Buscar

Livro capitalismo jose paulo netto

Prévia do material em texto

Livro: Capitalismo Monopolista e Serviço Social – José Paulo Netto 
 O livro de José Paulo Netto trata-se de parte da sua tese de doutorado (a outra parte está em Ditadura e Serviço Social) eleva a produção do conhecimento sobre o Serviço Social assim como avança em ideias fundamentais: o sincretismo (na prática, na ideologia e na "ciência"), do papel do Estado, do Capitalismo Monopolista, das políticas sociais e a sua relação com o Serviço Social, assim, trata-se de uma notável contribuição da tradição marxista que extrapola o próprio Serviço Social.
 O Serviço Social como profissão, surge com a questão social, demarcado pelo estatuto das condutas assistencialistas e filantrópicas consideradas como suas protoformas. Porém, o histórico social da profissão não se esgota na questão social e sim nas suas peculiaridades no âmbito da sociedade burguesa fundada na organização monopólica. 
 Na primeira parte do livro o autor faz críticas densas e radicais ao Estado e o capitalismo monopolista (Estado, capital interno e capital estrangeiro) que se desenvolve no mundo e no Brasil. Sem dúvidas, com as contribuições de Marx, Engels, Lenin e Lukács (este último do qual é um grande conhecedor, assim como Marx) a crítica ao Estado se torna uma ferramenta fundamental para compreender os marcos da sancionada atuação do Serviço Social na chamada "questão social" e dos próprios limites históricos e sociais da intervenção e de seu "tratamento".
  A constituição da organização monopolista viabilizou seu principal objetivo: o acréscimo dos lucros capitalista através do controle dos mercados. Assim, a organização monopólica da economia capitalista, faz crescer os preços das mercadorias e serviços, eleva as taxas de lucros nos setores monopolizados, gerando um sub-consumo e redução na taxa de lucro de investimentos gerados pela concorrência, economia de trabalho pela inovação tecnológica; por fim, o aumento da taxa de afluência de trabalhadores industrial de reserva. 
 Netto também traça a constituição do Serviço Social no âmbito da modernidade (positivismo e suas reticências) e mesmo da críticas anti-moderna de um dos pilares fundamentais na protoforma dessa instituição: a Igreja Católica. O autor assim analisa os fundamentos do Serviço Social norte-americano (personalismo) e do Serviço Social europeu (caldo restaurador e catolicismo social).

Continue navegando