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Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 0 AULA 03 Direito Administrativo Servidores públicos – Noções gerais Professor Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 1 Olá, amigos! Antes de estudarmos a legislação específica aplicável aos servidores públicos do Distrito Federal, temos de conhecer as normas constitucionais relativas aos agentes públicos, pois estas se aplicam aos servidores de forma geral, e podem ser cobradas em nosso concurso. Qualquer dúvida ou sugestão, estou aqui! Nossa comunicação se dará, preferencialmente, pelo Fórum de Dúvidas do Ponto. Se vocês desejarem, também podem me encaminhar e-mail - moises.omoreira@gmail.com. É isso aí, meus amigos! Contem comigo! Um forte abraço! Aula 03 Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 2 Sumário 1. Agentes Públicos ............................................................................... 3 2. Disposições Constitucionais Aplicáveis .............................................. 7 2.1 Acesso a Cargos Públicos ..................................................................... 8 2.2 Concurso Público ................................................................................. 9 2.3 Estabilidade ...................................................................................... 10 2.4 Direito de Associação Sindical e de Greve ............................................. 11 2.5 Direitos Trabalhistas aplicáveis aos Servidores Públicos .......................... 11 2.6 Remuneração dos Agentes Públicos ..................................................... 12 2.7 Acumulação de Cargos, Empregos e Funções Públicas ............................ 16 2.8 Mandatos Eletivos ............................................................................. 18 2.9 Regime Jurídico dos Servidores Públicos ............................................... 18 2.10 Regime de Previdência dos Servidores Públicos Estatutários .................. 19 3. Normas Importantes........................................................................ 23 4. Mapas Mentais ................................................................................ 28 5. Questões de Concursos ................................................................... 30 5.1 Gabarito Comentado .......................................................................... 43 Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 3 1 - AGENTES PÚBLICOS Agentes públicos são os que exercem função pública, mesmo em caráter temporário ou sem remuneração. Nos termos do art. 2º da Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/1992), agente público é todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública. Reparem que a noção de agentes públicos é bastante ampla. Trata-se, na verdade, de gênero, que abrange várias espécies: a) agentes políticos; b) agentes administrativos; c) agentes honoríficos; d) agentes delegados; e) agentes credenciados. Essa é a classificação de Hely Lopes Meirelles, adotada pela maioria da doutrina. Vamos nos basear nela: a) Agentes políticos – São os que exercem função pública de alta direção do Estado, possuindo ampla liberdade funcional. Compreende as pessoas que exercem atividades típicas de governo, entre as quais os Chefes do Poderes Executivo, os Ministros e Secretários de Estado. São investidos no cargo, em regra, por meio de eleição, nomeação ou designação. Suas competências advêm diretamente da CF. Sujeitam-se, em regra, a normas distintas das dos demais servidores públicos, não se subordinando hierarquicamente a outras autoridades (ressalvadas as situações dos auxiliares imediatos dos chefes do Poder Executivo, tais como os Ministros de Estado). Exemplos: Presidente da República, governadores e prefeitos, bem como seus ministros e secretários; senadores, deputados e vereadores; juízes, desembargadores e ministros de tribunais superiores; promotores de justiça e procuradores da república; e os ministros ou conselheiros dos tribunais de contas. Mas cuidado: Para o STF, os membros dos tribunais de contas ocupam cargos administrativos, uma vez que tais tribunais são órgãos que auxiliam o Poder Legislativo no controle externo da Administração Pública. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 4 Atenção! Olha a dica para a prova! Parte da doutrina (Celso Antônio Bandeira de Melo e José dos Santos Carvalho Filho) considera que os membros da magistratura e do ministério público são servidores públicos titulares de cargos vitalícios, e não agentes políticos. Todavia, as provas de concurso não têm adotado esse posicionamento. Portanto, se a pergunta vier numa questão fechada, marque como correta a que afirma que os juízes e promotores são agentes políticos. Numa prova aberta, discorra sobre a divergência doutrinária e aponte que a corrente dominante no STF se baseia em Hely Lopes Meirelles (agentes políticos). b) Agentes administrativos - São aqueles sujeitos à hierarquia funcional e ao regime jurídico determinado pela entidade a que pertencem. Alguns doutrinadores tratam essa classificação como “servidores públicos em sentido amplo”. Inserem-se nesse conceito os servidores públicos, os empregados públicos e os servidores temporários. b1) Servidores púbicos - São os titulares de cargos públicos, sujeitos ao regime estatutário (fruto de um estatuto, previsto em lei). Exemplo: Servidores do INSS, que são vinculados ao regime estatutário da Lei 8.112/90. São chamados, também, de servidores em sentido estrito. b2) Empregados púbicos - São os ocupantes de empregos públicos, sujeitos ao regime celetista (regime jurídico contratual trabalhista), sob a predominância de regras de direito privado. Exemplo: Empregados do Banco do Brasil. b3) Temporários - São os contratados transitoriamente para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do art. 37, IX, da CF. Estabelecem relação contratual com a Administração Pública (contrato de direito público), mas não se confundem com os empregados públicos, pois não são regidos pela CLT. Exercem função pública e estão Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 5 sujeitos a um regime jurídico especial, fixado em lei de cada ente federativo. Exemplo: Os contratados pelo IBGE. Para facilitar no momento da prova, trago para vocês o seguinte quadro comparativo: Servidores públicos estatutáriosEmpregados públicos celetistas Devem fazer concurso público. Devem fazer concurso público. São funcionários públicos para fins penais. São funcionários públicos para fins penais. Sujeitam-se a estágio probatório. Sujeitam-se a período de experiência de até 90 dias (CLT, art. 445, parágrafo único). Adquirem estabilidade, só podendo ser demitidos por sentença judicial; processo administrativo disciplinar; avaliação de desempenho e para redução de despesas. Não possuem estabilidade, mas, conforme decidiu o STF, a demissão deve ser motivada e deve haver ampla defesa e contraditório. Cuidado! Para o TST, a dispensa motivada somente é exigida para os Correios, não se aplicando às demais entidades. Estão sujeitos a alterações unilaterais em seu regime (não há direito adquirido ao regime estatutário). Como se trata de relação contratual, não se admite alteração por uma só das partes. Atenção! Conforme destacam os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, apesar das diferenças apontadas, o termo “servidores públicos” costuma ser empregado em sentido amplo, abrangendo os servidores públicos em sentido estrito (estatutários) e os empregados públicos (celetistas). Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 6 c) Agentes delegados - São os encarregados de exercer determinada atividade, obra ou serviço público, em nome próprio, mas sob fiscalização do Estado. Colaboram com a Administração e não são considerados servidores públicos. Porém, são tidos como funcionários públicos para fins penais e como “autoridade” em relação a mandado de segurança. Ademais, sujeitam-se à responsabilidade civil objetiva. Exemplos: Concessionários e permissionários de serviços públicos; leiloeiros; intérpretes públicos; serventuários de cartórios não estatizados etc. d) Agentes honoríficos – São pessoas requisitadas ou designadas para desempenharem, transitoriamente, uma função pública. Assim, exercem, de forma temporária, serviços públicos relevantes (Múnus público), sem estabelecerem vínculo empregatício ou estatutário com o Estado, atuando, geralmente, sem remuneração. Não são servidores públicos, todavia são considerados funcionários públicos para fins penais. Exemplos: Jurados, mesários eleitorais etc. e) Agentes credenciados – Nas palavras de Hely Lopes, são os que recebem a incumbência da Administração para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante remuneração do poder público credenciante. Exemplo: Médicos credenciados. Não se emprega mais a expressão funcionário público, exceto para fins penais. De acordo com o art. 327 do Código Penal, considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. José dos Santos Carvalho Filho menciona uma classificação interessante: Os agentes de fato, que são aqueles que, mesmo sem obter regular e normal investidura na função pública (diferentemente do que ocorre com os agentes de direito), se dividem em: Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 7 a) Agentes necessários: São aqueles que atuam em situações excepcionais, como em casos de calamidade, mediante colaboração com o Poder Público, tal qual os agentes de direito. Em regra, os atos praticados por tais agentes são válidos, com confirmação do Poder Público. b) Agentes putativos: São aqueles que atuam mediante presunção de legitimidade, porém com vício na investidura, que não ocorreu conforme forma prevista em lei, como, por exemplo, alguém que pratica atos administrativos próprios de servidores públicos, sem ter sido aprovado em concurso. Quanto a tais agentes, devem ser tidos como válidos os atos externos praticados perante terceiros de boa-fé. 2 - DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS Amigos, para a prova, é fundamental a leitura dos artigos 37 a 41 da CF. Vamos destacar, a seguir, os pontos que envolvem os agentes públicos, com maior probabilidade de serem cobrados. Primeiro, convém saber a diferença entre cargo, emprego e função, pois é importante para entendermos o que virá adiante: a) Cargo público é o “lugar” dentro da estrutura da administração, com atribuições e responsabilidades, ocupado por servidores públicos dos órgãos e entidades da administração direta, autárquica e fundacional pública. Podem ser efetivos (concurso público) ou em comissão (de livre nomeação e exoneração, também chamados de cargos de confiança). b) Emprego público também designa o “lugar” ocupado dentro de uma estrutura. A diferença em relação ao cargo é que o emprego possui natureza contratual, celetista, enquanto que o cargo é estatutário, vinculado a lei específica. Os empregados públicos, apesar de vinculados à CLT, sujeitos, predominantemente, a regras de direito privado, possuem um regime jurídico híbrido, pois algumas normas de direito público, a exemplo do concurso, lhes são aplicáveis. Como regra, os empregos públicos estão presentes em pessoas administrativas de direito privado, tal qual uma empresa pública. Todavia, os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às endemias Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 8 podem ser contratados mediante regime celetista (CF/88, art. 198, §5º c/c Lei 11.350/2006, art. 8º). c) Função pública: É formada por um conjunto de atribuições que não necessariamente corresponde a um cargo ou a um emprego. Na CF, há dois exemplos de funções que não correspondem a cargo ou emprego público: aquelas exercidas pelos servidores temporários (para atender necessidade temporária de excepcional interesse público) e as funções de confiança (chefia, direção e assessoramento). Notem que o concurso público não é requisito para o exercício da função pública. Atenção! As funções de confiança são exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo. Já os cargos em comissão devem observar as condições e percentuais mínimos exigidos em lei. 2.1 Acesso a cargos públicos Amigos, tanto os brasileiros que preencham os requisitos previstos em lei, quanto os estrangeiros, na forma da lei, podem ser servidores públicos (CF, art. 37, I). Exemplo: No âmbito federal, a Lei 8.112/90 estabelece, em seu art. 5º, §3º, que as universidades federais poderão prover seus cargos com professores estrangeiros. Pessoal, cuidado! É possível que haja exigências específicas para o ingresso em determinados cargos, tais como idade e altura. Todavia, qualquer restrição tem de constar em lei (e não somente no edital) e deve atender aos princípios da razoabilidade e impessoalidade. Não se pode fazer exigências absurdas, do tipo altura mínima para um concurso de Analista! Já viram como são alguns concursos para a carreira militar, por exemplo? Exige- se idade e altura mínimas. O STF entende que essa restrição somente é legítima se constar de lei específica e se for razoável diante da atividade exercida. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 9 E psicotécnico? O concurso pode exigi-lo? Sim, desde que seja previsto emlei e observe critérios objetivos de caráter científico. 2.2 Concurso púbico O acesso aos cargos e empregos públicos depende de prévia aprovação em concurso de provas ou de provas e títulos, conforme a natureza e complexidade do cargo, exceto as nomeações para cargo em comissão (CF, art. 37, II). A exigência de concurso público advém do princípio da impessoalidade e da isonomia. Visa a garantir que todos tenham acesso ao cargo ou empregos públicos. São exceções à obrigatoriedade do concurso: a) Nomeação em cargo de comissão (CF, art. 37, II); b) Contratação temporária para atender a interesse público (CF, art. 37, IX); c) Contratação de agentes comunitários de saúde e para combate a endemias (CF, art. 198, §4º - observa-se um processo seletivo simplificado); d) Cargos eletivos. Nos termos da CF, art. 37, III, o prazo de validade do concurso será de até dois anos, prorrogável uma vez por igual período. Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira (CF, art. 37, IV). Deverá ser assegurado um percentual de cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência (CF, art. 37, VIII). Só para vocês terem uma ideia, no âmbito federal, devem ser reservadas entre 5% a 20% das vagas. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 10 Vale registrar a edição da Lei 12.990/2014, que reserva aos negros 20% das vagas na esfera federal, pelo prazo de 10 anos. Atenção! De acordo com o STF, o candidato aprovado em concurso público dentro do número de vagas indicado no edital tem direito subjetivo de ser nomeado, respeitado o prazo de validade do concurso. Assim, se o concurso previu cinco vagas, pelo menos 5 aprovados têm de ser nomeados. 2.3 Estabilidade Os servidores, nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público, são estáveis após três anos de efetivo exercício (CF, art. 41). Notem, amigos, que a estabilidade se aplica somente aos servidores titulares de cargo de provimento efetivo. É errado afirmar que os empregados públicos, por exemplo, são estáveis. Também, é preciso o “efetivo exercício”, ou seja, os períodos de licença e afastamento não serão computados para os três anos. É necessária, ainda, a avaliação especial de desempenho, condição inserida pela EC 19/1998, em atenção ao princípio da eficiência. Também podemos inserir como requisito à aquisição de estabilidade a aprovação em estágio probatório. Pessoal, para fechar o tópico, vamos guardar os casos em que o servidor estável poderá perder o cargo: a) Em virtude de sentença judicial transitada em julgado; b) Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; c) Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa; Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 11 d) Quando o excesso de gastos com pessoal impedir o cumprimento dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (CF, art. 169, §3º). Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. Cuidado! Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 2.4 Direito de associação sindical e de greve O art. 37, VI e VII, da CF, assegura o direito de associação sindical e o direito de greve aos servidores públicos civis. Porém, cuidado: Aos militares são vedadas a sindicalização e a greve (CF, art. 142, §3º, IV). A livre associação sindical é um direito autoaplicável (norma de eficácia plena), porém o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica (norma de eficácia limitada). A lei da greve no serviço público até hoje não foi editada. Diante disso, o STF determinou a aplicação ao serviço público, naquilo que for compatível, da lei de greve do setor privado (Lei 7.783/1989). 2.5 Direitos trabalhistas aplicáveis aos servidores públicos Nos termos do §3º, art. 39, da CF, aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público os seguintes direitos trabalhistas: a) Salário-mínimo; Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 12 b) 13º salário; c) Remuneração do trabalho noturno superior ao diurno; d) Salário-família em razão dos dependentes de baixa renda nos termos da lei; e) Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e a 44 horas semanais; f) Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; g) Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal; h) Licença à gestante; i) Licença paternidade; j) Proteção do mercado de trabalho da mulher; k) Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; l) Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. 2.6 Remuneração dos agentes públicos Primeiramente, temos de diferenciar vencimento, remuneração e subsídio: a) Vencimento é a retribuição básica a que o agente público faz jus pelo exercício do cargo, em valor previsto em lei, sem vantagem adicional. b) Remuneração consiste na soma do vencimento e das demais vantagens pecuniárias, variáveis ou não. c) Subsídio é a retribuição pecuniária paga a determinados agentes públicos (chefes do poder executivo, juízes, promotores etc.), em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 13 De acordo com o art. 37, X, da CF, a remuneração dos servidores púbicos e os subsídios somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa de cada Poder em relação aos seus servidores, assegurada a revisão geral e anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices. Amigos, os salários dos empregados públicos não se sujeitam a tal regra, pois não dependem de lei. Atenção! A remuneração dos deputados, senadores, do Presidente e dos Ministros são fixados por meio de decreto legislativo do Congresso Nacional (CF, art. 49, VII e VIII). O art. 37, XI, da CF, estabelece o teto constitucional, ou seja, o limite máximo da remuneração e do subsídio dos servidores públicos: A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandatoeletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 14 Pessoal, todos os ocupantes de cargos, empregos e funções públicas da Administração direta, autárquica ou fundacional, de todos os poderes de todos os entes políticos (União, Estados, DF e Municípios) estão sujeitos ao teto. Conforme §9º, do art. 37, da CF, o teto remuneratório aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. São chamadas de “empresas estatais dependentes”, as quais se submetem ao teto. Não serão computadas, para efeito de limitação ao teto, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei (diárias, por exemplo). Amigos, além do teto geral do STF, existem subtetos: a) Nos Municípios, o subsídio do prefeito é o teto. b) Nos Estados, temos que, em relação ao Poder Executivo, o teto é o subsídio do governador; em relação ao Poder Legislativo, o teto é o subsídio dos deputados estaduais; e em relação ao Poder Judiciário, o teto é o subsídio dos desembargadores do Tribunal de Justiça. c) Fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. d) O subsídio dos deputados estaduais e distritais está limitado a 75% do subsídio dos deputados federais. Já o subsídio dos vereadores poderá variar de 20% a 75% do subsídio dos deputados estaduais. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 15 É proibida a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público. Porém, a própria CF cria hipóteses de equiparação (por exemplo, quando dispõe que os Ministros do TCU são equiparados aos Ministros do STJ) e de vinculação (entre os subsídios dos Ministros do STF e os dos Tribunais Superiores). Trata- se de exceção! São irredutíveis os subsídios e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos, em regra. Porém, a irredutibilidade não afasta a adequação ao teto constitucional. Também constitui exceção eventual redução remuneratória advinda da oscilação de gratificação de desempenho. É muito comum hoje servidores receberem uma parcela variável, vinculada ao seu desempenho. Qualquer decréscimo nesse sentido não é impedido pela irredutibilidade. Trata-se de irredutibilidade nominal, que impede a redução do valor numérico (Se ganho 10 mil, tenho de continuar a ganhar, pelo menos, 10 mil). Esta irredutibilidade não garante a reposição de perdas inflacionárias. De acordo com o STF, é inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 16 2.7 Acumulação de cargos, empregos e funções públicas Pessoal este ponto da matéria despenca em provas. Portanto, muita atenção! A regra geral é de que é proibida a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, e desde que haja compatibilidade de horários: a) A de dois cargos de professor. b) A de um cargo de professor com outro técnico ou científico. c) A de dois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde, com profissões regulamentadas. Ou seja, nas situações citadas é possível o acúmulo legal de funções públicas remuneradas (CF, art. 37, XVI). Amigos, cuidado para prova! Nos termos do §2º, do art. 118, da Lei 8.112/90, a acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. Claro, amigos, a vedação aqui estudada não impede o exercício de atividades privadas, desde que estas sejam lícitas e compatíveis quanto ao horário. Além da permissão contida no inciso XVI do art. 37, há outros casos previstos na CF, a exemplo dos: a) Servidores da administração direta, autárquica ou fundacional, investidos no mandato de vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberão as Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 17 vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo (CF, art. 38, III). b) Juízes e promotores podem exercer o magistério (CF, art. 95, parágrafo único, I; e art. 128, §5º, II, “d”). Ainda sob a perspectiva da proibição de acúmulo de cargos públicos, dispõe o art. 37, §10, da CF, que é vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis, os cargos eletivos e os caros em comissão. Tal regra aplica-se aos regimes próprios dos servidores públicos estatutários e militares, não alcançando o Regime Geral de Previdência Social. Olha que interessante, amigos! Como não alcança do RGPS, os aposentados deste regime podem retornar à atividade e acumular os proventos com a remuneração do novo cargo. Todavia, os aposentados do Regime Próprio não podem, salvo nas permissões constitucionais (cargos acumuláveis, cargos eletivos e cargos em comissão). Exemplo: Servidor do INSS (Regime Próprio) aposentado que seja aprovado num concurso do Banco do Brasil (Regime Geral), não poderá acumular (não se insere nas permissões constitucionais), devendo optar por uma das remunerações. Por outro lado, um empregado aposentado do Banco do Brasil aprovado num concurso do INSS, poderá acumular. A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei. Amigos, não se poderá impedir ou dificultar o exercício das atividades fiscais. Tal norma, porém, não é autoaplicávele depende de regulamentação para definir como se dará, na prática, a precedência citada. Além disso, as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 18 compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. 2.8 Mandatos eletivos Pessoal, os servidores públicos podem exercer mandato eletivo? Claro que sim! Mas desde que respeitas as regras constitucionais previstas no art. 38, da CF, conforme explanação contida no quadro a seguir: Tipo de mandato Consequência Federal, estadual ou distrital (Presidente, Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Governador). Servidor deverá ser afastado do seu cargo, recebendo apenas a remuneração do mandato eletivo. Mandato de prefeito. Servidor deverá ser afastado do seu cargo, mas pode optar pela remuneração. Mandato de vereador. Se houver compatibilidade de horários, o servidor poderá exercer seu cargo e o mandato. Se não houver, deverá ser afastado de seu cargo, mas poderá optar pela remuneração. 2.9 Regime jurídico dos servidores públicos A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas (CF, art. 39). Notem que estamos tratando somente dos servidores públicos em sentido estrito. Notem, também, que a CF menciona “regime jurídico único”, sem mencionar qual deve ser adotado. Tal regime único deixou de ser obrigatório a partir da EC 19/1998. Todavia, em virtude de decisão liminar do STF, que suspendeu a eficácia da alteração promovida por referida emenda, desde 08/2007, voltou a vigorar a redação original do art. 39, que prevê o regime jurídico único. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 19 Na esfera federal, por exemplo, existe a Lei 8.112/90, que instituiu o regime jurídico único dos servidores públicos civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas. Trata-se do regime estatutário dos servidores públicos federais! Amigos, via de regra, o estabelecimento de vínculo estatuário exige concurso público. Todavia, nos termos do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias: Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da administração direta, autárquica e das fundações públicas, em exercício na data da promulgação da Constituição, há pelo menos cinco anos continuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37, da Constituição, são considerados estáveis no serviço público. 2.10 Regime de previdência dos servidores públicos estatutários No Brasil, existem dois regimes básicos de previdência social: O Regime Geral (RGPS) e o Regime Próprio (RPPS). Além desses, há outro, de natureza complementar e de caráter facultativo: A Previdência Complementar. O RGPS é operacionalizado pelo INSS, sendo disciplinado pelos art. 201 e 202 da CF. Ampara um rol imenso de trabalhadores, inclusive aqueles ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão, função temporária ou de emprego público. Já o RPPS se aplica aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações. De fato, dispõe o art. 40 da CF que aos titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto no citado artigo. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 20 Notem que somente os titulares de cargo efetivo da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é que terão assegurada a previdência pública – São os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS). Por óbvio, caso o Ente não tenha instituído RPPS, mesmo em relação aos servidores ocupantes de cargo efetivo, haverá vinculação ao RGPS. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvados os militares federais. O custeio dos RPPS se dá mediante contribuições dos servidores públicos efetivos, dos aposentados e dos pensionistas, além das contribuições dos respectivos entes federativos. Atenção! A obrigação de os aposentados e pensionistas contribuírem para o RPPS foi instituída pela EC 41/2003. Todavia, tal contribuição incidirá somente sobre a parcela que exceder o teto do RGPS. Se o benefício do RPPS respeitar esse limite, haverá imunidade. Atenção! A EC 47/2005 atenuou a regra de incidência de contribuição para os aposentados e pensionistas portadores de doença incapacitante. Estes somente deverão contribuir se o benefício ultrapassar o dobro do teto do RGPS. O RPPS, nos termos do §12, do art. 40, da CF, observará, no que couber, os requisitos e os critérios fixados para o RGPS. Assim, o RGPS aplica-se, subsidiariamente, ao RPPS, nos casos em que este, por exemplo, for omisso quanto à data do início de um benefício de pensão por morte (STJ, AgRg no REsp 1015492 / MG, DJe 13/11/2012). Vale destacar que, nos termos do §14, do art. 40, da CF, A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo RPPS, o teto do RGPS. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 21 Certo, pessoal? Qualquer dos entes políticos, se instituir previdência complementar, poderá fixar como limite de suas aposentadorias e pensões o valor do teto do RGPS. Conforme art. 40, §1º, da CF, os servidores do RPPS se aposentarão da seguinte forma: a) Por invalidez permanente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, e invalidez permanente, com proventos integrais nos casos de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável. b) Compulsoriamente aos 75 anos, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. c) Voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observando-se: I – 60 anos de idade e 35 anos de contribuição, para os homens, e 55 anos de idade e 30 anos de contribuição para as mulheres; II – 65 anos de idade para os homens e 60 anos de idade para as mulheres, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição;III - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em 5 anos para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio (CF, art. 40, §5º). Conforme previsão do §4º, do art. 40, da CF/88, podem ser adotados critérios diferenciados, nos termos definidos em leis complementares, para concessão de aposentadorias no RPPS apenas nos casos relativos aos portadores de deficiência, aos que exerçam atividades de risco e àqueles sujeitos a condições prejudiciais à saúde ou à integridade física. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer. Num primeiro momento, a pensão correspondia ao valor integral dos proventos ou da remuneração do servidor na data do óbito. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 22 Todavia, a partir da EC 41/2003, foi fixada uma redução para as pensões que ultrapassarem o teto do RGPS. De fato, dispõe o §7º, do art. 40, da CF, que a pensão por morte será igual ao valor da totalidade dos proventos ou da remuneração do servidor no cargo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, acrescido de 70% da parcela excedente a este limite. Nos termos do §19, do art. 40, da CF, incluído pela EC 41/2003, o servidor que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a (60 anos de idade e 35 anos de contribuição, se homem; e 55 anos de idade e 30 anos de contribuição, se mulher), e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória (75 anos de idade). Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 23 3. NORMAS IMPORTANTES – Que podem vir na prova! Constituição Federal (Art. 37, 38, 39, 40 e 41) Art. 37. I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; Atenção! Se existe direito subjetivo à nomeação se houver aprovação dentro do número de vagas. Também existe esse direito se forem criadas novas vagas ou se houver contratação de agentes sem concurso, desde isso ocorra durante o prazo de validade do concurso. V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; Gravem este inciso! É muito cobrado! VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 24 VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; Notem que é a remuneração e subsídio dos servidores e não dos empregados públicos! XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; Esta previsão se refere aos cargos iguais ou semelhantes nos Podres. Como, na prática, não existe tal semelhança, esta norma constitucional é, praticamente, “letra morta”. Na verdade, no Executivo estão as menores remunerações. XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 25 Assim, por exemplo, para um servidor que receba R$ 5.000,00 de vencimento básico e R$ 2.000,00 a título de gratificação, se uma lei conceder um aumento geral de 20%, somente o vencimento é que será reajustado e não a gratificação. XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; Desssspenncaaa em prova! XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente,pelo poder público; XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 26 § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 27 Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 28 4. MAPAS MENTAIS Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 29 Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 30 5. QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 01 – FCC – TRT 6ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA - 2018 A nomeação para cargos em comissão implica a) a necessidade de suprir a ausência de servidores efetivos para o desempenho das atividades essenciais dos entes públicos. b) a possibilidade de demissão dos servidores que os ocupam, desde que seja instaurado processo administrativo disciplinar com prévia garantia do direito de defesa e do contraditório. c) limitação para a realização de concursos públicos, que só podem se dar para o preenchimento de cargos efetivos relativos a serviços essenciais, como saúde e segurança pública. d) possibilidade de exoneração a pedido desses servidores, mas também por decisão da autoridade superior competente, independentemente de processo administrativo. e) o início de prazo legal para instaurar concurso público para preencher os cargos públicos que estão sendo ocupados pelos comissionados. QUESTÃO 02 – FCC – TRT 6ª – ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA - 2018 Integram o universo de agentes alcançados pelo teto remuneratório constitucional, previsto no artigo 37, XI, da Constituição Federal, os servidores públicos ocupantes de cargos, a) funções e empregos públicos na Administração direta, autárquica e fundacional, excluídos os membros de Poderes e os detentores de mandato eletivo, assim como os empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista dependentes. b) funções e empregos públicos na Administração direta e na Administração indireta, excluídos os empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista. c) funções e empregos públicos na Administração direta, excluídos, para essa finalidade, os