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Formas na Arte: Figurativas e Abstratas

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Prévia do material em texto

Fundamento da Linguagem Visual 
Aula 2 
 
 
 
 
Professora Sabrina Rosa Cadori 
 
 Conversa Inicial 
Olá! Seja bem-vindo à segunda aula de “Fundamentos 
da Linguagem Visual”, agora aprofundando os estudos a partir 
da forma na Arte. 
Este encontro tem como objetivo definir o que é forma e 
apresentar seus diferentes tipos — como a figurativa e 
abstrata, a geométrica, a orgânica, entre outras — presentes 
nas produções visuais, analisando ainda a relação delas no 
espaço. 
Em cada composição, a posição e a proporção das 
formas pode gerar a sensação de equilíbrio e desequilíbrio. Já 
a repetição, decomposição, simetria e assimetria são recursos 
que criam outros efeitos e geram diferentes possibilidades 
compositivas. 
Acesse o material on-line e assista ao vídeo no qual a 
professora Sabrina faz os comentários iniciais a respeito dos 
temas dessa aula. 
Contextualizando 
Na aula anterior, dissemos que estamos rodeados por 
imagens, isso vale para as formas também. Elas fazem parte 
do nosso dia a dia. Reconhecemos as formas pelo seu 
contorno, pela sua sombra, direção e até por sua dimensão. 
A organização delas no espaço é muito importante, 
permitindo além do seu reconhecimento, a criação de novas 
formas, assim como a compreensão que podemos ter das 
coisas. Vamos nos aprofundar nesse assunto? Bons estudos! 
Veja a contextualização feita pela professora Sabrina no 
vídeo disponível no material on-line. 
 
 
 Para você, organizar as formas no espaço é uma coisa 
simples de se fazer? 
Imagine que você precisa criar várias figuras como 
animais, objetos, pessoas e só tem 5 triângulos de tamanhos 
variados, 1 quadrado e 1 paralelogramo. É possível? 
Sim! Com o Tangram, um quebra-cabeça de origem 
chinesa você pode fazer mais de 1.700 combinações sem 
sobrepôr as formas. Talvez você já conheça muito bem o 
tangram, mas ele está aqui para percebemos de modo bem 
simples, as várias possibilidades de composição. 
Quer saber mais? Pesquise sobre as lendas do 
surgimento do Tangram! 
Acesse o link a seguir e assista a um vídeo que mostra 
como formas geométricas básicas, as chamadas sete placas 
da sabeoria, podem se transformar em tantas outras figuras. 
Perceba como se trata de uma material interdisciplinar! 
https://www.youtube.com/watch?v=JcJlejSfPZU 
Para conhecer outras possibilidades de montar o 
Tangram, acesse o link a seguir: 
 http://rachacuca.com.br/jogos/tangram/ 
Assista à videoaula da professora Sabrina disponível no 
material on-line. Ela vai explicar como as formas são 
representadas nas produções gráficas e artísticas, procurando 
despertar percepção sobre as formas que estão ao nosso 
redor para estimular também a produção artística e o ensino 
desse conteúdo. Confira! 
 
 
 
 
Tema 1- Formas 
Como já mencionamos anteriormente, tudo em nossa 
volta tem uma forma e podemos perceber isso de maneira tátil 
ou visual. Nosso modo de identificá-la ou compreendê-la, isto 
é, a relação que estabelecemos com as formas, pode estar 
relacionada a uma leitura e interpretação cultural. 
Para determinados povos, a geometrização é bastante 
simbólica e significativa, para outros o realismo é mais aceito. 
Na cultura indígena, por exemplo, a inspiração vem de 
exemplos reais. 
 
 Para algumas pessoas é fácil imaginar uma forma, 
para outras, essa abstração é um pensamento complexo. Para 
você é fácil, por exemplo, imaginar uma mesa em forma de 
pentágono? 
 
Também podemos classificar as formas em figurativas e 
abstratas, como já vimos na aula anterior, e bidimensionais e 
tridimensionais. Por enquanto, vamos dar mais ênfase às 
referências bidimensionais, deixando o tridimensional para a 
quarta aula. 
As formas planas podem ser: 
1. Geométricas, como os polígonos básicos; 
2. Retilíneas; 
3. Irregulares; 
4. Feitas à mão; 
5. Acidentais. 
Essas formas podem ser compostas de diferentes 
modos sobre uma superfície. Podem ser separadas, em 
contato umas com as outras superpostas, unidas, subtraindo 
parte da forma, sobrepondo uma na outra, entre outras 
possibilidades. Que tal você experimentar desenhar esses 
tipos de formas? 
 
