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Visita Técnica em Estação de Tratamento de Água e Esgoto

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Universidade paulista
Instituto de ciências exatas e tecnologia
Engenharia civil
Barbara luisa calderan
		VISITA TÉCNICA:
Estação de tratamento de Água e Esgoto de Assis
Universidade paulista
Instituto de ciências exatas e tecnologia
Engenharia civil
Barbara luisa calderan
		VISITA TÉCNICA:
Estação de tratamento de Água e Esgoto de Assis
Trabalho de Atividade de Complementar para obtenção do título de graduação em Engenharia Civil, apresentado à Paulista – UNIP, Campus Assis. 
RESUMO
CALDERAN, Barbara Luisa; VISITA TÉCNICA: Estação de tratamento de água e esgoto de Assis. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no curso de Engenharia civil da Universidade Paulista – Campus Assis. Assis, São Paulo 2016.
O setor da construção civil vive no Brasil intenso movimento pela melhoria da qualidade. A valorização da engenharia e da qualidade necessita avanços constantes em tecnologias. Com essas inovações tornam-se necessários o aprendizado dos profissionais recém formados para a perfeita atuação no mercado de trabalho. Com isso o contato com diversos tipos de construção ou atuações que envolvem as atribuições dos engenheiros civis é de suma importância para que o profissional recém formado tenha conhecimento inicial dos métodos utilizados para a execução de tais processos construtivos e as visitas técnicas dão a oportunidade dos mesmos entrarem em contato com a realidade da construção no Brasil.
Palavras-chave: Fôrmas para concreto; projeto de fôrmas; peso próprio do concreto; estrutura em concreto armado.
LISTA DE IMAGENS
Imagem 1 Captação córrego do Cervo	17
Imagem 2 Poço de coleta.	17
Imagem 3Grelha de retenção de detritos.	18
Imagem 4 Pré Cloração	19
Imagem 5 Adição de Cal	19
Imagem 6 Coagulação	20
Imagem 7 Agitação das Aguas	21
Imagem 8 Detritos floculados	22
Imagem 9 Tanque de decantação	23
Imagem 10 Filtro	24
	
SUMÁRIO
	
	
1 INTRODUÇÃO 
Para se obter um desenvolvimento com qualidade, não basta pensar apenas em novas tecnologias, modelos econômicos, é necessário pensar em qualidade de vida da população. É essencial que o ser humano tenha as condições saudáveis para se desenvolver com saúde.Por essas premissas se nota a importância da água potável em uma sociedade que quer crescer com qualidade de vida. 
A água é um dos bens mais abundantes na Terra, cobre cerca de 75% do nosso planeta, porém a água salgada que está presente nos mares e oceanos representa cerca de 97,5% de toda agua disponível, e sabe-se que ela não está apta para o consumo humano. Resta-se apenas 2,5% de água doce, e desse percentual, apenas 0,3% está em rios e lagos, o restante esta em lençóis freáticos e geleiras. Dessa forma podemos analisar a importancia da preservação dos mananciais, o uso consciente desse bem que não pode faltar na vida do homem (NETO, 2008).
	Com a necessidade de crescimento da economia do país, a agricultura necessita de uma demanda muito alta de água, precisou-se criar medidas e técnicas para a boa utilização da água nas lavouras. Como consequência também da necessidade de crescimento urbano, as indústrias sofreram grandes ampliações para atender a demanda da sociedade, assim se necessitou de muito mais água para as atividade, mas também causou poluição de rios e lençóis freáticos através dos seus agentes químicos.
	Assim a exigência pelo tratamento da água para consumo se tornou essencial, pois a poluição gerada, prejudica a saúde humana. A consequência do desenvolvimento foi o aumento da população nas cidades, aumentando assim a quantidade de recurso a ser tratado. Criou-se novas técnicas de coleta de água, hoje ela pode ser retirada do lençol freático, mas ainda temos muitos problemas pela falta de tratamento como cólera e febre tifoide, que são transmitidas pela contaminação da água.
Segundo Ramos (2010), o consumo de água aumentou cerca de seis vezes e mais de um bilhão de pessoas atualmente vivem sem acesso a fontes de água de qualidade, de acordo com dados da ONU. Segundo a mesma fonte, cerca de dois bilhões e meio de pessoas vivem sem saneamento básico. No Brasil, falta água na maioria das bacias do Nordeste, na Grande São Paulo. Possuímos 16% de água doce do planeta, distribuída de modo irregular. Cerca de 68% de nossos recursos hídricos estão no Norte, onde tem menos gente; apenas 3% estão no Nordeste e 6% no Sudeste, onde a população é maior.
