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www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec EQUILÍBRIO GERAL E BEM-ESTAR Professor: Marcelo Reis www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Equilíbrio Geral • Até agora vimos como se dá o equilíbrio em cada mercado individualmente, ou seja, equilíbrio parcial. • Mas, os mercados são bastante relacionados, o que acontece em um mercado afeta outros mercados. • Disto trata um modelo de equilíbrio geral. • Primeiro vamos analisar economia das trocas (a mais importante para a ANPEC) • Depois vamos analisar a produção no contexto do Equilíbrio Geral www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Equilíbrio Geral • Mas o que é a Teoria do Equilíbrio Geral? • Nada mais é que o estudo de como as interações da demanda e da oferta, em diversos mercados, determinam as variáveis de interessa, preço e quantidade. • Economia de Trocas Puras • Na maioria das economias, três atividades básicas ocorrem: produção, trocas e consumo. • Sendo assim, uma economia de trocas puras é uma economia em que não ocorre produção. Dessa forma, os agentes econômicos são os consumidores que possuem um nível inicial de estoque, dotação, ou riqueza. www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Economia de Trocas • Hipóteses – Inicialmente trabalharemos com: • 2 consumidores (1 e 2, ou A e B); • 2 bens (1 e 2) com quantidades fixas na economia; • O vetor de consumo do consumidor i é: 𝑥𝑖 ≡ 𝑥1𝑖 , 𝑥2𝑖 , 𝑥𝑖 ∈ 𝑅+ 2 ; • O consumidor tem relações de preferências sobre o vetor de consumo; • O vetor de dotação do consumidor i é: 𝑤𝑖 ≡ 𝑤1𝑖 , 𝑤2𝑖 ; • A dotação total do bem l é: 𝑊𝑙 = 𝑤𝑙1 + 𝑤𝑙2 • A alocação de mercado, x ∈ 𝑅+ 4 , é o vetor de consumo de cada consumidor: x = 𝑥1, 𝑥2 = 𝑥11, 𝑥21 , 𝑥12, 𝑥22 • Os consumidores possuem uma alocação inicial dos bens da economia • Os consumidores podem trocar os bens entre si • Quais são as alocações eficientes de Pareto? Poderemos ver estas alocações em uma caixa de Edgeworth. www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Definições • 𝑋𝐴 = (𝑥𝐴 1, 𝑥𝐴 2) é a cesta de consumo de A • 𝑋𝐵 = (𝑥𝐵 1 , 𝑥𝐵 2) é a cesta de consumo de B • O par XA e XB é uma alocação • (𝑤𝐴 1, 𝑤𝐴 2) é a dotação inicial de A • (𝑤𝐵 1 , 𝑤𝐵 2) é a dotação inicial de B • Uma alocação é factível (ou alocação sem desperdício) se: • 𝑥𝐴 1 + 𝑥𝐵 1 ≤ 𝑤𝐴 1 + 𝑤𝐵 1 • 𝑥𝐴 2 + 𝑥𝐵 2 ≤ 𝑤𝐴 2 + 𝑤𝐵 2 www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec OB OA Total 2 Total 1 UB 4 UB 3 UB 2 UB 1 UA 4 UA 3 UA 2 UA 1 Economia de Trocas www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec OB OA Total 2 Total 1 UB 4 UB 3 UB 2 UB 1 UA 4 UA 3 UA 2 UA 1 Economia de Trocas W 𝑤𝐴 1 𝑤𝐵 1 𝑤𝐴 2 www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec OB OA Total 2 Total 1 UB 4 UB 3 UB 2 UB 1 UA 4 UA 3 UA 2 UA 1 Economia de Trocas W 𝑥𝐵 1 𝑥𝐴 1 𝑤𝐴 1 𝑤𝐵 1 𝑥𝐴 2 𝑥𝐵 2 𝑤𝐴 2 𝑤𝐵 2 M Qualquer troca que leve a alocação para a área hachurada é preferível à W www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec • Alocação na caixa de Edgeworth em que a TMS dos consumidores seja diferente, há espaço para uma melhora de Pareto (quando as preferências são bem comportadas). • Uma alocação eficiente de Pareto é aquela que: • Não há como melhorar a situação de todos; ou • Não há como melhorar a situação de um sem piorar de outro; ou • Todos