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Revista Equipe de Obra - Edição 13

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a revista para você que constróia revista para você que constrói
Edição no 13 Ano III 
Set/Out 2007 R$ 9,50
www.equipedeobra.com.br
www.piniweb.com
IS
SN
 1
80
6-
95
76
9
7
7
1
8
0
6
9
5
7
0
0
3
1
3
DE OBRADE OBRA
Passo a PassoPasso a Passo
Cálculo da
quantidade de
blocos para
parede
Como instalar
caixa d'água de
polietileno
Aprenda a
manipular
produtos tóxicos 
A certificação
profissional vem aí
Amarração entre
alvenaria e pilar
Amarração entre
alvenaria e pilar
Confira as técnicas para fazer essa ligação que
evita trincas e fissuras
Confira as técnicas para fazer essa ligação que
evita trincas e fissuras
Como instalar
caixa d'água de
polietileno
Aprenda a
manipular
produtos tóxicos 
A certificação
profissional vem aí
Cálculo da
quantidade de
blocos para
parede
capa_eq13.qxd 17/9/2007 16:59 Page 1
EQUIPE DE OBRA 1
Sumário
Equipe de Obra no 13
Profissional com selo
de qualidade
Agora, o profissional da construção civil
também será certificado pela qualidade
de seu trabalho. A iniciativa é do Senai.
Será criado um selo para comprovar que
o profissional é treinado, atualizado e
sabe executar bem as suas funções.
Confira no passo-a-passo as etapas para
fazer a amarração de alvenaria ao pilar.
A técnica evita fissuras e outros
problemas nas paredes.Veja ainda como
instalar caixa d'água de polietileno.
Fabricada com material atóxico, a caixa
é leve e resistente aos raios UV e vem
sendo cada vez mais utilizada.
Para evitar problemas de saúde, leia
reportagem que mostra como manipular
produtos tóxicos na obra. É comum o
perigo de intoxicação por inalação ou
absorção pela pele.
A construtora paranaense A.Yoshii é
mais um exemplo de empresa que alia
responsabilidade ambiental com
responsabilidade social. Lançou o projeto
"Criando Arte" para as esposas de
funcionários aprenderem a transformar
materiais descartados nas obras em
artesanato. E, com isso, elas conseguem
uma renda extra para suas famílias.
Boa leitura e ótimo trabalho!
Heloisa Medeiros
Editora
03 Equipe Responde/
Onde encontrar
04 Notícias & Dicas/Cartas
08 Agenda
09 Certo e Errado
10 Papo de Obra:
Francisco Ortega Franco
12 Passo a passo: Amarração de 
alvenaria em pilar
18 Plantas: Sala de apartamento
20 Saúde: Manuseio de produtos 
tóxicos
24 Responsabilidade social 
na A. Yoshii
26 Medição: Blocos cerâmicos
28 Passo a passo: Caixa d'água
32 Especial: Perfis dos trabalhadores
35 Perfil: Telhadista
36 Vitrine
38 Pessoal
39 Lazer
40 Quadrinhos
E D I T O R I A L
sumario13.qxd 11/9/2007 16:11 Page 1
Fundadores: Roberto L. Pini (1927-1966), Fausto Pini (1894-1967) e Sérgio Pini (1928-2003)
DDiirreettoorr GGeerraall
Ademir Pautasso Nunes
equipedeobra@pini.com.br
AAppooiioo
DDiirreettoorr ddee RReeddaaççããoo 
Eric Cozza eric@pini.com.br
EEddiittoorraa:: Heloisa Medeiros heloisa@pini.com.br
RReevviissããoo:: Mariza Passos CCoooorrddeennaaççããoo ddee aarrttee:: Lucia Lopes DDiiaaggrraammaaççããoo:: Leticia Mantovani e 
Maurício Luiz Aires; Renato Billa (trainee) IIlluussttrraaççããoo:: Sergio Colotto
PPrroodduuttoorraa eeddiittoorriiaall:: Juliana Costa FFoottooggrraaffiiaa:: Marcelo Scandaroli
CCoonnsseellhhoo eeddiittoorriiaall:: Carlos Eduardo Cabanas (Senai-SP), Darci Vargas, José Carlos de Arruda Sampaio,
Luiz Roberto Gasparetto (Senai-SP), Nilton Vargas e Ubiraci Espinelli Lemes de Souza
EENNGGEENNHHAARRIIAA EE CCUUSSTTOOSS:: Bernardo Corrêa Neto 
PPrreeççooss ee FFoorrnneecceeddoorreess:: Juliana Cristina Teixeira AAuuddiittoorriiaa ddee PPrreeççooss:: Sidnei Falopa e Ariell Alves Santos
EEssppeecciiffiiccaaççõõeess ttééccnniiccaass:: Erica Costa Pereira e Ana Carolina Ferreira
ÍÍnnddiicceess ee CCuussttooss:: Andréia Cristina da Silva Barros CCoommppoossiiççõõeess ddee CCuussttooss:: Cristina Martins de Carvalho
SSEERRVVIIÇÇOOSS DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA:: Celso Ragazzi, Luiz Freire de Carvalho e Mário Sérgio Pini
PPUUBBLLIICCIIDDAADDEE:: Luiz Carlos F. de Oliveira, Adriano Andrade e Jane Elias
EExxeeccuuttiivvooss ddee ccoonnttaass:: Alexandre Ambros, Eduardo Yamashita,
Bárbara Salomoni Monteiro e Ricardo Coelho
MMAARRKKEETTIINNGG:: Ricardo Massaro EEVVEENNTTOOSS:: Vitor Rodrigues VVEENNDDAASS:: José Carlos Perez 
RREELLAAÇÇÕÕEESS IINNSSTTIITTUUCCIIOONNAAIISS:: Mário S. Pini 
AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO EE FFIINNAANNÇÇAASS:: Durval Bezerra
CCIIRRCCUULLAAÇÇÃÃOO:: José Roberto Pini SSIISSTTEEMMAASS:: José Pires Alvim Neto e Pedro Paulo Machado
MMAANNUUAAIISS TTÉÉCCNNIICCOOSS EE CCUURRSSOOSS:: Eric Cozza
EENNDDEERREEÇÇOO EE TTEELLEEFFOONNEESS
Rua Anhaia, 964 – CEP 01130-900 – São Paulo-SP – Brasil
PPIINNII Publicidade, Engenharia, Administração e Redação – fone: (11) 2173-2300
PPIINNII Sistemas, suporte e portal Piniweb – fone: (11) 2173-2300 - fax: (11) 2173-2425 
Visite nosso site: www.piniweb.com
RReepprreesseennttaanntteess ddaa PPuubblliicciiddaaddee::
PPaarraannáá//SSaannttaa CCaattaarriinnaa (48) 3241-1826/9111-5512 
MMiinnaass GGeerraaiiss (31) 3411-7333 RRiioo GGrraannddee ddoo SSuull (51) 3333-2756 
RRiioo ddee JJaanneeiirroo (21) 2247-0407/9656-8856 BBrraassíílliiaa (61) 3447-4400
RReepprreesseennttaanntteess ddee LLiivvrrooss ee AAssssiinnaattuurraass::
AAllaaggooaass (82) 3338-2290 AAmmaazzoonnaass (92) 3646-3113 BBaahhiiaa (71) 3341-2610 CCeeaarráá (85) 3478-1611 
EEssppíírriittoo SSaannttoo (27) 3242-3531 MMaarraannhhããoo (98) 3088-0528 MMaattoo GGrroossssoo ddoo SSuull (67) 9951-5246
PPaarráá (91) 3246-5522 PPaarraaííbbaa (83) 3223-1105 PPeerrnnaammbbuuccoo (81) 3222-5757 PPiiaauuíí (86) 3223-5336 
RRiioo ddee JJaanneeiirroo (21) 2265-7899 RRiioo GGrraannddee ddoo NNoorrttee (84) 3613-1222 RRiioo GGrraannddee ddoo SSuull (51) 3470-3060
SSããoo PPaauulloo Marília (14) 3417-3099 São José dos Campos (12) 3929-7739 Sorocaba (15) 9718-8337
BANCAS
EEqquuiippee ddee OObbrraa:: ISSN 1806.9576
Assinatura anual R$ 57,00 (6 exemplares)
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva do autor e não expressam,
necessariamente, as opiniões da revista.
