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Reforço de Estruturas de Betão Armado por Adição de Armaduras Exteriores

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Reforçode Estruturasde BetãoArmado por
AdiçãodeArmadurasExteriores
Strengtheningof ReinforcedConcreteStructuresbyAdditionof
ExternalReinforcement
Júlio Appleton*
AugustoGomes**
SUMÁRIO ABSTRACT
Neste artigo apresenta-seuma síntese sobre a concepção e o
dimensionamentodo reforçode elementosde viga ou de pilar por adição
de elementosmetálicos.São tratadosos critériosde dimensionamento,os
métodosde análisee os métodosde cálculo dos esforçosresistentesde
flexão e de esforço transversoe apresentam-sedisposiçõesconstrutivas
para estetipo de reforço.
This paper presents a synthesis of the strengthening design of
reinforced concretebeamsand columns by externa!reinforcement.The
designcriteria, themethodsof ana!ysisand the eva!uationof the design
resistantbendingmomentandsheararepresented.Constructiondetailsare
presentedfor this type of strengthening.
1 - INTRODUÇÃO
o reforçodeumaestruturapodeestarassociadoàcor-
recçãodeanomaliasdecorrentesdedeficiênciasdeprojec-
to,construçãoou utilizaçãoouà necessidadedealterara
finalidadedaconstrução.Sãoaindadereferirsituaçõesem
quesepretendereforçarumaestruturaparaaumentaros
seusníveisdesegurança,nomeadamenteemrelaçãoà ac-
çãosísmica.
O presenteartigotemcomoobjectivoapresentaruma
síntesesobreo reforçodeestruturasdebetãoarmadoepré-
-esforçadoporadiçãodeelementosmetálicos.
Importasalientarquea intervençãonoreforçodeuma
estruturarequera participaçãodeengenheiroscomvasta
experiênciaemengenhariadeestruturasqueoshabilitea
compreendereme avaliaremdeformaglobalo problema
emcausaeaestabelecerumaestratégiaeficazparaa inter-
venção.
2 - ENQUADRAMENTO GERAL DE UM PRO-
JECTO DE REFORÇO
A elaboraçãode um projectode reforçodeveráser
sempreprecedidadaavaliaçãodaestruturaexistente,oque
envolvea recolhadetodaa informaçãodisponívelsobreo
projectoeaobra,arealizaçãodeumainspecçãoeaanálise
dascondiçõesdesegurança.Seaestruturaapresentadanos,
é fundamentalrealizaro diagnósticodasituação,identifi-
candoascausasdaspatologiaseexplicandodeformaclara
a relaçãoentreessascausase osfenómenosobservados.
Definidooobjectivoaatingireemfunçãodoproblema
emcausa,háqueteremconsideraçãoosdiversostiposde
intervençãopossíveis- desdeo reforçoàsubstituiçãode
* ProfessorCatedráticodo Instituto SuperiorTécnico.
'i<'i<ProfessorAuxiliardoInstitutoSuperiorTécnico.
Revista Pórtuguesa de Engenhariade Estruturas(RPEE) N."41
_. ---
elementos,à demoliçãoouà introduçãodenovoselemen-
tosestruturais.
A intervençãodereforçodeverátambémincluira re-
paraçãode danosexistentese no casode ocorreruma
fendilhaçãosignificativadeveráproceder-seà suainjecção
comresinaépoxyporformaareporo monolitismodoele-
mentoestrutural.
Combasenosresultadosdaavaliaçãoe nadefinição
dosobjectivosaatingiroprojectodeveráserconcebidopor
formaa reduziraomínimoa intervençãonecessária,quer
porrazõesdeeconomia,querpelaimplicaçãoqueo reforço
temnousonormaldaconstruçãoe noselementosnãoes-
truturaisafectados.
Um projectodereforçodeveráincluir,paraalémdo
seudimensionamento,umaavaliaçãoanalíticadaeficácia
da intervenção.Apósa suaexecuçãodeverãorealizar-se
ensaiosde cargaparaas acçõesde serviçopor formaa
comprovaro resultadodaintervenção.
3 - A VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇAEM PRO-
JECTO DE REFORÇO
A verificaçãodasegurançaporvia analíticaenvolve,
numprojectodeumaobranova,o estabelecimentodeum
modeloquesimuleasacções,aspropriedadesdosmate-
riais,o comportamentodaestruturaeadefiniçãodoscrité-
riose níveisdesegurança.
