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Resumo Direito Administrativo - @direito augusta

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Resumo da disciplina   
Direito Administrativo 
*Já com as recentes alterações da Nova Lei de Licitações  
  
  
  
  
  
  
  
  
Trata-se de um resumo com anotações pessoais e pesquisas realizadas na internet ao tempo que estive  
cursando a disciplina, por isso não tenho anotado as fontes bem como não consigo dar os devidos créditos,  
peço desculpas desde já pela minha falha.  
Qualquer dúvida, estarei à disposição   
(me contact no direct do instagram @direito.augusta)  
 
 
 
Noçõe� sobr�  
Direit�  
Administrativ�  
P� Maria Augusta  
@direito.augusta    
Ramos do direito 
● Privado: 
a) autonomia de vontade 
b) igualdade entre as partes = na lei 
c) relação horizontal = parte - parte 
● Público : 
a) desigualdade entre as partes 
b) presença do Estado 
 Interesse público = coletividade 
 Alguém manda - alguém obedece 
 Relação vertical Estado 
 
Fontes do Direito Administrativo 
1 – Lei = sentido amplo – Fonte Primária – art 
37 CF 
● Súmula Vinculante tem peso de lei 
2 – Jurisprudência = decisões reiteradas 
 Doutrina = fontes secundárias 
3 – Costumes = regras não escritas = Fonte 
Indireta 
Princípios do Direito Administrativo - 
O caput do art. 37, CF/88, então, dispõe sobre 
os princípios do Direito Administrativo. E da 
sua redação, extraem-se, dessa maneira: 
1. princípio da legalidade; 
2. princípio da impessoalidade; 
3. princípio da moralidade; 
4. princípio da publicidade; 
5. princípio da eficiência (inserido com a 
Emenda Constitucional nº 19). 
Esses princípios são reforçados, assim, no art. 4º 
da Lei 8.429/92, a Lei da Improbidade 
Administrativa. 
Além destes, há, contudo, princípios 
considerados implícitos. Isto é, próprios do 
Direito Administrativo e dos atos 
administrativos por si, como, por exemplo, o 
princípio da proporcionalidade e da 
subsidiariedade. E, por fim, a interpretação 
mais aceita da aplicação dos princípios é da 
ponderação. 
1. Princípio da legalidade 
O princípio da legalidade atende à previsão 
legal. Ou seja, o que é permitido por lei. Desse 
modo, os atos administrativos devem respeitar os 
limites legais estipulados em norma. 
 
 
2. Princípio da impessoalidade 
O princípio da impessoalidade no Direito 
Administrativo refere-se ao dever de 
neutralidade dos entes e de seus membros. Isto 
porque a pessoa administrativa não deve se 
confundir com o indivíduo por trás da função. 
Dessa maneira, práticas como o nepotismo, são 
contrárias ao princípio da impessoalidade. 
3. Princípio da moralidade administrativa 
O princípio da moralidade administrativa 
talvez seja um dos mais complexos do Direito 
Administrativo. Afinal, qual seria a moral da 
Administração Pública para que se definisse a 
moralidade imperativa? 
Embora seja difícil conceituar a moralidade 
para o Direito Administrativo, editou-se a Lei 
8.249/92, na qual se dispõem, dessa forma, 
condutas consideradas contrárias ao princípio 
da moralidade. A legislação coaduna, então, 
com a previsão do parágrafo 4º do art. 37, 
CF/88, segundo o qual: 
§ 4º Os atos de improbidade administrativa 
importarão a suspensão dos direitos políticos, a 
perda da função pública, a indisponibilidade 
dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e 
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação 
penal cabível. 
A Lei da Improbidade Administrativa, 
contudo, não possui caráter penal. Como se 
observa da redação do parágrafo, portanto, 
além das sanções de cunho administrativo, 
poderá haver sanções penais. Mas estas deverão 
ser apuradas em ação penal própria. 
Ademais, é importante mencionar a Lei 
1.079/59, que define os crimes de 
responsabilidade. E regula, então, o respectivo 
processo de julgamento. 
4. Princípio da publicidade 
O princípio da publicidade no Direito 
Administrativo refere-se ao dever de prestação 
de contas. Afinal, a Administração Pública 
deve reverter seus feitos à sociedade de modo 
geral, justificando os gastos por ela realizados. 
5. Princípio da eficiência 
O princípio da eficiência foi Instituído pela 
Emenda Constitucional nº 19, como 
mencionado. E se refere, assim, ao equilíbrio 
entre os meios e os fins do atos administrativos. 
Portanto, a Administração Púbica deve prezar 
pelos meios mais eficientes, considerando não 
apenas as medidas necessárias e seus impactos, 
mas também o orçamento demandado. 
6. Princípio da proporcionalidade 
O princípio da proporcionalidade não está 
explícito na Constituição, mas é bastante 
recorrente no Direito Administrativo brasileiro. 
Originado no Direito Alemão, refere-se, desse 
modo, a uma adequação entre os meios 
empregados e os fins objetivados. Por exemplo: 
há duas possibilidades de obras em vias públicas 
para melhorar o trânsito em um determinado 
local. Uma delas é mais eficiente, mas depende 
 
 
da expropriação de alguns terrenos. Qual das 
duas medidas será mais proporcional? Ou seja, 
entre custos, resultados e consequências, qual 
será a mais adequada ao interesse público? 
Nesse sentido, pode-se analisar três pontos: 
1. Adequação – a relação entre meios e 
fins; 
2. Necessidade – direito do menor prejuízo 
ao destinatário; 
3. Proporcionalidade em sentido estrito – 
visa os efeitos mais benéficos ou menos 
lesivos para o interesse público. 
7. Princípio da subsidiariedade 
Outro princípio não previsto explicitamente na 
Constituição Federal, é, então, o princípio da 
subsidiariedade do Direito Administrativo. 
Segundo ele, portanto, o Estado atua, 
sobremaneira, na área de Direito Público e, 
excepcionalmente, no Direito Privado. 
Regime Jurídico Administrativo 
1 - Princípio da Supremacia do Interesse 
Público = Poderes da Administração 
Pública 
2 - Princípio da indisponibilidade do 
Interesse Público 
● Gestor da coisa alheia 
● Não pode dispor 
● Deveres da administração 
pública 
OBS: 
Personalidade Jurídica = direitos e 
 obrigações 
 Patrimônio próprio 
 Capacidade processual 
 Órgão público não tem 
Noções de Estado e Governo 
Elementos do Estado: 
● Povo 
● Território = espaço 
geográfico 
● Governo Soberano 
a) vontadesuprema do 
Estado 
b) não sujeito a vontades 
externas 
Formas de Estado = Federação = diversos 
centros de poder 
Entes Federados - art 18 
● União 
● Estados 
● Distrito Federal 
● Municípios 
OBS: Esses tem soberania 
 Autonomia/Independência 
 
 
 Não são soberanos 
Forma de Governo = República (coisa do 
povo) 
1 – Governante = responsabilizado 
● Eleito 
● Temporário 
● Prestar contas 
 
Sistema de Governo = Presidencialista 
1- Separação entre 
● Legislativo 
● Executivo 
2 -Presidente 
● Chefe de Estado = administra 
externamente 
● Chefe de Governo = 
administra internamente 
Regime de Governo = Democracia 
Todo poder emana do povo 
● Direta 
● Indireta = por meio de 
votação 
Democracia 
● Semidireta 
● Participativa 
Poderes 
● do Estado 
● da República 
● Tripartição dos poderes = 
teoria de freios e contrapesos 
Administração Pública 
Sentido: 
● Formal 
● Subjetivo 
● Orgânico 
Lei define = rol taxativo 
Administração Direta = Pessoas jurídicas de 
Direito Público 
● União 
● Estados 
● DF 
● Municípios 
 
 Funções 
Típicas 
Funções Atípicas 
Poder 
Executivo 
administra Legisla = medida 
provisória 
Poder 
Legislativo 
Legisla/fiscali 
za 
Julga/ administra 
Ex: julga 
Presidente da 
República 
Poder 
Judiciário 
julga Legisla/ administra 
 
