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Análise da construção do muro entre EUA e méxico e seus desdobramentos

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APS – Atividade Prática Supervisionada 
 
 
 
 
APS – Atividade Prática Supervisionada 
Centro de Ciências Jurídicas e Sociais - CJS 
ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO DO MURO NA FRONTEIRA ENTRE ESTADOS 
UNIDOS E MÉXICO E SEUS DESDOBRAMENTOS. 
 
Marina Cesa, Marina Panisson, Ronei Stocco. 
 
Curso de Relações Internacionais do Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG 
Professor Supervisor da APS 
Professora Dra. Flavia Carolina de 
Resende Fagundes 
 
 
 
 
 
Resumo 
A fronteira que divide o México e Estados Unidos é marcada 
por uma constante onda de migrações ilegais, vindas 
excepcionalmente do México em direção ao território americano. 
Tais migrantes trazem consigo o objetivo de tentar melhores 
condições de vida no país visto que, o México enfrenta diversos 
atritos econômicos e sociais. Diante disso, o presidente dos Estados 
Unidos, Donald Trump, cogitou a possibilidade de construção de 
um muro na fronteira entre os dois países, com o intuito de barrar o 
processo migratório visto prejudicial pelos americanos. Tal 
posicionamento vem gerando inúmeros debates no cenário 
internacional. 
No decorrer do presente artigo, será realizada uma análise da 
possível construção do muro entre a fronteira mencionada, bem 
como seus desdobramentos caso o mesmo seja construído. Através 
de pesquisa bibliográfica serão tratados os embates entre os dois 
países abordando questões como os Direitos Humanos e o 
narcotráfico. 
Palavras-chave: 
Fronteiras, Narcotráfico, Imigrações. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Desde Roma Antiga, nenhuma nação tem tanto destaque e elevação acima de outras 
quanto os Estados Unidos, Estado o qual Joseph S. Nye Jr. classifica como colossal, faz com 
que “o atual sistema internacional erige-se não em torno do equilíbrio de poder, mas em torno 
da hegemonia americana.” (KEGAN; KRISTOL, 2000). Isso se dá porque os Estados Unidos 
“dominam a indústria, o comércio e as comunicações; sua economia é a mais bem-sucedida 
do planeta, seu poderio militar não conhece rival.” (The Economist, 1999). 
Se considerarmos o histórico do país, é notável que a nação americana sempre foi 
adepta de diversas alianças ao decorrer da história, em especial durante a Guerra Fria, com as 
APS – Atividade Prática Supervisionada 
 
alianças em combate ao comunismo. Todavia, tais alianças tendem a privilegiar os interesses 
americanos. Isso ocorre, por que, segundo Ricupero: 
 
“A explicação mais evidente para essa exceção na tendência de perseguir os 
interesses nacionais por meios unilaterais de poder é que, no fundo, apesar de 
perderem uma parada aqui ou ali, esses interesses continuam a ser bem servidos por 
um sistema multilateral de comércio do qual a primeira potência econômica do 
mundo é a principal beneficiária.” (RICUPERO, 2002). 
 