VVeennddaass ddee aassssiinnaattuurraass,, mmaannuuaaiiss ttééccnniiccooss,, 
TTCCPPOO ee aatteennddiimmeennttoo aaoo aassssiinnaannttee
Segunda a sexta das 9h às 18h
44000011--66440000
principais cidades*
00880000 559966 66440000
demais municípios
fax ((1111)) 22117733--22444466
AAtteennddiimmeennttoo wweebb:: 
www.piniweb.com/fale conosco
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ver lista em www.piniweb.com/4001
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PPuubblliicciiddaaddee
fone (11) 2173-2304
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TTrrááffeeggoo ((aannúúnncciiooss))
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EEnnggeennhhaarriiaa ee CCuussttooss
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RReepprriinnttss eeddiittoorriiaaiiss
Para solicitar reimpressões de reportagens 
ou artigos publicados:
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PINIrevistas
RReeddaaççããoo
fone (11) 2173-2303
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PINImanuais técnicos
fone (11) 2173-2328
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PINIsistemas
SSuuppoorrttee
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VVeennddaass
fone (11) 2173-2424 (Grande São Paulo)
0800-707-6055 (demais localidades)
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PINIserviços de engenharia
fone (11) 2173-2369 
e-mail: eennggeennhhaarriiaa@@ppiinnii..ccoomm..bbrr
Distribuição exclusiva:
Fernando Chinaglia Distribuidora
S/A(21) 2195-3200
Planejamento de venda avulsa:
Edicase Soluções para Editores
www.edicase.com.br
Operações de manuseio
FG Press 
(11) 3697-2277
sumario13.qxd 11/9/2007 16:11 Page 2
Fundadores: Roberto L. Pini (1927-1966), Fausto Pini (1894-1967) e Sérgio Pini (1928-2003)
DDiirreettoorr GGeerraall
Ademir Pautasso Nunes
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Eric Cozza eric@pini.com.br
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RReevviissããoo:: Mariza Passos CCoooorrddeennaaççããoo ddee aarrttee:: Lucia Lopes DDiiaaggrraammaaççããoo:: Leticia Mantovani e 
Maurício Luiz Aires; Renato Billa (trainee) IIlluussttrraaççããoo:: Sergio Colotto
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CCoonnsseellhhoo eeddiittoorriiaall:: Carlos Eduardo Cabanas (Senai-SP), Darci Vargas, José Carlos de Arruda Sampaio,
Luiz Roberto Gasparetto (Senai-SP), Nilton Vargas e Ubiraci Espinelli Lemes de Souza
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PPrreeççooss ee FFoorrnneecceeddoorreess:: Juliana Cristina Teixeira AAuuddiittoorriiaa ddee PPrreeççooss:: Sidnei Falopa e Ariell Alves Santos
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SSEERRVVIIÇÇOOSS DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA:: Celso Ragazzi, Luiz Freire de Carvalho e Mário Sérgio Pini
PPUUBBLLIICCIIDDAADDEE:: Luiz Carlos F. de Oliveira, Adriano Andrade e Jane Elias
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Bárbara Salomoni Monteiro e Ricardo Coelho
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AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO EE FFIINNAANNÇÇAASS:: Durval Bezerra
CCIIRRCCUULLAAÇÇÃÃOO:: José Roberto Pini SSIISSTTEEMMAASS:: José Pires Alvim Neto e Pedro Paulo Machado
MMAANNUUAAIISS TTÉÉCCNNIICCOOSS EE CCUURRSSOOSS:: Eric Cozza
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sumario13.qxd 14/9/2007 11:37 Page 2
EQUIPE DE OBRA 3
Equipe Responde
C O M O E L I M I N A R B O L H A S N A P I N T U R A
Por que aparecem bolhas na
pintura depois de algum tempo?
As bolhas que aparecem na pintura
das paredes têm sempre uma relação
com a aderência da tinta à
superfície. As causas podem ser a
aplicação de massa corrida em áreas
sujeitas ao contato com a água,
pintura sobre superfície com
presença de pó ou, ainda, repintura
sobre tinta muito antiga ou 
de má qualidade.
Uma outra situação é o uso de massa
corrida muito fraca, de baixa
qualidade, o que também pode
provocar bolhas, principalmente, com
aplicação de tinta que não foi
devidamente diluída. Para corrigir o
problema, ensina Bispo, a parte
afetada deve ser removida (raspada e
lixada). E caso tenha sido usada
massa corrida indevidamente em
áreas molháveis, ela precisa ser
totalmente eliminada. Em seguida,
vem uma demão de um fundo
preparador de paredes, diluído em
10% de água limpa. Após a secagem,
pode-se fazer o acabamento,
O N D E E N C O N T R A R M A I S I N F O R M A Ç Õ E S *
Construtora Company – www.company.com.br
Construtora A.Yoshii – www.ayoshii.com.br – 
tel.: (43) 3371 1000
Eternit – www.eternit.com.br
Eztec Engenharia – www.eztec.com.br – 
tel.: (11) 5056-8300
Fundacentro – www.fundacentro.gov.br
Gafisa – www.gafisa.com.br
Lafarge – www.lafarge.com.br
Placo – www.placo.com.br
Quartzolit Weber – www.quartzolit.com.br
Senai Orlando Laviero Ferraiuolo – www.sp.senai.br
Seconci -SP – www.seconci-sp.org.br – 
tel.: (11) 3664-5050
Secovi-SP – www.secovisp.com.br
Sika – www.sika.com.br
SindusCon-SP – www.sindusconsp.com.br
Sintracon-SP –www.sintraconsp.org.br
Tarjab – www.tarjab.com.br
Tecno Logys – www.tecnologys.com.br
Tinabras Amanco – www.tinabras.com.br – 
tel.: (11) 3531-4500
Tintas Eucatex – www.eucatex.com.br
Werden – www.werden.com.br
M
ar
ce
lo
 S
ca
nd
ar
ol
i
* Empresas e entidades citadas nesta edição
Tire suas dúvidas
Envie sua pergunta para rua Anhaia, 964, Bom Retiro, CEP 01130-900, São Paulo-SP ou para equipedeobra@pini.com.br
utilizando massa corrida para
ambientes internos e massa acrílica
para ambientes externos.
Valter Bispo, coordenador de
produtos das Tintas Eucatex 
eq responde_13.qxd 11/9/2007 16:10 Page 3
O que acontece 
no mundo do trabalho
4 EQUIPE DE OBRA
Notícias & Dicas
A Weber Quartzolit acaba de lançar
uma tecnologia ainda inédita que
reduz em quase 100% a quantidadede poeira gerada durante o manuseio
da argamassa. O Brasil foi o terceiro
País do mundo a receber a tecnologia.
A Quartzolit investiu cerca de R$ 1,5
milhão para adaptar sua produção na
unidade de Jandira (SP), a maior
fábrica de argamassas do mundo, de
acordo com a companhia.
O nova tecnologia desenvolvida pela
Weber permite que os níveis de poeira
em suspensão no ambiente sejam
reduzidos em quase 100%. Além de
proporcionar maior conforto e
limpeza no local da obra protege o
trabalhador da inalação de partículas
em suspensão. O resultado foi
conseguido mudando a formulação da
argamassa, fazendo com que as
partículas fiquem mais pesadas que o
ar, evitando assim sua suspensão.
A Quartzolit pretende implantar a
nova tecnologia em toda a sua linha
de produtos de argamassa, na qual é a
líder de mercado, com cerca de 50%
de participação.
Quartzolit lança argamassa que não espalha poeira
di
vu
lg
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noticias_13.qxd 11/9/2007 16:09 Page 4
EQUIPE DE OBRA 5
Olimpíada do
conhecimento
A etapa estadual da Olimpíada do
Conhecimento, evento que reuniu
alunos de diferentes áreas
tecnológicas, de unidades escolares de
todo Senai/SP, aconteceu em agosto.
Na área de Construção Civil,
participaram nove candidatos, sete
deles da Escola Senai Orlando
Laviero Ferraiuolo. Realizada no
Centro de Exposições do Parque
Anhembi, os candidatos enfrentaram
competições teóricas e práticas, que
avaliaram suas habilidades.
Na competição de Aplicação de
Revestimentos Cerâmicos venceram: 1o
José Adriano Ferreira de Souza,2o
Gabriela da Hora Publio e 3o Caio Cesar
Marques Ribeiro.Em Construção em
Alvenaria:1o Juliano Rodrigues da Silva,
2o Abner Alves Mendes e 3o Lucas de
Paula da Silva.E em Instalação de Água
e Esgoto:1o Nelson Agostinho de Souza
Júnior,2o Rodrigo Nogueira de Freitas e
3o Nicolau Natanael de Oliveira.
TV Sika ensina a
trabalhar
No site www.tvsika.com é possível
assistir diversos vídeos de aplicação
de produtos e o passo-a-passo
correspondente. Entre os produtos
da Sika estão impermeabilizantes,
aditivos, selantes, adesivos e
grautes. Além disso, você pode
consultar o manual técnico, com
acesso a explicações e tabelas,
descrição de componentes e
fórmulas. As explicações são
resumidas e claras.
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6 EQUIPE DE OBRA
Notícias & Dicas
Mais de 100 mil trabalhadores da
Indústria da Construção Civil e do
Mercado Imobiliário foram atendidos,
no sábado (11), em 16 cidades de 15
Estados brasileiros. O evento totalizou
104.194 atendimentos, num universo
de 1.650 diferentes serviços nas áreas
de saúde, lazer e cidadania.
Na capital paulista, a iniciativa foi do
Secovi-SP, com apoio do SindusCon-
SP, Seconci-SP, Sintracon-SP, e
patrocínio da Company. O evento
aconteceu no Parque da Juventude, na
zona Norte. Por ser véspera do Dia dos
Pais, os organizadores homenagearam
o ex-operário da construção civil,
Francisco José de Camargo – pai da
dupla Zezé Di Camargo e Luciano.
"Foi um dia útil e alegre e a
expectativa é reunirmos mais
trabalhadores no próximo ano", disse
a presidente do Fórum de Ação Social
e Cidadania (Fasc/CBIC) e do Projeto
Ampliar – que coordenou as
atividades paulistanas –, Maria
Helena Mauad. Foram 1.500
atendimentos em São Paulo.
Dia da construção social
Fo
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EQUIPE DE OBRA 7
C A R T A S
Mau cheiro
em ralos
Sou leitor da Revista Equipe
de Obra e gostaria de
esclarecer uma dúvida.
Sou pedreiro/azulejista, mas
atualmente trabalho como
auxiliar de manutenção.
Queria saber como eliminar
mau cheiro nos ralos e
encanamentos? Várias vezes
detectei esse problema e nunca
soube a forma correta de
solucioná-lo.
Obrigado
Jeferson Roque
Resposta:
Prezado Jeferson Roque
Os gases gerados nos esgotos,
particularmente o gás
sulfidríco, devem ser contidos
nas próprias tubulações. Ou
serem lançados na atmosfera,
por tubulações de ventilação
que devem ter saída acima das
testeiras das janelas mais
elevadas de um edifício. Para
que fiquem contidos nos níveis
mais baixos das instalações
(tubulações enterradas), deve-
se tomar cuidado com a boa
selagem das tampas de caixas
de inspeção, caixas de gordura 
e outras. Os ralos, cujos ramais
estiverem ligados à rede de
esgotos, devem contar com
sifões, e fecho hídrico nunca
inferior a 5 cm. No caso da falta
de uso, a água do fecho hídrico
pode evaporar, dando passagem
aos gases com mau cheiro. Para
evitar isso, recomenda-se vedar
adequadamente ralos de pias e
pisos, saídas de bacias
sanitárias, etc.