Tem patrimônio e capacidade 
processual 
Entre eles não há Hierarquia e 
Subordinação 
Relação de independência e 
colaboração 
Autonomia política, 
administrativa e financeira 
Administração Indireta = descentralização 
administrativa 
 DIREITO PÚBLICO  
● Autarquia 
● Fundação pública 
DIREITO PRIVADO  
● Empresas públicas 
● Sociedade de Economia 
Mista 
Pessoas Jurídicas 
Tem patrimônio próprio e 
capacidade processual 
Autonomia administrativa e 
financeira 
Finalidades são definidas em lei 
= vinculadas 
Administração Direta e 
Administração Indireta 
● Relação de vinculação 
● Vinculado às finalidades para 
as quais foi criado 
● Tutela administrativa 
● Controle finalístico e 
Supervisão Ministerial 
Autarquias = Pessoa Jurídica de Direito 
Público , criadas diretamente po Lei = sem 
registro 
● Finalidades – atividades 
típicas do Estado. Ex Banco 
Central 
Espécies comuns e ordinárias 
● Autarquias 
fundacionais/Fundações 
Autarquias 
● Agências Reguladoras 
● Territórios Federais 
Fundações Públicas = Pessoa Jurídica de 
Direito Privado , pode ser feita com 
personalidade jurídica de Direito Público = 
espécie de autarquia 
● Criação – autorizada por lei 
+ registro 
 
 
● Lei complementar – campo 
de atuação 
● Não pode ter finalidade 
lucrativa 
Empresas públicas e Sociedade de Economia 
Mista 
● Características comuns = 
empresas estatais 
● Pessoa Jurídica de Direito 
Privado 
● Criação = autorizada por lei 
+ registro 
● Finalidades= prestadora de 
serviço público (PSP) ou 
Exploradora de Atividade 
Econômica (EAE) 
● Regime celetista = Justiça do 
Trabalho 
PSP = Prestadora de Serviços Públicos 
(+público) 
● Responsabilidade civil – 
objetiva 
● Bens afetos – públicos 
● Pode – benefícios fiscais 
exclusivos 
● Imunidade tributária 
EAE = Exploradora de Atividade Econômica 
(+privado) 
● Responsabilidade civil – 
subjetiva 
● Privilégios – empresas 
privadas 
● Sem imunidade tributária 
 Diferenças 
1- Empresa Pública. Ex; Caixa Econômica 
Federal 
2- Capital social integralmente público 
● Qualquer modalidade 
societária 
 
3- Sociedade de Economia Mista. Ex 
Petrobrás 
● Capital social público 
(controle acionário) e privado 
● Modalidade societária – 
apenas sociedade anônima 
S/A 
 
 Personalidade 
Jurídica 
Criação Resp. Civil Finalidades Imunidade 
tributária 
Autarquias Direito Público Lei cria objetiva Atividade 
típica 
Sim 
Fundações 
Públicas 
Direito Privado Lei 
autoriza 
+ registro 
objetiva Sem fins 
lucrativos 
LC= 
atuação 
Sim 
Empresas 
Públicas 
Direito Privado Lei 
autoriza 
+ registro 
Objetiva 
Subjetiva 
PSP ou 
EAE 
Sim 
Não 
Sociedade 
de 
Economia 
Mista 
Direito Privado Lei 
autoriza 
+ registro 
Objetiva 
Subjetiva 
PSP ou 
EAE 
Sim 
Não 
 
● Justiça comum – apenas 
estadual 
 
Dirigentes = cargo em comissão/servidor 
estatutário 
 
Órgãos Públicos = feixe despersonalizado de 
competências 
Divisão interna das competências 
● Dentro de uma pessoa 
jurídica da Administração 
Pública. Ex; 
Administração Direta 
● União = Presidente da 
República 
● Ministério da Justiça = 
Polícia Federal 
Características 
● Não possuem personalidade 
jurídica 
● Não tem patrimônio próprio 
● Não tem capacidade 
processual (em regra) 
Exceção; 
● Órgãos independentes e 
autônomos – Mandado de 
Segurança – na defesa de 
suas prerrogativas funcionais 
● Fruto de desconcentração 
administrativa – divide 
internamente a competência 
● Criação e extensão – Lei 
(Princípio da Reserva Legal) 
● São hierarquizados 
● Podem celebrar contrato de 
gestão – art 37, §8 CF 
Teoria do Órgão – a pessoa jurídica manifesta 
sua vontade por meio de seus órgãos públicos 
(relação de imputação) 
 Manifestam sua vontade por meio de 
seus agentes públicos 
 
Regime Pessoal Competência Jurisdicional 
Estatuto Justiça Comum (federal 
ou estadual) 
Estatuto Justiça Comum (federal 
ou estadual) 
Clt Justiça do Trabalho/ 
Justiça Comum (federal 
ou estadual) 
Clt Justiça do Trabalho/ 
Justiça Comum Estadual 
 Capital Social Forma 
Societária 
Empresa 
Pública 
100% público Qualquer 
forma 
Sociedade de 
Economia 
Mista 
Público e 
(+)Privado 
S/A 
 
Classificações 
1- Quanto à posição estatal 
● Independentes 
● Autônomos 
● Superiores 
● Subalternos 
 
a) Independentes 
● Mais alto escalão 
● Não subordinados 
● Agentes públicos 
● Competência = CF 
 Ex: Presidente da República, 
Câmara dos Deputados, Senado 
Federal e Tribunais 
b) Autônomos 
● Hierarquizados 
● Ampla autonomia 
(administração, técnica e 
financeira) 
Ex:Ministérios, Secretarias 
c) Superiores 
● Direção, chefia, controle e 
decisão 
● Autonomia reduzida (apenas 
técnica) 
Ex: Coordenadorias, gabinetes 
d) Subalternos 
● Mera execução 
● Poder decisório reduzido 
 
2- Quanto à estrutura 
● Simples 
● Composto – dividido em 
outros órgãos 
 
3- Quanto à composição (atuação 
funcional) 
● Singulares (unipessoais)= 
decisão- um agente, ex; 
Presidente da República 
● Colegiados (pluripessoais) = 
manifestação conjunta. Ex; 
Câmara dos Deputados 
 
4- Quanto à esfera de atuação 
● Centrais – todo o território. 
Ex: secretaria 
● Locais – apenas em parte do 
território. Ex: delegacia 
Vídeos exemplificativos: 
https://www.youtube.com/watch?v=2bWA8fy 
XvQw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1 
kkYCmoIjxaCy&index=132 
 
https://www.youtube.com/watch?v=2bWA8fyXvQw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=132
https://www.youtube.com/watch?v=2bWA8fyXvQw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=132
https://www.youtube.com/watch?v=2bWA8fyXvQw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=132
 
https://www.youtube.com/watch?v=ymtEEILl 
RuM&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1k 
kYCmoIjxaCy&index=156 
https://www.youtube.com/watch?v=G9OldAa8 
Lb4&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kk 
YCmoIjxaCy&index=160 
https://www.youtube.com/watch?v=3CGuu_G 
UwZY&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1 
kkYCmoIjxaCy&index=164 
https://www.youtube.com/watch?v=14tzqeV7G 
qE&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkY 
CmoIjxaCy&index=205 
https://www.youtube.com/watch?v=k8GtNyO- 
ZAY&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kk 
YCmoIjxaCy&index=366 
https://www.youtube.com/watch?v=BuyFHGe 
4ZUw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1 
kkYCmoIjxaCy&index=385 
https://www.youtube.com/watch?v=BuyFHGe 
4ZUw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1 
kkYCmoIjxaCy&index=385 
https://www.youtube.com/watch?v=AP0p0bX 
dov4&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kk 
YCmoIjxaCy&index=363 
Prestação do serviço público 
● Centralização 
● Descentralização 
● Concentração 
● Desconcentração 
1- Centralização Administrativa 
● Centro do poder – eles 
mesmos exercem os poderes 
● Administração direta – pelos 
órgãos/agentes 
● 1 única pessoa jurídica – 
(União, Estados, DF ou 
Municípios) 
A centralização ocorre quando a atividade 
administrativa é totalmente desempenhada por 
órgãos e agentes de um único ente federativo. 
Em tal situação, o Estado executa as tarefas que 
a ele são atribuídas pela Constituição Federal de 
forma direta, ou seja, por intermédio dos 
agentes e dos órgãos públicos componentes da 
Administração Direta. Ressalta-se que a 
Administração Direta, conforme anteriormente 
exposto, é composta pelos entes federativos, 
motivo pelo qual é correto afirmarmos que, com 
a centralização, ocorre a prestação da 
atividade administrativa diretamente pela 
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e 
pelos Municípios. Na centralização, a 
Administração Direta pode fazer uso da 
repartição interna de competências, dando 
ensejo à criação dos órgãos públicos. Caso isso 
ocorra, os órgãos criados encontram-se 
subordinados à autoridade superior, uma vez 
que a hierarquia é inerente a toda e qualquer 
 