Defensor dos seus interesses, os Estados Unidos sempre se posicionaram no sistema 
internacional mostrando grande poder. A definição desse poder, de acordo com Nye, é 
demonstrada a partir da “posse de quantidades relativamente grandes de elementos tais como 
população, território, recursos naturais, vigor econômico, força militar e estabilidade política. 
” (NYE, 2002). Aliado a esses fatores, para obter-se um poder consolidado, o Estado necessita 
dispor também de líderes capazes, para que uma política seja elaborada de forma coerente e 
funcional, que saiba utilizar das capacidades estatais de forma adequada. 
Historicamente, o poder era caracterizado pelas capacidades bélicas dos países. 
Posteriormente, no século XIX, a capacidade industrial começou a ganhar cada vez mais 
importância. Já no século XX, os Estados Unidos e a União Soviética passaram a dispor dos 
dois fatores anteriores, somados à capacidade nuclear. Entretanto, a capacidade nuclear 
mostrou-se inviável após a Guerra Fria, quando ficou aparente que, apesar de altamente 
destrutiva, só seria usada em casos extremos, já que as armas são custosas e inviáveis para 
conflitos amenos. Com as mudanças sociais, no cenário atual, nota-se que o emprego da força 
não é mais a medida mais adequada, já que acarreta em consequências para as metas 
econômicas das grandes potências atuais. 
Pode-se dizer então que os Estados Unidos adotam uma visão liberal no que diz 
respeito à economia, já que praticam abertamente o livre-comércio com diversos países. 
Segundo o OEC (Observatory of Economic Complexity), no ano de 2017, os Estados Unidos 
exportaram 2,16 trilhões de dólares, tendo como principais países de destino dessas 
exportações México, Canadá, China, Japão e Alemanha. Entretanto, na questão de 
posicionamento em relação às políticas sociais, em especial à sua política migratória, o país 
adota uma postura isolacionista, principalmente na contemporaneidade, com a ideia da 
construção de uma barreira física contra o México. 
Apesar de ser uma nação formada por imigrantes e ter tido a sua política migratória 
liberal institucionalizada a partir de 1965, os Estados Unidos atualmente tem encontrado 
dificuldades relacionadas ao grande número de imigrantes que têm entrado no país nos 
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últimos anos. Parte das dificuldades podem ser atribuídas à resistência de parte conservadora 
da população branca dominante em aceitar a entrada, especialmente, de latinos e asiáticos e 
essa resistência acaba tornando-se cobrança ao governo por uma política migratória mais 
restringida, o que gera um desafio aos governantes em conciliar os princípios democráticos 
com a proteção da sociedade e a integridade da cultura local. 
Os questionamentos que ficam, então, e que queremos esclarecer no desenrolar deste 
artigo, são: por que os Estados Unidos, a potência hegemônica mundial, com todo seu 
comércio e desenvolvimento consolidado, teme tanto a imigração, especialmente por parte 
dos Mexicanos? A não construção do muro acarretaria em resultados maléficos, visto que o 
país tem obtido até agora, majoritariamente, sucesso? Quais seriam os impactos se esse plano 
de Trump se consolidasse? 
 
2. POSICIONAMENTO DE DONALD TRUMP 
 
Com a postura protecionista de Trump, as opiniões se dividem e várias polêmicas 
sobre as medidas propostas durante a eleição de 2016 surgem. A frase “Make America Great 
Again” marcou a campanha eleitoral de Donald Trump e, desde que o mesmo foi eleito, tem 
tomado as decisões que considera necessárias para pôr os Estados Unidos em primeiro lugar. 
 
“A campanha de Trump foi baseada em três pilares: fechamento do comércio, 
ou seja, protecionismo; controle de imigração, a partir de uma política de identidade, 
nacionalismo e preservação de cultura; e isolacionismo internacional, baseado na 
ideia de que os Estados Unidos pagam a conta para proteger e intervir em outros 
países.” (CUKIER, 2016) 
 
A exemplo disso tem-se a saída do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, em 
2017, argumentando que o acordo traz desvantagens para os Estados Unidos, beneficiando 
outros países; a aplicação de tarifas a produtos da China, que decide retaliar aplicando tarifas 
em produtos dos Estados Unidos em US$ 50 bilhões, dando inicio a uma guerra comercial; a 
saída do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, sendo justificada acusando o 
Conselho de ser tendencioso e de aceitar países que são acusados de abusos dos direitos 
humanos; a decisão de não assinar o pacto global de imigração, visto que enfrenta uma crise 
migrat ria; a saída do Acordo Transpacífico de Cooperação Econ mica (TPP) e a 
Renegociação do NAFTA. Em vista destas atitudes, o governo americano tem sido acusado 
por outras nações de estar se isolando do resto do mundo e especialistas acreditam que se o 
fechamento fronteiriçode fato ocorrer, o resultado será um cenário de instabilidade mundial. 
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A proposta de Trump para a construção do muro na fronteira sul do país alcançaria um 
custo de mais de US$ 5,7 bilhões, com o objetivo de conter uma crise de segurança. O muro 
deverá contar com 1600 quilômetros, visto que o restante da fronteira entre México e Estados 
Unidos já é marcado por barreiras naturais, não sendo necessária a construção de um muro. O 
atual presidente ainda afirma que o México pagará pela construção do mesmo, direta ou 
indiretamente. (BBC NEWS, 2019) 
Com o orçamento exorbitante, e com a representatividade dos democratas na Câmara 
dos Deputados, sendo a maioria, tal orçamento não foi aprovado. Os democratas acreditam 
que a construção de um muro não é a solução. A democrata Nancy Pelosi, Presidente da 
Câmara dos Representantes, diz que “o muro é uma imoralidade. [...] Não se trata de um muro 
entre Estados Unidos e México, mas sim um muro entre a realidade e seu eleitorado”. Krauze, 
citado por Zarzalejos, afirma que 
 
