Buscar

PROJETO 18 DE MAIO: a intersetorialidade nas políticas de assistência social, educação e saúde em Castelo do Piauí

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE ADELMAR ROSADO - FAR 
DIRETORIA ACADÊMICA 
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SEVIÇO SOCIAL 
IZANYO PINHEIRO SAMPAIO MESQUITA CARDOSO DE 
CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO 18 DE MAIO: a intersetorialidade nas políticas de assistência social, educação e 
saúde em Castelo do Piauí 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2019 
 
 
IZANYO PINHEIRO SAMPAIO MESQUITA CARDOSO DE CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO 18 DE MAIO: a intersetorialidade nas políticas de assistência social, educação e 
saúde em Castelo do Piauí 
 
 
Artigo apresentado à Coordenação de Pós-
Graduação em Serviço Social da Faculdade 
Adelmar Rosado – FAR, como requisito 
parcial para a obtenção do título de 
Especialista em Elaboração e Gestão de 
Projetos Sociais, sob a orientação da 
Professora Mestra Naira Luan Sousa e Silva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TERESINA 
2019 
 
 
IZANYO PINHEIRO SAMPAIO MESQUITA CARDOSO DE CARVALHO 
 
 
 
PROJETO 18 DE MAIO: a intersetorialidade nas políticas de assistência social, educação e 
saúde em Castelo do Piauí 
 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
___________________________________________________________________________ 
Prof.ª Ms. Naira Luan Sousa da Silva 
Professora Orientadora 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCEITO: ______________________________ 
 
DATA:_______/_______/__________ 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho à todas as Crianças e Adolescentes 
que são vítimas de abuso e exploração sexual pelo Brasil a 
fora e não tem políticas públicas eficazes ou projetos de 
enfrentamento de forma intersetorial como o desenvolvido 
em Castelo do Piauí para sanar ou amenizar as dores 
terríveis que este ato malvado e covarde pode lhes causar. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço a Deus o dom da Vida e do meu Batismo, que permitiram o desenvolver de tantas 
coisas boas e a oportunidade de tanto poder agir e crescer por meio da minha amada mãe 
Igreja Católica. 
Agradeço aos meus Pais Álvaro e Geracina, pela disciplina, incentivo, apoio e dedicação que 
sempre tiveram para comigo. Saibam que depois de minha realização pessoal e profissional, 
tudo o que faço e para enchê-los de orgulho. 
À minha querida e amada Mãe/Madrinha Osmarina, que além de muito cuidado e amor, ela é 
a minha maior investidora financeira. Serei eternamente grato pelas suas contribuições e um 
dia feliz desejo lhe retribuir tudo isso. 
À querida dona Rosália Carvalho, esposa de meu Pai, que soube ter um olhar delicado para 
comigo, mesmo nós vivendo situações adversas que o destino nos proporcionou, 
desenvolvemos uma boa relação. Obrigado por todas as ajudas e pelo incentivo. 
À minha afilhada Auricélia, pessoa pela qual tenho um grande carinho e admiração e foi a 
primeira que sonhou comigo este sonho. Infelizmente o destino nos fez seguir rumos 
diferentes, mas o Padrinho está cheio de orgulho e felicidade por saber da Técnica de 
Enfermagem que a menina do Dindo está se tornando. 
À Professora Luciana Abreu, a dona Liziane e ao Sr. Lomanto, pela atenção e presteza que 
tiveram em rapidamente solucionar meu problema primeiro. Tenham certeza da minha 
gratidão, lembrança e respeito por vocês. 
A equipe de Professores da Família FAR, que tão bem soube conduzir estes momentos de 
ensino-aprendizagem e troca de experiências. Meus eternos agradecimentos queridos/as 
Professores/as Fabrício Barbosa, Izabel Herika, Luciana Abreu, Luciana Evangelista, 
Marcondes Brito, Henrique Menezes, Alexandre Santos, a vocês minha eterna gratidão. 
À Professora Mestra Naira Luan Sousa da Silva, que com seu jeito elétrico e compreensivo, 
assim como o meu, soube compreender minhas dificuldades na elaboração deste artigo. 
Aos meus amigos e amigas que souberam me compreender minhas ausências e recusas e aos 
que me lavaram a deixar os afazeres nos momentos de tensão para desopilar, mostrando-me 
do tanto que sou capaz de conciliar. 
Por fim agradeço a todos/as que de forma direta e indireta me ajudaram no decorrer deste 
sonho, desafio que ora se torna realidade, pois segundo Cervantes: “Quando se sonha sozinho 
é apenas um sonho. Quando se sonha juntos é o começo da realidade. Obrigado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nenhum de nós é tão bom, quanto todos nós juntos. 
 (Ray Kroc – Fundador McDonald’s) 
1 
 
PROJETO 18 DE MAIO: a intersetorialidade nas políticas de assistência social, educação e 
saúde em Castelo do Piauí 
 
 
Izanyo Pinheiro Sampaio Mesquita Cardoso de Carvalho
1 
Naira Luan Sousa da Silva
2
 
 
RESUMO 
Este trabalho analisa uma experiência iniciada em maio de 2016, no Município de Castelo do 
Piauí, buscando promover a mudança do paradigma das Estruturas Setorializadas, para um 
modelo de trabalho Intersetorial. O modelo Intersetorial é compreendido como uma 
articulação de saberes e experiências na elaboração, aplicação e avaliação de ações, através da 
formação de uma rede, conceito que extrapola a articulação apenas do trabalho em equipe ou 
setorial, procurando ampliar a ideia particularizada em prol de uma articulação maior, com o 
intuito de atingir resultados integrados em situações ditas complexas. Essa experiência vem 
sendo vivenciada no Município, por meio da articulação das Políticas de Educação, Saúde e 
Assistência Social. Mostra as ações do projeto 18 de maio do ano de 2018 desenvolvidas a 
partir da percepção Intersetorial de trabalho, enfatizando os benefícios para os profissionais 
envolvidos que passaram a conhecer melhor o trabalho uns dos outros, reconhecendo o 
potencial de cada um, algo que não era perceptível antes dessa vivência. Aponta ainda o 
impacto que essas ações causaram na sociedade Castelense. E por fim, traz uma visão e 
avaliação pessoal dos autores desse trabalho, em relação à observação, participação e 
resultados alcançados com essa experiência de trabalho Intersetorial. 
 
 PALAVRAS-CHAVE: Experiência. Intersetorial. Articulação. Vivência. 
 