No queserefereaumprojectodereforçoeàverifica-
çãoda segurançaaosestadoslimitesde utilização,háa
salientara necessidadedesimularosdanosexistentese o
próprioreforço,nomeadamenteatravésda correcçãodas
propriedadesdassecções(área,inércia,...).
A verificaçãodasegurançaemrelaçãoaosestadosli-
mitesúltimospode,emprojectosdereforço,serexpressa
naforma:
15
emquecomo sobrescrito' sepretendereferirqueessagran-
dezapodetomarvaloresdiferentesdos adoptadosno
. projectodeobrasnovas.Comefeito,porumladoexistem
incertezasadicionais- porexemplo,resultantesdadifi-
culdadedesimularos danosexistentes- mas,poroutro
lado,é possívelobterinformaçãorigorosadaobrae das
propriedadesdosseusmateriais.
A avaliaçãodosesforçosactuanteseresistentesenvol-
veprocedimentosqueapresentamalgumasdiferençasem
relaçãoaoprojectodeobrasnovas.Naavaliaçãodosesfor-
çosactuantesaanáliseelásticalinearnãoé frequentemente
o modelomaisadequadoporqueaestruturaeventualmente
danificadajá nãoapresentaumarespostadessetipo.Veri-
fica-semesmo,emalgumassituações,quea aplicaçãode
ummodeloelásticolinearconduziriaa níveisdeesforços
actuantessuperioresà capacidaderesistenteefectiva.As-
sim,osmodelosdeanáliselinearseguidadaredistribuição
de esforçosou de análiseplásticasãofrequentemente
adoptadosem projectosde reforço,comoilustradonas
Figs. I e 2.
Momentos flectoresobtidos de:
- Análise elásticalinear (AEL)
--- AEL seguidade redistribuição
Fig. 1- Análiseelásticaseguidaderedistribuiçãodeesforços
L
p =u
\ / 2 2
(2M2 -M} -M3)+V(Ml+M3 -2M2)-(M}-M3)
13/2
Fig.2- Análiseplástica- Cargaúltimadeumaviga
o cálculodosesforçosresistentesemelementosrefor-
çadosserádetalhadamenteabordadonocapítulo6.Existem
fundamentalmenteduasalternativas.A primeiraconsistena
modelaçãodo níveldedanosantesdoreforçoe a simula-
çãodoelementoreforçado,incluindoainterfacedeligação,
e a segundaconsistenaadopçãodométodosimplificado
doscoeficientesglobais.Esteúltimométodoconsisteem
aplicarao elementoreforçadoos modelosadoptadosem
obrasnovas,comose a estruturanãotivessedanose a
ligaçãodoreforçofosseperfeita,eemafectarosresultados
16
obtidosporumcoeficienteglobaldesegurança,designado
porcoeficientedemonolitismo,'YnR::;1,0,quedependeda
tecnologiae dotipodereforço. .
A análisedosesforçose deformaçõesdaestruturapo-
deráser realizadacom basenummodeloda estrutura
monolítica,desdequesesimuleo efeitodosdanose do
reforço.Deacordocomo resultadodeensaiosexperimen-
tais,osvaloresdareduçãodarigidezemrelaçãoàestrutura
monolíticapodemserconsideradosatravésdeumcoefici-
entedemonolitismoderigidez,'Yn.k::;1,0.
4 - DESCRIÇÃODOSISTEMA
A adiçãodearmadurasexterioresé naturalmenteuma
técnicaadequadaquandohádeficiêncianasarmadurasexis-
tentese asdimensõesdoselementosestruturaise a quali-
dadedobetãoseconsideramseradequadas.Em geral,são
utilizadaschapasdeaçoouperfismetálicos.Refira-seque
o açoutilizadonoreforçonãodeveserderesistênciamuito
elevada,sendo,emgeral,preferívelo Fe360,demodoa
nãosernecessáriaumagrandedeformaçãoparamobilizar
a suacapacidaderesistente.
Esteselementospodemserligadosporsimplescolagem
comresinaépoxyouporcolagemcomresinaépoxyapli-
cadaporinjecção.A ligaçãopodeedevesercomplementada
combuchasmetálicas.
