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Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição FORNOS PARA FUSÃO DE METAIS Grande variedade de fornos Requisito básico: elevar a temperatura do metal até a temperatura de vazamento, em um tempo razoável e com eficiência econômica. Tipos de fornos: Forno de cadinho Forno de reverberação Forno de indução Forno de resistência elétrica Forno a arco elétrico 1 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição FORNO DE CADINHO Aquecimento pela combustão de gás, óleo combustível ou carvão Cadinhos confeccionados de grafita e argila ou carbeto de silício e carbono Utilizados para a fundição de ferro, aço, ligas de alumínio, magnésio e cobre Temperaturas da ordem de 200 a 1.400 ºC Capacidades entre 10 a 1000 Kg Velocidades de fusão entre 10 a 100 Kg/h 2 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição 3 Forno de cadinho a gás Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição 4 forno de cadinho a carvão Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição 5 Forno de cadinho basculante Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição FORNO DE REVERBERAÇÃO Ação direta da chama sobre o metal O carvão não está em contato com os metais , não aumenta teor de Carbono no Ferro Amplamente aplicado na fundição de não-ferrosos. Capacidades de 50 a 5.000 Kg Temperatura de trabalho: 600 a 1650 ºC 6 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição FORNO DE REVERBERAÇÃO 7 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição FORNO DE INDUÇÃO Princípio de funcionamento: indução de correntes parasitas (correntes de Foucault) Profundidade de penetração de corrente (S) é função da frequência da corrente (S/√f = cte) Equipamentos de baixa, média (2 a 10 kHz) e alta (450 kHz) freqüências 8 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição FORNO DE INDUÇÃO Baixa frequência: Metal fundido se dispõem em um cadinho de forma anular, que constitui a espira secundária de um transformador. Pela ação magnética da bobina primária, gera-se na bobina secundária uma correntes de alta intensidade, desenvolvendo o calor necessário para a fusão do metal. 9 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição FORNO DE INDUÇÃO Alta frequência: • Como no forno de baixa frequência, a corrente de alta frequência percorre o a bobina cilíndrica em cujo interior está o cadinho, de modo que o metal a ser fundido seja o núcleo percorrido pelo fluxo magnético induzido pela bobina. • Pela variação desse fluxo magnético, são geradas correntes que produzem o aquecimento e a fusão do metal. 10 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição FORNO DE INDUÇÃO Alta frequência: 11 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição FORNO DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA Aquecimento por efeito Joule Transferência de calor por convecção e radiação. Utilizados para a fundição de metais de baixo ponto de fusão, geralmente alumínio e ligas leves. Desvantagem: • Consumo elevado de energia. • Levam tempo para alcançar a temperatura de fusão. • Exigem reparos ou trocas frequentes de resistência 12 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição FORNO A ARCO ELÉTRICO Utiliza o calor gerado por um arco elétrico para a fusão do metal Utilizado principalmente para a fusão de aços Capacidade até 100.000 Kg Velocidade de fusão até 40.000 Kg/h Temperaturas de trabalho entre 1250 e 1750 ºC 13 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição FORNO A ARCO ELÉTRICO 14 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição FORNO A ARCO ELÉTRICO Funcionamento: Os eletrodos são baixados até entrar em contato com a carga metálica. Neste momento inicia o arco, começando o aquecimento e a fusão do metal. A partir deste momento, os eletrodos sobem e descem até se formar um depósito de metal líquido debaixo de cada um. 15 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição FORNO A ARCO ELÉTRICO Pelo fato de não estar em contato com combustíveis, nem gases resultantes da combustão, é obtido um metal de boa qualidade, podendo ser mantido o controle de composição química mais exato do que em qualquer outro tipo de forno. 16 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição FORNO A ARCO INDIRETO Transmissão de calor por radiação e convecção Capacidade: 100 a 2000 Kg Velocidade: 1000 Kg/h Temperatura: 1000 a 1750 ºC Utilizado para a fusão de pequenas quantidades de ferro-ligas e ligas de cobre 17 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição TRANSFERÊNCIA DE CALOR NA SOLIDIFICAÇÃO Solidificação em fundição: Transferência de calor do metal vazado para o molde/meio ambiente Velocidade de extração depende dos gradientes térmicos e das condutividades térmicas do sistema Velocidade de extração de calor influencia a taxa de nucleação, tamanho de grão, velocidade de solidificação e produtividade do processo. 