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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO PROGRAMA DE DOUTORADO EM TEOLOGIA Versão Final PROJETO DE TESE DOUTORAL Teologia Social do Metodismo Brasileiro: Análise dos Pressupostos Históricos e Teológicos do Documento Credo Social. Por Marco Antônio de Oliveira Orientador: Prof. Dr. Paulo Fernando Carneiro de Andrade Projeto de Pesquisa apresentado ao Programa de Doutorado da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, como exigência parcial à obtenção do Título de Doutor em Teologia. Rio de Janeiro 2009 SUMÁRIO 1. Assunto............................................................................................................................3 1.1. Delimitação ...................................................................................................... .............3 1.2. Justificativa e Processual Metodológico .......................................................................4 1.2.1. Considerações iniciais...............................................................................................4 1.2.2. Relevância ................................................................................................................6 1.2.2.1.Relevância Científica................................................................................................6 1.2.2.2.Relevância Social......................................................................................................6 1.2.3. Interesse....................................................................................................................6 1.2.4. Viabilidade...............................................................................................................7 2. Problemas, Hipótese e Variáreis.....................................................................................7 2.1. Considerações Importantes............................................................................................8 3. Objetivos.........................................................................................................................9 3.1. Objetivo Geral................................................................................................................9 3.2. Objetivos Específicos.....................................................................................................9 4. Procedimentos...............................................................................................................10 4.1. Fontes, Metodologias e Estratégias..............................................................................10 5. Esquema da Tese...........................................................................................................11 6. Cronograma...................................................................................................................15 7. Bibliografia...................................................................................................................16 “A visão do Reino de Deus deve elevar-nos acima das correntes da história e das mudanças complexas do mundo de modo que, como vistas elevadas, possamos observar os interesses humanos antagônicos e voltar novamente ao seio da vida humana para fazer a nossa parte pela cristianização da ordem social com nova coragem e fé renovada. Combatemos a tentação de fugir da vida, com seus problemas e lutas para nos enclausurarmos na religião pessoal.”1 1. ASSUNTO. A pesquisa propõe discutir e apresentar os pressupostos fundantes tanto históricos quanto teológicos da doutrina social do metodismo brasileiro (teologia social), identificando-a como parte da herança wesleyana, apresentando suas contribuições, demonstrando sua contemporaneidade, os desafios, e as possibilidades libertadoras que apresenta para o contexto religioso latino-americano, em especial, no que tange, a pastoral protestante. 