupo ou sociedade que integra. Dessa forma, aqueles 
que na nossa sociedade são considerados legalmente imaturos (menores de 
idade), aqueles considerados incompetentes para fazerem julgamentos ou se 
autogovernarem (doentes mentais) ou aqueles institucionalmente impedidos de 
exercerem a sua liberdade de ação (presidiários) requerem proteção da sua 
autonomia para, em última instância, não serem desrespeitados como seres 
humanos. 
 
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O princípio da beneficência tem o bem como fundamento básico de toda e 
qualquer ação profissional de saúde, isto é, o valor moral de agir em benefício de 
outros. Com esse entendimento, a assistência à saúde visa sempre os interesses 
do cliente, da família e da comunidade. 
A beneficência distingue-se da benevolência; enquanto a primeira refere-
se à característica da ação que visa o bem, a segunda caracteriza a atitude de 
boa vontade de uma pessoa em relação à outra. O bem visado pela ação do 
enfermeiro – e explicitamente detalhada no seu juramento profissional – é a vida, 
tanto na dimensão individual como coletiva (“respeitar o ser humano desde a 
concepção até depois da morte”; “atuar junto à equipe de saúde para o alcance 
da melhoria do nível de vida da população”) (TOCANTINS; SILVA; PASSOS, 
2003). 
O princípio da não-maleficência tem como valor máximo que qualquer 
ação deve, em primeira instância, não infligir dano intencional (primum non 
nocere). Esse princípio também está explícito no juramento profissional do 
enfermeiro – “não praticar atos que coloquem em risco a integridade física ou 
psíquica do ser humano”. 
Muitos autores entendem que o valor da ação profissional “não causar 
dano” é complementar ao valor do princípio da beneficência, especificando que 
uma ação benéfica deve priorizar em primeiro lugar “não colocar em risco a saúde 
e a vida” e em segundo lugar “maximizar os benefícios”. Essa priorização, 
denominada “dever prima facie”, justifica-se pelo fato de, ao prevenir um dano 
intencional, o profissional está concretamente visando um bem. 
A distribuição justa, equitativa, apropriada e universal no que se refere 
aos benefícios dos serviços e das ações dos agentes de saúde é o valor que 
compõe o princípio da justiça aplicado ao setor da saúde e à prática profissional, 
também chamado Justiça Distributiva. É um dos valores implícitos no juramento 
do profissional enfermeiro: “atuar junto à equipe de saúde para o alcance da 
melhoria do nível de vida da população”. 
O Princípio da Justiça Distributiva inclui o entendimento de que o Estado, 
nos seus diferentes níveis, tem como dever promover o direito à saúde universal, 
 
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isto é, o bem-estar coletivo. Apesar de todos os valores sociais deverem ser 
distribuídos igualmente – critério da equidade –, uma distribuição desigual tem 
valor moral positivo desde que redunde em vantagem para todos, especialmente 
os mais necessitados. 
Nesse contexto, é importante não confundir os termos justiça e direito; a 
justiça refere-se a um critério moral, enquanto o direito é concretizado no convívio 
em sociedade. 
Uma das áreas na qual a Ética sempre ocupou um lugar de destaque é a 
da saúde, particularmente em questões que envolvem vida e morte. Com a 
evolução e a diversificação das práticas no setor saúde, emerge a particularidade 
de diferentes ações profissionais, entre as quais, os de Enfermagem, que por sua 
vez fundamenta-se em valores distintos. 
O conteúdo nuclear da enfermagem pode ser descrito por meio de três 
conceitos centrais: 
� ser humano – aquele que é assistido e recebe cuidados de enfermagem, 
podendo estar representado por uma pessoa, uma família, uma 
comunidade ou grupos da sociedade; 
� meio ambiente – representado pelos arredores institucionais imediatos, a 
comunidade ou o entorno social, que se relaciona de modo direto e/ou 
indireto com o ser humano; 
� saúde – expresso pelo bem-estar, individual e/ou coletivo, decidido 
mutuamente pelo ser humano assistido e o enfermeiro. 
 
A articulação da especificidade destes conceitos aponta para os valores e 
a direção de seus fatos e eventos, valores estes expressos no Código de Ética 
desses profissionais que veremos mais adiante. 
 
2.2 Ética na saúde pública e na pesquisa epidemiológica 
A saúde pública em última definição tem como objeto o processo saúde-
doença da coletividade, observado em suas dimensões biológica, psíquica e 
 
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sociocultural. A saúde deve ser compreendida como a expressão do maior grau 
de bem-estar que o indivíduo e a coletividade são capazes de alcançar através de 
um equilíbrio existencial dinâmico, mediado por um conjunto de fatores sociais, 
econômicos, políticos, culturais, ambientais, comportamentais e biológicos. 
Há diversificados conceitos sobre o que vem a ser saúde pública, 
variando conforme a cultura de cada país, o papel aceito para a esfera estatal na 
saúde, o modelo dos sistemas de saúde existentes, as crenças e a compreensãodas pessoas acerca do processo saúde-doença e também sobre o valor e a 
responsabilidade social em relação à saúde dos indivíduos. Assim sendo, não se 
poderia pensar em uma noção de saúde pública de caráter universal. 
Porém, conforme Paim e Almeida Filho (2000), a saúde pública deve 
ocupar-se da dimensão biológica, das relações entre o homem e o meio ambiente 
residencial, de trabalho e de lazer, da reprodução das formas de consciência e de 
comportamento e das relações sociais e econômicas. 
Poeticamente, ela é uma arte e uma ciência, que busca promover, 
proteger e restaurar a saúde dos indivíduos e da coletividade, e obter um 
ambiente saudável, através de ações e serviços resultantes de esforços 
organizados e sistematizados da sociedade. Saúde pública é o que a sociedade 
faz coletivamente para assegurar as condições nas quais as pessoas podem ser 
saudáveis, o conjunto de práticas e saberes que objetivam um melhor estado de 
saúde possível das populações (ZOBOLI; FORTES, 2003). 
O campo da saúde pública é inter e multidisciplinar, envolve saberes da 
teoria e da prática, tem estrutura em órgãos estatais que atuam de várias 
maneiras, principalmente normalizando e regulando as ações, como por exemplo, 
a vigilância epidemiológica, zoonoses, saúde do trabalhador, doenças endêmicas, 
mas também atua no setor privado e/ou por organizações não governamentais. 
As ações da saúde pública podem ser simples ou complexas, indo de unidades 
básicas até setores altamente complexos em hospitais especializados. 
Educação, nutrição, meio ambiente também são campos/áreas que fazem 
parte das ações em saúde pública. 
 
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Enfim, essas características inter e multisetorial e inter e multidisciplinar 
nos levam para a questão da ética e bioética que envolve uma gama de 
profissionais, cada um com atribuições específicas, mas que em rede tem como 
objetivo final a promoção da saúde que atuam tanto no individual como no 
coletivo (ZOBOLI, 2003). 
Vamos focar no viés da autonomia individual x interesses da coletividade, 
mas de antemão frisamos: vamos lançar mais questionamentos do que soluções! 
Estas vocês irão refletir e buscar alternativas ao longo de suas caminhadas. 
Por autonomia, entende-se que o sujeito pode escolher, dentre várias 
alternativas, o que é melhor para si, de acordo com seus valores, expectativas, 
prioridades, necessidades e crenças (claro que de maneira racional e quando tem 
capacidade de discernimento). 
Quanto aos interesses da coletividade, estes podem ultrapassar os 
interesses individuais como, por exemplo, uma campanha de vacinação, a 
fluoretação da água. No caso do controle e erradicação de uma doença 
contagiosa, claro que o benefício também é individual, mas a intenção maior seria 
a coletividade (ZOBOLI; FORTES, 2003). 
Pois bem, as ações de saúde pública intentam interferir no processo 
saúde-doença da coletividade, atuando em seus condicionantes, desencadeantes 
e determinantes em múltiplos setores da atividade humana, com a finalidade de 
proporcionar um melhor estado de saúde das populações. Nessa busca, podem 
surgir confrontos e conflitos entre os interesses individuais e os coletivos, entre a 
liberdade individual e o bem-estar ou a segurança da coletividade. 
As ações de saúde pública podem gerar conflitos morais, pois muitas 
vezes limitam ou restringem liberdades e decisões individuais, ensejando o bem 
comum ou evitando consequências antissociais. Assim o faz em nome da 
supremacia do interesse público sobre o individual, como se dá, por exemplo, 
com as ações de vigilância sanitária, vigilância epidemiológica, controle de 
zoonoses e saúde do trabalhador. 
Essa interferência da saúde pública sobe a autonomia individual nos leva 
de volta aos princípios éticos da beneficência e da não-maledicência. 
 
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Fato é que no exemplo dado da fluoretação da água, muitas pessoas não 
gostam, não querem que a água que chega a suas casas venha carregada de 
produtos químicos, e como o setor de distribuição de água não tem como separar 
água fluoretada de água pura, envia a fluoretada. Assim, ela está passando por 
cima da autonomia individual e fazendo prevalecer os direitos da coletividade. 
Fica a deixa para vocês: correto ou errado?! Como resolver? 
Lembremos que a noção ética utilitarista do “maior benefício para o maior 
número de pessoas” está contida em boa parte das ações de saúde pública, 
como nos procedimentos de vacinação em massa. Não é necessário que se 
justifique a importância da imunização em massa como foi e é feita para a 
poliomielite, mediante a utilização da vacina Sabin, que levou à erradicação da 
doença em nosso país. Contudo, sendo uma vacina de vírus vivos atenuados que 
é eficaz, entre outros motivos, pela possibilidade de disseminação ambiental, 
sabe-se que os vírus poderão atingir pessoas que tenham o sistema imunológico 
comprometido, como é o caso das pessoas com AIDS. Esse risco de causar 
danos, conhecido pelos sanitaristas, é de baixa probabilidade, mas existe. Assim, 
continuamos a utilizar o processo de vacinação em razão dos milhares de 
crianças protegidas, mesmo havendo risco para alguns. 
Quanto ao campo da pesquisa epidemiológica, também é imprescindível 
rever e atentar para as contradições entre o individual e o coletivo porque a 
pesquisa epidemiológica apresenta especificidade própria, necessitando, além 
dos aspectos gerais que envolvem as pesquisas com seres humanos, da 
interação com as ciências naturais, sociais e políticas (MARQUES, 1996; 
RIBEIRO, 2002). 
Novas tecnologias no campo da saúde, rápida disseminação dos 
conhecimentos científicos, ampliação dos movimentos em favor dos direitos 
individuais, a indústria querendo se fortalecer em termos de maximização de 
lucros, são todos motivos para se preocupar e agir eticamente. 
A verdade é que as pesquisas epidemiológicas exercem um papel social, 
buscando solucionar problemas de saúde que atingem determinada população, 
portanto, considerando esses aspectos, tais estudos devem atender a protocolos 
 
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15
 
e padrões bioéticos definidos pela comunidade científica e fundamentados em 
conceitos de ética e moral que garantam a segurança dos participantes das 
pesquisas e atendam aos quatro princípios básicos da bioética: autonomia, não-
maleficência, beneficência e justiça (VENTURI et al, 2008). 
 