RESUMEN 
 
Este trabajo analiza una experiencia iniciada en mayo de 2016, en el Municipio de Castelo do 
Piauí, buscando promover el cambio del paradigma de las Estructuras Setorializadas, para un 
modelo de trabajo Intersectorial. El modelo Intersectorial es comprendido como una 
articulación de saberes y experiencias en la elaboración, aplicación y evaluación de acciones, 
a través de la formación de una red, concepto que extrapola la articulación sólo del trabajo en 
equipo o sectorial, buscando ampliar la idea particularizada en pro de una. articulación mayor, 
con el objetivo de alcanzar resultados integrados en situaciones complejas. Esta experiencia 
 
1 Possui graduação em Serviço Social pela Faculdade Adelmar Rosado (2017). Atualmente é coordenador do 
CRAS 2 da Prefeitura de Castelo do Piauí. 
2 Possui graduação em Bacharelado em Administração pela Universidade Federal do Piauí - CSHNB-Picos 
(2013), graduação em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Piauí - 
UESPI-Picos (2010) e mestrado em Sociologia pela Universidade Federal do Piauí (2016). Doutoranda em 
Políticas Públicas (PPGPP/UFPI),professora formadora no curso de Administração Pública 
(CEAD/UAB/UFPI) e professora tutora no curso de aperfeiçoamento em Educação, Pobreza e Desigualdade 
Social. 
2 
 
viene siendo vivenciada en el Municipio, por medio de la articulación de las Políticas de 
Educación, Salud y Asistencia Social. Muestra las acciones del 18 de mayo de 2018 
desarrolladas a partir de la percepción Intersectorial de trabajo, enfatizando los beneficios 
para los profesionales involucrados, que pasaron a conocer mejor el trabajo unos de otros, 
reconociendo el potencial de cada uno, algo que no era perceptible antes de esa vivencia. A 
apunte aún el impacto que esas acciones causaron en la sociedad Castelense. Y por fin, trae 
una visión y evaluación personal de los autores de ese trabajo, en relación a la observación, 
participación y resultados alcanzados con esa experiencia de trabajo Intersectorial. 
 
 PALABRAS CLAVE: Experiencia. Intersectorial. Conjunto. Experiência. 
 
 1 - INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem por objetivo analisar uma experiência iniciada em 2016, no 
Município de Castelo do Piauí buscando promover a mudança do paradigma das estruturas 
setorializadas, para um modelo de trabalho intersetorial visto por meio do Projeto 18 de Maio 
– Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, 
do ano de 2018. De forma mais específica discutir aspectos contextuais, conceituais e 
tipológicos de redes, bem como, apresentar ações de enfrentamento ao abuso e exploração 
sexual contra crianças e adolescentes que já foram realizadas de forma integrada, destacando 
as vantagens e desafios da Intersetorialidade, além de ser uma das exigências para a conclusão 
do Curso de Pós-Graduação em Serviço Social da Faculdade Adelmar Rosado (FAR). 
Refletir e propor trabalho social em rede constitui-se hoje, um grande desafio para os 
profissionais vinculados às políticas públicas e gestores Municipais, que respondem pela 
garantia dos direitos fundamentais do cidadão, principalmente num contexto em que a 
exclusão social é marcante. Foi durante o Estágio supervisionado do curso de serviço social 
que se observou a importância dos setores trabalharem em conjunto. No entanto, foi durante a 
colaboração na realização de um mapeamento das redes de atendimento no Município, que 
despertou no acadêmico o interesse em aprofundar o tema, pois se pôde observar que a 
estrutura dos serviços públicos vem sofrendo constantes mudanças no processo de gerir a 
atenção aos usuários. 
A Metodologia utilizada foi pesquisa bibliográfica e documental a partir da coleta de 
dados nas instituições. A segunda seção do trabalho apresenta os resultados da pesquisa 
bibliográfica com ênfase no tema da Intersetorialidade e das redes, já que um dos recursos 
disponíveis no eixo do projeto é o trabalho Intersetorial, cuja potência confere aos 
profissionais, novas possibilidades de prestar uma assistência mais integral e de forma 
3 
 
resolutiva, incrementando novas visões paradigmáticas a esses profissionais, além disso, a 
promoção no atendimento, centrada na qualidade de vida, passa, assim, a ser desenvolvida 
com a centralidade no usuário e no seu envolvimento ativo num processo de educação e para o 
auto–cuidado. 
A terceira seção concentra-se na análise do Projeto 18 de maio que aconteceu no 
Município de Castelo do Piauí de forma intersetorial, destacando as ações no combate ao 
abuso e exploração sexual no ano de 2018, contemplando também uma discussão acerca das 
vantagens, desafios e resultados do próprio. 
O presente trabalho deixará claro que a intersetorialidade incorre, portanto, em 
mudanças na organização, tanto dos sistemas e serviços, como em todos os outros setores da 
sociedade, além da necessidade de revisão do processo de formação dos profissionais que 
atuam nessas áreas. Dessa forma, a equipe não deve ser mais entendida apenas como um 
conjunto de saberes que operam compartimentalizados, mas sim a partir de inter-relações que 
atuam em processos de trabalhos articulados entre si, passando-se a compreender que as Inter–
relações adquirem um caráter mais amplo, pois ultrapassam o setor isolado de cada um e 
buscam novas parcerias com outras instituições em redes de atenção que auxiliem e garantam 
a eficácia no atendimento dos usuários. 
Vale ressaltar que esse estudo foi elaborado visando chamar a atenção para uma 
análise dos problemas de nossa época, procurando levar cada vez mais a vislumbrar que eles 
não podem ser entendidos isoladamente. São problemas que precisam ser compreendidos 
sistemicamente, pois são interligados e interdependentes. Isso remete para a necessidade de 
reconhecermos que vivemos em um mundo em mudança, cuja percepção demanda uma nova 
maneira de pensar, que contemple a complexidade e o caráter interdependente dos problemas 
que nos afetam e às gerações futuras. 
 
 2 - INTERSETORIALIDADE 
 
O termo intersetorialidade é indicado na literatura (Andrade, 2004; Monnerat, 2009; 
Pereira, Nascimento, 2010; Bronzo, 2012) como possuidor de vários sentidos. Numa 
perspectiva mais nuclear "intersetorialidade" deriva da junção da expressão/prefixo inter 
agregada a um conjunto de setores que, ao se aproximarem e interagirem entre si, podem 
produzir ações e saberes mais integrais e totalizantes. O prefixo inter é oriundo do latim inter 
que significa "no interior de dois"; "entre"; "no espaço de"; "posição intermediária", assim a 
4 
 