1.1. Delimitação. Para podermos identificar e ao mesmo tempo comprovar a existência de uma teologia social no metodismo brasileiro se faz necessário demonstrar que o metodismo brasileiro é legítimo herdeiro dos postulados wesleyanos, tendo em sua teologia as mesmas ênfases observadas no metodismo primitivo, movimento iniciado por João Wesley na Inglaterra do século dezoito. Para tanto, num primeiro momento a pesquisa se prenderá na análise dos pressupostos históricos e teológicos do metodismo brasileiro, numa tentativa de demonstrar a ligação estreita que existe entre o metodismo brasileiro e o movimento metodista de Wesley. Optaremos por fazer esta ponte, pois ela nos possibilita perceber melhor a dinâmica e o acento libertador presente na teologia social do metodismo brasileiro, mesmo estando conscientes da mediação norte americana no que tange a implantação do metodismo no Brasil. Identificar o metodismo brasileiro como herdeiro direto dos pressupostos teológicos de Wesley nos permitirá observar melhor a teologia social da Igreja Metodista Brasileira, seus aspectos históricos, políticos, 1 IGREJA METODISTA DO BRASIL. Atas do 2º Concílio Geral. Porto Alegre, 4 a 19 de janeiro de 1934. apud: Helmut Renders (org). Sal da terra e Luz do Mundo. São Paulo: Editeo, 2009. p.173. eclesiológicos, e suas possibilidades de dar conta da realidade presente, pós-moderna, que se caracteriza por ambiguidades desafiadoras à prática pastoral latino americana. Devido a isto, se faz necessário dissertar sobre a origem do movimento metodista, destacando as ênfases e posturas sociais percebidas em Wesley, assim como nos metodistas primitivos. Fazendo esse caminhar metodológico, verificaremos que a preocupação social, alguns acentos e preferências pastorais percebidas no metodismo inglês nascente são facilmente identificáveis no metodismo brasileiro contemporâneo. Para comprovar esta tese estaremos analisando um dos documentos mais importantes do metodismo brasileiro que é o Credo Social, que deve ser visto como um dos documentos balizadores essenciais para se compreender o metodismo brasileiro, sua dinâmica e acentos, por expressar uma vigorosa e contextualizada teologia do social Neste documento, o Credo Social da Igreja (CSIMB), que está completando cem anos de elaboração, no que concerne a sua primeira edição, encontra-se de forma bem explicitada uma fundamentada teologia do social, que no processo de inserção na realidade brasileira adquiriu uma tonalidade e especificidade diferenciados, que se entende como fruto de uma leitura da realidade social latino americana permeada pelos horizontes wesleyanos. A posteori demonstraremos a atualidade desta teologia social, correlacionando- a com a teologia latino-americana, apresentando sua vitalidade, contribuições e desafios que faz à pastoral protestante brasileira. 1.2. Justificativa e processual metodológico. 1.2.1. Considerações Iniciais. Antes de analisarmos a vitalidade, originalidade e contemporaneidade da teologia social do metodismo brasileiro, se faz necessário mergulhar na história pregressa do metodismo brasileiro, com objetivo de encontrar pistas facilitadoras para compreensão para o presente e futuro do metodismo brasileiro. O passado se caracteriza como o melhor espelhodo que somos, pois não se pode ser algo que pelo menos não se tenha um mínimo de reflexo do passado. Devida esta compreensão se faz necessário tentar encontrar os pressupostos históricos do Metodismo brasileiro. Estes pressupostos poderão no referendar acerca de tese central motivadora desta pesquisa, pois “qualquer tentativa de refletir sobre uma determinada tradição conduz necessariamente às origens da mesma, as condições no meio dos quais foi tomando forma, sua orientação e definição próprios.”2 Em se tratando de buscar esses pressupostos históricos do metodismo brasileiro, a melhor opção, sem dúvida nenhuma, consiste em ir preferencialmente em direção à Inglaterra do século XVIII, palco do nascimento do Metodismo, ainda que estejamos cientes de que a igreja metodista brasileira seja fruto do esforço missionário empreendido pela Igreja Metodista Norte Americana. Com esse intuito, estabeleceremos os parâmetros adequados de relação histórica do metodismo brasileiro como o metodismo wesleyano primitivo. Com atenção especial perceberemos a riqueza herdada pelo metodismo brasileiro, no