A adopçãodequalquerdestastécnicasrequerumacui-
dadosapreparaçãodassuperfíciesdo betãoe daschapas
paragarantircondiçõesdeboaligaçãoentreaschapasde
reforçoe o betãoexistente.
Quandonãosãoutilizadasbuchasmetálicasnaligação
é recomendadaumaespessuraentre3 e 5 mme umalar-
gurainferiora 300mmdaschapas.A espessuradaresina
deveserdaordemde I a 3mmumavezqueespessuras
elevadasconduzemaumaligaçãomenoseficiente.
Resina
épo'!l..
Chajiã
aço
D
.I, ~4mm
I. ~2mm
b,.,SOmm
I, ~12mm
t. ~ 2mm
b,.,SOmm
!?.
a)Sembuchasmetálicas b)Combuchasmetálicas
Fig. 3 - Reforçoà flexão- Dimensõesrecomendadas
r. ~Smm
la ~2mm
d'., 1001,
a) Sembuchasmelálicas b) Combuchasmetálicas
Fig. 4 - Reforço ao esforço transverso- Dimensõesrecomendadas
RevistaPortuguesade Enganharlade Estruturas (RPEE) N..41
L.
- 110111<
ResinaJ- .époxy laI,
I, 3mm
la 2mm
d'., 1001,
Durantea execuçãodoreforçoa estruturadeveráser
aliviadadetodasascargasquepossamserremovidas.Deste
modogarante-sequeasarmadurasdereforçosãomobiliza-
dasparaascargasdeserviço.
A superfíciedobetãoexistentedeveserpreparadade
modoaremoverasimpurezasdepositadas,aretirarobetão
degradadoeaaumentarasuarugosidade.Estaoperaçãoé,
emgeral,realizadacommartelosdeagulhas(pneumáticosoueléctricos).Deve-seevitarquea rugosidadesejaexces-
sivaporformaanãoseobteremespessurasderesinaele-
vadas.
As chapasdeaçosão,apóso fabrico,decapadasepro-
tegidascomumapelículaplásticaparao seutransportee
manuseamento.Estapelículasó deveserremovidaime-
diatamenteantesdasuaaplicação.
As propriedadesmaisrelevantesdaresinaépoxypara
estetipodeaplicaçãosãoa suaviscosidade,o períodode
aplicaçãoedeendurecimentoeassuaspropriedadesmecâ-
nicas(módulodeelasticidadeetensãoderotura).A aplica-
çãodaresinanãodeveserefectuadacomumatemperatura
ambienteinferiora 102.
Ensaiosdetracçãorealizadosemprovetesprismáticos
de 2mmde espessura[1,2, 3] conduzirama valoresde
E =2500a4300MPaefsu=48a78MPaerevelaramque
90%daresistênciamáximadaresinaeraatingidaaofImde
cercade7 dias.VerifIca-se,noentanto,queestasproprie-
dadesapresentamgrandevariação,sendoestesvaloresda-
dosunicamentea títuloindicativo.
No casodacolagem,apósa preparaçãodasuperfície
do betão,efectua-seumapinturacomumaresinafluida
seguidade umacamadaderesinacomumacarga(areia
siliciosa).Apósestaoperaçãoaplica-sea chapa,devendo
serexercidaumapressãodaordemde0,1a 0,5MPa.
Descrevem-seseguidamenteasprincipaisfasesdaapli-
caçãodechapascoladasporinjecçãoderesinaeadiçãode
buchasmetálicas,quetemsidoadoptadapelosautoresem
diversasobras:
-Após apreparaçãodasuperfície,aschapasderefor-
çosãoposicionad~atravésdebuchasdeaçodealta
resistência,introduzidasemfurospreviamenteexe-
cutados.Quandonãosãoutilizadasbuchasmetáli-
casnaligaçãosãoutilizadosprumosououtrosiste-
maparao posicionamentodaschapas;
-Selagem dazonaa injectaratravésdaaplicaçãode
umaresinaépoxycom umacarga,por exemplo
betumedepedra,no contornodachapae sobrea
cabeçadasbuchas.Nestafasesãodeixadostubosde
pequenodiâmetroparaa injecçãodaresinae ~aída
do ar (tubosdepurga).