https://www.youtube.com/watch?v=ymtEEILlRuM&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=156
https://www.youtube.com/watch?v=ymtEEILlRuM&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=156
https://www.youtube.com/watch?v=ymtEEILlRuM&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=156
https://www.youtube.com/watch?v=G9OldAa8Lb4&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=160
https://www.youtube.com/watch?v=G9OldAa8Lb4&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=160
https://www.youtube.com/watch?v=G9OldAa8Lb4&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=160
https://www.youtube.com/watch?v=3CGuu_GUwZY&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=164
https://www.youtube.com/watch?v=3CGuu_GUwZY&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=164
https://www.youtube.com/watch?v=3CGuu_GUwZY&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=164
https://www.youtube.com/watch?v=14tzqeV7GqE&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=205
https://www.youtube.com/watch?v=14tzqeV7GqE&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=205
https://www.youtube.com/watch?v=14tzqeV7GqE&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=205
https://www.youtube.com/watch?v=k8GtNyO-ZAY&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=366
https://www.youtube.com/watch?v=k8GtNyO-ZAY&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=366
https://www.youtube.com/watch?v=k8GtNyO-ZAY&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=366
https://www.youtube.com/watch?v=BuyFHGe4ZUw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=385
https://www.youtube.com/watch?v=BuyFHGe4ZUw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=385
https://www.youtube.com/watch?v=BuyFHGe4ZUw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=385
https://www.youtube.com/watch?v=BuyFHGe4ZUw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=385
https://www.youtube.com/watch?v=BuyFHGe4ZUw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=385
https://www.youtube.com/watch?v=BuyFHGe4ZUw&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=385
https://www.youtube.com/watch?v=AP0p0bXdov4&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=363
https://www.youtube.com/watch?v=AP0p0bXdov4&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=363
https://www.youtube.com/watch?v=AP0p0bXdov4&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=363
 
organização dentro de uma mesma pessoa 
jurídica. 
2-Descentralização Administrativa = 2 
Pessoas Jurídicas. Ex: União + Inss 
A descentralização , por sua vez, ocorre 
quando qualquer um dos entes federativos 
exerce suas atribuições por intermédio de outras 
pessoas jurídicas. Em tais situações, ao contrário 
do que ocorre quando da criação dos órgãos 
públicos, não teremos hierarquia ou 
subordinação, mas sim mera vinculação entre a 
pessoa jurídica criada e o ente federativo que a 
criou. 
Centralização 
• pode ou não exigir a edição de lei; 
• Pautada na hierarquia e na subordinação. 
Descentralização 
• Deve ser feita por meio de lei; 
• não há hierarquia ou subordinação, mas sim 
mera circulação. 
A descentralização pode ser feita de duas 
formas, sendo elas a descentralização por 
outorga (também conhecida como 
descentralização por serviços ou legal) e a 
descentralização por delegação (negocial ou 
por colaboração). 
Descentralização por Outorga (por Serviços ou 
Legal) 
A descentralização por outorga ocorre 
quando o ente federativo transfere tanto a 
titularidade quanto o exercício de determinada 
competência. Tal descentralização é feita por 
meio de lei, sendo por intermédio de tal instituto 
que as entidades da Administração Indireta 
são criadas. Quatro são as entidades, conforme 
veremos mais a fundo em momento posterior, 
sendo elas as autarquias, as fundações públicas, 
as empresas públicas e as sociedades de 
economia mista. No caso das autarquias, a 
criação se dará diretamente por meio de lei. Nas 
demais entidades, a lei apenas autorizará a 
respectiva criação. 
Descentralização por Delegação (por 
Colaboração ou Negocial) 
A descentralização por delegação ocorre 
quando apenas o exercício da competência é 
transferido à outra entidade, ficando a 
titularidade com o ente originalmente 
competente. Através dela, as concessionárias, 
permissionárias e autorizatárias assumem o 
exercíciode algumas atividades administrativas. 
Se a descentralização for para uma 
concessionária ou permissionária, dizemos que a 
transferência do exercício é por prazo certo, 
oportunidade em que teremos a licitação prévia 
e a formalização de um contrato 
 
 
administrativo. Caso a descentralização ocorra 
para uma autorizatária, tal procedimento 
poderá ocorrer por prazo indeterminado, uma 
vez que a característica do instituto é a 
precariedade e a possibilidade de revogação à 
qualquer tempo pelo Poder Público. 
Tutela Administrativa 
● Concessionárias 
● Permissionárias 
● Autorizatárias 
 OBS: Não tem hierarquia e 
subordinação 
 
3-Desconcentração – técnica 
administrativa de criação de órgão 
público 
● Dentro da pessoa jurídica = 
União 
● Sem criação de nova pessoa 
jurídica 
● Relação de hierarquia e 
subordinação 
A desconcentração, por sua vez, é a técnica 
administrativa por meio da qual são criados os 
órgãos públicos. Com isso, as atividades podem 
ser desempenhadas de forma especializada, 
através de órgãos integrantes de uma mesma 
entidade superior. A desconcentração – e isso é 
extremamente importante – por operar-se no 
âmbito de uma mesma pessoa jurídica, 
pressupõe hierarquia e subordinação. 
 
4-Concentração = extingue o órgão 
público. Ex: Ministério do Trabalho 
A concentração trata-se de uma situação 
que apenas é possível na parte teórica, uma vez 
que implicaria no desempenho de uma 
atividade administrativa sem a criação de 
órgãos públicos. Assim, em tal situação, tanto a 
Administração Direta quanto a Indireta teriam 
que desempenhar suas atividades sem a 
possibilidade de reparti-las internamente. 
Claramente se percebe que tal forma de 
prestação das atividades administrativas não 
encontra amparo nos dias atuais, uma vez que, 
cada vez mais, estamos diante de uma 
Administração gerencial e pautada na 
celeridade da prestação dos serviços à 
coletividade. 
 
 
 
 Forma Nome Transfere 
Administração 
indireta 
Lei Por 
serviços 
Outorga 
legal 
Execução e 
Titularida 
de 
Particular Contratos 
administrativ 
os ou Atos 
Administrativ 
os 
Por 
delegação 
Por 
colaboraçã 
o 
Execução 
(apenas) 
 
Poderes Administrativos 
● Poder vinculado 
● Poder Discricionário 
● Poder Hierárquico 
● Poder disciplinar 
● Poder regulamentar 
● Poder de polícia 
Poder vinculado – é o poder que tem a 
administração pública de praticar certos atos 
“sem qualquer margem de liberdade”. A lei 
encarrega-se de prescrever, com detalhes, se 
quando e como a Administração deve agir, 
determinando os elementos e requisitos 
necessários. Ex: a prática de ato (portaria) de 
aposentadoria de servidor público. 
Poder Discricionário – é aquele pelo 
qual a administração pública de modo explícito 
ou implícito, pratica atos administrativos com 
liberdade de escolha de sua conveniência, 
oportunidade e conteúdo. A discricionariedade 
é a liberdade de escolha dentro de limites 
permitidos em lei, não se confunde com 
arbitrariedade que é ação contrária ou 
excedente da lei. Ex: autorização para porte de 
arma; exoneração de um ocupante de cargo em 
comissão. 
Poder hierárquico – é aquele pelo qual a 
administração pública distribui e escalona as 
funções de seus órgãos, ordena e revê a atuação 
de seus agentes, estabelece a relação de 
subordinação entre os servidores públicos de seu 
quadro de pessoal. No seu exercício dão-se 
ordens, fiscaliza-se, delega-se e avoca-se. 
Poder disciplinar – é aquele através do qual a 
lei permite a administração pública aplicar 
penalidades às infrações funcionais de seus 
servidores e demais pessoas ligadas à disciplina 
dos órgãos e serviços da administração. A 
aplicação da punição por parte do superior 
hierárquico é um poder-dever, se não o fizer 
incorrerá em crime contra a administração 
pública (CP, art 320). 
OBS: poder disciplinar não se confunde 
com poder hierárquico, no poder hierárquico a 
administração pública distribui e escalona as 
funções de seus órgãos e de seus servidores. No 
poder disciplinar ela responsabiliza os seus 
servidores pelas faltas cometidas. 
Poder regulamentar – é aquele inerente 
aos chefes dos Poderes Executivos (Presidente, 
Governantes e Prefeitos) para expedir decretos 
e regulamentos para complementar, explicar 
(detalhar) a lei visando sua fiel execução. 
Conforme art 84, IV CF. O direito brasileiro 
não admite os chamados “decretos autônomos”, 
ou seja, aqueles que trazem matéria reservada à 
lei. 
Poder de polícia – considera-se poder de 
polícia a atividade da administração pública 
 
