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resumão e questões de História do Direito

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1. Conceitue História do Direito e quais as relações ou liames entre a antiguidade e a época 
atual. 
A História do Direito é a adequação entre a ordem normativa e as múltiplas e cambiantes circunstancias 
espaciotemporais, o seu sentido não é apenas descrever as regras dos povos do passado, mas a ligação 
dessas regras com a sociedade do que as produziu afim de melhor compreender a sociedade do presente. 
A relação entre o passado e o presente possui aspectos que não mudam e se apresentam como liartes 
geralmente claros e inconfundíveis. 
2. Qual é o objetivo da História do Direito? Justifique. 
O objetivo da História é o homem, isto é, o estudo da história concentra-se no ser humano e a sucessão 
temporal de seus atos. 
3. No capítulo I do livro de Flávia L. Castro, onde se encontram as principais características 
gerais dos direitos dos povos Ágrafos? 
As características gerais dos Direitos dos Povos Ágrafos são: 
➢ Abstratos: as regras devem ser decoradas e passadas de pessoa para pessoa da forma mais 
clara possível; 
➢ Numerosos: cada comunidade tem seu próprio costume e vive isolada no espaço e no tempo. Os 
raros contatos entre grupos vizinhos têm como objetivo a guerra; 
➢ Relativamente diversificados: cada comunidade produz mais dessemelhanças do que 
semelhanças em seus direitos; 
➢ Impregnados de religiosidade: fenômenos são explicados, através da religião e também a regra 
jurídica; 
➢ Direitos em nascimento: a diferença entre o que não é jurídico e o que não é muito difícil. Só se 
torna possível quando o direito passa do comportamento inconsciente ao comportamento 
consciente, fruto da reflexão. 
4. Segundo a História do Direito a importância do Código de Hammurabi para o Direito atual 
ocorre de que forma? 
Ocorre utilizando-se de toda a legislação precedente. Este teve uma utilização surpreendente e sem 
paralelos na história. Para melhorar a utilização do seu direito como ferramenta de controle e também 
reorganizar a Justiça, em moldes muito próximos ao que hoje utilizamos. 
5. A Sociedade e a Economia da Babilônia refletiam o Código de Hammurabi? Justifique. 
Sim, pois a sociedade da época era dividida como os: 
➢ Awilum: tanto ricos como pobres, desde que fossem livres; 
➢ Muskênum: funcionários públicos, com direitos e deveres específicos; 
➢ Escravos: eram prisioneiros de guerra. 
A economia era basicamente agrícola e as terras eram de propriedade do Governo. Mas havia comercio, e 
este era bastante forte, o Código afirma existirem banqueiros que financiavam expedições. O pequeno 
comercio varejista estava nas mãos das mulheres, que vendiam bebidas, gêneros de 1° necessidade. O 
veículo de pagamento era a cevada ou a prata. 
6. Descreva a correlação entre a Pena de Talião do Código de Hammurabi e a Penas de Morte. 
Hoje em dia várias sociedades fazem uso do Código de Hammurabi como legislação para repreenderem 
seus delitos a fim de impor a ordem. A lei de Talião “olho por olho, dente por dente” está presente na 
atualidade, nos países que assumiram a pena de morte como sanção, para aquelas pessoas que 
cometeram crimes que tiravam a vida de outras. 
7. Podemos afirmar sobre o adultério, que há considerações absurdas ou compatíveis com 
aquela época? 
Compatíveis com aquela época, pois as mulheres durante muitos anos foram submissas aos maridos. Por 
isso que somente a figura feminina cometia o adultério, o homem quando traía ganhava apenas um título 
de cúmplice de adúltero, mas se o mesmo saísse com uma mulher solteira era simplesmente normal. 
8. No que tange a defesa do consumidor na Babilônia podemos dizer que era um avanço? E 
quanto aos escravos? 
Sim, pois havia legislações que protegiam os cidadãos do mau pagador de serviços. Os escravos não 
eram vistos como pessoas e sim com um bem de consumo. 
9. Por que a Grécia é considerada um Polo Cultural? 
Quando se fala em Grécia, pode-se, também, falar até certo ponto de uma unidade cultural, com deuses, 
dialetos e alguns hábitos em comum. Portanto, compreender esta “não unidade” que era a Grécia significa 
buscar a compreensão do que seja uma Cidade Estado. 
10. Como podemos considerar Esparta, como um polo cultural ou uma cidade militarista? 
Descreva a sociedade Espartana (econômica política e cultural). 
Esparta foi umas das cidades Estado que surgiu na Grécia, fundada no século IX a.C. O nome da cidade 
deriva de uma planta da região. Para melhor compreensão do papel do esparciata, convém descrever sua 
educação, que é indicada como um adjetivo, significando rigidez externa. O esparciata era educado para 
viver para o Estado. A economia de Esparta surgiu com uma vasta propriedade estatal no lugar das 
antigas propriedades coletivas. O Estado detinha a posse legal e o cidadão, o usufruto. Para o trabalho 
nas terras o Estado emprestava seis escravos por lote. A política espartana também se tornou 
extremamente conservadora e o poder passou a ser monopolizado. A sociedade espartana apresentava 
três camadas sociais: 
➢ Os espartíatas: eram os dórios, guerreiros que recebiam educação militar especial; 
➢ Os periecos: eram os aqueus, tinham boas condições materiais de vida, mas nenhum direito 
político; 
➢ Os hilotas: eram escravos de propriedade do Estado, não tinham proteção da lei e sua condição 
humana era uma das mais insuportáveis de todo o mundo antigo. 
11. Qual a importância do Direito Romano em nossa sociedade? 
Somos romanos, principalmente quando falamos em direito. Quando fundamos nossa sociedade em 
Estado de Direito, direito este sistematizado pelos ramos antigos. A importância do estudo do Direito 
Romano é óbvia quando comparamos o Direito Romano com o nosso Direito Civil, 80% dos artigos 
existentes no nosso Código Civil, baseia-se direta ou indiretamente nas fontes jurídicas romanas. 
12. Como se realizava a República e suas instituições políticas? 
Quando da fundação da republica os romanos optaram por diluir o poder executivo para as mãos de 
muitos com mandatos curtos. Um ano na maior parte dos casos evitando que alguém tivesse um poder 
exagerado nas mãos. O senado era vitalício, durante este período (República) sua função primordial era 
cuidar de questões externas, devido ao caráter vitalício do senado que possuía autoridade permanente, 
sendo o centro do Governo. 
13. Existia em Roma uma escala de Cargos? Quais eram estes cargos? 
Sim. O Cursus Honorum, ou caminho da Honra, era uma escala de cargos que deviam ser alcançados 
sucessivamente, a saber: 1° devia-se alcançar a questura, depois a idilidade, a pretura e o consulado. 
14. Descreva as principais características do Direito Romano. 
Podemos identificar três períodos de evolução no Direito Romano, cada uma tem características próprias: 
➢ Período Arcaico: fundação de Roma, séc. VIII a.C., até séc. II a.C., caracterizando pelo 
formalismo, rigidez e ritualidade. A família era o centro de tudo, os cidadãos mais do que 
indivíduos, eram membros de uma unidade familiar. O Estado tinha funções limitadas a questões 
essenciais para a sua sobrevivência. O mais importante marco deste período é a Lei das XII 
Tábuas. 
➢ Período Clássico: séc. II a.C. até o séc. III d.C., o auge do Direito Romano. O poder do Estado foi 
centralizado e pretores e jurisconsultos adquiriram maior poder de modificar as regras existentes. 
➢ Período Pós-clássico: séc. III até o séc. VI, o Direito Romano vivia no regrado da fase áurea, para 
acompanhar as novas situações, o Direito sentiu a necessidade de fixar regras por meio de 
codificação. 
15. Qual era o papel dos pretores em Roma? 
Era de iniciar seus mandatos, publicavam os ideais para tornar público a maneira pela qual administram a 
justiça durante seus anos. 
16. Cite as Constituições Imperiais. 
➢ Edicta:deliberações de ordem geral, duração indefinida; 
➢ Mandata: instruções do imperador a funcionários imperiais e governadores de províncias; 
➢ Decreto: decisões do Imperador proferidas em um processo; 
➢ Rescrípta: respostas solicitadas ao Imperador a respeito de casos jurídicos. 
17. Em que constitui o “Status Familiar”? 
Determinava como os grupos familiares se refeririam inteiramente ao chefe de cada família. 
18. Quais as espécies de casamento existentes em Roma? 
O casamento cum mano e o cine mano. No cum mano a mulher saia da dependência de seu próprio pater 
família para entrar na dependência do marido. No cine mano não existia a possibilidade de sujeição ao 
marido, e podia continuar sobre o poder de seu próprio pater família. 
19. Cite três Direitos Romanos. 
Direito a adoção, Direito ao divórcio e Direito a posse e propriedade. 
 