-Injecção doespaçocompreendidoentreasuperfície
dobetãoe achapaatravésdeumaresinaépoxyde
baixaviscosidade.
As chapasouperfIsdeaçodeverãos~rprotegidascon-
traacorrosãoe a acçãodofogo.Senãoexistiroutrabar-
reiradeprotecçãoaofogo,deveráefectuar-seumapintura
(tintasintumescentes)quegarantaumaresistênciaaofogo,
no mínimo,de30minutos.
Revista Portuguesa de Engenhariade Estruturas(RPEE) N."41
5 - LIGAÇÃO
A garantiadeumaboaligaçãoentreasarmadurasde
reforçoe o elementodebetãoé fundamentale deveráser
devidamenteconsideradanoprojectodoreforço.
Paraavaliara resistênciadestaligaçãorealizaram-se
ensaios[2,3]daligaçãoaço/resina,tendo-seobtidovalores
datensãodeaderêncial' de2,1a 3,5MPa paradiferentes
tiposderesina.
Fmáx1'=-
2xLxb
Paraavaliara capaçidadeda ligaçãoaço/resina/betão
efectuaram-seensaios[3]deprovetesconstituídosporcu-
bosdebetãode20cmdearestacomduaschapasdeaço
coladasporinjecção,comousemumabuchametálica,em
duasfacesopostas.Estesensaiosforamrealizadospara
cargasmonotónicaseparacargascíclicas.Semautilização
debuchasmetálicasobtiveram-sevaloresmédiosdatensão
deaderênciade2,5MPaparaacçõesmonotóDÍcase 1,6MPa
paraacçõescíclicas.Quandose adicionouumabucha
metálicaà ligaçãoobtiveram-sevaloresde 3,4 MPa e
2,8MPa, respectivamente.
6 - DIMENSIONAMENTODO REFORÇO DE VI.
GAS COM CHAPASCOLADAS
Na Fig. 5a)apresenta-seo modelodecomportamento
noestadolimiteúltimodeumasecçãoreforçada.
Em elementosestruturaiso dimensionamentopode
realizar-sepelométododoscoefIcientesglobais,conforme
ilustradona Fig. 5b), admitindo-seum coeficientede
monolitismoparaa flexãoe parao esforçotransversode
rnM=1,0ernv=0,9,desdequesecumpramosrequisitos
indicadosnas'Figs.3 e 4.
Combasenestahipótesea determinaçãodomomento
flectorresistenteM'dé efectuadaadmitindoquea secção
temumcomportamentomonolítico,havendoumaaderên-
ciaperfeita(secçõespl~asmantêm-seplanasapósadefor-
mação).O cálculoé efectuadodeformasemelhanteaode
umasecçãodebetãoarmado,considerando-seduascama-
dasdearmaduraquepodemterresistênciasdiferentes,como
indicadona Fig. 5b).O momentoresistentede cálculo
M'd resultado produtodo valoracimaobtidopelocoefI-
cientedemonolitismoquenocasodeflexãotomao valor:
rn,M=1,0.
a)
Ar
b)
Ar
Fig. 5 - Detenninaçãodo momentoflector resistente
17
_Fc
)Mro
F <e:.,+âE;)
Eo E Er "F: (e)s
Ec (Jc
I -
_Fc
di Idr \I ""
)M
"
F -A Yd
8JI ' I I r',5 I '
I Mro='Yn,MM I
E Er F:.A:f.
Se as duascamadasde armaduraestãopróximaso
cálculopoderáserrealizadocomumaarmaduraequivalen-
te de áreaA:q, com umaresistênciade cálculo/s;de
posicionadanocentromecânicodessasarmaduras,definida
pelaseguinteequação:
M Aeq eqç i A i i ç i A r r ç rrd = s Z Jsyd = s Z Jsyd + s Z Jsyd
Admitindo Z z 0,9d, obtém-se:
M rdz A:q 0,9deq!s;d=/s;d
(
Ai 0,9di +A; 0,9dr!Sfd
)!syd
Esteprocedimentopermiteautilizaçãodetabelascor-
rentesdedimensionamentodearmaduras,sendoa áreade
reforçodeterminadaatravésdaexpressão:
Paraalémdocálculoacimareferidodeverásergaran-
tidaasegurançadaligaçãoaço/betão.Emgeralpodeadmi-
tir-seumadistribuiçãoplásticauniformedastensõesdecorte,
comoindicadonaFig. 6.
