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Violência na escola

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“Violência na escola”
Tema: O que é? Como surge? E qual a solução para acabar com a violência na escola?
Justificativa: Como nos dias de hoje a demanda de alunos desmotivados, a indisciplina, a infra-instrutora, a precariedade e a violência estão presentes no dia-a-dia, são muitas as adversidades enfrentadas pelos professores e também alunos, mas o maior prejudicado mesmo é o ensino. Por isso uma reflexão acerca do assunto deve pautados em discussões coletivas e se faz necessário juntamente com todos os profissionais da educação.
Objetivos:
Compreender como se dá a violência na escola;
Propor situações de reflexão pra possível minimização de violência;
Refletir sobre as soluções para a violência escolar.
O que e a violência nas escolas?
A grave crise de segurança que atinge as cidades brasileiras é, cada vez mais, um desafio para os educadores. Atualmente as escolas são palco de situações de violência. Muitas são situadas em locais onde a exclusão social manifesta-se de maneira mais acentuada e as escolas não ficam isoladas deste contexto. Dos problemas os mais variados ocorrem, tais como depredações, casos de arrombamento, ameaças e prisões. Em geral, a solução proposta é o policiamento e a colocação de grades. Nem sempre esta solução é possível e quase nunca é eficaz. Ao contrário, muitas vezes ela apenas reforça a violência da situação. 
Segundo Marcio Ferrari,
“Fechar os olhos para assuntos incômodos que afetam toda a sociedade só dificulta as relações entre professores e alunos e traz reflexos negativos à aprendizagem”... (NOVA ESCOLA, 2006)
De acordo com algumas pesquisas, a violência é o tema que mais preocupa os brasileiros entre 15 e 24 anos (55% do total) , à frente de Emprego e Educação. A pouco importância relativa dada à própria formação evidencia o descompasso entre o ensino o mundo.
2 - Como surge a violência nas escolas?
 Para muitos pais, alunos e profissionais de educação, a violência vem de fora da escola, isto é, a escola é vista como uma vítima de "maus elementos" que a atacam, depredam e roubam. Mas, no entanto, a escola também produz a violência no seu cotidiano. É uma violência sutil e invisível, que se esconde sob o nome de "evasão". A famosa evasão escolar tão vista principalmente em escolas públicas.
Muitas vezes inconscientemente, promovida pelos próprios educadores através de regulamentos opressivos, como tal a ditadura, e também currículos e sistemas de avaliação inadequados à realidade onde está inserida a escola e medidas e posturas que estigmatizam, discriminam e afastam os alunos.
 É no ambiente escolar que se soma mais algumas violências à série de outras tantas que pesa sobre a vida das crianças e jovens que freqüentam principalmente a escola pública. Muitas vezes, a escola diz-se neutra, universal e com valores próprios. Portanto essa "neutralidade" acentua e dissemina valores estranhos àqueles que ilustram o cotidiano das crianças pobres, que vêem reprovados seus hábitos e seu jeito de falar. Sua maneira de viver e conviver.
Quando se faz uso da inferiorização aos alunos pobres, isto é, os alunos com carência, a escola lhes ensina a resignação frente ao fracasso. Quando os alunos deixam a escola, expulsos pelos mecanismos de evasão encaminham-se para a outra parte do ciclo: o trabalho mal remunerado, o subemprego, os abrigos e os presídios.
 Quase sempre, a violência não é um ato gratuito, mas uma reação àquilo que a escola significa ou, ainda pior, àquilo que ela não consegue ser. A maioria das ocorrências violentas nas escolas são praticadas por alunos ou ex-alunos. Ou seja, muito raramente são "elementos estranhos" que atacam a instituição. São os próprios alunos e muitas vezes ex-alunos que envolvem funcionários, e profissionais da educação.
"As escolas não acompanharam as transformações na sociedade, sobretudo em relação ao uso da tecnologia, daí o desinteresse dos jovens", diz a educadora Márcia Malavasi, da Unicamp, em entrevista a Revista Veja em maio de 2008. (VEJA, 2008)
Há uma diferença qualitativa entre os diversos tipos de "atos de violência" que chegam à direção das escolas. A gravidade das situações é variável e os efeitos das providências tomadas podem ser muito sérios. Os envolvidos, em geral, são alunos ou jovens expulsos indiretamente através dos mecanismos de evasão. Por isso, é importante que a escola se volte para estes jovens, buscando a sua reintegração na condição de alunos ou de usuários de espaços e serviços oferecidos à comunidade.
 3 - O que se pode fazer para sanar a violência nas escolas?
