Buscar

ROTEIRO DAS PRÁTICAS LABORATORIO

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

- 1 - 
 
Universidade Federal de Mato Grosso 
Instituto de Ciências Exatas e da Terra 
Departamento de Química 
Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROTEIRO DAS 
AULAS PRÁTICAS 
 
GUIA DE LABORATÓRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Dr. Marcos Alberto de Carvalho 
 - 2 - 
 
 
 
 
ATIVIDADE 
Apresentação, avaliação, segurança e divisão das equipes 
Técnicas de laboratório 
Teste de chama 
Polaridade e solubilidade molecular. 
Reações químicas. 
Preparo de soluções 
Determinação do teor de álcool na gasolina 
pH e tampões 
Preparo de um indicador de pH 
Cinética química e equilíbrio 
Encerramento da disciplina 
 
O PRESENTE CRONOGRAMA PODERÁ SOFRER ALTERAÇÕES AO LONGO DO SEMESTRE DE ACORDO COM O 
DESENVOLVIMENTO DA DISCIPLINA E, TAMBÉM, COM O RENDIMENTO DA TURMA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 3 - 
ELABORAÇÃO DE PRÉ-RELATÓRIO 
 
Roteiro para a elaboração do Pré-relatório 
 
 
1) Introdução 
2) Objetivos 
3) Fluxograma de como desenvolver os procedimentos práticos. 
4) Pesquisa sobre a toxicidade dos reagentes utilizados na aula prática. 
5) Formatar as referências de acordo como indicado na apostila de aula 
prática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 4 - 
ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO 
O Relatório quando solicitado deverá conter: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Cada grupo irá entregar um único relatório, por experimento, no qual deverá constar somente o 
nome dos alunos que estiveram PRESENTES na realização do experimento. Entretanto, TODOS 
deverão ter seu CADERNO DE LABORATÓRIO INDIVIDUAL. 
2 O relatório poderá ser feito no computador e deverá ser impresso com qualidade. 
Entretanto, o mesmo poderá ser ANULADO em caso de cópia. 
3 O relatório deve ser entregue sempre antes do início da aula seguinte. Se isso não for possível, 
poderá ser entregue na aula seguinte, mas a nota final será dividida por dois. 
4 Se for constatado que um relatório é cópia, parcial ou total, de outro relatório, mesmo que seja 
de semestres anteriores, o mesmo será desconsiderado e atribuído nota zero. 
5 Os resultados deverão ser apresentados de maneira clara (sempre que possível sob a forma de 
tabelas) e na discussão, deverão ser respondidas as perguntas que se encontram no final de cada 
experimento. Na avaliação dos relatórios, o comportamento em aula (atenção às regras de 
segurança, participação, cuidado com o material, etc...) serão levados em consideração. 
6 Não se esqueçam dos objetivos e conclusões!. 
7 A Referências deverão seguir o seguinte padrão: 
(7) Referências 
Bibliográficas 
 
 
 
 
 
 
 
 
0.5 
(6) Conclusões 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.5 
(5) Resultados e 
Discussão 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.0 
(4) Materiais e 
Métodos 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.0 
(3) Objetivos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.0 
(2) Introdução 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.0 
(1) Folha de Rosto 
ou Capa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Título do experimento, data de realização, nome e RA 
(registro acadêmico) dos membros da equipe. 
Deverá estar totalmente dentro do contexto do 
experimento realizado (1 página) 
Além da apresentação e discussão 
de todos os resultados obtidos, 
deverão ser consideradas as 
questões relevantes colocadas. 
 - 5 - 
a) LIVROS: H. L. C. Barros, Química Inorgânica: uma introdução; Ed. UFMG: Belo Horizonte. 
1992. capítulo 10. p. 441. (iniciais e sobrenome de cada autor separados por vírgula. Título do 
livro em itálico; editora: lugar, ano de publicação, número da edição (se for o caso); capítulo e 
página. 
b) PERIÓDICOS: C. Zucco, F. B. T. Pessine, J. B. Andrade, Química Nova, 1999, 2, 454 
(iniciais e sobrenome de cada autor separados por vírgula, abreviatura do nome do periódico 
(não é aleatória) em itálico, ano em negrito, volume em itálico e página. 
c) INTERNET: LUCAS KARASINSKI. “Como são produzidas as baterias de lítio?” 2013. 
Disponível em: <tecmundo.com.br/bateria/42123-como-sao-produzidas-as-baterias-de-litio-
.htm>. Acesso em 04 de ago de 2018. 
 
 
QUESTIONÁRIO 
 Quando for solicitado, aos alunos, a resolução de questionários. Deve ser entregue um 
questionário por grupo. 
 
RECOMENDAÇÕES PARA O BOM ANDAMENTO DOS TRABALHOS 
a) ATENÇÃO: Será permitida a entrada no laboratório até no máximo 15 minutos após o 
início da aula. Após esse período, o aluno não poderá mais realizar o experimento. 
b) Leia sempre as referências ANTES dos experimentos, pois elas contêm informações importantes, 
tanto para a realização do trabalho propriamente dito, como para responder as questões 
propostas. 
c) Para calcular os rendimentos, massas e volumes, escreva sempre a equação balanceada e calcule 
tudo com base no número de moles de reagentes e produtos. 
d) Em caso de dúvida durante o experimento, recorra SEMPRE ao professor e não aos colegas. 
e) Chegue 10 minutos antes e organize seu material pessoal antes de entrar no laboratório. 
 
 
AVALIAÇÃO 
 
 
Média Parcial Teórica (MPT) = (PI+PII+PIII+PIV) 
 4 
PI, PII, PIII, PIV = provas teóricas 
 
Média Parcial Prática (MPP) = (RI+RII+RIII+RIV) 
 4 
R = Relatório 
 - 6 - 
 
Média Parcial = (MPT x 0,7) + (MPP x 0,3) 
 
Se MP≥7,0 → aprovado por média 
 
Se MP≤7,0 → Prova Final (PF) 
 
Média Final (MF) = 
2
PFMP
 
Se MF≥5,0 → aprovado 
Se MF<5,0 → reprovado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 7 - 
 
 
 
 
Universidade Federal de Mato Grosso 
Instituto de Ciências Exatas e da Terra 
Departamento de Química 
Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental 
 
 
INTRODUÇÃO AO TRABALHO NUM LABORATÓRIO 
 O Laboratório é um lugar de experimentação onde os acadêmicos terão a oportunidade de 
aprender Química Geral de um ponto de vista que nunca poderiam atingir por intermédio de livros, 
demonstrações ou filmes; é a possibilidade de alcançar maior compreensão da Química e a 
oportunidade de ver e trabalhar com as próprias mãos. Para atingir esses objetivos, são necessárias 
qualidades tais como dedicação, interesse, curiosidade, pontualidade, disciplina, etc. 
 A significação dos resultados obtidos dependerá muito do cuidado com que se 
desenvolverão as operações de laboratório. Boa técnica é mais do que uma questão de habilidade 
manual; requer uma atenção total aos propósitos essenciais da experiência. 
 Aprender o manuseio de compostos e a manipulação de aparelhos é obviamente uma parte 
essencial à educação dos profissionais. Para ajudar o desenvolvimento de boas técnicas, várias 
sugestões são apresentadas: 
 
- Nunca começar uma experiência sem antes compreendê-la totalmente; isto significa estudar o 
experimento antes de entrar no laboratório. 
- Esmero é muito importante para uma boa técnica. Descuidar ao manusear compostos químicos e 
aparelhos, pode não somente levar a maus resultados, como também é perigoso. Há geralmente uma 
razão de como e porque
cada operação é desenvolvida como descrita na literatura, embora a razão, a 
princípio, possa não ser óbvia para o estudante iniciante. 
 As aulas de laboratório têm por finalidade fazer com que você compreenda os princípios 
fundamentais da Química, através de métodos científicos elaborados, habilitando-o no manuseio 
correto e cuidadoso de reagentes, aparelhos e utensílios. 
 
O lava-olhos e chuveiro servem como dispositivos para uso em emergências; 
 
1.1. TRABALHO EM EQUIPE 
 Todos os trabalhos serão realizados por equipes de dois ou mais alunos. Compreenda o seu 
papel e colabore para que os trabalhos realizados sejam o resultado de um esforço conjunto. Na 
solução de problemas surgidos esforce-se ao máximo para resolvê-los, consultando o professor 
sempre que for preciso. Procure estar presente na hora marcada para o início das aulas e evite saídas 
desnecessárias durante os trabalhos de laboratório. 
 