L/2 L/2
Fig. 6 - Distribuiçãoplásticadastensõesdeaderência
Paraaverificaçãodasegurançaemrelaçãoàaderência
aço/betãonãoexistemindicaçõesnormativas.Com base
na experimentaçãorealizada,propõem-seos seguintes
critérios:
·Ligaçãosembuchasmetálicas:
sendo
Fsd= A;d /s;d ::;;'rsdb k
2
(
!Cl, min
'tsd
2MPa
.Ligaçãocombuchasmetálicas:
Fsd =A;d /s;d::;;n Fb +y'tsdb L/2
emqueFbrepresentao valordecálculodaforçaresistente
decortedeumabucha,nonúmerodebuchascolocadasno
comprimentoL/2, b a larguradachapaey'tsdrepresentaa
tensãodeaderênciaaço/resina/betãomobilizadaemsimul-
tâneocom Fb' que se podeconsiderarda ordemde
0,5MPa.
18
A verificaçãoda segurançada ligaçãopodetambém
serefectuadanascondiçõesdeserviço,sendoentãoasten-
sõesactuantesdecortecalculadasatravésdaavaliaçãodo
fluxodecorteelástico.A ligaçãodachapareforçadacom
buchasmetálicasfuncionaemserviçobasicamenteatravés
da ligaçãoporcolagemdaresinaépoxy,umavezqueas
buchasmetálicastêmo seucontributoprincipalnoreforço
dacapacidadeúltimadaligação.
A experimentaçãorealizadamostrouqueévantajosaa
amarraçãocombuchas.Nalgunscasosemquenãofoi uti-
lizadaestatécnicaobservou-seo arrancamentoda chapa
nassuasextremidades,o queconduziua umcolapsopre-
maturo.Assim,seseconcebera ligaçãosembuchas,reco-
menda-sepelomenosaaplicaçãodebuchasnasextremida-
desdaschapas,demodoa evitaraqueletipoderotura.
Um outroaspectoa consideraré a vantagemdestali-
gaçãomistaemcasodeincêndioumavezque,sea ligação
porcolagemfor afectada(T >7()2C),a ligaçãomecânica
pelasbuchasmetálicascontinuaráefectiva.
Quandosepretenderumamelhoramarraçãodaarma-
duradereforçodeveprolongar-seestaarmaduraatéàex-
tremidadeda vigae aí efectuar-seumaligaçãoao pilar
atravésde umacantoneirametálica,comoilustradona
Fig. 7a).
Em vigascontínuaspodeserdadaamarraçãoe conti-
nuidadeà armaduradereforçonazonado nó atravésda
utilização de um quadrometálico, constituído por
cantoneiras,queenvolveo pilar,Fig. 7b).Estequadro,
ligadoao pilarporcolageme, eventualmente,atravésde
buchasmetálicas,permiteatransferênciadeforçasmesmo
nassituaçõesemqueasvigasdasduasdirecçõesperpen-
dicularespossuemarmadurasde reforço.Este quadro
toma-setambémmuitoútil na ligaçãodasarmadurasde
reforçodospilares,comoreferidonocapítulo7.
a)
Fig. 7 - Pormenoresdeligaçãodaschapasdereforço:
a)nasextremidadesdevigas;b) numnó deumpórtico
1
I
o reforçoaoesforçotransversoatravésdaadiçãode
chapasmetálicaséeficientesomentenocasodeaarmadura
transversalserinsuficiente.O cálculodo valorresistente
podetambémserefectuadorecorrendoà técnicadoscoefi-
cientesglobais,atravésdasseguintesequações:
Vsd ::;;V~ax='t2bwdi
Vsd ::;;Vrd= Vcd + Vwd
Vcd ='tI bwdi
Vwd=Yn,V(0,9i A;w!s;d+0,9dr A;w/s;d)
A metodologiadeverificaçãode segurançaapresen-
tadae a eficiênciadestatécnicade reforçotêm sido
comprovadasatravésdeensaioslaboratoriais(atéà rotura)
Revista Portuguesade Engenhariade Estruturas (RPEE) N.- 41
e de ensaiosde cargaem obrasreforçadas(paracargasdeserviço). O ensaiode carga revela-sede enormeimpor-
tânciapoispermiteverificarin situo comportamentoda
estruturareforçada.
