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Disciplinas: NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO NOÇÕES DE DIREITO PENAL NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL LEGISLAÇÃO ESPECIAL DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA LEGISLAÇÃO RELATIVA AO DPRF 2 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO 01. CONCEITO Maria Sylvia Zanella: "Ramo do Direito Público que tem por objeto os órgãos e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade ju- rídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública". ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Conceito Estado – segundo ensina a doutrina tradicional, o Estado é uma associação humana (povo), radicada em base espacial (território), que vive sob o comando de uma autoridade (po- der), não sujeita a qualquer outra. Povo – corresponde a um conceito jurídico polí- tico. (São os natos + naturalizados). 3 População (conceito numérico) número de pes- soas existentes em determinado espaço territo- rial em certo tempo. Cidadão – povo no exercício do direito político. Território corresponde a um conceito jurídico e, não meramente geográfico. Navios e aeronaves pertencentes ao Governo brasileiro, ou a seu ser- viço são considerados território nacional onde quer que se encontrem. Organização – União; Estados; DF e Municípios – todos autônomos. Art 18 CF/88. Conceito de Governo – na verdade, o governo ora se identifica com os Poderes e órgãos supremos do Estado, ora se apresenta nas funções originá- rias desses Poderes O governo atua mediante atos de soberania ou, pelo menos, de autonomia política na condução dos negócios públicos. É Poder político – tempo- ral. Conceito de Administração Pública - é todo o aparelhamento do Estado preordenado à realiza- ção de serviços visando a satisfação das neces- sidades coletivas. Não pratica atos de governo, mas tão-somente atos de execução. (são os cha- mados atos administrativos). Sentido Subjetivo e Objetivo a) Sentido Subjetivo (orgânico ou formal) – “Quem realiza”. - Entes que exercem a atividade administrativa (atividade jurídica não contenciosa) => compre- ende pessoas jurídicas, órgãos e agentes públi- cos. b) Sentido Objetivo (material ou funcional) – “O que realiza”. – fomento; – polícia administrativa; – serviço público (prestação); – intervenção na atividade econômica. • Fontes – Lei – É a fonte primária. (sentido am- plo Constituições, Leis ...) – Doutrina; Jurisprudência; Costumes. 4 “Art. 37 - A administração pública direta e indi- reta de qualquer dos Poderes da União, dos Es- tados, do Distrito Federal e dos Municípios obe- decerá aos princípios de legalidade, impessoali- dade, moralidade, publicidade e eficiência”. Sua principal característica é serem de obser- vância obrigatória a União, Estados, Distrito Fe- deral e Municípios. São eles : L EGALIDADE I IMPESSOALIDADE M ORALIDADE P UBLICIDADE E FICIÊNCIA PRINCÍPIOS PREVISTOS NA LEI DO PROCESSO ADMINISTRATIVO A Lei nº 9.784, de 29.01.1999, art. 2º, prevê que A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da : supremacia do interesse público sobre o inte- resse particular indisponibilidade finalidade, motivação, razoabilidade e proporcionalidade, ampla defesa e contraditório, segurança jurídica, autotutela 02. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRA- TIVA A organização político-administrativa brasi- leira compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos nos termos da Constituição (CF/88, art. 18, caput). A administração Direta e Indireta de qualquer dos Poderes da União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princí- pios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.....”.(CF/88, art. 37, ca- put) Assim, em uma primeira classificação a Administração Pública compreende a : Administração Federal; Administração Estadual, Administração do Distrito Federal; e Administração Municipal. Cada uma destas Administrações se sub- divide em : Administração Direta e Administra- ção Indireta. ÓRGÃOS PÚBLICOS • Para Hely Meirelles órgãos públicos “são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, atra- vés de seus agentes, cuja atuação é im- putada à pessoa jurídica a que perten- cem”. Por isso mesmo, os órgãos não têm personalidade jurídica nem vontade própria, que são atributos do corpo e não das partes". Classificação dos órgãos públicos Hely Meirelles classifica os órgãos públicos quanto á posição estatal, ou seja, relativa- mente á posição ocupada pelos mesmos na escala governamental ou administrativa, em : independentes, autônomos, superiores e subalternos. ÓRGÃOS INDEPENDENTES : são os originá- rios da Constituição, colocados no ápice da pirâmide governamental, sem qualquer su- bordinação hierárquica ou funcional, e só su- jeitos aos controles constitucionais de um Poder pelo outro. São chamados de órgãos primários do Estado. Esses órgãos detêm e exercem as funções políticas, judiciais e quase-judiciais outorgadas diretamente pela Constituição, para serem desempenhadas diretamente pelos seus membros (agentes políticos, distintos de seus servidores, que são agentes administrativos). São exemplos : 5 • Casas legislativas - Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Assembleias Legislativas, Câmaras de Vereadores. • Chefias do Executivos – Presidência da República, Governadorias, Prefeituras. • Tribunais de Contas – da União, dos Es- tados, dos Municípios ÓRGÃOS AUTÔNOMOS: são os localizados na cúpula da Administração, imediatamente abaixo dos órgãos independentes e diretamente subor- dinados a seus chefes. Têm ampla autonomia administrativa, financeira e técnica, caracteri- zando-se como órgãos diretivos com funções precípuas de planejamento, supervisão, coor- denação e controle das atividades que consti- tuem sua área de competência. São exemplos : Ministérios, Secretarias Estaduais, Se- cretarias Municipais. Advocacia-Geral da União, Procuradorias dos Estados e Municípios. ÓRGÃOS SUPERIORES: não gozam de autono- mia administrativa nem financeira, que são atri- butos dos órgãos independentes e dos autôno- mos a que pertencem. Sua liberdade funcional restringe-se ao planejamento e soluções técni- cas, dentro de sua área de competência, com responsabilidade pela execução, geralmente a cargo de seus órgãos subalternos. São exemplos: Gabinetes; Procuradorias Administrtivas e Judiciais; Coordenadorias; Departamentos; Divisões. ÓRGÃOS SUBALTERNOS: destinam-se á reali- zação de serviços de rotina, tarefas de formali- zação de atos administrativos, com reduzido po- der decisório e predominância de atribuições de execução, a exemplo das atividades-meios e atendimento ao público São exemplos . Portarias; Seções de expediente DescENTralização é a distribuição de competências entre Entidades de uma para outra pessoa, ou seja, pressupõe a existência de duas pessoas, entre as quais se repartem as competências. DescOncentração é a distribuição de competências entre Órgãos dentro da mesma pessoa jurídica, para desconges- tionar, desconcentrar, um volume grande de atribuições, e permitir o seu mais ade- quado e racional desempenho. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA UNIÃO: Administração Direta e Indireta: A Administração direta é composta pelos ór- gãos integrantes da Presidência da Repú- blica e pelos Ministérios. LEI Nº 10.683, DE 28 DE MAIO DE 2003 Parágrafo único. São Ministros de Estado: os titularesdos Ministérios, o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da Repú- blica, o Chefe da Secretaria-Geral da Presi- dência da República, o Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da Re- pública, o Chefe da Secretaria de Comunica- ção Social da Presidência da Repú- blica, o Chefe da Secretaria Especial de Po- líticas de Promoção da Igualdade Ra- cial, o Advogado-Geral da União, 6 o Ministro de Estado do Controle e da Transparência e o Presidente do Banco Central do Bra- sil. (Redação dada pela Medida Provisó- ria nº 419, de 2008) Autarquias Definição do art. 5º, I, do DL 200/67: "o serviço autô- nomo, criado por lei, com personalidade jurídica, pa- trimônio e receita próprios, para executar atividades típicas de administração pública, que requeiram para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada". => Só podem ser criadas por lei específica (art. 37, XIX, CF) . Ex: Bacen, INSS, CVM, USP, etc. Fundações Públicas Fundações são pessoas de direito público de na- tureza autárquica. Lei complementar deve definir sua área de atuação. Criação autorizada por lei (art 37, XIX, CF), com regis- tro em órgão competente; Regime de pessoal - Estatutário (L 8112/90) ou Ce- letista (L 9962/01). Exs.: ENAP; IBGE, FUNAI, IPEA (Inst de pesq. Econ. Aplicada). Empresas Públicas. Capital – 100% público; Assume forma societária admitida em direito; => Justiça Federal é competente para julgar ações em que é parte empresa pública federal. => Deve-se entender que a supremacia acionária es- teja na órbita Federal . Art. 173, § 1º - CF => Estabelece que lei criará um estatuto jurídico das SEM e EP. Criação e Extinção: art. 37, XIX exige-se lei especí- fica para a autorização de sua instituição. Logo só por lei podem ser extintas. Exs.: ECT; CEF; EMBRAPA. Sociedade de Economia Mista. capital 50% + 1 ação é pública; forma societária, S/A seus feitos são julgados na justiça estadual; Criação e Extinção: art. 37, XIX exige-se lei especí- fica para a autorização de sua instituição. Logo só por lei podem ser extintas. SEM => prestadoras de serviço público não estão su- jeitas à falência (art. 242 da lei nº 6.404). As Diferenças entre EP x SEM a) EP => só recursos de pessoas jurídicas de direito público e entidades de administração indireta. SEM => recursos públicos e privados (>50% + uma na esfera federal) b) EP => podem adotar qualquer forma societária. SEM => sociedade anônima. c) EP (federal) => feitos perante a Justiça Federal (art. 109, CF) SEM => feitos perante a Justiça Estadual. Pontos comuns das Entidades a) patrimônio próprio; b) personalidade jurídica; c) lei de licitações; d) supervisão Ministerial; e) controle pelo TCU; f) Art. 37, II - concurso público para ingresso. AGENTES PÚBLICOS: espécies e classificação, po- deres, deveres e prerrogativas; cargo, emprego e fun- ção pública. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/419.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/419.htm 7 Poderes, deveres e prerrogativas dos Agentes Públicos. Subdivide-se em: dever de eficiência; dever de probidade (Lei 8429/92); dever de prestar contas. Cargo – são lugares criados, por lei nos órgãos, para serem providos por gentes que exercerão as suas funções na forma legal, podendo ser temporário ou efetivo. O cargo é do órgão e o agente é investido no cargo. Função – é a atribuição ou conjunto de atribuições que a administração confere a cada categoria profis- sional ou comete individualmente a determinados servidores para a execução de serviços eventuais. Diferencia-se, basicamente, do cargo em comissão pelo fato de não titularizar cargo público. Emprego Público. É o trabalho, o ofício, exercido por um servidor em caráter permanente, sob o regime da Consolidação das Leis do trabalho. PODERES ADMINISTRATIVOS Trata-se de um instrumento que a ordem jurídica coloca a disposição do poder público, que tem por finalidade tornar efetiva sua atuação. PODERES ADMINISTRATIVOS: Poder Vinculado; Poder discricionário; Poder Hierárquico; Poder Disciplinar; Poder Regulamentar; Poder de Polícia; Uso e Abuso do Poder. Poder Vinculado: É aquela situação em que o agir do agente da administração pública está previsto em lei, ou seja, ele age pré-condicionado emitindo uma carga menor de valor. Poder Discricionário: o que prepondera é um juízo de valor em termos de oportunidade e conveniência, ou seja, a ordem jurídica coloca à disposição do agente a possibilidade de opção. Poder Hierárquico: é aquele que tem por finalidade ordenar os órgãos e cargos públicos em níveis ge- rando a atribuição de fiscalizar, avocar, controlar, su- pervisionar, etc. Poder disciplinar: tem por finalidade a punição ou não do servidor, art. 5º inciso LIV, LV CF/88. O exer- cício do poder disciplinar pressupõe a existência de regular processo administrativo em que se assegure contraditório e a ampla defesa. Poder Regulamentar: ver art. 84 inciso IV CF/88. Art. 49 inciso V, CF/88. Tem por finalidade explicitar o conteúdo da Lei, possibilitando a sua efetivação, ou seja, dar condições a que se exercite o direito pre- visto na Lei. É de se notar que a CF/88, art. 84, inc VI; (acres- centado pela EC n. 32/2000) possibilitou a edição de decretos autônomos 8 Poder de Polícia: “Considera-se poder de polícia a ati- vidade da administração pública que, limitando o dis- ciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de in- teresse público...” (Código Tributário Nacional, art. 78, primeira parte)” Características ou Atributos do Poder de Polícia: Discricionariedade; auto-executoriedade; e coercibilidade . O abuso do poder ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, ultrapassa os limites de suas atribuições ou se desvia das finalida- des administrativas. O constituinte trouxe o mandado de segurança, cabível contra ato de qualquer autoridade (CF, art. 5º, LXIX, e Lei 1.533/51), e assegurou a toda pessoa o di- reito de representação contra abusos de autoridades (art. 5º XXXIV, e a Lei 4.898/65 ). ATO ADMINISTRATIVO: Conceito, requisitos, perfeição, validade, eficácia, atributos, extinção, desfazimento e sanatória, classificação, espécies e exteriorização, vinculação e discricionariedade. CONCEITO H.LM – “é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e de- clarar direitos, ou impor obrigações aos adminis- trados ou a si própria”. Características do ato administrativo: a) declaração jurídica que produz efeitos jurídicos; b) provém do Estado ou de quem esteja investido em prerrogativas estatais; c) é exercido no uso de prerrogativas públicas, portanto, de autoridade, sob regência do Direito Público; d) providências jurídicas complementares da lei ou excepcionalmente da Constituição; e) sujeita-se a exame de legitimidade por órgão jurisdicional. Perfeição, Validade e Eficácia - perfeição - ato produzido em absoluta confor- midade - situação do ato cujo ciclo de formação está concluído; - validade - observadas as exigências do sistema normativo; - eficácia - disponível para produzir efeitos pró- prios, típicos (não depende de termo, condição). Elementos ou requisitos do Ato Administrativo - Competência (sujeito)- autor do ato; - Finalidade - bem jurídico a que o ato deve aten- der - Forma - revestimento externo do ato; 9 - Motivo - situação objetiva que autoriza ou exige a prática do ato(de fato e de direito); - Objeto (conteúdo) - disposição jurídica expres- sada pelo ato; Teorias dos Motivos Determinantes - enunciados os motivos pelo agente, estes aderem ao ato, devendo ser provado que ocorreram e que justificaram o ato. Atributos dos Atos Administrativos a) presunção de legitimidade; b) imperatividade; c) exigibilidade; d) executoriedade ou auto-executoriedade; e) tipicidade. Classificação dos Atos Administrativos QUANTO AO DESTINATÁRIO Atos Gerais ato abstrato - alcança um número indeterminado de pessoas e situações. Ex.: regu- lamento; edital de concurso público. Atos Individuais ato concreto - alcança um único caso. Ex.: exoneração de um servidor; QUANTO AO ALCANCE: Atos internos e externos QUANTO À PRERROGATIVA: Atos de gestão, de império e de expediente QUANTO AO REGRAMENTO: - Discricionários há margem de liberdade para a Administração decidir. Ex.: porte de arma; - Vinculados - não há liberdade para a Adminis- tração decidir. Ex.: aposentadoria, a pedido, por ter completado o tempo para aposentadoria Quanto aos efeitos: - constitutivos. A administração reconhece o di- reito que não era comprovado. Ex.: tempo de ser- viço sem carteira. - declaratórios. O direito já existe, a administra- ção atesta, certidão de tempo de serviço com car- teira. Quanto à composição da vontade produtora do ato: - ato simples - declaração jurídica de um órgão; - atos complexos - conjugação da vontade de dois ou mais órgãos. Ex.:Decreto do Executivo referendado pelo Ministro de Estado. - ato composto – declaração jurídica de um órgão formando um ato, porém sem eficácia que de- pende da verificação por parte de outro para se tornar exeqüível. PGR - MSZD ESPÉCIES DE ATO ADMINISTRATIVO Normativos - são aqueles que contém um co- mando geral do executivo visando a correta apli- cação da lei. Ex.: Decretos; Regulamentos; Regi- mentos e Resoluções. Atos Ordinatórios: são os que visam a disciplinar o funcionamento da Adminis- tração e a conduta funcional de seus 10 agentes; emanam do poder hierárquico; só atuam no âmbito interno das reparti- ções e só alcançam os servidores hierar- quizados à chefia que os expediu; dentre os atos ordinatórios merecem exame: Atos Negociais: são todos aqueles que contêm uma declaração de vontade da Administração apta a concretizar deter- minado negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao particular, nas condi- ções impostas ou consentidas pelo Po- der Público; enquadram-se os seguintes atos administrativos: Atos enunciativos: são todos aqueles em que a Administração se limita a certificar ou atestar um fato, ou emitir uma opinião sobre determinado assunto, sem se vin- cular ao seu enunciado; dentre os mais comuns estão os seguintes: 11 Certidões (Administrativas): são cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos constantes no processo, livro ou documento que se encontre nas reparti- ções públicas; o fornecimento de certi- dões é obrigação constitucional de toda repartição pública, desde que requerida pelo interessado; devem ser expedidas no prazo improrrogável de 15 dias, con- tados do registro do pedido. (Lei 9051/95) Atestados: são atos pelos quais a Adminis- tração comprova um fato ou uma situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes. Pareceres: são manifestações de órgão téc- nicos sobre assuntos submetidos à sua consideração; tem caráter meramente opi- nativo; Normativo: é aquele que, ao ser aprovado pela autoridade competente, é convertido em norma de procedimento interno; Técnico: é o que provém de órgão ou agente especializado na matéria, não podendo ser contrariado por leigo ou por superior hierár- quico. Apostilas: são atos enunciativos ou declara- tórios de uma situação anterior criada por lei. Atos Punitivos: são os que contêm uma san- ção imposta pela Administração àqueles que infringem disposições legais, regula- mentares ou ordinatórias dos bens e servi- ços públicos; visam a punir e reprimir as in- frações administrativas ou a conduta irregu- lar dos servidores ou dos particulares pe- rante a Administração. Extinção, desfazimento e sanatória. Extinção do ato eficaz O ato eficaz é o que esta produ- zindo os efeitos para os quais foi preordenado. Essa espécie de ato extingue-se: pelo cumprimento de seus efeitos; pelo desaparecimento do sujeito da relação jurídica; pelo desaparecimento do objeto da relação jurídica; pela retirada do ato; e pela renúncia. Retirada A edição de um ato administra- tivo cujo objeto é a retirada de outro do or- denamento jurídico impõe a esse ato a sua extinção. 