“[...] o núcleo xen fobo, fascista que o apoia não é minoritário, mas muito 
maior do que pensávamos, porque há um substrato racista que não queríamos ver, ou 
se a, que faça o que faça, apoiaria a Trump, além do Senado e do Congresso, mas, 
felizmente, contra Trump, sempre contamos com o pr prio Trump”. (KRAUZE, 
apud ZARZALEJOS, 2017). 
 
 Esta disputa entre a Casa Branca e os parlamentares democratas sobre o muro na 
fronteira com o México resultou na paralisação parcial do governo. Trata-se da paralisação 
mais longa da história, durando mais que a paralisação de 1995, durante o governo de Bill 
Clinton, que durou 21 dias. Esta paralisação afetou diversos setores ditos não essenciais do 
país, são cerca de 800 mil funcionários que deixaram de receber salários, impactando na 
economia. 
Considerando estes impactos, em janeiro deste ano, o presidente assinou um acordo 
pondo fim à paralisação durante três semanas com o objetivo de que os congressistas 
chegassem a um consenso sobre os custos com a construção do muro, ameaçando declarar 
emergência nacional caso o financiamento não fosse aprovado, e de fato foi o que ocorreu, 
não cessando a disputa. O Senado logrou derrubar a medida do presidente e o mesmo logrou 
vetar a decisão do Senado. A Câmara, no entanto, não logrou derrubar o veto de Trump. (THE 
WASHINGTON POST, 2019). Vale destacar que essa atitude por parte de Donald Trump tem 
gerado discussões a fim de esclarecer a justificativa do presidente, pois com esse gasto 
estrondoso com a construção do muro na faz-se necessário explorar o histórico da relação 
entre ambos os países. 
 
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3. RELAÇÕES MÉXICO VERSUS ESTADOS UNIDOS 
 