2.3 Responsabilidade ético-legal do enfermeiro 
Desde a Antiguidade, existem normas regulando as relações das pessoas 
em sociedade, estabelecendo regras para o convívio social, os direitos e deveres 
dos indivíduos, mas também impondo sanções ou reprimendas a quem não as 
cumprisse (FREITAS, 2007) e na enfermagem não é diferente! 
Devemos nos lembrar de que todo comportamento humano está 
condicionado a determinadasnormas sociais e às pessoas e, na atualidade, estão 
sujeitas a um ambiente muito mais legalista que veio se construindo ao longo da 
institucionalização das profissões e no decorrer da evolução humana, é claro. 
As leis, em seu conjunto, formam as legislações e o ordenamento jurídico 
dos Estados/Países que direcionam a vida das pessoas, das empresas, entre 
outros, e as profissões de livre exercício como a Enfermagem, por exemplo, não 
foge a essas regras. Também para ela temos as regulamentações que 
estabelecem quem é esse profissional e como pode e deve exercer com 
autonomia seu ofício. 
No caso da enfermagem brasileira, compete ao Congresso Nacional 
(Câmara e Senado) criar a Lei do Exercício Profissional, que tem eficácia para 
todos os enfermeiros que atuam no território nacional e determina as 
competências que lhes cabe. 
Os legisladores e os operadores do Direito (juízes, promotores, 
advogados) costumam apontar um velho princípio, segundo o qual a ignorância 
das leis não constitui argumento para defesa. Dessa forma, é indesculpável e 
inadmissível que o enfermeiro alegue não saber ou não conhecer as leis do nosso 
ordenamento jurídico ou a lei específica do exercício profissional. Assim, a 
ninguém é permitido alegar desconhecimento das regras sociais (dentre as quais 
 
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as leis) para se eximir de responder por seus atos. Nesse sentido, vejamos o que 
diz o art. 21 do Código Penal brasileiro, com redação pela Lei nº 7.209/84: 
Art. 21. O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude 
do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a 
um terço. 
Parágrafo único. Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se 
omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas 
circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. 
Portanto, o indivíduo responde por sua conduta, quando consciente, livre 
e capaz de entendimento das consequências do seu ato, ou seja, quando capaz 
de discernir o que é permitido nas leis do seu país. Mas, além das normas 
jurídicas, existem usos e costumes que precisam ser conhecidos em cada 
sociedade e cultura. 
A importância do conhecimento da legislação geral e também da 
legislação profissional de enfermagem deve-se a dois motivos, basicamente: em 
primeiro lugar, porque a legislação possibilita a criação ou a extinção de direitos e 
obrigações. Por outro lado, sabe-se que ninguém se isenta de cumprimento da lei 
alegando desconhecê-la. Daí a obrigação de todas as pessoas conhecerem as 
normas específicas da sua profissão, mas também o ordenamento jurídico de seu 
País. Ademais, o aprofundamento no estudo da legislação auxiliará na conquista 
de novos espaços de atuação, luta pelos direitos da categoria e consciência das 
obrigações éticas e legais. 
Não cabe ao momento contar a evolução da legislação para a profissão, 
no entanto, vale lembrar que tudo teve início com o Decreto nº 791, de 27 de 
setembro de 1890, determinando a criação da primeira escola profissional de 
enfermeiros e enfermeiras no Hospital Nacional de Alienados; que em 1932, veio 
o Decreto 20.931, que pretendia regulamentar e fiscalizar o exercício da medicina, 
odontologia, medicina veterinária e das profissões de farmacêutico, parteira e 
enfermeira. 
Atualmente, a Lei do Exercício nº 7.498/86, art. 11, inc. I, m, estabelece 
que ao enfermeiro compete, privativamente, cuidados de enfermagem de maior 
 
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complexidade técnica que exijam conhecimentos de base científica e capacidade 
de tomar decisões imediatas. As atividades elementares de enfermagem são 
aquelas que compreendem ações de fácil execução e entendimento, baseadas 
em saberes simples, que não requerem conhecimento científico, adquiridos por 
meio de treinamento e/ou da prática; requerem destreza manual, restringem-se a 
situações de rotina e de repetição, não envolvem cuidados diretos ao paciente, 
não colocam em risco a comunidade, o ambiente e/ou a saúde do executante, 
mas contribuem para que a assistência de enfermagem seja mais eficiente 
(Resolução COFEN nº 186/1995). 
Em se tratando da responsabilidade da Enfermagem, podemos analisar 
sob dois aspectos: primeiro, a responsabilidade pode ser uma imposição legal ou 
moral de restabelecer o dano ou prejuízo acarretado. Dessa maneira, o pai é o 
responsável legal pelo filho menor, devendo cuidar de seu sustento físico. Mas 
um parente abastado financeiramente poderia sentir-se obrigado, do ponto de 
vista moral, a contribuir para o sustento e educação de seu sobrinho. A obrigação 
é originariamente do pai, mas o tio poderá sentir-se moralmente responsável por 
ele. 
De acordo com Oguisso e Schmidt (1999), a responsabilidade moral tem 
origem na transgressão de norma moral, cujo terreno é a consciência individual. O 
segundo aspecto consiste em que não existe responsabilidade jurídica se a 
violação de um dever não produzir dano pessoal, material ou moral. 
A responsabilidade ética se caracteriza pela infração ética, a qual pode 
estar prevista no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE). 
Assim, um comportamento profissional pode ser tido como antiético mesmo não 
havendo previsão no CEPE sobre ele. 
Os arts. 16 e 24 do CEPE mencionam a obrigação dos profissionais de 
enfermagem de prestar assistência livre de danos ou de riscos decorrentes de 
negligência, imperícia ou imprudência. Tal norma descreve a conduta esperada 
do profissional, a fim de evitar a ocorrência de quaisquer daquelas modalidades 
de culpa no exercício de atividades de enfermagem. Como se vê, a norma em si é 
genérica, cabendo-nos a interpretação e aplicação em cada caso concreto. 
 
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Dessa forma, se alguém age de maneira desatenta, inábil ou imprudente, 
e com isso expõe o cliente a riscos desnecessários a determinado malefício, 
deverá responder por isso. 
A conduta do profissional poderá ser questionada pela família do cliente, 
por outros profissionais da área da saúde ou pelo próprio cliente perante as 
instâncias adequadas para tal, como a comissão de ética de enfermagem ou o 
serviço de ouvidoria e qualidade da instituição. 
Poderá ocorrer de o cliente, sentindo-se lesado pela ação ou omissão do 
profissional de enfermagem, questionar a conduta deste em instâncias externas à 
própria instituição de saúde, como os serviços de proteção dos direitos do 
consumidor e o Conselho Regional de Enfermagem. Mas pode recorrer 
diretamente ao Poder Judiciário, no intuito de ver reparada a suposta lesão ao 
seu direito. 
Quanto à responsabilidade penal, verifica-se que diversos artigos do 
CEPE encontram consonância com o Código Penal (CP). Por exemplo, o art. 45 
do CEPE proíbe “provocar aborto ou cooperar em prática destinada a interromper 
a gestação”e encontra paralelo nos arts. 125 a 128 do CP que tratam da matéria, 
que vedam a prática abortiva, exceto nos casos previstos em lei, sob pena de 
quem a praticar incorrer em um ilícito penal, sujeitando-se à pena privativa de 
liberdade. 
A responsabilidade profissional transcende os aspectos ético e penal, 
podendo ser de natureza civil. Na esfera cível, tendo como parâmetro a Lei nº 
10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil vigente), discute-se a 
responsabilidade do profissional, diante da ocorrência de prejuízo a outrem (o 
cliente) e a reparação ou ressarcimento do dano acarretado por culpa profissional, 
bem como o valor da indenização à vítima. 
A responsabilidade civil consiste na obrigação de indenizar, e, de acordo 
com o art. 927 do Código Civil, “aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), 
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”. Ademais, o Parágrafo único 
desse mesmo artigo, estabelece que: 
 
 
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Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos 
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente 
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os 
direitos de outrem. 
 
Trata-se, na verdade, da questão da obrigação de meio ou de resultado. 
Via de regra, quando o enfermeiro se vincula à obrigação de prestar determinado 
serviço, aplicam-se lhe os princípios da obrigação de meio. Nesta, o profissional 
se obriga a usar de prudência e diligência normais na prestação de um serviço 
para atingir um resultado, sem, contudo, se vincular a obtê-lo (OGUISSO; 
SCHMIDT, 1999). 
 
2.4 COFEN e as comissões de ética 
Em 12 de julho de 1973, por meio da Lei nº 5.905, foi criada a entidade de 
fiscalização do exercício profissional de enfermagem, em níveis federal e estadual 
(Conselhos Regionais de Enfermagem ou CORENs). Conforme preceituava essa 
lei, o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) organizou três quadros distintos 
para fins de inscrição: quadro I (enfermeiros), quadro II (técnicos), quadro III 
(auxiliares de enfermagem, práticos de enfermagem e parteiras práticas). 
A Lei nº 5.905/73 determinava que fosse adotado como critério da 
categorização de enfermagem o disposto na Lei nº 2.604/55, a qual 
regulamentava o exercício da enfermagem antes de ser substituída pela Lei nº 
7.498/86. O técnico de enfermagem, categoria surgida em 1966, não estava 
incluído nessa lei, que é de 1955. O COFEN, fundamentando-se na legislação de 
ensino, decidiu criar o quadro II para incluir essa categoria (OGUISSO; SCHMIDT, 
1999). 
A filiação ao sistema COFEN/COREN é obrigatória e abrange todas as 
categorias profissionais de enfermagem. A votação nas eleições para compor a 
diretoria é compulsória, sob pena de pagamento de multa, correspondente a uma 
anuidade. Cada categoria vota em candidatos de seu quadro. O conselho é a 
única entidade de classe de vinculação obrigatória para o exercício profissional. 
Com respaldo na Lei nº 5.905/73, os conselhos regionais e o Conselho Federal de 
Enfermagem são órgãos com poder de fiscalização e regulamentação das 
atividades de enfermagem nas áreas de sua jurisdição territorial (no caso dos 
 
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conselhos regionais) e em nível nacional, em se tratando de provimentos ou 
resoluções emanadas do COFEN. 
Ademais, é da competência legal dos conselhos regionais e do Conselho 
Federal de Enfermagem a aplicação de penas aos profissionais de enfermagem 
que cometam infrações ao Código de Ética de Enfermagem. Assim, o art. 18 da 
Lei nº 5.905/73 preceitua o seguinte: 
Aos infratores do Código de Deontologia de Enfermagem poderão ser 
aplicadas as seguintes penas: 
I. Advertência verbal. 
II. Multa. 
III. Censura. 
IV. Suspensão do exercício profissional. 
V. Cassação do direito ao exercício profissional. 
A referida lei, em seu § 10 do art. 18, destaca que as penas previstas nos 
incisos I, II, III e IV são da alçada dos Conselhos Regionais, enquanto a pena do 
inc. V é de competência exclusiva do Conselho Federal, ouvido o COREN 
interessado. 
A Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, ao criar os conselhos de 
fiscalização do exercício profissional de enfermagem, estabeleceu suas 
competências. Com o correr dos anos, aumentou o contingente de profissionais 
de enfermagem, e hoje a enfermagem é o grupo numericamente mais expressivo 
da área da saúde. 
O COFEN (2001) normalizou a criação da Comissão de Ética de 
Enfermagem nas instituições de saúde, em 1994, e o COREN-SP baixou um 
Regimento para criação, formação e funcionamento das Comissões de Ética de 
Enfermagem (CEE), que foi oficializado, incentivando-se a criação delas nos 
hospitais. Esse Regimento estabelece que o órgão representa o COREN, em 
caráter permanente junto às instituições de saúde, com funções educativas, 
fiscalizadoras e consultivas do exercício profissional e ético dos profissionais de 
enfermagem nas referidas instituições. 
 