que tange a sua preocupação social, sua teologia social, suas opções políticos, recebidas do metodismo primitivo, o que chamamos de herança wesleyana. O metodismo wesleyano primitivo foi marcado por uma práxis libertadora, focada numa intensa atividade junto aos necessitados, aos pobres, aos excluídos, como veremos. Sua práxis pastoral e abordagem teológica caracterizam-se pela tentativa de inserção na realidade social que o circundava. Corroborando com esta afirmação, Vitório Araya, teólogo metodista latino americano, nos diz: “John Wesley percebe diretamente toda ... problemática humana e o movimento metodista se encarna e se origina entre operários, mineiros, gente marginalizada, como nos arredores de Briston.”3 Estas características tão visíveis no movimento metodista wesleyano são percebidas em muitos momentos no metodismo brasileiro, que vive um atual estágio de busca pelas fontes wesleyanas, perpassado por um esforço em recuperar a dimensão social de Wesley e do movimento metodista primitivo4. Isso demonstra que o metodismo brasileiro está consciente da necessidade de se viver uma religião social, imbricada na realidade humana com toda sua complexidade. 2 SANTA ANA, Júlio in Luta pela Vida e Evangelização. 47p. 3 ARAYA G., Vitório. In Luta pela Vida e Evangelização. 247p. 4 Este esforço é percebido no metodismo brasileiro com a aprovação do Credo Social, que ocorreu na década de sessenta, uma década marcada pela influência nacionalista. Posteriormente, a busca pela as fontes wesleyana é acentuada na década de oitenta, com aprovação do Plano para Vida e Missão da Igreja. Esta dinâmica proposta nos permitirá sustentar que a Teologia Social do Metodismo Brasileiro( TSMB) que se evidencia no documento Credo Social está fundamentada na herança wesleyana recebida, isto é, na história, na teologia, na preocupação e no compromisso social evidenciados em Wesley, assim como no metodismo primitivo do século XVIII. Não obstante, ainda que se evidencie uma correlação histórica, podemos afirmar que, por ter instrumentos mais atualizados que lhe permite fazer uma melhor leitura da realidade, a teologia social do metodismo brasileiro supera e amplia os horizontes e possibilidades libertadoras apontadas e percebidas na teologia wesleyana fundante. 1.2.2. Relevância: 1.2.2.1. Relevância Científica. A relevância da pesquisa está relacionada ao fato de que o metodismo brasileiro vive um momento de intensa busca das fontes wesleyanas, e está convicto da necessidade de se viver o evangelho de Jesus em sua forma mais ampla. Tendo atenção especial percebemos que o metodismo brasileiro atual tem sido marcado por um reencontro com herança wesleyana, isto é, com o legado teológico de Wesley, fruto de um trabalho que vem sendo desenvolvido, especialmente, deste a décadas de sessenta, setenta e inicio da década de oitenta. Por isso, acreditamos que esta pesquisa contribuirá significativamente para este movimento, além de ser essencial para afirmação da tese de que o metodismo brasileiro é herdeiro dos pressupostos wesleyanos. Logo, afirmamos que a pesquisa fornecerá pistas importantes para se perceber uma teologia social no metodismo brasileiro, que se destaca pela sua vitalidade, atualidade, sensibilidade social, preferência pelos oprimidos, dentre outros acentos significantes, além de propor um novo horizonte eclesiológico não somente para o metodismo como para o protestantismo brasileiro. Soma-se a isto, o fato que a presente pesquisa fornecerá subsídios, e aspectos facilitadores para futuras incursões acadêmicas no tema proposto, visto existirem poucos trabalhos significativos nesta direção, configurando assim, sua originalidade, valor e abrangência 1.2.2.2. Relevância Social. Através dos resultados que serão fornecidos nesta pesquisa, a comunidade metodista assim como os estudiosos do assunto e as demais confissões cristãs terão mais subsídios que fomentarão uma prática pastoral com mais inserção na realidade social brasileira, sendo mais relevante e libertadora. 