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Análise de Acidez Potencial em Solos

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INTRODUÇÃO
Trabalho realizado tem como função analisar a quantidade de acidez potencial nos solos coletado na UFRB sendo um Latossolo Amarelo, na região do semiárido o Cambissolo Vértico e um Latossolo Amarelo corrigido com calagem cedido pelo professor, para que possamos comparar os resultados de cada amostra e comparar com os resultados das literaturas. 
Os solos, na sua condição natural pode ser ácido, isso é devido ao material de origem e da intensidade do intemperismo. Regiões com altas precipitações e elevadas temperaturas normalmente temperaturas normalmente apresentam solos mais ácidos, pela remoção de cátions que servem de nutrientes e adição em seu lugar cátions de natureza ácida, como Al e H. Do ponto de vista químico, um solo é considerado ácido quando seu pH estiver abaixo de 7.0, onde o potencial de reposição de H+ é muito superior ao de OH-, definindo os conceitos de acidez ativa, trocável e potencial dos solos (SAMBATTI et al., 2003). Logo, o pH está ligado com a concentração de H+ na solução do solo, determinando assim a acidez ativa. Para determina-la são utilizados métodos potenciômetros, com eletrodo específico, os métodos mais utilizados são: em suspensão com água, com KCl 1 mol L-1 e em CaCl2. Os valores do pH em água apresentam maior variabilidade entre repetições quando comparados aos outros (EBELING, 2006). 
No pH medido em água pode haver erros devido a concentração de íons, isto pode ser evitado fazendo-se uso de uma solução, como o CaCl2 ou KCl. As determinações utilizando estas duas soluções apresentam algumas vantagens em relação ao em água menor erro ligado a diluição, efeito de sais solúveis e quantidade de eletrólitos na solução. Enquanto que com KCl é utilizado em levantamentos pedológicos e também minimiza o efeito de sais solúveis. Mesmo sendo mais precisos os resultados obtidos, estes possuem valores próximos ao pH em água (PEREIRA et al., 2005). 
A acidez potencial é composta pela acidez trocável e não trocável ou (H + Al), é determinada por meio potenciômetro, usando a solução SMP. Este método é baseado na medida do decréscimo do pH de uma solução tampão de acetato de amônio 1 mol L-1 pH 7,0 em contato com uma amostra de solo (CQFS RS/SC, 2016). A partir desse valor encontrado, analisando uma tabela pré-determinada indica-se a necessidade de calcário a fim de elevar o pH no valor desejável (5,5; 6,0; 6,5). Atualmente é utilizado outro método com uma solução Tampão Santa Maria (TSM), sendo idêntica a SMP, porém tendo a vantagem de não conter substâncias potencialmente tóxicas (CQFS RS/SC, 2016).
MATERIAIS E MÉTODOS
A determinação da acidez potencial (H+Al) do solo foi feita no Laboratório de Química e Fertilidade do Solo, localizado na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, sob orientação do professor da disciplina.
Para a prática foram utilizados os seguintes materiais e metodos:
Obtenção de extrato de solo:
Colocar 5 em 3 solo em erlenmayer e adicionar 75 ml de acetato de cálcio 1 N, Ph 7,0.Agitar por 5 minutos e repetir algumas vezes durante o dia.Deixar em repouso por uma noite e filtrar,recolhendo o extrato para ser analisado.
Titulação do (H+Al³ ) com NaOH:
Pipetar 25 ml do extrato,transferir para um elenmayer de 250 ml.Adicionar 3 gotas de fenolftaleína como indicador e titular com NaOH 0,025 mol L-¹.A viragem se dá no incolor para a cor rósea persistente.
Preparo de soluções:
Solução de KCL 1 mol L-¹ (74,6 g de KCL por litro de água)
Solução indicador de azul de bromotimol(0,1 g do indicador/100ml de água.
Solução 0,025 mol L-¹ de NaOH ( 1 g de NaOH/litro)
Equipamentos: Agitador horizontal circular; Funil; Balanço analítica Becker; Bureta; Bastonetes; Pissete
CÁLCULOS
 
Usando um fator de correção apresentado por Vetori(1969), acrescentamos 10% ao valor calculado.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os valores encontrados após a determinação são justificados pela literatura mostrando a relação de solo que tem uma característica de acidez maior seja por ação antrópica ou sendo pelo material de origem, apresenta maiores valores de (H++Al3+). Nesse caso a amostra de Latossolo Amarelo cultivado com pastagem apresentou o maior valor de acidez potencial em comparativo com as outras analisadas.
Tabela 1: Titulação das amostras de solo com referência na quantidade de solução básica consumida e concentração do hidrogênio mais o alumínio nas amostras.
	Amostra analisadas
	NaoH mL
	(H++Al3+)Cmolc
	
