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CONTEÚDO 11 - ANATOMIA DO SISTEMA VASCULAR

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07/03/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Anatomia do Sistema Vascular
O sangue é transportado através do corpo em uma complexa organização de vasos. As artérias se ramificam em inúmeras pequenas
arteríolas, que por sua vez, se ramificam em numerosos capilares microscópicos, no nível dos quais as trocas entre sangue e tecidos
ocorre. Dos capilares, o sangue penetra em finíssimas veias que se juntam e confluem para veias maiores. Os vasos do sistema
cardiovascular podem ser divididos em dois circuitos separados, cada qual saindo e chegando ao coração (Spence, 1991).
*Artéria (L.) arteria (=artéria), de (G.) aér (=ar) e (G.) térion (= conduto), de (G.) tereo (=eu levo, eu contenho). Hipócrates
chamava “arteria” à traqueia e a árvore bronquial e “flebos” aos vasos, mas os anatomistas gregos antigos acreditavam que as
artérias continham ar e as veias, sangue (Praxágoras, Erasístrato e Herófilo), pelo fato de que às dissecações, aqueles vasos
mostrarem-se vazios. Daí, provavelmente, a forma latina arteria (=ar) e teres (=cilindro). Os vasos eram chamados “arteria leiai”
(vasos lisos) enquanto a traqueia e brônquios eram “arteria tracheia” (vasos rugosos). Galeno constatou a existência de sangue nas
artérias, mas para não desmentir a teoria humoral, achou que nelas circulava sangue misturado com ar. No século XVII, os trabalhos
de Miguel Serveto, Realdo Colombo, Fabrizzio D’Acquapendente e William Harvey demonstraram claramente a circulação sanguínea
nas artérias (Fernandes, 1999).
1. Circuito sistêmico
Os vasos do circuito sistêmico transportam sangue para todos os tecidos e órgãos do corpo, exceto para os alvéolos dos pulmões. O
sangue do ventrículo esquerdo entra no circuito sistêmico através da aorta, da qual todas as artérias desse circuito são ramos
(Spence, 1991).
Os ramos das artérias, em várias partes do corpo, unem-se a ramos de outras artérias de calibre semelhante, constituindo o que se
chama de anastomose, em vez de terminarem unicamente por capilares. As anastomoses podem ocorrer entre grandes artérias sob
a forma de arcos, tais como os da palma da mão, as arcadas dos intestinos, ou o círculo arterial do cérebro (círculo de Willis). Mais
frequentemente, a anastomose se dá entre pequenas artérias, de 1 mm ou menos de diâmetro (Gray, 1988).
2. Aorta e seus ramos
A maior artéria do corpo, a aorta (Gerhard Aumüller, 2009), tem 2 a 3 cm de diâmetro (Tortora, 2006) é o tronco arterial central e
é subdividida, nos seguintes segmentos: (i) aorta ascendente, parte ascendente da aorta, essa porção se estende desde a valva
aórtica até a emergência do tronco braquiocefálico; (ii) arco da aorta, situado entre a emergência do tronco braquiocefálico e da
artéria subclávia esquerda; (iii) aorta descendente, parte descendente da aorta, ela segue como parte torácica da aorta (aorta
torácica), até a sua passagem pelo diafragma. Sua continuação inferior é denominada parte abdominal da aorta (ou aorta
abdominal). Os segmentos da aorta mencionados são classificados como artérias elásticas (ou artérias do tipo elástica) que, devido à
sua proximidade do coração, estão submetidas a grandes quantidades pulsáteis de volume. Graças a sua estrutura elástica, elas
podem amortecer e estabilizar grandes variações na pressão sanguínea (Gerhard Aumüller, 2009).
2.1 Ramos da parte ascendente da aorta
A parte ascendente da aorta, com aproximadamente 2,5cm de diâmetro (Moore, 2007) tem cerca de 5 cm de comprimento (Gray,
1988). Começa no óstio da aorta (Moore, 2007), no nível da margem caudal da terceira cartilagem costal, por trás da metade
esquerda do esterno (Gray, 1988). Situa-se posteriormente ao tronco da artéria pulmonar (Tortora, 2006). As artérias coronárias:
direita e esquerda, que irrigam o miocárdio, são os únicos ramos que surgem desta parte ascendente da aorta (Van de Graaff,
2003). A parte ascendente da aorta é intrapericárdica; por essa razão e como está situada inferior ao plano transverso do tórax, é
considerada pertencente ao mediastino médio (Moore, 2007).