20. O que São Povos ágrafos? 
21. Existia Direito nas sociedades antigas ou primitivas? 
22. Na atualidade existem sociedades primitivas ou povos ágrafos? 
23. O que significa “ubi societas ibi jus “? 
24. Como se chama o direito que se inclui no âmbito do direito dos povos ágrafos? 
25. Qual é a principal fonte do direito dos povos ágrafos? 
26. Em que região do planeta apareceram as primeiras leis escritas? 
27. Qual é a primeira manifestação jurídica da história? 
28. Qual era o principal ramo jurídico com relevância para os povos antigos? 
29. Qual era o principal código da antiguidade? 
30. Quais são os principais aspectos jurídicos identificáveis no Código de Hamurabi? 
31. Qual é a importância dos romanos para história do direito? 
32. Qual é a importância da Lei das 12 tábuas para evolução histórica do direito? 
33. Quem eram os principais estudiosos do Direito em Roma antiga? 
34. Que importância tiveram os jurisconsultos no âmbito do direito romano? 
35. Que tipo de atividade jurisconsultos exerciam? 
36. Quais foram as mais importantes fontes do direito da história romana? 
37. Qual a importância histórica Corpus Iuris Civilis? 
38. Quem foi o imperador responsável pelo Corpus Iuris Civilis? 
39. Como se divide o Corpus Iuris Civilis? 
 
 
O Direito dos Povos Ágrafos - Código de Hammurabi - A Lei Hebraica - O Código de Manu 
Qual a finalidade do Estudo da História do Direito? 
Ao pensar em história, nossa razão nos reflete ao passado. De fato, a história tem relação com o passado, 
mas não simplesmente o fato de relembrar, que nos torna historiadores. O que torna a História uma 
ciência, é, na realidade a sua atitude de observar as ações do homem, e fazer destas, o objeto de seu 
estudo. 
A importância da história pode ser facilmente compreendida, se partirmos do entendimento que os 
fenômenos sociais não podem ser simulados ou experimentados, portanto, é observando a História que 
obtemos as respostas para o futuro. Fato que não é diferente na área do direito. É observando os 
acontecimentos do passado, que se fará com que o direito se torne uma ciência mais justa e eficaz ao 
controlar os problemas e conflitos sociais. 
O que é direito? 
A palavra direito, pode ser compreendida a partir de seu sentido etimológico como ''aquilo que é mais reto, 
ou aquilo que é mais justo''. O direito visa estabelecer regras que tornem os convívios em sociedades mais 
justos e que possa controlar os conflitos e desentendimentos que venham a ocorrer da interação social. O 
direito é ''A arte do bom e do equitativo''. 
O direito é um dado cultural 
O direito é um dado necessariamente cultural. Se entende por cultura, aquilo que é tradicional, que é 
produto dos costumes e convicções do um povo. O direito é algo cultural, pois a sociedade sente a 
necessidade da sua instituição, para garantir a ordem social e reger as relações individuais e coletivas. A 
cultura é adquirida através das experiências, portanto, é algo mutável. Assim também é o direito, em 
constante mudança e evolução. 
O direito dos povos sem escrita 
Ao contrário do que muitas vezes se pensa, o direito não é necessariamente escrito. Nos povos ágrafos 
(entenda-se que podem ser os da antiguidade ou até os indígenas brasileiros que ainda não utilizam da 
escrita), o direito sempre existiu, embora sempre fosse quase impossível discernir o que era direito e o que 
era parte dos costumes e convicções religiosas. A transmissão do direito é basicamente oral, e passava de 
geração para geração. O direito desses povos é muito numeroso, variando de povo para povo, porém as 
características acima citadas, prevalecem na maioria destes. 
O Código de Hammurabi 
A Mesopotâmia é o berço da civilização da forma que conhecemos hoje. Lá surgiram as mais diversas 
invenções que possibilitaram que a humanidade pudesse chegar a esse patamar, tais como a escrita, a 
construção, o governo, a cerveja e muitas outras coisas. 
Como surgimento da escrita, não poderia ser em outro povo que seriam encontradas as primeiras leis 
escritas. A civilização mesopotâmica é a primeira que se tem notícia a registrar leis em formatos escritos, 
lá foi encontrado pelos historiadores parte do famoso código de Urnammu, a primeira lei escrita que se tem 
notícia, anterior inclusive ao famoso código de Hammurabi, também existiu naquela região o chamado 
código de Eshuma. 
O Código de Hammurabi foi instituído pelo rei Hammurabi como forma de garantir a hegemonia de seu 
império, é, portanto, além de meras leis impostas que deveriam ser seguidas, ferramenta política utilizada 
para o controle de um grande império. 
 