palavra intersetorialidade desvela: 1) Relações entre dois ou mais setores; 2) Que é comum a 
dois ou mais setores. 
Segundo Nascimento (2010. p 8), “a intersetorialidade diz respeito à interrelação entre 
as diversas políticas”. Neste contexto, destaca algumas dificuldades para a intersetorialidade 
no que se refere à crescente especialização do poder público e à tendência de maximização do 
desempenho de cada um dos órgãos do setor estatal. 
Para Koga (2003 apud NASCIMENTO, 2010, p. 5) a intersetorialidade sobressai 
enquanto caminho de perspectiva para a política pública, a fim de articular as políticas sociais, 
urbanas, econômicas de forma a atuarem nos mesmos territórios prioritários da política da 
cidade. 
Na concepção de Cavalcanti e Nicolau (2012 p. 4), situar a intersetorialidade na 
literatura atual requer muita cautela. De um lado há convergências de ideias consistentes de 
alguns autores já tidos como referências no estudo da temática, de outro lado, encontramos 
construções teóricas totalmente divergentes que empregam o termo "Intersetorial" para 
explicar num mesmo espaço todos os problemas de ordem da gestão das políticas sociais, 
imprimindo ao termo uma perspectiva simplista e estética. 
As produções bibliográficas recentes (Bronzo,2007; Costa, 2010; Nascimento, 2010; 
Bellini, Bumbel e Faler, 2013) situam a intersetorialidade como uma estratégia que surge para 
superar a fragmentação e a fragilidade das políticas sociais, com vistas a combater as 
iniquidades sociais. Trazem também a ideia de que a mesma possibilita uma visão integral das 
necessidades sociais, de forma a compreender e considerar o cidadão de forma totalizante. 
Nesse sentido, a intersetorialidade, no debate atual, vem como uma recorrente estratégia para 
obtenção de uma maior interlocução entre as políticas sociais, ensejando, no campo social, 
uma importante "ferramenta" para superação da setorialização das demandas sociais. 
 
O debate sobre intersetorialidade tem-se intensificado como um dos mais 
importantes meios de trabalho no âmbito das políticas públicas, com o intuito de 
oportunizar e ampliar o acesso a direitos sociais, e ainda, enfatizar o investimento 
nos processos de Empoderamento dos respectivosusuários. (RODRIGUES, 2011, p. 
2) 
 
De forma geral a intersetorialidade se anuncia como uma das formas de 
operacionalização da gestão social viável que se apoia em uma articulação possível entre os 
diversos atores sociais (gestores, técnicos e usuários). Surge como uma possibilidade de 
solução integrada dos problemas do cidadão em sua totalidade, envolvendo os diversos 
5 
 
setores: saúde, educação, trabalho, habitação, meio ambiente e outras dimensões sociais, pois 
é ferramenta fundamental para a realização da melhoria da qualidade de vida da população. 
Configura-se uma grande dificuldade a utilização de um modelo setorializado com o 
propósito de proporcionar políticas de inclusão social que não retratem itens isolados e sim 
um aparato de direitos relacionados entre si. “O alcance de uma condição isolada, além de ser 
mais difícil não oportuniza a inclusão e a participação cidadã” (JUNQUEIRA, INOJOSA, 
KOMATSU, 1997, p. 21). 
 
As estruturas setorializadas tendem a tratar o cidadão e os problemas de forma 
fragmentada, com serviços executados solitariamente, embora as ações se dirijam à 
mesma criança, à mesma família, ao mesmo trabalhador e ocorram no mesmo 
espaço territorial e meioambiente. Conduzem a uma atuação desarticulada e 
obstaculizam mesmo os projetos de gestões democráticas e inovadoras. O 
planejamento tenta articular as ações e serviços, mas a execução desarticula e perde 
de vista a integralidade do indivíduo e a interrelação dos problemas (JUNQUEIRA; 
INOJOSA; KOMATSU; 1997, p. 21). 
 
A intersetorialidade das políticas públicas passou a ser uma dimensão valorizada à 
medida que não se observava a eficiência, a efetividade e a eficácia esperadas na 
implementação das políticas setoriais, primordialmente no que se refere ao atendimento das 
demandas da população e aos recursos disponibilizados para a execução das mesmas. 
Diante de uma proposição universalista de políticas públicas se passou a valorizar a 
ideia de intersetorialidade no sentido de que a aplicação de tal pensamento prioriza a 
eficiência, a efetividade e a eficácia das políticas setoriais. 
Neste sentido a política pública se volta fundamentalmente para o atendimento das 
demandas da população conjuntamente com os recursos existentes para tal ação. 
Desta maneira a intersetorialidade passa a ser um pressuposto importante para a 
implementação das políticas setoriais, objetivando efetividade e congregando o ente 
governamental e a sociedade civil. 
 
A intersetorialidade é a articulação entre as políticas públicas por meio do 
desenvolvimento de ações conjuntas destinadas à proteção social, inclusão e 
enfrentamento das expressões da questão social. Supõe a implementação de ações 
integradas que visam à superação da fragmentação da atenção às necessidades 
sociais da população. Para tanto, envolve a articulação de diferentes setores sociais 
em torno de objetivos comuns, e deve ser o princípio norteador da construção das 
redes municipais (CAVALCANTI; BATISTA; SILVA, 2013, p. 1-2). 
 
A aplicação da intersetorialidade no âmbito das políticas públicas deu a possibilidade 
de se agregar conjuntamente saberes técnicos, haja vista que os profissionais especialistas de 
6 
 
um determinado setor passaram a participar de ações coletivas e a socializar objetivos 
comuns. Deste modo, a intersetorialidade passou a ser um dos requisitos para a 
implementação das políticas setoriais, visando sua efetividade por meio da articulação entre 
instituições governamentais e entre essas e a sociedade civil. 
A incorporação da intersetorialidade nas políticas públicas trouxe a articulação de 
saberes técnicos, já que os especialistas em determinada área passaram a integrar agendas 
coletivas e compartilhar objetivos comuns. Nesta perspectiva, a intersetorialidade pode trazer 
ganhos para a população, para a organização logística das ações definidas, bem como para a 
organização das políticas públicas centradas em determinados territórios. Ao mesmo tempo, 
abrem-se novos problemas e desafios relacionados à superação da fragmentação e à 
articulação das políticas públicas, sobretudo se considerarmos a cultura clientelista e localista 
que ainda vigora na administração pública. 
 
2. 1 A relação entre globalização e trabalho em rede 
 
Na contemporaneidade, a intervenção em redes tornou-se consensualidade nos vários 
discursos, seja nas empresas, Estado/políticas públicas, movimentos sociais, dentre outros, 
tomada como mecanismo para reduzir custos, flexibilizar processos de produção e circulação 
de mercadorias, ampliar lucros das empresas globalizadas ou aumentar a eficácia, a eficiência 
e a efetividade das políticas sociais. 
A lógica empresarial no contexto de globalização se expande, e seus modelos de 
gestão da força de trabalho e de produção de bens e serviços se deslocam para outros setores 
da vida social, entre eles a esfera pública. Essa racionalização ou expansão da lógica 
econômica é camuflada pelo discurso da solidariedade como diferencial entre as redes de 
políticas sociais e as redes empresariais que mobilizam os diversos atores públicos e privados 
na provisão social. Todavia, parte de um ponto comum a redução de custos, no caso das 
políticas sociais, redução de gastos sociais que passam a contar com os recursos dos parceiros, 
tais como a infraestrutura que oferecem, o trabalho voluntário, as formas espontâneas de ajuda 
mútuas e de autoajuda. 
O pensamento que defendemos neste trabalho é que o fortalecimento da intervenção 
em rede nas políticas sociais, numa dimensão de interação, cooperação e parceria 
público/privado é um mecanismo de legitimação de uma nova modalidade de proteção social 
que aflora e se desenvolve com o avanço das reformas neoliberais, o pluralismo de bem-estar 
7 
 