2.2 Ramos do arco da aorta
O arco da aorta, a continuação da parte ascendente da aorta, tem 4 a 5 cm de comprimento. Começa posterior à 2ª articulação
esternocostal direita no nível do ângulo do esterno, curva-se superior e posteriormente para a esquerda, e depois inferiormente. O
arco da aorta ascende anterior à artéria pulmonar direita e à bifurcação da traquéia, atingindo seu ápice no lado esquerdo da
traquéia e do esôfago, enquanto passa sobre a raiz do pulmão esquerdo (Moore, 2007). Desce e termina no nível do disco
intervertebral entre a 4ª e a 5ª vértebras torácicas. Seus três ramos, na ordem em que emergem do arco da aorta, são o tronco
braquiocefálico, a artéria carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda (Tortora, 2006). O tronco braquiocefálico como
seu nome sugere, supre de sangue as estruturas do ombro, do membro superior e da cabeça do lado direito do corpo. É um vaso
curto (Moore, 2007), com 4 a 5 cm de comprimento (Gray, 1988), que ascende através do mediastino até um ponto próximo da
junção do esterno com a clavícula direita. Neste local divide-se em artéria carótida comum direita, que se coloca no lado direito do
pescoço e da cabeça, e artéria subclávia direita, que leva sangue ao ombro e membro superior direitos. Os outros dois ramos do
arco da aorta são a carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda. A artéria carótida comum esquerda, o segundo ramo
do arco da aorta, origina-se posterior ao manúbrio, ligeiramente posterior e à esquerda do troco braquiocefálico. Ascende anterior à
artéria subclávia esquerda e inicialmente situa-se anterior à traquéia e depois à sua esquerda (Moore, 2007). Transporta sangue para
os lados esquerdos do pescoço e da cabeça. A artéria subclávia esquerda, o terceiro ramo do arco da aorta, origina-se da parte
posterior do arco da aorta, imediatamente posterior à artéria carótida comum esquerda. Ascende lateral à traquéia e à artéria
carótida comum esquerda através do mediastino superior; não emite ramos no mediastino (Moore, 2007). Supre o ombro e o
membro superior esquerdos (Van de Graaff, 2003).
A partir da artéria subclávia, de cada lado, origina-se, como um dos primeiro ramos, a artéria torácica interna. Esta artéria segue
com as veias de mesmo nome, distante aproximadamente 2 cm da margem lateral do esterno, junto à face posterior da parede
torácica anterior; inicialmente no mediastino anterior e superior e, em seguida, no mediastino anterior inferior (Gerhard Aumüller,
2009).
2.3 Ramos da parte torácica da aorta
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A parte torácica da aorta é a continuação do arco da aorta (Moore, 200&) tem cerca de 20 cm de comprimento. Começa no disco
intervertebral entre a 4ª e a 5ª vértebras torácicas e termina em uma abertura no diafragma (hiato aórtico), paralela ao disco
intervertebral entre a 12ª vértebra torácica e a 1ª vértebra lombar (Tortora, 2006). Enquanto desce, aproxima-se do plano mediano
e desloca o esôfago para a direita. O plexo aórtico torácico, uma rede nervosa autônoma, a circunda (Moore, 2007). Este vaso
grande fornece ramos aos órgãos e músculos da região torácica (Van de Graaff, 2003). Todos os ramos desta região são pequenos
(Spence, 1991). Estes ramos incluem os: (i) ramos pericárdicos que vão ao pericárdio do coração (Van de Graaff, 2003); (ii) ramos
bronquiais que seguem como vasos nutridores da árvore bronquial do pulmão (Gerhard Aumüller, 2009); (iii) os ramos esofágicos,
geralmente duas, mas até cinco (Moore, 2007) para o esôfago ao passar pelo mediastino (Van de Graaff, 2003); (iv) as nove
intercostais posteriores, que suprem todos, exceto os dois espaços intercostais superiores (Moore,2007); (v) e as artérias frênicas
superiores, que irrigam o diafragma (Van de Graaff, 2003); (vi) ramos mediastinais para linfonodos do mediastino posterior
(Gerhard Aumüller, 2009).
2.4 Ramos da parte abdominal da aorta
A parte descendente da aorta tem aproximadamente 13 cm de comprimento (Moore, 2007), que começa na abertura no diafragma
(hiato aórtico) (Tortora, 2006), no nível da 12ª vértebra torácica (Moore, 2007) e termina aproximadamente no nível da 4ª vértebra
lombar, onde se divide nas artérias ilíacas comuns: direita e esquerda, que transportam o sangue para os membros inferiores. As
artérias ilíacas comuns: direita e esquerda, por sua vez, dividem-se nas artérias ilíacas externas e internas (Tortora, 2006). No seu
lado direito situa-se a veia cava inferior, a cisterna do quilo, e o início da veia ázigo. No seu lado esquerdo situa-se o tronco
simpático (Snell, 1999).