18 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição MODOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR Irradiação e convecção (transitórios) Condução (permanente) Vazamento: metal superaquecido (na prática: 110% tf) Dissipada por convecção no início da solidificação 19 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição Fluxos de calor e balanço térmico Sistema de coordenadas temperatura x distância 20 X = distância de um ponto qualquer à interface metal/molde S = espessura do metal solidificado em um instante qualquer v = velocidade de solidificação do metal Tf = temperatura de fusão do metal, uniforme em todo o líquido To = temperatura externa do molde, constante durante o processo Ts = temperatura em um ponto qualquer do metal sólido Tm = temperatura em um ponto qualquer do molde Tis = temperatura do metal junto à interface metal/molde Tim = temperatura do molde junto à interface metal/molde Ti = temperatura de equilíbrio da interface metal/molde Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição Hipóteses simplificadoras A solidificação se inicia sem superaquecimento do metal A interface sólido/líquido apresenta superfície macroscopicamente plana, ou com pequena curvatura A temperatura externa do molde não apresenta variação de temperatura O perfil térmico do metal sólido é descrito por uma reta As propriedades físicas do metal e do molde independem da temperatura. Propriedades do metal consideradas em um ponto próximo à sua temperatura de fusão; do molde, à temperatura ambiente. 21 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição MOLDES REFRIGERADOS A ÁGUA 22 Paredes ocas, com circulação de água sob pressão Resistência térmica do molde considerada nula Velocidade de circulação de água: 1000 a 2000 cm/s Equipamento excessivamente caro risco de explosão (água quente circulando a elevadas vel.) Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição MOLDES REFRIGERADOS A ÁGUA 23 Extração de calor é favorecida se a superfície do molde apresentar melhores condições de contato com o metal (molde polido). A velocidade de resfriamento é maior, bem como a velocidade de solidificação. Estrutura mais refinada. Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição MOLDES DE AREIA OU REFRATÁRIOS 24 Maior aplicação Grandecapacidade de moldagem Grande liberdade de formas e geometrias Menor capacidade de extração de calor Mais utilizado: molde de areia Menor custo Utilização de aglomerantes Permeável a ar e gases Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição MOLDES DE AREIA OU REFRATÁRIOS 25 Maior resistência térmica: molde (resistências do metal sólido e da interface desprezíveis) Menor velocidade de solidificação. Maior crescimento de grãos. Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição MOLDES METÁLICOS OU COQUILHAS Caso intermediário entre molde refrigerado a água e moldes refratários Liberdade de formas limitada Custo maior Maior vida útil 26 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição MOLDES METÁLICOS OU COQUILHAS 27 Maior velocidade de solidificação que moldes refratários. Estrutura mais refinada Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição Efeito da geometria e espessura do molde no tempo de solidificação Geometrias simples: determinada matematicamente Geometrias complexas: empiricamente 28 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição LINGOTAMENTO CONTÍNUO Lingotamento contínuo é o processo pelo qual o metal fundido é solidificado em um produto semi-acabado no formato de tarugo, bloco ou placa. O acabamento final do produto é feito na laminação. Melhoramento e uniformização da qualidade metalúrgica do lingote Transformação no estado sólido criaria tensões superficiais e trincamentos. Por isso a Transferência de calor ocorre em 3 estágios Refrigeração primária (molde refrigerado a água) Refrigeração secundária (jatos de água na superfície do lingote) Esfriamento livre (convecção e irradiação) 29 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição LINGOTAMENTO CONTÍNUO Solidificação primária cria parede sólida para conferir resistência mecânica ao lingote O objetivo é criar uma casca que suporte a pressão metalostática e as tensões no processamento sem aparecimento de trincas ou fratura. O resfriamento secundário tem a função de promover a solidificação total do aço e resistir as tensões mecânicas 30 Universidade Tecnológica Federal do Paraná Fundição LINGOTAMENTO CONTÍNUO 31
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