os ganhos de troca foram exauridos, etc... Economia de Trocas www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec OB OA UB 4 UB 3 UB 2 UB 1 UA 4 UA 3 UA 2 UA 1 Economia de Trocas W M W não é eficiente, é possível melhorar a situação de A e B. M é uma alocação eficiente de Pareto www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec • No slide anterior, o ponto W é claramente um ponto ineficiente de Pareto. • Os consumidores podem aumentar suas utilidades através de trocas. • Nos pontos eficientes de Pareto, a TMS dos consumidores é a mesma. • Curva de Contrato: Numa economia de trocas é a curva que inclui todos os pontos eficientes de Pareto. O equilíbrio da alocação se dará sobre esta curva. Economia de Trocas www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Curva de Contrato OB OA UB 4 UB 3 UB 2 UB 1 UA 4 UA 3 UA 2 UA 1 Curva de Contrato www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec OB OA UB * UA *• W O equilíbrio de trocas ocorrerá na curva de contrato, entre os pontos M1 e M2. M1 • • M2 Economia de Trocas com Dotações Iniciais www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Mercado de Trocas • A lógica apresentada até aqui, embora útil, não nos permite determinar o equilíbrio no mercado • Para determinar o resultado é preciso descrever o processo de trocas • Leiloeiro Walrasiano • Este ente apresenta os preços dos bens aos consumidores que, por sua vez, decidem o quanto gostariam de vender e/ou comprar de cada um dos bens www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Mercado de Trocas • A riqueza do consumidor i é determinada pelo vetor de preços p: • Para qualquer 𝑝 = 𝑝1, 𝑝2 , a riqueza do consumidor i é tal que 𝑊𝑖 = 𝑝𝑤𝑖 = 𝑝1𝑤1𝑖 + 𝑝2𝑤2𝑖 • O Conjunto Orçamentário é função dos preços 𝐵𝑖 𝑝 = 𝑥𝑖 ∈ 𝑅+ 2 | 𝑝𝑥𝑖 ≤ 𝑝𝑤𝑖 • Figura do Conjunto Orçamentário • O Conjunto orçamentário de 1 consiste de todos os vetores não negativos abaixo e à esquerda da linha orçamentária www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Mercado de Trocas • Quando o vetor de preços p varia, a linha orçamentária pivoteia em torno w, e os vetores de consumo demandados traçam uma curva, denotada 𝑂𝐶1, a curva de oferta do consumidor 1. Figura: Curva de Oferta • OBS: o consumidor 1 considera todos os pontos de sua curva de oferta, 𝑂𝐶1, pelo menos tão bom quanto sua dotação inicial. www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Excesso de Demanda Figura: Excesso de Demanda • A demanda total pelo bem 2 excede a oferta total da economia, 𝑊2, enquanto que a demanda pelo bem 1 é estritamente menor do que a dotação total, 𝑊1. • Sendo assim, o consumido 1 é um demandante líquido do bem 2 (ele deseja consumir mais que sua dotação). E o consumidor 2 é um ofertante líquido do bem 2 (ele deseja consumir menos do que sua dotação). www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Excesso de Demanda • Dessa forma, há 2 tipos de demanda: • Demanda bruta (xA) • Demanda líquida ou excesso de demanda, que é definida como: 𝐸𝑖 𝑙 = 𝑥𝑙𝑖 − 𝑤𝑙𝑖 • Em que, 𝐸𝑖 𝑙 é a função excesso de demanda do bem l para o consumidor i, 𝑥𝑙𝑖 é a demanda do bem l do consumidor i e por fim 𝑤𝑙𝑖 é a dotação inicial do bem l do consumidor i. • Se 𝐸𝑖 𝑙 > 0, o consumidor i é um demandante líquido do bem l • Se 𝐸𝑖 𝑙 < 0, o consumidor i é um ofertante líquido do bem l • No equilíbrio