Eng. Ercio Thomaz, IPT - Centro de
Tecnologia do Ambiente Construído
noticias_13.qxd 11/9/2007 16:10 Page 7
8 EQUIPE DE OBRA
Agenda
Confira os cursos 
e dicas profissionais
Operador de elevador de obra 
A filial da Mecan em Ribeirão Preto
(SP), em parceria com a Escola Se-
nai Engenheiro Octávio Marcondes
Ferraz, a Prefeitura Municipal e a re-
gional do SindusCon-SP (Sindicato
da Indústria da Construção Civil do
Estado de São Paulo) lançaram o
curso gratuito de operador de eleva-
dor de obra. O objetivo é formar e
oferecer ao mercado profissionais
treinados e qualificados conforme exi-
gências da NR-18, norma regulamen-
tadora das condições e meio ambiente
do trabalho na construção civil. O pri-
meiro curso será ministrado nos dias
15 e 22 de setembro, totalizando 16
horas/aula.
Inscrições: SindusCon-SP de Ribeirão
Preto pelo telefone (16) 3623-1340 ou
pelo e-mail
sindusconrp@sindusconsp.com.br 
Instalador de Aquecedor
Solar
Capacita os participantes em habili-
dades específicas para realizar insta-
lações e manutenção de aquecedor so-
lar. No conteúdo segurança no traba-
lho e análise de riscos; conceitos de
acidentes e uso de equipamentos de
proteção física aplicada/definições;
terminologia e noções de hidráulica;
normas técnicas; execução; solda de
tubos e conexões de cobre; posiciona-
mento de coletores geograficamente,
entre outras informações.
Carga horária: 32 horas
Pré-requisito: ser alfabetizado e ter ida-
de mínima de 18 anos
Senai Tatuapé-SP
Tels.: (11) 6191-6176 e 
(11) 2295-2722 
www.sp.senai.br/construcaocivil
Colocador de Pisos Decorflex
e Paviflex
Conteúdo: produtos, aplicações e
consumo – verificação de contrapi-
sos adequados, preparação de con-
trapisos, aplicação de adesivos, dis-
tribuição de materiais; adesivos es-
pecíficos; colocação de pisos em pla-
cas e em mantas; colocação de car-
petes; tratamento de superfícies –
conservação, limpeza, enceramento
com ceras adequadas; especificações
e pós-venda.
Carga horária: 24 horas
Pré-requisito: ser alfabetizado e ter idade
mínima de 18 anos
Senai Tatuapé-SP
Tels.: (11) 6191-6176 e (11) 2295-2722 
www.sp.senai.br/construcaocivil
Orçamento, planejamento e
custos 
Estão abertas as inscrições para o cur-
so "Orçamento, Planejamento e Custos
de Obras" que será promovido pela
Fundação para Pesquisa Ambiental
(Fupam),entidade ligada à área de Ar-
quitetura,Urbanismo e Meio Ambiente
e conveniada à Faculdade de Arquite-
tura e Urbanismo da Universidade de
São Paulo (FAU-USP).
As aulas, destinadas a técnicos ini-
ciantes em edificações, arquitetos e
engenheiros recém-formados, abor-
dam processos de execução de obras.
O aluno irá aprender a fazer orçamen-
to, planejamento e controle de custos
de um edifício.
Data: de 2 de outubro a 8 de novembro
Horário: às terças e quintas-feiras, das
19h30 às 22h30
Local: sede da Fupam (Rua Alvarenga,
1.882, Butantã) 
Carga horária: 30 horas/aula
Preço: R$ 700,00 (matrícula e material
didático).
Informações: tel.: (11) 3819-4999 ou no
site www.fupam.com.br 
Comandos elétricos 
Instalação de rede elétrica (teo-
ria): normalização; segurança e hi-
giene na construção civil; qualida-
de;planejamento; meio ambiente;
tipos de energia; teoria eletroele-
trônica; eletricidade estática e di-
nâmica; grandezas elétricas; cir-
cuitos série e paralelo; lei de OHM;
resistividade; geração, transmissão
e distribuição, entre outros temas.
Instalação de rede elétrica (práti-
ca): decapagem, emenda, solda-
gem e isolamento de condutores;
tipos de condutores (rígidos e fle-
xíveis);medição de tensão, corren-
te e resistência elétrica; instala-
ção de lâmpada incandescente co-
mandada por interruptores sim-
ples, bipolares, paralelos com in-
termediários; instalação de lâm-
padas incandescentes comanda-
das por interruptor de duas se-
ções, entre outros.
Duração: 100 horas 
Valor: 2 x R$ 165,00 
(períodos tarde e noite 2 x R$ 165,00
e sábados 4 x R$ 82,50)
Senai Tatuapé-SP
Tels: (11) 6191-6176 e 
(11) 2295-2722 
www.sp.senai.br/construcaocivil
agenda_13.qxd 11/9/2007 16:09 Page 8
EQUIPE DE OBRA 9
Segurança 
e saúde nas obras
Certo e Errado
M
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ca
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Operário utilizando corretamente os EPIs ao
montar armadura de laje. Ele usa o capacete,
além de luvas e botas apropriadas.
Cuidado! Ferragens sem proteção nas pontas são foco de
problemas nos canteiros, podendo causar ferimentos graves
nos trabalhadores.
C E R T O
Ao trabalhar com produtos em pó, como cimento ou areia,
o melhor é prevenir e usar a máscara para evitar inalação
de partículas.
E R R A D O
C E R T O
Escoramentos totalmente improvisados, com
andaimes completamente fora dos padrões de
segurança. Perigo na certa!
E R R A D O
Colabore com a seção Certo e Errado – envie fotos em alta resolução sobre bons e maus exemplos relacionados à organização,
segurança e saúde nos canteiros. Não serão identificadas construtoras ou obras. O objetivo da revista é orientação por meio de
imagens. E-mail: equipedeobra@pini.com.br.
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certo-errado_Eq13.qxd 11/9/2007 16:08 Page 9
Papo de obra
10 EQUIPE DE OBRA
Atrás de um sonho
Mestre-de-obras paraguaio veio para o Brasil e conquistou
carreira, casa e uma família
Fo
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M
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Quando e como você começou a
trabalhar na construção civil?
Há 35 anos deixei minha cidade na-
tal, Caacupé, no Paraguai, em busca
de mais oportunidades. Ali as chan-
ces de trabalho eram escassas, então
decidi vir para São Paulo. Minha in-
tenção era fazer um curso para ser
projetista de concreto armado e dis-
putar uma vaga na imensa obra da
usina de Itaipu.
Como foi sua adaptação?
Levei seis meses para me acostumar
com a língua. Mas fui muito bem re-
cebido e logo eu estava jogando bola
com os colegas de serviço.Tive a aju-
da de um engenheiro, também para-
guaio, que me acolheu nos primeiros
dias e me ajudou a conseguir um tra-
balho. Fui de pedreiro a mestre-de-
obras em três anos.
Você pensa em voltar para sua ter-
ra natal?
Só de férias, mas para viver, não. São
Paulo me acolheu e eu sou muito gra-
to a essa cidade, onde eu consegui
uma profissão, conquistei minha casa
própria e tenho minha família.
Você fez algum curso? Como pro-
grediu tão rápido?
Fiz um curso de projetista de concreto
armado que durou um ano. Mas quan-
do terminei, descobri que ganharia
melhor se trabalhasse como mestre-
de-obras. Então, preferi seguir esse
caminho. De qualquer forma, esse
curso me ajudou bastante a ler e com-
preender plantas.
Nesses anos dedicados à constru-
ção, você passou por algum mo-
mento de crise ou dificuldade?
Ao longo da minha carreira, fiquei
menos de dois anos desempregado.
Nesse período fiz trabalhos como au-
tônomo. Foi difícil, mas nunca pensei
em mudar de profissão.Hoje trabalho
com carteira registrada.
Em sua opinião, que característi-
cas são fundamentais em um bom
mestre-de-obras?
Antes de tudo é preciso haver realiza-
ção profissional. A gente não pode
trabalhar só para ganhar um salário
no final do mês. Tem que ter algo a
mais, que é o gosto pelo o que faz.Ve-
jo que para um mestre ser bem-suce-
dido ele precisa ter também respon-
sabilidade e pontualidade. Essas ca-
racterísticas, aliás, valem para todas
as profissões.
E quais desafios o mestre-de-
obras precisa enfrentar em seu
dia-a-dia?
O mestre é o homem da coluna do
meio, a pessoa que tem jogo de cintu-
ra. Além disso, é preciso ser muito
justo para conquistar o respeito das
pessoas. Em uma obra, os problemas
que aparecem são causados, em sua
maioria, por causa das pessoas, e não
das técnicas. Daí a importância de
ter alguém que saiba separar o certo
do errado.
"Gosto das novas
tecnologias, pois elas
facilitam o serviço"
Nome: Francisco Ortega Franco
Idade: 58 anos
Onde nasceu: Caacupé, no
Paraguai
Onde mora: São Paulo
Onde trabalha: está há cinco
anos na construtora Tarjab, em
São Paulo
Função: mestre-de-obras
Em que tipo de obra atua:
edifícios residenciais
Maior sonho: fazer faculdade de
engenharia ou arquitetura
P E R F I L
entrevista_13.qxd 11/9/2007 16:07 Page 10
EQUIPE DE OBRA 11
minha esposa, meus filhos, ir à feira,
ao supermercado, passear.
O que você mais gosta em uma obra?
Gosto muito de tecnologia porque ela
vem para facilitar o nosso serviço e
para deixar a construção mais bonita.
Ao longo dessas décadas, você viu
muita coisa mudar na construção?
A maior oferta de revestimentos, co-
mo o porcelanato, foi uma mudança
importante. Antigamente era preciso
importar. Outro exemplo é o projetor
de ar comprimido para revestimento
de argamassa, que permitiu dar maior
qualidade e produtividade à execução
de fachadas. Isso praticamente apo-
sentou a colher de pedreiro e exigiu
disposição dos profissionais para
aceitar mudanças. Você pode notar
que aqueles que não estão abertos à
evolução e continuam apegados à sua
colher de pedreiro, não estão empre-
gados em grandes construtoras.