1.2. REGISTRO DAS AULAS PRÁTICAS 
 É muito importante que o estudante tenha o seu caderno de laboratório para anotar todos os 
dados, observações e resultados obtidos em determinada experiência. Todo profissional, no 
exercício de sua atividade, necessita se comunicar seja sob a forma escrita ou oral. 
Veja alguns motivos que justificam o registro dos procedimentos e experimentos realizados em 
laboratório: 
 Necessidade de fazer várias vezes o mesmo experimento. 
 Alterações em cada experimento (correções realizadas) para a obtenção de melhores 
resultados 
 - 8 - 
 Se não houver um registro fiel de tudo que foi feito você não saberá ao final o que fazer com 
uma massa de dados. 
 São poucas as pessoas que conseguem guardar todos os detalhes na memória por longos 
períodos de tempo. Por isso: ANOTE! 
 
2. SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
2.1. NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 A segurança no laboratório é uma responsabilidade que deve ser assumida por professores, 
técnicos, monitores e alunos. No recinto do laboratório não é permitida brincadeiras ou atitudes que 
possam provocar danos para si ou outras pessoas. 
 Apesar disso, os laboratórios de pesquisa e aulas práticas não são necessariamente lugares 
perigosos embora muito dos perigos estejam associados a eles. Acidentes são, na maioria das vezes, 
causados por falta de cuidado, ignorância e desinteresse pelo assunto. Embora não seja possível 
enumerar todas as causas de possíveis acidentes num laboratório, existem alguns cuidados que são 
básicos e que, se observados, ajudam a evitá-los. 
 
1. É PROIBIDO comer, beber ou fumar no laboratório; 
2. Evite trabalhar sozinho no laboratório, a presença de outras pessoas será sempre uma valiosa 
ajuda em caso de acidentes; 
3. Prepare-se antes de tentar realizar os experimentos. Procure ler e entender os roteiros 
experimentais; consulte a literatura especializada. Em caso de dúvidas, converse o assunto com o 
professor antes de tentar fazer o experimento; 
4. Utilize sempre que necessário materiais que possam garantir maior segurança no trabalho tais 
como: luvas, pinça, óculos, calçados fechados, jaleco (obrigatório) etc. Procure manter seu jaleco 
limpo. 
5. Conserve sempre limpos os equipamentos, vidrarias e sua bancada de trabalho. Evite derramar 
líquidos, mas se o fizer, limpe o local imediatamente; 
6. Gavetas e portas dos armários devem ser mantidas sempre fechadas quando não estiverem sendo 
utilizadas; 
7. Ao término do período de laboratório, lave o material utilizado, limpe sua bancada de trabalho, e 
outras áreas de uso em comum. Verifique se os equipamentos estão limpos e desligados e os frascos 
reagentes fechados; 
8. Lave suas mãos frequentemente durante o trabalho prático, especialmente se algum reagente 
químico for respingado. Ao final do trabalho, antes de deixar o laboratório, lave as mãos; 
9. Leia com atenção os rótulos dos frascos de reagentes químicos para evitar pegar o frasco errado. 
Certifique-se de que o reagente contido no frasco é exatamente o citado no roteiro experimental; 
10. Nunca torne a colocar no frasco, o reagente não utilizado. Não coloque objeto algum nos 
frascos de reagentes, exceto o conta-gotas de que alguns são providos; 
11. Evite contato físico com qualquer tipo de reagente químico. Tenha cuidado ao manusear 
substâncias corrosivas como ácidos e bases use a CAPELA; 
12. A diluição de ácidos concentrados deve ser feita adicionando-se o ácido, lentamente, com 
agitação constante, sobre a água - com essa metodologia adequada, o calor gerado no processo 
de mistura, é absorvido e dissipado no meio. NUNCA proceda ao contrário (água sobre o ácido). 
13. Nunca deixe frascos contendo reagentes químicos inflamáveis próximos à chama; 
14. Não deixe nenhuma substância sendo aquecida por longo tempo sem supervisão; 
15. Não jogue nenhum material sólido dentro das pias ou ralos. O material inútil (rejeito) deve ser 
descartado de maneira apropriada; 
16. Quando for testar um produto químico pelo odor, não coloque o frasco sobre o nariz. Desloque 
os vapores que se desprendem do frasco com a mão para a sua direção; 
17. Use a CAPELA para experiências que envolvem o uso ou liberação de gases tóxicos ou 
 - 9 - 
corrosivos; 
18. Não aqueça tubos de ensaio com a extremidade aberta voltada para si mesmo ou para alguém 
próximo. Sempre que possível o aquecimento deve ser feito na CAPELA; 
19. Não deixe recipientes quentes em lugares em que possam ser pegos inadvertidamente. Lembre-
se de que o vidro quente tem a mesma aparência do vidro frio; 
20. Não pipete de maneira alguma, líquidos corrosivos ou venenosos, por sucção, com a boca. 
Procure usar sempre a “pêra de sucção” para pipetar. 
21. O bico de Bunsen deve permanecer aceso somente quando estiver sendo utilizado; 
22. Não trabalhe com material imperfeito; 
23. Em caso de acidentes, comunique o professor imediatamente. Ele deverá decidir sobre a 
gravidade do acidente e tomar as atitudes necessárias; 
24. Em caso de possuir alguma alergia, estar grávida ou em qualquer outra situação que possa ser 
afetado quando exposto a determinados reagentes químicos, comunique o professor logo no 
primeiro dia de aula; 
25. Em caso de incêndio este deverá ser abafado imediatamente com uma toalha ou, se necessário, 
com o auxilio do extintor de incêndio apropriado; 
26. Comunique o professor, monitor ou técnico sempre que notar algo anormal no laboratório; 
27. Faça apenas as experiências indicadas pelo professor. Caso deseje tentar qualquer modificação 
do roteiro experimental converse com o professor antes de fazê-lo; 
28. No laboratório é OBRIGATÓRIO o uso do jaleco e óculos de segurança. 
29. Antes de descartar os reagentes utilizados na aula prática perguntar ao responsável pelo 
laboratório a forma correta de descarte. 
 
 
2.2. ACIDENTES COMUNS EM LABORATORIO E PRIMEIRO SOCORROS 
I. QUEIMADURAS 
a) Causadas pelo calor - quando leves, aplicar pomada de Picrato de Butesina e, quando graves, 
devem ser cobertas com gaze esterilizada, previamente umedecida com solução aquosa de 
bicarbonato de sódio 5%. 
b) Causadas por ácidos - deve-se lavar imediatamente a região com bastante água durante pelo 
menos 5 minutos. Em seguida, tratar com solução de bicarbonato de sódio a 5% e lavar novamente 
com água. Secar o local e aplicar Merthiolate. 
c) Causadas por bases - proceder como em b, aplicando solução de ácido acético 1%. 
 
II. ÁCIDOS NOS OLHOS – Deve-se lavar com bastante água durante aproximadamente 15 
minutos e aplicar solução de bicarbonato de sódio 1%. 
III. BASES NOS OLHOS – Proceder como em II e aplicar solução de ácido bórico 1%. 
IV. INTOXICAÇÃO POR GASES – Remover a vítima para um ambiente arejado e deixar 
descansar. Em caso de asfixia fazer respiração artificial.
V. INGESTÃO DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS – Recomenda-se beber muita água e em seguida 
beber: 
a) Um copo de solução de bicarbonato de sódio 1% ou leite de magnésia, em caso de ingestão de 
ácidos; 
b) Um copo de solução de ácido cítrico ou ácido acético a 2%, em caso de ingestão de bases. 
 
 
 
 
 
 
 - 10 - 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS BÁSICOS DE LABORATÓRIO. 
 
PAPEL DE FILTRO 
É um papel poroso em forma de disco. É usado especialmente nas 
filtrações de substâncias que não reagem com a celulose (substância 
de que è constituído). Na filtração de ácidos fortes, oxidantes 
enérgicos, etc.., substitui-se o papel de filtro por lã de vidro ou outro 
material mais conveniente. 
 
 
 
BÉQUER 
Recipiente com ou sem graduação, utilizado para o preparo de 
soluções (onde a concentração seja aproximada), aquecimento de 
líquidos, recristalizações, etc. 
 
 
 
 
 
TUBO DE ENSAIO 
É um tubo de vidro de forma cilíndrica, fechado em uma das 
extremidades. É utilizado principalmente para efetuar reações 
químicas em pequena escala. Podem ser aquecidos. 
 
 
 
 
 
ERLENMEYER 
É um recipiente de vidro de forma cônica. É utilizado para aquecer 
líquidos ou soluções e, principalmente, para efetuar um tipo de 
análise química denominada titulação. 
 
 
 
 
BALÃO DE FUNDO REDONDO 
São aparelhos de vidro de forma aproximadamente esférica. Podem 
ser do fundo chato ou fundo redondo. Serve para levar ao 
aquecimento reativo líquido ou sólido. 
 
 
PROVETAS 
São recipientes com graduações, destinado a medidas aproximadas de 
um líquido ou solução. Não podem ser aquecidos. 
 