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21
 
São finalidades da CEE as que constam do art. 30 do referido Regimento, 
que englobam as explicitadas na Resolução nº 172/94 do COFEN: 
• garantir a conduta ética dos profissionais de enfermagem da instituição de 
saúde, pela análise das intercorrências notificadas por meio de denúncia 
formal e auditoria; 
• zelar pelo exercício ético dos profissionais de enfermagem da instituição; 
• colaborar com o COREN no combate ao exercício ilegal da profissão e na 
tarefa de educar, discutir, orientar e divulgar temas relativos à ética dos 
profissionais de enfermagem. 
 
A Resolução do COFEN e o Regimento do COREN são instrumentos 
legais importantes, mas insuficientes para a existência de uma CEE eficiente que 
atenda às necessidades de assessoria, consultoria e orientação dos profissionais 
de enfermagem nas instituições de saúde. 
Por isso, é necessário que o COREN e as instituições de saúde invistam 
na formação de profissionais que irão atuar na CEE, preparando-os 
adequadamente. Convém lembrar que a formação curricular na graduação não 
propicia esse preparo para enfermeiros, e a maioria deles nunca trabalhou em 
uma instância como essa. A falta de investimentos nessa formação poderá 
comprometer a intenção de fortalecer a atuação dos órgãos de fiscalização nas 
instituições de saúde. Por essa razão, o COREN precisa assessorar de forma 
permanente os membros da CEE, envolvendo também as chefias de 
enfermagem, em especial as de escalão mais elevado. 
É imprescindível o apoio da gerência, diretoria ou chefia do serviço de 
enfermagem para que a CEE possa desempenhar seu papel, provendo local 
adequado para reuniões, orientações, consultas e acompanhamentos dos casos 
comunicados, pois não basta a existência de profissionais motivados para 
desenvolver as atividades desse órgão. É mister também apoio doCOREN para 
orientar os membros da CEE, as gerências de enfermagem e os profissionais, 
desde o momento da instauração do processo eleitoral até a posse e o 
desenvolvimento de suas atividades. 
 
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Dentre vários estudos nessa linha de ação, existem alguns interessantes 
citados por Freitas (2007) que valem ser expostos: 
Ao tratar das infrações éticas envolvendo pessoal de enfermagem, em um 
hospital público, de grande porte, destinado ao ensino, verificou-se que, de um 
total de 62 denúncias, 90% partiram dos próprios funcionários do hospital e que 
os enfermeiros foram responsáveis pela maioria delas (72,5%) (MENDES; 
CALDAS JUNIOR, 1999). Esses dados foram corroborados por outro autor que 
constatou que, de um total de 114 ocorrências ou infrações éticas, no período de 
1995 a 2002, 97,37% delas haviam sido comunicadas pelos enfermeiros da 
instituição. 
Acredita-se que tal fato se deva à maior autonomia e tomada de decisão 
do enfermeiro para encaminhar as ocorrências para a apreciação da CEE. 
Em relação aos estudos mencionados, convém ressaltar as seguintes 
denúncias: maus-tratos aos pacientes (ofender, humilhar, não alimentar, agredir 
fisicamente e assediar sexualmente), indisciplina (agressões físicas entre 
membros da equipe, não-cumprimento de ordens superiores, desrespeito a 
colegas, dormir durante o serviço, algazarra, jogos, arrombamento de porta), 
negligência (descuido de material coletado de paciente, quebra de material 
hospitalar, não-atendimento às solicitações do paciente, ausência da vigilância 
necessária do paciente), falsidade ideológica (registro no prontuário de ações não 
realizadas), imperícia (erros cometidos por incapacidade técnica do denunciado), 
ineficiência (desempenho incompleto de grande parte das tarefas solicitadas), 
imprudência (adoção de procedimento inadequado com conhecimento de suas 
possíveis implicações no que se refere a danos para o paciente), entre outros. 
Daquele total de 114 ocorrências encaminhadas à CEE, 47,2% foram 
caracterizadas como tendo sido causadas por negligência dos profissionais 
envolvidos, 28,4% decorreram de imprudência, 11,8% foram causadas por 
imperícia, 8,3% estavam relacionadas à indução ao erro do profissional de 
enfermagem (prescrição médica inelegível, por exemplo) e 4,2 % referiram-se à 
omissão propriamente dita, ou seja, não realização de um procedimento prescrito 
ou solicitado pelo médico ou pelo enfermeiro (não fazer mudança de decúbito, por 
 
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23
 
exemplo). Esse estudo revelou também que a categoria mais envolvida com as 
ocorrências éticas foi a do auxiliar de enfermagem, independentemente de fatores 
como: negligência, imperícia ou imprudência dos profissionais envolvidos. Tal fato 
se justifica pelo aumento crescente de auxiliares de enfermagem na prestação de 
cuidados diretos de enfermagem, em substituição aos atendentes de 
enfermagem, que somente poderiam exercer atividades elementares de 
enfermagem, conforme Resolução COFEN nº 185/1995 por não terem formação 
específica regulada em lei (FREITAS, 2007). 
Com relação aos direitos e deveres do paciente, Gauderer (1991) destaca 
o direito do paciente de obter informações sobre seu caso, por meio de cópias do 
seu prontuário, cujos registros devem estar em letra legível, incluindo exames, 
bem como o conteúdo desses documentos, tais como: anotações, evoluções, 
prescrições, laudos, avaliações, entre outros. Esse mesmo autor aponta que o 
paciente, o cônjuge ou os filhos têm o direito de gravar ou filmar atos médicos 
realizados, requerer que profissionais se reúnam para discutir a patologia para a 
tomada de decisão mais adequada, morrer dignamente, escolher o local e a 
maneira que julgar melhor para morrer, recusar tratamentos dispendiosos e de 
resultado imprevisível. 
O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem é um parâmetro para 
avaliar direitos e deveres dos profissionais dessa área, seja em relação ao 
paciente, ao colega, às entidades de classe e à sociedade em geral. Além dos 
deveres dos profissionais, há também os deveres dos usuários dos serviços e das 
ações de saúde. 
Kfouri Neto (2001) ressalta alguns deveres do paciente como seguir 
orientações ou prescrições técnicas, pois o descumprimento desobriga o 
profissional de continuar lhe prestando cuidados. Entretanto, o paciente não pode 
ser abandonado em meio à assistência; por isso, deve-se assegurar o 
acompanhamento por outro profissional, igualmente capacitado para tal, evitando, 
assim, a alegação de que houve abandono ou quebra da continuidade da 
assistência e, por conseguinte, infração ética do profissional no que tange ao 
dever de não expor o paciente à situação de risco ou causar-lhe dano. 
 
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24
 
Cooperar com a assistência ou o tratamento constitui obrigação do 
paciente, o qual deve informar todos os dados que sejam de interesse para esse 
fim e que forem necessários para a elucidação de diagnóstico e implementação 
de condutas técnicas. Dessa forma, ele estará contribuindo para que o processo 
assistencial ocorra de maneira eficaz. No que se refere ao enfermeiro, exige-se 
que este profissional seja capaz de ouvir o paciente, investigar cuidadosamente 
suas queixas, respeitar suas crenças e convicções, tratá-lo com respeito em sua 
dignidade, aplicando todos os esforços, meios e recursos disponíveis, a fim de 
aliviar o sofrimento, e ajudar nas medidas terapêuticas, sem riscos 
desnecessários ou previsíveis. 
Orientar os profissionais de enfermagem, por meio de um processo 
educativo-reflexivo permanente, é missão precípua da CEE, visando à prevenção 
de ocorrências éticas danosas ao paciente no exercício da profissão. Desse 
modo, ao lembrar alguns desses direitos e deveres dos profissionais de saúde, e 
da enfermagem, convém frisar que tais obrigações devem ser sopesadas diante 
de cada caso concreto, seja pela chefia imediata, seja pela CEE, seja por outras 
instâncias internas ou externas nas instituições de saúde. 
 
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UNIDADE 3 – HUMANIZAÇÃO E A POLÍTICA NACIONAL 
DE HUMANIZAÇÃO 
 
Quando se fala em Humanização da Saúde, muitos pensam em 
ambientes hospitalares, pois é lá que nos acostumamos a ver cartazes, panfletos, 
enfim, explicações dessa “humanização”, mas seu significado vai além disso. 
Começando pela instituição “hospital”, neste século XXI, embora ainda 
tenha características de instituição voltada ao cuidado terapêutico,vem mudando 
e se adequando aos “tempos modernos”, daí começarmos a falar de 
humanização por meio deles. 
Foi através da Portaria nº 30 de 11 de fevereiro de 1977, que o Brasil 
aprovou e adotou, via Ministério da Saúde, os conceitos e definições 
preconizados pela Organização Mundial de Saúde para os campos de serviços 
sanitários, especialmente de assistência médico-hospitalar. 
É dessa portaria que retiramos o conceito de hospital como sendo: 
 
parte integrante de uma organização Médica e Social, cuja função 
básica, consiste em proporcionar à população Assistência Médica 
Sanitária completa, tanto curativa como preventiva, sob quaisquer 
regime de atendimento, inclusive o domiciliar, cujos serviços externos 
irradiam até o âmbito familiar, constituindo-se também, em centro de 
educação, capacitação de Recursos Humanos e de Pesquisas em 
Saúde, bem como de encaminhamento de pacientes, cabendo-lhe 
supervisionar e orientar os estabelecimentos de saúde a ele vinculados 
tecnicamente. 
 
Estamos bem longe dos anos 1970 e essa instituição que veio passando 
por várias mudanças, hoje se encontra num misto de busca pela eficiência, 
rapidez e acerto em diagnósticos, prática de sua função social que passa pela 
humanização. Esta tendência surgiu pela necessidade de garantir o 
desenvolvimento futuro da medicina e da saúde, já que são vislumbradas 
alterações nesta dinâmica hospitalar, com as quais o atendimento da doença está 
se deslocando para o atendimento aos cidadãos, ou seja, o foco desloca-se da 
ênfase na intervenção tecnológica para ações sustentadas, nas relações 
humanas (ANTUNES et al. 2007). 
 