de mercado, se um consumidor deseja ser um demandante líquido de algum bem, o outro deve ser um ofertante líquido desde bemexatamente na mesma quantidade, isto é, a Demanda de ser igual a Oferta. www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Mercado de Trocas OB OA UB UA W Para valores arbitrários dos preços dos bens não há garantia que a oferta se iguale à demanda (em nenhuma das duas definições) Na situação descrita ao lado o mercado não está em equilíbrio. Porque? O que poderia ser feito? www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Mercado de Trocas OB OA UB UAW M – alocação eficiente O leiloeiro altera os preços de modo a não haver excesso de oferta (ou demanda) em todos os mercados www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Mercado de Trocas • A demanda do consumidor i é Homogênea de Grau 0 𝑥𝑖 𝑝, 𝑝𝑤𝑖 = 𝑥𝑖 𝛼𝑝, 𝛼𝑝𝑤𝑖 • Portanto, se 𝑝∗ = 𝑝1 ∗, 𝑝2 ∗ é o vetor de preços do equilíbrio Walrasiano, então o vetor 𝛼𝑝∗ = 𝛼𝑝1 ∗, 𝛼𝑝2 ∗ também é um equilíbrio, com 𝛼 ≥ 0. • Logo, apenas os preços relativos, Τ𝑝1 ∗ 𝑝2 ∗, são determinados no equilíbrio. • Ex) Consumidor i tem função utilidade Cobb-Douglas www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Mercado de Trocas • Um equilíbrio Walrasiano (ou competitivo) para uma economia de trocas da Caixa de Edgeworth é o vetor de preços 𝑝∗ e a alocação 𝑥∗ = 𝑥1 ∗, 𝑥2 ∗ tal que, para i=1,2, 𝑥𝑖 ∗ ≥ 𝑥𝑖 ′ ∀ 𝑥𝑖 ′ ∈ 𝐵𝑖 𝑝 ∗ • O equilíbrio é definido como um conjunto de preços (𝑝1 ∗, 𝑝2 ∗) tal que • 𝑥𝐴 1(𝑝1 ∗, 𝑝2 ∗) + 𝑥𝐵 1(𝑝1 ∗, 𝑝2 ∗) = 𝑤𝐴 1 + 𝑤𝐵 1 e • 𝑥𝐴 𝟐 𝑝1 ∗, 𝑝2 ∗ + 𝑥𝐵 2 𝑝1 ∗, 𝑝2 ∗ = 𝑤𝐴 𝟐 + 𝑤𝐵 𝟐 • Ou, rearranjando: • [𝑥𝐴 1 𝑝1 ∗, 𝑝2 ∗ − 𝑤𝐴 1] + [𝑥𝐵 1(𝑝1 ∗, 𝑝2 ∗) − 𝑤𝐵 1] = 𝟎 e • [𝑥𝐴 2 𝑝1 ∗, 𝑝2 ∗ − 𝑤𝐴 2] + [𝑥𝐵 2(𝑝1 ∗, 𝑝2 ∗) − 𝑤𝐵 2] = 𝟎 Preferível www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Mercado de Trocas • A álgebra do equilíbrio – função excesso de demanda • A função demanda líquida pelo bem 1 de A é: • 𝑒𝐴 1 𝑝1, 𝑝2 = 𝑥𝐴 1 𝑝1, 𝑝2 −𝑤𝐴 1; pense analogamente • A função demanda líquida agregada pelo bem 1: • 𝑧1 𝑝1, 𝑝2 = 𝑒𝐴 1 𝑝1, 𝑝2 + 𝑒𝐵 1 𝑝1, 𝑝2 ; pense analogamente • O equilíbrio se dá quando: • 𝑧1 𝑝1 ∗, 𝑝2 ∗ = 0, e • 𝑧2 𝑝1 ∗, 𝑝2 ∗ = 0 Função Excesso de Demanda Agregada Equilíbrio Walrasiano www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Mercado de Trocas • Lei de Walras afirma que o valor agregado dos excessos de demanda é identicamente igual a zero, ou seja, é zero independentemente dos preços (não apenas nos preços de equilíbrio de mercado). No caso particular dos preços serem de equilíbrio a identidade abaixo se mantêm 𝑝1𝑧1 𝑝1, 𝑝2 + 𝑝2𝑧2 𝑝1, 𝑝2 ≡ 0 𝑝1𝑧1 𝑝1 ∗, 𝑝2 ∗ + 𝑝2𝑧2 𝑝1 ∗, 𝑝2 ∗ ≡ 0 • Portanto, se 𝑝1𝑧1 𝑝1 ∗, 𝑝2 ∗ = 0, então 𝑝2𝑧2 𝑝1 ∗, 𝑝2 ∗ =0 também • Prova • Corolário www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Existência de Equilíbrio • A função de demanda líquida agregada deve ser contínua • Preferências convexas de cada consumidor; ou • Cada consumidor deve ser irrisório com relação ao tamanho do mercado www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Existência de Equilíbrio • Propriedades de Bem-Estar do Equilíbrio Walrasiano • Definição – Um resultado econômico é Pareto ótimo, ou Pareto Eficiente, se não existe um outro resultado factível tal que, para melhorar estritamente um indivíduo é necessário piorar os demais. Sendo assim, uma alocação 𝑥 na