 
 - 11 - 
 
 
 
BALÕES VOLUMÉTRICOS 
São balões de vidro que contém um colo alongado. No seu colo há 
uma marca de volume aferido para uma determinada temperatura. 
São destinados a conter volumes determinados de líquidos. (OBS: 
Só devem ser usados em trabalhos de precisão não podem ser 
aquecidos). 
 
 
 
 
 
PIPETAS 
São aparelhos de vidro em forma cilíndrica. São usados para medir 
e transferir volumes de líquidos. 
 
 
 
 
 
 
BICO DE BUNSEN 
É uma peça metálica que consta de três partes: 
base, tubo e anel. É usado para promover a combustão de gases e 
consequentemente fornecer calor. 
 
 
 
 TELA DE AMIANTO 
Tela metálica, contendo amianto, utilizada para distribuir 
uniformemente o calor, durante o aquecimento de recipientes de 
vidro à chama de um bico de gás. 
 
 
 
 
SUPORTE E GARRA 
Os suportes são peças geralmente de ferro. Constam de duas partes: 
base e haste. As garras são presas às hastes do suporte. O conjunto 
tem por finalidade, fixar balões, buretas, retortas, etc. 
 
 
 
 
 
TRIPÉ 
É uma peça de ferro que serve para sustentar a tela de amianto. 
 
 
 - 12 - 
 
 
 
 
BURETAS: equipamento calibrado para medida exata de volume 
de líquidos e soluções. Permite o escoamento do líquido ou solução 
através de uma torneira esmerilhada e é utilizada em um tipo de 
análise química denominada titulação. 
 
 
 
 
 
KITASSATOS 
São aparelhos bastante semelhantes aos erlenmeyers. Possuem uma 
abertura lateral em seu colo e são usados nas filtrações à vácuo. 
 
 
 
 
BASTÃO DE VIDRO 
É utilizado para a agitação dos líquidos. Podem ser aquecidos. 
 
 
 
 
FUNIS 
São aparelhos de vidro de forma variável. São usados na separação 
de fases de um sistema heterogêneo. 
 
 
 
 
VIDRO RELÓGIO 
São recipientes de vidro de forma de calota esférica. São usados 
para conterem sólidos, para ensaios com quantidade reduzida de 
reagentes. Não podem ser aquecidos. 
 
 
 
 
ESPÁTULA 
 
É usada para transferir substâncias sólidas. 
 
 
 
ALMOFARIZ: São recipientes de porcelana (que lembram as cápsulas) ou 
outros materiais destinado a trituração de sólidos. O triturador denomina-se 
PISTILO. 
 
 - 13 - 
 
 
 
 
BOMBA DE VÁCUO 
Equipamento silencioso e eficiente em trabalhos com aplicação de 
vácuo. Ideal para trabalhos longos com alto nível de precisão 
(constância). 
 
 
 
 
 
 
PINÇA DE MADEIRA 
Utilizada para segurar tubos de ensaio. 
 
 
 
 
 
PISSETA 
Frasco, geralmente de plástico, contendo água destilada, álcool ou 
outros solventes, usado para efetuar a lavagem de recipientes ou 
materiais com jatos de líquido nele contido. 
 
 
 
 
ESTUFA 
Equipamento empregado na secagem de 
materiais, por aquecimento, em geral até 200⁰C 
 
 
 
 
 
 
BALANÇA 
Instrumento para determinação de massa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 14 - 
 
Universidade Federal de Mato Grosso 
Instituto de Ciências Exatas e da Terra 
Departamento de Química 
Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental 
 
Prática 1: Técnicas de Laboratório 
 
1. INTRODUÇÃO: 
 De um modo geral, para medidas aproximadas de volumes de líquidos, usam-se cilindros 
graduados ou provetas; para medidas precisas, usam-se pipetas, buretas e balões volumétricos, que 
constituem o chamado material volumétrico. Aparelhos volumétricos são calibrados pelo fabricante 
a uma temperatura padrão de calibração de 20ºC. 
 Em trabalhos de laboratório, as medidas de volume aproximadas são efetuadas, na quase 
totalidade dos casos, com provetas graduadas, as de modo muito grosseiro, com os béqueres com 
escala. E as medidas volumétricas, chamadas precisas, com aparelhos volumétricos. 
 A prática de análise volumétrica requer a medida de volumes líquidos com elevada precisão. 
Para efetuar tais medidas são empregados vários tipos de aparelhos, que podem ser classificados em 
duas categorias: 
 a) Aparelhos calibrados para dar escoamento a determinados volumes. 
 b) Aparelhos calibrados para conter um volume líquido. 
Na classe “a” estão contidas as pipetas e as buretas e, na classe “b”, estão incluídos os balões 
volumétricos. 
 A medida de volumes líquidos com qualquer dos referidos aparelhos está sujeita a uma série 
de erros devido às seguintes causas: 
a) Ação da tensão superficial sobre as superfícies líquidas. 
b) Dilatações e contrações provocadas pelas variações de temperatura. 
c) Imperfeita calibração dos aparelhos volumétricos. 
d) Erros de paralaxe. 
 
 A leitura de volume de líquidos claros deve ser feita pela parte inferior e a de líquidos 
escuros pela parte superior, para que sejam evitados os erros de paralaxe. 
 
(a) (b) 
Figura 1: (a) leitura do menisco. (b) Erro de paralaxe 
 
 
 
 - 15 - 
2.1 MATERIAIS VOLUMÉTRICOS DESTA AULA 
 BALÕES VOLUMÉTRICOS 
 Os balões volumétricos são balões de fundo chato e gargalo comprido, calibrados para 
conter determinados volumes líquidos. Os balões volumétricos são providos de rolhas esmerilhadas 
de vidro ou de polietileno. O traço de referência marcando o volume pelo qual o balão volumétrico 
foi calibrado é gravado sobre a meia-altura do gargalo (bulbo). A distância entre o traço de 
referência e a boca do gargalo deve ser relativamente grande para permitir a fácil agitação do líquido 
(a solução deve ser bem homogeneizada), depois de ser completado o volume até a marca. O traço 
de referência é gravado sob a forma de uma linha circular, tal que, por ocasião da observação, o 
plano tangente à superfície inferior do menisco tem que coincidir com o plano do círculo de 
referência. Os balões volumétricos são construídos para conter volumes diversos; os mais usados 
são os de 50, 100, 200, 500, 1000, 2000
mL. Os balões volumétricos são especialmente usados na 
preparação de soluções de concentração conhecida (Figura 2). 
Para se preparar uma solução em um balão volumétrico: 
1) Quando o soluto for sólido, dilua o mesmo em uma pequena parte do solvente em um 
Béquer e misture com um bastão de vidro até a completa dissolução. 
2) Transfira a mistura ao balão volumétrico (Fig. 2 item 1) 
3) Lave o Béquer com um pouco de solvente e transfira-o para o balão volumétrico. Certifique-
se de que não há mais soluto no Béquer. 
4) Adiciona-se, a seguir, o restante do solvente até cerca de 3/4 da capacidade total do balão 
(Fig. 2 item 2). Misturam-se os componentes e deixa-se em repouso até atingir a temperatura 
ambiente, tendo o cuidado de não segurar o balão pelo bulbo. 
5) Adiciona-se solvente até “acertar o menisco”, isto é, até o nível do líquido coincidir com a 
marca no gargalo (Fig. 2 item 3). 
6) As últimas porções do solvente devem ser adicionadas com um conta-gotas, lentamente, e 
não devem ficar gotas presas no gargalo. O ajustamento do menisco ao traço de referência 
deverá ser feito com a maior precisão possível. Fecha-se bem o balão e vira-se o mesmo de 
cabeça para baixo, várias vezes, agitando-o, para homogeneizar o seu conteúdo (Fig. 2 item 
4). 
 
 
 
Figura 2. Esquema de preparo de uma solução em balão volumétrico. 
 