Algumas das características encontradas no código de Hammurabi são: 
1. Divisão em Camadas sociais: Homens livres (direitos de cidadão/maior grupo da sociedade), 
funcionários públicos (camada existente entre os homens livres e escravos) e escravos (não tinham 
direitos/prisioneiros de guerra ou dívida). 
2. Escravos eram tratados como propriedade, não tinham direitos, eram considerados coisas. 
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3. Princípio de Talião (olho por olho, dente por dente), existente na maioria dos institutos do código, 
muitas vezes esse princípio poderia recair sobre terceiros, como no caso de um construtor fazer uma casa 
com uma estrutura ruim, essa casa cair e matar o filho do proprietário, nesse caso, o filho do dono seria 
morto. 
4. Falso Testemunho é punido com a pena que seria aplica ao réu do processo, isso ocorria devido à 
ausência de meios para encontrar provas. 
5. O roubo era considerado algo grave e que comprava algo roubado do ladrão, também era punido 
de forma severa, a pena nesses casos era a morte. 
6. Não havia previsão de pena para a vítima de estupro apenas se esta estivesse prometida a um 
homem e ainda não coabitasse com este. (Isso se deve à ideia de submissão, a mulher casada não 
deveria ficar só, portanto não haveria como um estuprador atacá-la, caso esta permanecesse só e fosse 
atacada poderia ser considerada facilitadora do ato, caso não gritasse por socorro, portanto, seria punida. 
7. A família era reconhecida. Era uma sociedade patriarcal, o homem assumia as rédeas da família, 
era admitido o concubinato, porém o casamento considerado legítimo era o primeiro e só seria válido se 
houvesse um contrato, a união deveria ser no regime de comunhão de bens. 
8. Havia duas formas de se tornar escravos: dívida (entregar-se a si mesmo, esposa ou filhos durante 
período determinado não maior de 3 anos) ou por guerra (inimigos vencidos). 
9. Qualquer um dos membros do casal poderia solicitar o divórcio por má conduta ou negligência, 
porém, a mulher para fazer isso, deveria ter uma conduta ilibada. 
10. Somente a mulher comete o adultério, uma vez que o homem tem a liberdade de adquirir 
concubinas. Caso uma mulher fosse pega traindo seu marido, pagariacom a vida, entretanto, o código 
prevê a possibilidade de perdão do marido, ficando então sua esposa livre da pena. 
11. O Código admitia a adoção, aplicando alguns parâmetros, ainda hoje considerados muito humanos, 
tais como a devolução da criança caso esta solicitasse seus pais, a não devolução da mesma caso os pais 
biológicos solicitarem e a mesma for adotada quando criança, caso de desistência da adoção a criança 
receberá certa quantia como indenização, dentre outras características. 
12. Ao contrário de algumas civilizações, o Código de Hammurabi não previa a primogenitura, porém, 
era possível que este escolhesse sua parte da herança primeiro, embora esta fosse igualmente dividida. 
13. A questão processual é tratada com a mistura da lei e de questões religiosas, admitia-se inclusive, 
a utilização de técnicas religiosas como forma de descobrir se alguém era culpado ou não, tal como 
mergulhar um acusado em um rio, se este acusado sair vivo, seria considerado inocente. 
14. O Código de Hammurabi prevê questões relacionadas ao direito do consumidor, tais como a 
punição de erro médico e a reconstrução de algo, às custas do construtor, caso fosse provado erro por 
parte do trabalhador. 
Fatos culturais a respeito do Código de Hammurabi 
1. A submissão da mulher ao homem é algo notável, o machismo dominava as relações dos 
indivíduos. 
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2. A questão religiosa se confunde com a lei. 
3. O modo de punição era extremamente severo e retributivo (lei de talião), era necessário para 
''colocar medo'' nos demais indivíduos, para que estes não fizessem as mesmas coisas. 
Os tipos de Justiça 
Justiça Retributiva: Retribui o dano do mesmo modo, com a mesma intensidade ou até com uma 
severidade maior. Em algumas culturas, chega a atingir até mesmo terceiros que nada tinham a ver com a 
situação (alguém mata meu pai, eu matarei o pai do assassino) a fim de buscar a justiça. 
Justiça Distributiva: Não tem caráter punitivo, cobra de tem condições e retribui de forma positiva a quem 
necessita. Ex. Programas sociais. 
Justiça Corretiva: Busca corrigir a quem necessita, aplicada hoje no direito penal, busca reparar danos 
causados pela sociedade ou por fatores diversos que tem como consequência a marginalização do 
indivíduo. 
O Direito Hebraico 
O povo hebreu viveu na Mesopotâmia no final do segundo milênio a.C, são reconhecidos como um povo 
religioso por excelência, foram os primeiros a adotar uma religião monoteísta. No direito hebraico, é 
possível compreender a quase inexistente separação entre a questão religiosa e o direito como lei, se vê 
nitidamente a submissão da sociedade à religião. As leis hebraicas são baseadas no antigo testamente, 
para esse povo, a lei foi revelada por Deus, e, ir contra a lei, seria ir contra Deus. 
A sociedade hebraica 
O povo hebreu se dividia em tribos, de acordo com a bíblia, em doze tribos, das quais usa cuidaria de 
questões religiosas e as demais de atividade agropastoris. Existiam também os escravos, aqui 
encontrados com uma particularidade, são detentores de vários direitos e considerações, tais como casar-
se com uma escrava, possuir bens, converter-se ao judaísmo (característica que difere muito dos outros 
povos). Existiam também, os estrangeiros livres, muitos eram privados de boa parte dos direitos, exceto os 
que tinham alguma ligação com as tribos de Israel. 
A Lei Mosaica 
Por volta de 1800 a.C fortes secas que atingiam a Palestina, fizeram com que os Hebreus deixassem sua 
terra com destino ao Egito, local onde enfrentariam situação crítica e até mesmo de escravidão. Moises 
lideraria esse povo de volta à Palestina, num episódio biblicamente conhecido chamado ''ÊXODO'', durante 
esse período, os hebreus teriam passado 40 anos no deserto, tempo que serviria de base para o 
surgimento de toda a civilização hebraica. 
As Leis Hebraicas 
A base moral das leis hebraicas pode ser encontrada nos Dez Mandamentos, é como se esses fossem a 
''constituição'' desse povo, os institutos de leis podem ser encontrados nos cinco primeiros livros da bíblia, 
o chamado Pentateuco, cujas principais características são: 
1. A legislação previa a igualdade de julgamento e justiça, não poderia ser feita diferença entre o 
grande e o pequeno. A lei sempre tem que ser aplicada de forma justa. 
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2. Os hebreus davam grande importância aos atos processuais, deveria ficar provado determinado 
fato para que uma pena fosse aplicada, não eram admitidas injustiças. 
3. O princípio de Talião era previsto, eram utilizadas penas retributivas, contudo, os hebreus guardam 
a peculiaridade de não permitir que a pena passe do condenado, portanto, não é admissível que a pena 
atinja a terceiros. 
4. O Código previa a pena por lapidação, ou seja, apedrejamento. Alguns dos crimes punidos dessa 
forma são o de idolatria, feitiçaria e rebeldia por parte dos filhos. 
5. O homicídio era punido através da pena da Talião, contudo, existia a ideia do que se considera hoje 
homicídio culposo, nesse caso não havendo pena para o assassino. 
6. A prova testemunhal era tida como de suma importância, considerada a quase inexistência de 
provas, a pena para falso testemunho era equivalente à que seria aplicada do réu ao qual se buscava 
prejudicar. 
7. O matrimônio não era legalmente reconhecido, tratava-se apenas de questões particulares de 