 
que, limitando ou disciplinando direito, interesse 
ou liberdade, regula a prática de ato ou 
abstenção de fato, em razão de interesse público 
(art 78, primeira parte CTN). 
Em resumo : através do qual a 
administração pública tem a faculdade de 
condicionar e restringir o uso e gozo de bens, 
atividades e direitos individuais, em benefício do 
interesse público. 
Extensão do poder de polícia : a extensão 
é bastante ampla, porque o interesse público é 
amplo. Segundo o CTN “interesse público é 
aquele concernente à segurança, à higiene, à 
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e 
do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou 
autorização do Poder Público, à tranquilidade 
pública ou ao respeito à propriedade e aos 
direitos individuais” – CTN, art 78, segunda 
parte. 
Limites do Poder de Polícia 
Necessidade – a medida de polícia só 
deve ser adotada para evitar ameaças reais ou 
prováveis de pertubações ao interesse público; 
Proporcionalidade/razoabilidade – é a 
relação entre a limitação ao direito individual e 
o prejuízo a ser evitado; 
Eficácia – a medida deve ser adequada 
para impedir o dano a interesse público. Para 
ser eficaz a Administração não precisa recorrer 
ao Poder Judiciário para executar as suas 
decisões, é o que se chama de 
autoexecutoriedade. 
Vídeos exemplificativos: 
https://www.youtube.com/watch?v=CbzKwQb 
QBew&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1k 
kYCmoIjxaCy&index=179 
https://www.youtube.com/watch?v=oi-hRKxw 
mBM&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1k 
kYCmoIjxaCy&index=152 
 
Elementos dos atos administrativosOs elementos dos atos administrativos são 
requisitos que norteiam a edição do ato em si, 
imprescindíveis para a sua formação, de forma 
que a falta de algum deles pode prejudicar a 
sua validade e os seus efeitos. São eles: 
competência, forma, finalidade, motivo, objeto. 
Competência 
A competência se define pelo fato de 
existir sempre um agente público ao qual a lei 
dá competência para prática de ato específico. 
Ela é um elemento irrenunciável, imprescritível, 
improrrogável e intransferível. Em regime de 
excepcionalidade, há a avocação, que é quando 
um ente toma para si a competência de agente 
inferior, somente. Já a delegação, acontece 
quando um órgão de mesma ou inferior 
 
https://www.youtube.com/watch?v=CbzKwQbQBew&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=179
https://www.youtube.com/watch?v=CbzKwQbQBew&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=179
https://www.youtube.com/watch?v=CbzKwQbQBew&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=179
https://www.youtube.com/watch?v=oi-hRKxwmBM&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=152
https://www.youtube.com/watch?v=oi-hRKxwmBM&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=152
https://www.youtube.com/watch?v=oi-hRKxwmBM&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=152
 
hierarquia toma para si as atribuições de algum 
órgão, não a titularidade. 
A competência, dessa forma, é um 
elemento sempre vinculado, mesmo que o ato 
seja discricionário, pois ela se origina da lei. 
Forma 
Em se tratando da forma como elemento 
do ato administrativo, é o meio pelo qual o ato 
se apresenta. Em geral, é escrito. Ele não busca 
sempre a forma, como traz o princípio da 
instrumentalidade das formas, pois mesmo que 
ele tenha sido editado de forma incorreta, se 
alcançar o objetivo para o qual foi criado, ele 
será válido. 
A forma é um elemento sempre 
vinculado, por isso, passível de controle 
judiciário. Defeito de forma é geralmente 
possibilita convalidação, a menos que a lei 
estabeleça diferente. 
Finalidade 
A finalidade do ato administrativo é 
aquilo que ele procura quando é editado, a 
finalidade que pretende alcançar, para afirmar 
a busca pelo interesse público, mas além disso, 
sempre há uma finalidade prevista na lei. Tal 
elemento é sempre vinculado, vez que está 
sempre previsto em lei (também passível de 
controle pelo Judiciário). Qualquer falta de 
atendimento à finalidade configura vício 
insanável, sendo obrigatória a anulação do ato, 
sem poder ser convalidado. 
Motivo 
Motivo é o elemento do ato que dá base 
e fundamento à sua edição. É a relação entre o 
motivo e o resultado (objeto e finalidade). O 
fato e o direito que dá origem à pratica do ato 
sempre se correlaciona com o motivo. 
O motivo, porém, tem que ser 
diferenciado da motivação. O primeiro, 
constitui-se no motivo pelo qual o ato nasce, seu 
propósito. Já a motivação, é a exposição do 
motivo, sua explicitação e fundamentação. Com 
base nisso, foi criada a teoria dos motivos 
determinantes que sustenta, em suma, que a 
validade dos atos administrativos sempre se 
ligará aos motivos indicados como seu 
fundamento. 
Objeto 
Objeto, constitui aquilo que se pode 
traduzir no conteúdo/matéria do ato. Por meio 
dele, a administração manifesta a sua vontade 
ou trata sobre situações preexistentes. Consiste, 
em outras linhas, na alteração que esse elemento 
causa no universo jurídico, que é imediato. 
Atributos dos atos administrativos 
Os atributos dos atos administrativos 
constituem aquilo que, juntamente com os 
elementos, norteiam os atos administrativos. São 
 
 
caraterísticas que fazem com que o ato seja 
aplicado ou não. 
Presunção de Legitimidade 
A presunção de legitimidade está 
presente desde o nascimento do ato e 
independentemente da norma legal que o prevê. 
É um atributo que se encontra em todos os atos 
administrativos, de obrigação ou de 
reconhecimento de direitos. 
Segundo os administrativistas Marcelo 
Alexandrino e Vicente Paulo (2013, p. 494), é 
um atributo que permite que mesmo que tenham 
vícios ou defeitos, se não forem anulados ou 
sustados temporariamente seus efeitos, seja 
plenamente eficaz, como se fosse válido. Existem 
recursos que podem sustar preventivamente (até 
com efeito suspensivo), inclusive, atos 
administrativos, ou a sua execução e, também, 
com mandado de segurança com pedido 
limitar, ações cautelares, antecipação dos efeitos 
da tutela, etc. Assim, a presunção de 
legitimidade e relativa e admite prova em 
contrário, ou seja, prova de o ato ser ou não 
legítimo. 
A ilustre administrativista Maria Sylvia 
Zanella de Pietro divide em duas a presunção 
de legitimidade: onde a interpretação e a 
aplicação da norma foram corretas pela 
administração e a presunção de veracidade, que 
os fatos alegados pela administração existem e 
são verdadeiros. 
Imperatividade 
É o poder de coerção que a 
Administração Pública possui para criar 
obrigações, de forma unilateral e impor 
limitações. Conforme os professores Marcelo 
Alexandrino e Vicente Paulo, ela decorre do 
poder extroverso (2015, p.), cuja definição se 
encontra na habilidade de o Poder Público 
praticar atos que extravasam sua esfera jurídica 
e adentram na alheia, alterando-a, 
independentemente da concordância prévia do 
indivíduo. A imperatividade, por mais que se 
trate de imposição da Administração Pública, 
não se encontra prevista em todos os atos. 
Os atos administrativos que, para sua 
concretização, precisam de concordância e de 
provocação, não se encontram presentes entre os 
que possuem o atributo da imperatividade, vez 
que não constituem, diretamente, uma 
obrigação ou imposição do Poder Público. 
Autoexecutoriedade 
O atributo da autoexecutoriedade faz 
parte dos atos que podem ser utilizados de 
forma material pela Administração. Essa 
utilização se dá de forma direta, já que não há 
a necessidade de autorização judicial anterior 
para que isso aconteça. É possível, inclusive, o 
uso de força. 
Mesmo que os atos administrativos que 
gozam de autoexecutoriedade não tenham 
necessidade de provocar o judiciário, nada 
 