social em substituição ao Estado de Bem-estar Social. Esse defende que a responsabilidade 
pelo bem-estar social deve ser dividida entre três setores: o mercado, para os que podem pagar 
pelos serviços; as organizações não governamentais, família e comunidade; e o Estado com 
intervenção focalizada nos mais pobres. 
Essa modalidade de intervenção social que envolve o setor público/privado tem por 
fundamento uma nova visão de Estado, não mais como gestor, administrador e executor dos 
serviços; ao contrário, parte de uma visão do Estado como normatizador, regulador e 
coordenador de uma rede de serviços executada e ofertada pela sociedade. Por trás da defesa 
da intervenção em rede, no sentido explicitado acima, há a defesa de que a sociedade civil e a 
iniciativa privada são corresponsáveis pelo bem comum, não apenas como definido e 
estabelecido no pós-guerra, no financiamento da reprodução social da população, já que todos 
contribuem para a construção do fundo público, mas sim na oferta de bens e serviços, ou seja, 
na implementação de políticas sociais, lógica essa que desresponsabiliza o Estado pelo 
atendimento das refrações da questão social, constituído um processo de reprivatização desse 
atendimento. 
Assim, esse trabalho busca levantar e discutir as tipologias de redes e a 
intersetorialidade, mostrando como elas são incorporadas na gestão das políticas sociais, em 
especial na política de assistência social. O trabalho em redes surgiu como uma proposta de 
intervenção capaz de forjar uma nova abordagem no enfrentamento das demandas da 
população, baseada na troca de saberes e práticas entre o Estado, as empresas privadas e a 
sociedade civil organizada. 
Segundo Teixeira (2002 p. 6), “a sua disseminação na atualidade está relacionada com 
múltiplos fatores, cujos reflexos incidem diretamente na forma de gerir as políticas públicas”. 
“Dentre os fatoresque contribuíram para a sua proliferação, destaca-se a globalização, cujas 
influências alteraram os processos produtivos em direção à flexibilização, à descentralização e 
à interdependência dos setores” 
O fenômeno da globalização não deve ser pensado como um processo cuja direção é 
unitária, mas sim, como um conjunto complexo de mudanças com resultados que se 
manifestam tanto em nível global como local, produzindo novas formas de estratificação e o 
surgimento de novas formas e estilos de vida e de pensar. 
 Para Minhoto e Martins (2001), “longe de ser um fenômeno unívoco, a globalização 
não se manifesta apenas na esfera econômica, mas estende seus domínios também às esferas 
política, social e cultural”. No entanto, não se pode negar que os efeitos da globalização, 
inicialmente mostraram-se de forma mais direta na esfera econômica. Os choques do petróleo 
8 
 
em 1973 e 1979 produziram graves consequências sobre o comércio de bens e serviços e 
desestabilizaram os fluxos do sistema financeiro mundial. Foi com cenário que passou-se a 
exigir respostas que fossem mais rápidas e eficazes no enfretamento dos efeitos de tais crises, 
sendo decisivas para a instauração da chamada economia globalizada. 
 
Dentre as principais alterações ocorridas, pode-se destacar: a desregulamentação e 
interdependência dos mercados financeiros; a financeirização do capital, responsável 
pela constituição de um sistema bancário e financeiro globalmente articulado que 
redefiniu o modelo de competição capitalista no final do século XX; a racionalização 
das estruturas organizacionais, dos processos decisórios e das atividades produtivas; 
a realocação geográfica dos espaços produtivos; e, o aumento da competitividade 
entre as empresas (MINHOTO; MARTINS, 2001). 
 
Na tentativa de refrear o contexto de recessão generalizado provocado pela crise 
econômica, ocorreu uma série de alterações na esfera produtiva. Esgotou-se o modelo rígido 
de produção em massa, o qual foi substituído por um novo padrão produtivo denominado de 
acumulação flexível ou toyotismo. Contrariamente ao fordismo, a acumulação flexível trouxe 
como diferencial o fato de privilegiar a diversidade da linha de produtos, adequando-se às 
oscilações do mercado e do consumo, defendendo a flexibilidade dos processos produtivos, do 
mercado de trabalho e dos padrões de consumo. Por outro lado, as transformações ocorridas 
nos ciclos de produção afetaram os processos de trabalho como um todo, convergindo em 
direção à flexibilização das relações entre patrão e empregado e ao desmonte dos direitos 
trabalhistas. 
 As atividades do trabalhador tornaram-se mais complexas e intelectualizadas, 
passando-se a exigir dele alta qualificação e polivalência, ou seja, a capacidade de participar e 
desenvolver múltiplas atividades de cunho laboral e intelectual (NETTO; BRAZ; 2006). 
De acordo com Draibe (1993 p. 9), “os neoliberais advogam a favor do mercado e da 
privatização do patrimônio público, argumentando em benefício da redução do papel do 
Estado e de suas funções no campo social”. Diante dessa realidade, o que se constatou no 
plano prático, especialmente a partir dos anos 1990, foi um retrocesso da intervenção estatal, 
acompanhada da flexibilização das relações trabalhistas, da precarização da relação 
patrão/empregado, do aumento do desemprego e do trabalho informal, além do desmonte dos 
direitos sociais e da focalização das políticas e dos programas sociais em direção aos 
segmentos mais pobres. 
Segundo Minhoto e Martins (2001) “Foi em meio a esse contexto que as empresas 
lançaram mão do trabalho em redes como parte de uma estratégia cujo objetivo é reduzir 
custos e compartilhar recursos e informações no desenvolvimento de ações destinadas ao 
9 
 
atendimento das demandas sociais” fica-se entendido que as empresas visando sua 
organização que vai de encontro com a disseminação da lógica neoliberal, abraçando assim 
esta nova estrutura. 
 
Nesse sentido, as redes surgem como parte das novas estruturas organizacionais das 
empresas, nas quais prevalece uma tríplice relação de parceria: a do capital com o 
trabalho qualificado, sob a forma de redes de locação, subempreitada e contratação 
(conhecidas como terceirização); a dos setores de montagem com as cadeias 
fornecedoras, valendo-se dos contratos de pesquisa, de franquias, de licenças de 
patentes e de licença de marcas como instrumentos de apoio tecnológico às pequenas 
empresas; a dos sistemas integrados de competição, formando esquemas 
competitivos em que as empresas dos países em desenvolvimento se integram aos 
grandes sistemas de produção e/ou distribuição dos países desenvolvidos 
(MINHOTO; MARTINS, 2001, p. 3). 
 