Manter-se atualizado é, portanto,
fundamental?
Certamente. Eu, por exemplo, procuro
ir sempre às feiras de construção.
Também leio revistas da área, que dão
informações sobre o que está aconte-
cendo e as novidades.
Qual é o seu maior sonho?
Meu sonho é fazer uma faculdade, de
engenharia ou de arquitetura. Restam
apenas cinco anos para eu me aposen-
tar. Quando isso acontecer, vou correr
atrás desse sonho.
Você tem grandes chances de ir
bem na faculdade, porque já co-
nhece muita coisa de construção,
não é mesmo?
Com tanto tempo de obra a gente
aprende muita coisa sim, mas sempre
há o que aprender. A cada dia descobri-
mos coisas novas e temos que estar
abertos a elas. Alguns engenheiros me
disseram que eu já daria um ótimo esta-
giário.Daqui a alguns anos,eu te conto.
O que você costuma fazer nos pou-
cos momentos livres?
Gosto de curtir a minha família. Te-
nho como uma regra: o trabalho deve
me ocupar de segunda a sábado. Os
domingos são dias de ficar com a fa-
mília e ir à igreja. Gosto de estar com
o
Reportagem: Juliana Nakamura
No almoço de domingo com a esposa, filha e genro
Ortega com a família reunida O cãozinho beagle e o casal
entrevista_13.qxd 11/9/2007 16:07 Page 11
12 EQUIPE DE OBRA
Passo a Passo
Amarração de alven a
Confira as etapas para fazer a ligação de alvenaria e pilar
Fissuras e outros problemas
nas alvenarias de paredes cos-
tumam gerar altos custos de re-
cuperação e, ainda, causam
grande insatisfação aos pro-
prietários de imóveis.
Para escapar disso, uma eta-
pa importante a ser considera-
da é a união entre a alvenaria e
o pilar. A solução mais reco-
mendada para evitar trincas
nessa ligação é o uso de tela gal-
vanizada de fios de 1,65 mm,
com malha de 15 x 15 mm. O
tamanho da tela deve ser pro-
porcional à largura da parede.
Mas o comprimento total da te-
la padrão é de 50 cm, ficando
com dobrade 10 cm para cima
junto ao pilar e outra dobra de
40 cm assentada na junta hori-
zontal entre os blocos.
A colocação das telas deve
seguir orientação do projeto de
alvenaria de vedação e obedecer
alguns cuidados para garantia
da amarração.O objetivo é criar
uma ligação que impeça o des-
colamento da alvenaria em rela-
ção ao pilar e, ao mesmo tempo,
reduza as tensões na argamassa
de assentamento.
Materiais e ferramentas: telas metálicas para amarração de
paredes; elementos de fixação da tela (pinos); unidades de
alvenaria; argamassa de assentamento; pistola para chumbamento
da tela (finca-pinos); colher de pedreiro; carrinho de pedreiro;
andaime-mesa; bisnaga para aplicação de argamassa; esponja de
limpeza; prumo e nível; marreta de borracha; tesoura para cortar
a tela. Equipamentos de proteção individual: capacete, protetor
auricular, óculos e luvas.
1 Antes de iniciar a execução da alvenaria prepare
a superfície do pilar que vai ser "amarrado" às
fiadas. Lave-o com máquina de alta pressão para
retirar todo o desmoldante que eventualmente
tenha ficado no pilar após a retirada das fôrmas.
Passo 1
2 Em seguida, prepare
argamassa para
chapiscar o pilar com
traço que contenha resina
PVA, para melhorar a
aderência. Aplique o
chapisco com o rolo para
textura, como na foto.
Passo 2
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EQUIPE DE OBRA 13
Reportagem: Juliana Nakamura
n aria em pilar
Local de execução: obra do condomínio residencial Vereda Ipiranga em São Paulo.
Apoio técnico: Tecno Logys (engenheiro Rodrigo Andolfato)
3 Depois de fazer todas as medições necessárias com prumo e
linha, umedeça a superfície e aplique o chapisco também na
laje, antes de inserir a primeira fiada de blocos.
4 Comece a assentar a primeira
fiada de blocos. Faça isso após
conferir atentamente o projeto
de execução. A família de blocos
a ser utilizada vem especificada
no projeto, assim como a
dimensão e o posicionamento
das paredes.
5 Após concluir o assentamento da primeira fiada,
use um gabarito para marcar, no pilar, os pontos
que serão furados para recebimento da tela
metálica de amarração.
Passo 3
Passo 4
Passo 5
6 Coloque o escantilhão que será usado para
prender a linha posteriormente.
Passo 6
passo-alvenariaX.qxd 11/9/2007 17:54 Page 13
14 EQUIPE DE OBRA
Passo a Passo
8 Prenda a linha no escantilhão para checar o
prumo antes de levantar a parede.
9 Aplique a argamassa. Na obra da foto preferiu-se a aplicação
com bisnaga para melhorar a produtividade no canteiro.
Passo 8
Passo 9
10 Em seguida, comece a colocar os blocos.
11 Prossiga com o assentamento dos blocos.
Passo 10
Passo 11
7 Chumbe as telas metálicas nas marcas feitas na
estrutura. Para isso, use uma pistola finca-pinos.
Mantenha a tela sem dobrar, encostada no pilar,
até o momento de sua dobra sobre a argamassa,
para evitar acidentes com as pontas dos arames.
Passo 7
passo-alvenariaX.qxd 17/9/2007 16:44 Page 14
EQUIPE DE OBRA 15
O primeiro bloco deve ser colocado e pressionado fortemente
contra o pilar, com uma junta de 15 a 25 mm (de acordo com
o projeto). Note que a argamassa deve ser colocada no bloco
em toda a sua face. Repita esse procedimento nos primeiros
blocos (os que se ligam ao pilar) em todas as fiadas.
12 Como regra geral, a tela é dobrada a cada duas
fiadas, de forma que fique 10 cm para cima,
junto ao pilar, e 40 cm embutida na junta
horizontal, entre os blocos. Para fazer o
assentamento da tela sobre a alvenaria,
deposite a argamassa e empurre a ponta da
tela sobre a massa. Abaixe a tela contra a
cantoneira fazendo um ângulo de 90º
penetrando bem a tela nos cordões de
argamassa. Esse cuidado é fundamental para
garantir que a tela trabalhe no meio da junta.
DICA!
13 Coloque o tubo que irá receber a instalação
elétrica no vão do bloco específico e embuta
as caixas de tomadas. Dispense esse
procedimento se o projeto não prever
alvenaria com tubulação embutida.
Passo 12
Passo 13
passo-alvenariaX.qxd 11/9/2007 17:54 Page 15
16 EQUIPE DE OBRA
Passo a Passo
Atenção:
» Não se esqueça de verificar o preenchi-
mento com argamassa de todo o encon-
tro da alvenaria com o pilar.
» É importante que a mão-de-obra a ser
utilizada saiba interpretar desenhos do
projeto de alvenaria de vedação e o
corpo técnico da obra (engenheiro,
mestre, encarregado) efetue a devida
verificação.
» O assentamento das alvenarias deve
ocorrer somente em estruturas já de-
senformadas e sem escoramento.
» Para a cravação dos pinos (fixação da
tela metálica no pilar), recomenda-se o
uso de finca-pinos de baixa velocidade
(a pistão) acionado com cartucho de
pólvora. Para essa operação, é obrigató-
rio uso de óculos e protetor auricular
pelo operário.
Passo 14
Passo 16
Passo 15
14 Após subir todas as fiadas,
execute o rejunte da
alvenaria preenchendo
com argamassa os vãos
restantes entre os blocos.
15 Antes de finalizar, retire o excesso de
argamassa com colher de pedreiro.
16 Limpe toda a superfície
que foi trabalhada com
ajuda de uma esponja.
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passo-alvenariaX.qxd 11/9/2007 17:54 Page 17
18 EQUIPE DE OBRA
Plantas
Planta de arquitetu ra
Sala com o mínimo de paredes é tendência atual
Em uma planta de arquitetura,geralmente são especificadasas dimensões internas das salas
de estar e de jantar. O terraço é um
complemento. No caso de apartamen-
tos, o hall social é o ambiente que dá
acesso à sala.
O empreendimento mostrado nesta
reportagem possui duas torres com
apartamentos de 130 m² de área útil e
uma das opções com três suítes. Nessa
planta de arquitetura, a sala possui 40
m² e nela estão identificados esqua-
drias,alvenarias (externa e interna) e os
acessos, tanto para a área de serviço
(cozinha, lavanderia e dependência de
empregados), como para a área privati-
va (quartos e suítes).
Marcando uma tendência cada vez
mais comum, a sala possui planta livre,
com o mínimo de paredes e pilares, o
que dá a sensação de amplitude aos am-
bientes. Alguns espaços e recursos tam-
bém são novas tendências dos edifícios
atualmente nas salas de estar: bar, pra-
taria (local para guardar louças), home
theater, escritório (home office) e larei-
ra. Além de grandes terraços com chur-
rasqueira,forno de pizza,e até spas (ba-
nheiras externas com hidromassagem),
que se integram à sala.
Complementando a planta da sala,
há o projeto de instalações elétricas,
indicando pontos de luz, campainha,
spot, interruptores, telefone, televisão,
internet e tomadas.
Um dos destaques desse empreendi-
mento é o método construtivo em alve-
naria estrutural. Os blocos possuem
função estrutural (são portantes) e por
isso dispensam estrutura independente
(vigas e pilares de concreto armado).
Apoio Técnico: arquiteta Mariana Lopes (Gafisa Construtora e Incorporadora)
3.70
2.44
1.60
2.
21
3.76
1.
91
1.51
4.
46
0.75
1.
06
1.
