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Resumo da disciplina Direito Administrativo *Já com as recentes alterações da Nova Lei de Licitações Trata-se de um resumo com anotações pessoais e pesquisas realizadas na internet ao tempo que estive cursando a disciplina, por isso não tenho anotado as fontes bem como não consigo dar os devidos créditos, peço desculpas desde já pela minha falha. Qualquer dúvida, estarei à disposição (me contact no direct do instagram @direito.augusta) Noçõe� sobr� Direit� Administrativ� P� Maria Augusta @direito.augusta Ramos do direito ● Privado: a) autonomia de vontade b) igualdade entre as partes = na lei c) relação horizontal = parte - parte ● Público : a) desigualdade entre as partes b) presença do Estado Interesse público = coletividade Alguém manda - alguém obedece Relação vertical Estado Fontes do Direito Administrativo 1 – Lei = sentido amplo – Fonte Primária – art 37 CF ● Súmula Vinculante tem peso de lei 2 – Jurisprudência = decisões reiteradas Doutrina = fontes secundárias 3 – Costumes = regras não escritas = Fonte Indireta Princípios do Direito Administrativo - O caput do art. 37, CF/88, então, dispõe sobre os princípios do Direito Administrativo. E da sua redação, extraem-se, dessa maneira: 1. princípio da legalidade; 2. princípio da impessoalidade; 3. princípio da moralidade; 4. princípio da publicidade; 5. princípio da eficiência (inserido com a Emenda Constitucional nº 19). Esses princípios são reforçados, assim, no art. 4º da Lei 8.429/92, a Lei da Improbidade Administrativa. Além destes, há, contudo, princípios considerados implícitos. Isto é, próprios do Direito Administrativo e dos atos administrativos por si, como, por exemplo, o princípio da proporcionalidade e da subsidiariedade. E, por fim, a interpretação mais aceita da aplicação dos princípios é da ponderação. 1. Princípio da legalidade O princípio da legalidade atende à previsão legal. Ou seja, o que é permitido por lei. Desse modo, os atos administrativos devem respeitar os limites legais estipulados em norma. 2. Princípio da impessoalidade O princípio da impessoalidade no Direito Administrativo refere-se ao dever de neutralidade dos entes e de seus membros. Isto porque a pessoa administrativa não deve se confundir com o indivíduo por trás da função. Dessa maneira, práticas como o nepotismo, são contrárias ao princípio da impessoalidade. 3. Princípio da moralidade administrativa O princípio da moralidade administrativa talvez seja um dos mais complexos do Direito Administrativo. Afinal, qual seria a moral da Administração Pública para que se definisse a moralidade imperativa? Embora seja difícil conceituar a moralidade para o Direito Administrativo, editou-se a Lei 8.249/92, na qual se dispõem, dessa forma, condutas consideradas contrárias ao princípio da moralidade. A legislação coaduna, então, com a previsão do parágrafo 4º do art. 37, CF/88, segundo o qual: § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. A Lei da Improbidade Administrativa, contudo, não possui caráter penal. Como se observa da redação do parágrafo, portanto, além das sanções de cunho administrativo, poderá haver sanções penais. Mas estas deverão ser apuradas em ação penal própria. Ademais, é importante mencionar a Lei 1.079/59, que define os crimes de responsabilidade. E regula, então, o respectivo processo de julgamento. 4. Princípio da publicidade O princípio da publicidade no Direito Administrativo refere-se ao dever de prestação de contas. Afinal, a Administração Pública deve reverter seus feitos à sociedade de modo geral, justificando os gastos por ela realizados. 5. Princípio da eficiência O princípio da eficiência foi Instituído pela Emenda Constitucional nº 19, como mencionado. E se refere, assim, ao equilíbrio entre os meios e os fins do atos administrativos. Portanto, a Administração Púbica deve prezar pelos meios mais eficientes, considerando não apenas as medidas necessárias e seus impactos, mas também o orçamento demandado. 6. Princípio da proporcionalidade O princípio da proporcionalidade não está explícito na Constituição, mas é bastante recorrente no Direito Administrativo brasileiro. Originado no Direito Alemão, refere-se, desse modo, a uma adequação entre os meios empregados e os fins objetivados. Por exemplo: há duas possibilidades de obras em vias públicas para melhorar o trânsito em um determinado local. Uma delas é mais eficiente, mas depende da expropriação de alguns terrenos. Qual das duas medidas será mais proporcional? Ou seja, entre custos, resultados e consequências, qual será a mais adequada ao interesse público? Nesse sentido, pode-se analisar três pontos: 1. Adequação – a relação entre meios e fins; 2. Necessidade – direito do menor prejuízo ao destinatário; 3. Proporcionalidade em sentido estrito – visa os efeitos mais benéficos ou menos lesivos para o interesse público. 7. Princípio da subsidiariedade Outro princípio não previsto explicitamente na Constituição Federal, é, então, o princípio da subsidiariedade do Direito Administrativo. Segundo ele, portanto, o Estado atua, sobremaneira, na área de Direito Público e, excepcionalmente, no Direito Privado. Regime Jurídico Administrativo 1 - Princípio da Supremacia do Interesse Público = Poderes da Administração Pública 2 - Princípio da indisponibilidade do Interesse Público ● Gestor da coisa alheia ● Não pode dispor ● Deveres da administração pública OBS: Personalidade Jurídica = direitos e obrigações Patrimônio próprio Capacidade processual Órgão público não tem Noções de Estado e Governo Elementos do Estado: ● Povo ● Território = espaço geográfico ● Governo Soberano a) vontadesuprema do Estado b) não sujeito a vontades externas Formas de Estado = Federação = diversos centros de poder Entes Federados - art 18 ● União ● Estados ● Distrito Federal ● Municípios OBS: Esses tem soberania Autonomia/Independência Não são soberanos Forma de Governo = República (coisa do povo) 1 – Governante = responsabilizado ● Eleito ● Temporário ● Prestar contas Sistema de Governo = Presidencialista 1- Separação entre ● Legislativo ● Executivo 2 -Presidente ● Chefe de Estado = administra externamente ● Chefe de Governo = administra internamente Regime de Governo = Democracia Todo poder emana do povo ● Direta ● Indireta = por meio de votação Democracia ● Semidireta ● Participativa Poderes ● do Estado ● da República ● Tripartição dos poderes = teoria de freios e contrapesos Administração Pública Sentido: ● Formal ● Subjetivo ● Orgânico Lei define = rol taxativo Administração Direta = Pessoas jurídicas de Direito Público ● União ● Estados ● DF ● Municípios Funções Típicas Funções Atípicas Poder Executivo administra Legisla = medida provisória Poder Legislativo Legisla/fiscali za Julga/ administra Ex: julga Presidente da República Poder Judiciário julga Legisla/ administra Tem patrimônio e capacidade processual Entre eles não há Hierarquia e Subordinação Relação de independência e colaboração Autonomia política, administrativa e financeira Administração Indireta = descentralização administrativa DIREITO PÚBLICO ● Autarquia ● Fundação pública DIREITO PRIVADO ● Empresas públicas ● Sociedade de Economia Mista Pessoas Jurídicas Tem patrimônio próprio e capacidade processual Autonomia administrativa e financeira Finalidades são definidas em