 
 
 
 
Formas orgânicas 
“Não é o ângulo reto que me atrai. 
Nem a linha reta, dura, inflexível, 
criada pelo homem. 
O que me atrai é a curva livre e sensual. 
A curva que encontro nas montanhas 
do meu país. 
No curso sinuoso dos seus rios, 
nas ondas do mar, 
nas nuvens do céu, 
no corpo da mulher preferida. 
De curvas é feito todo o universo. 
O universo curvo de Einstein.” 
 
Oscar Niemeyer 
Oscar Niemeyer criou muito mais que projetos 
arquitetônicos, desenvolveu uma identidade marcante que se 
diferencia dos demais. Todos facilmente reconhecem seu 
trabalho. Há uma aparente síntese de elementos diante de 
estruturas arrojadas. A introdução das linhas curvas nos 
remete às formas orgânicas, inspiradas na natureza. Isso 
resultou em obras maravilhosas, não é mesmo? 
 
Congresso Nacional – Brasília. Disponível em: 
<http://www.niemeyer.org.br/mosaico-assimetrico>. Acesso em: 12 ago. 
2016. 
Acesse o link a seguir e assista a um documentário 
intitulado “Niemeyer - o traço e o tempo”: 
 https://www.youtube.com/watch?v=69InBpt1yeQ 
 
 
 Se os elementos da natureza são motivos para a 
criação arquitetônica, nas artes isso não é diferente. Você já 
ouviu falar em Ernesto Neto? Esse artista contemporâneo foi 
fortemente influenciado pela obra de Lygia Clark e Hélio 
Oiticica. 
Ele despertou para o uso da abstração e das formas 
orgânicas em seus trabalhos. Sua produção artística cada vez 
mais dialoga com o público, convidando o espectador a 
participar da sua obra. 
 
Disponível em: <http://alexkittle.com/wp-
content/uploads/2014/03/neto-4.jpg>. Acesso em: 12 ago. 2016. 
Acesse o link a seguir e confira a biografia desse 
artista: 
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa11848/ernesto-
neto 
 Tema 2 - Formas geométricas 
A geometrização nas artes visuais se apropria das 
formas geométricas para realizar composições figurativas ou 
abstratas. 
Podemos considerar que foi a partir do Modernismo 
que esse recurso passou a ser utilizado? 
 
 
 
 Ao contrário, historicamente o homem já produzia 
resultados abstratos geométricos desde as paredes das 
cavernas. Isso indica sua capacidade compreensão e 
abstração do mundo real. A cultura indígena também 
demonstra essa apropriação, pois a geometrização está 
presente na pintura corporal, bem como na decoração dos 
objetos produzidos por eles. 
Vimos na aula anterior que o artista Piet Mondrian partiu 
das formas figurativas para a abstração. Essa evolução 
ocorreu a partir da sua percepção das linhas e formas 
essenciais presentes na realidade. 
Já o artista brasileiro Willys de Castro (1926-88) 
explorou o plano e o volume com diversos materiais. Suas 
obras são pautadas no abstracionismo geométrico e no 
concretismo, participando do movimento Neoconcreto. Willys 
expandiu-se para o espaço, trabalhando também com 
esculturas. Partindo dessa experiência, fez inclusive cenários 
e figurinos para peças teatrais, demonstrando sua pluralidade 
artística. 
Acessando o link a seguir você confere um pouco de 
sua obra: 
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10387/willys-de-
castro 
 
 
 
 
 
Projeto para pintura, 1957-1958. 
Disponível em: <http://dasartes.com.br/uploads/materias/ed-24-out-2012-
willys-de-castro.jpg>. Acessoem: 12 ago. 2016. 
 Tema 3 - Organização das formas no espaço 
Agora vamos falar de algumas maneiras de organizar 
as formas no espaço. A mais elementar delas é a simetria, que 
podemos dizer que nos dá a sensação de equilíbrio. Pois se 
passarmos um eixo no centro do suporte vamos perceber que 
as figuras são representadas espelhadas, na mesma posição, 
quantidade etc. de ambos os lados. 
Como exemplo, podemos observar a igreja do Senhor 
Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas – Minas Gerais. De 
autoria do escultor e arquiteto barroco Antônio Francisco 
Lisboa, o Aleijadinho, a obra conta ainda com 12 profetas 
esculpidos em pedra-sabão, todos em perfeita organização e 
equilíbrio visual. 
 