06
1.61
S
P
R
A
TA
R
IA
ESCRITÓRIO
ELEVADOR
SOCIAL
HALL SOCIAL
SALA DE JANTAR
LAVABO
Paredes internas
Porta de
entrada
Para área íntima
(quartos e suítes)
Porta de acesso
à área de serviço
Vazio do poço
do elevador
planta-13.qxd 11/9/2007 16:16 Page 18
EQUIPE DE OBRA 19
Reportagem: Daniele Rissi
u ra da sala
– AS MEDIDAS PODERÃO SOFRER
PEQUENAS ALTERAÇÕES;
– APÓS APROVADAS AS MODIFICAÇÕES
NÃO SERÃO MAIS PERMITIDAS
ALTERAÇÕES NO PROJETO;
– AS PAREDES ESTRUTURAIS NÃO
PODERÃO SOFRER ALTERAÇÕES.
1.09
3.
16
6.
61
3.76
ORQUÍDEA
PLANTA CHAVE
LEGENDA:
12
43
BEGÔNIA
21
34
PAREDES DE ALVENARIA
PAREDES ESTRUTURAIS
AMBIENTE COM FORRO
DE GESSO
SALA DE ESTAR
TERRAÇO
Medidas do
comprimento
das paredes
Porta balcão
de correr
Vazio paraexaustão da
chur asqueirar
Janela
de correr
Grelha da
churrasqueira
Pia externa
Planta do pavimento-tipo
com duas torres e quatro
apartamentos por andar
Legenda indicativa
de tipos de parede
e outros elementos
construtivos
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20 EQUIPE DE OBRA
Saúde
Como manipular pr o
Proteja-se dos perigos da intoxicação 
por poeira e produtos químicos nos canteiros 
Cuidado! Em diversos materiaise produtos normalmente utili-zados nos canteiros de obra po-
de esconder-se perigo de intoxicação.E
isso pode acontecer pela inalação ou
por absorção pela pele. Muitos ocasio-
nam graves doenças respiratórias e
dermatoses,variando de ataques de as-
ma ao câncer de pele.
Nos canteiros, os principais vilões
da sua saúde são as tintas, vernizes, co-
las, areia, cimento, cal, gesso e produ-
tos químicos em geral. Por isso, esses
materiais devem ser manipulados com
muito cuidado, de preferência em lo-
cais abertos e bem ventilados.
De acordo com Dorival Custódio,
chefe da divisão de processo indus-
trial da Fundação Jorge Duprat Fi-
gueiredo de Segurança e Medicina
do Trabalho (Fundacentro), a reação
a agentes insalubres no trabalho é
diferente para cada pessoa. "Depen-
de do limite de tolerância do indiví-
duo, do tempo de exposição e do grau
de descuido com as medidas de segu-
rança", explica.
Os equipamentos de proteção indi-
vidual como luvas, botas, óculos e as
máscaras, também nessas situações,
são escudos protetores. Evitam, por
exemplo, que a exposição à poeira –
nas atividades de peneiramento da
areia, polimentos e cortes de concre-
tos e pedras, trabalhos com gesso,
serviços de acabamentos e na limpe-
za – ocasionem sérios danos à saúde.
E também protegem contra a absor-
ção de produtos tóxicos pela pele, que
podem causar desde dermatites até
Fo
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s:
M
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ce
lo
 S
ca
nd
ar
ol
i
intoxicação da corrente sanguínea,
provocando anemia e alterações nos
glóbulos brancos, entre outros males.
Para quem executa trabalhos em
espaços fechados, é importante usar
todos os EPI's obrigatórios, mas, so-
bretudo, o cinturão de segurança com
acessórios. Gases tóxicos, asfixiantes
ou explosivos podem ser encontrados
em diversas situações, como execução
de tubulões, por exemplo. "A pessoa
pode sofrer um mal súbito e desmaiar.
A única maneira de retirá-la com se-
gurança é por meio do cinturão", com-
pleta Custódio.
Inalação 
As doenças produzidas por inalação
de produtos tóxicos,ou poeiras,recebem
o nome de pneumoconioses. A silicose
(inalação de areia) e a asbestose (inala-
ção de amianto) são as mais comuns na
construção civil.São caracterizadas por
alterações nos brônquios, bronquíolos e
alvéolos, ou da pleura, membrana que
envolve os pulmões. O perigo reside no
fato de evoluírem muito lentamente. Os
sintomas começam com a falta de ar
que se torna,ao longo do tempo,mais in-
tensa. Se o diagnóstico e o tratamento
corretos não forem feitos rapidamente,
essas doenças podem levar a casos gra-
ves de insuficiência respiratória e até ao
câncer de pulmão.
Saiba mais:
Para mais informações, consulte o
Programa de Proteção Respiratória:
http://www.fundacentro.gov.br/SES/
programadeprotecaorespiratoria.pdf
1 Antes de manipular qualquer
produto em pó, leia atentamente 
o rótulo da embalagem. Observe
as informações sobre como
proceder em casos de emergência.
2 O contato com produtos como cal,
cimento, areia e derivados sem a
devida proteção é prejudicial à
saúde, principalmente aos
pulmões. Lembre-se sempre de
usar luvas de PVC, óculos e
máscaras apropriadas na hora de
manipulá-los.
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EQUIPE DE OBRA 21
Reportagem: Gisele Cichinelli
r odutos tóxicos
Apoio técnico: Dr. Douglas de Freitas Queiroz, gerente médico das Unidades Externas do Seconci-SP.
3 Outros vilões da saúde do operário nos
canteiros são as tintas, vernizes, solventes e
colas (de PVC e de madeira). Mantenha no
local de trabalho apenas a quantidade de
produtos suficiente para o dia e procure
transportá-los em recipientes apropriados.
4 Na hora de manipular produtos tóxicos, procure trabalhar
sempre em locais abertos e bem ventilados. Se o produto
for inflamável, convém manter extintores na área onde
será utilizado.
6 Um dos maiores problemas de saúde na construção civil 
é a silicose, doença ocasionada pela inalação de pó de
sílica contido na areia. Para evitá-la, trabalhe com
máscara protetora.
5 Ao aplicar cola nos tubos de PVC ou em qualquer
situação, não se esqueça de proteger as mãos, os
olhos e as narinas com os EPI's obrigatórios. Isso
evitará possíveis riscos de inalação, futuras
dermatoses ou danos aos olhos.
seguranca_13x.qxd 11/9/2007 16:16 Page 21
22 EQUIPE DE OBRA
Saúde
7 Muito cuidado ao manipular telhas de
fibrocimento. Elas contêm amianto, produto
que causa sérios danos à saúde do trabalhador.
Use sempre luvas, óculos ou protetores faciais
e máscaras protetoras.
8 Durante a limpeza e remoção de entulhos, jogue água no
chão para evitar que o pó se espalhe pelo ambiente.
10 Nas atividades de polimento e corte de pedras e concretos,
o processo deve ser a úmido, realizado em local arejado ou
bem ventilado. Os trabalhadores devem utilizar máscaras
com filtros apropriados.
9 Ao lixar paredes, jamais deixe de usar os
óculos protetores, a luva e, principalmente, as
máscaras protetoras.
11 Para evitar o risco de contaminação oral,
procure não se alimentar em locais empoeirados
ou sujos. Lave sempre as mãos antes de fazer as
suas refeições.
Dica:
Se você se expõe constantemente ao pó de sílica ou
amianto, realize regularmente uma radiografia do tórax. O
ideal é que ela seja feita a cada seis meses para os operários
que trabalham com jato de areia e a cada dois a cinco anos
para os demais operários. Essa é a melhor forma de detec-
tar e tratar essas doenças.
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24 EQUIPE DE OBRA
Desde que começou a freqüentaras aulas do projeto CriandoArte, organizado pela constru-
tora paranaense A.Yoshii para as es-
posas de seus funcionários, Selma se
sente mais gente. "Sinto-me mais im-
portante por fazer várias coisas que eu
nem imaginava ser capaz. E depois
vendo, ajudando no orçamento de ca-
sa." Selma Lima Ramos da Silva, dona
de casa, trabalha a partir de materiais
recicláveis e reaproveitáveis.
O mesmo aconteceu com Cleonice
que descobriu seu dom para o artesa-
nato. "Já estou vendendo as peças e
pretendo continuar nisso." Cleonice
Rodrigues dos Santos é cozinheira.
Neida está feliz com a descoberta
de seus potenciais. "Eu sempre quis
aprender artesanato, e a construtora
criou essa oportunidade", diz Neida
Pereira da Paz,diarista.A mesma sen-
sação de realização tocou Zuleica
Aparecida de Oliveira e Geni Maximo
Marçal, ambas donas-de-casa.
Com aulas práticas e teóricas,a em-
presa vem conseguindo promover a ca-
pacitação profissional dessas mulhe-
res, além de reciclar boa parte do ma-
terial descartado nos canteiros de
obra. O projeto pretende estimular a
consciência social e ambiental, incen-
tivar o autoconhecimento e o conheci-
mento dos materiais.
A arte da reutilização
Nos cursos de dois meses do projeto
Criando Arte, a professora de artes
plásticas ensina às alunas técnicas de Fo
to
s:
R
on
al
do
 R
on
an
 R
uf
in
o
artesanato, com dicas para transfor-
mar materiais que teriam como destino
o lixo, em produtos reutilizáveis. Reci-
clagem e reaproveitamento são as duas
palavras de ordem nas salas de aula.
Assim,os bonitos e criativos objetos
que surgem das mãos habilidosas, po-
dem ser vendidos e render um dinheiri-
nho. Durante as aulas, embalagens va-
zias transformam-se em peças de de-
coração. Vidros e plástico viram potesdecorados. Jornais, revistas e retalhos
tornam-se detalhes coloridos.Pesos de
porta e chinelos são valorizados com
bordados caprichados.Essas pequenas
obras de arte que surgem nos ateliês
trazem em si benefícios para as pes-
soas e para o meio ambiente.