12 A retirada pode dar-se: por revogação, por invalidação, por cassação, por caducidade, e por contraposição. Extinção: As formas mais usuais de extin- ção do ato administrativo são a revogação e anulação. A revogação - é a supressão de um ato administrativo legítimo e eficaz, realizada pela Administração. A revogação opera efeitos “ex nunc”, ou seja, não retroage. Vale de sua decretação em diante. Anulação – pode ser decretada pela pró- pria Administração ou pelo judiciário. Sua fundamentação sempre será a ilega- lidade do ato. Opera efeitos “ex tunc”, ou seja, retroage à data da produção do ato. Recusa A recusa não se confunde com a re- núncia. Na recusa, rejeita-se o que ainda não se possui; na renúncia, rejeita-se o que já se possui. Revogação da revogação e repristinação. O ato de revogação pode ser revo- gado? A resposta é não. O ato de revoga- ção é um ato administrativo consumado, e como tal não existe mais. A ressalva é feita para o caso de no ato revogador constar a hipótese de restauração do ato revogado. Sanatória – a sanatória do ato adm. é o seu conserto e aproveitamento, ou seja, a superação de seus defeitos, para que se alcance sua validade, eficácia e exe- qüibilidade. Convalidação – é o suprimento da invali- dade de um ato com efeitos retroativos. - Há de haver interesse público; - Não prejudicar terceiros de boa-fé; É poder discricionário da Administração, art. 55, Lei Federal, 9.784/99 “regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal”. - Somente os atos anuláveis podem ser convalidados. CONTRATO DE GESTÃO Com o objetivo de alcançar melhores re- sultados na Administração Pública, cria- ram-se novos instrumentos no âmbito do Direito Público, para conferir maior auto- nomia aos entes administrativos ou esta- belecer parcerias com entidades priva- das sem fins lucrativos. Dentre tais medi- das, sobressai o contrato de gestão. Com a Emenda Constitucional nº 19/98, o contrato de gestão passou para a alçada constitucional com previsão no art. 37, § 8º: “a autonomia gerencial, orçamentária e financeira da administração direta e in- direta poderá ser ampliada mediante con- 13 trato, a ser firmado entre seus adminis- tradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempe- nho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: I – o prazo de duração do contrato; II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; III – a remuneração do pessoal”. Diante desse panorama, pode-se separar três situações distintas frente ao instituto contrato de gestão: - contrato entre o Poder Público e enti- dades da Administração Indireta;- “contrato” entre órgãos; - contrato entre o Poder Público e “or- ganizações sociais”. A organização social A organização social é uma qualificação, um título, que a Administração outorga a uma entidade privada, sem fins lucrati- vos, para que ela possa receber determi- nados benefícios do Poder Público (dota- ções orçamentárias, isenções fiscais etc.), para a realização de seus fins, que devem ser necessariamente de interesse da comunidade. Foi a denominação que o legislador re- solveu outorgar àquelas entidades, em substituição ao desmoralizado título de utilidade pública, concedido a entidades assistenciais que de beneficentes só ti- nham o rótulo, por servirem a interesses particulares. Nos termos da Lei federal n. 9.637, de 18.5.1998, o Poder Executivo poderá qua- lificar como organizações sociais pes- soas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sociais sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa ci- entífica, ao desenvolvimento tecnoló- gico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos os requisitos previstos nesse mesmo di- ploma. Quais são os requisitos básicos? Não podem ter finalidade lucrativa e todo e qualquer legado ou doação rece- bida deve ser incorporado ao seu patri- mônio; de igual modo, os excedentes financeiros decorrentes de suas ativi- dades; Finalidade social em qualquer das áreas previstas na lei: ensino, saúde, cultura, ciência, tecnologia e meio am- biente; Possuir órgãos diretivos colegiados, com a participação de representantes do Poder Público e da comunidade; publicidade de seus atos; Submissão ao controle do Tribunal de Contas dos recursos oficiais recebidos (o que já existe); Celebração de um contrato de gestão com o Poder Público, para a formação da parceria e a fixação das metas a se- rem atingidas e o controle dos resulta- dos. Os Estados e Municípios perante a Lei fe- deral n. 9.637/98? Na verdade, os Estados e Municí- pios, se quiserem se utilizar dessa nova forma de parceria na sua administração deverá aprovar suas próprias leis. Deve- se lembrar que a matéria diz respeito à forma de prestação de serviços de com- petência da respectiva entidade estatal. Por conseguinte, somente a entidade es- tatal competente pode legislar sobre o tema. A Lei n. 9.637/98 não é uma lei naci- onal, cujas normas gerais seriam aplicá- 14 veis aos Estados e Municípios, tanto as- sim que ela não faz menção ao assunto, como ocorre, por exemplo, com a Lei Ge- ral de Licitações e Contratos (Lei n. 8.666/93, art. 1º, parágrafo único). SERVIÇOS PÚBLICOS SERVIÇOS PÚBLICOS; conceito, classifica- ção, regulamentação e controle; formas, meios e requisitos; delegação; concessão, permissão e autorização. Definição de HLM: “É todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer ne- cessidades essenciais ou secundárias da coleti- vidade ou simples conveniência do Estado”. Nessa definição, três elementos são essen- ciais para configurar o serviço público, quais se- jam: o elemento subjetivo, o formal e o material. O elemento subjetivo caracteriza a compe- tência do Estado para definir o termo serviço pú- blico (artigo 175, da Constituição Federal). Quanto ao aspecto formal, verifica-se que o serviço público é regido pelo regime jurídico de direito público, podendo, quando a lei permitir, utilizar-se de instituto de direito privado. Por fim, o elemento material é aquele que considera o serviço público como uma atividade de interesse público, ou seja, tem por objetivo primordial o atendimento às necessidades públi- cas. Serviços públicos – propriamente ditos, são os que a Administração presta diretamente à co- munidade, por reconhecer sua essencialidade e necessidade para a sobrevivência do grupo so- cial e do próprio Estado. Serviços de utilidade pública – são os que a Administração, reconhecendo a sua conveni- ência (não essencialidade, nem necessidade) para os membros da coletividade, presta-os di- retamente ou aquiesce em que sejam prestados por terceiros (concessionários, permissionários ou autorizatários), nas condições regulamenta- das e sob seu controle, mas por conta e risco dos prestadores, mediante remuneração dos usuários. Ex.: serviços de transporte coletivo, energia elétrica, gás, telefone. Serviços próprios do Estado - são aque- les que se relacionam intimamente com as atri- buições do Poder Público (segurança, polícia, higiene e saúde pública) e para a execução dos quais a Administração usa da sua supremacia sob os administrados. Por esta razão só podem ser prestados por órgãos ou entidades da Admi- nistração Pública, sem delegação a particulares. Serviços impróprios do Estado – são os que não afetam substancialmente as necessida- des da comunidade, mas satisfazem interesses comuns de seus membros, e, por isso, a Admi- nistração os presta remuneradamente por seus órgãos ou entidades descentralizadas (autar- quias, empresas públicas, sociedades de eco- nomia mista, fundações governamentais), ou delega sua prestação a concessionários, per- missionários ou autorizatários. Serviços administrativos - são os que a Administração executa para atender a suas ne- cessidades internas Serviços industriais - são os que produzem renda para quem os presta, mediante a remune- ração da utilidade usada ou consumida, remu- neração,esta, que, tecnicamente se denomina tarifa ou preço público, por ser sempre fixada pelo Poder Público. Serviço “uti universi” ou gerais – são aqueles que a administração presta sem ter usu- ários determinados, para atender a coletividade no seu todo. Ex.: de polícia, iluminação pública, calçamento e outros. Serviço “uti singuli” ou individuais – são os que têm usuários determinados e utilização particular mensurável para cada destinatário. 