 
impede que o Poder Judiciário controle o ato. 
Isso se dará sempre que algum interessado tiverinformação de que a Administração vai editar 
algum ato administrativo e, por liminar, deve 
ser comprovada a potencial ilegalidade do ato. 
A autoexecutoriedade não constitui 
atributo de todos os atos, já que é uma 
atividade que faz parte das atribuições da 
Administração, quando esta exerce atividade de 
Poder Público. 
O mencionado atributo existe diante da 
necessidade que a Administração Pública 
necessita para preservar o interesse público, 
precisando agir sem intervenção do Judiciário, 
especialmente no exercício do poder de polícia, 
conforme lição dos administrativistas Marcelo 
Alexandrino e Vicente Paulo (2015, p.) 
Tipicidade 
O ato administrativo deve gozar de 
tipicidade, atributo que estabelece que ele deve 
corresponder a figuras definidas previamente 
pela lei como possíveis de produzir certos 
resultados. 
A tipicidade administrativa impede que 
a Administração, no exercício do Poder 
Público, crie atos inominados, de maneira 
unilateral e coercitiva, sem prévia autorização 
legal. 
Este atributo do ato administrativo só se 
encontra em atos unilaterais e impede que a 
Administração Pública edite ato totalmente 
discricionário. 
Extinção dos atos administrativos. 
Anulação 
A anulação do ato administrativo terá 
que ocorrer sempre em caso de vício no ato, que 
se relacione à legalidade ou legitimidade, 
quando ofenda a lei ou o direito como um todo 
e no controle de legalidade, não do mérito. 
É obrigatório que o ato administrativo 
que contenha vicio insanável seja anulado, já o 
que tenha vício sanável, é passível ser anulado 
ou convalidado (discricionariamente pela 
administração). Os efeitos da anulação são ex 
tunc (retroativos), porém os efeitos alcançados a 
terceiros de boa-fé são resguardados. 
A anulação pode ser feita pela 
Administração, de ofício (autotutela) ou 
mediante provocação, ao Poder Judiciário. 
O prazo de anulação dos atos 
administrativos ilegais é 5 anos e não 
permanece se houver ofensa à Constituição 
Federal. 
Revogação 
A revogação de um ato administrativo é 
a sua exclusão do ordenamento jurídico, e 
conforme discricionariedade da Administração, 
tornou-se inoportuno ou inconveniente. A 
 
 
revogação se fundamenta no poder 
discricionário, que decorre da oportunidade e 
da conveniência. É o ato que define controle de 
mérito. 
A revogação produz efeitos ex nunc, ou 
seja, para a frente, não sendo possível revogar 
ato que já tenha gerado direito adquirido. Ela 
é ato que somente a própria pessoa que a 
pratica pode realizar, sendo que um poder 
jamais revoga ato administrativo do outro 
poder. Ainda, não é possível que o ato 
vinculado seja revogado, somente pode ser 
revogado o discricionário. 
Vídeos exemplificativos: 
https://www.youtube.com/watch?v=GmX57rh 
mq2Q&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1 
kkYCmoIjxaCy&index=220 
https://www.youtube.com/watch?v=BSg031Un 
xEo&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kk 
YCmoIjxaCy&index=238 
Intervenção do Estado na propriedade 
O direito de propriedade é um direito 
fundamental previsto no art 5º, caput, CF e 
garantido pelo inciso XXII. Entretanto, esse 
direito não é absoluto, vez que toda a 
propriedade deve cumprir a função social. 
A propriedade urbana cumprirá sua função 
social (art 5º, XXIII, CF) quando atender as 
exigências previstas no plano diretor, que deverá 
ser aprovado pela Câmara Municipal, 
obrigatório para cidades com mais de vinte mil 
habitantes. 
A propriedade rural cumprirá sua função 
quando atender simultaneamente aos seguintes 
requisitos: 
● aproveitamento racional e adequado 
● utilização adequada dos recursos 
naturais disponíveis e preservação do 
meio ambiente 
● observação das disposições que regulam 
as relações de trabalho 
● exploração que favoreça o bem estar dos 
proprietários e dos trabalhadores. 
Nesse contexto, a intervenção do Estado na 
propriedade privada é todo ato do Poder 
Público que, compulsoriamente, retira ou 
restringe direitos dominiais privados ou sujeita o 
uso de bens particulares a uma destinação de 
interesse público. 
Os fundamentos da intervenção na 
propriedade privada se baseiam na necessidade 
pública, utilidade pública ou interesse social, 
previstos em lei federal. 
Desapropriação 
A desapropriação é um procedimento 
administrativo pelo qual o poder público e seus 
delegados, mediante prévia declaração de 
necessidade pública, utilidade pública ou 
 
https://www.youtube.com/watch?v=GmX57rhmq2Q&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=220
https://www.youtube.com/watch?v=GmX57rhmq2Q&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=220
https://www.youtube.com/watch?v=GmX57rhmq2Q&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=220
https://www.youtube.com/watch?v=BSg031UnxEo&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=238
https://www.youtube.com/watch?v=BSg031UnxEo&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=238
https://www.youtube.com/watch?v=BSg031UnxEo&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=238
 
interesse social, impõe ao proprietário a perda 
de um bem, substituindo-o em seu patrimônio 
por justa indenização. 
Tipos de desapropriação 
Desapropriação direta - é a desapropriação 
clássica. Ela ocorre quando há: 
● Necessidade pública: situações 
emergenciais que demandam a 
incorporação pelo poder público de bens 
de terceiros ao seu domínio e uso para 
resolver o problema. 
● Utilidade Pública: a desapropriação é 
conveniente ao interesse coletivo (casos 
de alargamento de avenidas, por 
exemplo); 
● Interesse Social: destina-se a resolver 
problemas sociais, para melhorar 
condições de vida e atenuar 
desigualdades sociais . 
O poder público impõe ao proprietário do 
imóvel a perda do bem. Em contrapartida, ele 
recebe indenização deverá prévia, justa e em 
dinheiro. 
Essa desapropriação pode ser feita de forma 
amigável (com acordo entre as partes), ou por 
via judicial (não há acordo sobre o valor da 
indenização). 
Desapropriação indireta - é uma 
desapropriação irregular, que decorre de ato 
abusivo do poder público. Neste caso, o governo 
se apropria do bem particular sem observar o 
procedimento legal. Ou seja, ele não obedece os 
requisitos da declaração de utilidade pública e 
da indenização prévia. 
Como o bem se incorpora ao patrimônio 
público, o proprietário só tem a saída de pleitear 
na Justiça uma indenizaçãopor perdas e danos 
decorrentes do ato ilícito. Na ação de 
desapropriação indireta , deverá demonstrar que 
era, de fato, o proprietário do bem, e o 
apossamento do Poder Público de seu imóvel. 
Desapropriação confiscatória é também 
chamada de desapropriação de propriedade 
nociva. Ela tem caráter compulsório. Quando 
existe uma terra utilizada para o cultivo de 
plantas psicotrópicas e não autorizadas, a CF, 
no art. 243, autoriza o poder público a tomar 
o imóvel para si. 
Aqui não prevê qualquer tipo de 
indenização ao particular e o proprietário pode 
sofrer outras sanções previstas em lei. Isso 
ocorre, porque ele está utilizando a terra para o 
plantio ilegal. De acordo com a CF, as glebas 
com culturas ilegais de plantas psicotrópicas 
devem ser expropriadas e destinadas ao cultivo 
de produtos alimentícios e medicamentosos. 
Desapropriação sancionatória decorre do mau 
uso da propriedade urbana ou rural. Qualquer 
propriedade deve cumprir sua função social 
(artigos 5º e 8º da Lei nº 10.257/2001, para 
propriedade urbana, e para propriedade rural). 
 