 
 
 
Disponível em: 
<https://marcosocosta.files.wordpress.com/2011/10/basc3adlica-do-senhor-
bom-jesus-de-matosinhos-059.jpg>. Acesso em: 12 ag. 2016. 
Acesse o link a seguir e confira um vídeo sobre o 
movimento Barroco, que no Brasil se desenvolveu 
principalmente em Minas Gerais e tem Aleijadinho como 
grande percursor. 
https://www.youtube.com/watch?v=c2gvgwAFF0E 
Será que se as figuras não estiverem simétricas não 
teremos equilíbrio? Nada disso, você pode conseguir deixar 
uma composição equilibrada mesmo dispondo as figuras de 
forma assimétrica, pois isso também vai depender do peso e 
da direção de sua composição. 
Observe atentamente essas duas imagens. Ao analisar 
uma, tampe com sua mão a outra, para não ter nenhuma 
interferência. 
 
 Fonte: Composição 8, uma das obras de Kandinsky 
(1923). 
Qual delas causou um desconforto visual? A posição 
dos elementos direciona nosso olhar para a leitura da 
composição e indica a solução visual mais adequada. 
Perceba que a obra “Composição 8”, de Kandinsky, tem 
equilíbrio, pois a figura maior e mais pesada está localizada no 
quadrante superior esquerdo. As demais formas são mais 
claras e menores, mas estão em maior quantidade e possuem 
linhas que direcionam nosso olhar em diagonal ascendente, 
gerando uma compensação visual. 
Se obra original de Kandinsky fosse essa a seguir, 
teríamos sempre a sensação que o canto inferior direito estava 
caindo, gerando uma instabilidade em toda a composição. 
 
 
Agora amplie a imagem oficial e aprecie a composição 
desse artista. 
No vídeo disponível no material on-line, a professora 
Sabrina Rosa Cadori falará sobre os temas estudados nessa 
rota de aprendizagem e dará outros exemplos de propriedades 
de organização compositiva das formas no espaço. 
 
 
 
 
 Trocando Ideias 
Depois das leituras que você fez e dos vídeos que 
assistiu, chegou a sua vez de participar! 
O principal conteúdo trabalhado nessa aula foi a forma, 
seus tipos, sua organização e suas relações com o espaço. 
Agora, eleja um artista da sua região, pode ser 
contemporâneo ou não, e compartilhe uma imagem de sua 
obra no fórum. 
Na sequência, comente com seus colegas qual 
conteúdo estudado está presente na obra escolhida. Verifique 
também as postagens deles e comente. 
 Na prática 
Agora que você já percebeu o quanto é interessante e 
desafiador realizar composições figurativas ou abstratas, 
geométricas ou orgânicas com os diferentes tipos de formas, 
experimente algum recurso de seu computador para criar a 
sua composição. 
Você pode iniciar pelas possibilidades mais simples, 
como explorar as formas que podem ser inseridas em um 
documento Word, realizando uma produção figurativa ou uma 
abstrata e colorida a partir das ferramentas do Paint. 
 
 
 
Síntese 
Chegamos ao final da nossa segunda aula! 
Através dela, passamos a compreender que tudo aquilo 
que vemos possui uma forma. Discutimos também a diferença 
entre formato e forma bidimensionais. O primeiro é identificado 
pelo contorno das formas. Já a forma possuiu outras 
propriedades visuais, como volume e preenchimento, que 
pode ser expressado através da textura. 
Destacamos também a importância da utilização desses 
fundamentos da linguagem visual no cotidiano dos mais 
diversos profissionais. Entre eles, um elemento importante é a 
harmonia, que pode ser transmitida a partir da composição de 
elementos simples, mas de forma agradável, equilibrada e 
proporcional. 
Agora que já exploramos mais esses elementos e 
compreendemos seus significados, já estamos aptos para 
avançar! Assista à videoaula disponível no material on-line que 
apresenta as considerações finais desse conteúdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
BUENO, Luciana Estevam Barone. Linguagem das artes 
visuais. Curitiba: InterSaberes, 2013. 
CORTELAZZO, Patrícia Rita. A história da arte por meio da 
leitura de imagens. Curitiba: Ibpex, 2008. 
DONDIS, Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: 
Martins Fontes, 2007. (Coleção Metodologia do Ensino de Artes, 
v. 5). 
ARNHEIM, Rudolf. Arte e Percepção Visual. São Paulo: 
Pioneira, 1996. 
CONDURU, Roberto. Willys de Castro. São Paulo: Folha de 
São Paulo/ Instituto Itaú Cultural, 2013. 
FARTHING, Stephen. Tudo sobre arte. Rio de Janeiro: 
Sextante, 2011. 
HOLM, Anna Marie. Fazer e Pensar Arte. São Paulo: Museu de 
Arte Moderna de São Paulo, 2005. 
PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro: 
Senac Nacional, 2009. 
ROSSI, Maria Helena Wagner. Imagens Que Falam. 3. ed. Porto 
Alegre: Mediação, 2006. 
SANTAELLA, Lucia. Leitura De Imagens. São Paulo: 
Melhoramentos, 2012.

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