lei = vinculadas Administração Direta e Administração Indireta ● Relação de vinculação ● Vinculado às finalidades para as quais foi criado ● Tutela administrativa ● Controle finalístico e Supervisão Ministerial Autarquias = Pessoa Jurídica de Direito Público , criadas diretamente po Lei = sem registro ● Finalidades – atividades típicas do Estado. Ex Banco Central Espécies comuns e ordinárias ● Autarquias fundacionais/Fundações Autarquias ● Agências Reguladoras ● Territórios Federais Fundações Públicas = Pessoa Jurídica de Direito Privado , pode ser feita com personalidade jurídica de Direito Público = espécie de autarquia ● Criação – autorizada por lei + registro ● Lei complementar – campo de atuação ● Não pode ter finalidade lucrativa Empresas públicas e Sociedade de Economia Mista ● Características comuns = empresas estatais ● Pessoa Jurídica de Direito Privado ● Criação = autorizada por lei + registro ● Finalidades= prestadora de serviço público (PSP) ou Exploradora de Atividade Econômica (EAE) ● Regime celetista = Justiça do Trabalho PSP = Prestadora de Serviços Públicos (+público) ● Responsabilidade civil – objetiva ● Bens afetos – públicos ● Pode – benefícios fiscais exclusivos ● Imunidade tributária EAE = Exploradora de Atividade Econômica (+privado) ● Responsabilidade civil – subjetiva ● Privilégios – empresas privadas ● Sem imunidade tributária Diferenças 1- Empresa Pública. Ex; Caixa Econômica Federal 2- Capital social integralmente público ● Qualquer modalidade societária 3- Sociedade de Economia Mista. Ex Petrobrás ● Capital social público (controle acionário) e privado ● Modalidade societária – apenas sociedade anônima S/A Personalidade Jurídica Criação Resp. Civil Finalidades Imunidade tributária Autarquias Direito Público Lei cria objetiva Atividade típica Sim Fundações Públicas Direito Privado Lei autoriza + registro objetiva Sem fins lucrativos LC= atuação Sim Empresas Públicas Direito Privado Lei autoriza + registro Objetiva Subjetiva PSP ou EAE Sim Não Sociedade de Economia Mista Direito Privado Lei autoriza + registro Objetiva Subjetiva PSP ou EAE Sim Não ● Justiça comum – apenas estadual Dirigentes = cargo em comissão/servidor estatutário Órgãos Públicos = feixe despersonalizado de competências Divisão interna das competências ● Dentro de uma pessoa jurídica da Administração Pública. Ex; Administração Direta ● União = Presidente da República ● Ministério da Justiça = Polícia Federal Características ● Não possuem personalidade jurídica ● Não tem patrimônio próprio ● Não tem capacidade processual (em regra) Exceção; ● Órgãos independentes e autônomos – Mandado de Segurança – na defesa de suas prerrogativas funcionais ● Fruto de desconcentração administrativa – divide internamente a competência ● Criação e extensão – Lei (Princípio da Reserva Legal) ● São hierarquizados ● Podem celebrar contrato de gestão – art 37, §8 CF Teoria do Órgão – a pessoa jurídica manifesta sua vontade por meio de seus órgãos públicos (relação de imputação) Manifestam sua vontade por meio de seus agentes públicos Regime Pessoal Competência Jurisdicional Estatuto Justiça Comum (federal ou estadual) Estatuto Justiça Comum (federal ou estadual) Clt Justiça do Trabalho/ Justiça Comum (federal ou estadual) Clt Justiça do Trabalho/ Justiça Comum Estadual Capital Social Forma Societária Empresa Pública 100% público Qualquer forma Sociedade de Economia Mista Público e (+)Privado S/A Classificações 1- Quanto à posição estatal ● Independentes ● Autônomos ● Superiores ● Subalternos a) Independentes ● Mais alto escalão ● Não subordinados ● Agentes públicos ● Competência = CF Ex: Presidente da República, Câmara dos Deputados, Senado Federal e Tribunais b) Autônomos ● Hierarquizados ● Ampla autonomia (administração, técnica e financeira) Ex:Ministérios, Secretarias c) Superiores ● Direção, chefia, controle e decisão ● Autonomia reduzida (apenas técnica) Ex: Coordenadorias, gabinetes d) Subalternos ● Mera execução ● Poder decisório reduzido 2- Quanto à estrutura ● Simples ● Composto – dividido em outros órgãos 3- Quanto à composição (atuação funcional) ● Singulares (unipessoais)= decisão- um agente, ex; Presidente da República ● Colegiados (pluripessoais) = manifestação conjunta. Ex; Câmara dos Deputados 4- Quanto à esfera de atuação ● Centrais – todo o território. Ex: secretaria ● Locais – apenas em parte do território. Ex: delegacia Vídeos exemplificativos: https://www.youtube.com/watch?v=2bWA8fy XvQw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1 kkYCmoIjxaCy&index=132 https://www.youtube.com/watch?v=2bWA8fyXvQw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=132 https://www.youtube.com/watch?v=2bWA8fyXvQw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=132 https://www.youtube.com/watch?v=2bWA8fyXvQw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=132 https://www.youtube.com/watch?v=ymtEEILl RuM&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1k kYCmoIjxaCy&index=156 https://www.youtube.com/watch?v=G9OldAa8 Lb4&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kk YCmoIjxaCy&index=160 https://www.youtube.com/watch?v=3CGuu_G UwZY&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1 kkYCmoIjxaCy&index=164 https://www.youtube.com/watch?v=14tzqeV7G qE&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkY CmoIjxaCy&index=205 https://www.youtube.com/watch?v=k8GtNyO- ZAY&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kk YCmoIjxaCy&index=366 https://www.youtube.com/watch?v=BuyFHGe 4ZUw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1 kkYCmoIjxaCy&index=385 https://www.youtube.com/watch?v=BuyFHGe 4ZUw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1 kkYCmoIjxaCy&index=385 https://www.youtube.com/watch?v=AP0p0bX dov4&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kk YCmoIjxaCy&index=363 Prestação do serviço público ● Centralização ● Descentralização ● Concentração ● Desconcentração 1- Centralização Administrativa ● Centro do poder – eles mesmos exercem os poderes ● Administração direta – pelos órgãos/agentes ● 1 única pessoa jurídica – (União, Estados, DF ou Municípios) A centralização ocorre quando a atividade administrativa é totalmente desempenhada por órgãos e agentes de um único ente federativo. Em tal situação, o Estado executa as tarefas que a ele são atribuídas pela Constituição Federal de forma direta, ou seja, por intermédio dos agentes e dos órgãos públicos componentes da Administração Direta. Ressalta-se que a Administração Direta, conforme anteriormente exposto, é composta pelos entes federativos, motivo pelo qual é correto afirmarmos que, com a centralização, ocorre a prestação da atividade administrativa diretamente pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios. Na centralização, a Administração Direta pode fazer uso da repartição interna de competências, dando ensejo à criação dos órgãos públicos. Caso isso ocorra, os órgãos criados encontram-se subordinados à autoridade superior, uma vez que a hierarquia é inerente a toda e qualquer https://www.youtube.com/watch?v=ymtEEILlRuM&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=156 https://www.youtube.com/watch?v=ymtEEILlRuM&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=156 https://www.youtube.com/watch?v=ymtEEILlRuM&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=156 