servidores (sentido lato) da Administração indireta. d) funções e empregos públicos na Administração direta, autárquica e fundacional, os membros de quaisquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito federal e dos Municípios, os detentores de mandato eletivoe os demais agentes políticos, Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 31 assim como os empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista e subsidiárias dependentes. e) na Administração direta e na Administração indireta, excluídos os detentores de funções e empregos públicos, da Administração direta ou indireta. QUESTÃO 03 – FCC – ALESE – ANALISTA LEGISLATIVO – APOIO JURÍDICO - 2018 Os servidores públicos são contratados mediante concurso público de provas ou de provas e títulos, admitindo-se exceções em alguns casos, tais como a) cargos em comissão, de livre nomeação, para suprir a vacância de cargos efetivos até que sejam formalmente preenchidos. b) portadores de deficiência, observado o percentual de até 5% dos cargos ou empregos públicos vagos. c) funções de confiança, de livre nomeação, destinadas a funções técnicas, de direção ou assessoramento. d) cargos e funções de livre provimento destinados a atender necessidades excepcionais, atribuições de chefia ou direção, desde que por prazo determinado. e) contratação de servidores temporários, desde que por tempo determinado e para atender necessidade de excepcional interesse público, conforme estabelecido em lei. QUESTÃO 04 – FCC – DPE AM – ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA - 2018 Determinado indivíduo, ocupante de dois cargos de professor, um de ensino médio na rede pública estadual e outro, de ensino superior, em universidade pública do mesmo Estado, exerce-os concomitantemente e suas remunerações, somadas, resultam em valor inferior ao do subsídio mensal do Governador. Em breve, reunirá os requisitos necessários à obtenção de aposentadoria em ambos cargos. Nessa hipótese, à luz da Constituição Federal, a acumulação de cargos é a) lícita, desde que haja compatibilidade de horários, sendo permitida, nesse caso, a percepção cumulativa dos respectivos proventos de aposentadoria. b) lícita, desde que haja compatibilidade de horários, mas não lhe será dado perceber proventos de aposentadoria cumulativamente. c) lícita, independentemente de haver compatibilidade de horários, mas não lhe será dado perceber proventos de aposentadoria cumulativamente. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 32 d) lícita, independentemente de haver compatibilidade de horários, sendo permitida, nesse caso, a percepção cumulativa dos respectivos proventos de aposentadoria. e) ilícita, razão pela qual não lhe será dado perceber proventos de aposentadoria cumulativamente. QUESTÃO 05 – FCC – ALESE – TÉCNICO LEGISLATIVO TÉCNICO ADMINISTRATIVO - 2018 Em conformidade com a disciplina constitucional atinente aos órgãos, entidades e servidores da Administração pública, a) é vedado a todo servidor público civil o direito à livre associação sindical. b) o prazo de validade do concurso público será de até um ano, prorrogável uma vez, por igual período. c) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis apenas aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, sendo vedada, em qualquer hipótese, a contratação de estrangeiros d) é admitida a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, de acordo com os casos estabelecidos em lei. e) é permitida a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para efeito de remuneração de pessoal do serviço público. QUESTÃO 06 – FCC – TRT 21 – ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA - 2017 Após a aprovação em concurso público, José, no dia 20 de outubro de 2010, foi admitido por empresa pública integrante da Administração indireta de determinado Estado, sob o regime celetista. No dia 21 de setembro de 2013, porém, José foi dispensado, mediante ato motivado da autoridade competente, recebendo as verbas rescisórias devidas. Tendo em vista o disposto na Constituição da República, assim como a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o ato de dispensa de José é a) válido, uma vez que, tendo sido admitido para ocupar emprego público em empresa pública, José não preenche, ao menos, um dos requisitos impostos pela Constituição da República para que o servidor possa fazer jus à estabilidade, já que não foi nomeado para cargo de provimento efetivo. b) válido, uma vez que José ainda não havia adquirido estabilidade. c) inválido, uma vez que José se encontrava em período de pré-estabilidade, de maneira que não poderia ter sido dispensado. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 33 d) inválido, uma vez que, por ser detentor de estabilidade, José somente poderia ser dispensado em virtude de sentença judicial transitada em julgado. e) inválido, uma vez que José não poderia ter sido dispensado sem a ocorrência de justa causa apurada através do devido processo administrativo disciplinar, na medida em que era detentor de estabilidade, por ter sido admitido após a aprovação em concurso público. QUESTÃO 07 – FCC – TRT 21 – TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA - 2017 João foi contratado por tempo determinado, mediante processo seletivo simplificado, para atuar junto a órgão da Administração direta, integrante do Poder Executivo de certo Estado, a fim de atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. À luz do disposto na Constituição, a remuneração de João a) não poderá exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, embora possa ser superior ao do Governador do Estado respectivo. b) não poderá exceder o subsídio mensal do Governador do Estado respectivo. c) não estará sujeita ao limite aplicável aos servidores ocupantes de cargos efetivos, uma vez que foi contratado por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. d) terá como limite o subsídio mensal dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado respectivo, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. e) não poderá exceder o subsídio mensal, em espécie, do Presidente da República, que funciona como limite para a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da Administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. QUESTÃO 08 – FCC – TST – ANALISTA JUDICIÁRIO – TAQUIGRAFIA – 2017 Ocupante de cargo público efetivo de médico estadual pretende prestar concurso para o cargo de médico promovido pela Prefeitura do Município em que reside. Na hipótese de ser aprovado no concurso em questão, à luz da Constituição Federal, o médico a) poderá acumular os cargos, desde que haja compatibilidade de horários. b) poderá acumular os cargos, desde que renuncie à remuneração de um deles. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 34 c) estará impossibilitado de acumular os cargos, por pertencerem aos quadros de entes diferentes da Federação, de modo que deverá requerer exoneração do cargo atual, caso pretenda tomar posse no municipal. d) poderá acumular os cargos, apenas enquanto não adquirida a estabilidade no cargo municipal, ocasião em que deveráoptar por um deles. e) estará impossibilitado de acumular os cargos, o que somente seria admitido se um fosse de professor, de modo que deverá requerer exoneração do cargo atual, caso pretenda tomar posse no municipal. QUESTÃO 09 – FCC – TST – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – 2017 Determinado Município editou lei prescrevendo que o servidor público municipal titular de cargo público efetivo gozará de férias anuais remuneradas, acrescidas do valor de um quinto sobre sua remuneração normal. Considerando que até então o valor do adicional devido ao servidor público por ocasião das férias anuais era equivalente a um terço sobre sua remuneração normal, a referida lei é a) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que, dentre os direitos trabalhistas assegurados pela Constituição ao servidor público nessa situação encontra-se o direito ao gozo de férias remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal. b) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que compete privativamente à União legislar sobre a matéria mediante edição de lei de âmbito nacional. c) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que se trata de matéria sujeita à edição de norma geral pela União, que poderá ser suplementada pelos Estados e Distrito Federal, mas não pelos Municípios. d) compatível com a Constituição Federal, uma vez que cabe à União, aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal estabelecer o regime jurídico do respectivo funcionalismo público, podendo cada qual dispor sobre o valor do adicional que será devido aos seus servidores públicos por ocasião das férias. e) compatível com a Constituição Federal, desde que a nova regra seja aplicada apenas aos servidores públicos que forem nomeados para o exercício de cargos públicos após a entrada em vigor da lei, sob pena de ser violado o princípio da irretroatividade das leis. QUESTÃO 10 – FCC – DPE RS – TÉCNICO ÁREA ADMINISTRATIVA - 2017 Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 35 A Constituição Federal assegura aos trabalhadores em geral, mas não aos servidores públicos ocupantes de cargo público, o direito a) à garantia do salário mínimo. b) ao décimo terceiro salário. c) à participação nos lucros ou resultados. d) ao repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos. e) ao gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal. QUESTÃO 11 – FCC – TRE PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA - 2017 A Constituição Federal estabelece como condição para aquisição de estabilidade pelos servidores públicos: I. A nomeação para cargo público de provimento efetivo, em virtude de concurso público, ou para cargo público em comissão, de livre provimento e exoneração. II. A posse no cargo há três anos. III. A avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. Está correto o que se afirma em a) I, II, e III. b) I e III, apenas. c) II e III, apenas. d) III, apenas. e) II, apenas. QUESTÃO 12 – FCC – CNMP – TÉCNICO DO CNMP – ADMINISTRAÇÃO – 2015 Corresponde à espécie agente político: a) Agentes Comunitários de Saúde. b) Mesário da Justiça Eleitoral. c) Dirigentes de empresas estatais. d) Membros do Conselho Tutelar. e) Membros do Ministério Público. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 36 QUESTÃO 13 – FCC – TRT 6 – JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO - 2015 O conceito de agente público NÃO é coincidente com o de agente político, cabendo destacar que a) os particulares que atuam em colaboração com a Administração, embora no exercício de função estatal, não são considerados agentes públicos. b) todos aqueles que exercem função estatal em caráter transitório, sem vínculo com a Administração, não são considerados agentes públicos e sim agentes políticos. c) apenas os ocupantes de cargos, empregos e funções na Administração pública podem ser considerados agentes públicos d) são exemplos de agentes políticos os Chefes do Executivo e seus auxiliares imediatos, assim entendidos Ministros e Secretários de Estado. e) os detentores de mandato eletivo são os únicos que se caracterizam como agentes políticos. QUESTÃO 14 – FCC – DPE AM – ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - 2017 Indivíduo titular de cargo público efetivo de médico junto à Administração pública estadual, provido mediante concurso público, foi eleito deputado estadual. À luz da Constituição Federal, referido indivíduo a) poderá cumular o exercício do cargo público com o cargo eletivo, assim como as respectivas remunerações, desde que haja compatibilidade de horários, uma vez que não pode ser compulsoriamente afastado do exercício de cargo público provido mediante concurso público. b) poderá cumular o exercício do cargo público com o cargo eletivo, desde que haja compatibilidade de horários, uma vez que se trata de cargo público de médico, mas deverá optar por uma das remunerações. c) poderá cumular o exercício do cargo público com o cargo eletivo, desde que haja compatibilidade de horários, podendo perceber a remuneração de ambos, por se tratar de cargos vinculados ao mesmo ente da Federação. d) não poderá cumular o exercício do cargo público com o cargo eletivo, uma vez que é permitida a cumulação apenas no caso de exercício de cargo público de professor. e) não poderá cumular o exercício do cargo público com o cargo eletivo, devendo afastar-se do primeiro, caso pretenda exercer o mandato de deputado. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 37 QUESTÃO 15 – FCC – TRE SP – ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA – 2017 Entre as semelhanças e distinções possíveis de serem indicadas para os ocupantes de cargos e empregos públicos, está a a) possibilidade de submissão a regime público de aposentadoria, independente da natureza jurídica do ente ao qual estão vinculados, desde que previsto na lei de criação do ente. b) obrigatoriedade, para ambos, de se submeterem a estatuto disciplinar contendo direitos e deveres, estes que, se violados, dão lugar a processo disciplinar para aplicação de penalidades, exigindo-se participação de advogado para imposição de pena demissão. c) obrigatoriedade de prévia submissão a concurso público de provas e títulos, sendo que, no caso de empregados públicos, desde que, da lei que cria o ente que integra a Administração indireta, tenha constado essa exigência. d) responsabilidade objetiva para os funcionários públicos, à semelhança do imposto para a Administração direta, enquanto remanesce a modalidade subjetiva para os ocupantes de emprego público e seus empregadores. e) possibilidade dos empregados públicos serem demitidos por decisão motivada, não sendo necessário processo disciplinar, tal qual exigido para os funcionários públicos efetivos. QUESTÃO 16 – FCC – PGE MT – ANALISTA ADMINISTRADOR - 2016 Sobre o regime dos empregos públicos, é correto afirmar: a) Os empregos públicos são acessíveis sem concurso público, por serem regidos, fundamentalmente, pelo direito privado. b) Em regra, os empregos públicos são acessíveis mediante concurso público, assim como o são os cargos públicos.c) Os empregados públicos, sujeitos fundamentalmente a regime de direito privado, não estão sujeitos ao teto de remuneração da Administração pública. d) O regime de emprego público é fixado por estatuto específico dos funcionários da carreira. e) Empregados públicos, após 4 anos de efetivo exercício, passam a gozar de estabilidade nos respectivos empregos. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 38 QUESTÃO 17 – FCC – PGE MT – ANALISTA ADMINISTRADOR - 2016 Um dos documentos que um servidor público deve assinar quando tomar posse é uma declaração de que não acumula cargos, funções ou empregos públicos na Administração pública direta ou indireta. Essa vedação de acumulação, no entanto, tem algumas exceções previstas no inciso XVI do art. 37 da Constituição Federal. Uma situação de acumulação de cargos PROIBIDA pela Constituição é a de a) um cargo de professor com outro técnico. b) dois cargos de professor. c) dois cargos técnicos. d) um cargo de professor com outro científico. e) dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. QUESTÃO 18 - FCC – PGE MT – TÉCNICO ADMINISTRATIVO - 2016 A estabilidade é um direito dos servidores públicos garantido na Constituição Federal. O objetivo é evitar que sejam demitidos sempre que um novo governante é eleito, protegê-los de represálias em casos que afetem interesses e garantir que a máquina do Estado funcione de maneira constante. Os servidores que já adquiriram estabilidade, a) podem perder o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado. b) podem perder o cargo em virtude de sentença judicial de primeira instância, dependendo da gravidade da infração cometida. c) podem perder o cargo mediante processo administrativo com ou sem apresentação de defesa. d) podem perder o cargo mediante procedimento de avaliação de desempenho, a critério da chefia imediata. e) não podem perder o cargo. QUESTÃO 19 – FCC – TRE PB – TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA - 2015 Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades de um servidor público. São características típicas do cargo público: Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 39 a) de provimento efetivo, a investidura mediante prévio concurso público, bem como a submissão de seu titular a estágio probatório. b) efetivo ou comissionado, a investidura mediante prévio concurso público e o deferimento de estabilidade ao titular, o que exige processo judicial para exoneração. c) quando na forma de emprego público, a nomeação precedida de concurso público, a estabilidade, submissão a teto remuneratório e a submissão a regime estatutário. d) quando corresponde à função pública, a submissão a regime estatutário pelos titulares, a obrigatoriedade de estágio probatório e vitaliciedade. e) a vitaliciedade, a estabilidade, a não submissão a teto remuneratório quando se tratar de cargo público de provimento efetivo. QUESTÃO 20 – FCC – TRT 15 – JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO - 2015 O conceito de agente político a) alcança apenas os detentores de mandato eletivo, inclusive os membros do Poder Executivo. b) corresponde àqueles que não detêm vínculo jurídico com a Administração, mas exercem atividade pública. c) compreende as pessoas que exercem atividades típicas de governo, entre as quais os Chefes do Poderes Executivo, os Ministros e Secretários de Estado. d) diz respeito apenas aos detentores de mandato eletivo no âmbito do Poder Legislativo. e) é espécie do gênero agente público, diferenciando-se do conceito de servidor público em face apenas do caráter temporário da investidura perante a Administração. QUESTÃO 21 – FCC – TRT 4 – ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA – 2015 Sobre os vocábulos cargo, emprego e função, seus conteúdos e possíveis inter- relações no âmbito da Administração pública, pode-se afirmar que a) as atribuições desempenhadas por servidor, sem correspondência delas a um cargo ou a um emprego, estão atreladas a função, que, sob a égide da Constituição Federal de 1988, ficou restrita às situações de assessoramento. b) a opção pela criação de cargo ou emprego é discricionária no âmbito da Administração, porque envolve questões orçamentário-financeiras, mas a criação de função é ato vinculado restrito à contratação de temporários. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 40 c) a função pode ser exercida por servidores para atividade de direção, ficando excepcionado o princípio público do concurso, restrito para investidura em cargo ou emprego. d) a criação de cargos, em razão do impacto previdenciário, depende de prévia autorização legal tanto na Administração Direta, quanto na Indireta, exigência que não se estende para a criação de empregos ou funções públicas. e) a investidura de servidores em funções públicas representa exceção ao princípio da isonomia e da legalidade, na medida em que não depende de prévia submissão a concurso de provas ou de provas e títulos. QUESTÃO 22 – FCC – TJ SC – JUIZ SUBSTITUTO - 2015 Considere as seguintes afirmações: I. Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. II. É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária. III. É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. Conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, está correto o que se afirma em a) I e III, apenas. b) III, apenas. c) I, II e III. d) I e II, apenas. e) II e III, apenas. QUESTÃO 23 – FCC – CNMP – TÉCNICO DO CNMP – ADMINISTRAÇÃO - 2015 Os agentes públicos subdividem-se em cinco espécies ou categorias bem diferenciadas, dentre elas, o agente a) integral. b) supervisor. c) delegado. d) investigador. e) corporativo. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 41 QUESTÃO 24 - FCC – CNMP – TÉCNICO DO CNMP – ADMINISTRAÇÃO – 2015 Corresponde à espécie agente político: a) Agentes Comunitários de Saúde. b) Mesário da Justiça Eleitoral. c) Dirigentes de empresas estatais. d) Membros do Conselho Tutelar. e) Membros do Ministério Público. Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 42 1 2 3 4 5 D D E A D 6 7 8 9 10 A B A A C 11 12 13 14 15 D E D E E 16 17 18 19 20 B C A A C 21 22 23 24 C C C E Direito Administrativo Aula 03 Prof. Moisés Moreira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Moisés Moreira 43 5.1 Gabarito comentado QUESTÃO 01 – FCC – TRT 6ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA
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