Maior potência mundial do pós - Guerra Fria, os Estados Unidos exercem uma grande 
influência no sistema internacional, o que não seria diferente em relação ao México. Com 
uma fronteira de 3.141 quilômetros de extensão, os vizinhos México e Estados Unidos 
compartem uma histórica relação, que tem como elemento constante a desconfiança 
(BERNAL-MEZA, 2007; MANAUT, 2006). 
De acordo com Rincones (2004), antes de 1846, o território mexicano se estendia até 
os atuais estados estadunidenses de Califórnia, Arizona, Novo México e Texas; no entanto, 
através da conquista por meio de conflito da região do Texas e da compra por uma quantia 
irrisória da região da Califórnia, Arizona e Novo México, realizada por meio do Tratado de 
Guadalupe Hidalgo, o México perdeu mais da metade de seu território aos Estados Unidos, e 
assim, se constituiu a fronteira atual entre os dois países. 
A partir dos governos desenvolvimentistas mexicanos no século XX, a histórica 
desconfiança entre os vizinhos foi administrada por meio de uma troca de garantias. Enquanto 
os Estados Unidos não interviessem na democracia mexicana e em sua autonomia externa, o 
México garantiria sua estabilidade interna no sentido de não perturbar a segurança nacional 
dos Estados Unidos. (NADDI, Beatriz, 2015). De acordo com Schiavon (2006), essa troca de 
garantias é fundamental e preponderante na relação entre México e Estados Unidos até os dias 
de hoje, pois quanto mais o México garantir sua estabilidade e a segurança de sua fronteira 
norte, maior será sua margem de soberania; por outro lado, “se não se garante esta 
estabilidade e segurança, os Estados Unidos pressionaram o governo mexicano para que 
modifique suas políticas de acordo a estas prioridades” (SCHIAVON, 2006). 
A fronteira entre os dois países é a 10ª maior do mundo dividindo dois países com 
idioma, cultura, economia e política distintas, sendo ao sul um país emergente de cultura 
latina e com uma industrialização tardia e à norte um país anglo-saxão com potência 
econômica, política e militar. Alguns elementos são indispensáveis para realizar uma análise 
da dinâmica fronteiriça. O primeiro deles é a formação histórica do limite entre México e 
Estados Unidos, com o uso dos fatos históricos que determinaram a delimitação atual da 
divisa, visto que a fronteira é explorada atualmente por meio da descrição física, ideológica e 
de seus problemas. 
Por meio da descrição física, se realiza uma apresentação técnica da região focando-se 
na análise das cidades fronteiriças e suas respectivas características populacionais. Já por 
meio da descrição ideológica, a fronteira é analisada com base nas diferenças culturais e 
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ideológicas entre Estados Unidos e México, que influenciam a percepção que cada população 
tem da outra; ao mesmo tempo em que se estabelece um contraponto no tocante da relação 
entre os povos fronteiriços destes dois países. Em seguida, um subcapítulo se dedica a 
descrever e explorar os problemas presentes na região, como as atividades ilícitas do 
contrabando e narcotráfico, e a influência da securitização do terrorismo para a região. 
(NADDI, Beatriz, 2014). 
Vale ressaltar também, que além dessas questões de âmbito social e político existe a 
questão econômica que facilita a dinâmica na região, pelo fato de existir uma facilidade maior 
no que diz respeito a trocas comerciais e financeiras entre ambos sem deixar de lado o 
principal resultado de tal dinâmica econômica e política é a questão das imigrações que tem 
como efeito principal a xenofobia. 
 
 3.1 QUESTÃO IDEOLÓGICA 
 
Atualmente, ao estar nos Estados Unidos ou no México, é comum serem expressadas 
as palavras “mexicans” e “gringos”, respectivamente. Estas palavras comumente utilizadas 
nos respectivos países são formas explícitas da fronteira ideológica existente entre estes dois 
países atualmente. Esta fronteira ideológica, destacada pelas divergências históricas, 
econômicas e culturais entre México e Estados Unidos, exerce um papel complicador de 
inserção, interação e integração das populações destes dois Estados. (ZUNZUNEGUI, 2014). 
Por conseguinte, a discriminação começa a ocorrer no século XX através da não 
aceitação da maioria dos mexicanos nas escolas públicas estadunidenses e até pelo 
estabelecimento de dias específicos para o uso de piscinas públicas por parte de mexicanos e 
afrodescendentes. Tal conjuntura contribuiu à imagem dos estadunidenses como raça superior 
à dos mexicanos, imagem esta, por sua vez, sustentada pelo uso do Soft Power (NYE, 2002) 
em filmes que carregam tal caráter de superioridade dos estadunidenses e inferioridade dos 
mexicanos (GARCÍA, 2008). Por outro lado, na zona fronteiriça entre México e Estados 
Unidos não se observa de maneira contundente essa fronteira ideológica por diversas 
circunstâncias 
 
que Martínez (1994:10) denomina como“ambiente fronteiriço”, indicando 
[…] a totalidade de características e processos que separam as fronteiras de outras 
regiões do país, dentro das quais ocupam um lugar destacado as interações 
transnacionais, os conflitos internacionais e étnicos e seus respectivos processos de 
negociação. (RINCONES, 2004, p.3) 
 
