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Principio do meio ambiente equilibrado, limite e poluidor-pagador.

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Christie Wingler - 6 º período
 Direito – UNIFESO
Direito Ambiental – Tatiana Calandrino
Explique a importância dos princípios no direito ambiental brasileiro e conceitue dois como exemplo:
Primeiramente insta ressaltar que princípios são idéias basilares que orientam a compreensão do ordenamento jurídico como uma espécie de parâmetro, norteando as decisões quando a lei é omissa, tendo em vista a evolução da sociedade e consequentemente o surgimento de novos problemas; São regras enraizadas na consciência da sociedade (ou deveriam ser) e são universalmente aceitos mesmo que não sejam positivados, como é o caso dos princípios do direito ambiental que embora se dividam em explícitos na lei e em implícitos, são igualmente aplicados.  
O direito ambiental está amparado por princípios próprios, que visam a coerência dentre as normas ambientais, a proteção do meio ambiente e garantir a correta aplicação do direito ambiental. Porém há bastante divergência na doutrina quando se trata do conteúdo dos princípios ambientais, por sua construção se findar tanto na legislação interna, quanto nas Declarações de Direitos e em tratados internacionais, de modo em que os princípios variam de nomes e quantidades dependendo do doutrinador.
Os direitos ambientais são classificados como direitos humanos de terceira geração, por serem direitos de fraternidade, o que significa que não atingem apenas um único indivíduo, mas a coletividade como um todo. Por isto como o exposto no parágrafo acima, consolidam-se não apenas em nossa legislação, mas em âmbito internacional, vez que o aquecimento global, a falta de água e outras consequências do desequilíbrio ambiental não afetam um único país ou continente, o que nos leva a concluir que o direito ambiental e os princípios que o regem são de importância global. 
Para ilustrar o que foi dito anteriormente, temos o princípio do meio ambiente equilibrado, direito fundamental e diretamente relacionado ao princípio da dignidade humana, que no Art. 5º C/C o Art. 1º inciso III da CFBR/88 remete ao Estado a responsabilidade primária de prover um ambiente digno de modo a atender as necessidades básicas dos cidadãos. Enquanto que o Art. 225 da CFBR/88, atribui o direito e a responsabilidade social ampla em seu caput:
‘Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preserva-lo para as presentes e futuras gerações”
Segundo Paulo de Bessa, através deste princípio deve ser realizado um balanço entre as diferentes repercussões dos projetos a serem implementados, analisando além das consequências econômicas, as implicações ambientais e socias. Neste sentido com um meio ambiente equilibrado, busca-se qualidade de vida com direito a uma vida digna, levando-se em consideração todos os elementos da natureza e protegendo a todos contra os abusos ambientais de qualquer natureza.  
O princípio do limite, segundo Édis Milaré “resulta das intervenções necessárias à manutenção, preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente”.
Este princípio consiste na atuação do poder público exercendo sua responsabilidade primária de defender o meio ambiente, através de seu poder de polícia administrativa, limitando a degradação da natureza, assegurando o bem-estar coletivo e do interesse público. Tal princípio está disposto no Art 225, V, parágrafo 1º da CFBR/88: 
225, § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incube ao poder público:
V- Controlar a poluição, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente.
 Ocorre que, segundo o Princípio do Poluidor-Pagador por ter seu fundamento voltado para o direito econômico, permite que sejam atendidas equitativamente as necessidades de desenvolvimento, que gera renda, mas sem proporcionar riscos às gerações presentes e futuras, tendo assim que arcar com os eventuais danos ao meio ambiente que causarem. 
Deve, portanto, o princípio do limite ser um mediador no princípio do poluidor-pagador, fixando limitações para emissão de gazes, desmatamento e a qualquer meio de desenvolvimento que prejudique nocivamente a natureza. 
 
   
 
FONTES DE PESQUISA:
 
Paulo de Bessa Antunes - Direito Ambiental.
Rogério Nunes – Artigo sobre princípios do Direito Ambiental.
Rebeca Ferreira. - Direito Ambiental; Dos princípios à sua aplicabilidade.
Edis Milaré - Direito do Ambiente.

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