Nessa percepção, evidencia-se que a constituição das redes na atualidade, inicialmente, 
se deu como uma nova forma de organização das empresas no interior do modelo de 
competição capitalista, marcado pelos processos de globalização, de financeirização do 
capital, pela reestruturação produtiva e pela disseminação da lógica neoliberal tanto nos países 
desenvolvidos como nos periféricos. Simultaneamente, as recentes transformações no papel 
do Estado também demandaram a constituição de novos modelos de gestão comprometidos 
com uma proposta descentralizadora e com a construção de redes de parceria entre 
organizações governamentais, empresariais e a sociedade. 
 A atual crise pela qual passa o Estado se expressa no colapso financeiro e fiscal dos 
países capitalistas, na redução da eficácia e da eficiência da ação estatal e no desmonte dos 
sistemas de proteção social, é resultante do contexto de globalização da economia, logo, da 
capacidade do capital de circular mundialmente impondo condições e políticas 
macroeconômicas monetaristas favoráveis à financeirização da economia, em detrimento do 
investimento industrial que gera produção de bens e recursos, contribuindo para a formação 
do fundo público. 
 
Sob a liderança financeira, o capital precisa promover a desregulação dos mercados e 
criar condições que permitam a sua plena expansão nas economias nacionais, 
incentivando a abertura comercial, o abandono de posturas protecionistas, a 
aplicação de incentivos fiscais e a institucionalização de processos de flexibilização 
no âmbito das relações de trabalho (BEHRING, 2009). 
 
Conforme asseguram Minhoto e Martins (2001 p. 8), “essas medidas, tendem a 
enfraquecer a capacidade das nações de se organizarem de modo independente em seus 
territórios”... Assim sendo, “os princípios keynesianos entraram em crise, na medida em que o 
10 
 
capital financeiro gerou a necessidade de um novo modelo de regulação estatal que permitisse 
a acumulação nos territórios nacionais” (MONTAÑO; DURIGUETTO, 2011). 
 
No mundo multicultural em que estamos vivendo, questões que anteriormente eram 
resolvidas na esfera dos Estados agora atingem escala planetária. Nesse cenário, as 
sociedades atuais enfrentam o dilema de como conseguir manter a homogeneidade 
cultural exigida pelo Estado nação clássico sem privilegiar determinada cultura ou 
subjugar as demais formações culturais. Frente à variedade de estilos de vida e 
visões de mundo, os Estados já não conseguem atender as demandas a eles impostas 
com o mesmo nível eficácia e eficiência com as quais suas questões eram 
tradicionalmente solucionadas, caracterizando a denominada crise do Estado 
(HABERMAS, 2004). 
 
Castells (1998 p. 13) salienta que, “apesar da soberania abalada, o Estado continua 
sendo um importante agente de intervenção tanto para a economia como para sociedade”. 
Todavia, o seu papel agora consiste em processar as investiduras da açãoglobalizante e 
adequá-las às possibilidades de cada país. 
Castells (1998 p. 17) diz que “Estado-rede é uma tentativa de reestruturar a capacidade 
de atuação estatal”. Conforme o referido autor, o Estado-rede se caracteriza por compartilhar a 
autoridade, ou seja, a capacidade institucional de impor uma decisão, através de uma série de 
instituições. 
Assim, “o Estado-nação se articula cotidianamente na tomada de decisões com 
instituições supranacionais de distintos tipos e em distintos âmbitos” (CASTELLS, 1998, p. 
11). O Estado-rede, tem como proposta recuperar a legitimidade e aumentar os níveis de 
eficácia das ações estatais por meio da descentralização política-administrativa. 
 
Ao transferir poderes a instâncias transnacionais e subnacionais, o Estado 
recuperaria a capacidade de coordenação de distintos níveis institucionais, os quais 
se organizariam sob a forma de rede. Nessa perspectiva, a construção de redes 
enquanto uma nova forma organizacional incorporada pelo Estado na atualidade 
mostra-se como uma possibilidade para que o mesmo possa recuperar a legitimidade 
e ainda elevar o nível de eficácia, eficiência e efetividade de suas ações 
(MINHOTO; MARTINS, 2001). 
 
No que diz respeito à formação de redes de políticas públicas, em especial, redes de 
políticas sociais, foco deste trabalho, Teixeira (2002 p. 12) afirma que “a sua proliferação está 
relacionada a dois fenômenos recorrentes nas sociedades latinoamericanas e, portanto também 
no Brasil: a descentralização e a democratização política. Segundo Arretche (2002), “em meio 
a um contexto marcado pela crise política e econômica, a descentralização despontou nos 
países capitalistas latinoamericanos como sinônimo de democratização política do poder”. 
11 
 
 Apesar do consenso quanto à compreensão da descentralização como transferência de 
poder e de funções administrativas para outras esferas de governo, o seu conceito varia 
enfaticamente conforme a concepção do papel do Estado adotada (JUNQUEIRA; INOJOSA; 
KOMATSU, 1997). 
De acordo com Rocha (2006 p. 5), “diversas correntes políticas reuniram-se em torno 
dos benefícios da descentralização, os setores da direita, principalmente os neoliberais, 
relacionavam a descentralização com maior eficiência e eficácia na ação pública”. No caso 
brasileiro, a proposta da descentralização representou para muitos setores da sociedade, 
especialmente os situados mais à esquerda, uma alternativa capaz de conjugar esforços para 
democratizar politicamente o país, incentivar e institucionalizar a participação da sociedade 
civil nos processos decisórios. Esforços esses que, por sua vez, foram incorporados na 
Constituição Federal Brasileira de 1988. 
 
2.1.1 Classificação de redes sociais 
Percebe-se que, em um mesmo Município, são possíveis diferentes formas de 
manifestação das redes e que uma não exclui a existência de outra, porém preconiza-se que 
haja um avanço no sentido de se organizar redes intersetoriais, se o objetivo for otimizar as 
ações públicas para o enfrentamento da pobreza. 
 