https://www.youtube.com/watch?v=G9OldAa8Lb4&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=160 https://www.youtube.com/watch?v=G9OldAa8Lb4&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=160 https://www.youtube.com/watch?v=G9OldAa8Lb4&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=160 https://www.youtube.com/watch?v=3CGuu_GUwZY&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=164 https://www.youtube.com/watch?v=3CGuu_GUwZY&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=164 https://www.youtube.com/watch?v=3CGuu_GUwZY&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=164 https://www.youtube.com/watch?v=14tzqeV7GqE&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=205 https://www.youtube.com/watch?v=14tzqeV7GqE&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=205 https://www.youtube.com/watch?v=14tzqeV7GqE&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=205 https://www.youtube.com/watch?v=k8GtNyO-ZAY&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=366 https://www.youtube.com/watch?v=k8GtNyO-ZAY&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=366 https://www.youtube.com/watch?v=k8GtNyO-ZAY&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=366 https://www.youtube.com/watch?v=BuyFHGe4ZUw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=385 https://www.youtube.com/watch?v=BuyFHGe4ZUw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=385 https://www.youtube.com/watch?v=BuyFHGe4ZUw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=385 https://www.youtube.com/watch?v=BuyFHGe4ZUw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=385 https://www.youtube.com/watch?v=BuyFHGe4ZUw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=385 https://www.youtube.com/watch?v=BuyFHGe4ZUw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=385 https://www.youtube.com/watch?v=AP0p0bXdov4&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=363 https://www.youtube.com/watch?v=AP0p0bXdov4&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=363 https://www.youtube.com/watch?v=AP0p0bXdov4&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=363 organização dentro de uma mesma pessoa jurídica. 2-Descentralização Administrativa = 2 Pessoas Jurídicas. Ex: União + Inss A descentralização , por sua vez, ocorre quando qualquer um dos entes federativos exerce suas atribuições por intermédio de outras pessoas jurídicas. Em tais situações, ao contrário do que ocorre quando da criação dos órgãos públicos, não teremos hierarquia ou subordinação, mas sim mera vinculação entre a pessoa jurídica criada e o ente federativo que a criou. Centralização • pode ou não exigir a edição de lei; • Pautada na hierarquia e na subordinação. Descentralização • Deve ser feita por meio de lei; • não há hierarquia ou subordinação, mas sim mera circulação. A descentralização pode ser feita de duas formas, sendo elas a descentralização por outorga (também conhecida como descentralização por serviços ou legal) e a descentralização por delegação (negocial ou por colaboração). Descentralização por Outorga (por Serviços ou Legal) A descentralização por outorga ocorre quando o ente federativo transfere tanto a titularidade quanto o exercício de determinada competência. Tal descentralização é feita por meio de lei, sendo por intermédio de tal instituto que as entidades da Administração Indireta são criadas. Quatro são as entidades, conforme veremos mais a fundo em momento posterior, sendo elas as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas e as sociedades de economia mista. No caso das autarquias, a criação se dará diretamente por meio de lei. Nas demais entidades, a lei apenas autorizará a respectiva criação. Descentralização por Delegação (por Colaboração ou Negocial) A descentralização por delegação ocorre quando apenas o exercício da competência é transferido à outra entidade, ficando a titularidade com o ente originalmente competente. Através dela, as concessionárias, permissionárias e autorizatárias assumem o exercíciode algumas atividades administrativas. Se a descentralização for para uma concessionária ou permissionária, dizemos que a transferência do exercício é por prazo certo, oportunidade em que teremos a licitação prévia e a formalização de um contrato administrativo. Caso a descentralização ocorra para uma autorizatária, tal procedimento poderá ocorrer por prazo indeterminado, uma vez que a característica do instituto é a precariedade e a possibilidade de revogação à qualquer tempo pelo Poder Público. Tutela Administrativa ● Concessionárias ● Permissionárias ● Autorizatárias OBS: Não tem hierarquia e subordinação 3-Desconcentração – técnica administrativa de criação de órgão público ● Dentro da pessoa jurídica = União ● Sem criação de nova pessoa jurídica ● Relação de hierarquia e subordinação A desconcentração, por sua vez, é a técnica administrativa por meio da qual são criados os órgãos públicos. Com isso, as atividades podem ser desempenhadas de forma especializada, através de órgãos integrantes de uma mesma entidade superior. A desconcentração – e isso é extremamente importante – por operar-se no âmbito de uma mesma pessoa jurídica, pressupõe hierarquia e subordinação. 4-Concentração = extingue o órgão público. Ex: Ministério do Trabalho A concentração trata-se de uma situação que apenas é possível na parte teórica, uma vez que implicaria no desempenho de uma atividade administrativa sem a criação de órgãos públicos. Assim, em tal situação, tanto a Administração Direta quanto a Indireta teriam que desempenhar suas atividades sem a possibilidade de reparti-las internamente. Claramente se percebe que tal forma de prestação das atividades administrativas não encontra amparo nos dias atuais, uma vez que, cada vez mais, estamos diante de uma Administração gerencial e pautada na celeridade da prestação dos serviços à coletividade. Forma Nome Transfere Administração indireta Lei Por serviços Outorga legal Execução e Titularida de Particular Contratos administrativ os ou Atos Administrativ os Por delegação Por colaboraçã o Execução (apenas) Poderes Administrativos ● Poder vinculado ● Poder Discricionário ● Poder Hierárquico ● Poder disciplinar ● Poder regulamentar ● Poder de polícia Poder vinculado – é o poder que tem a administração pública de praticar certos atos “sem qualquer margem de liberdade”. A lei encarrega-se de prescrever, com detalhes, se quando e como a Administração deve agir, determinando os elementos e requisitos necessários. Ex: a prática de ato (portaria) de aposentadoria de servidor público. Poder Discricionário – é aquele pelo qual a administração pública de modo explícito ou implícito, pratica atos administrativos com liberdade de escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo. A discricionariedade é a liberdade de escolha dentro de limites permitidos em lei, não se confunde com arbitrariedade que é ação contrária ou excedente da lei. Ex: autorização para porte de arma; exoneração de um ocupante de cargo em comissão. Poder hierárquico – é aquele pelo qual a administração pública distribui e escalona as funções de seus órgãos, ordena e revê a atuação de seus agentes, estabelece a relação de subordinação entre os servidores públicos de seu quadro de pessoal. No seu exercício dão-se ordens, fiscaliza-se, delega-se