APS – Atividade Prática Supervisionada 
 
 
4. PROBLEMAS DA FRONTEIRA 
 
Segundo Nadi e Beluci (2014), o maior símbolo da divisão e tensão da região é o muro 
construído pelos Estados Unidos na fronteira com o México. Para os Estados Unidos, a maior 
utilidade da fronteira é a de manter a soberania por meio de um sistema de forte fiscalização 
com objetivo de barrar, além da imigração ilegal, as atividades ilícitas, como o narcotráfico e 
o contrabando, e o terrorismo. Desta forma, tais elementos se constituem como os principais 
problemas na região da fronteira México - Estados Unidos. (NADI; BELUCI, 2014). 
De maneira geral, as atividades ilícitas se caracterizam como um grande problema para 
ambos os lados. No âmbito do narcotráfico, o principal atingido por tal são os Estados 
Unidos, que promovem e investem em uma enorme quantidade de programas de controle 
fronteiriço e aparato institucional com o fim de barrar tais atividades ilícitas tanto advindas do 
próprio México, quanto as que usam o território mexicano como porta de entrada aos Estados 
Unidos, como é o caso do narcotráfico colombiano. (MENDOZA, 2001). 
É importante destacar que o México é bastante vulnerável ao contrabando, à medida 
que o mesmo facilita a chegada de armamentos ao território que é disponibilizado por grupos 
de narcotráfico, onde acaba resultando em um fortalecimento dos mesmos. Outro problema 
que deve ser levado em conta é a questão do terrorismo, que se tornou uma preocupação entre 
a fronteira dos países mencionados, excepcionalmente por parte do governo estadunidense 
que se tornou mais apreensivo após o atentado de 11 de setembro de 2001 às torres gêmeas. A 
partir disso, houve um aumento da vigilância e proteção fronteiriça com grande número de 
agentes patrulheiros de fronteira, gerando uma região militarizada. 
 
5. EFEITOS DA IMIGRAÇÃO MEXICANA PARA OS ESTADOS UNIDOS 
 
A imigração causa reflexos e consequências tanto para o local de origem do imigrante, 
quanto ao destino do mesmo. Estes reflexos modificam, assim, as condições 
socioeconômicas, políticas e culturais em ambos os lados, chegando a influir até mesmo nos 
níveis familiar e pessoal. Com base nesta premissa, se analisam os efeitos da imigração de 
mexicanos no próprio México e também os efeitos destes mesmos mexicanos imigrantes nos 
Estados Unidos, tomando como critérios os efeitos demográficos, econômicos e sociais. 
(NADI; BELUCI, 2014). 
Levando em consideração que a população imigrante é em sua maioria jovem, em 
idade potencialmente reprodutiva, as regiões de destino se rejuvenesce, enquanto que o local 
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de origem do imigrante envelhece por permanecer, majoritariamente, a população anciã. Isso 
significa que nos Estados Unidos, aumenta a taxa de natalidade em relação à de mortalidade, 
ocorrendo, assim, um fenômeno inversamente proporcional no México. (CONAPO, 2010, p. 
21). O fen meno da imigração também gera as chamadas “famílias transnacionais”, que se 
caracterizam por ter membros da família que vivem do outro lado da fronteira e que podem 
passar um longo período longe do núcleo familiar, gerando, portanto, um tipo de 
relacionamento diferente dos padrões familiares da sociedade. 
Em relação aos efeitos econômicos, percebe-se que um dos maiores benefícios da 
imigração de mexicanos aos Estados Unidos para o México são as remessas de dinheiro 
enviadas pelos imigrantes à suas famílias que seguiram em território mexicano. Estas 
remessas são de suma importância até mesmo para a sobrevivência e a manutenção da 
qualidade de vida pelo menos básica, já que em muitos casos, as remessas são a única fonte de 
renda dessas famílias. (CONAPO, 2010, p. 22) 
Ao se analisar os reflexos econômicos gerados pelos imigrantes mexicanos nos 
Estados Unidos, percebe-se que o discurso de que a imigração tende a elevar a taxa de 
desemprego e a reduzir os salários dos trabalhadores é relativa ou falsa, isso porque, a mão de 
obra mexicana no mercado de trabalho dos Estados Unidos se concentra em trabalhos de 
baixa remuneração, que nem mesmo os nativos aceitam exercer, como afirma a análise feita 
pela CONAPO (2010). 
Além dos efeitos sociais refletidos, a imigração acelerada de jovens para os EUA 
acaba por fazer com que o México perca a oportunidade em investir, principalmente em 
educação, fazendo com que o país careça de mão de obra qualificada e de profissionais 
preparados para o mercado de trabalho. A parcela reduzida de pessoas qualificadas que 
buscam os EUA como destino, acarreta o aumento da “fuga de cérebros” que é aproveitada 
pelo país americano em função de melhores salários oferecidos, bem como, maiores 
oportunidades para crescimento profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5.1 NARCOTRÁFICO 
 