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26
 
Como diz Mello (2008) no documento “Humanização da Assistência 
Hospitalar no Brasil: conhecimentos básicos para estudantes e profissionais”, o 
significado da humanização da assistência hospitalar precisa ser compreendido 
dentro de um panorama bastante amplo. 
Nos dicionários Aurélio e Enciclopédia Delta Larousse, a palavra 
humanizar tem como definição “tornar humano, dar condição humana a, (...)”. 
Conceito simples, enxuto, mas vago... 
Por humanização entende-se menos a retomada ou revalorização da 
imagem idealizada do Homem e mais a incitação a um processo de produção de 
novos territórios existenciais (BENEVIDES DE BARROS; PASSOS, 2005). 
Neste sentido, não havendo uma imagem definitiva e ideal do Homem, é 
preciso aceitar a tarefa sempre inconclusa da reinvenção da humanidade, o que 
não pode se fazer sem o trabalho também constante da produção de outros 
modos de vida, de novas práticas de saúde. 
Tais afirmações indicam, segundo Pereira e Barros (2009), que na 
gênese do conceito de humanização há uma tomada de posição de que o homem 
para o qual as políticas de saúde são construídas deve ser o homem comum, o 
homem concreto. Deste modo, o humano é retirado de uma posição-padrão, 
abstrata e distante das realidades concretas e é tomado em sua singularidade e 
complexidade. Há, portanto, na gênese do conceito, tal como ele se apresenta no 
campo das políticas de saúde, a fundação de uma concepção de ‘humanização’ 
crítica à tradicional definição do humano como “bondoso, humanitário” 
(FERREIRA, 2004). 
Esta crítica permite arguir movimentos de ‘coisificação’ dos sujeitos e 
afirmar a aventura criadora do humano em suas diferenças. Humanização, assim, 
em sua gênese, indica potencialização da capacidade humana de ser autônomo 
em conexão com o plano coletivo que lhe é adjacente. 
Para esta capacidade se exercer, é necessário o encontro com um outro, 
estabelecendo com ele regime de trocas e construindo redes que suportem 
diferenciações. Como o trabalho em saúde possui “natureza eminentemente 
conversacional” (TEIXEIRA, 2003), entendemos que a efetuação da humanização 
 
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como política de saúde se faz pela experimentação conectiva/afetiva entre os 
diferentes sujeitos, entre os diferentes processos de trabalho constituindo outros 
modos de subjetivação e outros modos de trabalhar, outros modos de atender, 
outros modos de gerir a atenção (PEREIRA; BARROS, 2009). 
De acordo com a Política Nacional de Humanização do Ministério da 
Saúde, que será apresentada mais adiante (BRASIL, 2003), humanização é o 
aumento do grau de corresponsabilidade na produção de saúde e de sujeitos e 
diz respeito à mudança na cultura da atenção dos usuários e da gestão dos 
processos de trabalho. 
Segundo Mello (2008), os termos humanização, humanização da 
assistência hospitalar ou humanização em saúde já são de domínio público, 
embora haja certo estranhamento e resistência por parte de muitos profissionais 
da saúde em aceitá-los. O argumento principal é que a humanização é inerente à 
prática de quem cuida de seres humanos. 
No entanto, as pesquisas de satisfação e insatisfação aplicadas aos 
usuários dos serviços de saúde no país apontam para a grande insatisfação da 
população com o atendimento prestado, enquanto as reportagens na mídia sobre 
o “estado da saúde” mostram um triste panorama nas organizações de saúde de 
nosso meio, salvo algumas relevantes exceções. 
Nos serviços de saúde, essa intenção humanizadora se traduz em 
diferentes proposições: 
� melhorar a relação médico-paciente; 
� organizar atividades de convívio, amenizadas e lúdicas como as 
brinquedotecas e outras ligadas às artes plásticas, à música e ao teatro; 
� garantir acompanhante na internação da criança; 
� implementar novos procedimentos na atenção psiquiátrica, na realização 
do parto – o parto humanizado e na atenção ao recém-nascido de baixo 
peso – programa da mãe-canguru; 
� amenizar as condições do atendimento aos pacientes em regime de terapia 
intensiva; 
 
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� denunciar a “mercantilização” da medicina; 
� criticar a “instituição total” e tantas outras proposições (PUCCINI; CECÍLIO, 
2004). 
 
No campo das políticas públicas de saúde, humanização diz respeito à 
transformação dos modelos de atenção e de gestão nos serviços e sistemas de 
saúde, indicando a necessária construção de novas relações entre usuários e 
trabalhadores e destes entre si. 
A humanização em saúde volta-se para as práticas concretas 
comprometidas com a produção de saúde e produção de sujeitos (CAMPOS, 
2000), de tal modo que atender melhor o usuário se dá em sintonia com melhores 
condições de trabalho e de participação dos diferentes sujeitos implicados no 
processo de produção de saúde (princípio da indissociabilidade entre atenção e 
gestão). Este voltar-se para as experiências concretas se dá por considerar o 
humano em sua capacidade criadora e singular inseparável, entretanto, dos 
movimentos coletivos que o constituem. 
Orientada pelos princípios da transversalidade e da indissociabilidade 
entre atenção e gestão, a humanização se expressaa partir de 2003 como 
Política Nacional de Humanização (PNH) (BRASIL, 2004). Como tal, compromete-
se com a construção de uma nova relação, seja entre as demais políticas e 
programas de saúde, seja entre as instâncias de efetuação do Sistema Único de 
Saúde (SUS), seja entre os diferentes atores que constituem o processo de 
trabalho em saúde. O aumento do grau de comunicação em cada grupo e entre 
os grupos (princípio da transversalidade) e o aumento do grau de democracia 
institucional por meio de processos congestivos da produção de saúde e do grau 
de corresponsabilidade no cuidado são decisivos para a mudança que se 
pretende (PEREIRA; BARROS, 2009). 
Transformar práticas de saúde exige mudanças no processo de 
construção dos sujeitos dessas práticas. Somente com trabalhadores e usuários 
protagonistas e corresponsáveis é possível efetivar a aposta que o SUS faz na 
universalidade do acesso, na integralidade do cuidado e na equidade das ofertas 
 
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em saúde. Por isso, falamos da humanização do SUS (HumanizaSUS) como 
processo de subjetivação que se efetiva com a alteração dos modelos de atenção 
e de gestão em saúde, isto é, novos sujeitos implicados em novas práticas de 
saúde. Pensar a saúde como experiência de criação de si e de modos de viver é 
tomar a vida em seu movimento de produção de normas e não de assujeitamento 
a elas. 
Podemos, então, definir humanização como a valorização dos processos 
de mudança dos sujeitos na produção de saúde. 
Mas, como surgiu? Qual a necessidade dessa, digamos, reinvenção da 
humanização? 
Nos anos 90, o direito à privacidade, a confidencialidade da informação, o 
consentimento em face de procedimentos médicos praticados com o usuário e o 
atendimento respeitoso por parte dos profissionais de saúde ganham força 
reivindicatória orientando propostas, programas e políticas de saúde. Com isto 
veio se configurando um “núcleo do conceito de humanização cuja ideia é a de 
dignidade e respeito à vida humana, enfatizando-se a dimensão ética na relação 
entre pacientes e profissionais de saúde” (VAITSMAN; ANDRADE, 2005, p. 608). 
Cresce o sentido que liga a humanização ao campo dos direitos 
humanos, principalmente aos direitos dos usuários, valorizando sua inserção 
como cidadãos de direitos. As alianças entre os movimentos de saúde e os 
demais movimentos sociais, como por exemplo, o feminismo, desempenham aí 
papel fundamental na luta pela garantia de maior equidade e democracia nas 
relações. 
A XI Conferência Nacional de Saúde (CNS) que aconteceu em 2000, 
tendo como título “Acesso, qualidade e humanização na atenção à saúde com 
controle social”, procurou interferir nas agendas das políticas públicas de saúde. 
De 2000 a 2002, o Programa Nacional de Humanização da Atenção 
Hospitalar (PNHAH) iniciou ações em hospitais com o intuito de criar comitês de 
humanização voltados para a melhoria na qualidade da atenção ao usuário e, 
mais tarde, ao trabalhador. Tais iniciativas encontravam um cenário ambíguo em 
que a humanização era reivindicada pelos usuários e alguns trabalhadores e, por 
 
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vezes, secundarizada por gestores e profissionais de saúde. Por um lado, os 
usuários reivindicam o que é de direito: atenção com acolhimento e de modo 
resolutivo; os profissionais lutam por melhores condições de trabalho. Por outro 
lado, os críticos às propostas humanizantes no campo da saúde denunciavam 
que as iniciativas em curso se reduziam, grande parte das vezes, a alterações 
que não chegavam efetivamente a colocar em questão os modelos de atenção e 
de gestão instituídos (BENEVIDES; PASSOS, 2005). 
Entre os anos 1999 e 2002, além do PNHAH, algumas outras ações e 
programas foram propostos pelo Ministério da Saúde voltados para o que também 
foi definindo-se como campo da humanização. 
Pereira e Barros (2009) destacam: 
� a instauração do procedimento de Carta ao Usuário (1999); 
� o Programa Nacional de Avaliação dos Serviços Hospitalares (PNASH –
1999); 
� o Programa de Acreditação Hospitalar (2001); 
� o Programa Centros Colaboradores para a Qualidade e Assistência 
Hospitalar (2000); 
� o Programa de Modernização Gerencial dos Grandes Estabelecimentos de 
Saúde (1999); 
� o Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (2000); 
� a Norma de Atenção Humanizada de Recém-Nascido de Baixo Peso – 
Método Canguru (2000), dentre outros. 
 
Como inferem Benevides e Passos (2005), ainda que a palavra 
humanização não apareça em todos os programas e ações e que haja diferentes 
intenções e focos entre eles, podemos acompanhar a relação que se vai 
estabelecendo entre humanização qualidade na atenção-satisfação do usuário. 
Com estas direções foram definidos norteadores para a Política Nacional 
de Humanização (Brasil, 2004). 
 
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Atualmente, a humanização enquanto política pública de saúde, vem-se 
afirmando como criação de espaços/tempos que alterem as formas de produzir 
saúde, tomando como princípios o aumento do grau de comunicação entre 
sujeitos e equipes (transversalidade), assim como a inseparabilidade entre a 
atenção e a gestão. Este movimento se faz com sujeitos que possam exercer sua 
autonomia de modo acolhedor, corresponsável, resolutivo e de gestão 
compartilhada dos processos de trabalho. 
Grosso modo, a Política Nacional de Humanização nasceu como forma 
de oposição à violência institucional existente nos hospitais brasileiros, e isso se 
concretiza com atos em que se nega a subjetividade dos sujeitos e a sua 
completude, quando lhes reduzem a meros objetos. Desta forma, humanizar é 
modificar o modo de se fazer e produzir assistência hospitalar. É modificar toda a 
sua estrutura (RODRIGUES, 2013). 
Quando um sujeito é hospitalizado ocorre uma ruptura em sua vida 
normal. Ele se torna vulnerável em todos os aspectos e sentidos. Medo, angústia 
e ansiedade são apenas alguns dos sentimentos acometidos quando da 
hospitalização e tratamento. Evidente que existem vários procedimentos invasivos 
que lhe causam esses sentimentos, além da dor quando acometido de doença. 
 No entanto, se bem feita e acompanhada a sua anamnese, parte desses 
sentimentos pode ser transformada em cuidado, atenção e contribuir para uma 
relação mais agradável entre profissionais e pacientes. Ou seja, se os 
profissionais conhecerem a história do paciente e tratá-lo com os cuidados que o 
ser humano merece, as chances de recuperação, pelo menos do emocional, 
serão bem maiores. 
O que vinha acontecendo, de acordo com o modelo filantrópico no qual se 
baseou a rede hospitalar brasileira, em linhas gerais, era o descaso com a 
população de maneira geral, além de falta de estrutura e recursos humanos e 
técnicos. Passamos por uma fase, no século XIX, em que hospital significava 
localde morrer. 
Rego (1983) conta que o período que compreende fins do século XIX e 
começo do século XX fora caracterizado pelo alto índice de óbitos que ocorriam 
 