E a empresa? Ela também ganha
com isso. "Visamos, principalmente,
atrair a família dos colaboradores para
o ambiente da organização, estabele-
cendo um relacionamento mais próximo
entre todos", explica Leonardo Yoshii,
diretor de Marketing da construtora.
Além disso, o curso, que já formou
uma primeira turma de 15 alunas,con-
seguiu outro efeito importante: o res-
gate da auto-estima. As mulheres des-
cobriram dons artísticos que nem ima-
ginavam possuir. E, de quebra, conse-
guiram uma renda extra. "Fizemos
uma pesquisa entre as artesãs e cons-
tatamos que já houve uma melhoria na
renda familiar depois que elas inicia-
ram a comercialização dos produtos
confeccionados no curso", revela Apa-
recido Siqueira, gerente de Recursos
Humanos da empresa.
Arte para integrar e s
Ação Social
Materiais que iam para o lixo
transformam-se em artesanato nas mãos
das esposas dos funcionários da A.Yoshii
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EQUIPE DE OBRA 25
Reportagem: Gisele Cichinelli
e sustentar
Geni
"Fiquei sabendo do curso
pelo meu marido. É uma
experiência muito boa.
Estamos aprendendo muito.
No final do curso pretendo
investir profissionalmente
nessa área." 
Cleonice
"Descobri que tinha dom
para o artesanato. Já
estou vendendo as peças
e pretendo continuar a
comercializar os
chinelos e as barricas
decoradas. "
Neida
"A A.Yoshii nos convidou
a participar e eu, que
sempre quis aprender
artesanato, resolvi
entrar. Nunca imaginei
que ainda tinha potencial
para aprender tanto."
Selma
"Essa experiência tem
sido ótima. Sinto-me mais
importante por saber
fazer várias coisas que eu
nem imaginava ser capaz.
Quero fazer disso uma
fonte de renda extra."
Zuleica
"Para mim, tem sido uma
experiência inovadora. É
a primeira vez que eu
participo de um curso de
artesanato e estou
aprendendo muito." 
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26 EQUIPE DE OBRA
Medição
Blocos Cerâmicos
Reportagem: Daniele Rissi
Aprenda a calcular a quantidade certa 
de blocos cerâmicos para alvenaria
Existem vários tamanhos de blo-co para execução de alvenaria,sendo que o mais utilizado é o
de 19 cm de altura x 39 cm de compri-
mento (inteiro), e seus múltiplos: 19
cm x 29 cm (bloco ¾), 19 cm x 19 cm
(bloco ½) e 19 cm x 9 cm (bloco ¼). A
largura do bloco pode variar conforme
o fabricante, mas não interfere no re-
sultado do cálculo.
Figura dos blocos
Nas obras bem planejadas existe um
projeto de vedação que especifica o
tamanho dos blocos, a quantidade cer-
ta de material e o detalhamento de ca-
da parede para orientar a execução.
Caso não exista, é preciso que você
aprenda a calcular. Acompanhe:
O cálculo dos blocos é realizado a
partir da área da alvenaria (pé-direito
x comprimento), descontando-se os
vãos onde serão instaladas as portas ou
esquadrias. Exemplo:
» A parede possui pé-direito (h) = 2,5 m
e comprimento (d) = 4,0 m
Desse modo: h x d = 2,5 x 4,0 = 10,0 m²
» O vão da janela possui altura (h1) =
1,20 m e comprimento (d1) = 1,50 m 
Desse modo: h1 x d1 = 1,80 m²
» O vão da porta possui altura (h2)
= 2,20 m e comprimento (d2) =
0,80 m
Desse modo: h2 x d2 = 1,76 m²
Conclusão: 10,0 m² - 1,80 m² - 
1,76 m² = 6,44 m²
Importante: Acrescente 1 cm a mais
por peça considerando espaço para a
argamassa de assentamento. Portanto, o
bloco inteiro terá a medida de 20 x 40 cm.
que não há projeto de vedação, serão
necessários 84 blocos para construir
essa alvenaria.
» Atenção: nas obras menores, basta
utilizar 83 blocos + meio-bloco ou os
múltiplos de tijolo baiano cortado pe-
lo próprio pedreiro.
» Quando não há um projeto de vedação,
podem ser considerados cerca de 13
blocos/m², afinal 10.000 / 20 / 40 =
12,5.Nesse caso,o resultado aproxima-
do será de 13 x 6,44 = 83,72 blocos.
» Como a conta deve ser sempre
arredondada para cima,nos casos em
Dicas importantes
» Os blocos devem ser colocados preferencialmente na posição vertical, que é
o sentido de maior capacidade de carga dos blocos (furos na vertical). Con-
tudo,para facilitar o processo construtivo,pode-se colocar a última fiada na
horizontal, de modo a facilitar o preenchimento de massa entre essa última
fiada e o "teto" (viga ou laje).
» As vergas e contravergas são utilizadas para sustentação dos vãos abertos (ja-
nelas e portas) nas alvenarias. São necessários para distribuição de esforços
nas paredes e evitam que apareçam trincas próximas aos vãos construídos.
» As cunhas são utilizadas como elementos de fixação provisórios,até que as pa-
redes estejam fixadas definitivamente à estrutura, com o preenchimento da
massa entre a última fiada e a laje ou viga.
1/2 bloco
na vertical
Seta indica
sentido do furo
(1/2 bloco na
horizontal)
h1
d1
d
Vão da
janela
h2
d2
Bloco de 3/4
Vão da
porta
Bloco
inteiro
h
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28 EQUIPE DE OBRA
Passo a Passo
Como instalar caixa d
Conheça todos os procedimentos para fazer uma instalação
rápida e segura de caixa d'água de polietileno
As caixas d'água plásticas, em es-
pecial as de polietileno, vêm conquis-
tando participação cada vez maior
no mercado, em substituição às cai-
xas de fibrocimento. Isso se deve,
principalmente, a características co-
mo leveza, resistência aos raios UV
e à facilidade de manutenção. E
também pelo fato desses reservató-
rios serem produzidos a partir de
material atóxico.
O formato e as dimensões das cai-
xas podem variar de acordo com o
fabricante, mas a forma de instala-
ção é a mesma. Deve sempre atender
aos requisitos da norma da ABNT, a
NBR 5626 – Instalação predial de
água fria e NBR 14800 – Reservató-
rio poliolefínico para água potável.
Além disso, é importante seguir o
procedimento indicado pelo fabri-
cante em relação aos locais que de-
vem ser furados, para evitar a perda
antecipada da garantia do produto.
1 Retire a tampa para
começar a instalação da
caixa d'água.
O assentamento deve ser
feito sobre uma superfície
plana e nivelada. Se for
necessário apoiar a caixa
d'água sobre perfis ou
vigas, estes devem ter mais
que 10 cm. A distância
entre as vigas ou perfis
deve ser menor que 20 cm.
As caixas de 1.750 l, 2.500 l
e 6.000 l deverão ser
instaladas apenas sobre
bases planas.
2 Há fabricantes que oferecem
suporte metálico para base de
apoio da caixa d'água, para
garantir a planicidade em
superfícies irregulares.Verifique se
o local está limpo e sem qualquer
relevo ou objetos pontiagudos,
como pedras e pregos.
Material – Furadeira, serra-copo para flanges de
½" e ¾", tubos de PVC nas mesmas bitolas dos
flanges, lixa, chave de grifo, fita veda-rosca, cola
de PVC, pano de limpeza e kit torneira de bóia.
Antes de iniciar a instalação, leia o manual de
instrução que vem com o produto.
Passo 1 Passo 2
Fo
to
s:
S
of
ia
 M
at
to
s
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EQUIPE DE OBRA 29
Reportagem: Juliana Nakamura
a d'água
Apoio técnico: Denis de Freitas Rodrigues, supervisor de produção.
Instalação da caixa d'água de 500 l: Orlando Viduani, da Tinabras Amanco.
4 Faça pelo menos três furos: um para a entrada,
outro para a saída de água (descarga) e um
terceiro para o extravasor (ladrão).
3 Inicie a furação da caixa nos pontos indicados
pelo fabricante. Para isso, utilize serra-copo
compatível com o diâmetro dos flanges.
Passo 3
Passo 4
5 Em seguida, inicie a fixação dos flanges.
Passo 5
6 Com uma chave de grifo,
aperte os flanges
rosqueáveis pelo lado
internoda caixa. Faça
isso com cuidado, de
forma a garantir a junção
perfeita das peças sem
danificá-las. O uso de
flanges com vedação de
borracha dispensa
vedação adicional, com
silicone, por exemplo.
Passo 6
7 Em seguida, inicie a instalação do encanamento utilizando
tubos de bitolas equivalentes aos dos flanges. Para aumentar
a aderência, lixe os flanges.
Passo 7
passo-caixax.qxd 17/9/2007 16:46 Page 29
30 EQUIPE DE OBRA
Passo a Passo
9 Passe cola de PVC nos flanges e
nos canos que serão conectados.
8 Em seguida, faça o mesmo com a
ponta dos tubos que irão entrar
em contato com a caixa d'água.
10 Em seguida, conecte os canos
aos flanges.
11 Do lado interno da
caixa d'água, instale
a torneira de bóia
junto ao flange de
entrada de água.
Para tanto, fixe a
torneira separada
da bóia. Não se
esqueça de usar fita
veda-rosca para
instalar a torneira
de bóia.
13 Antes de concluir, limpe toda a
caixa d'água com um pano úmido,
em especial o lado interno, para
garantir a retirada de cavacos e
outros resíduos da instalação.
12 Na seqüência, fixe a bóia rosqueável
na haste.
14 Após ser fechada com a tampa, a
caixa d'água estará pronta para
ser conectada à rede hidráulica 
e utilizada.
Dicas:
» A instalação da caixa d'água
sob o telhado deve prever aber-
turas de ventilação para a cir-
culação do ar.
» A caixa d'água de polietileno
deve ser limpa a cada seis
meses. Mas atenção: evite es-
cova ou outro objeto abrasivo.