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVOS GERAIS
O objetivo geral deste trabalho é proporcionar ao aluno o desenvolvimento de habilidades que envolvam as disciplinas cursadas durante o semestre e/ou as que já foram cursadas pelo mesmo. Desenvolver a capacidade de observação e análise das diversas áreas de sua atuação profissional. Desenvolver no aluno o espírito crítico e o raciocínio lógico. Propiciar ao aluno o trabalho em grupo para a execução do projeto.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conhecer os elementos de uma estação de tratamento de água; Conhecer os processos de uma estação de tratamento de água; Atentar para a importância da água para a vida; Atentar para a importância do tratamento da água para uma vida com qualidade.
3 JUSTIFICATIVA
Observar a quantidade e a qualidade da água é muito importante para a preservação da vida, pois é ela é tão essencial para a sobrevivência que Aristóteles a considerava como um dos quatro elementos fundamentais para a vida.
Para sua adequação ao consumo é necessário que ela esteja pura, ou seja, livre de qualquer elemento que prejudica a saúde como bactérias e outros organismos. Essa pureza é obtida através de um processo de tratamento rigoroso, para que se atenda a legislação e conseqüentemente o bem da população.
4 METODOLOGIA
A metodologia da pesquisa para o tema proposto apresentará abordagem qualitativa, pois se elaborado estudo para abordar algumas variáveis relacionadas à qualificação da mão de obra na construção civil, vinculada diretamente à execução de fôrmas, com finalidade de apresentar a percepção de ocorrências que interferem na qualidade do serviço. Desta forma, o presente estudo terá o embasamento para sua formação, com pesquisas e estudos de Normas Brasileiras, Norma Regulamentadora (NR), artigos, livros, e vivencia nas obras de diversos profissionais.
Com todas as informações coletadas, e embasamento teórico e método dedutivo, serão elaboradas as técnicas e procedimentos ideais para os métodos abordados nessa visita.
5 Visita técnica
A cidade de Assis tem a operação da ETA administrado pela SABESP, que atua na cidade a cerca de 35 anos. O técnico químico, Carlos Augusto Pereira, acompanhou a visita fornecendo explicações técnicas sobre os processos de tratamento de águas e esgoto.
Atualmente, a ETA de Assis trata 975m³/hora de água. Atendendo 100% da área urbana do município, em média 37.800 ligações de água ativas. Com uma extensão de rede de distribuição de cerca de 382.030m e de 54.
As estações de tratamento tem a finalidade de tornar água bruta em própria para o consumo, ou seja em água potável. Ao termino desse processo a água deve estar dentro dos padrões de potabilidade para consumo humano
5.1 Etapas Do Tratamento
O processo de tratamento é dividido em etapas que exigem a adição de produtos químicos e/ou reações físicas através de métodos e dispositivos, para completar os processos. Para isso deve ser rigoroso o processo de dosagem dos produtos, para que o processo não contamine a água.
5.1.1 Captação de recursos.
A empresa capta água de duas fontes nas proximidade de Assis, são elas a Represa do Cervo e o do Matão.
A água bruta do Cervo é transportada por duas adutoras de Ø400mm e Ø300mm até a ETA no centro da cidade, onde passará por todo processo de tratamento. Existe um controle diário do nível da captação. Ao chegar à ETA, a água passa por uma grelha para retenção de materiais que vem junto e futuramente possa prejudicaras instalações da empresa e a qualidade do tratamento.
Imagem 1 Captação córrego do Cervo
Fonte SABESP
Já a água do Matão, é responsável por abastecer 20% do município de Assis e é captada de aqüífero, sendo assim não precisa passar pelo processo de tratamento da ETA, apenas sofre a adição de cloro e flúor pela própria tubulação e depois distribuído pela cidade. Os outros 80% restante é abastecido com a água captada no Cervo. 
Imagem 2 Poço de coleta.
Fonte Própria 2016
	Na imagem abaixo se pode ver a chegada da água bruta do rio do Cervo, e a passagem pela grelha de retenção de sólidos quem vem junto pela captação. 
Imagem 3Grelha de retenção de detritos.
Fonte professora Gizely
5.1.2 Pré cloração
O cloro é adicionado a água na chegada à estação. O cloro é age destruindo as de bactérias e micro-organismos facilitando a retirada de matéria orgânica e metais, evitando doenças. Na estação visitada é utilizado o cloro-gás.
O armazenamento do cloro necessita de cuidados especiais, pois é um produto químico muito forte e pode causar problemas.
O armazenamento da SABESP é feito em tonéis especiais, preparados para emergências, onde tem reparo periódico. 
Imagem 4 Pré Cloração
Fonte Própria, 2016
5.1.3 Pré-Alcalinização
Após a adição do cloro, é injetado a Cal Hidratada, que ajusta o pH aos valores exigidos nas fases seguintes do tratamento, assim facilita-se a floculação. A água bruta chega com PH em torno de 6,5, após a pré- alcalinização o PH vai para 7,2. 