família. 
8. Na sociedade hebraica, diferente de outras culturas, o crime de adultério era severamente punido, 
tanto para a mulher, quanto para o homem. 
9. Na lei dos hebreus, somente o homem poderia divorciar-se. A iniciativa não cabia à mulher, e, 
deveria haver algo de ''vergonhoso'' nesta, para que o homem pudesse repudiá-la. 
10. O concubinato era algo normal, porém, não era admitido que as mulheres fossem irmãs. 
11. O estupro só poderia ser aceito sem pena para a vítima, se esta fosse abusada em local onde 
gritasse e não fosse ouvida. O estuprador era morto. 
12. Diferentemente do código de Hammurabi, os hebreus previam a primogenitura, isto é, o primeiro 
filho homem, herdaria uma quantidade maior de bens. 
13. Existia o crime de Defloração, caso um homem se deitasse com uma jovem virgem contra sua 
vontade e esta não estava prometida, o homem deverá indenizar o pai da jovem e viver com esta pelo 
resto da sua vida. 
14. A lei previa a existência de escravos. Haviam direitos que protegiam os escravos, entre eles o de 
liberdade após determinado tempo, estes não deveriam ser libertados sem recursos ou meios de 
sobrevivência, o seu dono deveria dar-lhe o necessário para ir embora. 
15. Tratando-se um povo religioso, a lei previa o instituto da caridade, os cidadãos deveriam se ajudar 
mutuamente, os mais ricos ajudando os mais pobres. 
16. A questão governamental não tinha, como em outros povos ligação direta com a religião no sentido 
da personificação divina do soberano, uma vez que o rei era tido como um simples ser humano que estava 
submisso ao poder de Deus. O governo era instituído por Deus, muitas vezes os reis eram escolhidos por 
profetas. 
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17. Eram proibidas fraudes comerciais (falso peso, medidas diferentes) e o empréstimo por juros de 
hebreu para hebreu. 
18. Pela primeira vez surge a ideia de direito ambiental. Haviam leis que proibiam práticas que 
poderiam prejudicar o meio ambiente, tais como não cortar árvores sem necessidade edeixar que os 
animais reprodutores possam ir embora. 
Aspectos culturais 
É possível notar a grande influência da religião na vida do povo hebreu. Todas as questões da sociedade 
estavam relacionadas à religiosidade, tais como organização social, governamental e principalmente o 
direito, que é basicamente composto por leis retiradas dos livros religiosos. 
O Código de Manu 
O Código de Manu, refere-se ao direito indiano, direito ligado profundamente às questões religiosas, onde 
só encontra fundamentação, se observado a partir das crenças tradicionais. O povo hindu encontra-se na 
Ásia meridional, região onde viviam há muitos anos o povo dravidiano, que posteriormente foi invadido 
pelos arianos, dando origem aos hindus que conhecemos hoje. 
A sociedade Indiana 
A sociedade indiana encontrava-se e ainda hoje permanece dividida em castas. Esta organização só pode 
ser compreendida através da religião, que fundamenta a divisão alegando que desde o princípio, quando 
os Deus Bhrama criaram os seres humanos, saíram das partes mais elevadas de seu corpo às mais 
inferiores a ordem de indivíduos que se encontra na sociedade. A nomenclatura das castras segundo a 
ordem decrescente é: Brâmanes (sacerdotes, médicos, administradores, considerados puros), Ksatryas 
(guerreiros), Varsyas (comerciantes), Sudras (trabalhadores) e Párias (não eram considerados pessoas). É 
importante frisar que a submissão está ligada à ideia de que se suportarem com resignação às provas 
dessa encarnação, em uma próxima vida, o indivíduo irá nascer em uma casta melhor. As castas não tem 
qualquer ligação com a questão financeira, embora as castas superiores sejam mais financeiramente 
poderosas e as inferiores vivam na miséria, é tudo estritamente religioso e tradicional. A mistura de classes 
não era admissível, ao nascer, o indivíduo estava condenado a morrer na situação em que veio ao mundo. 
As leis hindus 
As leis do Código de Manu estavam repletas da submissão das mulheres aos homens. Além das questões 
sociais, o deito também era arbitrário quanto às castas e divisões da sociedade. Algumas características 
gerais do código são: 
1. As testemunhas eram rigorosamente selecionadas e deveriam obedecer a uma série de critérios 
para servir como prova perante aos tribunais. Ficar calado seria o equivalente ao Falso Testemunho. 
2. O crime de Falso Testemunho era punido de forma severa, pode ser a pena que seria atribuída ao 
réu do processo ao qual se presta falso testemunho e também deveria ultrapassar as barreiras físicas, 
atingindo questões espirituais, tais como a tortura por deuses e sofrimentos pós-morte. 
3. O Casamento adquire características marcantes. As crianças do sexo feminino de 8 anos em 
diante, costumavam ser prometidas a homens com idade de 25 anos ou mais, uma vez que era 
culturalmente compreendido a necessidade de o marido possuir bens, a fim de sustentar sua esposa como 
o pai a sustentava. 
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4. O Divórcio era admissível, embora algumas particularidades deveriam ser observadas. O homem 
poderia renunciar à mulher caso esta fosse considerada estéril ou adquirisse determinados tipos de 
doenças, também por sentimento de aversão à esposa por conta desta lhe tratar com azedume. A esposa 
poderia renunciar ao marido caso este fosse considerado criminoso ou de conduta inadequada, causando-
lhe repúdio. 
5. As mulheres eram consideradas como seres inferiores, capazes de causar a desgraça do lar, 
entretanto, as tarefas de casa, inclusive questões financeiras lhe eram incumbidas. 
6. A gravidade do adultério ganha uma dimensão extraordinária, considerada a gravidade que poderia 
se tornar a mistura entre castas, para a cultura hindu. Normalmente a pena aplicada era a morte para 
ambos os adúlteros, porém, no caso de tratar-se de um brâmane a pena poderia ser reduzida apenas à 
castração. 
7. A questão da herança era tratada de modo muito especial, caso a filho herdeiro não t ivesse 
condições de administrar a sua herança, esta ficaria sob a tutela do Rei e quando o jovem tivesse 
condições de se guiar, seria transferida para seus cuidados. Caso exista mais de um herdeiro, a herança 
ficaria sob controle do filho mais velho e os demais estariam subordinados a este, assim como estavam a 
seus pais. Esse benefício era apenas para as três primeiras classes, os sudras deveriam repartir a herança 
de forma igual. 
8. A adoção pode ser feita para garantir a continuação da linhagem, um homem que tenha somente 
filhas mulheres pode adotar seu neto como filho. Caso um homem não fosse capaz de engravidar sua 
esposa, com sua autorização, um membro da família poderia ter uma única relação sexual com sua mulher 
a fim de engravidá-la. 
9. O Código reconhecia a possibilidade de recolhimento de jurus, embora houvesse diferenciação da 
porcentagem para cada casta. 
10. É reconhecia a incapacidade e é vedada a validade de contratos cujo alguém incapaz tenha 
assinado. 
11. Havia a preocupação com a delimitação de terras, deveriam obedecer a um ritual que terminaria os 
limites. 
12. Eram previstas penas para Injúria. A pena varia de acordo com a casta que pratica e a que recebe 
o dano, a punição geralmente era uma multa ou um castigo físico. 
13. Para danos físicos, deve ser aplicada a pena de Talião, muitas vezes a punição é mais severa que 
o crime praticado. 
14. Era previsto o que se entende por ''homicídio culposo'' sem que houvesse uma pena. 
15. O código registrava o que se entende por roubo ou furto, considerando uma atitude criminosa. 
 