2.1. 2 Tipos de Rede segundo Guará 
Rede social espontânea: constituída pelo núcleo familiar, pela vizinhança, pela 
comunidade e pela Igreja. São consideradas as redes primárias, sustentadas em princípios 
como cooperação, afetividade e solidariedade. 
Redes sócio comunitárias: constituída por agentes filantrópicos, organizações 
comunitárias, associações de bairros, entre outros que objetivam oferecer serviços 
assistenciais, organizar comunidades e grupos sociais. 
Rede social movimentalista: constituída por movimentos sociais de luta pela garantia 
dos direitos sociais (creche, saúde, educação, habitação, terra...). Caracteriza-se por defender a 
democracia e a participação popular. 
Redes setoriais públicas: são aquelas que prestam serviços e programas sociais 
consagrados pelas políticas públicas como educação, saúde, assistência social, previdência 
social, habitação, cultura, lazer, etc. 
12 
 
Redes de serviços privados: constituída por serviços especializados na área de 
educação, saúde, habitação, previdência, e outros que se destinam a atender aos que podem 
pagar por eles. 
Redes regionais: constituídas pela articulação entre serviços em diversas áreas da 
política pública e entre municípios de uma mesma região. 
Redes intersetoriais: são aquelas que articulam o conjunto das organizações 
governamentais, não governamentais e informais, comunidades, profissionais, serviços, 
programas sociais, setor privado, bem como as redes setoriais, priorizando o atendimento 
integral às necessidades dos segmentos vulnerabilizados socialmente. 
Baseando-se nos autores GUARÁ (1998) e INOJOSA (1999), destaca-se, alguns 
requisitos fundamentais para o trabalho em rede, bem como sua base de sustentação: 
• O Município como espaço territorial onde as ações e serviços de atenção à família, 
criança e adolescente se desenvolvem. 
• O Governo Municipal enquanto gestor e os Conselhos como órgãos que garantem o 
direcionamento das ações, a prestação de serviços de qualidade e a defesa dos direitos 
fundamentais do cidadão. 
• Desencadeamento de um processo de mobilização para participação dos agentes a 
serem envolvidos. 
• Diagnóstico das necessidades dos grupos sociais vulnerabilizados e em situação de 
risco, para se definir prioridades. 
• Definição de projetos específicos e intersetoriais com identificação de objetivos, 
metodologia de trabalho e previsão dos resultados a serem alcançados. 
• Sinergia e articulação entre todas as instituições e agentes que prestam serviços no 
município através do compartilhamento de objetivos e ações. 
• Suporte qualificado e gerencial às organizações envolvidas, ou seja, apoio técnico, 
administrativo, financeiro e político para desenvolvimento de seus propósitos. 
Parcerias sustentadas no respeito ao potencial de cada ator social. 
• Processo contínuo de circulação de informações. 
• Conquista de legitimidade junto ao município. 
• Capacitação dos agentes envolvidos. 
• Avaliação e redefinição de estratégias operacionais, como atividade permanente. 
 
13 
 
3 PROJETO 18 DE MAIO – DIA NACIONAL DE COMBATE AO ABUSO E A 
EXPLORAÇÃO SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
 
O Projeto 18 de maio de 2018 teve como órgão executor a Prefeitura Municipal de 
Castelo do Piauí, por meio das Secretarias de Assistência Social, Educação e Saúde com o 
apoio e ativa participação do Conselho Tutelar, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e 
do Adolescente, Serviço de Convivência e Fortalecimentos de Vínculos, Serviço de Proteção e 
Atendimento Integral a Família, NASF – Núcleo de Apoio a Saúde da Família, CAPS – 
Centro de Atenção Psicossocial ,CRAS I e II – Centros de Referência de Assistência Social, 
Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar, Defensoria Pública e Tribunal de Justiça, 
todos do Estado do Piauí. 
No 18 de Maio de 2018 se comemorou 18 anos de mobilização do “Dia Nacional de 
Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, instituído pela Lei 
Federal 9.970/00, uma conquista que demarca a luta pelos Direitos Humanos de Crianças e 
Adolescentes no território brasileiro. Esse dia foi escolhido porque em 18 de maio de 1973, na 
cidade de Vitória (ES), um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o “Caso 
Araceli”, esse era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade, que teve todos os seus 
direitos humanos violados, foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta 
daquela cidade, o crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje está impune. 
Em decorrência de uma das maiores tragédias já ocorridas no Estado doPiauí, o 
Estupro coletivo de quatro adolescentes que aconteceu no dia vinte de sete de maio de 2015, 
resultando no óbito de uma das vítimas no Município de Castelo do Piauí, dos altos índices de 
casos e suspeitas de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes atendidos nas 
unidades de atendimento de proteção de direitos, a campanha “Todos juntos no combate ao 
abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes”, buscou mobilizar toda a sociedade para 
participar da luta pelos direitos dessas crianças e adolescentes identificando e denunciando ao 
Conselho Tutelar. 
A violência sexual contra crianças e adolescentes é crime previsto em Lei. As ações 
visaram minimizar a ocorrência destas situações e orientar a sociedade para que a mesma se 
desenvolva livre de crimes desta natureza e com crianças e adolescentes crescendo em uma 
cultura de paz e respeito pelo próximo. 
O objetivo geral do projeto era mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a 
sociedade a participar da luta em defesa dos direitos sexuais de crianças e adolescentes no 
município de Castelo do Piauí e como objetivos específicos o fortalecimento do Sistema de 
14 
 
Garantia de Direitos preconizado no ECA (Lei Federal 8.069/90); Articular com a rede de 
proteção estratégias eficaz para mobilização da sociedade em geral; Convocar a sociedade 
para assumir a responsabilidade de prevenir e enfrentar o problema da violência sexual 
praticada contra crianças e adolescentes no território; Garantir a toda criança e adolescente o 
direito ao desenvolvimento de sua sexualidade de forma segura e protegida, livre do abuso e 
da exploração sexual. 
Mesmo tendo como foco o enfrentamento ao abuso e a exploração sexual contra 
crianças e adolescentes, o projeto teve a participação maciça da comunidade Castelense nas 
ações, desde crianças das creches, adolescentes e jovens de escolas de ensino médio a idosos 
do SCFV bem como quase todos os atores do sistema da garantia de direitos. 
A Execução das atividades durante o lançamento/abertura, momento dos cuidadores 
com o delegado e nas Escolas Municipais e Estaduais, aconteceu por meio de várias equipes, 
compostas por profissionais que fazem a rede de atendimento do Município, onde todas as 
atividades contaram com uma lista de frequência para comprovar a participação. A seguir 
mencionamos data, local e a quantidade de participantes das atividades no quadro 1. 
Quadro 1: Relação de locais, datas e quantidade de participantes nas atividades. 
DATA LOCAL QUANTIDADE DE PARTICIPANTES 
Dia 08/05/2018 Abertura Auditório da SEMED 092 participantes 
Dia 14/05/2018 Creche Deputado Milton Lima 179 participantes 
Creche Francisco Sales Martins 057 participantes 
U.E. Tânia Maria/ Anexo 075 participantes 
CETI Cônego Cardoso 111 participantes 
Data 15/05/2018 Creche José Soares dos Reis 120 participantes 
U.E. Tânia Maria/ Sede 173 participantes 
U.E. Tânia Maria/ Anexo 024 participantes 
Dia 16/05/2018 U.E. Hilda Cardoso 305 participantes 
U.E. Humberto Lima 135 participantes 
U.E. Gabriel Lima 168 participantes 
Dia 17/05/2018 U.E. Ver. Waldemar Salles 223 participantes 
U.E. Professora Osmarina 444 participantes 
U.E. Eulina Campos 053 participantes 
U.E. Francisco Sales Martins 059 participantes 
Dia 18/05/2018 Culminância com feira informativa e 
exposição de trabalhos escolares na Praça 
Getúlio Vargas. 
* Observação: Cerca de 2.000 pessoas 
visitaram os estandes, mas não haviam 
listas de frequência nesta ação. 
Dia 28/05/2018 Encontro com Delegado e Profissionais da 
Rede de Garantia de Direitos 
055 participantes 
Fonte: Elaborado pelo autor (2019) 
Ao término do trabalho, verificou-se que foram realizadas atividades com mais de 4 
mil pessoas, batendo um recorde em relação ao número do público partilhantes das ações de 
2016, ano que se deu início a realização de trabalho de forma intersetorial. 
15 
 