http://fyfadv.com.br/midia/desapropriacao-para-alargamento-da-avenida-itaquera-saiba-o-que-fazer/
http://fyfadv.com.br/midia/politica-de-habitacao-social/
http://fyfadv.com.br/midia/politica-de-habitacao-social/
http://fyfadv.com.br/midia/politica-de-habitacao-social/
http://fyfadv.com.br/midia/saiba-mais-sobre-a-desapropriacao-judicial/
http://fyfadv.com.br/midia/desapropriacao-indireta/
http://fyfadv.com.br/midia/desapropriacao-indireta/
 
Mas pode ocorrer de o proprietário não 
dar a ela uma finalidade útil. Nestes casos, o 
poder público pode tomar para si a propriedade 
urbana ou rural (para fins de reforma agrária). 
● Proprietário urbano: recebe justa e 
prévia indenização paga em títulos da 
dívida pública de emissão previamente 
aprovada pelo Senado Federal, em 
valor parcelado. O resgate deve ser feito 
em até dez anos (art. 182, §4º da 
Constituição); 
● Proprietário rural: recebe justa e prévia 
indenização paga em títulos da dívida 
agrária (salvo benfeitorias úteis e 
necessárias, que são indenizadas em 
dinheiro), com prazo de resgate máximo 
de 20 anos (art. 184 da Constituição). 
Existem imóveis insuscetíveis de 
desapropriação para fins de reforma agrária 
(art. 185 da Constituição), como a pequena e a 
média propriedade rural, assim definida em lei, 
desde que seu proprietário não possua outra, e a 
propriedade produtiva. 
Em qualquer um dos tipos de 
desapropriação, a presença de um advogado é 
fundamental. O profissional será responsável 
por garantir que os direitos do proprietário 
sejam respeitados, principalmente quanto ao 
valor justo da indenização. 
Tombamento 
Tombamento é a modalidade de 
intervenção na propriedade por meio da qual o 
Poder Público procura proteger o patrimônio 
cultural brasileiro. No tombamento, o Estado 
intervém na propriedade privada para proteger 
a memória nacional, protegendo bens de ordem 
histórica, artística, arqueológica, cultural, 
científica, turística e paisagística. 
A maioria dos bens tombados é de 
imóveis de valor arquitetônico de épocas 
passadas em nossa história. É comum, também, 
o tombamento de bairros ou até mesmo de 
cidades, quando retratam aspectos culturais do 
passado. O tombamento pode, ainda, recair 
sobre bens móveis. 
A Constituição Federal estabelece, 
expressamente, a autorização para essa 
modalidade de intervenção na propriedade, nos 
seguintes termos (CF, art. 216, § 1º): “O Poder 
Público, com a colaboração da comunidade, 
promoverá e protegerá o patrimônio cultural 
brasileiro, por meio de inventários, registros, 
vigilância, tombamento e desapropriação, e de 
outras formas de acautelamento e preservação”. 
O tombamento pode ser voluntário ou 
compulsório, provisório ou definitivo. 
● VOLUNTÁRIO - quando o 
proprietário consente no tombamento 
● COMPULSÓRIO - ocorre quando 
o Poder Público realiza a inscrição do 
bem como tombado, mesmo diante da 
 
 
resistência e do inconformismo do 
proprietário 
● PROVISÓRIO - enquanto está 
em curso o processo administrativo 
instaurado pela notificação do Poder 
Público. 
● DEFINITIVO - quando, depois   
de concluído o processo, o Poder 
Público procede à inscrição do bem 
como tombado, no respectivo registro de 
tombamento. 
O ato de tombamento deve ser precedido de 
processo administrativo, no qual serão apurados 
os aspectos que materializam a necessidade de 
intervenção na propriedade privada para a 
proteção do bem tombado. 
Nesse processo, são obrigatórios: O parecer 
do órgão técnico cultural; a notificação ao 
proprietário, que poderá manifestar-se anuindo 
com o tombamento ou impugnando a intenção 
do Poder Público de decretá-lo; decisão do 
Conselho Consultivo da pessoa incumbida do 
tombamento, após as manifestações dos técnicos 
e do proprietário. 
O ato de tombamento gera alguns 
relevantes efeitos no que concerne ao uso e à 
alienação do bem tombado. Efetivado o 
tombamento e o respectivo registro no Ofício de 
Registro de Imóveis respectivo, ficará vedado 
ao proprietário, ou ao titular de eventual direito 
de uso, destruir, demolir ou mutilar o bem 
tombado. Além disso, o proprietário somente 
poderá reparar, pintar ou restaurar o bem após 
a devida autorização do Poder Público. 
Independentemente de solicitação do 
proprietário, pode o Poder Público, no caso de 
urgência, poderá tomar a iniciativa de 
providenciar as obras de conservação do bem 
tombado. Porém, o tombamento do bem não 
impede o proprietário de gravá-lo por meio de 
penhor, anticrese ou hipoteca. 
Não há obrigatoriedade de o Poder 
Público indenizar o proprietário do imóvel no 
caso de tombamento. Somente se o proprietário 
comprovar que o ato de tombamento lhe 
causou prejuízo, o que não é a regra, é que fará 
jus à indenização. 
Órgãos Públicos 
● Teoria da identidade - O 
Estado e o agente são uma 
unidade inseparável. 
● Teoria da representação - O 
Estado é incapaz e deve ser 
representado pelo agente. 
● Teoria do mandato - A 
atuação do agente ocorre por 
meio de contrato. 
● Teoria do órgão A atuação 
do agente é a própria 
atuação do órgão. 
 
 
Para compreendermos as característicasde um órgão público, podemos associá-lo ao 
corpo humano. Os órgãos, assim, seriam as 
partes do corpo, de forma que apenas uma 
parte, por si só, seria incapaz de movimentar o 
todo. Apenas com a vontade conjunta de todos 
os órgãos é que o “corpo” consegue adquirir 
movimentos. Dessa característica principal (a de 
sozinhos serem incapazes de manifestar a 
vontade do todo) é que decorrem as demais. 
Os órgãos públicos: 
• Surgem por meio da técnica da 
desconcentração administrativa; 
• São considerados repartições internas 
de competência; 
 • São entes despersonalizados, ou seja, 
não possuem personalidade jurídica, uma vez 
que apenas são uma parte da pessoa jurídica 
que os criou; 
 • Podem estar presentes tanto Na 
Administração Direta (entes federativos) 
quanto nas entidades da Administração 
Indireta; 
• Como regra, não possuem capacidade 
processual. 
Classificação 
Os órgãos públicos podem ser 
classificados de acordo com diferentes critérios. 
Nesse ponto, temos que fazer uso das disposições 
de Hely Lopes Meirelles. Para esse autor, os 
órgãos podem assumir três tipos de classificação: 
quanto à posição hierárquica, quanto à 
estrutura e quanto à atuação funcional. 
Quanto à Posição Hierárquica 
Independentes ou primários: são aqueles 
originários da Constituição Federal, estando na 
cúpula de cada um dos poderes. Tais órgãos 
não estão sujeitos a nenhum tipo de 
subordinação, possuindo ampla liberdade de 
atuação e tendo a maioria de suas atribuições 
previstas na própria Constituição. 
Autônomos: estão imediatamente abaixo 
dos órgãos independentes, possuindo autonomia 
e capacidade de planejamento de suas ações 
com certa liberdade. Tais órgãos estão 
localizados na cúpula da atividade 
administrativa, possuindo como peculiaridades, 
ainda, o fato de terem autonomia 
administrativa, financeira e técnica. 
Superiores: são aqueles que, 
subordinados aos órgãos autônomos, assumem a 
função de direção e controle. No entanto, não 
detêm autonomia para suas atividades, motivo 
pelo qual devem obediência hierárquica aos 
órgãos autônomos. Diferenciam-se destes, no 
entanto, por não possuírem autonomia 
administrativa, financeira e técnica. 
Subalternos: são órgãos com pouco 
poder decisório, possuindo, dentre as suas 
 