 
 
 
 
 
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História do Direito 
 
 
Questões - Direito dos povos sem escrita 
 
1) Quais são as características dos povos sem escrita? 
 
• Viviam como caçadores coletores/nômades ou seminômades 
• Sobrevivem como caçadores-coletores; 
• São impregnados pela religiosidade; 
• As regras eram transmitidas oralmente de pessoa para pessoa; 
• Cada comunidade vivia de forma isolada possuindo seus próprios costumes, havia 
grande diversidade de Direitos. 
 
2) Quais eram as fontes de Direito dos povos sem escrita? 
Os costumes; os precedentes judiciários e as regras de comportamento impostas por 
quem detinha o poder. 
 
3) Por qual motivo o costume era a principal fonte de Direito? 
A obediência era assegurada pelo temor aos poderes sobrenaturais; medo da opinião 
pública (medo do castigo e de ser desprezado e banido do grupo em que se vivia). 
 
4) O que significa ágrafo? 
Povo sem escrita ou ágrafo (a=negação + grafo=escrita) 
 
5) O que consistia a Ordália? 
Prova Judiciária para determinar a culpa ou a inocência. Ex. jogava-se a pessoa na 
correnteza de um rio, se ela voltasse era considerada inocente, se não, era considerada 
culpada. 
 
6) Quais eram algumas regras estabelecidas pelo costume dos povos sem 
escrita? 
Proibição do incesto; poligamia frequente; poliandria praticamente inexistente; 
vingança comum (o direito era exercido como forma de vingança). 
 
 
 
 
 
 
Questões - Direito na Mesopotâmia 
 
1) No que se refere ao Código de Hamurabi, o que é, como surgiu e como foi 
escrito? É possível ter acesso a ele? 
 
Código de Hamurabi representa conjunto de leis escritas da Mesopotâmia. Acredita-
se que foi escrito pelo rei Hammurabi, aproximadamente em 1792 a.C. Foi encontrado 
por uma expedição francesa em 1901 na região da antiga Mesopotâmia correspondente 
a cidade de Susa, atual Irã. É um monumento monolítico talhado em rocha de diorito, 
sobre o qual se dispõem 46 colunas de escritacuneiforme acádica, com 282 leis em 
3600 linhas. A peça tem 2,25 m de altura, 1,50 metro de circunferência na parte 
superior e 1,90 na base. 
 
2) Segundo o autor Claudio de Cicco, o Código de Hamurabi pode ser dividido em 
3 partes. Descreva cada uma delas. 
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O Código de Hamurabi contém 3 partes: na primeira, o legislador consigna suas 
glórias; na segunda, estão os 282 parágrafos dos textos legais; na terceira, o rei 
abençoa os sucessores que seguissem as leis e seu Código e amaldiçoa seus infratores. 
 
3) Como estava organizada a sociedade na Mesopotâmia? 
 