 PIPETAS 
 Existem duas espécies de pipetas: 
a) Pipetas volumétricas construídas para dar escoamento a um determinado volume. 
b) Pipetas graduadas servem para escoar volumes variáveis de líquidos. 
 As pipetas volumétricas são constituídas por um tubo de vidro com um bulbo na parte 
central. O traço de referência é gravado na parte do tubo acima do bulbo. A extremidade inferior é 
 - 16 - 
afilada e o orifício deve ser ajustado de modo que o escoamento não se processe rápido demais, o 
que faria com que pequenas diferenças de tempo de escoamento ocasionassem erros apreciáveis. As 
pipetas volumétricas são construídas com as capacidades de 1, 2, 5, 10, 20, 50, 100 e 200 mL, sendo 
de uso mais frequente as de 25 e 50 mL. 
 As pipetas graduadas consistem de um tubo de vidro estreito, geralmente graduado em 0,1 
mL. São usadas para medir pequenos volumes líquidos. Encontram pouca aplicação sempre que se 
quer medir volumes líquidos com elevada precisão. Têm a vantagem de se poder medir volumes 
variáveis. 
 Para se encher uma pipeta, coloca-se a ponta da mesma no líquido e faz-se a sucção com a 
pêra. Deve-se ter o cuidado em manter a ponta da mesma sempre abaixo do nível da solução do 
líquido. Caso contrário, ao se fazer a sucção, o líquido alcança a pêra de sucção. A sucção deve ser 
feita até o líquido ultrapassar o traço de referência. Feito isto deixa-se escoar o líquido lentamente 
até o traço de referência (zero). O ajustamento deve ser feito de maneira a evitar erros de paralaxe. 
 Os líquidos que desprendem vapores tóxicos e os líquidos corrosivos devem sempre serem 
introduzidos na pipeta, através de pêras de sucção. Para escoar os líquidos, deve-se colocar a pipeta 
na posição vertical, com a ponta encostada na parede do recipiente que vai receber o líquido. 
Esperam-se 15 ou 20 segundos e retira-se a gota aderida a ponta da pipeta, encostando-a a parede do 
recipiente. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
01. Identificar balão volumétrico, pipeta, proveta, bequer, tubo de ensaio, pera. 
02. Ler as graduações de pipetas e provetas. 
03. Usar pipeta, proveta e balão volumétrico para medir, transferir e completar volumes definidos 
de soluções. 
04. Lavar o material de acordo com as instruções. 
 
 PROCEDIMENTOS 
 
I - Emprego de pipeta volumétrica e balão volumétrico 
 
01. Medir com pipeta volumétrica 10 ml de solução corada. 
02. Transferir essa alíquota para um balão volumétrico de 100 ml. 
03. Adicionar cerca de 80 ml de água destilada. 
04. Completar cuidadosamente o volume com água destilada até a marca (parte inferior do 
menisco), empregando pipeta ou pisseta. 
05. Misturar bem invertendo o balão pelo menos 10 vezes. Conservar a solução para uso 
posterior. 
 
 II - Emprego de Pipetas Graduadas 
 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: a leitura do menisco (solução incolor parte inferior 
do menisco) se faz ao nível do olho; não se sopra a pipeta, no fim do escoamento toca-se a 
ponta da mesma na parede interna do recipiente, mantém-se sempre a pipeta na posição 
vertical. Mede-se a quantidade de líquido escoado, por isso deve-se partir sempre da marca 
zero. 
 
 - 17 - 
Leitura correta do menisco 
 
01. Transferir uma quantidade de solução corada para um béquer. 
02. Completar a tabela dada no relatório. 
03. Marcar os tubos de ensaio, de mesmo diâmetro e altura para cada série, de 1 a 5 e 6 a 10. 
04. Usando a pipeta graduada de 1 ml ao 0,01, pipetar alíquotas da solução corada (atenção ao 
ler o menisco) para os respectivos tubos, seguindo o esquema do relatório. 
05. Lavar a pipeta com água comum e água destilada. 
06. Utilizando a mesma pipeta, pipetar a água destilada de modo a se completar o volume final 
da pipeta em questão. 
07. Misturar bem os dois líquidos, sem inversão. 
08. Observar e correlacionar a altura do líquido contido nos tubos com o seu volume. 
09. Ler a interpretação. 
 
Esquema que deve ser preenchido e seguido no relatório: 
Série A - Pipeta de 5,00 ml Série B - Pipeta de 10,00 ml 
 Solução corada Água Solução corada Água 
1 0 5,00 6 0 10,00 
2 1,70 3,30 7 2,40 7,60 
3 2,50 2,50 8 4,00 6,00 
4 3,00 2,00 9 6,30 3,70 
5 4,20 0,80 10 8,00 2,00 
 
III. Operação com bico de gás 
01. Colocar cerca de 5 ml de água destilada em um tubo de ensaio. 
02. Aquecer a água na chama de gás com agitação até a primeira fervura, empregando a pinça de 
madeira para segurar o tubo de ensaio. Observação: agitação contínua do tubo para evitar projeção 
do líquido. Nunca manter a boca do tubo dirigida para si ou seu colega. 
03. Ler a interpretação. 
 
INTERPRETAÇÃO 
 Na parte I aprende-se: a técnica de diluir uma solução de concentração conhecida; a forma 
pela qual se completa o volume num balão volumétrico; a técnica de misturar soluções em 
balão volumétrico. Essa técnica é utilizada no preparo ou na diluição de soluções de 
concentrações definidas (molar, normal, etc.). 
 Na parte II aprende-se: a técnica de pipetar soluções incolores e coradas; a preparar uma 
série de soluções de reagentes de volume conhecido e de concentrações diferentes; a técnica 
de misturar soluções em tubos de ensaio; a correlacionar altura de líquido no tubo de ensaio 
com o volume do mesmo, o que é útil para testes qualitativos. 
 Na parte III aprende-se: a usar adequadamente o bico de gás; a aquecer líquidos em tubos 
de ensaio, observando-se o volume contido no mesmo, que não deve ser superior à metade 
da capacidade do tubo; a seguir as regras de segurança a fim de se evitar acidentes e perda de 
material. Não se deve deixar ferver até evaporação completa do líquido. Geralmente a 
primeira ebulição é suficiente. 
Incorreto 
Correto 
Incorreto 
 - 18 - 
 
 
 
Universidade Federal de Mato Grosso 
Instituto de Ciências Exatas e da Terra 
Departamento de Química 
Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental 
 
Prática 2: Teste de chama 
 
INTRODUÇÃO 
O teste de chama ou prova da chama é um procedimento utilizado em Química para detectar a 
presença de alguns íons metálicos, baseado no espectro de emissão característico para cada 
elemento. O teste de chama é baseado no fato de que quando uma certa quantidade de energia é 
fornecida a um determinado elemento químico (no caso da chama, energia
em forma de calor), 
alguns elétrons da última camada de valência absorvem esta energia passando para um nível de 
energia mais elevado, produzindo o que chamamos de estado excitado. Quando um desses elétrons 
excitados retorna ao estado fundamental, ele libera a energia recebida anteriormente em forma de 
radiação. Cada elemento libera a radiação em um comprimento de onda característico, pois a 
quantidade de energia necessária para excitar um elétron é única para cada elemento. A radiação 
liberada por alguns elementos possui comprimento de onda na faixa do espectro visível, ou seja, o 
olho humano é capaz de enxergá-las através de cores. Assim, é possível identificar a presença de 
certos elementos devido à cor característica que eles emitem quando aquecidos numa chama. 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Detectar a presença de alguns íons metálicos, baseado no espectro de emissão de cor característico 
para cada elemento. 
 
Reagentes: 
- Sulfato de cobre (CuSO4); 
- Cloreto de Lítio (LiCl); 
- Cloreto de Sódio (NaCl); 
- Cloreto de potássio (KCl) 
- Solução de ácido clorídrico 
 
Materiais 
Tubo de ensaio 
Pinça de madeira 
Bico de bunsen 
Fio de platina 
 
Procedimento experimental: 
1. Coloque o ácido clorídrico em um tubo de ensaio. 
2. Acenda o bico de Bunsen e, com o auxílio da pinça de madeira, leve o fio de platina ao fogo até 
que a chama não mude mais de cor. 
3. Caso haja presença de cor na chama, mergulhe a ponta do fio no ácido clorídrico. 
 - 19 - 
4. Passe a ponta do fio no cloreto de potássio, leve-o à chama e observe. 
5. Limpe o fio mergulhando-o novamente no ácido clorídrico. 
6. Repita o processo com os demais sais. 
Elementos K Na Cu Li Sn 
Cor 
esperada 
Violeta Alaranjado Verde Rosa 
carmim 
Vermelho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 20 - 
 
Universidade Federal de Mato Grosso 
Instituto de Ciências Exatas e da Terra 
Departamento de Química 
Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental 
 
Prática 3: Polaridade e Solubilidade 
 
INTRODUÇÃO 
Em geral, os compostos são classificados em compostos iônicos e compostos moleculares. 
Os compostos iônicos são aqueles que possuem uma ou mais ligações iônicas, mesmo que apresente 
várias ligações covalentes. 
Na ligação iônica, as forças de atração são consequência da transferência completa de um ou 
mais elétrons de um átomo para outro sendo que um deles adquire carga positiva e o outro, negativa, 
surgindo as forças responsáveis pela ligação. A maioria dos compostos iônicos são sólidos, na 
temperatura e pressão ambientes, porque a força de atração elétrica mantém os cátions e os ânions 
firmemente ligados uns aos outros. 
Os compostos moleculares são aqueles que possuem somente ligações covalentes entre seus 
átomos. A menor partícula deste composto denomina-se molécula. 
Na ligação covalente a transferência de elétrons nunca é completa, pois estes são 
compartilhados e neste caso a força de atração entre o par de elétrons (carga negativa) e o 
núcleo (carga positiva) é o que mantêm os átomos unidos. 
 