15 Ex.: telefone, água e energia elétrica domicilia- res. Requisitos do Serviço e Direitos do Usuá- rio: Cortesia – (um bom tratamento); Continuidade – (não pode sofre solução de continuidade); Eficiência – (bom resultado, sem desper- diço, obter o máximo com o mínimo); Segurança – (não se deve colocar em risco o usuário. Peças impróprias devem ser removidas o renovar o equipamento); Atualidade – (utilização de equipamentos modernos, oferecer o que há de melhor, dentro das possibilidades da outorga); Regularidade – (ser segundo padrões de qualidade e quantidade impostos pela ad- ministração pública, tendo em vista o nú- mero e as exigências dos usuários); Modicidade – (taxas ou tarifas justas, pa- gas pelos usuários para remunerar o prestador); Mutabilidade do regime- pode alterar o re- gime de prestação sem consultar os agentes e os usuários; e Generalidade – (ser igual para todos – art. 37, CF – impessoalidade e igualdade). O controle do serviço público e sua devida regulamentação É o poder público quem tem a tarefa de controlar e regular os serviços públicos. Mesmo quando o Estado delega a terceiro a execução de determinada atividade, tem este o dever de regular e controlar o que irá ser exercido. Assim, qualquer irregularidade ou não cumprimento das condições impostas ge- rará a imediata intervenção do Poder Pú- blico. Da competência Em relação á competência para realiza- ção do serviço público, esta se divide em competência: executiva e legislativa. Forma de prestação dos serviços públi- cos - O serviço público pode ser realizado de forma centralizada, descentralizada, descon- centrada, de execução direta ou indireta. A forma centralizada ocorre quando é de exclusiva responsabilidade do Poder Público a execução do serviço público, sendo que este o exerce com seus próprios órgãos. A descentralizaçãodo serviço se dá quando o Poder Público transfere a outrem a titularidade ou execução do serviço, sendo esta caracterizada com a outorga ou delega- ção da execução á autarquias, entidades pa- raestatais, empresas privadas ou particula- res individualmente. A outorga é caracterizada pela transfe- rência do serviço através de lei, enquanto a delegação configura a transferência medi- ante contrato (concessão) ou ato unilateral (permissão ou autorização). O serviço desconcentrado é aquele onde a Administração Pública o executa de forma centralizada, no entanto, o distribui entre vá- rios órgãos da mesma entidade, facilitando, dessa forma, sua obtenção pelos usuários. 16 A execução direta do serviço é aquela re- alizada pelos meios da pessoa responsável por sua prestação. Há a realização pr quem tem o dever direto de fazê-lo. Já a execução indireta é realizada por terceiros. Há outorga quando o Estado cria uma en- tidade (autarquia, fundação pública ou esta- tais) e a ela transfere, por lei, determinado serviço público ou de utilidade pública. Há delegação quando o Estado transfere, por contrato (concessão) ou ato unilateral (permissão ou autorização), Convênios administrativos a) Conceitos – “acordos firmados por entidades públi- cas de qualquer espécie, ou entre estas e or- ganizações particulares, para realização de objetivos de interesse comum dos partíci- pes.” (Hely Lopes Meirelles). Consórcios – LEI Nº 11.107, DE 6 DE ABRIL DE 2005. Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências. Consórcios – LEI Nº 11.107, DE 6 DE ABRIL DE 2005. § 1o O consórcio público constituirá as- sociação pública ou pessoa jurídica de di- reito privado. § 2o A União somente participará de con- sórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorcia- dos. Art. 5o O contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação, mediante lei, do protocolo de intenções. Art. 6o O consórcio público adquirirá per- sonalidade jurídica: I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vi- gência das leis de ratificação do protocolo de intenções; II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação ci- vil. Art. 6o § 1o O consórcio público com perso- nalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados. § 2o No caso de se revestir de perso- nalidade jurídica de direito privado, o con- sórcio público observará as normas de di- reito público no que concerne à realização de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Traba- lho - CLT. Art. 17. Os arts. 23, 24, 26 e 112 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, passam a vigorar com a seguinte redação: "Art.23. ......................................................... § 8o No caso de consórcios públicos, apli- car-se-á o dobro dos valores mencionados no caput deste artigo quando formado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando formado por maior número." (NR) "Art. 24. ................................................................ XXVI – na celebração de contrato de pro- grama com ente da Federação ou com enti- dade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma as- sociada nos termos do autorizado em con- trato de consórcio público ou em convênio de cooperação. Parágrafo único. Os percentuais referi- dos nos incisos I e II do caput deste artigo http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.107-2005?OpenDocument http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.107-2005?OpenDocument http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.107-2005?OpenDocument http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.107-2005?OpenDocument http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm 17 serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de economia mista, em- presa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas." (NR) CONCESSÃO E PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚ- BLICO Conceito e Noções Gerais O art. 175 da CF dispõe que “incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos”. A concessão pode ser contratual ou legal. É contratual quando se concede a prestação de serviços públicos aos particulares. É legal quando a concessão é feita a entidades au- tárquicas e paraestatais. Principais características da concessão de serviço público: a) exige licitação – art. 2o da Lei 8666/93 e art. 175, caput; b) natureza jurídica contratual sujeito ao regime jurídico de Direito Público. Possibilita alteração unilateral do ajuste pela Adminis- tração (são as cláusulas exorbitantes); c) é bilateral por enlaçar direitos e obriga- ções recíprocas; d) delega-se apenas a execução do ser- viço, de tal sorte que a titularidade continua a pertencer ao Poder Público, que regula- menta e fiscaliza a forma como o particular executa o ajuste. O serviço é realizado em seu nome, por sua conta e risco, sendo re- munerado por tarifas (pagas pelos usuários do serviço); e) o ajuste celebrado é intuitu personae ou “em razão da pessoa”, o que significa di- zer que o particular não poderá transferir a responsabilidade pela execução do serviço a outrem, sem autorização expressa da Admi- nistração Pública”. PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. Segundo as lições de Celso Anto- nio Bandeira de Mello, “é o ato unilateral e precário, intuito personae, através do qual o Poder Público transfere a alguém o desem- penho de serviço de sua alçada, proporcio- nando, à moda do que faz a concessão,a pos- sibilidade de cobrança de tarifas dos usuá- rios.” Principais características da permissão de serviço público: a) exige licitação – art. 175 CF/88 e art. 2o da Lei 8666/93. b) celebrado por meio de contrato de adesão que, apesar desse nome, permite a revogação e alteração unilateral do ajuste pela Administra- ção; c) é unilateral, discricionário e precário: po- dendo, dessa forma, ser alterado unilateral- mente pela Administração Pública, inclusive re- vogando-o por motivo de conveniência e opor- tunidade, sem que o permissionário nada possa fazer; d) tal qual a concessão, delega-se apenas a execução do serviço, de tal sorte que a titulari- dade continua a pertencer ao Poder Público, que regulamenta e fiscaliza a forma como o particu- lar executa o ajuste; e) o ajuste celebrado é intuitu personae ou “em razão da pessoa”, idêntico à concessão. 18 Autorização de Serviço Público “A autorização de serviço público é ato uni- lateral pelo qual a Administração, discricio- nariamente, faculta o exercício de atividade material, tendo, como regra, caráter precário. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Art. 37. A administração pública direta e indi- reta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí- pios obedecerá aos princípios: l egalidade, I mpessoalidade, m oralidade, p ublicidade, e e ficiência e, também, ao seguinte: PODERESADMINISTRATIVOS: Poder Vinculado; Poder discricionário; Poder Hierárquico; Poder Disciplinar; Poder Regulamentar; Poder de Polícia; Uso e Abuso do Poder. Poder Hierárquico: é aquele que tem por finalidade ordenar os órgãos e cargos públicos em níveis gerando a atribuição de fiscalizar, avocar, con- trolar, supervisionar, etc. O controle administrativo deriva do poder- dever de autotutela que a Administração tem sobre seus próprios atos e agentes. Controle interno – é todo aquele realizado pela entidade ou órgão responsável pela ati- vidade controlada, no âmbito da própria Ad- ministração. Controle externo - é o que se realiza por ór- gão estranho à Administração responsável pelo ato controlado, como p. ex.: a aprecia- ção das contas do Executivo e do Judiciário pelo Legislativo; a auditoria do Tribunal de Contas sobre a efetivação de determinada despesa do Executivo; anulação de um ato do Executivo por determinação do Judiciá- rio; a sustação de ato normativo do Execu- tivo pelo Legislativo (CF, art. 49, V). 19 Meios de Controle Administrativo Os meios de controle administrativo, de um modo geral dividem-se em: fiscalização hierárquica; supervisão ministerial; e recursos administrativos. Controle do Judiciário ART. 5º ............................................... XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; É o exercido privativamente pelos órgãos do Poder Judiciário sobre os atos administrati- vos do Executivo, do Legislativo e do próprio Judiciário, quando realiza atividades admi- nistrativas. Controle do Judiciário - É um controle a pos- teriori, unicamente de legalidade, por restrito à verificação da conformidade do ato com a norma legal que o rege. Não pode o Judiciário pronunciar-se sobre conveniência e oportunidade ou eficiência do ato em exame, ou seja, sobre o mérito ad- ministrativo. 20 Controle Legislativo É o exercido pelos órgãos legisla- tivos (Congresso Nacional, Assembléias Le- gislativas e Câmaras de Vereadores) inclu- sive suas comissões parlamentares sobre determinados atos do Executivo na dupla li- nha da legalidade e da conveniência pública, pelo quê caracteriza-se como um controle eminentemente político, objetivando os su- periores interesses do Estado e da comuni- dade. 21 Controle Legislativo Segundo Caio Tácito “ o controle do Le- gislativo sobre a Administração Pública, es- pecialmente nos governos presidencialistas, é caracteristicamente de efeito indireto. Não pode o Congresso Nacional anular atos administrativos ilegais, nem exercer so- bre as autoridades executivas poderes de hi- erarquia ou de tutela”. Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre trata- dos, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gra- vosos ao patrimônio nacional; IV - aprovar o estado de defesa e a inter- venção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medi- das; V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regula- mentar ou dos limites de delegação legisla- tiva; IX - julgar anualmente as contas presta- das pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo; X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Po- der Executivo, incluídos os da administração indireta; Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Se- nado Federal, ou qualquer de suas Comis- sões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, im- portando crime de responsabilidade a ausên- cia sem justificação adequada. § 1º Os Ministros de Estado poderão com- parecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados ou a qualquer de suas comis- sões, por sua iniciativa e mediante entendi- mentos com a Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério. § 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos de informação a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referi- das no caput deste artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não atendimento, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas. Art. 51. Compete privativamente à Câ- mara dos Deputados: I - autorizar, por dois terços de seus mem- bros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; II - proceder à tomada de contas do Presi- dente da República, quando não apresenta- das ao Congresso Nacional dentro de ses- senta dias após a abertura da sessão legisla- tiva; Art. 58. O Congresso Nacional e suas Ca- sas terão comissões permanentes e tempo- rárias, constituídas na forma e com as atri- buições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. § 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: II - realizar audiências públicas com enti- dades da sociedade civil; III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos ineren- tes a suas atribuições; IV - receber petições, reclamações, repre- sentações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas; V - solicitar depoimento de qualquer au- toridade ou cidadão; VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvol- vimento e sobre eles emitir parecer. 22 § 3º As comissões parlamentares de in- quérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respec- tivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em con- junto ou separadamente, mediante requeri- mento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou cri- minal dos infratores. Da Fiscalização Contábil, Financeira e Or- çamentária Art. 70. A fiscalização contábil, finan- ceira, orçamentária, operacional e patrimo- nial da União e das entidades da administra- ção direta e indireta, quanto à legalidade, le- gitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Parágrafo único. Prestará contas qual- quer pessoa física ou jurídica, pública ou pri- vada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pú- blicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e socieda- des instituídas e mantidas pelo poder pú- blico federal, e as contas daqueles que de- rem causa a perda, extravio ou outra irregu- laridade de que resulte prejuízo ao erário pú- blico; III - apreciar, para fins de registro, a le- galidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e in- direta, incluídDo Ministério Público IV - realizar, por iniciativa própria, da Câ- mara dos Deputados, do Senado Federal, de comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de naturezacontábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legis- lativo, Executivo e Judiciário, e demais enti- dades referidas no inciso II; VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que es- tabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; IX - assinar prazo para que o órgão ou en- tidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilega- lidade; X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câ- mara dos Deputados e ao Senado Federal; XI - representar ao Poder competente so- bre irregularidades ou abusos apurados. § 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Na- cional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. § 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efe- tivar as medidas previstas no parágrafo ante- rior, o Tribunal decidirá a respeito. Do Ministério Público Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe: a defesa da ordem jurídica, 23 do regime democrático; e dos interesses sociais e individuais indispo- níveis. Art. 129. São funções institucionais do Minis- tério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos poderes pú- blicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constitui- ção, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio pú- blico e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionali- dade ou representação para fins de interven- ção da União e dos Estados, nos casos pre- vistos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e inte- resses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisi- tando informações e documentos para ins- truí-los, na forma da lei complementar res- pectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar men- cionada no artigo anterior; VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifesta- ções processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representa- ção judicial e a consultoria jurídica de entida- des públicas. RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO Esta responsabilidade se relaciona à repara- ção de danos causados a terceiros em decor- rência das atividades ou omissões do Es- tado, como por exemplo : acidente de trânsito provocado por veículo oficial ou buracos em vias públicas. A doutrina atribui outros nomes a esta maté- ria tais como : responsabilidade extracontratual do Estado (Maria Sylvia Zanella di Pietro); responsabilidade patrimonial extra- contratual do Estado (Celso Antô- nio); responsabilidade civil do Estado (José dos Santos Carvalho Filho) Trata-se de responsabilidade objetiva ou sem culpa, com base na teoria do risco admi- nistrativo. A Constituição da República Federativa do Brasil de 05/10/1988, no § 6º do art. 37 : “ As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a tercei- ros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa” Ação regressiva – ação do Estado contra o agente causador do dano. Como a responsa- bilidade do Estado é (objetiva), não precisa comprovar dolo ou culpa do agente causa- dor do prejuízo experimentado pelo terceiro. Basta tão somente, que este terceiro, de- monstre a relação de causa e efeito existente entre a ação do agente público e o prejuízo experimentado por ele. Assim o fazendo o Estado é obrigado a inde- nizá-lo. Porém, caberá ação de regresso do Estado contra o agente; só que agora deverá existir dolo ou culpa do agente (subjetiva). 