Na Fig. 8 indicam-sealgunspormenores-tipoda liga-
ção de chapasparao reforçoaoesforçotransverso.
. . . . .
-;-~
a) U
b)
bl)
Cantoneira
Alçado lateral
.- -.. .
b2)1r
~
Vista inferior
Fig. 8 - Soluçõesdereforçoaoesforçotransverso
Relativamentea estafigurasãode referiros seguintes
comentários:
-Na Fig. 8a) indica-seuma soluçãoexecutadacom
umachapacontínua.Estetipo de reforçoapresenta
o inconvenientedeumaelevadaáreadebetãoa pre-
parare umamaiordificuldadena injecção.Na liga-
ção superior recomenda-sea utilização de uma
cantoneiraque é fixada atravésde buchasà face
inferior da laje;
-Na Fig. 8b)apresenta-seumreforçoaoesforçotrans-
versocomchapasdescontínuas.Nestasoluçãoreco-
menda-separaalémdacantoneiranafacesuperiora
utilizaçãodecantoneirasnazonainferiorligadas,na
face inferiordaviga,porbarras.Destemodogaran-
te-seumaeficienteamarraçãodas forças transmiti-
daspelasbielasde compressão.
Relativamenteà verificaçãoda segurançaaosEstados
LimitesdeUtilizaçãoé importantereferirquea técnicade
reforçoporchapasmetálicasémuitoeficazparao controlo
dafendilhaçãoe,noqueserefereàdeformação,temdois
contributosfavoráveis:a reposiçãodo monolitismoasso-
ciado à injecçãodasfendas(eliminandoa perdaderigidez
por fendilhação)e o aumentodainérciadassecções.
7 - REFORÇO DE PILARES COM ADIÇÃO DE
ELEMENTOS METÁLICOS
Os objectivosdoreforçodepilaressãodemodogeral
osseguintes:aumentodacintagem;aumentodacapacidade
resistenteemflexãocQmposta(M,N);eaumentodacapa-
cidaderesistenteemcompressão.
Um dos objectivosdo incrementoda cintagemé a
melhoriada ductilidadedo elemento,comvistanomea-
RevistaPortuguesadeEngenhariadeEstruturas(RPEE)N.'41
damentea umamelhoriado comportamentosísmicodo
edifício.Outroobjectivopodeapenasterpor finalidadeo
aumentodacapacidaderesistenteemcompressãotirando
partidodoefeitodacintagem.
A melhoria da resistência em flexão composta pode ser
obtida através da adição de elementos metálicos ou através
de encamisamento, técnica esta que não é abordada neste
artigo.
Nas situaçõesde clarainsuficiênciade resistênciaà
compressãosimplesé,emgeral,utilizadooencamisamento
porsermaiseficiente,emborasepossatambémproceder
aoreforçoatravésdaadiçãodeelementosmetálicos.
O reforçodepilare§atravésdaadiçãode elementos
metálicosé eficiente sobretudo nas situações de insuficiên-
cia de armaduras. Em geral, são utilizadas chapasdeaçoou
cantoneirascoladascomresinaépoxy.
De formasemelhanteàsvigas,o cálculodosesforços
resistentesdesecçõesdepilaresreforçadaspodeserefec-
tuadoatravésdométododoscoeficientesglobais,admitin-
do-seumcoeficientedemonolitismode'Yn,MN=0,9,con-
formeseilustranaFig. 9.
Fig. 9 - Detenninaçãodosesforçosresistentes
Quandoa distânciaentreas armadurasiniciaise de
reforçoépequena,toma-sepossível,deformasimplificada,
utilizarastabelasdedimensionamentocorrente,resultando
dessecálculoumaáreadeaçototal,A;q. A áreadeaçode
reforçoé determinadaatravésda equação:
A eq_A i + A r/s;ds - s s ---:--
!s~d
No casodautilizaçãodecantoneirasrecomenda-secomo
dimensãomínimacantoneirasde 50 x 50 x 5 mm.