1.2.3. Interesse. O interesse em pesquisar o referido assunto é fruto de uma percepção crítica acentuada da religiosidade vivida por muitos evangélicos brasileiros, incluindo-se alguns setores do próprio metodismo brasileiro. Uma religiosidade desencarnada, e, portanto, extremamente distanciada da realidade, dicotômica e alienante, sem nenhum ou pouco interesse em lutar por mudanças significativas do contexto brasileiro e latino americano, marcado pela dor, pelas injustiças sociais, econômicas e pela exploração, em especial, dos pobres. Entendemos que o modus vivendi religioso, a práxis pastoral proposta pelo movimento metodista, em sua teologia social, pode contribuir para obtenção de mudança desta realidade que estamos inseridos. Visto encontrarmos nesta teologia parâmetros para afirmarmos que a participação na construção do Reino Deus é tarefa principal para a Igreja, sendo este, um dado importante de se ressaltar. Assim, como na teologia da libertação, a teologia social do metodismo brasileiro, se pergunta: Como ser cristão, viver a fé em Jesus Cristo, numa realidade onde a vida é negada ao mesmo tempo em que a opressão e a morte são cultuadas e perpetuadas? 1.2.4. Viabilidade. Devido à existência de uma grande relação bibliográfica sobre o assunto, cremos que a presente pesquisa se mostra viável. 2. Problemas, Hipóteses e Variáveis. A pesquisa consiste em discutir e apresentar os pressupostos fundantes tanto históricos quanto teológicos da doutrina social do metodismo brasileiro, apresentando suas contribuições, demonstrando sua contemporaneidade e as possibilidades libertadoras que apresenta para o contexto religioso latino-americano, em especial, no que tange a pastoral protestante. Sendo assim, esta pesquisa se propõe a responder as seguintes perguntas-problemas: a) Existe uma teologia social no metodismo brasileiro? b) Quais os elementos que se destacam na teologia social do metodismo brasileiro? c) Seria o metodismo brasileiro herdeiro dos pressupostos históricos e teológicos do metodismo primitivo, do metodismo de Wesley? d) Quais os elementos que se destacam na teologia social do metodismo brasileiro que se apresentam como pistas libertadoras? e) Há atualidade nos pressupostos teológicos e nas propostasapresentadas no documento Credo Social que podem fazer suscitar uma pastoral caracterizada pelo compromisso social libertador? f) Há elementos convergentes entre a teologia social do metodismo brasileiro (TSMB) e a teologia latino-americana (TDL)? g) Quais os desafios e contribuições que a teologia social do metodismo brasileiro apresenta para o protestantismo latino-americano? 2.1. Considerações Importantes. � Afirmarmos a existência no metodismo brasileiro de uma teologia social muito bem estruturada e fundamentada, que é percebida, não somente nos documentos oficiais, assim como na prática pastoral proposta e vivida por parte do metodismo brasileiro desde sua inserção em solo brasileiro, que se configura como uma religião que une piedade a atos de misericórdia, e conhecimento, que crer que o cristianismo é uma religião essencialmente social. Esta teologia social percebida no metodismo brasileiro é marcadamente uma teologia que destaca a responsabilidade social do cristianismo. Ela é conscientemente comprometida com os pobres, e sabiamente ecumênica. Isto nos mostra a amplitude e contemporaneidade da compreensão teológica social do metodismo brasileiro, que propõe um novo e salutar caminho para o movimento evangélico brasileiro. Estes elementos acentuam a wesleyaneidade da teologia social dos metodistas brasileiros, sendo marcas da autenticidade da herança wesleyana presente no metodismo brasileiro. � Não obstante ser o metodismo brasileiro resultado o esforço missionário da Igreja metodista Americana, ele demonstra em sua eclesiologia uma forte influência dos pressupostos históricos e teológicos herdados do metodismo primitivo inglês do século XVIII, que lhe dão vivacidade, vitalidade, relevância e significado especial. � Dentre os documentos do metodismo brasileiro, dois deles se destacam5, por oferecer subsídios para que se afirme a existência de uma teologia social no metodismo brasileiro, a saber: a) Credo Social da Igreja Metodista no Brasil6, um documento ousado e audacioso se for levado