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/ UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ - UEPA CAMPUS XVII – CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO - CCSE CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA Cinéia Cabral, Poliana Santos, Rebeca Luz, Vanessa Brito OFICINA DE JOGOS E BRINCADEIRAS LÚDICAS COMO CONTRIBUIÇÃO PARA A BRINQUEDOTECA DO HOSPITAL REGIONAL DE CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA - PARÁ CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA – PA 2019 Cinéia Cabral, Poliana Santos, Rebeca Luz, Vanessa Brito OFICINA DE JOGOS E BRINCADEIRAS LÚDICAS COMO CONTRIBUIÇÃO PARA A BRINQUEDOTECA DO HOSPITAL REGIONAL DE CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA – PARÁ Projeto apresentado como requisito parcial para obtenção de nota, no Estágio supervisionado obrigatório em ambientes não escolares e ambientes populares, do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade do Estado do Pará, sob a orientação da Professora Elmira Aguiar. CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA – PA 2019 1. INTRODUÇÃO O presente projeto apresentará uma reflexão sobre a importância da brinquedoteca no espaço hospitalar, e relata sobre a realização de uma oficina de jogos e brincadeiras lúdicas neste espaço do Hospital Regional de Conceição do Araguaia-Pará, sendo disponibilizados para os pacientes de forma que possam fazer uso de maneira que seja respeitado os limites físicos em sua condição de internação, visto que nem todos podem participar de determinadas atividades. Nesta oficina estará à disposição jogos e brincadeiras com brinquedos já disponíveis no espaço da brinquedoteca, como: dama, dominó, cubo mágico, xadrez, jogos silábicos, jogos da memória, monta-monta, histórias com fantoches, desenhos, caixa surpresa (contendo objetos como lápis, boneca, carrinho, entre outros). É importante ressaltar que estes brinquedos são mantidos esterilizados para que possa evitar contaminações. 2. JUSTIFICATIVA A brinquedoteca é uma proposta muito relevante para as instituições, de modo que é vista pelas crianças como um lugar prazeroso onde os jogos, brinquedos e brincadeiras fazem a magia do ambiente. Ela oferece aos pacientes em fase de internação, condições de estimular o cognitivo e relaxar enquanto brincam, tornando esse processo de internação mais suave de ser vivenciado e menos estressante. Acerca deste raciocínio a oficina funciona como uma opção viável para estimulo e demonstração de que, os jogos e brincadeiras são uma forma de amenizar o sofrimento. É importante políticas públicas e educacionais voltadas para a pedagogia hospitalar, com vista a equipar essas instituições para fornecer um atendimento de qualidade, visto que fica evidente os benefícios que esta área pode propiciar aos que a utilizam. A brinquedoteca do Hospital Regional De Conceição do Araguaia, tem realizado o atendimento dos pacientes com apoio lúdico, psicológico, emocional, através de atividades como pinturas, brinquedos e socialização, no intuito de contribuir com a amenização do estresse causado pela internação. Partindo desta premissa, a oficina de jogos e brincadeiras que será realizada no espaço da brinquedoteca, terá a finalidade de reforçar o trabalho que vem sendo executado neste ambiente, e refletir sobre a ideia de como é relevante a sua continuidade para a melhoria de todo o quadro de recuperação dos pacientes. 2. OBJETIVOS a) Geral - Compreender a importância da brinquedoteca no espaço hospitalar para a saúde, emocional, psíquica e física. b) Específicos - Dispor de jogos para estimular a cognição das crianças e adultos que puderem aproveitar deste espaço hospitalar. - Realizar momentos lúdicos como: caixa surpresa e contar histórias com fantoches, a fim de amenizar o sofrimento dos pacientes (especialmente crianças). - Contribuir para o bem estar dos pacientes que visitarem a brinquedoteca. 3. REFERENCIAL TEÓRICO Já se sabe sobre a obrigatoriedade de instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde, para oferecer atendimento pediátrico em regime de internação. Trata-se da Lei N° 11.104/05, no artigo 10 na qual descreve: “Os hospitais que ofereçam atendimento pediátrico contarão, obrigatoriamente, com brinquedotecas nas suas dependências”. Esta determina que o hospital deve proporcionar as crianças um espaço lúdico no intuito de amenizar o sofrimento ocasionado pela internação através das brincadeiras. Este ambiente deve ser mais do que simplesmente um espaço que disponibiliza brinquedos, é preciso ser visto como um ambiente terapêutico, de humanização e de acolhimento, mas sem descuidar das possibilidades de contaminação através dos mesmos. Tomados estes cuidados, é preciso reconhecer que o uso destes objetos bem como a interação com outras pessoas e crianças, promove diversos benefícios psicológicos e também físicos ao paciente em internação. Conforme as contribuições de SILVA (2006), a hospitalização pode causar graves prejuízos para seu desenvolvimento, dependendo do tempo de internação e da gravidade do estado de saúde do paciente. O ambiente hospitalar por ser restrito quanto ao espaço físico e as próprias limitações acerca da enfermidade, provocam a ausência de estímulos e delimitam as possibilidades de exploração do meio, o que compromete o desenvolvimento. O hospital é estruturado não para ver o paciente