A sociedade era dividida em três classes, que também pesavam na aplicação do código: 
 
Awilum: Homens livres, proprietários de terras, que não dependiam do palácio e do 
templo; 
 
Muskênum: Camada intermediária, funcionários públicos, que tinham certas regalias no 
uso de terras. 
 
Escravos: que podiam ser comprados e vendidos até que conseguissem comprar sua 
liberdade. 
 
4) Fale sobre os institutos Famílias e Divórcio na Mesopotâmia. 
 
Família 
O sistema familiar da Babilônia era patriarcal, e o casamento, monogâmico, embora 
fosse admitido o concubinato. A concubina jamais teria o status ou os mesmos direitos 
de esposa. O casamento legitimo era válido se houvesse contrato. 
O casamento era o que chamamos hoje de regime de comunhão de bens. 
 
Divórcio 
O marido podia repudiar a mulher nos casos de recusa ou negligência em seus deveres 
de esposa e dona de casa. Qualquer dos dois cônjuges podia repudiar o outro por má 
conduta, mas nesse caso a mulher para repudiar o homem deveria ter uma conduta 
ilibada 
 
5) O que significa Lei de Talião? 
 
A palavra “talião” não é um nome próprio, vem do latim talionis que significa como tal, 
idêntico. 
Neste sentido, a Lei consiste na justa reciprocidade do crime e da pena. 
“o mal causado a alguém deve ser proporcional ao castigo imposto: para tal crime, tal 
e qual a pena”. A pena de talião indica que a punição será na mesma proporção do 
delito cometido. 
 
 
6) O termo talião indica a ideia de equivalência, também, pressupõe fazer justiça 
com as próprias mãos. No Brasil haveria possibilidade de fazer justiça com as 
próprias mãos? 
 
Como regra geral, Não. É crime fazer justiça com as próprias mãos, o crime é chamado 
Exercício Arbitrário das Próprias Razões (artigo 345 do Código Penal). Há exceções 
como no caso da legítima defesa. 
 
 
7) Mencione dois Códigos mais antigos que o Código de Hamurabi. 
 
Código de Ur-Nammu e (cerca de 2040 a.C) caracterizado pelas penas pecuniárias para 
delitos diversos ao invés de penas talianas. 
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• Código de Eshnunna (cerca de 1930 a.C) com cerca de 60 artigos, mistura de direito 
penal e direito civil. A maior parte das penas é pecuniária, isto é, evita-se a pena de 
morte na maioria dos casos. Apenas em 5 artigos a pena capital aparece, sendo 
aplicada para crimes de natureza sexual, para assaltos e também roubos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questões - Direito na Índia (Hindu) 
 
 
1) Descreva o sistema de castas. 
 
O sistema de castas não admite mudanças (ao menos em vida), o nascimento 
determina a casta que o indivíduo pertencerá por toda a sua existência. Portanto, 
nascer em uma casta significa crescer nela, casar-se com alguém dessa mesma casta, 
ter filhos somente dessa casta e morrer pertencendo a ela. A mistura de castas é vista 
como algo hediondo, não passível sequer de consideração, mesmo porque, para os 
Hindus, essa divisão foi feita na criação do mundo, quando dos membros superiores do 
deus Brahma saíram as castas superiores, e dos membros inferiores a castas inferiores. 
 
As castas era quatro e quem não pertencia a nenhuma delas era considerado resto. 
 
• Brâmanes: Casta superior, considerada a mais pura física e principalmente 
espiritualmente. Tinham funções como administradores, médicos, líderes espirituais. 
• Ksatryas: eram a casta dos guerreiros (reis). 
• Varsyas: a casta dos comerciantes. Essa divisão por casta não dependia de riqueza. Os 
brâmanes eram muito ricos, mas um varsya também poderia sê-lo, mas mesmo assim 
eram seres inferiores. 
• Sudras: a casta inferior. Eram a mão de obra da Índia (pedreiros, agricultores, 
empregados em geral). Estavam em condição servil, estavam obrigados a trabalhar 
para outras castas, principalmente a dos brâmanes. 
 
O resto era chamado de Chandalas ou párias, que não eram considerados casta, na 
prática, eram considerados nem gente. Eram classificados como os mais impuros, 
cabendo a eles tarefas consideradas demasiadamente impuras para que um membro de 
uma casta as executasse. Eles eram os sapateiros, os limpa fossas, os curtidores, 
exerciam funções que lidavam com restos humanos ou de animais. 
 
 
2) Há fonte formal do Direito na Índia? 
 
O Código de Manu. 
Dos livros sagrados da Índia, para o nosso estudo, o mais importante é o Código de 
Manu (Manu-smrti) que se divide em Religião, Moral e Leis Civis. 
Tem um contexto mais religioso do que jurídico. 
Era dividido em 12 livros com 2.685 artigos. 
 
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3) No que se refere ao Direito na Índia, quem poderia ser testemunhas no 
processo? E quem não poderia? 
 
A questão das testemunhas para esse Código de tratada com o mais intenso cuidado. 
Uma testemunha não pode de maneira alguma ficar calada, pois isso equivale a um 
falso testemunho. 
 
As testemunhas deveriam ter requisitos como: homens de confiança. 
 
Não poderiam ser testemunhas: homem de caráter duvidoso; amigos, criados, 
inimigos, doentes, homem culpado de um crime, rei, artista de baixa classe, nem hábil 
teólogo, estudante velhos, crianças, homem pertencente a uma classe misturada; 
infeliz desanimado pelo pesar, louco; apaixonado de amor. 
 
As mulheres poderiam ser testemunhas em casos excepcionais: Se fosse prestar 
testemunhas para mulheres; Crianças, ancião de escrava ou de criado. 
 
4) Na Índia, de quem é prerrogativa da quebra do vínculo matrimonial. Quais são 
as hipóteses do Divórcio? 
 
A prerrogativa da quebra do vínculo matrimonial era exclusiva do homem. O marido 
podia repudiar a mulher nas seguintes hipóteses: 
 
• desobediência ao marido; 
• ser a mulher estéril; 
• se não procriasse mais que filhas; 
• se lhe morressem os filhos; 
• mau caráter; 
• tagarelice; 
• embriaguez, maus costumes, incompatibilidade de gênios, 
• doença incurável. 
 
Tal faculdade, porém, não era recíproca em razão da inferioridade da mulher. 
 