PONTO DE FUSÃO 
O ponto de fusão (PF) de um composto é a temperatura na qual este composto no estado 
sólido se transforma em líquido. O ponto de fusão está relacionado com as interações entre 
partículas (átomos, íons e moléculas). Compostos que possuem fortes interações entre partículas, 
terão maiores pontos de fusão. 
Os compostos iônicos são constituídos por íons positivos e negativos, dispostos de maneira 
regular formando um retículo cristalino. Para que ocorra a fusão do retículo precisamos de uma 
considerável energia, por isso os compostos iônicos possuem elevado ponto de fusão e ebulição, 
geralmente são sólidos e muito duros. 
Quanto mais fortes forem as interações intermoleculares, maior o ponto de fusão. 
Compostos contendo moléculas polares possui ponto de fusão mais alto que moléculas apolares. 
 
CONDUÇÃO DE CORRENTE ELÉTRICA 
Para que haja condução de corrente elétrica é necessária a presença de elétrons livres, com 
mobilidade. Os compostos iônicos não conduzem corrente na fase sólida (quando os elétrons estão 
firmemente ligados uns aos outros), mas conduzem na fase líquida ou em solução aquosa, quando 
os íons adquirem mobilidade. O composto que se dissolve originando uma solução que conduz 
corrente elétrica (solução eletrolítica) é chamado de eletrólito. 
 
SOLUBILIDADE 
A solubilidade de uma substância (denominado soluto) em outra (denominada solvente), está 
relacionada à semelhança das forças atuantes nas mesmas (iônicas ou intermoleculares). Em 
consequência disso, substâncias iônicas e substâncias moleculares polares tendem a se solubilizar 
em solventes também polares, enquanto que substâncias apolares tendem a se solubilizar em 
solventes apolares. 
Uma substância é solúvel em outra que lhe é semelhante, interpretando esta semelhança do ponto 
de vista estrutural, de polaridade e caráter das forças intermoleculares. Assim, um composto polar é 
solúvel em solvente polar. 
 - 21 - 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Constatar, na prática, diferenças entre o comportamento de substâncias iônicas e moleculares. 
Verificar a solubilidade de alguns compostos, já que a natureza iônica de uma substância influi na 
solubilidade em determinados solventes. 
 
MATERIAIS E REAGENTES 
 Buretas 
 Suportes e garras para buretas 
 Bico de Bunsen 
 Tubos de ensaio e estante 
 Béckers 
 Pisseta 
 Pinça de madeira 
 Cloreto de sódio (NaCl); 
 Iodo sólido (I2); 
 Sacarose (C12H22O11) 
 Álcool etílico P.A. (C2H5OH) 
 Óleo comestível 
 Querosene 
 Hexano 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: 
A) Ação de um campo elétrico 
1- Monte 3 buretas em suportes, colocando sob cada uma delas um béquer de 
100 mL. 
2- Encha a primeira bureta com água, a segunda com álcool e a terceira com hexano. 
3- Atrite um bastão de plástico (ou vidro) contra o cabelo ou contra papel secante. 
4- Abra a torneira da bureta com água, de forma a deixar correr um filete fino. 
5- Aproxime o bastão de vidro atritado deste filete. Anote suas observações. 
Repita o procedimento com a bureta que contém o álcool e com a que contém o benzeno. 
6- O comportamento observado foi o mesmo para as 3 substâncias? 
7- Utilize as fórmulas estruturais para tentar justificar o comportamento apresentado por cada 
substância. 
 
B) Substâncias iônicas e moleculares frente ao aquecimento: 
 
Atenção: Utilizar nos ensaios abaixo, quantidades equivalentes e pequenas de sacarose, cloreto de 
zinco e cloreto de sódio. 
Comparar o tempo necessário para que sejam observadas as mudanças nas substancias usadas. 
Anote todas as suas observações. 
 
1- Colocar em um tubo de ensaio uma pequena quantidade de iodo. Aqueça o tubo, com o 
auxílio de uma pinça de madeira, até observar alguma mudança no estado físico do iodo. 
2- Em 2 tubos de ensaio, adicionar respectivamente sacarose e cloreto de sódio (NaCl) (todos 
no estado sólido ). 
3- Aquecer, com o auxílio de uma pinça de madeira, cada um dos tubos até observar mudança 
no seu estado físico. 
 
 
 
 - 22 - 
C) Polaridade e solubilidade: 
 
Atenção 
Por se tratar de um ensaio comparativo, é necessário utilizar-se quantidades equivalentes de 
reagentes nos tubos de ensaios. 
 
1- Em três tubos de ensaio adicionar, respectivamente, 1,0 mL de água, 1,0 mL de álcool etílico 
e 1,0 mL de querosene. A cada um dos tubos adicionar 2 gotas de
óleo comestível, agitar 
intensamente e observar os resultados. 
 
2- Repetir o procedimento anterior, substituindo o óleo comestível por quantidades pequenas e 
equivalentes de: Cloreto de sódio; Iodo. 
 
Solventes/solutos Óleo NaCl Iodo 
Água 
Álcool etílico 
Querosene 
 
 
Residuos gerados: 
Os solventes; etanol e benzeno, devem ser descartados no frasco de coleta com o rótulo: frasco 2 
solvente não halogenados. As soluções de cloreto de sódio e sacarose, podem ser descartadas na pia, 
o iodo deve ser raspado do funil, e guardado em um frasco para ser reutilizado, o óleo, o etanol e a 
querosene podem ser descartados no frasco com o rótulo: frasco 2 solventes não halogenados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 23 - 
 
Universidade Federal de Mato Grosso 
Instituto de Ciências Exatas e da Terra 
Departamento de Química 
Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental 
 
Prática 4: Reações Químicas 
 
OBJETIVOS: 
Observar as reações químicas em soluções aquosas entre compostos inorgânicos. 
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: 
As reações químicas são transformações de substâncias em outras, através de uma 
redisposição dos átomos. As reações químicas são representadas por igualdades chamadas de 
EQUAÇÕES QUÍMICAS, que são formas abreviadas de descrever as transformações químicas e as 
condições em que ocorrem. A equação química possui dois membros: no primeiro membro da 
equação são colocadas as fórmulas das substâncias ou elementos (reagentes) e no segundo membro 
da equação as fórmulas das substâncias ou elementos produzidos pela reação entre os reagentes 
(produtos). Uma seta, colocada entre os dois membros da equação, índica que a reação é irreversível 
(→) e duas setas opostas indica que a reação é reversível ( ); essa seta dupla indica, também, que 
o sistema encontra-se em um estado de equilíbrio, ou seja, as concentrações de reagentes e produtos 
permanecem constantes sob determinada condição de temperatura e/ou pressão. As equações 
químicas representam as reações químicas da maneira mais próxima possível da realidade e, desse 
modo, devem conter muitas informações tais como: variações de energia, meio em que se realizam, 
catalisadores etc. 
 
2.1 TIPOS DE REAÇÕES QUÍMICAS EM SOLUÇÕES AQUOSAS 
Muitas reações que você vai encontrar no Laboratório de Química se passam em solução 
aquosa. Os químicos estão interessados nessas reações, não apenas por serem o caminho de chegada 
a produtos úteis, mas também porque são as reações que ocorrem nos vegetais e animais da Terra. 
Vamos examinar alguns padrões comuns das reações para ver quais podem ser as respectivas 
"forças motrizes"; em outras palavras, como se pode saber que, ao se misturarem duas substâncias 
químicas, haverá reação entre elas e a formação de um ou mais compostos novos? 
 
A- Classificação das reações químicas quanto as forças motrizes 
Quatro tipos importantes de processos provocam a ocorrência de reações, quando os 
reagentes se misturam em solução aquosa. 
 