como ser humano em sua natureza complexa, mas para trata-lo de forma idêntica, fragmentada e especializada, uniformizando e numerando tudo e todos. O atendimento é despersonalizado e desumanizado em nome da tecnologia e competência cientifica. Tudo isso instaura um processo de destituição subjetiva dos pacientes: aquilo mesmo que cura acaba também por adoecer, já que esta dessubjetivação representa uma situação de risco para a saúde (FORTUNA,2007, p.37). É preciso levar em consideração a importância de meios para estimular o desenvolvimento da criança em todo o tempo, até mesmo em sua hospitalização, visto que a interrupção dos estímulos necessários à criança, pode acarretar uma pausa em seu progresso atrapalhando seu rendimento ao voltar as aulas. Portanto a brinquedoteca pode dar suporte para o paciente nos dias em que estiver ausente da escola. Segundo os estudos científicos do professor Giuseppe Alfredo Iannoccari, presidente da Associação para o Desenvolvimento e Potencialidade das Habilidades Mentais, (Assomensana), relata que os jogos funcionam como um treinamento mental que aumenta a capacidade de planejamento, memoria e raciocínio de forma que o cérebro se mantenha concentrado por um longo período, estimulando as funções cognitivas a estarem mais ativas, fazendo com que o paciente seja menos propenso a doenças neurodegenerativas, a exemplo a doença de Alzheimer. Vários estudiosos acreditam que a ludicidade em todo e qualquer tempo ajudam no desenvolvimento da criança, Jean Piaget, Tikuzo Morchida Kishimoto, Nylse Helena silva Cunha e Marli Pires dos Santos, e deixam a ideia de que deve ser de forma continuada e ininterrupta. No entender de cunha (2001), declara que a infância e a função da brinquedoteca configura-se como um espaço destinado a brincadeira, onde a criança brinca sossegada, sem cobrança e sem sentir que está perdendo tempo, sendo estimulado sua autoestima e o processo sócio cognitivo. Já Santos, (2000) traz reflexões sobre a brinquedoteca em diferentes contextos, no qual encontra-se a hospitalar que tem por real objetivo atender a criança hospitalizada através da terapia, com atividades lúdicase de estimulação Psicomotoras visando suavizar as sequelas emocionais decorrentes da internação. Neste sentido se faz necessário refletir, reconhecer e valorizar a brinquedoteca no âmbito hospitalar. 4. PROBLEMA Considerando o período de internação dos pacientes por vezes longo, e que o atendimento no âmbito da competência cientifica pode desfavorecer o desenvolvimento e bem estar emocional, como contribuir para que o espaço da brinquedoteca seja mais atrativo? 5. HIPÓTESE A oficina é uma opção viável de valorização dos recursos pedagógicos disponíveis na brinquedoteca do HRCA, no acolhimento dos pacientes, demostrando a importância dos jogos e brincadeiras para o bem estar emocional, psíquico e físico, visando amenizar o sofrimento devido o estado de saúde que podem se encontrar e contribuir para sua recuperação. 7. METODOLOGIA Para a elaboração desta pesquisa bibliográfica, faz - se necessário em primeiro lugar, à realização de um levantamento de dados através de artigos gratuitos e livros. Reuniu-se informações para embasar e comprovar a importância da oficina que será aplicada na brinquedoteca do HRCA. A pesquisa investigativa e elaboração do projeto foi realizada na biblioteca da UEPA Campus VlI. 8. CRONOGRAMA MÊS DE MAIO Atividades Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Elaboração do projeto X Realização de leituras: livros e artigos. X Elaboração da redação X X Revisão geral do projeto X Entrega do projeto X 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS Contudo que foi apresentado fica evidente a importância do atendimento realizado pela pedagogia hospitalar, bem como o uso da brinquedoteca no HRCA, de modo que torna a estadia do paciente bem mais agradável e também suaviza o estresse causado pela internação, levando em consideração que, em alguns casos os mesmos chegam ao ambiente com o emocional por vezes abalado. Como recurso, os jogos e atividades se tornam uma opção viável para amenizar o sofrimento dos pacientes. As contribuições teóricas chamam a atenção para a grande relevância de uma das diretrizes do SUS, a citar, a Humanização, que por conseguinte deve ser dada a continuidade desta sempre em qualquer Instituição de saúde, seja ela pública ou particular, em postos de saúde ou em clínicas de reabilitação. 10- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CUNHA, Nylse Helena Silva. Brinquedoteca: um mergulho no brincar / Nylse Helena Silva Cunha, -4.ed. – São Paulo: Aquariana, 2007. A Importância do Brincar no ambiente hospitalar. Psicologado.com.br. Acesso em 15/05/2019 ás 16:00 horas: https://psicologiaacessivel.net/2016/08/19/como-a- brinquedoteca-hospitalar-contribui-na-recuperacao-infantil/. OS JOGOS DE TABULEIRO SÃO BONS PARA O CÉREBRO. GreenMe.com.br, 22 de dez. de 2014. Disponível em https:// monografias.brasilescola.uol.com.br/educação/brinquedoteca-hospitalar- contribuicao-criancas-hospitalizadas.htm. Acesso em 15 de mai. de 2019. FORTUNA, T. R. Brincar, viver e aprender: educação e ludicidade no hospital. Revistas Ciências e letras. N. 35, p.185-201, ano 2004. Disponível em http://www4.farpa.com.br/cienciaseletras/pdf/revista35/art14_TANIA.PDF> acessado em 16 de maio de 2019.
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