5) No Brasil até o 1977 o casamento era indissolúvel. Explique como o casamento 
tornou-se dissolúvel. 
 
A Emenda Constitucional 9/77 retirou o prefixo in e o casamento passou a ser 
dissolúvel, tornando possível o divórcio, requerido tanto pelo homem quanto pela 
mulher. Na sequência, no Congresso Nacional, foi promulgada a Lei 6515/77, conhecida 
como a Lei do Divórcio. 
 
O Código de Manu traz um rol taxativo das causas do divórcio. No Brasil, de forma 
diversa, há um rol exemplificativo das causas do rompimento de sociedade conjugal 
enumeradas no Código Civil, artigo 1573, podendo o juiz considerar, ainda, outros fatos 
que tornem evidente a impossibilidade da vida em comum: adultério, tentativa de 
homicídio, abandono do lar conjugaldurante um ano continuo, conduta desonrosa. 
 
A Emenda Constitucional nº 66/10 alterou a matéria do divórcio do Brasil, retirando os 
requisitos para que o divórcio pudesse ser requerido. 
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6) Quais são os conceitos dos delitos roubo e furto na Índia? Estes conceitos são 
semelhantes com o de qual país? 
 
O Código de Manu explica a diferença entre crimes de roubo e de furto. Interessante 
notar que, mesmo com pouca influência de culturas externas os conceitos dos delitos 
de roubo e furto que foram feitos pelos hindus, no ano 1000 antes de Cristo, são 
semelhantes ao do Brasil de hoje. 
 
Artigo 329 – A ação de tirar coisa com violência, a vista do proprietário, é um roubo; 
em sua ausência é furto. 
 
A diferença entre os crimes está justamente no emprego da violência na subtração de 
coisa alheia. Havia três tipos de punições para o furtador: a detenção, os ferros e 
penas corporais. Para o roubador teria uma pena mais drástica conforme a vontade e o 
critério do Rajá (rei). 
 
 
 
 
Questões – Direito Hebraico 
 
 
1. Quais são as características do Direito Hebraico? 
 
• O direito hebraico é um direito religioso (Religião Monoteísta). 
• Todo crime é um pecado, pelo qual o homem é responsável perante Deus, e não 
perante o Estado. 
• O direito é dado por Deus ao seu povo, sendo, portanto, imutável. Só a Deus é 
permitido modificá-lo. 
 
2. Os hebreus criaram 3 tribunais, cada um com funções específicas. 
 
– Tribunal dos Três: julgavam alguns delitos e todas as causas de interesse pecuniário. 
– Tribunal dos Vinte e Três: recebia as apelações e os processos criminais relativos a 
crimes punidos com a pena de morte. 
– Sinédrio (Tribunal dos Setenta): era a magistratura suprema dos hebreus, sendo 
composto por setenta juízes. Tinha como incumbência interpretar as leis e julgar 
senadores, profetas, chefes militares, cidades e tribos rebeldes. 
 
3. Quais são as fontes do Direito Hebraico? 
 
PENTATEUCO. Para os Judeus PENTATEUCO tem o nome de THORA, que significa LEI 
ESCRITA, revelada por DEUS. Trata-se da parte principal do VELHO TESTAMENTO, que 
compreende 5 (cinco) livros: 
a) GÊNESIS (livro das origens) 
b) ÊXODO (saída do Egito) 
c)LEVÍTICO (regras religiosas sobre culto e rituais) 
d)NÚMEROS (permanência dos hebreus no deserto 12 tribos ou clãs) 
e) DEUTERONOMIO. (livro religioso e jurídico) 
DECÁLOGO. Ditado à Moises no Monte Sinai por Jeová, encontra-se no Êxodo (XX, 2-
7) e no DEUTERONÔMIO (V, 6-18), contém, regras de caráter moral, religioso e 
jurídico: Tu não matarás; tu não levantarás falso testemunho contra o teu próximo; 
não cometereis adultério; não roubaras etc... 
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MICHNÁ. equivale ao nosso direito civil, trata de leis rurais e propriedades imobiliárias, 
direito matrimonial e divórcio, obrigações civis, usura, danos à propriedade, sucessão 
etc. 
Michná e Torá constituem o Talmud (que significa estudo) que é o verdadeiro corpo da 
Legislação Hebraica. 
 
4. Descreva o instituto Família e Sucessão no direito hebraico. 
 
• Família: possuía estrutura patriarcal, sendo vitalício o pátrio poder, com o pai 
respondendo pelos atos ilícitos que porventura os filhos praticassem. As filhas podiam 
ser vendidas como escravas pelos pais, havendo também a possibilidade de servidão 
(Escravidão, cativeiro, sujeição, dependência) por dívidas. 
 
• Sucessão: entre os filhos o único que tinha direito à herança era o primogênito. As 
mulheres não tinham direitos sucessórios. 
 
5. O direito penal hebraico previa a pena de lapidação. Explique. 
Lapidação é o nome que se dá a pena mais comum do antigo testamento. Era o modo 
de aplicar a pena capital. Arrancavam as roupas do condenado, exceto uma faixa, que 
lhe cingia os rins. Depois a primeira testemunha o arremessava ao solo, do alto de um 
tablado. E a segunda testemunha, lançando uma pedra, queria atingi-lo no peito, bem 
acima do coração. Se este ato não lhe desse a morte, as outras pessoas ali presentes o 
cobriam de pedradas, até o momento da morte do condenado. Cumprida a sentença, o 
cadáver era queimado ou dependurado numa árvore. 
 
 
 
 
 
 
Questões – Direito na Grécia 
 
1) Quais são as características da Grécia e das tribos que ali viviam? 
A Grécia foi o berço da filosofia, da política, do teatro e da poesia. Situada na península 
dos Balcãs, irradiou sua cultura pelo Mar Egeu. Destaca-se os jogos olímpicos, disputados 
de quatro em quatro anos na cidade de Olímpia. Cada Cidade-Estado, os gregos 
chamavam de polis, tinha o seu próprio Direito, tanto público como privado, tendo cada 
qual características específicas e evolução própria. Nunca houve leis aplicáveis a todos os 
gregos, no máximo, alguns costumes comuns. 
Os gregos eram nômades de origem ariana, falavam a mesma língua, tinham a mesma 
escrita e as mesmas tradições e se autodenominavam helênicos. 
 
2) No contexto da civilização helênica quais cidades (polis) são consideradas 
matrizes de organização político-social? 
Esparta e Atenas. 
 