 Não é uma tarefa muito fácil tentar erradicar a violência da sociedade e consequentemente da escola. Isso se deve ao fato das causas serem complexas e de caráter estrutural, não está ao alcance do governo municipal, nem estadual e federal. No entanto, é possível e necessário controlar alguns dos mecanismos que a geram, reduzindo seus efeitos.
 Um dos passos pode ser a democratização da escola como sendo a linha central de todas as intervenções para diminuir a violência em seu ambiente. A mudança na prática do sistema de ensino deve levar à eliminação das barreiras - que muitas vezes nem são percebidas - entre os alunos e a escola, entre a comunidade e a escola. Num trabalho que envolve ações de curto, médio e longo prazos de maturação, as violências geradas pelo próprio sistema escolar devem ser questionadas e subvertidas pelos seus atores, isto é, por todos os envolvidos na educação.
 Essa democratização do acesso à escola não deve ser vista só como a extensão do atendimento escolar, fazendo, por exemplo, o aumento do número de vagas, ou mesmo a criação de condições materiais para a fixação do aluno, o assistencialismo de material escolar e uniformes, entre outros. 
A democratização deve ser encarada de forma mais abrangente, significando, também, a mudança das relações internas e da estrutura de funcionamento da instituição escolar, valorizando e estimulando em seu interior a presença dos alunos marginalizados pela sociedade.
 E assim, para atacar o problema da violência nas escolas, o primeiro passo é situá-lo dentro de sua esfera de complexidade. A violência na escola é diferente da violência nas ruas: insere-se no meio escolar, alimenta-se da sua dinâmica e de seus vícios. Soluções policialescas não resolvem. É necessário ação dentro da escola, juntamente aos conteúdos e disciplinas. É claro que, se for necessário, deve-se colocar vigias, gradear janelas, entre outros, mas estas medidas terão pouca eficácia se não forem acompanhadas de outras, que resolvam o problema em seus aspectos sociais e pedagógicos. Para isto, é necessário trabalhar com os profissionais de educação, assim como os professores e também os servidores operacionais, com os alunos, com a comunidade e com a polícia, procurando estabelecer uma compreensão mais ampla da violência, como fenômeno social que possui uma face visível e muitas outras invisíveis. 
Mas para que haja consolidação desta nova compreensão da violência é necessário um esforço de toso para repensar a escola tanto interna quanto externamente, em suas relações com o ambiente em que se encontra.
 E como a escola depende do que está à sua volta, o entorno deve ser sempre considerado, independente do seu conteúdo. Se a escola estiver integrada a ele, abrindo o seu espaço - privilegiado e valorizado - não só aos alunos, mas ao oferecimento de soluções para problemas e necessidades da região, ser mais respeitada pela comunidade onde se insere. Afinal a escola faz parte de uma sociedade.
 É importante promover atividades comunitárias e o uso das instalações para eventos ou para o lazer dos moradores das imediações, contando com a participação e o envolvimento dos diretores, professores e outros profissionais, levando-os a substituir o medo por novas posturas que contribuam para a superação de uma mentalidade violenta.
Se faz necessário uma reflexão por parte dos professores,auxiliares, enfim todos os profissionais da educação reflitam sobre se na escola, ou seu local de trabalho, no que diz respeito às seguintes questões:
 Todas as pessoas (alunos, funcionários, professores, pais.) são respeitadas? 
Os professores têm se atualizado, visando um ensino de qualidade?
 Os temas da violência e dos direitos dos cidadãos fazem parte integrante do currículo escolar?
 A escola oferece palestras e cursos sobre o tema da violência? Esses eventos têm contado com a participação da família e da comunidade?
As diferentes opiniões são respeitadas?
 As famílias têm assumido o seu papel na formação de seus filhos?
 As expressões dos alunos sobre as mais variadas situações têm sido incentivadas?
Se você respondeu sim à maioria das perguntas, ótimo! Sua escola exercita parte das sugestões de alunos e professores que participaram da pesquisa realizada pela autora desse texto, que discute a questão da violência na escola em busca de soluções criativas e coletivas
É preciso que professores educadores e todos os profissionais da educação trabalhem um novo formato de prática pedagógica, em que a escola passe a ser, de fato, local de aprendizagem, de uma nova cultura, a da aprovação e da formação da cidadania, entendida como a materialização dos direitos sociais a todos os cidadãos.
Agindo dessa forma com certeza a violência será minimizada, mesmo que não extinta por completo.
Referências bibliográficas
VEJA, Revista, Editora Abril, São Paulo, maio de 2008.
NOVA ESCOLA, Revista, Editora Abril, pagina 27, novembro /2006.

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