Se voltarmos no tempo pouco mais de 100 anos, nos deparamos com uma realidade 
entre Estados que não compreendia a preocupação e prevenção contra narcóticos. A pauta 
sobre as drogas não era abordada, pois ainda não existia fortemente o tráfico e o consumo, 
portanto este tema não era ainda tratado como um problema. Entretanto, a Conferência de 
Haia, de 1912, [...], produziu o primeiro tratado internacional nesse campo, que, no entanto, 
ainda não proibia a produção, venda e consumo de qualquer substância – tampouco obrigava 
seus signatários a fazê-lo –, mas estabelecia uma inaugural intervenção sobre questões, até 
então, desregulamentadas. (RODRIGUES, 2012). 
À época, as pautas pairavam sobre o “uso recreativo” e a defesa do “uso médico”, á 
que os psicoativos principais eram o ópio e a morfina. As discussões entre médicos e 
autoridades dos Estados Unidos, Américas, Ásia e Europa geraram o argumento de que o 
controle desses psicoativos deveria ser enfrentado de forma rigorosa, visto que esses 
alimentavam um problema de saúde pública. Além disso, a aversão à algumas substâncias foi 
influenciada e potencializada por terem vínculos delas e determinados grupos de imigrantes 
e/ou minorias étnicas. 
 Na contemporaneidade, o México atua, além de produtor, como território de passagem 
para a distribuição de drogas para os Estados Unidos. De acordo com o Departamento de 
Estado, 90% de toda a cocaína que entra nos Estados Unidos chega através do México ou de 
suas águas territoriais, e um pequeno número de organizações de tráfico de drogas mexicanas 
controlam as mais significativas operações de distribuição de droga na fronteira, tendo 
expandido seu domínio sobre o mercado norte-americano em detrimento de outras 
organizações criminosas, em especial das colombianas (US State Department, 2010). 
(BERNARDI, 2010). Apesar da reivindicação da construção do muro ser na fronteira com o 
México, vale reforçar que o narcotráfico não é proveniente somente deste país. Segundo o 
National Drug Intelligence Center, quem domina o mercado de drogas nos Estados Unidos 
são os cartéis mexicanos. Mas, de acordo com José Luis Vasconcelos, vice-procurador-geral 
da república do México em 2006, são os colombianos que detêm o controle do tráfico. 
 Como dito anteriormente, desde o início da abordagem sobre o controle de narcóticos, 
a questão migratória é salientada. Apesar de prover mão-de-obra e auxiliar na movimentação 
da economia americana, a população mexicana e também toda a população centro-americanaque tenta buscar melhorias de vida em um país desenvolvido são barradas nas fronteiras, já 
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que os imigrantes, de forma generalizada, historicamente, tem sido taxados como 
influenciadores no processo de tráfico. 
No dia 22 de outubro de 2007, os presidentes do México, Felipe Calderón, do Partido 
Ação Nacional (PAN), de centro-direita, e George W. Bush, dos Estados Unidos, anunciaram 
um programa de cooperação bilateral chamado Iniciativa Mérida, voltado ao combate do 
narcotráfico e das organizações criminais transnacionais envolvidas nesse lucrativo negócio e 
em outras atividades delitivas como o tráfico de armas e de pessoas. O programa era fruto de 
uma proposta que o presidente mexicano havia feito a Bush em março daquele ano na cidade 
mexicana de Mérida, Yucatán, e seu objetivo era melhorar e fortalecer as capacidades do 
Estado mexicano na luta contra o narcotráfico e o crime organizado, com o que se esperava 
aumentar a estabilidade e segurança do país. (BERNARDI, 2010). Ademais, o objetivo do 
governo mexicano com a Iniciativa Mérida era o de que os Estados Unidos reconhecessem 
sua corresponsabilidade frente ao tema do narcotráfico, em razão da demanda por narcóticos, 
do tráfico de armas e da lavagem de dinheiro que, originados em seu território, alimentam a 
ação dos cartéis mexicanos. (BERNARDI, 2010). 
Considerando estes fatores, observa-se que a cooperação e esforços entre México e 
Estados Unidos, que demonstra um passado de colaboração regada por desconfiança, em 
relação a esforços ligados à diminuição da oferta, do consumo e da potência psicotrópica das 
drogas ainda são muito pequenos visto o tamanho da demanda a ser combatida - somado ao 
aumento da violência acarretada por essa “guerra contra as drogas” - que não tem 
demonstrado os resultados esperados. A Iniciativa Mérida, junto da estratégia militarizada de 
combate frontal do governo mexicano tem então, mostrado dificuldades para lidar com este 
problema, falhando em oferecimento de treinamento e equipamentos para as forças de 
segurança mexicana. 
 
6. VIOLAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS NA FRONTEIRA 
 
 
 É sabido que os Estados Unidos são formados por imigrantes, no entanto as novas 
correntes migratórias enfrentam hostilidade, principalmente durante crises econômicas, 
políticas ou mesmo durante guerra. Como exemplo disso pode-se citar o período pós 11 de 
setembro, que gerou uma maior atenção sobre grupos de muçulmanos e árabes. Em 2002 foi 
criado o chamado Sistema de registros de entradas e saídas do território nacional (National 
Security Entry-Exit Registration System – NSEERS, na denominação original em inglês), 
sistema de registro de não cidadãos dentro do país. Era exigido que homens e meninos de 
países predominantemente árabes e de maioria muçulmana fossem ao escritório de imigração 
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para serem entrevistados e fotografados. O programa foi extinto em 2011, pois se comprovou 
ineficaz no combate ao terrorismo. (DAKWAR, 2016) 
 Com as políticas de imigração impostas nas últimas décadas, a fronteira do México 
com os Estados Unidos tem sido palco para diversas violações de direitos humanos. Estas 
violações não existem somente no governo de Trump, mas no governo de Obama já se viam 
agravadas as violações que eram cometidas durante o governo Bush. A questão do 
narcotráfico e segurança interna dos países da América Central é fator determinante para 
explicar o fluxo migratório. Conforme mencionado anteriormente, a fronteira entre México e 
Estados Unidos não tem fluxo somente de cidadãos mexicanos. A imigração de crianças e 
adultos hondurenhos e salvadorenhos se dá, pois o temor violência da região em que vivem 
é maior que o temor ao tra eto até os Estados Unidos. De acordo com o anco Mundial, 
Honduras, Guatemala e El Salvador estão entre os países mais pobres na América Latina. 
Sassen ainda afirma que, 
“A fronteira sul do México se tornou o terrível Mediterrâneo para essas 
crianças desacompanhadas da América Central (e também para os adultos). Elas 
acabam na cadeia, são agredidas, perdem membros, morrem. [...] Dados dos EUA 
mostram que, em junho de 2015, crianças desacompanhadas continuaram chegando 
aos EUA, [...] Tudo isso sugere que a violência nos seus países de origem continua a 
ser o motivo para a partida dessas crianças e que nem mesmo a longa viagem de 
trem, que é chamado de La estia (“A esta”), ou a polícia mexicana são completos 
impedimentos.” (SASSEN, 2016) 
 