1º- TIPO: REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO 
As reações de precipitação são aquelas em que os íons se combinam em solução para formar um 
produto de reação insolúvel. Exemplo: 
 
Equação geral: Pb(NO3)2(aq) + 2KI(aq) → Pbl2(s) + 2KNO3(aq) 
Equação Iônica Líquida: Pb2+(aq) + 2l-(aq) →Pbl2(s) (sólido amarelo) 
 
2°. TIPO: REAÇÕES ÁCIDO – BASE 
 
As reações ácido-base, são aquelas em que os íons H+ e OH- combinam-se para formar água. 
Exemplo: 
 
Equação geral: HNO3(aq) + KOH(aq) → KNO3(aq) + H2O(l) 
 - 24 - 
Equação iônica líquida: H+(aq) + OH-(aq) →H2O 
(Esta é a equação iônica líquida de todas as reações entre ácidos fortes e bases) 
 
3°. TIPO: REAÇÕES COM DESPRENDIMENTO DE GÁS 
 
As reações com desprendimento de gás são aquelas em que os reagentes se combinam em solução 
para formar um produto de reação que se desprende na forma de gás. Como exemplos mais comuns 
tem-se as reações envolvendo, principalmente, carbonatos de metais e ácidos, com formação do 
ácido carbônico, H2CO3, como produto o qual, na maioria das vezes, se decompõe em H2O e CO2. 
O dióxido de carbono é o gás que se vê borbulhar durante a reação. 
Exemplo: 
Equação geral: NiCO3(s) + 2HNO3(aq) →Ni(NO3)2(aq) + H2CO3(aq) 
H2CO3(aq) → CO2(g) + H2O 
 
 
4°. TIPO: REAÇÕES DE OXIDAÇÃO–REDUÇÃO (OXI–REDUÇÃO) 
As reações de oxidação–redução são aquelas em que o processo importante é a transferência de 
elétrons de uma substância para outra. Exemplo: 
 
Equação geral: Cu(s) + AgNO3(aq) → CuNO3(aq) + 2Ag(s) 
 
Equação iônica líquida: Cu(s) + 2Ag+(aq) → Cu2+(aq) + 2Ag(s) 
 
 
B- Classificação das reações químicas quanto aos seguintes itens: 
 
I ) LIBERAÇÃO OU ABSORÇÃO DE CALOR 
As reações podem ser classificadas quanto `a absorção ou liberação de calor em: 
ENDOTÉRMICAS, quando ocorrem com a absorção de calor do meio ambiente, e 
EXOTÉRMICAS, quando liberam calor para o meio ambiente. 
 
II) QUANTO À VELOCIDADE 
As reações podem ser classificadas em RÁPIDAS ou INSTANTÂNEAS e LENTAS quando levam 
horas, meses ou anos para ocorrer. 
 
III) QUANTO À REVERSIBILIDADE 
As reações podem ser REVERSIVEIS, quando não se completam e podem ocorrer no sentido 
inverso pela variação da concentração de reagentes e produtos, temperatura, etc. e 
IRREVERSIVEIS, quando ocorrem completamente. 
 
MATERIAIS E REAGENTES: 
 
Ácido clorídrico 0,1 M 
Nitrato de Prata 0,1 M 
Sulfato de cobre 
Hidróxido de sódio 
Nitrato de bário 
Sulfato de sódio 
Nitrato de chumbo 
Iodeto de potássio 
Bicarbonato de sódio sólido 
 - 25 - 
Magnésio metálico 
Fenolftaleína 
10 Tubos de ensaio 
Pinça de madeira 
Bico de Bunsen 
 
PROCEDIMENTO 
 
 Todas as reações devem ser feitas em tubos de ensaio. 
 Quando houver a necessidade de aquecimento utilize tubos de ensaio pirex. 
 Observe todas as soluções dos reagentes desse experimento, contidas em frascos conta-gotas 
colocadas sobre a bancada do laboratório. 
 Leia com atenção o rótulo de cada solução, antes de misturar os reagentes. 
 Procure seguir as instruções abaixo anotando as mudanças detalhadamente em seu caderno 
de laboratório. 
 Para cada reação use 10 gotas de solução, exceto quando houver outra especificação. 
Observe o que ocorre nas reações: precipitação, desprendimento de gás, mudança de 
coloração, aquecimento ou resfriamento do tubo, etc. 
 
1. Coloque em um tubo de ensaio, ácido clorídrico diluído (0,1 mol/L) + solução de nitrato de prata 
(0,1 mol/L). Observe. 
 
Equação: 
 
2. Coloque em um tubo de ensaio, solução de sulfato de cobre + solução de hidróxido de sódio. 
 
Equação: 
 
3. Coloque em um tubo de ensaio, solução de nitrato de bário + solução de sulfato de sódio. 
 
4. Coloque em um tubo de ensaio, solução de nitrato de chumbo + solução de iodeto de potássio. Se 
nada for observado à frio, aqueça com cuidado. 
 
5. Coloque em um tubo de ensaio, solução de nitrato de chumbo + solução de ácido clorídrico 1 
mol/L. 
 
6. Coloque em um tubo de ensaio, um pouco de bicarbonato de sódio (ponta da espátula) sólido e 
adicione gotas de acido clorídrico diluído. 
 
7. Com o auxilio de uma pinça metálica, queime um pedaço de magnésio metálico – CUIDADO: 
AO QUEIMAR O Mg VOCÊ DEVE EVITAR OLHAR DIRETAMENTE PARA A CHAMA 
BRILHANTE. Coloque o metal + o pó branco formado num tubo de ensaio e adicione algumas gotas 
de água e, em seguida, duas gotas de fenolftaleína. Observe 
 
 
Resíduos gerados: 
Descartar os resíduos gerados no frasco 13: outros sais.
- 26 - 
 
Universidade Federal de Mato Grosso 
Instituto de Ciências Exatas e da Terra 
Departamento de Química 
Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental 
 
Prática 5: PREPARO DE SOLUÇÕES 
 
OBJETIVO: Preparar soluções com concentrações conhecidas. 
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: 
Uma SOLUÇÃO é uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias em que a dispersão 
de uma substância na outra se dá na escala de suas partículas (moléculas, íons ou átomos). Quando 
um dos componentes de uma mistura é um gás ou um sólido e o outro é um líquido, o primeiro é 
chamado de SOLUTO e o último de SOLVENTE. Quando ambos os componentes são líquidos, o 
componente em maior quantidade é denominado SOLVENTE e o componente em menor 
quantidade é o SOLUTO. 
É claro que pode haver vários solutos em uma solução – uma solução não precisa ter 
somente dois componentes. Uma SOLUÇÃO DILUÍDA é aquela que contém somente uma pequena 
quantidade de soluto (ou solutos) em relação à quantidade de solvente. Por outro lado, uma 
SOLUÇÃO CONCENTRADA contém uma grande quantidade de soluto. Quando se trata de 
soluções é necessário especificar suas composições, ou seja, as quantidades relativas dos vários 
componentes. A composição pode ser expressa de diferentes maneiras. Para começar, vamos 
assumir uma solução de dois componentes, A (solvente) e B (soluto), adotando a seguinte notação: 
 mA, mB: massa, em gramas, de A e B; 
 nA, nB: quantidade de matéria, em mols, de A e B; 
 VA, VB: volume, em litros, de A e B puros; 
 V: volume total da solução, em litros. 
 
As formas mais importantes de medida da composição de soluções líquidas são as seguintes: 
MOLARIDADE ou CONCENTRAÇÃO em quantidade de matéria de B é a quantidade de 
matéria do soluto B por litro de solução: nB / V, com V em litros. A molaridade de B pode ser 
representada como: [B], MB ou cB. Quando a molaridade de uma solução é conhecida, um certo 
volume dela pode ser medido e o número de mols de B neste volume pode ser calculado. A 
desvantagem desta forma de medida é que a molaridade varia com a temperatura devido à expansão 
ou contração da solução. 
As seguintes formas de expressão são equivalentes: a molaridade de B é 0,1; a molaridade da 
solução com respeito a B é 0,1; a solução é 0,1 M com respeito a B ou simplesmente, a solução é 
0,1 molar. É costume referir-se à molaridade da solução com respeito a B e não ao solvente. 
Uma solução de molaridade conhecida pode ser preparada sem o conhecimento de sua 
densidade ou da massa de solvente utilizada, com o uso de um balão volumétrico. O soluto deve ser 
puro, de forma que a massa corresponda a um número bem definido de mols. Uma massa de soluto 
(sólido) medida precisamente é dissolvida no solvente e a solução é transferida totalmente 
(enxaguando o frasco várias vezes) para um balão volumétrico. O solvente é então adicionado 
cuidadosamente até perto da marca no pescoço do balão. Quando o soluto está totalmente dissolvido 
e a solução bem misturada através de agitação, mais solvente é adicionado cuidadosamente, até o 
nível da solução atingir a marca. A solução é, então, mais uma vez agitada para uma completa 
homogeneização. O que foi obtido com este procedimento é uma solução contendo quantidade de 
matéria conhecida de soluto, assim sua molaridade pode ser facilmente calculada. 
No caso do soluto ser um líquido (ou seja, solução líquido-líquido), a medida do volume do 
soluto deve ser realizada com uma pipeta volumétrica e o procedimento restante é o mesmo descrito 
 - 27 - 
para solução sólido-líquido; 
 
MATERIAIS E REAGENTES 
 Balança analítica 
 Espátula 
 Béquer 
 bastão de vidro 
 balão volumétrico de 100 ml 
 funil de vidro 
 Pisseta com água 
 Ácido acético (conc.) 
 NaCl 
 
PROCEDIMENTO: 
 
PREPARAÇÃO 100 mL DE UMA SOLUÇÃO DE NaCl A 0,1 M ou 0,1 mol/L 
 
Calcular a quantidade de massa de NaCl que deverá ser pesada para obtenção de uma solução de 
concentração de 0,1 mol/L. 
Pese o sal utilizando uma espátula e um béquer. Registrar o peso com uma precisão de 0.0001g. 
Adicionar o volume de água com auxílio de um bastão de vidro agitar ao sal até sua completa 
dissolução. 
Transferir a solução para um balão volumétrico de 100 ml utilizando um funil de vidro e o bastão de 
vidro. 
Aferir o volume do balão volumétrico adicionando água com o auxílio de uma pipeta Pasteur. 
Homogeneizar a solução no balão volumétrico. 
 