Em decorrência da barbárie que assolou o Município de Castelo do Piauí, repercutiu 
em todo o País, uma imagem muito negativa a respeito dessa até então, pacata cidade. Foi a 
partir daí, que a gestão, juntamente com toda a sociedade começaram a pensar numa forma de 
trabalhar diferente, com anseio de atender melhor. Surgiu a ideia da intersetorialidade, com o 
Projeto 18 de maio, voltado exclusivamente para a prevenção ao Abuso e a Exploração Sexual 
de Crianças e Adolescentes. 
A intersetorialidade incorre em mudanças na organização, tanto dos sistemas e 
serviços de políticas públicas como em todos os outros setores da sociedade, além de trazer a 
necessidade de revisão do processo de formação dos profissionais que atuam nessas áreas. O 
projeto foi um sucesso e conseguiu envolver toda população, os setores públicos e privados. 
Observou-se ainda por meio de relatos escritos das atividades, a alegria, gratificação e 
preocupação dos técnicos que eram responsáveis pela sensibilização em relação a temática no 
município. O projeto encerrasse naquele ano tendo cumprido o objetivo de mobilizar, 
sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos 
sexuais de crianças e adolescentes, garantindo as crianças e adolescentes o direito ao 
desenvolvimento de sua sexualidade de forma segura e protegida, livres do abuso e da 
exploração sexual. 
A partir daí, outros trabalhos nacionais vêm surgindo nessa modalidade intersetorial, 
como o projeto Janeiro Branco – Saúde Mental, Setembro Amarelo - Suicídio, Outubro Rosa 
– Câncer de Mama, Novembro Azul – Câncer da Próstata dentre outros como a Campanha de 
Combate ao Aedes Aegypti e por último a confecção de uma Cartilha Intitulada: “De mãos 
dadas: Empoderamento e Participação Social - A Rede Intersetorial de Castelo do Piauí”. 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A intersetorialidade e a rede, para dar eficiência e eficácia a gestão das políticas 
sociais, exigem mudanças significativas na lógica da gestão tanto das organizações públicas 
estatais como das organizações sem fins lucrativos, integrando-as para atender os interesses 
coletivos. 
Vale enfatizar que repensar o direcionamento das ações das políticas públicas 
destinadas à família, criança e adolescente exige enfrentar o desafio de, a partir do princípio 
da intersetorialidade, construir redes intersetoriais capazes de responder as demandas sociais 
numa perspectiva de garantia dos direitos fundamentais destes segmentos cada vez mais 
empobrecidos material e culturalmente pelo processo sócio - histórico de exclusão social. 
16 
 
Assim a articulação Intersetorial é fundamental para diminuir as insatisfações advindas 
da fragmentação, burocratização e hierarquização excessiva das políticas sociais. Isso não 
implica dizer que essa prática está oposta aos direitos dos cidadãos, mas que serve aos 
interesses desses e do capital, porém se abordada de maneira coerente pode se tornar mais um 
instrumento que fortalece as lutas sociais em prol do direito a integralidade da atenção. 
As redes municipais intersetoriais devem sugerir ideias de conexão, vínculos, ações 
complementares, relações horizontais entre parceiros, interdependência de serviços, para 
garantir a integralidade aos segmentos sociais vulnerabilizados ou em situação de risco. 
 A experiência de trabalho em rede no município de Castelo do Piauí, mostrou a 
existência de algumas dificuldades que lhe são típicas, tais como o desânimo pela não 
visibilidade dos ganhos e das vantagens por parte dos sujeitos que a compõem, a falta de 
interesse de alguns, visivelmente perceptível em alguns profissionais que eram acostumados a 
trabalhar isoladamente e de forma fragmentada, as reclamações relacionadas à quantidade 
de trabalho, poracharem que de forma setorial, o trabalho é dividido, tornando-o mais leve, 
ou seja, cada profissional cuida apenas do que lhe compete, a comunicação compartilhada 
também é um ponto fraco. Outro problema é a definição dos tempos e da urgência, pois 
normalmente existe uma perspectiva muito imediatista. É importante respeitar os limites e 
possibilidades impostos pela diversidade, pois se de um lado os processos coletivos são mais 
potentes, de outro são também mais lentos e trabalhosos, às vezes, o resultado só é alcançável 
a médio ou longo prazo. Outra questão é a complexidade da gestão da mesma, pois gerir ações 
que envolvem vários setores é uma tarefa um tanto complexa e que exige uma certa 
flexibilidade. 
No entanto, os resultados alcançados no Município de Castelo do Piauí, no que se 
refere às atividades realizadas de forma articulada, indicam uma série de vantagens inerentes à 
formatação do Projeto 18 de maio, uma delas é tornar o trabalho mais qualificado, enquanto 
canaliza competências e diversidades que convergem na mesma direção, mirando ao alcance 
de um objetivo. Nota-se que o trabalho Intersetorial, permite considerar o cidadão na sua 
totalidade, utiliza de parcerias com outros setores, dentro de uma ideia de rede, demanda a 
participação dos movimentos sociais no processo de decisão, além de proporcionar uma maior 
resolutividade na complexidade dos casos que atende. 
 Após tudo que foi estudado, observado e vivenciado sobre o tema em questão, os 
autores desse trabalho acreditam que a realização de reuniões sistemáticas entre os setores 
para discussão das necessidades da comunidade pode ser uma boa prática para incentivar o 
diálogo e aprimorar a experiência do trabalho Intersetorial no Município de Castelo do Piauí. 
17 
 
Sugerem à comunidade científica pesquisas que possam detectar pontos positivos no 
sentido do aumento de denúncias de supostos casos de abuso e exploração sexual contra 
crianças e adolescentes nas unidades de garantia de direitos bem como a gestão a criação de 
uma espécie de Comitê ou Conselho Intersetorial, que tenha como objetivo a transformação 
social da realidade em que atua, e não apenas realize debates sobre questões pontuais e 
emergenciais. Outro fator importante é o treinamento dos atores envolvidos para o 
entendimento comum do significado da abordagem Intersetorial. 
As redes intersetoriais se apresentam como uma resposta adequada para os variados 
tipos de problemas enfrentados pelas políticas sociais, que exigem uma abordagem múltipla, 
com enfoque em ações integradas. 
 
REFERÊNCIAS 
JUNQUEIRA, Luciano A. Prates. Descentralização e intersetorialidade: a construção de um 
modelo de gestão municipal. RAP, Rio de Janeiro, n. 32, p. 11-22, mar./abr. 1998. 
 
JUNQUEIRA, Luciano A. Prates. A gestão intersetorial das políticas sociais e o terceiro 
setor. Saúde e Sociedade v.13, n.1, jan-abr. 2004, p.25-36. 
 
ANDRADE, M. M. de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de 
trabalhos na conclusão. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2006. 
 
ARRETCHE, Marta e RODRIGUEZ, Vicente. (1997), A descentralização da educação no 
Brasil: o balanço de uma política em processo. Relatório de pesquisa, projeto Balanço e 
perspectivas da descentralização das políticas sociais no Brasil, São Paulo, Fundap, datilo. 
 
BEHRING, E. R.; BOSCHETTI, I. Política social: fundamentos e história. São Paulo: Cortez, 
2006. (Biblioteca básica de Serviço Social, v.2). 
 
BELLINI, Maria Isabel Barros; BUMBEL, Liciane Silva da; FALER, Camila Susana et. al. A 
Intersetorialidade no Trabalho do Assistente Social com Famílias nas Políticas de Saúde e 
Assistência Social. In: Encontro Nacional de Pesquisadores em Serviço Social, 13. 2012, Juiz 
de Fora. Anais. Juiz de Fora: ABEPSS, 2013. 1 CD-ROM. ISBN 978-85-89252-11-9. 
 
BIDARRA, Z. S. Pactuar a intersetorialidade e tramar as redes para consolidar o sistema 
de garantia dos direitos. Revista Serviço Social e Sociedade, São Paulo, nº 99, p. 483-497, 
Jul./Set. 2009. 
 
BRONZO, Carla. Intersetorialidade, autonomia e território em programas municipais de 
enfrentamento da pobreza: experiências de Belo Horizonte e São Paulo; 
Planejamento e políticas Públicas, n. 35, jul/dez 2010. Acesso em 12 abr 2017. 
 
18 
 
BRONZO, Carla. Intersetorialidade como princípio e prática nas políticas públicas: 
reflexões a partir do tema do enfrentamento da pobreza. In. XX 
Concurso Del CLAD sobre Reforma Del Estado y Modernización de La 
Administracion Pública "Cómo enfrentar lós desafios de La transversalidad y de La 
intersectorialidad em La gestiòn pública?". Caracas, 2007 
 
BRONZO, Carla; VEIGA, Laura da. Intersetorialidade e políticas de superação da 
pobreza: desafios para a prática. Serviço Social & Sociedade, São Paulo, n. 92, p. 5-21, nov. 
2007 
 
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1998. 
CAVALCANTI, Patricia e NICOLAU, Rafael. Estado da Arte sobre o conceito de 
Intersetorialidade. Material Instrucional. Programa de Pós-graduação em Serviço Social, 
UFPB, João Pessoa, 2012. 
 
COSTA, M. D. H. Serviço Social e intersetorialidade: a contribuição dos assistentes 
sociais para a construção da intersetorialidade no cotidiano do Sistema Único de Saúde. 
Recife. UFPE - PE, 2010. Tese de Doutorado. 
 
DRAIBE, Sônia. As políticas sociais e o neoliberalismo: reflexões suscitadas pelas 
experienciais latino-americanas. Revista USP – Dossiê 
Liberalismo/Neoliberalismo, São Paulo, n. 17, p. 86-101, 1993. 
 
GARAJAU, Narjara. Articulação Intersetorial: uma estratégia de gestão para o Programa 
Cozinha Comunitária [Dissertação de Mestrado]. Belo Horizonte; 2013. 
 
GIAQUETO, Adriana. A descentralização e a intersetorialidade na política de Assistência 
Social. Revista Serviço Social & Saúde. UNICAP Campinas, v. IX, n. 10, dez. 2010. 
 
GUARÁ, et al Gestão Municipal dos serviços de atenção à criança e ao adolescente. São 
Paulo: IEE/PUC - SP; Brasília: SAS/MPAS,1998. 
 
*Núcleo de Estudos da Família Criança e Adolescente da UEPG - Ponta Grossa/Pr Org: a 
autora Ano: 2001 
 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010465782013000200009 
>acesso em: 07 abril 2017 
 
http://www.pucsp.br/prosaude/downloads/bibliografia/sinergia_politicas_servico 
s_publicos.pdf Acesso em: 12 abr 2017. 
 
http://blog.examineja.com.br/janeiro-branco-a-saude-mental-em-equilibrio/ <acesso em:01 
maio 2017 
 
INOJOSA, R. M. A intersetorialidade e a configuração de um novo paradigma 
organizacional. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 32, n. 2, mar./abr.1998, 
p 35-48 
 
19 
 
INOJOSA, Rose Marie. Sinergia em políticas e serviços públicos: desenvolvimento social 
com intersetorialidade. Cadernos Fundap, São Paulo, PUC/SP, n. 22, 2001, p. 102-110. 
 
JUNQUEIRA, Luciano A. Prates. A gestão intersetorial das políticas sociais e o terceiro 
setor. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 25-36, jan./abr. 2004. 
 
JUNQUEIRA, Luciano A. Prates. Descentralização, intersetorialidade e rede como 
estratégias de gestão da cidade. Revista FEA-PUC-SP. São Paulo, 1:57-72, nov. 1999. 
 
MINHOTO, L.S.; MARTINS, C.E. As redes e o Desenvolvimento Social. Cadernos 
FUNDAP, n. 22, 2001, pp. 81-101. 
 
MONNERAT, Gisellle Lavinas e SOUZA, Rosimary Gonçalves. Política Social e 
Intersetorialidade: consensos teóricos e desafios práticos, Ser Social v.12, n.26, 
Universidade de Brasília, 2011. 
 
MONTAÑO, C., DURIGUETTO, M. L. Estado, Classe e Movimento Social. 2ª Ed. São 
Paulo: Cortez, 2011. 
 
NASCIMENTO, Sueli do. Reflexões sobre a intersetorialidadeentre as políticas públicas. 
Revista Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 101, p. 95-120, janmar, 2010. Disponível 
em http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n101/06.pdf Acesso em 11 abr 2017 
 
NASCIMENTO, Sueli do. Reflexões sobre a intersetorialidade entre as políticas públicas. 
Serviço Social e Sociedade, São Paulo, Cortez, n. 101, p. 95-120, jan/mar. 2010.

Continue navegando