3) Qual foi a cidade que serviu de inspiração de modelo para os países ocidentais? 
Justifique. 
Atenas. Atenas criou o regime de governo democrático. A democracia ateniense era 
praticada de maneira direta, o cidadão participava das Assembleias públicas e decidia o 
destino da Polis. Destaca-se o conceito de democracia: o governo de muitos ou de todos 
fundados nos princípios da igualdade e da liberdade. 
 
4) Quais contribuições o Direito na Grécia trouxe ao mundo moderno? 
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A principal contribuição dos gregos para a cultura jurídica deve-se aos seus trabalhos 
sobre o governo ideal da cidade. Foram os inventores da ciência política (ciência do 
governo/governo ideal) e, na prática, instauraram, em algumas de suas cidades, regimes 
políticos que serviram de modelo às civilizações ocidentais. 
Os grandes filósofos de Atenas foram referência intelectual. 
Os gregos transmitiram-nos as palavras que entraram em nossa legislação moderna, tais 
como: 
• sinalagmático – vinculação contratual que obriga reciprocamente às partes. 
• quirografário – ato escrito do devedor, como por exemplo, um cheque, uma nota 
promissória, etc.; 
• enfiteuse – Contrato bilateral de caráter perpétuo, em que por ato inter vivos, ou 
disposição de última vontade, o proprietário pleno cede a outrem o domínio útil de 
terras incultas, mediante pagamento e foro anual, conforme art. 678 do Código Civil; 
• anticrese – pagamento de dívidas com frutos do imóvel, ou seja, consignação de 
rendimentos, de acordo com o art. 805 e seguintes do Código Civil; 
• hipoteca – instituto jurídico pelo qual se oferece um bem imóvel como garantia de um 
empréstimo ou do cumprimento de determinada obrigação. 
 
5) Porque não havia uma uniformização jurídica e política nas cidades gregas? 
Não havia uma uniformização jurídica em virtude da dificuldade de comunicação que 
existia entre as cidades. 
 
6) Os filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles são referenciais intelectuais, quais 
contribuições trouxeram? 
Sócrates o maior filósofo, nascido em Atenas, foi professor de Platão, responsável pela 
organização e sistematização do estudo da Filosofia. 
Platão deixou 28 Diálogos, dos quais dois são importantes para o Direito: A República e 
As Leis. 
A República é sobretudo a descrição de uma cidade ideal, dividida em três classes: os 
governantes, os guardiães-guerreiros, o povo. Deveria ser governada por filósofos, que 
têm a sabedoria e a inteligência necessárias.Na obra As Leis, Platão reduz as formas de governo a duas: monarquia, na qual o poder 
vem de cima, e democracia, em que ele vem de baixo. O regime ideal é a mistura dos 
dois, ou seja, uma cidade governada por um colégio de sábios, guardiães das leis. 
Aristóteles, discípulo de Platão foi sem sombra de dúvidas o maior dos filósofos gregos. 
Sua obra A Política, estuda a organização da polis, diversas constituições e distingue 
três formas legítimas de governo: Monarquia, Aristocracia e a Democracia. 
Na estrutura do governo, Aristóteles distingue três atividades: o poder deliberativo, o 
poder executivo (para recrutar e organizar as funções públicas) e o poder judiciário. 
 
7) Cite os principais legisladores de Esparta e de Atenas. 
Esparta – Licurgo 
Atenas – Dracon e Sólon 
 
8) Como estava organizada as camadas sociais em Esparta? 
Apresentava 3 camadas sociais: 
• Os Espartíatas: eram os dórios, guerreiros que recebiam educação militar especial 
• Os Periecos: eram os aqueus, tinham boas condições materiais de vida, mas 
nenhum direito político. 
• Os Hilotas: eram os escravos de propriedade do Estado, não tinham proteção da lei 
e sua condição humana era uma das mais insuportáveis de todo o mundo antigo. 
 
9) Qual foi a lei criada por Licurgo mais importante? 
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Umas das leis de Licurgo era a determinação de que os filhos deveriam ser entregues 
ao Estado e por ele educados ao invés de, por seus pais, a partir de 07 anos de idade, 
educação essa severíssima, tanto no aspecto militar quanto no físico, havendo 
eutanásia para os nascidos débeis e incapazes 
10) A população de Atenas se dividia em 3 níveis sociais. Quais eram? 
Atenas se dividia em três níveis, para os homens livres: 
• eupátridas – os bem-nascidos, aristocracia fundiária e de caráter estamental 
• geomores – pequenos proprietários rurais 
• demiurgos – artesãos que viviam do trabalho manual 
 
11) Quem foi Dracon e qual era a principal característica de suas leis? 
Conhecido também como Draconte foi o primeiro legislador de Atenas em 621 a.C. 
Transformou o direito consuetudinário e, portanto, oral, em um direito posto, isto é, 
escrito e codificado. 
Não havia proporcionalidade nas penas de Drácon, pois tanto uma conduta mais grave 
– como o roubo- quanto para uma conduta menos – como o furto, a pena era a morte. 
Dessa prática nasceu a expressão lei draconiana que quer dizer lei severa, desumana 
ou excessivamente rigida. 
 
12) Quais foram as contribuições de Sólon no que se refere a criação de leis em 
Atenas? 
• Criou Código de Leis, alterando o criado por Dracon. 
• Criação do Tribunal da Heliaia. 
• Regulamentação da democracia. Eupátridas. 
• Fim da escravidão por dívidas; devolução das terras que haviam sido confiscadas 
pelos eupátridas; Princípio da igualdade de todos perante a lei. 
• Definiu os direitos e deveres da cidadania. O descumprimento dos deveres 
poderia ensejar a privação dos direitos civis e políticos. 
• Obriga os pais a ensinarem um ofício aos filhos. 
• Estabeleceu a eunomia, entendida como igualdade no que tange ao respeito à 
lei. 
 
13) Como estava organizada a justiça criminal dos Atenienses? 
 
• Assembleia do Povo – Discutiam apenas crimes políticos mais graves 
• Aerópago – o mais antigo tribunal julgava os crimes apenados com morte. 
• Tribunal do Efetas – julgavam homicídio não premeditado. 
• Tribunal da Heliaia – Assembleia se reunia na praça pública e julgava os recursos a 
ela apresentados 
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