Paraalémdaligaçãoporcolagemcomresinainjectada,
podecomplementar-seestaligaçãoatravésde soldaduraàs
armadurasiniciais, comoilustradonaFig. lOa). A adopção
debuchassó é viávelnocasodeadimensãodaarmadura
dereforçosersuficientementeelevadaporformaa permitir
queasbuchasnãocolidamcom a armadurainicial, como
indicadonaFig. lOb).Recomenda-seaindaqueoselemen-
tos longitudinais,colocadosnos cantosda secção,sejam
ligadosentresi atravésde barrassoldadas,como ilustrado
naFig. lOc). Estasbarraspodemserutilizadasparao refor-
ço da armaduratransversal.
DO
a) b)
c)
Fig.10- Reforçodepilares- Ponnenoresdeligação
19
- --
Ec= E.2 ac a.2 F.:.2s
: I '':J , M"
Ft N
E c,-.- Vs F"ts
IMro='Yn,MNMI I Nro='Yn,MNN I
Na Fig. 11apresenta-seumpormenorda ligaçãodas
armadurasdereforçodopilarnumnó.Estaligaçãoécons-
tituídapordois quadrosmetálicosemcantoneiraquesão
ligadosatravésde um perfilou de um varão,conforme
ilustradona figura.Destaformaé tambémgarantidauma
amarraçãoeficazdasarmaduraslongitudinaisdereforço.
chaDade reforço
quadrometálico
emcantoneira
chapade reforço
alternativa em
varão
alternativaem
cantoneira
Viga longitudinal
quadrometálico
emcantoneira
viga,transversal
Fig. II - Pormenordeligaçãodasarmaduras
dereforçodeumpilarnumnó
NaFig. 12apresenta-seumaformadeligaçãodascha-
pasouperfisa umafundaçãoutilizandoumquadrometá-
licoemcantoneira.Estequadroéancoradoàfundaçãoatra-
vésdechumbadourosintroduzidosemfuroseseladoscom
resinaépoxy,que,paraestaaplicação,deveserfluida.Com
baseemresultadosexperimentais[4],recomenda-separa
estetipode ligaçãoa utilizaçãodeum comprimentode
amarraçãopelomenosigualametadedovalorpreconizado
noREBAP paraa amarraçãoaço-betão.Comefeito,veri-
fica-sequea realizaçãodofurocomdiâmetrosuperiorao
do varão(0furo'" 1,50varão)faz aumentara superfícieda
ligaçãoaobetão.
chapadereforço
quadrometálico
emcantoneira
chumbadouro
Fig. 12- Ligaçãodasarmadurasdereforçoà fundação
8 - REFERÊNCIAS
[1] ALFAIATE, JORGE - Reforçopor adiçãode elementos
de aço emvigasde betãoarmado,Dissertaçãode
mestrado,InstitutoSuperiorTécnico,Lisboa,Julhode
1986.
[2] ApPLETON,JÚLIO;SILVA,VIcrOR- Strengtheningof
reinforcedconcretebeamsby externalreinforcement,
IABSE Symposium,SãoFrancisco,USA, Agostode
1995.
[3] RODRIGUES,CARLOS- Comportamentoda ligação
aço-resina-betãoemelementosestruturais,Dissertação
demestrado,InstitutoSuperiorTécnico,Lisboa,Junho
de 1993.
[4] SOUSA,REGINA- Análisedocomportamentodevigas
debetãoarmadoreforçadasàflexãoeaoesforçotrans-
verso,Tesededoutoramento,InstitutoSuperiorTécni-
co,Lisboa,Julhode 1990.
[5] EUROCÓDIGO 8 - Design Provisionsfor Earthquake
ResistanceofStructures-Part1.4-Strengtheningand
Repairof Buildings- prENV 1998-1-4-1995.
[6] COMITÉ EURO-INTERNATIONAL DU BÉTON, BULLETIN
D' INFORMATION NQ 162 - Assessmentof Concrete
StructuresandDesignProceduresfor Up-grading(re-
design),Prague,October1983.
[7] SOUTHAFRICANROADSBOARD- Recomendations
for theDesignofEpoxyBondedExternalSteelPlate
Reinforcement,Pretória,Março1992.
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Revista Portuguesade Engenhariade Estruturas(RPEE) N.. 41
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