 
atribuições, as tarefas de mera execução. Como 
exemplos, temos as repartições públicas em geral, 
tais como o setor de protocolo e a seção de 
documentação. 
Quanto à Estrutura 
No que se refere à estrutura, os órgãos 
públicos podem ser classificados em simples ou 
compostos. 
Simples ou unitários: são aqueles 
constituídos apenas por um centro de 
competências, não possuindo, por isso mesmo, 
divisões internas. Ressalta-se que deve ser feita 
a ressalva que o número de agentes ou 
servidores não influencia na classificação do 
órgão como simples ou composto. Dessa forma, 
poderemos ter um órgão simples apenas com um 
agente público ou então com diversos servidores. 
O que é levado em consideração, para 
classificação como simples, é a inexistência de 
subdivisões internas. 
Compostos: os órgãos compostos são os 
constituídos por diversos órgãos menores, que, 
juntos, formam um órgão maior e 
hierarquicamente superior. 
Quanto à Atuação Funcional 
Com relação à atuação funcional, os 
órgãos podem ser classificados em singulares e 
colegiados. 
Singulares: são aqueles compostos de um 
único agente. Ainda que os órgãos singulares 
possuam vários agentes auxiliares, sua 
característica de singularidade é expressa pelo 
desenvolvimento de sua função por um único 
agente, em geral o titular. 
Colegiados: são compostos por mais de 
um agente com poder de decisão. Assim, as 
decisões que são levadas à análise dos órgãos 
colegiados apenas são decididas pela maioria 
das vontades dos agentes ocupantes. O típico 
exemplo de órgão colegiado são os Tribunais do 
Poder Judiciário. 
 
Critério Classificação 
Posição hierárquica Independentes - cúpula 
dos Poderes 
Autônomos - cúpula da 
Administração 
Superiores - sem 
autonomia 
Subalternos - atividades 
de execução 
Estrutura Simples (não possuem 
divisões internas) 
Compostos (possuem 
divisões internas) 
Atuação funcional Singulares (uma pessoa 
toma a decisão) 
Colegiados (decisão 
tomada pela maioria 
dos integrantes) 
 
Serviços Públicos 
Os serviços públicos, são aqueles 
prestados diretamente à comunidade pela 
Administração depois de definida a sua 
essencialidade e necessidade. Assim, pode se 
dizer que o serviço público corresponde a uma 
atividade de interesse público que visa atender 
as necessidades coletivas. 
● Visa atender às necessidades 
coletivas 
● Não pode ser interrompido 
● É prestado direta e 
indiretamente pelo Estado 
Dentre todos os serviços prestados pela 
Administração Pública, aquele mais importante 
é o chamado serviço público essencial, que são 
àqueles serviços ou atividades indispensáveis a 
sobrevivência do ser humano. Estão eles 
dispostos no artigo 10 da Lei 7783/89: 
 Art. 10 São considerados serviços ou 
atividades essenciais: 
     I - tratamento e abastecimento de 
água; produção e distribuição de energia 
elétrica, gás e combustíveis; 
 II - assistência médica e hospitalar; 
  III - distribuição e   
comercialização de medicamentos e alimentos; 
 IV - funerários; 
  V - transporte coletivo; 
 VI - captação e tratamento de esgoto   
e lixo; 
 VII - telecomunicações; 
 VIII - guarda, uso e controle de 
substâncias radioativas, equipamentos e 
materiais nucleares; 
 IX - processamento de dados ligados   
a serviços essenciais; 
 X - controle de tráfego aéreo; 
 XI - compensação bancária. 
O caráter de essencialidade, nos denota 
a acepção de que a ausência deles, tornaria 
difícil o desenvolvimento da sociedade. Serviços 
essenciais, tais como o fornecimento de água, 
energia elétrica, saúde, transporte coletivo, 
esgoto ao serem cessados, reduz as chances de 
sobrevivência do homem, destruindo o direito 
mais importante que temos, o direito à vida. 
Não é serviço público : tudo que tem um 
fim.Ex: 
● Obra pública 
● Exercício do poder de polícia 
● Atividade que sofra 
interrupção 
 
 
● Atividade econômica – art 
173 CF. 
Quanto à utilização 
Individuais: são aqueles que há a possibilidade 
de mensurar a utilização individual, ou seja, 
serviços em que o Estado tem como medir o 
quanto cada pessoa utiliza. São custeados 
mediante taxa ou tarifa. Ex: energia elétrica. 
Gerais: são aqueles prestados a todos e 
usufruído por todos simultaneamente e, por isso, 
é impossível saber o quanto cada pessoa utiliza 
de cada serviço, dessa forma, esses serviços são 
custeados pelo Estado com a receita geral 
decorrente de impostos. Ex: iluminação pública. 
Quanto à prestação 
Exclusivos indelegáveis: são aqueles 
serviços que o Estado tem o dever de prestar 
diretamente. Nesse caso, não se admite a 
prestação mediante delegação a particulares ou 
pessoas jurídicas de direito privado. Ex: 
segurança pública. 
Exclusivos delegáveis: são aqueles 
serviços que o Estado tem o dever de prestar, 
mas que pode de forma direta ou indireta. Ex: 
transporte público. 
Exclusivos de delegação obrigatória: são 
aqueles que o Estado tem o dever de prestar, 
mas também tem o dever de delegar, ou seja, 
aqueles serviços que o Estado não pode prestar 
com monopólio. Ex: televisão e rádio. 
Não exclusivos do Estado: serviços 
públicos de prestação obrigatória pelo Estado e 
facultativa pelos particulares. Como não existe 
delegação, não é uma prestação indireta pelo 
Estado, é uma prestação por conta e risco do 
particular. Ex: saúde, educação, previdência. 
OBS: quando o particular atuar na 
prestação de serviço não exclusivo do Estado, 
esse serviço não será considerado serviço público 
propriamente dito, será chamado de serviço de 
utilidade pública ou de relevante utilidade 
pública. 
Princípios dos Serviços públicos 
Os princípios reguladores da prestação 
dos serviços públicos, que são: a generalidade, a 
continuidade, a eficiência e a modicidade. 
 
Princípio da Generalidade 
 É também conhecido como princípio da 
igualdade dos usuários. Segundo o Princípio 
da Generalidade os serviços públicos devem 
visar atingir o maior quantitativo possível de 
pessoas, sem discriminação entre os usuários. Ou 
seja, os serviços públicos devem buscar a 
universalização dos serviços públicos, 
respeitando assim a aplicação do princípio 
constitucional da impessoalidade, disposto no 
art. 37 da CF. 
 
 
 
Princípio da Continuidade 
O serviço público deve ser acessível e 
prestado de forma contínua. Este princípio exige 
a prestação de forma ininterrupta do serviço, 
para que a coletividade possa satisfazer suas 
necessidades. 
O princípio não impede a interrupção 
justificada da prestação do serviço que pode 
ocorrer por motivos de ordem geral, como força 
maior como também por situações que derivem 
de uma situação emergencial ou ainda após um 
prévio aviso em decorrência de razões de ordem 
técnica e segurança das instalações (conforme 
disposto pelo art 6, parágrafo 3º, inciso I, da 
Lei 8.987 de 1995). 
Todos os princípios têm como escopo a 
prestação adequada dos serviços públicos, tendo 
neste aspecto, destaque especial o determinado 
pelo princípio da continuidade (art. 6º da Lei 
8.987/95). 
 
Em regra, a suspensão do serviço será 
admissível se este for remunerado por preço 
público (tarifa), mesmo que possua natureza 
compulsória. Por outro lado, existem decisões 
que entendem ser inadmissível a suspensão do 
serviço quando o usuário é o Poder Público, 
sob o argumento da supremacia do interesse 
público sobre o interesse privado. 
 