Passo 8
Passo 9
Passo 10
Passo 11
Passo 12
Passo 13
Passo 14
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passo-caixax.qxd 11/9/2007 16:27 Page 31
32 EQUIPE DE OBRA
Uma iniciativa liderada pelo Se-nai (Serviço Nacional deAprendizagem Industrial),
com a participação de empresas, uni-
versidades e trabalhadores, criará um
selo de certificação dos profissionais da
construção civil. É como se o profissio-
nal tivesse um selo de qualidade, mos-
trando que ele é treinado, atualizado e
sabe executar bem as suas funções. Pa-
ra isso, ele precisará passar por uma
avaliação, que será feita pelo Senai
(responsável por emitir o selo), e de-
pois, de tempos em tempos, voltará a
ser avaliado para renovar o certificado.
O projeto traçou o perfil ideal para oi-
to funções:pedreiro,carpinteiro,mestre-
de-obras, eletricista, encanador instala-
dor, instalador predial de tubulações de
gás, pintor e armador. O próximo passo
será a normalização junto à ABNT (As-
sociação Brasileira de Normas Técni-
cas), até o final de 2008. Nos próximos
anos novas funções devem ser incluídas.
"O perfil mostra as competências
que o profissional deve ter para atuar e
Certificação profiss io
Especial
Conheça o perfil profissional ideal 
do trabalhador para oito funções 
o que se espera dele", explica Carlos
Eduardo Cabanas, diretor da Escola
Senai "Orlando Laviero Ferraiuolo",
em São Paulo, e responsável pelo de-
senvolvimento do selo.
O profissional ideal deve também
atender a normas de segurança, meio
ambiente e qualidade. Bom relaciona-
mento em equipe, boa apresentação e
postura, atualização e planejamento
do trabalho também são aspectos fun-
damentais para a certificação.
Os procedimentos de avaliação e au-
Funções: supervisionar todas as ativi-
dades desenvolvidas no canteiro de
obras, participar do planejamento exe-
cutivo e gerenciar as equipes de traba-
lho,garantir a qualidade,a segurança e
a preservação ambiental.
O que se espera:o mestre-de-obras par-
ticipa do planejamento executivo da
obra desde a elaboração do cronograma
executivo; logística; previsão de mate-
riais; composição da equipe; e métodos
de trabalho. Depois supervisionará a
execução da obra, fazendo o meio de
campo entre os diferentes projetos e a
produção. Irá controlar o processo
produtivo, o cumprimento das normas
de segurança e meio ambiente, além
do cumprimento dos contratos, ordens
de serviço e compras. E também fará
a implantação, manutenção e opera-
ção do canteiro de obras e gerencia-
mento das equipes de trabalho.
Edvaldo Francisco Costa
idade: 51 anos
escolaridade: ensino fundamental 
incompleto
função: mestre-de-obras há 28 anos
"O perfil mostra as competências
que o profissional deve ter
para exercer sua profissão"
Fo
to
s:
M
ar
ce
lo
 S
ca
nd
ar
ol
i
Mestre-de-obras
P R I N C I P A I S P E R F I S
perfis_13x.qxd 11/9/2007 16:26 Page 32
EQUIPE DE OBRA 33
Reportagem:Aline Alves
ss ional 
ditoria dos profissionais serão defini-
dos pelas normas da ABNT, que será
feita por especialistas e por alguns par-
ticipantes dos comitês. "A norma defi-
nirá como avaliar o profissional e
quando deve acontecer a renovação da
certificação", explica Cabanas.
Nesta edição publicaremos os pri-
meiros quatro perfis definidos. No pró-
ximo número da Equipe de Obra, da-
remos seqüência à reportagem com
mais quatro perfis até agora seleciona-
dos para a certificação.
Funções: executar e manter as instala-
ções hidrossanitárias conforme proje-
tos, normas técnicas vigentes e proce-
dimentos específicos, planejando o tra-
balho de forma limpa e organizada,
cumprindo prazos.
O que se espera: que saiba programar,
orçar e executar os serviços de insta-
lações de água fria e quente. Deve sa-
ber fazer marcação, cortes e furos em
paredes e pisos, montagem das insta-
lações de água fria com diferentes
tubos e conexões, instalar caixas
d'água e sistema hidráulico de bom-
beamento, pressurização, aqueci-
mento de água, louças sanitárias,
acessórios e acabamentos, além de
realizar testes de estanqueidade e
limpeza. Executar instalações de es-
goto e águas pluviais. Executar ins-
talações de sistemas hidráulicos de
combate a incêndio.
"A norma definirá como avaliar o
profissional e quando deve ocorrer
a renovação da certificação"
Cícero Fernandes Vieira
idade: 34 anos
escolaridade: ensino fundamental in-
completo
função: pedreiro há dez anos 
Encanador instalador predial
D
an
ie
la
 P
ic
or
al
perfis_13x.qxd 14/9/2007 11:38 Page 33
34 EQUIPE DE OBRA
Especial
P R I N C I P A I S P E R F I S
Funções: executar, manter e reparar
instalações elétricas prediais de bai-
xa tensão, de acordo com projetos e
normas técnicas, ambientais e de se-
gurança vigentes, operando adequa-
damente equipamentos e usando fer-
ramentas apropriadas.
O que se espera: ler e interpretar
projetos, orçar serviços, usar ade-
quadamente ferramentas, instru-
mentos e equipamentos, além de pro-
gramar etapas de serviço. Executar
as instalações, em conformidade e
funcionamento dos componentes e
equipamentos. E também instalar sis-
temas de infra-estrutura para linhas
elétricas (condutores e barramentos
blindados) e linhas de sinais (eletrô-
nicos, de telecomunicações, de dados,
de controle e de automação, máqui-
nas, motores e transformadores, sis-
temas de aterramento e equipoten-
cialização, SPDA (Sistemas de Pro-
teção contra Descargas Atmosféri-
cas), além de efetuar a verificação fi-
nal das instalações elétricas.
"O selo de certificação profissional
é como um selo de qualidade
do trabalhador"
Agnaldo Nolasco
idade: 33 anos
escolaridade: ensino fundamental in-
completo
função: eletricista predial há dez anos 
Funções: executar lajes, pilares, vi-
gas e paredes, alvenaria estrutural,
concretagem e aplicação de revesti-
mentos de pisos, paredes e tetos
com segurança, qualidade e econo-
mia, seguindo as especificações,
normas e prazos.
O que se espera: que saiba planejar e
organizar o próprio trabalho, ler e
interpretar projetos executivos, or-
ganizar e programar os serviços. De-
ve saber executar alvenaria, fazer
vergas e contravergas, fixar tubula-
"A certificação garante que o 
profissional está qualificado e sabe 
executar suas tarefas"
ções e caixa de embutir; assentarmarcos e contramarcos. Preparar,
lançar e adensar e efetuar o acaba-
mento do concreto. Executar todas
as etapas de revestimentos de arga-
massa em pisos, paredes e tetos, fa-
zer mestras, aplicar o emboço e re-
boco ou camada única, fazer con-
trapiso, aplicar revestimento e ar-
gamassa de gesso. Assentar e re-
juntar revestimentos decorativos e
artefatos de concreto. Montar es-
trutura pré-moldada.
Edson Monteiro Santos
idade: 33 anos
escolaridade: ensino fundamental
completo
função: encanador há 13 anos
Pedreiro
Eletricista predial
perfis_13x.qxd 11/9/2007 16:26 Page 34
EQUIPE DE OBRA 35
Perfil
Reportagem: Gisele Cichinelli
O telhadista deve conhecer as técnicas 
e procedimentos para a execução de cobertura
Nome: Claudionor Lourenço 
da Silva
Idade: 44 anos
Onde nasceu: Vila dos Remédios,
capital paulista
Função atual: telhadista e
professor do curso de telhadista do
Senai Tatuapé
Como foi o seu começo 
na profissão?
Comecei quando tinha 14 anos.
Trabalhava como pedreiro e logo
aprendi a assentar azulejo. Em 1985,
fiz um telhado em uma obra de um
condomínio residencial, com o
incentivo do mestre Aldair Barbosa.
Como aprendeu seu ofício?
Quando comecei, há 22 anos, aprendi
tudo no dia-a-dia de obra. Mas em
1995, depois de dez anos de profissão,
fiz um curso no Senai Tatuapé.
O que mudou na sua técnica depois
que fez o curso?
Aprendi a técnica correta e corrigi
hábitos errados adquiridos ao longo
de dez anos de profissão. O cuidado
com a declividade é fundamental.
A execução de um telhado depende
do tipo de telha e do local onde ela
será aplicada.
E como está o mercado?
Telhadistas com boa técnica são
raros. Eu, por exemplo, acabei me
especializando no segmento 
alto padrão.
Acredita que isso se deve 
ao conhecimento das 
técnicas corretas?
Sim, pois esse tipo de cliente é muito
mais exigente e detalhista.
É uma profissão difícil?
Sou um apaixonado pelo que 
faço e, por isso, não vejo
dificuldade alguma. Mas é
preciso ter técnica.
É um trabalho muito perigoso?
Sim. Por excesso de confiança, muito
comum em canteiros, já sofri um
acidente sério caindo de uma altura
de 7 m.
M
ar
ce
lo
 S
ca
nd
ar
ol
i
P R O F I S S I O N A L
O telhadista no dia-a-dia da obra – É, em geral,
responsável pela instalação das telhas.
Riscos – É necessário tomar muitos cuidados já que um
dos principais riscos é o de queda da cobertura.
Cuidados – A Norma Regulamentadora 18, do Ministério
do Trabalho, obriga a instalação de cabo guia ou cabo de
segurança para fixação de talabarte, acoplado ao cinto de
segurança tipo pára-quedista.
Formação técnica – Os profissionais que têm formação
técnica estão capacitados para a correta instalação 
das telhas, evitando futuros problemas com vazamentos 
e umidade, além de aprenderem os procedimentos 
de segurança.