em consideração sua proposta teológica de fundo, o contexto político brasileiro da época de sua aprovação (1960) e de sua primeira e total revisão(1971), isto é, a década de sessenta e início da década de setenta, as décadas da obscuridade, da chamada revolução militar, que deve ser visto como um grande retrocesso à democracia brasileira. Vale destacar que a aprovação deste valioso documento, que expressa a doutrina social da Igreja Metodista, se deu no Concílio Geral do ano 1960. Neste documento se observa que é seguido uma tendência também observada em outras igrejas evangélicas, como por exemplo na Igreja Batista, através do Manifesto da Ordem dos Ministros Batistas do Brasil, assim como na Igreja Presbiteriana, com a publicação do documento intitulado Pronunciamento Social da Igreja Presbiteriana do Brasil, e também na Associação Evangélica Brasileira, em especial, suas declarações sociais. b) O segundo documento da mesma envergadura é o Plano para e Vida e Missão da Igreja, documento divisor de águas, que representou e fomentou um novo paradigma teológico e pastoral para os metodistas brasileiros. Este documento tem a sua expressividade reafirmada nos vários textos que discutem. Este fato nos possibilita afirmar ser este documento, aprovado no Concílio Geral Igreja Metodista de 1982, portanto, anos finais da ditadura militar brasileira, o resultado do anseio por parte da Igreja Metodista Brasileira de liberdade e justiça social, seguindo o mesmo caminho proposto pelo Credo Social. Percebemos neste documento uma forte influência da 5 Nesta pesquisa somente nos prenderemos na discussão do Credo Social, e na teologia que apresenta. 6 Nota: ainda que o Credo Social esteja fazendo cem anos de existência, tendo sua origem nos EUA, nesta pesquisa estamos considerando somente Credo Social em sua versão totalmente brasileira, datada do ano 1960/70, muita mais profunda e rica que a versão americana. teologia latino-americana, isto é , da teologia da libertação, que tem sua origem no mesmo contexto epocal do surgimento do documento credo social da Igreja Metodista Brasileira. Vale acentuar que PVIM nasceu num momento em que na América Latina vários movimentos de libertação, políticos, sociais e religiosos estavam eclodindo. 3. Objetivos: 3.1. Objetivo Geral: � Averiguar existência de uma teologia social do metodismo brasileiro, apresentando caminhos que possibilitem uma pastoral libertadora que dê conta da atual realidade, assim como foi o metodismo para a Inglaterra do século XVIII. 3.2. Objetivos Específicos: � Apresentar os pressupostos históricos e teológicos da teologia social do metodismo brasileiro. � Definir parâmetros entre a atual práxis pastoral do metodismo brasileiro e o metodismo wesleyano, na tentativa de demonstrar a ligação estreita entre as duas variantes apresentadas. � Discutir a amplitude da doutrina social apresentada no documento Credo Social, sua atualidade e limites. � Verificar e apresentar as possíveis aproximações com a Teologia da Libertação num contexto de pós-modernidade, construindo-se pontes mediadoras. � Averiguar sua contemporaneidade, e relevância, apresentando os desafios e as contribuições que a teologia social do metodismo brasileiro apresenta ao protestantismo latino americano. 4. Procedimentos. A pesquisa se orientará e se estruturará a partir da análise minuciosa das fontes em torno do tema proposto. 4.1.Fontes, Metodologia e Estratégias. Para concretizar a este trabalho estaremos realizando uma exaustiva pesquisa nos materiais escritos e ou publicados sobre tema proposto. Daremos prioridade aos textos de teólogos metodistas, preferencialmente, brasileiros e latinos americanos. Para tanto, estaremos usando fontes secundárias escritas e traduzidas em português, inglês ou em espanhol. Portanto, tratar-se de pesquisa teórico-bibliográfica centrada nas contribuições da pastoral e da sistemática apresentada pelos teólogos, em especial, da tradição metodista latino americana, sem deixar de considerar as contribuições dos especialistas europeus e norte-americanos em Wesley e em Teologia Wesleyana. Destacamos que a pesquisa também levará em conta