Princípio da Eficiência 
De acordo com este princípio a prestação 
do serviço público deve se dar de modo que 
atenda efetivamente as necessidades da 
coletividade, do usuário e do Estado, com o 
maior aproveitamento possível e com baixo 
custo. 
A Constituição Federal impõe que os 
particulares colaboradores têm a obrigação de 
manter adequado o serviço público que 
executarem, conforme previsto pelo art. 175, 
parágrafo único, da CF. 
A eficiência, portanto, exige que a 
atividade seja realizada observando 
determinados padrões de qualidade. Segundo 
Diogo de Figueiredo Moreira Neto: Para que 
os padrões de qualidade sejam juridicamente 
exigíveis, é necessário que se definam 
parâmetros legais, para que sua satisfação possa 
ser aferida, como, por exemplo, sob critérios de 
tempo, de recursos empregados, de generalidade 
do atendimento ou das respostas dos usuários 
( feed-back ), pois, como já se esclareceu, o 
conceito jurídico de eficiência jamais poderá ser 
subjetivo, de outro modo chegar-se-ia ao 
arbítrio na atividade de controle. 
 
Princípio da Modicidade 
Este princípio visa impedir que o fator 
econômico, ou seja, que o custo se torne um fato 
impeditivo para a fruição do serviço público 
pela coletividade. Assim, a modicidade esta 
associada à acessibilidade, exigindo que a 
política tarifária (CRFB art 175, parágrafo 
único, inciso III) obedeça aos recursos 
econômicos dos usuários dos serviços públicos. 
Segundo Sérgio de Andreá Ferreira, este 
princípio: Traduz a noção de que o lucro, meta 
 
 
da atividade econômica capitalista, não é 
objetivo da função administrativa, devendo o 
eventual resultado econômico positivo decorrer 
da boa gestão dos serviços, sendo certo que 
alguns deles, por seu turno, têm de ser, por 
fatores diversos, essencialmente deficitários ou, 
até mesmo, gratuitos. 
Cabe salientar que o princípio da 
modicidade é corolário do princípio da 
generalidade, pois caso seguido à risca irá 
propiciar o mais amplo acesso ao serviço por 
parte da coletividade. 
 
Outros Princípios 
Além dos princípios supracitados, a 
doutrina reconhece a existência de outros 
princípios, tais como: 
Princípio da regularidade – além de 
contínuo, o serviço público deve ser prestado de 
modo regular, ou seja, sem apresentar variação 
apreciável das características técnicas de sua 
prestação aos usuários. 
Princípio da atualidade – também 
conhecido como princípio do aperfeiçoamento. 
A Administração tem a obrigação de 
aproveitar na prestaçãode serviços os avanços 
científicos e tecnológicos, que irão propiciar uma 
melhora na qualidade da prestação. É um 
corolário do princípio da eficiência. 
Princípio da cortesia – os usuários são os 
destinatários dos serviços públicos, desta 
maneira existe um dever legal, além de um 
dever, obviamente, moral, de tratá-los de modo 
urbano e educado, recebendo um atendimento 
adequado. 
 
Competência para a prestação de serviço 
Competência da União – em matéria de 
serviço públicos, abrange os que lhe são 
privativos (art 21 CF) e os que lhe são comuns 
(art 23), permitindo atuação paralela dos 
Estados Membros e Municípios. 
Competência dos Municípios – 
restringe-se aos serviços de interesse local. A CF 
elegeu determinados serviços de interesse local 
como deve expresso dos Municípios, como o 
transporte coletivo, a educação pré-escolar, o 
ensino fundamental, os serviços de atendimento 
à saúde da população e outros. 
Competência do Estado membro – é 
residual, a única exceção diz respeito à 
exploração e distribuição dos serviços de gás 
canalizado (art 25, §2). Assim, pertencem aos 
estados todos os serviços não reservados à União 
nem distribuídos ao Município. 
 
Concessão de Serviços Públicos – podemos 
verificar 2 espécies: 
● Concessão Comum: o usuário 
remunera diretamente a 
empresa privada, o Estado 
não injeta dinheiro nenhum. 
Aqui, o Estado responde 
subsidiariamente. 
 
 
● Concessão Especial: Lei 
11079/2004, art 2º - o 
Estado busca parceria público 
privada. Essa concessão 
poderá ser: patrocinada ou 
administrativa (veremos 
adiante). Aqui, a 
responsabilidade do Estado, é 
solidária. 
 
O serviço público é toda atividade 
material que a lei atribui ao Estado para que a 
exerça diretamente ou por meio de seus 
delegados, com o objetivo de satisfazer 
concretamente às necessidades coletivas, sob 
regime total ou parcialmente público. 
O conceito de serviço público varia de 
acordo com as necessidades e transformações de 
uma sociedade, em outras palavras, serviço 
público é todo aquele prestado pela 
administração ou por seus delegados, sob 
normas e controles estatais, para satisfazer 
necessidades essenciais ou secundárias da 
coletividade ou simples conveniência do Estado. 
Mas, no que tange ao regime de 
concessão do serviço público, a CF, dispôs em 
seu art. 175 a forma de reger este instituto , in 
verbis : 
Art. 175 . Incumbe ao Poder Público, 
na forma da lei, diretamente ou sob regime de 
concessão ou permissão, sempre através de 
licitação, a prestação de serviços públicos. 
Parágrafo único. A lei disporá sobre: 
I – o regime das empresas concessionárias e 
permissionárias de serviços públicos, o caráter 
especial de seu contrato e de sua prorrogação, 
bem como as condições de caducidade, 
fiscalização e rescisão da concessão ou 
permissão; 
II – os direitos dos usuários; 
III – política tarifária; 
 IV – a obrigação de manter serviço 
adequado. 
Assim, concessão do serviço público é o 
instituto através do qual o Estado atribui o 
exercício de um serviço público a alguém que 
aceite prestá-lo em nome próprio, por sua conta 
e risco, nas condições fixadas e alteráveis 
unilateralmente pelo Poder Público, mas sob 
garantia contratual de um equilíbrio 
econômico-financeiro. 
A concessão de serviços públicos pode 
ser comum, quando não envolver 
contraprestação pecuniária do parceiro público 
ao parceiro privado, que é a concessão de 
serviços públicos ou de obras públicas de que 
trata a lei 8.987/95, e algumas espécies, dentre 
elas, a concessão de serviço público e a 
 
 
concessão de serviço público precedida da 
execução de obra pública, dispostas no art. 2º 
da Lei 8.987/95, in verbis : 
Art. 2 - Para os fins do disposto nesta 
Lei, considera-se: (...) 
II - concessão de serviço público: a 
delegação de sua prestação, feita pelo poder 
concedente, mediante licitação, na modalidade 
de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio 
de empresas que demonstre capacidade para seu 
desempenho, por sua conta e risco e por prazo 
determinado; 
III - concessão de serviço público   
precedida da execução de obra pública: a 
construção, total ou parcial, conservação, 
reforma, ampliação ou melhoramento de 
quaisquer obras de interesse público, delegada 
pelo poder concedente, mediante licitação, na 
modalidade de concorrência, à pessoa jurídica 
ou consórcio de empresas que demonstre 
capacidade para a sua realização, por sua 
conta e risco, de forma que o investimento da 
concessionária seja remunerado e amortizado 
mediante a exploração do serviço ou da obra 
por prazo determinado,(...). 
Parcerias Público-Privadas 
As parcerias público-privadas são 
contratos que estabelecem vínculo obrigacional 
entre a Administração Pública e a iniciativa 
privada visando à implementação ou gestão, 
total ou parcial, de obras, serviços ou atividades 
de interesse público, em que o parceiro privado 
assume a responsabilidade pelo financiamento, 
investimento e exploração de serviço, 
observando, além dos princípios administrativos 
gerais, os princípios específicos desse tipo de 
parceria. 
A definição legal do instituto da parceria 
público-privada consta no art 2º da Lei 
Federal de nº 11079/2004: “é o contrato 
administrativo de concessão na modalidade 
patrocinada ou administrativa”. No mesmo 
dispositivo ainda constam os conceitos de 
concessões patrocinadas e administrativas. 
§ 1o Concessão patrocinada é a concessão de 
serviços públicos ou de obras públicas de que 
trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 
1995 , quando envolver, adicionalmente à tarifa 
cobrada dos usuários contraprestação 
pecuniária do parceiro público ao parceiro 
privado. O Estado entra com 70% e o usuário 
do serviço com até 30%, podendo ser maior 
desde que exista uma lei autorizando. 
§ 2o Concessão administrativa é o contrato de 
prestação de serviços de que a Administração 
Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda 
que envolva execução de obra ou fornecimento 
e instalação de bens, ou seja, o Estado é o 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8987cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8987cons.htm

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