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nos hospitais, devido à precária infraestrutura e conhecimentos médicos 
precários, tanto que o hospital ficara conhecido e assimilado pela população como 
lugar destinado a morrer, deste cenário nasce o que mais tarde seria conhecido 
como o hospital privado, pois diante de tantos acontecimentos médicos instituíram 
“casas de saúde” uma espécie de hospital nas suas próprias residências se 
contrapondo ao sistema hospitalar vigente visto como “antecâmara da morte”. 
Fazendo um recorte no tempo, chegamos à Constituição Federal de 1988. 
A saúde passa a ser dever do Estado e nasce o Sistema Único de Saúde (SUS), 
que pretendia oferecer saúde a todos os brasileiros, sem distinção de qualquer 
gênero, que ofereceria saúde não só curativa mais pautada sobre os eixos, 
promoção que busca eliminar ou controlar as causas das doenças, proteção que 
procura prevenir riscos e exposições das doenças atuando diretamente na vida 
das pessoas e, por fim, a recuperação que são as ações que evitam mortes e 
sequelas quando já estão com o patógeno instalado (MELLO, 2008). 
A criação do SUS marcou a década de 80 numa proposta de oferecer a 
população brasileira saúde de qualidade, pautada nos princípios de integralidade, 
universalidade e equidade. Já os anos 90, mostraram as dificuldades em se 
implantar o SUS e com elas cresceram as críticas, a desumanização e 
impessoalidade da atenção à saúde (JUNGES; DODE, 2009 apud RODRIGUES, 
2013). 
Desde a criação e implantação do SUS, existem várias criticas à sua 
metodologia, prática e execução. Críticas ao atendimento desumano, à falta de 
recursos necessários para os procedimentos mais básicos, infraestrutura precária, 
precariedade em recursos humanos e técnicos, à baixa remuneração, à equipe 
hospitalar (BRASIL, 2001). 
Assim, no ano 2000, repetindo, na XI Assembleia Nacional de Saúde, a 
humanização foi apontada como uma necessidade para que o SUS funcione 
como proposto, ao mesmo tempo em que representa um grande desafio na sua 
implantação, pois humanizar equivale à mudança, não somente no corpo técnico, 
mas mudanças organizacionais, humanizar é mudar a forma de se promover 
saúde, é mudar o rosto do hospital enquanto instituição (RIOS, 2009). 
 
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São princípios norteadores da PNH: 
 1) Valorização das dimensões subjetiva e social em todas as práticas de 
atenção e gestão no SUS, fortalecendo o compromisso com os direitos do 
cidadão, destacando-se o respeito às questões de gênero, etnia, raça, orientação 
sexual e às populações específicas (índios, quilombolas, ribeirinhos, assentados, 
entre outros). 
2) Fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional, fomentando a 
transversalidade e a grupalidade. 
3) Apoio à construção de redes cooperativas, solidárias e comprometidas 
com a produção de saúde e com a produção de sujeitos. 
4) Construção de autonomia e protagonismo de sujeitos e coletivos 
implicados na rede do SUS. 
5) Corresponsabilidade desses sujeitos nos processos de gestão e de 
atenção. 
6) Fortalecimento do controle social com caráter participativo em todas as 
instâncias gestoras do SUS. 
7) Compromisso com a democratização das relações de trabalho e 
valorização dos profissionais de saúde, estimulando processos de educação 
permanente. 
A PNH (2004, p. 10) estabeleceu as seguintes metas a serem 
consolidadas ao longo de sua implementação que não nos cabe no momento 
analisar e criticar se foram ou não atingidas. 
1. Reduzir as filas e o tempo de espera com ampliação do acesso e 
atendimento acolhedor e resolutivo baseados em critérios de risco. 
2. Todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua 
saúde, e os serviços de saúde se responsabilizarão por sua referência 
territorial. 
 
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3. As unidades de saúde garantirão as informações ao usuário, o 
acompanhamento de pessoas de sua rede social (de livre escolha) e os 
direitos do código dos usuários do SUS. 
4. As unidades de saúde garantirão gestão participativa aos seus 
trabalhadores e usuários, assim como educação permanente aos 
trabalhadores. 
Resumindo, as diretrizes da PNH têm seu alicerce no tripé – usuário, 
funcionário e gestor – para construção da “Qualidade de Vida” na integralidade 
humana. 
 
Vale guardar... 
As ações de humanização englobam muitas e diversificadas práticas 
profissionais que vêm sendo introduzidas no tratamento de pessoas 
hospitalizadas (a psicologia, a terapia ocupacional, a arteterapia, a contação de 
histórias, a arte do palhaço, as artes plásticas, o toque terapêutico, a 
massoterapia, entre outros) (BARAÚNA, 2007). 
Nas ações da humanização, procura-se resgatar o respeito à vida 
humana, a nossa e a do paciente. Mais do que isso, humanizar é adotar uma 
prática na qual o enfermeiro, o profissional que cuida da saúde do próximo, o 
pedagogo, enfim, toda a equipe multiprofissional do hospital, encontre a 
possibilidade de assumir uma posição ética de respeito ao outro, de acolhimento 
do desconhecido, do imprevisível, do incontrolável, do diferente e singular, 
reconhecendo os seus limites (CEMBRANELLI, 2007). 
Quando falamos, portanto, em “humanização do atendimento”, não 
falamos apenas em resgatar o mais bonito do humano ou o quanto somos 
“maravilhosos”, mas resgatar-nos de uma forma mais inteira, mais coerente em 
todas essas nossas dimensões da comunicação. Temos que ser capazes de não 
ficar imaginando que “em algum lugar do planeta” nos comunicaríamos muito 
bem, mas sim entendermos que a nossa habilidade de comunicação passa pela 
verdade de sermos capazes de nos relacionar com quem existe à nossa volta; 
que as pessoas que nos rodeiam são os nossos professores de comunicação, e 
 
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que melhorar a nossa comunicação significa conquistar o melhor de nós mesmos, 
significa colocarmos a atenção em dimensões que, muitas vezes, não a pomos 
(SILVA, 2007). 
De acordo com Brasil (2004), a humanização em hospitais e outras 
unidades de saúde envolve essencialmente o trabalho conjunto de diferentes 
profissionais, de toda a equipe. O trabalho interdisciplinar pode favorecer a uma 
multiplicidade de enfoques e alternativas para a compreensão de aspectos que 
estão envolvidos no atendimento ao paciente.Isto tudo pode colaborar para o 
estabelecimento de uma nova cultura de respeito e valorização da vida humana 
no atendimento ao paciente. 
É necessário mudar a forma como essas instituições se posicionam frente 
ao seu principal objeto de trabalho – a vida, o sofrimento e a dor de um indivíduo 
fragilizado pela doença. De nada valerão os esforços para o aperfeiçoamento 
gerencial, financeiro e tecnológico das organizações de saúde, pois a mais 
extraordinária tecnologia, sem ética, sem delicadeza, sem respeito, não produz 
bem-estar. Muitas vezes, desertifica o homem (BRASIL, 2004). 
 
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UNIDADE 4 – A GESTÃO DOS RESÍDUOS DOS 
SERVIÇOS DE SAÚDE – RSS 
 
Vamos falar dos resíduos de saúde, mas não custa lembrar que resíduos 
engloba uma gama grande de produtos, coisas, restos de alimentos, vasilhames, 
papel, papelão e outros que consideramos lixo. Genericamente, dizemos que lixo 
é o conjunto de resíduos sólidos resultantes das atividades humanas, entretanto, 
não podemos esquecer que o que é lixo para uns pode ser alimento para outros. 
Antes de partirmos para os resíduos de saúde, cabe ainda fazermos um 
alerta para nós mesmos: para o fato de que nunca na história da humanidade se 
produziu tanto lixo como nesse século XXI. Desperdícios de um lado, utilização 
irracional dos recursos da natureza de outro lado vão nos custar muito caro, essa 
é a verdade! 
 
4.1 Os Resíduos dos Serviços de Saúde – RSS 
Os resíduos sólidos dos serviços de saúde (RSSS), apesar de 
representarem uma pequena parcela da totalidade de resíduos sólidos gerados 
no meio urbano, cerca de 1%, oferecem um preocupante risco sanitário e 
ambiental perante um gerenciamento inadequado, pois são possíveis fontes de 
propagação de doenças, que podem contribuir para o aumento da incidência de 
infecção hospitalar, além de apresentarem um risco ocupacional intra e 
extraestabelecimento de saúde, principalmente em relação aos RSSS 
perfurocortantes acondicionados de maneira incorreta (SCHNEIDER; DUARTE; 
ORLANDIN, 2001 apud SALES et al., 2009; SILVA; HOPPE, 2005). 
Os RSSS são definidos como aqueles resultantes de atividades exercidas 
por prestadores de assistência médica, odontológica, laboratorial, farmacêutica e 
instituições de ensino e pesquisa médica relacionados tanto à saúde humana 
quanto veterinária que, por suas características, necessitam de processos 
diferenciados em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua disposição 
final (SILVA; HOPPE, 2005; BRASIL, 2005). 
 
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A normatização do gerenciamento dos RSSS é regulada pela Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), através da Resolução da Diretoria 
Colegiada (RDC) n° 306/04, e o Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA), com a Resolução n° 358/05, que definiram as diretrizes sobre o 
gerenciamento dos RSSS, considerando princípios da biossegurança, 
preservação da saúde pública e do meio ambiente. Além disso, também 
estabeleceram a atual classificação dos RSSS em cinco grupos principais: Grupo 
A – resíduos com risco biológico; Grupo B – resíduos com risco químico; Grupo C 
– rejeito radioativo; Grupo D – resíduos similares ao doméstico; Grupo E - 
resíduos perfurocortantes. O gerenciamento dos resíduos é dividido em manejo 
interno e manejo externo ao estabelecimento de saúde (SALES et al., 2009). 
De maneira simplificada, os resíduos dos serviços de saúde 
compreendem todos os resíduos gerados nas instituições destinadas à 
preservação da saúde da população e são assim classificados de acordo com a 
NBR 12.808 da ABNT: 
 
TIPO NOME CARACTERÍSTICA 
CLASSE A – RESÍDUOS INFECTANTES 
A.1 Biológicos Cultural, inoculo, mistura de microrganismos e meio 
de cultura inoculado provenientes de laboratório 
clínico ou de pesquisa, vacina vencida ou 
inutilizada, filtro de gases aspirados de áreas 
contaminadas por agente infectantes e qualquer 
resíduo contaminado por estes materiais. 
A.2 Sangue e hemoderivados Sangue e hemoderivados com prazo de validade 
vencido ou sorologia positiva, bolsa de sangue para 
análise, soro, plasma e outros subprodutos. 
A.3 Cirúrgicos, 
anatomopatológicos e 
exsudato 
Tecido, órgão, feto, peça anatômica, sangue e 
outros líquidos orgânicos resultantes de cirurgia, 
necropsia e resíduos contaminados por estes 
materiais. 
A.4 Perfurantes e cortantes Agulha, ampola, pipeta, lâmina de bisturi e vidro. 
A.5 Animais contaminados Carcaça ou parte de animal inoculado, exposto a 
microrganismos patogênicos ou portador de 
doenças infectocontagiosas, bem como resíduos 
que tenham estado em contato com eles. 
A.6 Assistência a pacientes Secreção e demais líquidos orgânicos procedentes 
de pacientes, bem como os resíduos contaminados 
por estes materiais, inclusive restos de refeições. 
 
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CLASSE B – RESÍDUOS ESPECIAIS 
B.1 Rejeitos radioativos Material radioativo ou contaminado com 
radionuclídeos, proveniente de laboratório de 
análises clínicas, serviços de medicina nuclear e 
radioterapia. 
B.2 Resíduos farmacêuticos Medicamento vencido, contaminado, interditado ou 
não utilizado. 
B.3 Resíduos químicos 
perigosos 
Resíduo tóxico, corrosivo, inflamável, explosivo, 
reativo, genotóxico ou mutagênico. 
CLASSE C – RESÍDUOS COMUNS 
C Resíduos comuns São aqueles que não se enquadram nos tipos A e 
B, por sua semelhança aos resíduos domésticos, 
não oferecem risco adicional à saúde pública. 
 
 
4.2 Coleta, tratamento e destinação 
A higiene ambiental dos estabelecimentos assistenciais à saúde – EAS –, 
ou simplesmente serviços de saúde (hospitais, clínicas, postos de saúde, clínicas 
veterinárias, entre outros), é fundamental para a redução de infecções, pois 
remove a poeira, os fluidos corporais e qualquer resíduo dos diversos 
equipamentos, dos pisos, paredes, tetos e mobiliário, por ação mecânica e com 
soluções germicidas. O transporte interno dos resíduos, o correto armazenamento 
e a posterior coleta e transporte completam as providências para a redução das 
infecções (MONTEIRO et al., 2001, p. 80). 
Sobre as áreas hospitalares, estas são classificadas em três categorias: 
1. Áreas críticas: que apresentam maior risco de infecção, como salas de 
operação e parto, isolamento de doenças transmissíveis, laboratórios, 
entre outras. 
2. Áreas semicríticas: que apresentam menor risco de contaminação, como 
áreas ocupadas por pacientes de doenças não-infecciosas ou não-
transmissíveis, enfermarias, lavanderias, copa, cozinha, entre outras. 
3. Áreas não-críticas: que teoricamente não apresentam riscos de 
transmissão de infecções, como salas de administração, depósitos, entre 
outras (MONTEIRO et al., 2001). 
 
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Existem regras a seguir em relação à segregação (separação) de 
resíduos infectantes do lixo comum, nas unidades de serviços de saúde, quais 
sejam: 
� todo resíduo infectante, no momento de sua geração, tem que ser disposto 
em recipiente próximo ao local de sua geração; 
� os resíduos infectantes devem ser acondicionados em sacos plásticos 
brancos leitosos, em conformidade com as normas técnicas da ABNT, 
devidamente fechados; 
� os resíduos perfurocortantes (agulhas, vidros, entre outros) devem ser 
acondicionados em recipientes especiais para este fim; 
� os resíduos procedentes de análises clínicas, hemoterapia e pesquisa 
microbiológica têm que ser submetidos à esterilização no próprio local de 
geração; os resíduos infectantes compostos por membros, órgãos e 
tecidos de origem humana têm que ser dispostos, em separado, em sacos 
plásticos brancos leitosos, devidamente fechados; 
� os resíduos infectantes e especiais devem ser coletados separadamente 
dos resíduos comuns. Os resíduos radioativos devem ser gerenciados em 
concordância com resoluções da Comissão Nacional de Energia Nuclear – 
CNEN; 
� os resíduos infectantes e parte dos resíduos especiais devem ser 
acondicionados em sacos plásticos brancos leitosos e colocados em 
contêineres basculáveis mecanicamente em caminhões especiais para 
coleta de resíduos de serviços de saúde. Tais resíduos representam no 
máximo 30% do total gerado. 
 
São muitas as tecnologias para tratamento de resíduos de serviços de 
saúde. Até pouco tempo, a disputa no mercado de tratamento de resíduos de 
serviços de saúde era entre a incineração e a autoclavagem, já que, em muitos 
países, a disposição em valas sépticas não é aceita (MONTEIRO et al., 2001). 
 
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Recentemente, com os avanços da pesquisa no campo ambiental e a 
maior conscientização das pessoas, os riscos de poluição atmosférica advindos 
do processo de incineração fizeram com que este processo tivesse sérias 
restrições técnicas e econômicas de aplicação, devido à exigência de tratamentos 
muito caros para os gases e efluentes líquidos gerados, acarretando uma sensível 
perda na sua parcela de mercado (MONTEIRO et al., 2001). 
Os processos comerciais disponíveis que atendem às premissas 
fundamentais são a incineração (de grelha fixa ou de leito móvel), fornos rotativos, 
pirólise, autoclavagem, micro-ondas, radiação ionizante, desativação 
eletrotérmica e tratamento químico. 
O único processo de disposição final para esse tipo de resíduo é a vala 
séptica, método muito questionado por grande número de técnicos, mas que, pelo 
seu baixo custo de investimento e de operação, é o mais utilizado no Brasil. 
A rigor, uma vala séptica é um aterro industrial Classe II, com cobertura 
diária dos resíduos e impermeabilização superior obrigatória, onde não se 
processa a coleta do percolado (MONTEIRO et al., 2001, p. 192). 
 
4.3 Os principais riscos dos resíduos de saúde 
Os resíduos de serviços de saúde apresentam riscos que, se bem 
gerenciados, não resultam em danos à saúde pública e ao meio ambiente. Assim 
como os resíduos gerados pela comunidade, o potencial de risco dos RSS 
aumenta quando os mesmos são manuseados de forma inadequada ou não são 
apropriadamente acondicionados e descartados, especialmente em situações que 
favorecem a penetração de agentes de risco no organismo. 
Os principais riscos a que os trabalhadores estão sujeitos são: 
 
a) Risco biológico 
Considera-se risco biológico a probabilidade da ocorrência de um evento 
adverso em virtude da presença de um agente biológico. 
Os pré-requisitos necessários para o desenvolvimento de uma doença 
infecciosa são: presença do agente infeccioso; número suficiente do agente; 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional 
de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por 
meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de 
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hospedeiro suscetível; porta de entrada do agente no hospedeiro, que deve estar 
presente ou ser criada. 
Na literatura, há registros de muitos acidentes envolvendo resíduos 
perfurocortantes (criação da porta de entrada) com sangue e outros fluidos 
orgânicos (possíveis presença e concentração do agente infectante), envolvendo 
tanto o pessoal da atenção à saúde como o da limpeza e coleta dos resíduos, 
muitas vezes, com baixa resistência e sem imunização. 
Para diminuir o risco de transmissão de doenças por sangue e fluidos 
orgânicos, devem-se: 
� não reencapar, entortar, quebrar ou retirar manualmente as agulhas da 
seringas; 
� colocar os recipientes coletores para o descarte de material perfurocortante 
próximo ao local onde é realizado o procedimento; 
� descartar todo resíduo perfurocortante e abrasivo, inclusive os que não 
foram usados, em recipiente exclusivo, resistente à perfuração e com 
tampa, sem ultrapassar o limite de 2/3 da capacidade total; 
� fornecer equipamentos de proteção individual ao pessoal da higienização e 
coleta dos resíduos, de acordo com o Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais – PPRA – do estabelecimento, e exigir o seu uso correto 
(atentar para a possibilidade de haver agulha dispersa no chão); 
� seguir as orientações do PGRSS do estabelecimento. 
 
b) Risco físico 
Exposição dos profissionais a agentes físicos como, por exemplo, a 
temperaturas extremas durante o abastecimento manual das unidades de 
tratamento térmico e à radiação ionizante, quando os rejeitos radioativos são mal 
acondicionados ou armazenados para decaimento. Outros agentes físicos são: 
ruído, vibração, radiação não-ionizante, iluminação deficiente ou excessiva e 
umidade. 
 
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Para minimizar a exposição radiológica, devem-se seguir as orientações 
contidas no Programa de Gerenciamento de Rejeitos Radioativos – PGRR, 
aprovado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) para a instalação. 
A capacitação continuada, o correto atendimento às normas e o 
gerenciamento dos resíduos minimizam a exposição a este tipo de risco. 
c) Risco químico 
Exposição dos profissionais a agentes químicos, como poeiras, névoas, 
vapores, gases, mercúrio, produtos químicos em geral e outros. 
Os principais causadores desse risco são: quimioterápicos (citostáticos, 
antineoplásicos, entre outros), amalgamadores, desinfetantes químicos (álcool, 
glutaraldeído, hipoclorito de sódio, ácido peracético, clorexidina, entre outros) e os 
gases medicinais (óxido nitroso e outros). A exposição aos resíduos químicos 
perigosos mal acondicionados ou submetidos a tratamento em instalações 
inadequadas também é danosa à saúde do trabalhador e da população do 
entorno da área de tratamento.O risco químico pode ser minimizado utilizando-se equipamentos de 
proteção individual (EPIs) (luvas, máscaras, óculos e avental impermeável) 
adequados para o manuseio de produtos químicos, inclusive os desinfetantes, de 
acordo com boas práticas, a fim de garantir a manutenção da saúde e a 
segurança das pessoas, além de evitar impactos ao meio ambiente. 
 
d) Risco ergonômico 
Causado por agentes ergonômicos, como postura incorreta, levantamento 
e transporte manual de cargas e ritmo de trabalho e carga excessivos, que podem 
resultar em transtornos músculo-articulares diversos. 
Para minimizar o risco ergonômico, são recomendadas as seguintes 
ações: 
� organizar o ambiente de trabalho; 
� planejar a frequência da coleta interna dos resíduos; 
� promover capacitações permanentes da equipe de limpeza. 
 
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e) Risco de acidente 
Exposição da equipe a agentes mecânicos ou que propiciem acidentes. 
Escalpes, seringas, bisturis e tesouras são, constantemente, encontrados junto 
aos lençóis e roupas de centro cirúrgico nas lavanderias (como não deveriam 
estar no meio dessas roupas, acabam causando ferimento nos profissionais de 
saúde que trabalham no local). 
Outros riscos são: abrigo de resíduos com espaço físico subdimensionado 
ou arranjo físico inadequado, acesso inadequado ao abrigo de resíduos pelo 
pessoal da coleta externa, contêineres sem condições de uso, perigo de incêndio 
ou explosão de equipamentos de tratamento de resíduos, ausência de EPI, 
agulhas no chão e improvisações diversas. 
Para minimizar o risco de acidentes, devem ser observadas as seguintes 
recomendações: 
� adquirir equipamentos de proteção individual de qualidade, com desenhos 
respeitando a ergonomia e em número suficiente para a utilização do 
pessoal da limpeza; 
� segregar e acondicionar corretamente os resíduos, principalmente os que 
podem resultar em danos ao trabalhador que faz a higienização e coleta; 
� instalar extintores de incêndio, obedecendo o preconizado pela NR-23 e 
capacitar a equipe para sua utilização; 
� realizar manutenção preventiva e corretiva da estrutura física da sala e do 
abrigo de resíduos, incluindo instalações hidráulicas e elétricas, dos 
recipientes de acondicionamento, do carro de coleta interna e, também, 
dos contêineres de armazenamento; 
� implantar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, de 
acordo com a NR-9. 
 
f) Risco pela falta de conforto e higiene 
Exposição do profissional a riscos por ausência de conforto no ambiente 
de trabalho e a riscos sanitários. 
 
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Exemplos: falta de produtos de higiene pessoal, como sabonete líquido e 
toalha descartável nos lavatórios; ausência de água potável para consumo; não 
fornecimento de uniformes; ausência de vestiários com armários para a guarda de 
pertences; falta de local apropriado para lanches ou refeições; falta de proteção 
contra chuva; entre outros. 
Para minimizar o risco pela falta de conforto e higiene, o estabelecimento 
deve proporcionar à equipe condições de higiene, de conforto e de salubridade no 
ambiente de trabalho, de acordo com a NR-24 do MTE. 
 
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UNIDADE 5 – A SEGURANÇA DO PROFISSIONAL DE 
SAÚDE 
 
Não há como fechar um curso que foca campos de trabalho tão 
importantes como os que englobam os profissionais da área de saúde sem falar 
em riscos da profissão, problemas de saúde decorrentes de trabalho sob pressão 
emocional como, por exemplo, o estresse e medidas de segurança que são uma 
via de mão dupla, elas se prestam tanto para pacientes quanto para profissionais, 
leia-se aqui, enfermeiros e enfermeiras. 
 
5.1 Cuidados com o estresse do profissional 
Os profissionais que trabalham na área de saúde apresentam acentuado 
risco ocupacional, considerando o estresse, por conviver constantemente com 
situações de sofrimento, depressão, dor, tragédia, entre outros. A enfermagem 
vive uma realidade de trabalho cansativo e desgastante gerada pela diversidade, 
intensidade e simultaneidade de exposição a cargas físicas, químicas, mecânicas, 
fisiológicas e psíquicas. Este ambiente de trabalho turbulento e conflitante 
colabora para o aparecimento do estresse que geralmente o profissional demora 
em perceber seu adoecimento. Por vezes, envolvido pela rotina do setor, a 
qualidade do atendimento acaba por tornar-se insatisfatório pelo paciente 
(HARBS et al., 2008). 
O estresse caracteriza-se por uma resposta adaptativa do organismo 
frente a novas situações, especialmente àquelas entendidas como ameaçadoras. 
É considerado um processo individual, com variações sobre a percepção de 
tensão e manifestações psicopatológicas diversas. No âmbito laboral pode 
produzir uma diversidade de sintomas físicos, psíquicos e cognitivos, por requerer 
respostas adaptativas prolongadas, para tolerar, superar ou se adaptar a agentes 
estressores, as quais podem comprometer o indivíduo e as organizações 
(PASCHOALINI et al., 2008). 
De acordo com Stacciarini e Troccoli (2001), a palavra estresse tem sido 
muito recorrida, associada a sensações de desconforto, sendo cada vez maior o 
número de pessoas que se definem como estressadas ou relacionam a outros 
 
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indivíduos na mesma situação. O estresse é quase sempre visualizado como algo 
negativo que ocasiona prejuízo no desempenho global do indivíduo. Estressor é 
uma situação ou experiência que gera sentimentos de tensão, ansiedade, medo 
ou ameaça que pode ser de origem interna ou externa. O estresse não deve ser 
entendido como uma condição estática, pois é um fenômeno bastante complexo e 
dinâmico. 
Para Clarke (1984 apud Stacciarini e Troccoli, 2001), o estresse é difícil 
de conceituar e pode ser entendido de formas distintas. Existem três formas de 
definição: como estímulo, como resposta ou como interação ou transação entre 
ambiente interno e externo do indivíduo. Admite-se estas três questões envolvidas 
na conceituação segundo distintas abordagens: (1) como estímulo, com o 
enfoque no impacto dos estressores; (2) como resposta, quando examina a 
tensão produzida pelos estressores; e, (3) como processo, quando entendido a 
partir da interação entre pessoa e ambiente. 
O estresse é um processo psicológico e a compreensão dos eventos 
estressantes é afetada por variáveis cognitivas; não é a situação nem a resposta 
da pessoa que define o estresse, mas a percepção do indivíduo sobrea situação 
(MONAT E LAZARU, 1977 apud STACCIARINI E TROCCOLI, 2001). 
De acordo com Isaacs (1998), estresse pode ser definido como: 
� sobrecarga a uma pessoa que requer ajustes ou adaptações; 
� estímulo ou situação que produz desconforto; 
� síndrome que consiste em respostas inespecíficas induzidas no organismo, 
denominada síndrome geral da adaptação, apresentando três estágios: (a) 
reação de alarme: as defesas corporais são mobilizadas quando o sistema 
nervoso simpático e o sistema endócrino reagem ao estresse ativando uma 
grande quantidade de adrenalina e cortisona; (b) estágio de resistência: as 
respostas adaptativas tentam limitar os danos causados pelo agente 
estressor; (c) estágio de exaustão: isso pode ocorrer se a tentativa de 
adaptação do corpo não é bem sucedida; 
 
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� relação entre pessoa e ambiente avaliada pela pessoa como superando 
seus recursos e colocando em risco seu bem-estar. 
 
Já Montanholi, Tavares e Oliveira (2006), consideram estresse como 
sendo resultante da percepção entre a discordância das exigências de 
determinadas tarefas e os recursos pessoais para cumpri-las. Uma pessoa pode 
sentir tal discordância como desafio e, em consequência, reagir dedicando-se à 
tarefa. Ao contrário, se a discordância é percebida como ameaçadora, o 
trabalhador enfrentará uma situação estressante negativa, que poderá conduzi-lo 
a evitar a tarefa. 
De acordo com Coronnetti et aI. (2006), o estresse não é uma doença, é o 
estado do organismo quando submetido à tensão. Numa situação estressante, o 
corpo sofre reações químicas. Em excesso, isso pode prejudicar o organismo. 
O estresse pode atuar sobre várias partes do corpo: 
� cérebro – o cérebro produz uma família de substâncias conhecidas como 
opiáceos, responsável pela sensação de bem-estar, e seretonina, que faz o 
corpo relaxar. Submetido ao estresse, o cérebro diminui a produção das 
duas. Com isso, a pessoa se torna irritável e, às vezes, insone; 
� maxilares – a pessoa estressada costuma ranger os dentes, o que pode 
desgastá-los e deslocar a mandíbula a ponto de pressionar os nervos da 
face. Isso produz zunidos nos ouvidos e até tontura; 
� glândulas e suprarrenais – fabricam adrenalina, que mantém o corpo alerta, 
e cortisol, que energiza os músculos. Em excesso, o cortisol reduz a 
resistência às infecções. Pode causar morte de neurônios, envelhecimento 
cerebral e perda de memória; 
� coração – a noradrenalina, produzida nas suprarrenais, acelera os 
batimentos cardíacos, provoca uma alta de pressão arterial e, quando 
produzida durante longos períodos, sobrecarrega o músculo cardíaco; 
� pulmões – a tensão acelera a respiração. Para quem sofre de asma, pode 
desencadear crises; 
 
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� pele – sob estresse, os vasos sanguíneos periféricos – mais próximos da 
pele contraem-se e são menos irrigados. Se o estresse é constante, o 
envelhecimento é mais rápido; 
� estômago – o cérebro ordena ao estômago que produza os ácidos do suco 
gástrico. O excesso de acidez, unido à queda de resistência a infecções, 
pode provocar úlceras e gastrite; 
� mãos – um dos maiores indicadores de tensão é suar frio nas mãos e nos 
pés; 
� órgãos sexuais – nas mulheres, o estresse diminui os níveis de 
progesterona, podendo causar queda da libido e distúrbios que causam 
cólicas horríveis no período menstrual. Nos homens, os efeitos do estresse 
podem prejudicar o desempenho sexual; 
� Articulações – situações de estresse podem desencadear crises em 
pessoas que sofrem de artrite e reumatismo. O mecanismo que as causa, 
porém, ainda não está totalmente esclarecido (BOTTO, 2009). 
 
Em suma, os principais sintomas de estresse, destacados por Montanholi, 
Tavares e Oliveira (2006), são: suor, calores, dor de cabeça, tensão muscular, 
alteração no batimento cardíaco, dores de estômago, colite e irritação. O estresse 
pode também se refletir em atrasos, insatisfação, sabotagem e baixos níveis de 
desempenho no trabalho. Com isso, haverá uma diminuição da qualidade de vida 
da pessoa. 
Com relação à enfermagem, o estresse está presente no seu cotidiano 
desde tempos remotos. O trabalho de enfermagem apresenta várias vicissitudes 
do viver humano, pois esses profissionais lidam, de modo constante, com a vida, 
a saúde, a doença e a morte. 
Enfim, os trabalhadores de enfermagem, além de enfrentarem no seu dia 
a dia, situações limites e, em especial o cuidado de pacientes críticos, convivem 
em um ambiente de trabalho com riscos resultantes de agentes químicos, físicos, 
biológicos e psíquicos, capazes de causar danos à saúde em função de uma 
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição. Desse modo, ao 
 
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estabelecer a relação entre estresse e fatores de risco presentes no ambiente de 
trabalho, entende-se o fator de risco como uma característica ou circunstância 
detestável em indivíduos ou em grupos, associada à probabilidade de 
experimentar um dano à saúde e suas consequências (SANTOS, OLIVEIRA, 
MOREIRA, 2006). 
 
5.2 A questão da biossegurança – cuidados pessoais e coletivos 
Os profissionais da enfermagem de maneira geral, assim como a grande 
maioria dos profissionais de saúde, encontram em seu trabalho situações de risco 
à própria saúde, que chamamos de riscos ocupacionais. O risco mais comum 
dentro de uma instituição de saúde é o risco biológico, porém, dependendo do 
setor em que trabalha, o profissional pode estar igualmente exposto a riscos 
químicos e físicos. 
Vimos as classes de riscos na unidade anterior, porém, devido à 
importância que deve ser dada a elas, vamos frisar novamente alguns pontos. 
A prevenção e avaliação dos riscos relacionados ao trabalho em saúde 
são regidas em nosso país pela Portaria MTE nº 485, de 11 de novembro de 2005 
(DOU de 16 de novembro de 2005 – Seção 1), NR-32 – Segurança e Saúde no 
Trabalho em Serviços de Saúde. 
A chamada Norma Regulamentadora NR-32 determina que todos os 
serviços de saúde tenham disponíveis para seus funcionários um programa de 
prevenção de riscos ambientais (PPRA) que, além do previsto na NR-09, deve 
conter no mínimo a identificação dos riscos biológicos mais prováveis, em função 
da localização geográfica e da característica do serviço de saúde e seus setores, 
e a avaliação do local de trabalho e do trabalhador em relação a estes riscos. 
Segundo NR-09, os riscos estão agrupados de acordo com sua natureza e a 
padronização das cores, conforme se observa na tabela a seguir: 
 
GRUPO 1 
VERDE 
GRUPO 2 
VERMELHO 
GRUPO 3 
MARROM 
GRUPO 4 
AMARELO 
GRUPO 5 
AZUL 
Risco físico Risco químico Risco biológico Risco ergonômico Risco de acidentes 
 
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ou risco mecânico 
Ruído, 
vibração, 
radiação, 
temperatura 
extrema, 
pressão 
anormal, 
umidade. 
Substâncias 
químicas em 
estado sólido, 
líquido, 
gasoso, poeira, 
névoa, neblina, 
fumaça, fumo. 
Microrganismos, 
bactérias, vírus, 
fungos, 
protozoários. 
Inadequação de 
equipamentos e 
mobiliários em 
relação ao biótipo do 
trabalhador, postura 
inadequada, 
levantamento e 
transporte de peso 
incorreto. 
Arranjo físico e 
disposição de 
material inadequado 
no ambiente, piso 
escorregadio, 
ausência de 
sinalização, 
iluminação 
inadequada, má 
conservação de 
equipamentos. 
Fonte: Fortes et al. (2009). 
 
Esses cuidados visam assegurar que todo trabalhador de saúde tenha 
condições adequadas de realizar seu trabalho. Isso implica em compromisso do 
empregador em oferecer condições seguras de trabalho, que inclui: 
� fornecimento, sem ônus para o empregado, de vestimentas adequadas e 
confortáveis ao trabalhador de saúde com riscos de exposição a agentes 
biológicos e com locais apropriados para fornecimento de vestimentas 
limpas e para deposição de usadas; 
� fornecimento de EPIs, descartáveis ou não, e em número suficiente nos 
postos de trabalho; 
� conservação e a higienização dos materiais e instrumentos de trabalho; 
� fornecimento de recipientes e meios de transporte adequados para 
materiais infectantes, fluidos e tecidos orgânicos; e, 
� capacitação dos trabalhadores. 
Cabe ao trabalhador de saúde zelar pelo uso correto e racional dos EPIs 
e vestimentas utilizadas em suas atividades laborais para que haja efetiva 
proteção à sua saúde. É vedado seu uso fora do local de trabalho. 
Desde a publicação da NR-32, os serviços de saúde vêm se adequando 
aos seus preceitos, em busca de ambiente mais seguro para o trabalhador. O 
descumprimento da NR-32 pode incidir multas, aplicadas legalmente com base na 
Portaria nº 44, do MTE, de abril de 2008, e a NR-28. 
 
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A prevenção de riscos ocupacionais no trabalho em saúde resulta do 
esforço conjugado de empregadores e de trabalhadores, cuja efetiva aplicação 
das normas pressupõe a integração da Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes (CIPA), Comissão de Saúde do Trabalhador (COMSAT), Serviços 
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho 
(SESMT) e Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), entre outras. 
Um aspecto importante relacionado aos riscos ocupacionais no trabalho 
em saúde é a alta incidência de acidentes com material perfurocortante e de 
agravos causados pela exposição desprotegida. 
A verdadeira dimensão do problema, entretanto, é difícil de ser avaliada, 
considerando-se que o número desses acidentes é sempre uma estimativa da 
realidade, pois nem sempre o profissional que se acidenta procura o atendimento 
no serviço de saúde ocupacional da instituição que trabalha. Além da 
subnotificação, outro problema é a carência de informações a respeito de 
acidentes entre os trabalhadores que atuam em vários serviços de saúde como 
instituições de longa permanência para idosos, clínicas de atendimento 
ambulatorial, serviços de atendimento domiciliar (home care), serviços de 
atendimento de emergência e consultórios particulares. 
Dados do National Surveillance System for Health Care Workers (Nash) 
(Serviço Nacional de Vigilância dos Agentes de Saúde americano) mostram que a 
equipe de enfermagem é que sofre o maior número de acidentes com 
perfurocortantes (43%), seguida de médicos (28%) e técnicos (15%). Aponta 
ainda que os acidentes ocorrem mais frequentemente após o uso e antes do 
descarte de um perfurocortante (40%), durante seu uso em um paciente (41%) e 
durante ou após o descarte (15%) (RAPPARINI, 2008 apud FORTES et al., 2009). 
Estudo realizado por Chiodi et al. (2007), sobre acidentes de trabalho com 
material biológico entre trabalhadores de unidades de saúde pública mostra que a 
categoria auxiliares e técnicos de enfermagem são a mais vitimadas (67,7%), 
sendo que 80,6% foram resultantes de acidentes com agulhas. 
 
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Segundo Damaceno (2006), as principais causas de acidente, segundo 
opiniões dos entrevistados de sua pesquisa, são descuido, não adoção das 
medidas preventivas, pressa e gravidade dos pacientes. 
Muito importante ressaltar que, apesar dos profissionais de saúde 
estarem sempre mais preocupados com ao vírus do HIV, os vírus da hepatite C e 
Hepatite B (se o profissional não foi vacinado) também podem ser transmitidos 
durante um acidente com perfurocortante e causam doenças tão graves quanto a 
AIDS. 
Segundo NR-32, os trabalhadores que utilizarem perfurocortantes devem 
ser os responsáveis por seu descarte, sendo vedados o reencape e a desconexão 
manual das agulhas. 
Outra medida importante é desprezar a agulha em caixa apropriada para 
material perfurocortante, as quais seguem uma normalização federal e a RDC 
306, que obriga aos estabelecimentos de saúde ter as caixas disponíveis. 
O descarte seguro é uma prática segura de cuidado. Finalmente, caso 
ocorra um acidente com objeto perfurocortante ou exposição desprotegida a 
sangue ou fluidos corpóreos, o profissional de saúde deve procurar o SESMT. 
Nem sempre há risco real de se contrair uma doença após exposição, por isto, 
deve ser avaliado o tipo de exposição (respingo, perfuração, corte), o tipo de 
material biológico a qual se foi exposto e a condição vacinal do profissional de 
saúde e se possível do paciente. 
Todo o serviço de saúde tem que ter um programa de gerenciamento de 
resíduo, que deve ser responsável pelo treinamento de todos os funcionários do 
hospital neste tema. É importante assegurar que todos os profissionais que 
trabalham no serviço, mesmo os que atuam temporariamente ou não estejam 
diretamente envolvidos nas atividades de gerenciamento de resíduos, conheçam 
o sistema adotado para o gerenciamento de resíduos sólidos e a prática de sua 
segregação. 
Além disso, reconhecer os símbolos, expressões escritas, padrões de 
cores adotados e conhecer a localização dos abrigos de resíduos, auxiliam a 
prevenir os acidentes. 
 
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Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2006). 
 
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54
 
UNIDADE 6 – O PAPEL DAS CIÊNCIAS SOCIAIS NO 
ÂMBITO DA SAÚDE COLETIVA 
 
Que as Ciências Sociais ocupam um lugar de destaque no âmbito da 
saúde coletiva é um fato que não negamos, ao contrário, vimos ao longo do curso 
que a promoção e prevenção da saúde faz parte da prática de várias 
disciplinas/campos de conhecimento, ou seja, vai para além da Enfermagem. 
Loyola (2012) defende e explica que diferentemente do que ocorreu na 
Saúde Pública, a saúde coletiva nasceu na academia, em um momento em que 
não mais se tratava de organizar um sistema público de saúde, mas de ampliá-lo 
e estendê-lo a toda a população do país. O próprio termo “saúde coletiva” evoca o 
estudo da saúde de uma coletividade enquanto sistema social. Assim, a presença 
das ciências sociais e das ciências humanas na saúde coletiva, mais do que 
importante, é a base mesma, o cimento que constitui e alicerça a área. 
Em que pese a especificidade do campo, dada pela perspectiva social 
contida na palavra coletiva, é a palavra saúde que vem sendo sempre retida e 
utilizada nas classificações internas e externas à área, como no caso das 
agências de fomento; nestas, a saúde coletiva é classificada como pertencente à 
grande área da saúde, com todas as consequências que isso implica, 
notadamente a submissão à lógica biomédica. Como toda classificação e 
hierarquização, este lugar impõe às subáreas da saúde coletiva os critérios de 
mérito das ciências médicas, e ao mesmo tempo pode ser utilizado para 
desvalorizar o conhecimento produzido pelas demais disciplinas. 
 A mesma autora lembra que parte dos estudos realizados no âmbito da 
saúde coletiva foi capitaneada ou influenciada pelas disciplinas das áreas sociais 
e humanas, exemplos disso são: os estudos sobre a determinação social da 
doença, as instituições e as políticas de saúde, as relações entre indivíduo e 
sociedade, os sistemas de saúde, as representações sociais da doença, as 
práticas de saúde oficiais e alternativas, as diferentes racionalidades terapêuticas, 
a história das doenças e das epidemias, os movimentos sociais em saúde, a 
medicalização das normas e do comportamento social, a introdução e os efeitos, 
sociais e para a saúde, de novas tecnologias biomédicas, entre tantos outros. 
 
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Esses estudos contribuíram para fazer avançar não só o conhecimento 
sobre a dimensão social da saúde, como também da sociedade, da teoria e da 
metodologia em ciências sociais. Para Loyola (2012) a saúde coletiva dificilmente 
poderia sustentar-se sem o aporte teórico e metodológico das Ciências Sociais, 
tanto como atividade acadêmica quanto como atividade de intervenção e política, 
ao menos no Brasil. 
Minayo (2013) também tem suas explicações e defesas acerca da 
importância das Ciências Sociais, apontando que ela ocupa um espaço 
importante na produção científica nacional e internacional. 
Para suas defesas, a autora acima fez uma busca ativa de artigos que 
fazem intercessão entre saúde coletiva e ciências sociais em revistas, e seu 
resultado encontra-se no quadro abaixo. 
 
Número e proporção (%) de artigos que fazem interface entre Ciências 
Sociais e Humanas e Saúde Coletiva (janeiro de 2011 a agosto de 2012) 
 
Fonte: Minayo (2013, p. 25). 
 
Sem entrar no mérito de suas análises e discussões dos resultados que 
foram muito bem embasados teoricamente, queremos que percebam que em 
termos gerais, todas as revistas melhor classificadas da área estão divulgando, 
em elevadas proporções, a produção científica das Ciências Sociais e Humanas 
em intercessão com a Saúde Coletiva. O caso do menor aporte de textos por 
parte da Revista de Saúde Pública e dos Cadernos de Saúde Pública deve ser 
analisado como compreensível dentro da lógica biomédica e quantitativista da 
 
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epidemiologia. Dentre os autores que tratam dessa relação, Minayo cita Almeida 
Filho (2000) que, ao se referir à contribuição da epidemiologia, ora a coloca como 
instrumento privilegiado para a ação, ora como o próprio campo da saúde pública. 
Nesse segundo caso, o autor reduz a área a uma visão disciplinar e passa ao 
largo da análise científica que as Ciências Sociais e Humanas (frequentemente 
tratadas pela epidemiologia como senso comum) podem aportar para 
compreensão das questões que afetam a saúde. 
É confortante e esperançoso ver essas interfaces entre as áreas de 
Ciências Sociais e Humanas, praticando a interdisciplinaridade e inserções 
pontuais e globais e como concluiu Minayo, é fundamental, claro, que a área de 
saúde coletiva tenha sempre cientistas de formação das áreas sociais e humanas, 
pois de certa forma eles devem cumprir o papel insubstituível de enfrentar os 
paradoxos e as contradições de certos temas desafiantes; de desnaturalizar e de 
problematizar questões que o setor abraça de forma acrítica; e de investir na 
capilarização da reflexão social e humana dos objetos de saúde, em diferentes 
níveis e em diferentes aspectos, sem purismo, mas com método e 
contextualização. 
 
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REFERÊNCIAS 
 
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Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a 
implementação do Processo de Enfermagem em ambientes públicos ou privados, 
em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências. 
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN n. 371/2010. 
Dispõe sobre participação do Enfermeiro na supervisão de estágio de estudantes 
dos diferentes níveis da formação profissional de Enfermagem. 
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN n. 413/2011. 
(Com alterações da Resolução COFEN n. 435/2012) - Fixa o valor das anuidades 
no âmbito do Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul e dá 
outras providências. 
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