24 CAUSAS DE EXCLUSÃO TOTAL OU PAR- CIAL DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA TEORIA DO RISCO INTEGRAL - ocorrência de força maior- expressa em fatos da natu- reza, irresistíveis tais como : terremoto, chuva de granizo, tornado, queda de raio, inundação; culpa exclusiva da vítima; culpa de terceiros; Culpa recíproca. 03. BENS CONCEITO: Em sentido amplo, bem é aquilo que pode ser suscetível de se tornar objeto do direito. Em sentido restrito significam apenas as coisas que são objeto do direito, que for- mam nosso patrimônio, a nossa riqueza, com valor econômico. DOMINIO PÚBLICO: Conceito: em sentido amplo é o poder de dominação ou de regulamentação que o Estado exerce so- bre os bens de seu patrimônio (bens públicos) ou sobre os bens do patrimônio privado (bens particulares de interesse público) ou sobre as coisas inapropriáveis (rios, lagos, ar, natureza) individualmente, mas de fruição geral da coleti- vidade. Dominus: domínio = dono = senhor Domínio Eminente: é geral, sobre todas as coisas de seu território (soberania nacio- nal interna) Domínio Patrimonial: é sobre os bens pertencentes as entidades públicas (direito de propriedade) Jus utendi: usar Jus fruendi: fruir (colher frutos) Jus abutendi: abusar (dispor livre- mente). Enquanto o domínio patrimonial se res- tringe aos bens públicos, o domínio emi- nente é geral, em todo território. BENS PÚBLICOS Conceito: em sentido amplo são todas as coisas corpóreas ou incorpóreas, móveis ou imó- veis, semoventes, créditos, direito e ações que pertençam a qualquer título as entidades estatais, fundacionais, autárquicas e paraes- tatais. 25 Código Civil Dos Bens Públicos Art. 98. São públicos os bens do domí- nio nacional pertencentes às pessoas jurídi- cas de direito público interno; todos os ou- tros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Art. 99. São bens públicos: I -os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II - os de uso especial, tais como edifí- cios ou terrenos destinados a serviço ou es- tabelecimento da administração federal, es- tadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III - os dominicais, que constituem o pa- trimônio das pessoas jurídicas de direito pú- blico, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de di- reito privado. UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS Utilização dos bens públicos: se desti- nam ao uso comum do povo ou a uso espe- cial, o Estado interfere como poder adminis- trador, disciplinando e policiando a conduta do público e dos usuários especiais; Uso Comum do Povo: é todo aquele que se reconhece à coletividade em geral sobre os bens públicos, sem discriminação de usu- ários ou ordem especial para sua fruição; não exige qualquer qualificação ou consenti- mento especial; os usuários são anônimos, indeterminados, e os bens utilizados o são por todos os membros da coletividade. Uso Especial: é todo aquele que, por um título individual, a Administração atribui a determinada pessoa para fruir de um bem público com exclusividade, nas condições convencionadas. As formas administrativas para o uso es- pecial são:Autorização de uso: é o ato unilateral, discricionário e precário pelo qual a Admi- nistração consente na prática de determi- nada atividade individual incidente sobre um bem público. Permissão de uso: é o ato negocial, uni- lateral, discricionário e precário através do qual é facultado ao particular a utilização in- dividual de determinado bem público. Cessão de uso: é a transferência gra- tuita da posse de um bem público de uma en- tidade ou órgão para outro, a fim de que o cessionário o utilize nas condições estabele- cidas no respectivo termo, por tempo certo ou indeterminado. Concessão de uso: é o contrato admi- nistrativo pelo qual é atribuída a utilização exclusiva de um bem de seu domínio a parti- cular, para que o explore segundo sua desti- nação específica. Concessão de direito real de uso: é o contrato pelo qual é transferido o uso renu- merado ou gratuito de terreno público a par- ticular, como direito real resolúvel, para que dele se utilize em fins específicos de urbani- zação, industrialização, edificação, cultivo ou qualquer outra exploração de interesse social. Enfiteuse ou aforamento: é o instituto civil que permite ao proprietário atribuir a ou- trem o domínio útil de imóvel, pagando a pes- soa que o adquire (enfiteuta) ao senhorio di- reto uma pensão ou foro, anual, certo e inva- riável. (CC, art. 678). Impenhorabilidade e não oneração dos Bens Públicos: os bens públicos são em re- gra, imprescritíveis, impenhoráveis e não su- jeitos a oneração. 26 Imprescritibilidade: decorre como con- seqüência lógica de sua inaliebilidade origi- nária; se os bens são inalienáveis, ninguém pode os adquirir enquanto guardarem essa condição. Impenhorabilidade: decorre de preceito constitucional que dispões sobre a forma pela qual serão executadas as sentenças ju- diciárias contra a Fazenda Pública. Não oneração: a impossibilidade de oneração dos bens públicos é indiscutível di- ante de sua inaliebilidade e impenhorabili- dade. Aquisição de bens pela Administração: são feitas contratualmente, pelos instrumen- tos comuns de Direito Privado, sob forma de compra, permuta, doação, dação em paga- mento, ou se realizam compulsoriamente, por desapropriação ou adjudicação em exe- cução de sentença, ou ainda, se efetivam por força de lei, na destinação de áreas públicas nos loteamentos e na concessão de domínio de terras devolutas; a aquisição onerosa de imóvel depende de autorização legal e avali- ação prévia; deve constar de processo regu- lar no qual se especifiquem as coisas a se- rem adquiridas e sua destinação. ALIENAÇÃO Alienação é toda transferência de pro- priedade, remunerada ou gratuita, sob a forma de venda, permuta, doação, dação em pagamento, investidura, legitimação de posse ou concessão de domínio. Em princípio, toda alienação de bem pú- blico depende de lei autorizadora, de licita- ção e de avaliação da coisa a ser alienada, mas casos há de dispensa dessas formalida- des. DESAFETAÇÃO é a passagem ou a transferência por lei, de bens da categoria dos indisponíveis para a categoria dos disponíveis, visando uma subseqüente alienação Art. 100. Os bens públicos de uso co- mum do povo e os de uso especial são inali- enáveis, enquanto conservarem a sua quali- ficação, na forma que a lei determinar. Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigên- cias da lei. Doação é o contrato pelo qual uma pes- soa (doador), por liberalidade, transfere um bem do seu patrimônio para o de outra (do- natário), que o aceita (CC, art. 1.165). A doação só se aperfeiçoa com a aceita- ção do donatário, seja pura ou com encargo. Dação em pagamento é a entrega de um bem que não seja dinheiro para solver dívida anterior. A coisa dada em pagamento pode ser de qualquer espécie e natureza, desde que o credor consinta no recebimento em substi- tuição da prestação que lhe era devida (CC, art. 995). Permuta, troca ou escambo é o contrato pelo qual as partes transferem e recebem um bem, uma da outra, bens, esses, que se subs- tituem reciprocamente no patrimônio dos permutantes. Investidura é a incorporação de uma área pública, isoladamente inconstruível, ao terreno particular confinante que ficou afas- tado do novo alinhamento em razão de alte- ração do traçado urbano. Esse clássico conceito doutrinário me- rece, atualmente, ampliação, no sentido de abranger qualquer área inaproveitável isola- damente, remanescente ou resultante de obra pública (art. 15, § 2º, do Dec.-lei 2.300/86) uma vez que esta pode afetar tam- bém os terrenos rurais. 27 Os bens públicos são, em regra, impres- critíveis, impenhoráveis e não sujeitos a one- ração. Vejamos a razão de ser desses atribu- tos, que tem fundamentos constitucionais e legais, além de encontrarem plena justifica- ção na prática administrativa. Art. 100. Os bens públicos de uso co- mum do povo e os de uso especial são inali- enáveis, enquanto conservarem a sua quali- ficação, na forma que a lei determinar. Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigên- cias da lei. Art. 102. Os bens públicos não estão su- jeitos a usucapião. STF Súmula nº 340 Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens pú- blicos, não podem ser adquiridos por usuca- pião. A imprescritibilidade dos bens públicos de- corre como conseqüência lógica de sua inalie- nabilidade originária. E é fácil demonstrar a as- sertiva: se os bens públicos são originariamente inalienáveis, segue-se que ninguém os pode ad- quirir enquanto guardarem essa condição. A impenhorabilidade dos bens públicos de- corre de preceito constitucional que dispõe sobre a forma pela qual serão executadas as sentenças judiciárias contra a Fazenda Pú- blica, sem permitir a penhora de seus bens. Admite, entretanto, o seqüestro da quantia necessária à satisfação do débito, desde que ocorram certas condições proces- suais (CF, art. 100). INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE E ATUA- ÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO Os fundamentos da intervenção na pro- priedade e atuação no domínio econômico repousam na necessidade de proteção do Estado aos interesses da comunidade; os in- teresses coletivos representam o direito de maior número e, por isso mesmo, quando em conflito com os interesses individuais, estes cedem àqueles, em atenção ao direito da maioria, que é a base do regime democrático e do Direito Civil moderno. Propriedade e domínio econômico: A propriedade é um direito individual, mas con- dicionado ao bem estar da comunidade; ad- mite limitações ao seu uso e restrições ao seu conteúdo em benefício da comunidade. A CF garante a propriedade, mas per- mite a desapropriação; e lhe atribui a função social; No domínio econômico a CF assegura a liberdade de iniciativa, mas, no interesse do desenvolvimento nacional e da justiça so- cial, impondo regras. A intervenção na propriedade incide so- bre os bens; A intervenção no domínio econômico in- cide sobre a atividade lucrativa exercida pela empresa, como instrumento de iniciativa pri- vada. Bem-estar social: é o bem comum, o bem do povo em geral; é o escopo da justiça social e só pode ser alcançado através do de- senvolvimento nacional; para propiciar isso, o Poder Público pode intervir na propriedade privada e nas atividades econômicas, nos li- mites da competência atribuídas a cada uma das entidades estatais, através de normas legais e atos administrativos adequados ao objeto da intervenção. Competência para a intervenção: a le- gislação sobre direito de propriedade e inter- venção no domínio econômico é privativa da União; aos Estados e Municípios só cabem as medidas de polícia administrativa, de condi- cionamento do uso de propriedade ao bem- estar sociale de ordenamento das atividade econômicas, nos limites das normas fede- rais, a intervenção no domínio só pode ser feita por delegação do Governo Federal, que é o detentor de todo poder nesse setor. 28 I - Intervenção na Propriedade É todo ato do Poder Público que com- pulsoriamente retira ou restringe direitos do- miniais privados ou sujeita o uso de bens particulares a uma destinação de interesse público; pode ter fundamento na necessi- dade ou utilidade pública, ou no interesse social (expresso em lei federal). Desapropriação: A doutrina dominante define a desapropriação como sendo, um procedimento pelo qual o Poder Público ou seus delegados, mediante prévia declaração de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social, retira compulsoriamente a propriedade de alguém, mediante prévio e justo pagamento de indenização. Desapropriação: A Constituição Federal garante a pro- priedade privada nos arts. 5º, caput, e 5º, XXII, e 170, III. Reconhece, todavia, como uma ten- dência irreversível do Estado moderno, a possibilidade da interferência do Poder Pú- blico na mudança compulsória da destina- ção de um bem, ajustando aos interesses so- ciais, mediante a desapropriação, o confisco ou a requisição. Desapropriação: Procedimento: Art. 5º, XXIV, CF Competência para legislar sobre: Art. 22, II, CF Por interesse social: Art. 184 e §§ 1º a 5º, CF De glebas com culturas ilegais: Art. 243, CF Consideram-se casos de necessidade pública; I - a defesa do território nacionaL. II - a segurança pública. III - os socorros públicos, nos casos de calamidade. IV - a salubridade pública. Consideram-se casos de utilidade pú- blica: I - a fundação de povoação e de estabe- lecimentos de assistência, educação ou ins- trução pública. II - a abertura, alargamento ou prolon- gamento de ruas, praças, canais, estradas de ferro e, em geral, de quaisquer vias públicas. III - a construção de obras, ou estabele- cimentos, destinados ao bem geral de uma localidade, sua decoração e higiene. IV - a exploração de minas". Desapropriação: Na legislação ordinária, temos: Decreto-Lei nº 3.365, de 21.6.1941, que dispõe sobre desapropriação por utilidade pública; Lei nº 4.132, de 10.9.1962, que define os casos de desapropriação por interesse so- cial e dispõe sobre sua aplicação; Decreto-Lei nº 554, de 25.4.1969 (revo- gado pela Lei Complementar nº 76 de 6 de ju- lho de 1993), que dispõe sobre desapropria- ção, por interesse social, de imóveis rurais, para fins de reforma agrária; Decreto-Lei nº 1.075, de 22.1.1970, que regula a imissão de posse. http://www.dji.com.br/constituicao_federal/cf005.htm http://www.dji.com.br/constituicao_federal/cf005.htm http://www.dji.com.br/constituicao_federal/cf005.htm http://www.dji.com.br/constituicao_federal/cf170a181.htm http://www.dji.com.br/decretos_leis/1941-003365-dup/dup__01a10.htm http://www.dji.com.br/leis_ordinarias/1962-004132-dis/4132-62.html http://www.dji.com.br/leis_complementares/1993-000076-pdirra/000076-93-pdirra.htm http://www.dji.com.br/leis_complementares/1993-000076-pdirra/000076-93-pdirra.htm http://www.dji.com.br/leis_complementares/1993-000076-pdirra/000076-93-pdirra.htm http://www.dji.com.br/decretos_leis/1970-001075-ip/001075-70_ip.htm 29 Desapropriação: Inúmeras teorias procuram funda- mentar e justificar o instituto da desapropri- ação, sendo as principais: a) coletivista; b) do domínio eminente do Estado; c) do pacto social; d) da prevalência do interesse público sobre o privado, ou teoria da colisão de direi- tos; e) da função social da propriedade; f) da alienação compulsória. A Consti- tuição Federal trata de dois tipos de desapro- priação, que os doutrinadores chamavam de ordinária e extraordinária. A desapropriação ordinária vem inserida no texto constitucional no capítulo "dos direitos e deveres individuais e coletivos", mais pre- cisamente no artigo 5º, XXIV, que esclarece o seguinte: " desapropriação por necessidade ou uti- lidade pública, ou por interesse social, me- diante justa e prévia indenização em di- nheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição.". A desapropriação ordinária poderá ser de- clarada pela União, Estados-Membros como pelos Municípios, o que será feito mediante lei ordinária. Daí dizer-se que o instituto da desapropriação tem funda- mento infraconstitucional . A desapropriação extraordinária vem tratada no artigo 184 da Constituição Fede- ral, com o seguinte teor: "Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de re- forma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláu- sula de preservação do valor real, res- gatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emis- são, e cuja utilização será definida em lei .” Quanto à desapropriação extraordiná- ria é aquela que somente à União competirá desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, sendo declarado de inte- resse social o imóvel rural que não esteja cumprindo a sua função social. Com relação à indenização, será prévia e justa, mas em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resga- táveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de emissão, nos termos do ar- tigo 184 da Constituição Federal. 