Mercado de trabalho – Embora haja muitos profissionais
capacitados, tanto telhadistas como carpinteiros, há um
grande número de telhadistas que desconhecem as
técnicas, normas e procedimentos para a instalação e
montagem de cobertura. Isso pode levar a vazamentos e
até a perda total da cobertura, quando não são respeitados
o mínimo de inclinação, sobreposições, alinhamentos,
esquadros e outros itens.
Bom profissional – Para ser um bom telhadista, além do
conhecimento técnico necessário, o profissional deve ser
uma pessoa atenciosa aos detalhes e prezar pela sua
segurança e a dos demais colegas.
Onde aprender a profissão – A Escola Senai Orlando
Laviero Ferraiuolo, localizada no Tatuapé, possui cursos de
telhadista em diversas modalidades, tais como cerâmico,
concreto e fibrocimento. Essa última modalidade é
oferecida em parceria com o Grupo Eternit e é gratuita.
Apoio técnico: engenheiro José Pianheri, coordenador de assistência técnica da Eternit
Telhadista
Características da função
novo-perfil_13.qxd 14/9/2007 11:48 Page 35
Ralos retangulares 
Desenvolvidos a partir de sugestões de
profissionais do mercado da construção civil, a
Doka Bath Works acaba de lançar o ralo
retangular para o boxe do banheiro. A sugestão 
é instalar o ralo em um piso com declive suave, já
que o produto permite grande vazão e escoamento
de água sem a necessidade de construir um degrau
para separação da área do boxe e sem molhar o
restante do banheiro. Os ralos da Doka são feitos
em latão fundido, não entortam ou deformam ao
pisar. Podem ser fabricados sob encomenda,
com tamanho máximo de 10 cm x 120
cm, proporcionando um visual
moderno ao banheiro.
Vitrine
Parafusadeira para
drywall 
A Dewalt está colocando no mercado a
Parafusadeira Drywall DW255 com duas
velocidades variáveis e reversíveis, para
execução de tarefas no sistema drywall.
A DW255 possui 540 watts de potência, porta-
bits com encaixe sextavado de ¼" e atinge até
5.300 rpm, o que facilita a penetração do
parafuso nas estruturas. Seu torque, de 6,8 Nm, a
torna ideal para a aplicação em drywall, pois dá
ao produto as condições ideais para trabalhos em
estruturas desse gênero. Além disso, a DW255
possui sistema de regulagem de profundidade
chamado "Set & Forget", um sistema que permite
ao operador ajustar a regulagem da altura do
parafuso sem ter que se preocupar com isso toda
vez que for furar a estrutura.
Adesivo de juntas
Elastique é o adesivo elástico de
poliuretano de alto desempenho da Mactra.
O produto é impermeabilizante e elástico,
adaptando-se à movimentação da junta.
Elastique atende às normas americanas de
resistência à tração, alongamento de
ruptura e resistência ao rasgo.
Perfis para drywall 
A Jorsil produz perfis para gesso acartonado
em aço galvanizado e protegido com
tratamento de zincagem. A empresa oferece
perfis em medidas especiais, que
acompanham o pé-direito da obra, gerando
desperdício mínimo.
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Telas cortadas prontas 
As Telas Cortadas Belgo, do sistema Belgo Pronto,
são entregues na obra nas dimensões especificadas de
acordo com o projeto, prontas para serem
posicionadas, agilizando o processo de montagem das
fôrmas e da concretagem. Isso evita desperdício e
aumenta a produtividade, diminuindo custos nas
obras e reduzindo o ciclo de concretagem. São
produzidas em CA-60 e utilizadas em vários tipos de
obras e estruturas, como lajes, pisos, marquises,
pavimentos etc.
Massa
adesiva para
drywall
A Placo acaba de lançar
a Massa Adesiva Placo em embalagem
econômica de 5 kg. Ideal para colagem de chapas de
drywall usadas como revestimento, o produto é uma
massa em pó de fácil aplicação e manuseio. A massa
cola chapas de drywall sobre alvenaria crua ou
rebocada e pode ser utilizada para colagem de nervuras
em forros FHP (Placo), pequenos reparos e colagem de
molduras e sancas de gesso.
O uso da massa não é recomendado sobre alvenaria
pintada, que não oferece aderência. As placas drywall
são utilizadas para dar acabamento em paredes de
alvenaria (bruta ou em mal estado), ou para melhorar
os desempenhos térmico e acústico e pode receber
qualquer tipo de acabamento, como papel de parede,
tinta, textura e porcelanato.
Torneira de bóia
A torneira de bóia Aquamaster, da Esteves,
permite maior vazão de água por minuto,
proporcionando, segundo o fabricante, um
enchimento da caixa d'água cinco vezes mais
rápido do que as torneiras comuns. O produto
tem garantia permanente.
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38 EQUIPE DE OBRA
Pessoal
S abemos que o futuro da humani-dade está em risco.Consumimosmais do que o planeta consegue
fornecer. Se não houver uma mudança
radical, as condições de vida no planeta
se reduzirão.O pior é que metade da hu-
manidade vive na pobreza e pouco con-
tribui para o desequilíbrio ambiental.
Precisamos enfrentar problemas am-
bientais como mudança climática,bura-
co na camada de ozônio, geração de re-
síduos,escassez de água,consumo de re-
cursosnaturais não renováveis. Para is-
so temos que mudar técnicas de produ-
ção, padrões de consumo, e rever nossos
conceitos,substituindo o desenvolvimen-
to insustentável pelo sustentável.
Mas isso não é uma tarefa simples.
Tampouco pode ser feita sem a partici-
pação de todos. Inclusive da constru-
ção civil, setor que está no centro desse
problema, pois consome matérias-pri-
mas naturais, que precisam ser extraí-
das, transportadas, processadas, gas-
tando mais energia e poluindo mais. A
extração de madeira e de minerais co-
mo a areia destrói grandes áreas de na-
tureza. A construção e demolição de
edificações geram enorme quantidade
de resíduos. Os edifícios consomem
energia elétrica e água. Além disso, o
setor também tem problemas sociais,
como a baixa remuneração dos traba-
lhadores, impacto na qualidade de vida
da vizinhança e uma elevada informali-
dade, como por exemplo, na venda de
materiais de construção sem nota fis-
cal, com baixa qualidade, existência de
operários sem registro etc.
O conceito de construção sustentá-
vel busca apresentar resposta para
esses problemas. Reduzir sistemati-
camente os impactos ambientais e
melhorar os resultados da constru-
ção, por meio da mudança de proces-
sos, técnicas e, até, de hábitos de
construção.Trata-se de preservar as
condições de vida no planeta para as
gerações futuras.
Novas tecnologias aparecem, como
aquecedores solares, tanques para re-
tenção de água de chuva, reúso de
águas servidas, equipamentos de tra-
tamento de esgoto, lâmpadas eficien-
tes, proibição de produtos que contêm
compostos perigosos (solventes e fi-
bras inaláveis, por exemplo).
O dia-a-dia dos trabalhadores da
obra também será transformado e va-
lorizado. O controle para a redução
dos desperdícios, que depende da par-
ticipação e de sugestões da equipe de
obra, deverá se generalizar. Por outro
lado, se tornará comum a separação
dos resíduos gerados no canteiro pa-
ra a reciclagem, reduzindo os impac-
tos ambientais e o desperdício de re-
cursos. Controle de ruídos, poeiras
(inclusive nas ruas vizinhas), uso ra-
cional de água e energia, segurança
no trabalho serão atribuições novas
que valorizam a equipe.
Práticas de construção sustentá-
vel também trazem, como conse-
qüência, melhoria das condições de
trabalho e de vida dos trabalhado-
res, pois a qualidade de vida de todos
os seres humanos está no foco des-
sas práticas. No médio prazo, es-
pera-se que as melhorias de produti-
vidade venham a significar melhores
salários para todos.
Vanderley M. John 
professor da Poli-USP;conselheiro do
Conselho Brasileiro de Construção Sustentável
Construção sustentável 
e a obra
Novas tecnologias
reduzem impacto ambiental
Coleta seletiva e reciclagem de resíduos serão comuns nas obras
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EQUIPE DE OBRA 39
Lazer
Caça-palavras e Sete erros
I N S T A L A Ç Ã O D E C A I X A D ' Á G U A
Encontre as 7 diferenças nas figuras abaixo
Solução
Descubra 10 palavras
relacionadas à
instalação de caixa
d'água
SERRA-COPO
FLANGES
GRIFO
VEDA-ROSCA
BÓIA
SILICONE
TUBULAÇÃO
COLA DE PVC
MANGUEIRA
LIXA
Cano da ducha;gatilho da furadeira;haste da bóia;rosca da flange;
cotovelo do cano;registro do cano vertical;mandril da furadeira
Solução
K S I V S N P V J F X S G J S L B R M L
N O L S U A G M A N G U E I R A D R C F
B B C D S V J Z J Q R B Y R U R G G I K
V L D F A L T B P G O B A L Ç E P L A L
C M C L J K L N B V C O M P Z I O T R P
D Q D A A L D M R O A I E Y B T P U M W
G H G N S P L S E R R A C O P O J B J T
K X X G A P Q J C E M S O F O R X U B P
K P I E R W R E H L Ç T L L U E L L N I
C U Z S X W L I X A D A A M K A T A I U
V A R A R U E T L F V D D D V Z I Ç P Y
A K Ç A X C O V D L W O E E E W G A A T
T G X A S F G R I F O M P T D A X O F P
Z V H D P O D A Ç U M P V A A S M D I E
B I S I L I C O N E L Ç C T R U F E T W
H J P P P Z A S D V I K O I O C N Y E Q
F X A Q E R T Y U J P N F C S Z G S E A
Z U Q P S G R T H K O U N N C C M Q Z F
M A F W A H U R F I A P R M A G Q M Ç G
V P A W Y X H F W D G X C R V I Ç L K H
Lazer_Eq13.qxd 11/9/2007 16:12 Page 39
40 EQUIPE DE OBRA
Quadrinhos
Alimentação saudável
Mestre Pini
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