às considerações de autores expoentes da teologia latino americana de outras confissões cristãs. As fontes temáticas em questão serão articuladas a partir dos seguintes autores: � Teólogos vinculados à Faculdade de Teologia da Umesp(Universidade Metodista de São Paulo): Rui Josgrilberg, Geoval Jacinto, José Carlos de Souza, Paulo Lockmann, Cláudio Ribeiro, Magali Cunha, Antonio Carlos Magalhães, Clovis Pinto Castro, Helmut Renders, Ronaldo Satlher Rosa, Paulo Aires Mattos; � Teólogos da história e teologia do metodismo latino-americano: Vitório Araya, Sante Umberto Barbieri, José Míguez Bonino, Paul Eugene Buyers, Báez de Camargo, Levy Bastos, João Silva Daronch, Francis Gerald Ensley, José Salvador Gonçalves, Justo González, Richard Heitzenrater, William Hinson, Walter Klaiber, Manfred Marquart, Ducan A Reiley, Theodore Runyon, Douglas Meeks, Kenneth J. Collins, Albert C. Outler, e outros; � Teólogos e teóricos diversos: Leonardo Boff, Clodovis Boff, Maria França Miranda, Jon Sobrino, Hugo Assmann, F. Capra, José Comblin, Alfonso Garcia Rubio, Gustavo Gutiérrez, João Batista Libânio, Gilles Lipovetsky, Antônio Gouveia de Mendonça, Edgar Morin, Paulo Fernando Carneiro de Andrade, Ana Maria Tepedino, Schillebeeckx, e outros.� Textos oficiais (Colégio Episcopal da Igreja Metodista no Brasil): Cartas pastorais, Documentos com orientações episcopais, Planos Nacionais, Relatórios Episcopais, e outros. 5. Esquema da Tese INTRODUÇÃO I. PRESSUPOSTOS HISTÓRICOS DO METODISMO: ORIGEM, PRÁXIS E TESTEMUNHO SOCIAIS 1. Origem da Igreja Metodista 1.1. Ambiente precedente e contemporâneo do nascimento do metodismo 1.1.1. Contexto Social do Século XVII 1.1.2. Contexto Social do Século XVIII Distorções sociais O vício da bebida alcoólica Condições de Trabalho Analfabetismo e necessidade da reforma social: 1.1.2.1. A postura da Igreja Anglicana frente à realidade 1.2. John Wesley e o movimento metodista 1.2.1. Origens de Wesley 1.2.1.1. Samuel Wesley e sua opção política Opções acadêmicas e eclesiásticas de Wesley 1.2.1.2. A Experiência de Aldersgate 1.2.3. O movimento metodista 2. A práxis social libertadora no metodismo primitivo 2.1. Preferências pastorais de Wesley e do metodismo primitivo 2.2. As Conquistas sociais Alfabetização Saúde Presídios Presídios 2.2.1. As atitudes sociais 2.2.1.1. Caridade aos pobres e enfermos Coletas de fundos e sua distribuição entre os necessitados Assistência Médica para os Pobres Fundo de empréstimo 2.2.1.2. Reforma Educacional Criação das Escolas Dominicais: 2.2.1.3. Reforma das Prisões 2.2.1.4. A luta pelo fim da escravidão Conclusão II. TEOLOGIA WESLEYANA: PRINCIPAIS ACENTOS E ELEMENTOS NORTEADORES 1. Compreendendo a Teologia Wesleyana Influências no pensamento teológico de Wesley. 1.1. Influências no pensamento teológico de Wesley 1.1.1. Influências Teológicas 1.1.2. Influência Filosófica O empirismo de Locke A experiência como elemento fundante do conhecimento estruturado humano 1.2. A recepção em Wesley das ideias de Locke 1.2.1. Primeira Mudança realizada por Wesley no método empírico de Locke: Os sentidos espirituais 1.2.2. Segunda Modificação realizada por Wesley no método empírico de Locke 2. A Teologia Wesleyana e seus elementos principais 2.1. Centralidade Bíblica 2.2. Consciência e importância de outras fontes, além da Bíblia, para a obtenção do conhecimento religioso - Quadrilátero Wesleyano a) A Tradição b) A Experiência e a Razão c) A Criação 2.3. Equilíbrio Vital - Um modo equilibrado de fazer teologia 2.3.1. O equilíbrio no conceito de Salvação: Uma soteriologia social entrelaçada com o conceito de santificação social 2.4. Espiritualidade Engajada Conclusão III. CREDO SOCIAL DA IGREJA METODISTA BRASILEIRA: O LEGADO WESLEYANO 1. Considerações Iniciais 1.1. Fontes de Pesquisa 2. Histórico do surgimento do Credo Social da Igreja Metodista nos EUA 2.1. O Credo Social da Igreja Metodista Americana (CSIMA) 2.1.1. O contexto social americano: 2.1.2. A Influência do Evangelho Social (Social Gospel) 3. História e origem do Credo Social da Igreja Metodista Brasileira 3.1. O Credo Social da Igreja Metodista Brasileira e suas revisões 3.1.1. As edições e revisões 3.2.2. Composição e estrutura do CSIMB 4. O Contexto Social do Brasil e Eclesial Metodista nos períodos de criação e revisões mais abrangentes do Credo Social (1960 -1984). 