Caixa de Edgeworth é Pareto eficiente se não existe qualquer outra alocação 𝑥′ na Caixa de Edgeworth com 𝑥𝑖 ′ ≥𝑖 𝑥𝑖, para i=1,2 e 𝑥𝑖 ′ >𝑖 𝑥𝑖, para cada i. Preferível www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Teoremas de Bem Estar • Primeiro Teorema do Bem Estar • Em um mercado competitivo todo equilíbrio é Pareto Eficiente. Contudo, nem toda alocação Pareto eficiente é gerada por um mercado competitivo • Este teorema não diz nada sobre distribuição. Sendo assim, o equilíbrio de mercado é eficiente mas não necessariamente ótimo (no sentido de equidade). O resultado depende primordialmente da distribuição inicial das dotações www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Teoremas de Bem Estar • Segundo Teorema do Bem Estar • Definição – Suponha que 𝑥∗ é uma alocação Pareto eficiente no qual cada agente possui uma quantidade positiva de cada bem. Suponha que as preferências são convexas, contínuas e monotônicas. Então, 𝑥∗ é um equilíbrio Walrasiano para a dotação inicial 𝑊𝑖 = 𝑥𝑖 ∗, ∀ 𝑖 = 1,2, … , 𝑛. • Sendo assim, qualquer distribuição Pareto eficiente pode ser atingida em um mercado competitivo se as dotações iniciais são ajustadas apropriadamente • Para que isso seja sempre verdade é preciso que todos os agentes tenham preferências convexas www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Teoremas de Bem Estar • Implicação Importante • Questões associadas à eficiência e equidade podem ser separadas • “Fazer o bolo crescer para depois dividir” www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Função de Bem-Estar Social • Sejam • N indivíduos com funções cardinais • 𝑥𝑖 a cesta de consumo do indivíduo i • 𝑋 = 𝑥1, 𝑥2, … , 𝑥𝑛 a alocação de consumo da economia • 𝑢𝑖 𝑥 a função de utilidade do indivíduo i • Definição – A função de Bem-Estar Social 𝑊 𝑢1, 𝑢2, … , 𝑢𝑛 é uma função que ordena as possíveis distribuições de utilidade entre os indivíduos, atribuindo valores maiores às distribuições mais desejáveis do ponto de vista social. Suporemos 𝑊 𝑢1, 𝑢2, … , 𝑢𝑛 não decrescente em 𝑢1, 𝑢2, … , 𝑢𝑛. www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Função de Bem-Estar Social • Tipos de Função de Bem-Estar Social 1) Função de Bem-Estar Social de Bentham: 𝑊 𝑢1, 𝑢2, … , 𝑢𝑛 = 𝑖=1 𝑛 𝑢𝑖 2) Função de Bem-Estar Social Rawsiana: 𝑊 𝑢1, 𝑢2, … , 𝑢𝑛 = 𝑚𝑖𝑛 𝑢1, 𝑢2, … , 𝑢𝑛 3) Função de Bem-Estar Social Individualista ( ou de Bergson-Samuelson) • Pressupões que cada indivíduo esteja preocupado apenas com seu consumo. Logo, temos 𝑊 𝑢1 𝑥1 , 𝑢2 𝑥2 , … , 𝑢𝑛 𝑥𝑛 www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Função de Bem-Estar Social • Conjunto de Possibilidade de Utilidade • É o conjunto dos vetores de utilidade (𝑢1, 𝑢2, … , 𝑢𝑛) associados a cada alocação factível da economia. • Fronteira de Possibilidade de Utilidade • É o conjunto de vetores de utilidade (𝑢1, 𝑢2, … , 𝑢𝑛) associados a cada alocação eficiente da economia. • Escolha Social Ótima • É a alocação de utilidades 𝑢1, 𝑢2, … , 𝑢𝑛 que maximiza 𝑊 𝑢1, 𝑢2, … , 𝑢𝑛 . Deve pertencer ao conjunto de possibilidades de utilidade. www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Função de Bem-Estar Social • Exemplos Gráficos • Considere 2 consumidores, então temos: www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Alocação Justa (inveja e equidade) • Uma alocação é equitativa caso nenhum indivíduo