 
DILUIÇÃO DE SOLUÇÃO 
1. A partir da solução preparada acima, prepare 50 mL de uma solução com concentração 0,005 
mol/L. 
2. Utilize o balão de 50 mL. 
 
 
PREPARAÇÃO DE 100 mL UMA SOLUÇÃO DE ÁCIDO ACÉTICO 0,1 mol/L 
 
Calcular qual o volume de ácido acético (CH3COOH) necessário para preparar 100 mL de uma 
solução deste ácido com a concentração de 0,1 mol/L. 
Adicionar a um balão volumétrico de 100 ml o volume de solução concentrada de ácido acético que 
contém essa quantidade. 
Adicionar água. 
Aferir o volume do balão volumétrico adicionando água com o auxílio de uma pipeta Pasteur. 
Homogeneizar a solução no balão volumétrico. 
 
 
Resíduos gerados: 
Todos os resíduos gerados nessa prática podem ser descartados diretamente na pia. 
 
 - 28 - 
 
Universidade Federal de Mato Grosso 
Instituto de Ciências Exatas e da Terra 
Departamento de Química 
Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental 
 
Prática 6: DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁLCOOL EM GASOLINA 
 
OBJETIVO: Determinar o teor de álcool em gasolina 
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: 
 
 A gasolina é um produto combustível derivado intermediário do petróleo, na faixa de 
hidrocarbonetos de 5 a 20 átomos de carbono. 
 Uma das propriedades mais importantes da gasolina é a octanagem. A octanagem mede a 
capacidade da gasolina de resistir à detonação, ou sua capacidade de resistir ás exigências do motor 
sem entrar em auto-ignição antes do momento programado. A detonação (conhecida como "batida 
de pino") leva à perda de potência e pode causar sérios danos ao motor. Existe um índice mínimo 
permitido de octanagem para a gasolina comercializada no Brasil, que varia conforme seu tipo. 
 O álcool etílico, umas das substâncias adicionadas à gasolina tem vital papel na sua 
combustão, pois sua função é aumentar a octanagem em virtude de o seu baixo poder calorífico. 
Além disso, o fato propicia uma redução na taxa de produção de CO. A porcentagem de álcool é 
regulamentada por Lei, e recentemente foi estabelecido um novo padrão que é de até 25%. 
 
CUIDADOS 
 A gasolina é um líquido tóxico, bastante volátil; durante a realização desta experiência, 
mantenha o laboratório arejado e evite a inalação dos vapores de gasolina. Por outro lado, a gasolina 
é altamente inflamável; assim, durante a realização desta experiência, não deve haver qualquer 
chama acesa no laboratório. 
 
MATERIAIS E REAGENTES 
Proveta de 100 mL com tampa 
Amostra de Gasolina 
Solução saturada de NaCl. 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
Colocar 50 mL de gasolina comum em uma proveta de 100 mL ± 0,5 mL com tampa; 
Completar o volume até 100 mL com a solução saturada de NaCl; 
Fechar a proveta, misturar os líquidos invertendo por pelo menos 5 vezes; 
 - 29 - 
Manter em repouso até a separação das duas fases; 
Ler o volume de ambas as fases; 
Denominar o volume da fase aquosa de V'. 
Subtrair de V', 50 mL e denominar este novo volume de V'', conforme a seguinte equação: 
V'' = V' - 50 mL 
(V'' corresponderá à quantidade de etanol presente em 50 mL da amostra de gasolina) 
Calcular a % de álcool na gasolina, através da seguinte relação: 
50 mL — 100% 
V" — x % 
Resíduos gerados: 
O etanol e a gasolina
podem ser descartados no frasco com o rótulo: frasco 2 solventes não 
halogenados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 30 - 
 
Universidade Federal de Mato Grosso 
Instituto de Ciências Exatas e da Terra 
Departamento de Química 
Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental 
 
Prática 7: PREPARO DE UM INDICADOR DE pH 
 
OBJETIVO: 
Extrair corante do repolho roxo e empregá-lo como indicador de pH. 
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: 
 
Um indicador de pH é uma substância que apresenta cores diferentes quando são 
adicionados ácidos ou bases, ou seja, que mudam de cor conforme a concentração de íons 
hidrogênio em solução. As mudanças de cores devem-se a modificações estruturais que ocorrem nas 
substâncias em meios ácidos ou básicos. De acordo com a definição de Bronsted-Lowry para ácidos 
e bases, os indicadores são também compostos ácidos ou básicos. Assim, um indicador genérico 
HInd em solução aquosa apresenta o seguinte equilíbrio: 
HInd + H2O H3O
+ + Ind- 
Com isso, o aumento ou a diminuição de espécies ácidas ou básicas no meio fará com que o 
equilíbrio se desloque para esquerda ou para a direita, e a cor resultante será dependente das 
concentrações relativas de HInd e Ind-, que são as espécies responsáveis pela coloração do meio. 
Assim, quanto maior for a acidez do meio, ou seja, quanto menor o pH, maior será a protonação do 
indicador e, conseqüentemente, maior será a concentração de HInd. Já com o aumento do pH, ou 
seja, quanto maior a basicidade, essa forma do indicador vai sendo desprotonada, com o 
conseqüente aumento da concentração de Ind-. Existem muitos indicadores na natureza. Por 
exemplo, o mesmo composto é responsável pela cor vermelha das papoulas e pela cor azul das 
centáureas azuis: o pH da seiva é diferente nas duas plantas. A cor das hortências também depende 
da acidez da seiva e pode ser controlada modificando-se a acidez do solo. 
A beterraba apresenta vários pigmentos pertencentes à classe das betalaínas. Destes, a 
substância betanina é o principal agente cromóforo, correspondendo a 75 - 95% dos pigmentos. Esta 
substância está presente no extrato alcoólico da beterraba, que apresenta cores diferentes nos meios 
ácido, neutro e básico. Este comportamento é justificado pela isomerização da betanina em função 
do pH do meio. Em pH ácido, a betanina converte-se em isobetanina e em meio básico, a betanina é 
hidrolisada, produzindo ciclodopa-5-o-glicosídio e ácido betalâmico. 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: 
A) Utilizando a fita de pH. 
Utilizando a fita de pH, medir o pH das soluções disponíveis. 
 
B) Extração: 
1. Pesar 25 g de repolho roxo ralado e transferir para o béquer de 250 mL; 
2. Adicionar 50 mL de água; 
3. Misturar com o bastão de vidro e aguardar 15 minutos; 
4. Filtrar; 
5. Testar o indicador com soluções disponíveis. 
 
 - 31 - 
 
Universidade Federal de Mato Grosso 
Instituto de Ciências Exatas e da Terra 
Departamento de Química 
Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental 
 
Prática 8: pH E TAMPÕES: FUNCIONAMENTO DOS TAMPÕES 
 
FUNDAMENTOS: 
Eletrólitos são compostos que dissociam em meio aquoso. Os fortes dissociam 
completamente, como o NaCl  Na+ + Cl-. Ácidos e bases inorgânicas são igualmente eletrólitos 
fortes como (HCl  H+ + Cl- ou NaOH  Na+ + -OH). Os fracos dissociam pouco. Entre eles 
temos os ácidos e as bases fracas (CH3 COOH  CH3COO- + H+), os quais é sempre 
possível estabelecer uma constante de equilíbrio: CH3COOH  CH3COO- + H+ 
 
 [H+] . [CH3COO-] 
 Ke = ---------------------- (1) 
 [CH3COOH] 
 
Em Bioquímica, ácidos são todas substâncias capazes de doar prótons (íons H+) e bases todas 
substâncias capazes de receber prótons (definição de Bronsted). Pode-se ver pela equação acima 
(1), que quanto mais ácido for a substância maior será a Ke e quanto menor for o Ke menos ácida 
será a substância. 
O H+ é importante nos sistemas biológicos, porque determina não somente o grau de 
dissociação das proteínas, mas também sua carga, afetando suas funções. As enzimas são 
influenciadas pelas variações nas concentrações de H+. 
Desenvolvendo-se a equação (1), chega-se à equação de Henderson-Hasselbach, muito útil no 
estudo das soluções dos sistemas biológicos. 
 