e avoca-se. Poder disciplinar – é aquele através do qual a lei permite a administração pública aplicar penalidades às infrações funcionais de seus servidores e demais pessoas ligadas à disciplina dos órgãos e serviços da administração. A aplicação da punição por parte do superior hierárquico é um poder-dever, se não o fizer incorrerá em crime contra a administração pública (CP, art 320). OBS: poder disciplinar não se confunde com poder hierárquico, no poder hierárquico a administração pública distribui e escalona as funções de seus órgãos e de seus servidores. No poder disciplinar ela responsabiliza os seus servidores pelas faltas cometidas. Poder regulamentar – é aquele inerente aos chefes dos Poderes Executivos (Presidente, Governantes e Prefeitos) para expedir decretos e regulamentos para complementar, explicar (detalhar) a lei visando sua fiel execução. Conforme art 84, IV CF. O direito brasileiro não admite os chamados “decretos autônomos”, ou seja, aqueles que trazem matéria reservada à lei. Poder de polícia – considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público (art 78, primeira parte CTN). Em resumo : através do qual a administração pública tem a faculdade de condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do interesse público. Extensão do poder de polícia : a extensão é bastante ampla, porque o interesse público é amplo. Segundo o CTN “interesse público é aquele concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais” – CTN, art 78, segunda parte. Limites do Poder de Polícia Necessidade – a medida de polícia só deve ser adotada para evitar ameaças reais ou prováveis de pertubações ao interesse público; Proporcionalidade/razoabilidade – é a relação entre a limitação ao direito individual e o prejuízo a ser evitado; Eficácia – a medida deve ser adequada para impedir o dano a interesse público. Para ser eficaz a Administração não precisa recorrer ao Poder Judiciário para executar as suas decisões, é o que se chama de autoexecutoriedade. Vídeos exemplificativos: https://www.youtube.com/watch?v=CbzKwQb QBew&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1k kYCmoIjxaCy&index=179 https://www.youtube.com/watch?v=oi-hRKxw mBM&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1k kYCmoIjxaCy&index=152 Elementos dos atos administrativosOs elementos dos atos administrativos são requisitos que norteiam a edição do ato em si, imprescindíveis para a sua formação, de forma que a falta de algum deles pode prejudicar a sua validade e os seus efeitos. São eles: competência, forma, finalidade, motivo, objeto. Competência A competência se define pelo fato de existir sempre um agente público ao qual a lei dá competência para prática de ato específico. Ela é um elemento irrenunciável, imprescritível, improrrogável e intransferível. Em regime de excepcionalidade, há a avocação, que é quando um ente toma para si a competência de agente inferior, somente. Já a delegação, acontece quando um órgão de mesma ou inferior https://www.youtube.com/watch?v=CbzKwQbQBew&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=179 https://www.youtube.com/watch?v=CbzKwQbQBew&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=179 https://www.youtube.com/watch?v=CbzKwQbQBew&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=179 https://www.youtube.com/watch?v=oi-hRKxwmBM&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=152 https://www.youtube.com/watch?v=oi-hRKxwmBM&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=152 https://www.youtube.com/watch?v=oi-hRKxwmBM&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=152 hierarquia toma para si as atribuições de algum órgão, não a titularidade. A competência, dessa forma, é um elemento sempre vinculado, mesmo que o ato seja discricionário, pois ela se origina da lei. Forma Em se tratando da forma como elemento do ato administrativo, é o meio pelo qual o ato se apresenta. Em geral, é escrito. Ele não busca sempre a forma, como traz o princípio da instrumentalidade das formas, pois mesmo que ele tenha sido editado de forma incorreta, se alcançar o objetivo para o qual foi criado, ele será válido. A forma é um elemento sempre vinculado, por isso, passível de controle judiciário. Defeito de forma é geralmente possibilita convalidação, a menos que a lei estabeleça diferente. Finalidade A finalidade do ato administrativo é aquilo que ele procura quando é editado, a finalidade que pretende alcançar, para afirmar a busca pelo interesse público, mas além disso, sempre há uma finalidade prevista na lei. Tal elemento é sempre vinculado, vez que está sempre previsto em lei (também passível de controle pelo Judiciário). Qualquer falta de atendimento à finalidade configura vício insanável, sendo obrigatória a anulação do ato, sem poder ser convalidado. Motivo Motivo é o elemento do ato que dá base e fundamento à sua edição. É a relação entre o motivo e o resultado (objeto e finalidade). O fato e o direito que dá origem à pratica do ato sempre se correlaciona com o motivo. O motivo, porém, tem que ser diferenciado da motivação. O primeiro, constitui-se no motivo pelo qual o ato nasce, seu propósito. Já a motivação, é a exposição do motivo, sua explicitação e fundamentação. Com base nisso, foi criada a teoria dos motivos determinantes que sustenta, em suma, que a validade dos atos administrativos sempre se ligará aos motivos indicados como seu fundamento. Objeto Objeto, constitui aquilo que se pode traduzir no conteúdo/matéria do ato. Por meio dele, a administração manifesta a sua vontade ou trata sobre situações preexistentes. Consiste, em outras linhas, na alteração que esse elemento causa no universo jurídico, que é imediato. Atributos dos atos administrativos Os atributos dos atos administrativos constituem aquilo que, juntamente com os elementos, norteiam os atos administrativos. São caraterísticas que fazem com que o ato seja aplicado ou não. Presunção de Legitimidade A presunção de legitimidade está presente desde o nascimento do ato e independentemente da norma legal que o prevê. É um atributo que se encontra em todos os atos administrativos, de obrigação ou de reconhecimento de direitos. Segundo os administrativistas Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (2013, p. 494), é um atributo que permite que mesmo que tenham vícios ou defeitos, se não forem anulados ou sustados temporariamente seus efeitos, seja plenamente eficaz, como se fosse válido. Existem recursos que podem sustar preventivamente (até com efeito suspensivo), inclusive, atos administrativos, ou a sua execução e, também, com mandado de segurança com pedido limitar, ações cautelares, antecipação dos efeitos da tutela, etc. Assim, a presunção de legitimidade e relativa e admite prova em contrário, ou seja, prova de o ato ser ou não legítimo. A ilustre administrativista Maria Sylvia Zanella de Pietro divide em duas a presunção de legitimidade: onde a interpretação e a aplicação da norma foram corretas pela administração e a presunção de veracidade, que os fatos alegados pela administração existem e são verdadeiros. Imperatividade É o poder de coerção que a Administração Pública possui para criar obrigações, de forma unilateral e impor limitações. Conforme os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, ela decorre do poder extroverso (2015, p.), cuja