prefira a cesta de outro (livre de inveja) • Uma alocação justa é, por definição, eficiente de Pareto e equitativa (livre de inveja) • Uma dotação inicial simétrica (em que cada individuo possui a mesma quantidade dos bens em análise do que os demais) gera como resultado de trocas uma alocação Justa – embora possa haver outras formas de atingiralocações justas www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Agregação de preferências (Teorema da Impossibilidade de Arrow) • Características desejáveis de uma agregação de preferências 1) Dadas preferências individuais que sejam completas, reflexivas e transitivas, um mecanismo de decisão coletivo deveria possuir essas mesmas características 2) Caso todos prefiram a alternativa x à y, então a preferência social deve ranquear x na frente de y 3) As preferências entre x e y devem depender apenas como os indivíduos ranqueiam x e y, e não em como eles ranqueiam outras alternativas • Teorema da Impossibilidade: Se um mecanismo de decisão coletivo satisfizer 1, 2 e 3, então esse mecanismo será ditatorial: os rankings sociais serão os de uma única pessoa. www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Pessoa A Pessoa B Pessoa C X y Z Y Z X z X y • É possível utilizar um critério que considere x socialmente preferível a y se a maioria dos indivíduos preferem x a y Agregação de Preferências e o Problema da Intransitividade ▪ Qual seria a situação escolhida? www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Pessoa A Pessoa B Pessoa C X y Z Y Z X z X y ▪ Note que, pela tabela acima, a maioria prefere x a y, a maioria prefere y a z e a maioria prefere z a x!!!!! ▪ Não há transitividade O Problema da Intransitividade www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Pessoa A Pessoa B X y Y Z z X • É possível utilizar o critério de ranqueamento das alternativas, com atribuição de pontos (1 para a menos preferível, 2 para a seguinte, e assim sucessivamente). Logo, a alternativa com maior pontuação é a preferida pela sociedade Agregação de Preferências e o Problema das Alternativas Irrelevantes • Como ficaria a votação sem considerar a alternativa z? • Como ficaria a votação considerando-se a alternativa z? www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec • Além dos problemas elencados (intransitividade e dependência de alternativas irrelevantes) ambos os sistemas descritos podem sofrer de manipulação na votação Agregação de preferências www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec • Se houver possibilidade de produzir, então as quantidades dos bens não serão mais fixas • Para simplificar nossa análise trabalharemos com somente dois bens, 1 e 2. • A fronteira de possibilidades de produção (FPP) pode ser usada para mostrar como produto e insumos estão relacionados. Equilíbrio Geral e Produção www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Caixa de Edgeworth • Para construir a FPP para 1 e 2 começamos com a hipótese que as quantidades de k e l são fixas. • A caixa de Edgeworth na produção mostra todas as maneiras que k e l podem ser utilizados para produzir 1 e 2. www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec O1 O2 Trabalho Total C ap it al T o ta l A • C ap it al p ar a 1 C ap it al p ar a 2 Trabalho para 2Trabalho para 1 Capital na Produção de 2 Capital na produção