Imagem 5 Adição de Cal
5.1.4 Coagulação
Nesta fase, é adicionado Policloreto de Alumínio (PAC), que é um coagulante, onde depois passa por uma agitação violenta da água. Fica-se assim, com as partículas de sujeira eletricamente desestabilizadas e mais fáceis de agregar e reter-se nas peneiras, ou raspagem da superfície do tanque séptico.
Imagem 6 Coagulação
Fonte Própria,2016
Aqui a armazenagem também precisa ser bem feita, para se garantir a saúde dos colaboradores e a eficiência do agente químico. 
A agitação da água ocorre por meio da Calha Parshall, que é um misturador rápido. Através do estreitamento, ondulações e diferenças de níveis da canaleta a água é agitada com bastante violência. Elaborado inicialmente como um medidor de pressão por RALPH LEROY PARSHALL (1881-1960), engenheiro americano, tornou-se uma grande ferramenta no tratamento de água.
Imagem 7 Agitação das Aguas
Fonte Própria
5.1.5 Floculação
Após a fase da coagulação, é feita uma mistura lenta da água, onde se provoca a formação de flocos com as partículas. A estação de Assis possui 4 floculadores para atender a grande demanda.
	Nessa fase se retira grande parte dos detritos sólidos contidos na água, que já foram desestabilizadas anteriormente.
	Os flocos gerados, ou seja, os resíduos sólidos necessitam ser retirados periodicamente, para que se possa manter constante o funcionamento da estação.
	Os sólidos são descartados em locais apropriados, atendendo as leis municipais sobre descarte de resíduos. 
Imagem 8 Detritos floculados
Fonte Própria
5.1.6 Decantação
Nesta etapa, a água passa por dois grandes tanques onde separa-se os flocos de sujeira formados na etapa de floculação. Todo detrito mais pesado acumula-se na parte inferior do tanque.
Os tanques de decantação possuem uma profundidade média de 3,5m e são lavados periodicamente (todo mês) para retirada do lodo que forma no fundo.
As tubulações de PVC são inclinadas adequadamente, assim faz com que a decantação ocorra mais rápida e ajuda na sucção da sujeira. Este método foi elaborado por um engenheiro da própria SABESP.
Imagem 9 Tanque de decantação
Fonte Própria,2016
5.1.7 Fluoretação
	O flúor também é aplicado na mistura, devido aos vários elementos que vem junto com a água, a população pode sofrer com caries, essa etapa visa evitar esse problema.
	Lembrou o químico, que a adição do flúor no tratamento da água não dispensa a necessidade do flúor no tratamento bucal, visto que não é somente a água que provoca esse problema.
5.1.8 Filtração
Após receber o Flúor, a água passa por um processo de filtração, esses filtros são formados por pedregulhos, areia e carvão antracito. Essa fase é responsável por retirar a sujeira que ainda restou do processo de decantação.
A estação de Assis possui 5 filtros que são lavados diariamente em períodos de baixo consumo, ou seja, durante a madrugada. A lavagem consome 120m³ de água já tratada por unidade de filtro, a água vai para o reciclador e é tratada novamente para reutilização.
É importante que seja sempre limpo, para que a água possa ser filtrada com rapidez, pois se tiver sujeira ela pode ter dificuldade na descida e assim atrapalhar o processo continuo do tratamento.
Imagem 10 Filtro
Fonte Própria,2016
5.1.9 Pós-alcalinização
Em seu regimento interno a SABESP estabelece um pH de 7,5. A norma permite utilizar o intervalo de 6,5 a 9,5. Visando manter a qualidade das tubulações de metais ainda existente essa etapa consiste em fazer a correção final do pH da água.
5.1.10 Pós-cloração
	É realizada uma última adição de cloro no líquido antes de sair da estação, assim garante-se a desinfecção da água, fazendo com que ela chegue ao consumidor livre de bactérias e vírus nocivos à saúde. 
5.1.11 Poliortefosfato de Sódio
Apesar dessa etapa não ser regida por normas a última etapa consiste na adição de Poliortefosfato de Sódio, que age como um seqüestraste de metais, ela se faz necessário em Assis devido ao uso em grande escala de rede de ferro no município. A SABESP informou que essas redes estão sendo gradativamente substituídas.
6 CONCLUSÃO
Tratar um produto tão importante para a vida não é simples, requer boas técnicas, métodos e produtos definidos e estudados. A qualidade do tratamento depende do seu fim, já que para algumas finalidades não se faz necessário um rigor tão grande.
Conhecer através de visita técnica uma empresa tão séria e organizada possibilita uma visão minuciosa do processo de captação, tratamento e distribuição da água, já que para tudo isso existe uma infraestrutura muito grande onde o engenheiro civil tem fundamental importância para a elaboração de um projeto que atenda com qualidade toda a demanda.

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