definição se encontra na habilidade de o Poder Público praticar atos que extravasam sua esfera jurídica e adentram na alheia, alterando-a, independentemente da concordância prévia do indivíduo. A imperatividade, por mais que se trate de imposição da Administração Pública, não se encontra prevista em todos os atos. Os atos administrativos que, para sua concretização, precisam de concordância e de provocação, não se encontram presentes entre os que possuem o atributo da imperatividade, vez que não constituem, diretamente, uma obrigação ou imposição do Poder Público. Autoexecutoriedade O atributo da autoexecutoriedade faz parte dos atos que podem ser utilizados de forma material pela Administração. Essa utilização se dá de forma direta, já que não há a necessidade de autorização judicial anterior para que isso aconteça. É possível, inclusive, o uso de força. Mesmo que os atos administrativos que gozam de autoexecutoriedade não tenham necessidade de provocar o judiciário, nada impede que o Poder Judiciário controle o ato. Isso se dará sempre que algum interessado tiverinformação de que a Administração vai editar algum ato administrativo e, por liminar, deve ser comprovada a potencial ilegalidade do ato. A autoexecutoriedade não constitui atributo de todos os atos, já que é uma atividade que faz parte das atribuições da Administração, quando esta exerce atividade de Poder Público. O mencionado atributo existe diante da necessidade que a Administração Pública necessita para preservar o interesse público, precisando agir sem intervenção do Judiciário, especialmente no exercício do poder de polícia, conforme lição dos administrativistas Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (2015, p.) Tipicidade O ato administrativo deve gozar de tipicidade, atributo que estabelece que ele deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como possíveis de produzir certos resultados. A tipicidade administrativa impede que a Administração, no exercício do Poder Público, crie atos inominados, de maneira unilateral e coercitiva, sem prévia autorização legal. Este atributo do ato administrativo só se encontra em atos unilaterais e impede que a Administração Pública edite ato totalmente discricionário. Extinção dos atos administrativos. Anulação A anulação do ato administrativo terá que ocorrer sempre em caso de vício no ato, que se relacione à legalidade ou legitimidade, quando ofenda a lei ou o direito como um todo e no controle de legalidade, não do mérito. É obrigatório que o ato administrativo que contenha vicio insanável seja anulado, já o que tenha vício sanável, é passível ser anulado ou convalidado (discricionariamente pela administração). Os efeitos da anulação são ex tunc (retroativos), porém os efeitos alcançados a terceiros de boa-fé são resguardados. A anulação pode ser feita pela Administração, de ofício (autotutela) ou mediante provocação, ao Poder Judiciário. O prazo de anulação dos atos administrativos ilegais é 5 anos e não permanece se houver ofensa à Constituição Federal. Revogação A revogação de um ato administrativo é a sua exclusão do ordenamento jurídico, e conforme discricionariedade da Administração, tornou-se inoportuno ou inconveniente. A revogação se fundamenta no poder discricionário, que decorre da oportunidade e da conveniência. É o ato que define controle de mérito. A revogação produz efeitos ex nunc, ou seja, para a frente, não sendo possível revogar ato que já tenha gerado direito adquirido. Ela é ato que somente a própria pessoa que a pratica pode realizar, sendo que um poder jamais revoga ato administrativo do outro poder. Ainda, não é possível que o ato vinculado seja revogado, somente pode ser revogado o discricionário. Vídeos exemplificativos: https://www.youtube.com/watch?v=GmX57rh mq2Q&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1 kkYCmoIjxaCy&index=220 https://www.youtube.com/watch?v=BSg031Un xEo&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kk YCmoIjxaCy&index=238 Intervenção do Estado na propriedade O direito de propriedade é um direito fundamental previsto no art 5º, caput, CF e garantido pelo inciso XXII. Entretanto, esse direito não é absoluto, vez que toda a propriedade deve cumprir a função social. A propriedade urbana cumprirá sua função social (art 5º, XXIII, CF) quando atender as exigências previstas no plano diretor, que deverá ser aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes. A propriedade rural cumprirá sua função quando atender simultaneamente aos seguintes requisitos: ● aproveitamento racional e adequado ● utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente ● observação das disposições que regulam as relações de trabalho ● exploração que favoreça o bem estar dos proprietários e dos trabalhadores. Nesse contexto, a intervenção do Estado na propriedade privada é todo ato do Poder Público que, compulsoriamente, retira ou restringe direitos dominiais privados ou sujeita o uso de bens particulares a uma destinação de interesse público. Os fundamentos da intervenção na propriedade privada se baseiam na necessidade pública, utilidade pública ou interesse social, previstos em lei federal. Desapropriação A desapropriação é um procedimento administrativo pelo qual o poder público e seus delegados, mediante prévia declaração de necessidade pública, utilidade pública ou https://www.youtube.com/watch?v=GmX57rhmq2Q&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=220 https://www.youtube.com/watch?v=GmX57rhmq2Q&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=220 https://www.youtube.com/watch?v=GmX57rhmq2Q&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=220 https://www.youtube.com/watch?v=BSg031UnxEo&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=238 https://www.youtube.com/watch?v=BSg031UnxEo&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=238 https://www.youtube.com/watch?v=BSg031UnxEo&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=238 interesse social, impõe ao proprietário a perda de um bem, substituindo-o em seu patrimônio por justa indenização. Tipos de desapropriação Desapropriação direta - é a desapropriação clássica. Ela ocorre quando há: ● Necessidade pública: situações emergenciais que demandam a incorporação pelo poder público de bens de terceiros ao seu domínio e uso para resolver o problema. ● Utilidade Pública: a desapropriação é conveniente ao interesse coletivo (casos de alargamento de avenidas, por exemplo); ● Interesse Social: destina-se a resolver problemas sociais, para melhorar condições de vida e atenuar desigualdades sociais . O poder público impõe ao proprietário do imóvel a perda do bem. Em contrapartida, ele recebe indenização deverá prévia, justa e em dinheiro. Essa desapropriação pode ser feita de forma amigável (com acordo entre as partes), ou por via judicial (não há acordo sobre o valor da indenização). Desapropriação indireta - é uma desapropriação irregular, que decorre de ato abusivo do poder público. Neste caso, o governo se apropria do bem particular sem observar o procedimento legal. Ou seja, ele não obedece os requisitos da declaração de utilidade pública e da indenização prévia. Como o bem se incorpora ao patrimônio público, o proprietário só tem a saída de pleitear na Justiça uma indenizaçãopor perdas e danos decorrentes do ato ilícito. Na ação de desapropriação indireta , deverá demonstrar que era, de fato, o proprietário do bem, e o apossamento do Poder Público de seu imóvel. Desapropriação confiscatória é também chamada de desapropriação de propriedade nociva. Ela tem caráter compulsório. Quando existe uma terra utilizada para o cultivo de plantas psicotrópicas e não autorizadas, a CF, no art. 243, autoriza o poder público a tomar o imóvel para si. Aqui não prevê qualquer tipo de indenização ao particular e o proprietário pode sofrer outras sanções previstas em lei. Isso ocorre, porque ele está utilizando a terra para o plantio ilegal. De acordo com a CF, as glebas com culturas ilegais de plantas psicotrópicas devem ser expropriadas e destinadas ao cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos. Desapropriação sancionatória decorre do mau uso da propriedade urbana ou rural. Qualquer propriedade deve cumprir sua função social (artigos 5º e 8º da Lei nº 10.257/2001, para propriedade urbana, e para propriedade rural). http://fyfadv.com.br/midia/desapropriacao-para-alargamento-da-avenida-itaquera-saiba-o-que-fazer/ http://fyfadv.com.br/midia/politica-de-habitacao-social/ http://fyfadv.com.br/midia/politica-de-habitacao-social/ http://fyfadv.com.br/midia/politica-de-habitacao-social/ http://fyfadv.com.br/midia/saiba-mais-sobre-a-desapropriacao-judicial/ http://fyfadv.com.br/midia/desapropriacao-indireta/ http://fyfadv.com.br/midia/desapropriacao-indireta/ Mas pode ocorrer de o proprietário não dar a ela uma finalidade útil. Nestes casos, o poder público pode tomar para si a propriedade urbana ou rural (para fins de reforma agrária). ● Proprietário urbano: recebe justa e prévia indenização paga em títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, em valor parcelado. O resgate deve ser feito em até dez anos (art. 182, §4º da Constituição); ● Proprietário rural: recebe justa e prévia indenização paga em títulos da dívida agrária (salvo benfeitorias úteis e necessárias, que são indenizadas em dinheiro), com prazo de resgate máximo de 20 anos (art. 184 da Constituição). Existem imóveis insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária (art. 185 da Constituição), como a pequena e a média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra, e a propriedade produtiva. Em qualquer um dos tipos de desapropriação, a presença de um advogado é fundamental. O profissional será responsável por garantir que os direitos do proprietário sejam respeitados, principalmente quanto ao valor justo da indenização. Tombamento Tombamento é a modalidade de intervenção na propriedade por meio da qual o Poder Público procura proteger o patrimônio cultural brasileiro. No tombamento, o Estado intervém na propriedade privada para proteger a memória nacional, protegendo bens de ordem histórica, artística, arqueológica, cultural, científica, turística e paisagística. A maioria dos bens tombados é de imóveis de valor arquitetônico de épocas passadas em nossa história. É comum, também, o tombamento de bairros ou até mesmo de cidades, quando retratam aspectos culturais do passado. O tombamento pode, ainda, recair sobre bens móveis. A Constituição Federal estabelece, expressamente, a autorização para essa modalidade de intervenção na propriedade, nos seguintes termos (CF, art. 216, § 1º): “O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação”. O tombamento pode ser voluntário ou compulsório, provisório ou definitivo. ● VOLUNTÁRIO - quando o proprietário consente no tombamento ● COMPULSÓRIO - ocorre quando o Poder Público realiza a inscrição do bem como tombado, mesmo diante da resistência e do inconformismo do proprietário ● PROVISÓRIO - enquanto está em curso o processo administrativo instaurado pela notificação do Poder Público. ● DEFINITIVO - quando, depois de concluído o processo, o Poder Público procede à inscrição do bem como tombado, no respectivo registro de tombamento. O ato de tombamento deve ser precedido de processo administrativo, no qual serão apurados os aspectos que materializam a necessidade de intervenção na propriedade privada para a proteção do bem tombado. Nesse processo, são obrigatórios: O parecer do órgão técnico cultural; a notificação ao proprietário, que poderá manifestar-se anuindo com o tombamento ou impugnando a intenção do Poder Público de decretá-lo; decisão do Conselho Consultivo da pessoa incumbida do tombamento, após as manifestações dos técnicos e do proprietário. O ato de tombamento gera alguns relevantes efeitos no que concerne ao uso e à alienação do bem tombado. Efetivado o tombamento e o respectivo registro no Ofício de Registro de Imóveis respectivo, ficará vedado ao proprietário, ou ao titular de eventual direito de uso, destruir, demolir ou mutilar o bem tombado. Além disso, o proprietário somente poderá reparar, pintar ou restaurar o bem após a devida autorização do Poder Público. Independentemente de solicitação do proprietário, pode o Poder Público, no caso de urgência, poderá tomar a iniciativa de providenciar as obras de conservação do bem tombado. Porém, o tombamento do bem não impede o proprietário de gravá-lo por meio de penhor, anticrese ou hipoteca. Não há obrigatoriedade de o Poder Público indenizar o proprietário do imóvel no caso de tombamento. Somente se o proprietário comprovar que o ato de tombamento lhe causou prejuízo, o que não é a regra, é que fará jus à indenização. Órgãos Públicos ● Teoria da identidade - O Estado e o agente são uma unidade inseparável. ● Teoria da representação - O Estado é incapaz e deve ser representado pelo agente. ● Teoria do mandato - A atuação do agente ocorre por meio de contrato. ● Teoria do órgão A atuação do agente é a própria atuação do órgão. Para compreendermos as característicasde um órgão público, podemos associá-lo ao corpo humano. Os órgãos, assim, seriam as partes do corpo, de forma que apenas uma parte, por si só, seria incapaz de movimentar o todo. Apenas com a vontade conjunta de todos os órgãos é que o “corpo” consegue adquirir movimentos. Dessa característica principal (a de sozinhos serem incapazes de manifestar a vontade do todo) é que decorrem as demais. Os órgãos públicos: • Surgem por meio da técnica da desconcentração administrativa; • São considerados repartições internas de competência; • São entes despersonalizados, ou seja, não possuem personalidade jurídica, uma vez que apenas são uma parte da pessoa jurídica que os criou; • Podem estar presentes tanto Na Administração Direta (entes federativos) quanto nas entidades da Administração Indireta; • Como regra, não possuem capacidade processual. Classificação Os órgãos públicos podem ser classificados de acordo com diferentes critérios. Nesse ponto, temos que fazer uso das disposições de Hely Lopes Meirelles. Para esse autor, os órgãos podem assumir três tipos de classificação: quanto à posição hierárquica, quanto à estrutura e quanto à atuação funcional. Quanto à Posição Hierárquica Independentes ou primários: são aqueles originários da Constituição Federal, estando na cúpula de cada um dos poderes. Tais órgãos não estão sujeitos a nenhum tipo de subordinação, possuindo ampla liberdade de atuação e tendo a maioria de suas atribuições previstas na própria Constituição. Autônomos: estão imediatamente abaixo dos órgãos independentes, possuindo autonomia e