 [A-] (sal) 
 pH = pKa + log ----------------- 
 [HA] (ácido) 
 
Indicando que dentro de certos limites, a solução de um ácido fraco, em equilíbrio com seu sal, 
impede grandes variações de pH no sistema, tal solução é chamada de solução tampão. A equação 
de Henderson-Hasselbach é utilizada para calcular o pH de qualquer solução tampão em função da 
constante de dissociação do ácido fraco e das concentrações desse ácido e de sua base conjugada. 
Assim, soluções tamponantes são soluções formadas por dois componentes em mistura, em 
geral um ácido fraco e sua base conjugada, ou um hidróxido fraco e seu ácido conjugado, capazes 
de manter o pH mais ou menos constante, impedindo variações bruscas quando se lhes adiciona 
ácidos ou hidróxidos. 
 
 
OBJETIVOS: 
1. Reconhecer a água como uma substância dissociável e conceituar o seu produto iônico. 
2. Conceituar tampões, ou soluções tamponantes e explicar como elas funcionam. 
3. Verificar, na prática, o funcionamento dos tampões. 
EXPERIMENTO 1: FUNCIONAMENTO DOS TAMPÕES 
Reagentes: 
Solução tampão fosfato 0,2 M pH 7,7 
Indicador universal 
 - 32 - 
Solução ácida (HCl 0,1 M) 
Solução básica (NaOH 0,1M) 
 
Técnica: 
1. Numerar quatro tubos de ensaio e distribuir os reagentes, conforme indicado a seguir: 
 
 
Tubos 
Reagentes 
1 2 3 4 
Água destilada 1 mL - 1 mL - 
Solução tampão - 1 mL - 1 mL 
Indicador 
universal 
3 gotas 3 gotas 3 gotas 3 gotas 
Agitar e anotar o valor do pH em cada tubo 
pH 
Adicionar as soluções especificadas nos respectivos tubos 
Solução ácida - - 3 gotas 3 gotas 
Solução básica 3 gotas 3 gotas - - 
Agitar e anotar o valor do pH em cada tubo 
pH 
 
 
ATENÇÃO: Observar a coloração das soluções e anotar o valor do pH em cada tubo de ensaio, por 
comparação com a escala do indicador reproduzida abaixo: 
 
Cor Vermelho 
claro 
Alaranjado 
claro 
Amarelo Verde Azul+ Azul ++ 
(anil)* 
Azul+++ 
(violeta)* 
pH 4 5 6 7 8 9 10 
 
2. Interpretar os resultados em relação a mudança ou não do valor do pH em relação a adição de 
solução ácida e básica. 
 
Anotações:_______________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________ 
 
EXPERIMENTO 2: FORÇA IÔNICA DOS TAMPÕES 
Reagentes: 
Solução tampão fosfato 0,2 M, pH 7,7 
Solução de indicador universal 
 
Técnica: 
1. Numerar dois tubos de ensaio e distribuir os reagentes, conforme indicado na tabela a seguir:
Tubos Reagentes 
1 2 
Solução tampão fosfato 5 mL 2,5 mL 
 - 33 - 
Água destilada - 7,5 mL 
 Misturar e depois descartar 5 
mL 
Indicador universal 3 gotas 3 gotas 
pH 
 
ATENÇÃO: Observar a coloração das soluções e anotar o valor do pH em cada tubo de ensaio, por 
comparação com a escala do indicador reproduzida abaixo: 
 
 
Cor Vermelho 
claro 
Alaranjado 
claro 
Amarelo Verde Azul+ Azul ++ 
(anil)* 
Azul+++ 
(violeta)* 
pH 4 5 6 7 8 9 10 
 
2. Interpretar os resultados em relação a mudança ou não do valor do pH em relação diluição da 
solução tampão. 
 
Anotações:_______________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________ 
 
EXPERIMENTO 3: CAPACIDADE TAMPONANTE COM PROPORÇÕES SAL/ÁCIDO 
CONSTANTES 
Reagentes: 
Solução tampão fosfato 0,2 M, pH 7,7 
Solução de ácido sulfúrico 0,2 M 
 
ATENÇÃO: Utilize os tubos preparados no experimento anterior. 
 
Técnica: 
1. Adicionar a solução de ácido sulfúrico aos tubos de ensaio 1 e 2, DO EXPERIMENTO 
ANTERIOR, e medir o pH, conforme indicado na tabela a seguir: 
2. Para aferir o pH utilize neste procedimento a fita com indicador de pH e compare com a 
escala de cores disponível na embalagem. 
 
 
 
 
 
 
Tubos Reagentes 
1 2 
Solução H2SO4 1,0 mL 1,0 mL 
Agitar, medir e anotar 
o pH 
 
Solução H2SO4 1,0 mL 1,0 mL 
Agitar, medir e anotar 
 - 34 - 
o pH 
Solução H2SO4 1,0 mL 1,0 mL 
Agitar, medir e anotar 
o pH 
 
 
2. Registrar os resultados da adição cumulativa de ácido nas duas soluções com forças iônicas 
diferentes e interpretar os resultados em relação a capacidade dos tubos 1 e 2 em manter o poder 
tamponante mediante a adição de solução ácida. 
Anotações:_______________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 35 - 
 
Universidade Federal de Mato Grosso 
Instituto de Ciências Exatas e da Terra 
Departamento de Química 
Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental 
 
Prática 9: CINÉTICA QUÍMICA E EQUILÍBRIO 
 
OBJETIVO: 
Verificar o deslocamento de equilíbrio, bem como os fatores que interferem na velocidade. 
 
 
1) DESLOCAMENTO DE EQUILÍBRIO – INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO 
A solução de dicromato (Cr2O7
2 –) apresenta coloração alaranjada e, em meio básico, estabelece o 
equilíbrio: 
 
Cr2O72– + H2O 2CrO42– + 2H+ 
Laranja amarelo 
 
Como o íon Cr2O7
2 – apresenta coloração amarela, a cor da solução será determinada pelo íon que 
estiver em maior concentração na solução. A ação de ácidos e bases pode provocar um 
deslocamento nesse equilíbrio, perceptível pela variação de cor. 
 
MATERIAIS E REAGENTES: 
2 Béqheres de 250ml 4 Tubos de ensaio. 
Conta-gotas. Água destilada 
Solução de NaOH 1M Solução de HCl 0,32 M 
Solução de K2Cr2O7 M 
 
PROCEDIMENTO 
Experimento 1: A um tubo de ensaio contendo a solução de K2Cr2O7, adicione lentamente algumas 
gotas de solução de NaOH até observar mudança de coloração. 
 
Experimento 2: À solução obtida no experimento 1, adicione algumas gotas da solução de HCl, até 
observar mudança de coloração. 
 
 
2) FATORES QUE AFETAM A VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO 
 
a-TEMPERATURA 
Um aumento na temperatura aumenta a frequência e a energia das colisões entre os reagentes, como 
consequência, o número de colisões efetivas e a velocidade da reação aumentam. 
 
MATERIAIS e REAGENTES 
 
4 Bécheres de 250ml Espátula 
Chapa de aquecimento Cronômetro 
Água destilada Gelo 
4 Comprimidos efervescentes Sonrisal. 
 
PROCEDIMENTO 
 - 36 - 
1- Coloque 100 mL de água da torneira em um béquer, 100 mL de água gelada em outro e 100 mL 
de água em ebulição em um quarto béquer. 
2- Corte o comprimido em 3 partes iguais e coloque uma parte em cada béquer. 
3- Anote, para cada béquer, o tempo que leva para que todo o comprimido se decomponha. 
 
 
b-CONCENTRAÇÃO 
Um aumento da concentração dos reagentes numa solução acarretará no aumento do número 
de colisões e, em conseqüência, um aumento da velocidade da reação. 
 
 
MATERIAL UTILIZADO 
 
2 Bécheres de 250ml Espátula 
1 Pipeta volumétrica de 5ml. 1 Pipeta volumétrica de 10 ml 
1 pera 1 Bastão de vidro 
Cronômetro Água destilada 
Vinagre 2 Comprimidos efervescentes Sonrisal 
 
 
PROCEDIMENTO 
 
1- Corte o comprimido de antiácido ao meio. Coloque volumes iguais de água em dois copos, à 
mesma temperatura; 
2-Em um dos copos, adicione uma colher 5 mL de vinagre e, ao outro, 10ml de vinagre; 
3-Agite o conteúdo dos béqueres com o bastão de vidro de modo a tornar a solução homogênea; 
4-Coloque metade do comprimido em cada béquer, ao mesmo tempo, e observe atentamente 
marcando no cronômetro o tempo de cada reação. 
 
 
 
Resíduos gerados: 
Descartar os resíduos gerados no frasco 13: outros sais.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando