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15 30_Apelação em ação monitória, pelo curador especial, com arrimo em nulidade da citação por hora certa

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Apelação em ação monitória, pelo Curador Especial, com arrimo em nulidade da citação por hora certa
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 3ª Vara Cível da Comarca de Mogi das Cruzes, São Paulo.
Processo nº 0000000-00.0000.0.00.0000
Ação Monitória
M. F. de A., já qualificada, por seu Advogado que esta subscreve, “no exercício do munus da curadoria especial”, com escritório na Rua José Urbano Sanches, nº 00, Vila Oliveira, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, onde recebe intimações (e-mail: gediel@gsa.com.br), nos autos do processo que lhe move N. G. do N., vem perante Vossa Excelência, não se conformando, data venia, com a respeitável sentença de fls. 109/113, da mesma apelar para o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, consoante razões que apresenta anexo.
Requer, para tanto, seja o presente recurso recebido e regularmente processado.
Termos em que,
p. deferimento.
Mogi das Cruzes, 00 de maio de 0000.
Gediel Claudino de Araujo Júnior 
OAB/SP 000.000
RAZÕES DO RECURSO
Processo nº 0000000-00.0000.0.00.0000
Ação Monitória
Terceira Vara Cível do Foro de Mogi das Cruzes-SP
Apelante: M. F. de A.
Apelado: N. G. do N.
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Dos Fatos:
Em março de 0000, a apelada ajuizou a presente ação asseverando, em apertada síntese, que a recorrente pagará a compra de um veículo com cheques e que esses, apresentados, voltaram sem fundos. Pediu, então, a condenação da apelante ao pagamento do valor total de R$ 14.362,10 (quatorze mil, trezentos e sessenta e dois reais e dez centavos), incluindo-se nesse montante o valor dos cheques e pedido de indenização por perdas e danos.
Recebida a exordial, o Magistrado a quo determinou a citação da ré para apresentar resposta.
Frustradas as tentativas de citação pessoal da recorrente, procedeu-se à citação por hora certa, sendo nomeado o subscritor dessa para exercer o múnus da Curadoria Especial, que apresentou contestação, alegando, em preliminar, a nulidade da citação.
Conclusos os autos, o douto Magistrado de primeiro grau sentenciou o feito, afastando a preliminar e julgando parcialmente procedente os pedidos da autora.
Esses os fatos.
Do Mérito:
A r. sentença guerreada, não obstante o conhecido brilhantismo de seu prolator, não deve permanecer, vez que não representa o melhor direito para o caso sub judice.
“Da nulidade da citação por hora certa.”
Como já argumentado quando do oferecimento da contestação, fls. 103, a citação por hora certa feita na pessoa da Sra. A. R. N. M., fls. 99, é nula e sem efeito, vez que foi a própria Sra. “A” que informou que a Curatelada lá não residia, fls. 98.
Veja-se a situação: a recorrente foi procurada em diversos locais, fls. 95 a 97, porém, por razões NÃO INFORMADAS, o Senhor Oficial de Justiça fixou-se no último endereço, apesar de ter sido expressamente informado de que ali não era o domicílio da ré, fls. 98. Ignorando tal informação, o Oficial de Justiça, por razões não declaradas, insistiu em citar a ré naquele endereço. Disse que por lá compareceu por várias vezes e não encontrou a recorrente, que, repita-se, lá não residia (como então poderia encontrá-la?), acabando por fim em realizar a citação por hora certa.
Diante da informação de que a apelante “não era domiciliada naquele endereço”, por que insistiu em procurá-la ali o Oficial de Justiça?
Sem resposta a essa pergunta é impossível validar-se a citação feita naquele endereço.
Como se nota, a citação por hora certa foi feita contra as informações constantes nos autos, mostrando-se, na hipótese, totalmente inadequada.
Neste sentido, a jurisprudência:
CITAÇÃO POR HORA CERTA – NULIDADE – FALTA DE OBSERVÂNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS – “É nula, por infringência ao artigo 227 do CPC, a citação por hora certa, de cuja certidão conste apenas que, por tê-lo procurado em sua residência, em dias diferentes, sem contudo, esclarecer os horários, nem as razões objetivas de tal juízo, o Oficial de Justiça suspeitou da ocultação do réu.” A certidão do Oficial de Justiça deve refletir os fatos idôneos que o levaram a concluir pela suspeita de ocultação, para não se restringir a uma declaração de aspecto meramente subjetivo. A certidão deve despertar em quem a leia, avaliando os fatos descritos, a mesma reação de suspeita de ocultação. (2º TACIVIL – 8ª Câm.; AI nº 231.738/6-SP; rel. Juiz Cunha Cintra; j. 25.4.1989; v. u.) BAASP, 1.602/209 de 6.9.1989.
Do Pedido:
Ante o exposto, e mais pelas razões que esse Egrégio Tribunal saberá lançar sobre o tema, requer-se o provimento do presente recurso, com o escopo de reconhecer a nulidade da citação feita por hora certa, retornando-se os autos para novas diligências ou efetivação da citação por edital.
Termos em que,
p. deferimento.
Mogi das Cruzes / São Paulo, 00 de maio de 0000.
Gediel Claudino de Araujo Júnior
OAB/SP 000.000

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