capacidade de planejamento de suas ações com certa liberdade. Tais órgãos estão localizados na cúpula da atividade administrativa, possuindo como peculiaridades, ainda, o fato de terem autonomia administrativa, financeira e técnica. Superiores: são aqueles que, subordinados aos órgãos autônomos, assumem a função de direção e controle. No entanto, não detêm autonomia para suas atividades, motivo pelo qual devem obediência hierárquica aos órgãos autônomos. Diferenciam-se destes, no entanto, por não possuírem autonomia administrativa, financeira e técnica. Subalternos: são órgãos com pouco poder decisório, possuindo, dentre as suas atribuições, as tarefas de mera execução. Como exemplos, temos as repartições públicas em geral, tais como o setor de protocolo e a seção de documentação. Quanto à Estrutura No que se refere à estrutura, os órgãos públicos podem ser classificados em simples ou compostos. Simples ou unitários: são aqueles constituídos apenas por um centro de competências, não possuindo, por isso mesmo, divisões internas. Ressalta-se que deve ser feita a ressalva que o número de agentes ou servidores não influencia na classificação do órgão como simples ou composto. Dessa forma, poderemos ter um órgão simples apenas com um agente público ou então com diversos servidores. O que é levado em consideração, para classificação como simples, é a inexistência de subdivisões internas. Compostos: os órgãos compostos são os constituídos por diversos órgãos menores, que, juntos, formam um órgão maior e hierarquicamente superior. Quanto à Atuação Funcional Com relação à atuação funcional, os órgãos podem ser classificados em singulares e colegiados. Singulares: são aqueles compostos de um único agente. Ainda que os órgãos singulares possuam vários agentes auxiliares, sua característica de singularidade é expressa pelo desenvolvimento de sua função por um único agente, em geral o titular. Colegiados: são compostos por mais de um agente com poder de decisão. Assim, as decisões que são levadas à análise dos órgãos colegiados apenas são decididas pela maioria das vontades dos agentes ocupantes. O típico exemplo de órgão colegiado são os Tribunais do Poder Judiciário. Critério Classificação Posição hierárquica Independentes - cúpula dos Poderes Autônomos - cúpula da Administração Superiores - sem autonomia Subalternos - atividades de execução Estrutura Simples (não possuem divisões internas) Compostos (possuem divisões internas) Atuação funcional Singulares (uma pessoa toma a decisão) Colegiados (decisão tomada pela maioria dos integrantes) Serviços Públicos Os serviços públicos, são aqueles prestados diretamente à comunidade pela Administração depois de definida a sua essencialidade e necessidade. Assim, pode se dizer que o serviço público corresponde a uma atividade de interesse público que visa atender as necessidades coletivas. ● Visa atender às necessidades coletivas ● Não pode ser interrompido ● É prestado direta e indiretamente pelo Estado Dentre todos os serviços prestados pela Administração Pública, aquele mais importante é o chamado serviço público essencial, que são àqueles serviços ou atividades indispensáveis a sobrevivência do ser humano. Estão eles dispostos no artigo 10 da Lei 7783/89: Art. 10 São considerados serviços ou atividades essenciais: I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis; II - assistência médica e hospitalar; III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; IV - funerários; V - transporte coletivo; VI - captação e tratamento de esgoto e lixo; VII - telecomunicações; VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais; X - controle de tráfego aéreo; XI - compensação bancária. O caráter de essencialidade, nos denota a acepção de que a ausência deles, tornaria difícil o desenvolvimento da sociedade. Serviços essenciais, tais como o fornecimento de água, energia elétrica, saúde, transporte coletivo, esgoto ao serem cessados, reduz as chances de sobrevivência do homem, destruindo o direito mais importante que temos, o direito à vida. Não é serviço público : tudo que tem um fim.Ex: ● Obra pública ● Exercício do poder de polícia ● Atividade que sofra interrupção ● Atividade econômica – art 173 CF. Quanto à utilização Individuais: são aqueles que há a possibilidade de mensurar a utilização individual, ou seja, serviços em que o Estado tem como medir o quanto cada pessoa utiliza. São custeados mediante taxa ou tarifa. Ex: energia elétrica. Gerais: são aqueles prestados a todos e usufruído por todos simultaneamente e, por isso, é impossível saber o quanto cada pessoa utiliza de cada serviço, dessa forma, esses serviços são custeados pelo Estado com a receita geral decorrente de impostos. Ex: iluminação pública. Quanto à prestação Exclusivos indelegáveis: são aqueles serviços que o Estado tem o dever de prestar diretamente. Nesse caso, não se admite a prestação mediante delegação a particulares ou pessoas jurídicas de direito privado. Ex: segurança pública. Exclusivos delegáveis: são aqueles serviços que o Estado tem o dever de prestar, mas que pode de forma direta ou indireta. Ex: transporte público. Exclusivos de delegação obrigatória: são aqueles que o Estado tem o dever de prestar, mas também tem o dever de delegar, ou seja, aqueles serviços que o Estado não pode prestar com monopólio. Ex: televisão e rádio. Não exclusivos do Estado: serviços públicos de prestação obrigatória pelo Estado e facultativa pelos particulares. Como não existe delegação, não é uma prestação indireta pelo Estado, é uma prestação por conta e risco do particular. Ex: saúde, educação, previdência. OBS: quando o particular atuar na prestação de serviço não exclusivo do Estado, esse serviço não será considerado serviço público propriamente dito, será chamado de serviço de utilidade pública ou de relevante utilidade pública. Princípios dos Serviços públicos Os princípios reguladores da prestação dos serviços públicos, que são: a generalidade, a continuidade, a eficiência e a modicidade. Princípio da Generalidade É também conhecido como princípio da igualdade dos usuários. Segundo o Princípio da Generalidade os serviços públicos devem visar atingir o maior quantitativo possível de pessoas, sem discriminação entre os usuários. Ou seja, os serviços públicos devem buscar a universalização dos serviços públicos, respeitando assim a aplicação do princípio constitucional da impessoalidade, disposto no art. 37 da CF. Princípio da Continuidade O serviço público deve ser acessível e prestado de forma contínua. Este princípio exige a prestação de forma ininterrupta do serviço, para que a coletividade possa satisfazer suas necessidades. O princípio não impede a interrupção justificada da prestação do serviço que pode ocorrer por motivos de ordem geral, como força maior como também por situações que derivem de uma situação emergencial ou ainda após um prévio aviso em decorrência de razões de ordem técnica e segurança das instalações (conforme disposto pelo art 6, parágrafo 3º, inciso I, da Lei 8.987 de 1995). Todos os princípios têm como escopo a prestação adequada dos serviços públicos, tendo neste aspecto, destaque especial o determinado pelo princípio da continuidade (art. 6º da Lei 8.987/95). Em regra, a suspensão do serviço será admissível se este for remunerado por preço público (tarifa), mesmo que possua natureza compulsória. Por outro lado, existem decisões que entendem ser inadmissível a suspensão do serviço quando o usuário é o Poder Público, sob o argumento da supremacia do interesse público sobre o interesse privado. Princípio da Eficiência De acordo com este princípio a prestação do serviço público deve se dar de modo que atenda efetivamente as necessidades da coletividade, do usuário e do Estado, com o maior aproveitamento possível e com baixo custo. A Constituição Federal impõe que os particulares colaboradores têm a obrigação de manter adequado o serviço público que executarem, conforme previsto pelo art. 175, parágrafo único, da CF. A eficiência, portanto, exige que a atividade seja realizada observando determinados padrões de qualidade. Segundo Diogo de Figueiredo Moreira Neto: Para que os padrões de qualidade sejam juridicamente exigíveis, é necessário que se definam parâmetros legais, para que sua satisfação possa ser aferida, como, por exemplo, sob critérios de tempo, de recursos empregados, de generalidade do atendimento ou das respostas dos usuários ( feed-back ), pois, como já se esclareceu, o conceito jurídico de eficiência jamais poderá ser subjetivo, de outro modo chegar-se-ia ao arbítrio na atividade de controle. Princípio da Modicidade Este princípio visa impedir que o fator econômico, ou seja, que o custo se torne um fato impeditivo para a fruição do serviço público pela coletividade. Assim, a modicidade esta associada à acessibilidade, exigindo que a política tarifária (CRFB art 175, parágrafo único, inciso III) obedeça aos recursos econômicos dos usuários dos serviços públicos. Segundo Sérgio de Andreá Ferreira, este princípio: Traduz a noção de que o lucro, meta da atividade econômica capitalista, não é objetivo da função administrativa, devendo o eventual resultado econômico positivo decorrer da boa gestão dos serviços, sendo certo que alguns deles, por seu turno, têm de ser, por fatores diversos, essencialmente deficitários ou, até mesmo, gratuitos. Cabe salientar que o princípio da modicidade é corolário do princípio da generalidade, pois caso seguido à risca irá propiciar o mais amplo acesso ao serviço por parte da coletividade. Outros Princípios Além dos princípios supracitados, a doutrina reconhece a existência de outros princípios, tais como: Princípio da regularidade – além de contínuo, o serviço público deve ser prestado de modo regular, ou seja, sem apresentar variação apreciável das características técnicas de sua prestação aos usuários. Princípio da atualidade – também conhecido como princípio do aperfeiçoamento. A Administração tem a obrigação de aproveitar na prestaçãode serviços os avanços científicos e tecnológicos, que irão propiciar uma melhora na qualidade da prestação. É um corolário do princípio da eficiência. Princípio da cortesia – os usuários são os destinatários dos serviços públicos, desta maneira existe um dever legal, além de um dever, obviamente, moral, de tratá-los de modo urbano e educado, recebendo um atendimento adequado. Competência para a prestação de serviço Competência da União – em matéria de serviço públicos, abrange os que lhe são privativos (art 21 CF) e os que lhe são comuns (art 23), permitindo atuação paralela dos Estados Membros e Municípios. Competência dos Municípios – restringe-se aos serviços de interesse local. A CF elegeu determinados serviços de interesse local como deve expresso dos Municípios, como o transporte coletivo, a educação pré-escolar, o ensino fundamental, os serviços de atendimento à saúde da população e outros. Competência do Estado membro – é residual, a única exceção diz respeito à exploração e distribuição dos serviços de gás canalizado (art 25, §2). Assim, pertencem aos estados todos os serviços não reservados à União nem distribuídos ao Município. Concessão de Serviços Públicos – podemos verificar 2 espécies: ● Concessão Comum: o usuário remunera diretamente a empresa privada, o Estado não injeta dinheiro nenhum. Aqui, o Estado responde subsidiariamente. ● Concessão Especial: Lei 11079/2004, art 2º - o Estado busca parceria público privada. Essa concessão poderá ser: patrocinada ou administrativa (veremos adiante). Aqui, a responsabilidade do Estado, é solidária. O serviço público é toda atividade material que a lei atribui ao Estado para que a exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de satisfazer concretamente às necessidades coletivas, sob regime total ou parcialmente público. O conceito de serviço público varia de acordo com as necessidades e transformações de uma sociedade, em outras palavras, serviço público é todo aquele prestado pela administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade ou simples conveniência do Estado. Mas, no que tange ao regime de concessão do serviço público, a CF, dispôs em seu art. 175 a forma de reger este instituto , in verbis : Art. 175 . Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Parágrafo único. A lei disporá sobre: I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; II – os direitos dos usuários; III – política tarifária; IV – a obrigação de manter serviço adequado. Assim, concessão do serviço público é o instituto através do qual o Estado atribui o exercício de um serviço público a alguém que aceite prestá-lo em nome próprio, por sua conta e risco, nas condições fixadas e alteráveis unilateralmente pelo Poder Público, mas sob garantia contratual de um equilíbrio econômico-financeiro. A concessão de serviços públicos pode ser comum, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado, que é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a lei 8.987/95, e algumas espécies, dentre elas, a concessão de serviço público e a concessão de serviço público precedida da execução de obra pública, dispostas no art. 2º da Lei 8.987/95, in verbis : Art. 2 - Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se: (...) II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado; III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado,(...). Parcerias Público-Privadas As parcerias público-privadas são contratos que estabelecem vínculo obrigacional entre a Administração Pública e a iniciativa privada visando à implementação ou gestão, total ou parcial, de obras, serviços ou atividades de interesse público, em que o parceiro privado assume a responsabilidade pelo financiamento, investimento e exploração de serviço, observando, além dos princípios administrativos gerais, os princípios específicos desse tipo de parceria. A definição legal do instituto da parceria público-privada consta no art 2º da Lei Federal de nº 11079/2004: “é o contrato administrativo de concessão na modalidade patrocinada ou administrativa”. No mesmo dispositivo ainda constam os conceitos de concessões patrocinadas e administrativas. § 1o Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 , quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. O Estado entra com 70% e o usuário do serviço com até 30%, podendo ser maior desde que exista uma lei autorizando. § 2o Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens, ou seja, o Estado é o http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8987cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8987cons.htm
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