de 1 Trabalho na produção de 2 Trabalho na produção de 1 Caixa de Edgeworth www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec • A caixa de Edgeworth mostra as diferentes combinações de dois insumos (k e l) possíveis para a produção de dois bens (1 e 2). • Muitos pontos na caixa de Edgeworth mostram pontos de produção ineficientes. • Quais são os pontos eficientes? Caixa de Edgeworth www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec • Iremos utilizar o mapa de isoquantas para os dois bens. – as isoquantas para o bem 1 utilizam O1 como origem. – as isoquantas para o bem 2 utilizam O2 como origem. • As alocações eficientes ocorrem quando as isoquantas são tangentes entre si. Caixa de Edgeworth www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec O1 O2 Trabalho Total C ap it al T o ta l 1b 1a 2a 2b A • O ponto A é ineficiente, é possível aumentar a produção de 1 e 2 apenas realocando os insumos. Caixa de Edgeworth www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec O1 O2 Trabalho Total C ap it al T o ta l Nos pontos eficientes, a TMST é igual na produção de 1 e de 2. 1b 1a 1d 1c 2a 2b 2c 2d p4 p3 p2 p1 Caixa de Edgeworth www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Fronteira de Possibilidades de Produção • Os pontos eficientes de produção mostram a produção máxima do bem 2 que pode ser produzida a cada nível do bem 1. • A partir desta curva podemos construir a FPP • FPP mostra as combinações alternativas de dois produtos que podem ser produzidos com uma quantidade fixa de insumo com esses insumos sendo utilizados de forma eficiente. www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Quantidade de 1 (x1) Quantidade de 2 (x2) p4 p3 p2 p1 2a 2b 2c 2d 1a 1b 1c 1d O1 O2 Cada ponto eficiente na produção se torna um ponto da FPP Fronteira de Possibilidades de Produção www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Taxa Marginal de Transformação • A taxa marginal de transformação, ou taxa marginal de substituição técnica (TMST do bem 1 pelo bem 2) é o negativo da inclinação da FPP. • TMST mostra como o bem 1 pode ser tecnicamente substituído pelo bem 2 mantendo-se a alocação eficiente dos insumos produtivos • A TMST é crescente na medida em que aumenta a produção do bem 1 1 2 dx dx RPT −= TMST www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Taxa Marginal de Substituição Técnica • A TMST é igual ao CMgx1/CMgx2. • Prova: 0=dCT 2 2 1 1 dx x CT dx x CT dCT + = 2 1 1 2 CMgx CMgx dx dx =− Obs: dCT=0 pois os insumos são fixos www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Custo de Oportunidade • A FPP mostra também o custo de oportunidade de se produzir mais do bem 1 (ou 2) em termos do bem 2 (ou 1). • O custo de oportunidade do bem 1 em qualquer ponto da FPP é a TMST naquele ponto. • O custo de oportunidade do bem 2 em qualquer ponto da FPP é 1/TMST naquele ponto. www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Determinação dos Preços de Equilíbrio • Podemos utilizar a FPP juntamente com curvas de indiferença para mostrar como os equilíbrios de preços são determinados. www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Quantidade de 1 (x1) Quantidade de 2 (x2) U1 U2 U3 x2 x1 A produção será x1, x2. Se os preços para 1 e 2 são p1 e p2, a restrição orçamentária da sociedade é C=p1x1+p2x2. 