4.1. Contexto social, econômico e histórico da sociedade Brasileira 4.1.1. A situação do Brasil no período de latência do regime militar (governo de Jango) 4.1.2. Golpe e Regime Militar Brasileiro (1964 – 1984) 4.1.3. A situação do Brasil no período da ditadura militar 4.2. A conjuntura eclesial do Movimento Evangélico e da Igreja Metodista Brasileira no período do regime militar 4.2.1. A Busca de Identidade Brasileira no Metodismo e das fontes wesleyanas 4.2.2. O Movimento de Responsabilidade Social (MRS) 4.2.3. A Produção Teológica da Década de Sessenta e Setenta 4.2.4. As Cicatrizes do Regime ditatorial brasileiro na Igreja Metodista 4.2.4.1. A Juventude Metodista e a resistência à ditadura militar 5. Significado e Relevância do Credo Social da Igreja Metodista Brasileira 5.1. Status do Credo Social no corpus doutrinário constituinte metodista 5.2. Evidências da herança wesleyana e sua influência determinante na práxis social proposta pelo Credo Social 5.3.O Credo Social ilumina a reflexão teológica e a práxis social do metodismo brasileiro Conclusão IV. TEOLOGIA SOCIAL DO METODISMO BRASILEIRO 1. Considerações Iniciais 2. Elementos da Teologia Social do Metodismo Brasileiro percebidos no Credo Social 2.1. Responsabilidade Social 2.1.1. Destaques de textos especiais do Credo Social 2.2. A Opção pelos pobres e oprimidos 2.2.1. Testemunho Histórico do Metodismo 2.2.2. A Preferência pelos pobres no Credo Social 2.3. A Ecumenicidade 2.3.1. A Visão ecumênica expressa nos documentos mais importantes da Igreja Metodista 2.3.2. O Metodismo e o Catolicismo 2.3.3. Os organismos ecumênicos 2.3.4. Participação no movimento ecumênico nacional e internacional 2.3.5. Os conflitos internos 2.3.6. O Ecumenicidade no Credo Social 2.3.6.1. Textos selecionados do Credo Social atual que testemunham a ecumenicidade da Teologia Social da Igreja Metodista Brasileira 3. Possibilidades de mediação entre a teologia social do metodismo e a teologia latino-americana: as contribuições e desafios para o protestantismo brasileiro. 3.1. O horizonte e ambiência pós-modernidade como lugar da vivência pastoral, desafios e oportunidades 3.2. Pontos de aproximação entre Teologia Social do Metodismo Brasileiro e a Teologia da Libertação Latino-Americana - abertura para as diferentes compreensões. 3.2.1. A opção pelos pobres 3.2.2. A proposta ecumênica – a metáfora da grande mesa redonda 3.2.3.Responsabilidade Social e participação política libertadora 3.2.4. Contextualização das ênfases teológicas – o diálogo com a contemporaneidade 3.2.5. A hermenêutica social e o compromisso com o Reino de Deus. 3.2.6. A mística como elemento importante no engajamento social libertador Conclusão CONCLUSÃO GERAL BIBLIOGRAFIA DA TESE ANEXOS: Anexo 1 - Linha do tempo – uma visão panorâmica da trajetória da vida John Wesley e do movimento metodista inglês Anexo 2 - Linha do Tempo - Cronologia do Metodismo Brasileiro 1835-2001 Anexo 3 – Credo Social do Conselho Federal de Igrejas dos EUA - 1908 Anexo 4 – Credo Social da Igreja Metodista Episcopal, Sul – 1918 Anexo 5 – Credo Social da Igreja Metodista do Brasil – 1934 Anexo 6 - Credo Social da Igreja Metodista de 1960 Anexo 6. Credo Social da Igreja Metodista Atual - 2007 Anexo 6 - Manifesto da Ordem dos Ministros do Brasil Anexo 7 - Pronunciamento Social da Igreja Presbiteriana do Brasil Anexo 8 - Declarações Sociais da Confederação Evangélica do Brasil 6. Cronograma A) Redação – fase (A) – Construção Final do projeto de Tese 2009 08-11 Elaboração final do Projeto de tese doutoral 2009 11 Exame de Qualificação 2009 11-12 Ajustes finais no Projeto de Tese B) Redação – fase (B) - Elaboração da Tese Doutoral 2010 01-06 1ª Redação dos capítulos 2010 07-12 2ª Redação dos capítulos 2011 01-02 3ª Redação dos capítulos 2011 03-04 Correção final do texto da tese e entrega ao departamento C) Editoração e procedimentos finais 2011 05 Copiagem/ Encadernação 2011 06 Defesa perante Banca Examinadora 7. Bibliografia.