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Modelo de peça - Júri: Quesitos Legítima defesa e outras teses defensivas

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17) Quesitos – Legítima defesa e outras teses defensivas1
____.º Tribunal do Júri da Comarca ____.
Processo n.º ____
Autor: Ministério Público2
Réu: “S”
QUESTIONÁRIO
1. No dia ___, às ___ horas, na Rua _____, número ___, bairro de ____, nesta Comarca, a vítima “G” recebeu tiros de arma de fogo, que lhe causaram as lesões descritas no laudo de fls. ___?3
2. Essas lesões deram causa à morte da vítima?
3. O réu “S”, qualificado a fls. __, no mesmo dia, hora e local descritos no primeiro quesito, desferiu tiros de arma de fogo em “G”, causando-lhe as lesões descritas no laudo de fls. ___?4
Quesitos da legítima defesa antes da reforma processual:
4. O réu defendeu sua própria pessoa?
5. Defendeu-se o réu de uma agressão injusta?
6. Defendeu-se o réu de uma agressão atual ou iminente?
7. Utilizou o réu dos meios necessários para a defesa?
8. O réu valeu-se moderadamente desses meios?
9. O réu excedeu-se culposamente?
10. O réu excedeu-se dolosamente?
Quesito da legítima defesa e outras teses defensivas após a reforma processual:
11. O jurado absolve o acusado?5-6
Comarca, data.
____________
Juiz Presidente
NOTAS
1 A reforma processual penal de 2008 inovou na apresentação das teses de defesa aos jurados, por meio do quesito único. Anteriormente, cada tese defensiva deveria ser desdobrada em vários quesitos. Atualmente, basta uma pergunta englobando todas elas. Afinal, se os jurados acatarem uma ou outra, pouco importa. Na realidade, o resultado final será favorável ao réu, implicando na sua absolvição. Faremos uma comparação, utilizando a legítima defesa, para que o leitor possa entender o alcance da reforma no questionário.
2 Embora constitua praxe forense a utilização da expressão “Justiça Pública”, em verdade, está incorreta. Quem promove a ação penal é o Ministério Público. Quem aplica a lei ao caso concreto, realizando justiça é o Poder Judiciário. Logo, não há “Justiça Pública”, como sinônimo de órgão acusatório.
3 A reforma introduzida pela Lei 11.689/2008 modificou, consideravelmente, o modo de formulação dos quesitos. Em primeiro plano, devem os jurados decidir acerca da materialidade do fato, independentemente da autoria. Logo, pergunta-se se a vítima sofreu lesões. Depois, se tais lesões a conduziram à morte. Respondidos afirmativamente ambos os quesitos, confirma-se a existência de um homicídio. Se o primeiro for respondido afirmativamente e o segundo for negado, houve lesão, mas não homicídio, ocorrendo a desclassificação, passando a competência de julgamento ao juiz presidente. Negado o primeiro, está o réu absolvido, pois o fato não ocorreu.
4 Este é o quesito que introduz a indagação referente à autoria. Respondidos afirmativamente os dois primeiros, o Conselho de Sentença reconheceu a existência de um homicídio. Basta dizer “sim” ao terceiro quesito, afirma-se a autoria por parte do réu.
5 Este quesito genérico de defesa é a maior novidade trazida pela reforma da Lei 11.689/2008 no contexto do Júri. Não mais são indagadas várias teses defensivas sucessivamente. O defensor pode sustentar inúmeras delas em plenário, mas o juiz perguntará aos jurados, de uma só vez, se o réu deve ser absolvido (seja por qual razão for). Respondido o quesito de modo afirmativo, a absolvição se impõe. Negado, está o acusado condenado. Maiores detalhes sobre essa modificação podem ser encontrados em nosso livro Tribunal do Júri.
6 Não há mais o quesito obrigatório sobre atenuantes. E, segundo a lei, nem mesmo as agravantes devem constar do questionário, devendo ser resolvidas diretamente pelo juiz presidente.

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