2 1 inclinação p p− = C C indivíduos demandarão x1’, x2’. x1’ x2’ Determinação dos Preços de Equilíbrio www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Quantidade de x (x1) Quantidade de 2 (x2) x2 x1 U1 U2 U3 2 1 inclinação p p− = C C O p1 subirá e p2 cairá. x1’ x2’ Neste caso teremos excesso de demanda para o bem 1 e excesso de oferta para o bem 2. Excesso de oferta Excesso de demanda Determinação dos Preços de Equilíbrio www.lcanpec.weebly.comlc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Quantidade de 1 (x1) Quantidade de 2(x2) x2 x1 U1 U2 U3 2 1 inclinação p p− = C C x1’ x2’ As produções de equilíbrio serão x1* e x2*. x2* x1* Os preços de equilíbrio serão p1* e p2*. C* C* * * inclinação 2 1 p p− = Determinação dos Preços de Equilíbrio www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec • No equilíbrio temos que a TMS = TMST. • Se houver uma mudança nas preferências dos indivíduos ou na tecnologia de produção, nos moveremos para um novo equilíbrio de preços relativos e de produção/consumo, no qual a TMS = TMST. Determinação dos Preços de Equilíbrio www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Progresso Tecnológico na Produção de x Quantidade de 1 Quantidade de 2 U1 U2 U3 x1* O preço relativo de 1 irá cair. Mais 1 será consumido. x1** Progresso tecnológico na produção de 1 irá ampliar a FPP. www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Eficiência na Produção • Uma alocação de recursos é eficiente na produção (ou tecnicamente eficiente) se não é possível, através de realocações, produzir mais de um bem sem necessariamente reduzir a produção de outro bem. www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec • Uma alocação de recursos tecnicamente eficiente gerará um ponto de produção necessariamente sobre a FPP. • Uma alocação tecnicamente eficiente é pré-condição para uma situação de eficiência de Pareto. • Assim, ineficiência na produção gerará uma escolha ineficiente de Pareto. Mas, eficiência na produção não garante eficiência de Pareto. Eficiência de Pareto e na Produção www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Output de x Output de y P P No ponto de tangência a TMS será igual a TMST. Todos os pontos sobre a FPP são tecnicamente eficientes, mas apenas o ponto de tangência com a curva de indiferença é eficiente de Pareto. U1 U2 U3 Eficiência de Pareto e na Produção www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Mercado Externo • Restrições ao comércio reduzem o bem estar de um País. • A abertura do País ao mercado externo pode fazer com que consumo seja um ponto fora da FPP. • Para isso, os preços relativos externos têm que ser diferentes dos preços relativos internos. www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Mercado Externo Quantidade de 1 Quantidade de 2 U1 U2 x1 Sem mercado externo, a produção e o consumo serão x1 e x2. x2 Os preços de equilíbrio serão p1* e p2*. * * inclinação 2 1 p p− = www.lcanpec.weebly.com lc_anpec@yahoo.com.br – facebook.com/lc.anpec Quantidade 2 Quantidade de 2 X2* x1 U1 U2 X1* x2 ' ' inclinação 2 1 p p− = x1’ x2’ Com a abertura do mercado, os preços internos têm que se igualar aos preços externos. Importação de x1 No equilíbrio, o País importará 1 e exportará 2, aumentando a utilidade. exportação de y Mercado Externo
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