O direito internacional dos direitos humanos garante proteções especiais s crianças 
migrantes, incluindo a re eição explícita da detenção e estabelece o direito de acesso a um 
advogado e a uma audiência udicial para avaliar os pedidos de refúgio. No entanto, isto é 
violado na fronteira dos EUA com o México á que a maior parte dos imigrantes é detida e 
rejeitada com ordem de deportação, sem poder reivindicar. 
Atualmente, o governo americano tem sido alvo de críticas por conta da precariedade 
da situação em que as crianças são mantidas na fronteira dos Estados Unidos. Elas ficam na 
“Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA” (Customs and order Protection - CBP), 
dormindo em colchonete com apenas uma folha de papel alumínio para se aquecer durante a 
noite e,sem direito a produtos de higiene pessoal. Muitas delas já se encontram doentes por 
conta do ambiente em que se encontram. Apesar disso, o posicionamento dos “oficiais de 
Trump afirmam que os migrantes detidos não precisam de camas, escovas de dente ou 
sabonetes” (DAKWAR, 2016; THE WASHINGTON POST, 2019). 
 
 
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Ao concluirmos o presente artigo, é possível trazer a tona que o processo migratório 
oriundo do México com destino para os Estados Unidos não é recente. O Muro do México 
vem sendo reforçado por todos os governos, em maior ou menor escala de interesse, desde a 
sua materialização. As relações entre Estados Unidos e México são mais afetadas pela retórica 
anti-imigração ilegal, que estremece a diplomacia entre os países, do que propriamente pela 
ilegalidade de seus imigrantes, que chegam a ser protegidos por parte da população nas 
“cidades-santuário”, pois “ á constituem parte fundamental da sociedade” (COSTA, 2017 
Apud CUNHA, 2010). 
No que tange às promessas de Trump, o professor Carlos Eduardo Siqueira, do 
Community College of Public & Community Service de Massachusetts University, afirma 
que seu discurso tinha um público específico com o slogan Make America Great Again. Para 
Carlos, fazer a América grande novamente “significa voltar a dar prioridade e prestígio 
maioria branca”; o que nos leva a mais uma conclusão: a construção do muro é mais do que 
uma demarcação fronteiriça, é um delimitador entre países do chamado “Norte desenvolvido” 
com o “Sul subdesenvolvido” (COSTA, 2017 Apud PENA 2017). 
As fronteiras, parcialmente patrulhadas devido à sua grande extensão, somadas às 
políticas para conter a imigração ilegal, controlam, mas não as impede de ocorrer. Ademais, 
mesmo ainda sendo o destino de muitos que querem viver o “sonho americano”, a imigração 
ilegal vem diminuindo porque “a economia americana entrou em crise depois de 2008 [...] e o 
México também oferece melhores oportunidades hoje do que no passado” (COSTA, 2017 
Apud ESTADÃO; CHACRA, 2016). 
Vale ressaltar também que o narcotráfico que ocorre entre a fronteira mencionada é 
uma preocupação constante dos Estados Unidos, visto que o México é um grande produtor e 
distribuidor de drogas para o território americano, principalmente cocaína, e é justamente por 
isso que a questãomigratória vem sendo salientada frequentemente. Outro fator que causa 
certa divergência, é a questão dos Direitos Humanos, que através das políticas impostas nas 
ultimas décadas tem sido palco de uma série de violações, estas presentes desde o governo 
Bush. Conforme mencionado no decorrer do artigo, a fronteira entre México e Estados Unidos 
não tem fluxo somente de cidadãos mexicanos, mas também de crianças e adultos 
hondurenhos e salvadorenhos, visto que o temor à violência da região em que vivem é maior 
que o temor ao trajeto até os Estados Unidos. 
 
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Diante disso, a sociedade internacional aguarda quais serão as novas estratégias 
adotadas pelos dois países diante dos problemas presentes caso o plano de Trump seja 
efetivado e, ao mesmo tempo, permanecerá cautelosa caso surgirem possíveis desafios futuros 
sobre o tema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
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