30 Direito Penal CONCEITO: Todo o conjunto de normas jurídicas que têm por finali- dade estabelecer as infrações de cunho penal e suas res- pectivas sanções e reprimendas. O Direito Penal é um ramo do Direito Público (que diz respeito a função ou de- ver do Estado). Há que se acrescentar que o Direito Pe- nal é formado por uma descrição, em série, de condutas definidas em lei, com as respectivas intervenções do Es- tado (na aplicação de sanções e eventuais benefícios), quando da ocorrência do fato delituoso, concreto ou ten- tado. DIVISÃO DO CÓDIGO PENAL O Código Penal é divido em artigos, que vão do 1º ao 361. Em sua Parte Geral (artigos 1º a 120), cuida de assuntos pertinentes a aplicabilidade, características, explicações e permissões contidas na lei penal. Sua se- gunda parte, ou Parte Especial (artigos 121 a 361) trata dos crimes em si, descrevendo condutas e penas a serem aplicadas . Sujeito Ativo – Indivíduo ou agente que pratica um fato (isto é, uma ação ou omissão) tipificado como delituoso pela legislação vigente. Sujeito Passivo – Capacidade que o indivíduo ou agente tem de sofrer as sanções penais incidentes sobre sua conduta delituosa. Direito Penal Subjetivo – Poder de “Império” (ou dever) do Estado de punir os indivíduos por ele tutelados, dentro dos basilares do Direito Penal Objetivo. Direito Penal Objetivo – Todas as normas existentes e de pronta aplicabilidade sobre o fato concreto ou tentado. Direito Penal Comum – Aplicação do direito pelos ór- gãos jurisdicionais do Estado, ou seja, aplicação do Di- reito Penal dentro da atuação da Justiça comum exis- tente nos Estados da Federação. Direito Penal Especial - Previsão legal de competência para atuação das justiças especializadas na aplicação da lei penal. Exemplo: Direito Penal Eleitoral e Direito Penal Militar. Direito Penal Substantivo - É a materialidade da norma, ou seja, é a norma em sua apresentação formal (exem- plo: livro que contém o Código Penal). Direito Penal Adjetivo – É a instrumentalidade do Direito Penal, isto é, o direito processual e suas nuances. FONTES DO DIREITO PENAL Conceito: As fontes são os marcos de origem e manifestação do Direito Penal. São o órgão ou a forma de sua exterioriza- ção. Por exemplo: compete privativamente a União, le- gislar sobre: direito civil, comercial, penal,processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do tra- balho (...). Outro exemplo: a simples existência de lei, costumes, jurisprudências, princípios e/ou doutrinas. Divisão das Fontes de Direito Penal Fontes materiais – Ente estatal responsável pela pro- dução e pela exteriorização do Direito. Fontes Formais – Forma e modo de exteriorização do Direito Fontes Formais Imediatas – As leis penais existentes. Conforme o princípio da legalidade, não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal (art. 5º, inciso XXXIX da Constituição Federal de 88, e art. 1º do Código Penal Brasileiro). Fontes Formais Mediatas – Na omissão da lei, podem ser aplicados os princípios gerais de Direito, os costumes a jurisprudência e a doutrina, os quais são fontes formais mediatas. Esses princípios estão autorizados por lei (Art. 4º da Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro)). PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PENAL Princípio da Reserva Legal ou da Legalidade – Sem legislação específica não há crime. É uma forma de limi- tação do poder punitivo do Estado (Art. 5º, inciso XXXIX da CF/88 e Art. 1º do Código Penal Brasileiro). Princípio da Intervenção – Limita o poder de atuação do ente estatal. O direito punitivo só será aplicado em ob- servância ao princípio da reserva legal, com o fim social de impedir o legislador de se exceder na construção do Direito Penal aplicável. Princípio da Irretroatividade da Lei Penal – A lei penal só pode retroagir para beneficiar. Com isso, fica afastada a possibilidade de uma lei nova (mais rígida) prejudicar fatos pretéritos. A retroação só pode acontecer se a lei nova for mais benigna ao agente do delito (Art. 5º, XL da CF/88). 31 Princípio da Insignificância – Aferida a irrelevância de uma conduta delituosa, ou sua insignificância (por exem- plo a apropriação de bagatelas), deve ser excluída sua tipicidade penal. Princípio da Ofensividade – Aplicado na elaboração das leis, cuida de prevenir um ataque ou perigo concreto sobre um bem tutelado pelo Estado. Esse princípio pro- tege o interesse social tutelado pelo Estado de um perigo de lesão (ou ofensa). Princípio da proporcionalidade – Cabe ao Estado dar a seus cidadãos um mínimo de proporcionalidade entre a garantia de seus direitos. Segundo esse princípio, o sis- tema penal se firma na sua capacidade de fazer frente aos delitos existentes em um meio social que absorva sua eficácia. Princípio da Alteridade – Não ofendido nenhum bem jurídico por ato meramente subjetivo, não existe crime. Como exemplo, a auto-agressão contida no suicídio. Princípio do “in dubio pro reo” - Na dúvida, o réu deve ser absolvido, pois no direito penal a culpa tem que ser comprovada, não cabendo suposição de prática de ato delituoso. APLICAÇÃO DA LEI PENAL (Artigos 1º a 12 do CPB) Vigência e Revogação da Lei Penal (Lei Penal no Tempo – Artigo 2º) – A lei penal começa a vigorar na data expressa em seu bojo. Em caso de omissão, ela co- meça a vigorar quarenta e cinco dias após sua publica- ção, no País, e em três meses no exterior (Vacância da Lei). A revogação da Lei Penal se opera com a edição de nova lei, e sua revogação pode se efetivar total (ab-roga- ção) ou parcialmente (derrogação). A lei penal pode ser temporária (com prazo fixado de vigência), ou excepcio- nal (criada para ser aplicada em evento emergencial ou furtivo). Tempo e Lugar do Crime (Artigo 6º)– Segundo a Teoria da Atividade, o crime sempre é cometido no momento da ação ou omissão, com a respectiva aplicação da lei vi- gente. A lei penal brasileira utiliza dessa teoria, em con- junto com a teoria do resultado (segundo a qual o crime é considerado cometido quando da produção do resul- tado) e com a teoria da ubiqüidade (segundo a qual con- sidera-se o crime cometido, tanto no momento da ação ou omissão, quanto na produção do resultado). Lei Penal no Espaço - Segundo o princípio da territoria- lidade, a lei penal pátria deve ser aplicada dentro do ter- ritório nacional, respeitando-se os tratados e convenções estrangeiras, quando existentes. São considerados como parte do território nacional as aeronaves e embarcações públicas, além das aeronaves e embarcações privadas. A Lei Penal Brasileira será sempre aplicada em embar- cações e aeronaves estrangeiras que estiverem de pas- sagem pelo território nacional. Já o princípio da extrater- ritorialidade prevê a aplicação da Lei Penal Brasileira a fatos criminosos praticados no estrangeiro, desde que cometidos contra o representante do governo brasileiro, ou contra as instituições que compõem a União, os Esta- dos e os Municípios. Aplica-se também a Lei Penal Bra- sileira nos atos praticados por, ou contra, brasileiros no exterior, sem prejuízo das previsões contidas no artigo 7º do CPB. Território Nacional – Todo espaço em que o Estado exerce sua soberania, ou seja, 12 milhas a contar da faixa costeira, incluído o espaço aéreo correspondente. Extradição – São atos de entrega e custódia de agentes delituosos por países que cooperam entre si na preven- ção internacional do crime. As extradições podem ser ati- vas (feitas pelo país requerente) e passivas (feitas pelo país cedente). Deportação e Expulsão – retirada obrigatória dos naci- onais do estrangeiro, ou de estrangeiros do território na- cional, por imposição administrativa vinculada à lei penal vigente. Sentença Prolatada no Exterior (cumprimento da pena) - Uma vez sentenciado no exterior, o nacional tem direito à atenuação da pena imposta em território nacio- nal pela a pratica de mesmo crime. Em caso de aplicação de pena mais severa que a brasileira, o nacional fica isento de cumprimento de pena no nosso território. FATO TÍPICO Conceito de Crime – Crime é uma ação típica, antijurí- dica, culpável e punível. Os crimes podem ser praticados por ação (crimes comissivos) ou por omissão (crimes omissivos). Fato Típico – São os elementos do crime, ou seja: a ação (dolosa ou culposa), o resultado, a causalidade e a tipici- dade. Tipo - Descrição contida na lei de um determinado fato delituoso, para efetiva aferição da ocorrência de crime. Conduta – Ato consciente ou comportamental prati- cado pelo ser humano, estando assim excluídos os animais e os fatos naturais. 32 Crimes Omissivos e Comissivos (Formas de con- duta) – Dividem-se em crimes omissivos próprios ou pu- ros, e comissivos por omissão. Os crimes omissivos pró- prios podem ser imputados a qualquer pessoa. São cri- mes ligados à conduta omitida, independentemente do resultado, tendo como objeto apenas a omissão. Já nos crimes comissivos por omissão, a simples prática da omissão causa um resultado delituoso, que é punível se o agente tinha como obrigação vigiar ou proteger alguém. É a materialização de um crime por meio de uma omis- são. Esses crimes podem ser praticados por dolo e culpa. Dolo – Intenção declarada e manifestada na vontade consciente do agente para praticar uma ação, cujo fato é tido como crime pela legislação aplicável. O dolo se concretiza também na certeza e na consciência do re- sultado. Espécies de Dolo – O dolo se divide em dolo indireto ou indeterminado e dolo direto. Dolo Indireto ou indeterminado - Nesse caso, está pre- sente a vontade parcial do agente, o qual assume o risco do resultado, sem direcionar sua vontade para um objeto específico. O dolo Indireto pode ser dividido em alterna- tivo ou eventual. Dolo Alternativo – A ação praticada pode fornecer mais de um resultado (lesionar ou matar). Dolo Eventual - O resultado existe dentro das leis de probabilidade, e, mesmo que o agente não queira, por sua vontade, a efetividade do resultado, assume o risco eventual de sua ação. Preterdolo – Existência de dolo e culpa; encontrando- se o dolo na prática
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