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DEFINIÇÃO DO ABUSO SEXUAL O abuso sexual se caracteriza numa violação dos direitos sexuais de crianças e adolescentes, através de situações em que estes são utilizados como instrumentos para gratificação sexual de um adulto ou adolescente mais velho. A Organização Mundial da Saúde – OMS – considera o abuso sexual como um fenômeno de maus-tratos na infância e na adolescência, definindo essa violência da seguinte maneira: “A exploração sexual de uma criança implica que esta seja vítima de uma pessoa sensivelmente mais idosa do que ela com a finalidade de satisfação sexual desta. O crime pode assumir diversas formas: ligações telefônicas ou obscenas, ofensa ao pudor e voyeurismo, imagens pornográficas, relações ou tentativas de relações sexuais, incestos ou prostituição de menores”. A prática do abuso sexual deturpa as relações socioafetivas e culturais entre adultos e crianças ou adolescentes ao transformá-las em relações genitalizadas, erotizadas, comerciais, violentas e criminosas. Normalmente, o abusador sexual é uma pessoa em que o vulnerável, seja criança ou adolescente, conhece e confia. Os agressores, então, sentem-se capazes de identificar as crianças e adolescentes vulneráveis e aproveitar-se dessa vulnerabilidade para abusar sexualmente delas. Neste ínterim, o abuso sexual supõe uma disfunção em 03 níveis: O poder exercido pelo forte sobre o fraco; A confiança que o pequeno tem no grande; O uso delinquente da sexualidade, ou seja, o atentado ao direito que todo indivíduo tem de propriedade sobre o seu corpo. 3ª QUESTÃO – QUAIS AS MEDIDAS JURÍDICAS SERIAM TOMADAS? Após a prática do abuso sexual, a medida jurídica mais indicada para auxiliar a vítima seria o atendimento através de serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial às vítimas de negligência, maus tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão, consoante o disposto no art. 87, III, do Estatuto das Crianças e Adolescentes. Imprescindível também a instauração de um Regime de Orientação e Apoio Sociofamiliar. Por fim, em razão da conduta da criança (art. 98, III, ECA), seria necessário a inclusão desta em tratamento psiquiátrico em regime hospitalar (art. 101, V, ECA), caracterizando-se em uma internação psiquiátrica. Isto porque o cuidado mental de crianças e adolescentes constitui-se em direito à saúde de natureza fundamental, devendo ser observada as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
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