	Branco
	2,2
	
	
	Latossolo Amarelo cultivado com pastagem 
	3,7
	2,47
	
	Latossolo Amarelo cultivado com feijão 
	
3,2
	1,65
	
	Cambissolo Vértico
	2,4
	0,33
	
Fonte: Autor próprio,2019.
O solo retirado do semiárido o Cambissolo Vértico apresentou teores de acidez potencial bem baixo. Em analises anteriores obtivemos valores de pH elevado e valores pequenos Al3+ nessa amostra. Todos esses dados indicavam que o comportamento alcalino do solo, deixa de ser governado pelos íons de hidrogênio e alumínio. Nos lugares de troca encontra-se os cátions. Isso porque são solos que sofreram pouco intemperismo e apresenta uma argila de atividade alta e saturação por base alta. Na região onde as análises estão sendo realizada não tem uma predominância desse tipo de solo.
O Latossolo Amarelo cultivado com feijão e corrigido com calagem teve sua concentração de acidez potencial menor do que comparado ao cultivado com pastagem. Esse fato evidencia o potencial de neutralização da calagem. Os carbonatos (de Ca ou de Mg) reagem com o hidrogênio do solo liberando água e gás carbônico. O alumínio é insolubilizado na forma de hidróxido, sempre que avaliar fatores relacionado acidez para a recomendação de aplicação de corretivo. Pastagem diferentes de multas culturas cultivadas, tem uma tolerância maior a acidez.
Tabela 2: Titulação das amostras de solo com referência na quantidade de solução básica consumida e concentração do hidrogênio mais o alumínio nas amostras.
	Amostra analisadas
	 pH
H2O KCl
	Al3+Cmolc
	(H++Al3+)Cmolc
	
	
	
	
	Latossolo Amarelo cultivado com pastagem 
	44
	4,2
	0,3
	2,47
	Latossolo Amarelo cultivado com feijão 
	5,3
	5,1
	0,0
	1,65
	Cambissolo Vértico
	7,1
	6,7
	0,0
	0,33
Fonte: Autor próprio, 2019.
Nessa tabela podemos ver toda a característica de acidez dos solos amostrados em nossas aulas. Observe que os números coincidem exatamente com o embasamento teórico explicitado na literatura evidenciando assim as características de cada solo, além disso é possível entender o comportamento da acidez trocável e não trocável. Esse comparativo mostra também os fatores que influenciam na acidez, nesse caso a calagem interferiu, a cultura apesar de não ter citado como fator principal mais acaba influenciando indiretamente na relação, pois tem planta que demanda mais cátions e necessitam de menores quantidades, além disso tem a relação com a incorporação da matéria orgânica que é um fator direto de influência na acidez.
CONCLUSÃO
Dessa forma a determinação da acidez potencial do solo, foram realizados com sucesso e com os valores das concentrações de acidez das amostras de solo conclui-se que o Latossolo Amarelo cultivado com pastagem tem uma concentração maior de alumínio trocável e de íon hidrogênio no solo e consequentemente maior acidez total. O Latossolo Amarelo cultivado com feijão adubado e corrigido teve um valor dos dados analisado menor que o cultivado com pastagem devido a utilização da calagem. O Cambissolo Vértico apresentou menores valores de acidez, pois tem um alto valor de saturação por bases. 
REFERÊNCIAS
BRAGA, J. M. Avaliação da Fertilidade do solo (Análise Química). Viçosa: Imprensa Universitária, 1980, 37p. McLEAN, E.O.; DUMFORD, S.W. & CORONEL, F. A comparison of several methods of determining lime requirements of soils. Soil Sci. Soc. Am. Proc., 30:26-30, 1966. 
DONAGEMA, G. K.; CAMPOS, D. V. B. de; CALDERANO, S. B.; TEIXEIRA, W. G.; VIANA, J. H. M. (Org.). Manual demétodos de análise de solo. 2. ed. rev. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2011. 230 p.
EMBRAPA. Manual de métodos de análises de solo, 3ª edição revista e ampliada, 2017.
DEPELITO, B. V.; RIBEIRO, A. C. Análise química do solo: metodologia. Viscosa: Imprensa Universitária. C. T. E, 1981, 30p. (Boletim Extensão p 29). 
EMBRAPA. Manual de análises químicas do solo, plantas e fertilizantes. Brasília, 1999. 370p. 
EMBRAPA. Manual de métodos de análise do solo. 2ed. Rio de Janeiro, 1997. 212p. 
ESCOSTEGUY, P.A. & BISSANI, C.A. Estimativa de H + Al pelo pH SMP em solos do estado do Rio Grande de Sul e de Santa Catarina. R. Bras. Ci. Solo, 23:175-179, 1999.
FREITAS, L.M.M.; PRATT, P.F. & VETTORI, L. Testes rápidos para estimar as necessidades em calcário de alguns solos de São Paulo. Pesq. Agropec. Bras., 3:159-164, 1968. 
LABORSOLOS. Reação do Solo: Entenda as diferenças entre os valores que aparecem na Análise Química do Solo. Disponível em: <https://www.laborsolo.com.br/analise-quimica-de-solo/reacao-do-solo-entenda-as-diferencas-entre-os-valores-que-aparecem-na-analise-quimica-do-solo>. Acesso:20 de julho de 2019.
MONIZ, A. et al. Elementos de Pedologia. São Paulo, Polígono, Ed. da Universidade de São Paulo, 1972.

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