A parte abdominal da aorta dá origem às seguintes artérias: ramos pares, com trajeto lateral, para o suprimento da parede do
abdome, dos órgãos retroperitoneais pares e das gônadas; ramos ímpares, com trajeto anterior, que se estendem – em parte
através de “mesos” ou de ligamentos – para o baço e para os órgãos digestivos, nas cavidades abdominal e pélvica (Gerhard
Aumüller, 2009). Imediatamente após penetrar na cavidade abdominal, a aorta fornece um par de artérias frênicas inferiores para a
face inferior do diafragma (Spence, 1991). Outros ramos pares são: (i) artéria suprarrenal superior, que irriga a glândula
suprarrenal, e (ii) quatro artérias lombares, para o suprimento da parede do abdome, da musculatura do dorso e do canal vertebral.
Os ramos viscerais e pares da parte abdominal da aorta são: (i) artéria suprarrenal média, como um ramo direto para a glândula
suprarrenal; (ii) artéria renal, cada artéria se origina na altura dos corpos das 1ª - 2ª vértebras lombares (Gerhard Aumüller, 2009)
que conduzem sangue para os rins (Van de Graaff, 2003), e dá origem a uma artéria suprarrenal inferior para a glândula
suprarrenal; (iv) artérias ováricas ou testiculares, originadas de ambos os lados, seguem sobre o músculo psoas maior, em direção
caudal, para o ovário ou para o testículo e, desse modo, cruzam sobre o ureter. Juntamente com a veia de mesmo nome, a artéria
ovárica segue no interior do ligamento suspensor do ovário. A artéria testicular entra no canal inguinal através do anel inguinal
profundo e projeta-se como um dos componentes principais do funículo espermático, em direção ao testículo e ao epidídimo
(Gerhard Aumüller, 2009).
Os três grandes troncos viscerais, que se originam ventralmente da parte abdominal da aorta, são os seguintes: (i) tronco celíaco,
(ii) artéria mesentérica superior; (iii) artéria mesentérica inferior (Gerhard Aumüller, 2009).
O tronco celíaco, único, se origina da aorta logo abaixo das artérias frênicas, no nível da 12ª vértebra torácica (Spence, 1991). O
troco celíaco é muito curto (Spence, 1991) e calibroso, que se divide imediatamente em três artérias: (i) artéria esplênica, que se
dirige ao baço (Van de Graaff, 2003) também oferece pequenos ramos para o estômago e o pâncreas (Spence, 1991); (ii) artéria
gástrica esquerda, para o estômago (Van de Graaff, 2003) e a porção inferior do esôfago (Spence, 1991); (iii) artéria hepática
comum, que se dirige ao fígado (Van de Graaff, 2003) e vesícula biliar. Também envia ramos para o estômago, duodeno, e
pâncreas (Spence, 1991).
A artéria mesentérica superior é outro vaso ímpar, logo abaixo do tronco celíaco. A artéria mesentérica superior irriga o intestino
delgado (exceto uma parte para o duodeno), o ceco, o apêndice vermiforme, o colo ascendente e dois terços proximais do colo
transverso (Van de Graaff, 2003).
A artéria mesentérica inferior é o último ramo principal da aorta, ímpar, que se origina imediatamente antes da bifurcação para
constituir as artérias ilíacas (Van de Graaff, 2003) na altura da 3ª vértebra lombar (Gerhard Aumüller, 2009). A artéria mesentérica
inferior supre o terço distal do colo transverso, o colo descendente, o colo sigmoide e o reto (Van de Graaff, 2003). Ramos desta
artéria se anastomosam com ramos da artéria mesentérica superior (Spence, 1991).
3. Tronco da artéria pulmonar
O tronco da artéria pulmonar transporta sangue desoxigenado do ventrículo direito do coração dos pulmões. Ele deixa a parte
superior do ventrículo direito e corre para cima, para trás, e para a esquerda (Snell, 1999). É um vaso curto, largo, com cerca 5 cm
de comprimento e 3 cm de diâmetro (Gray, 1988). Termina na concavidade do arco da aorta dividindo-se em artérias pulmonares
direita e esquerda. Junto com a parte ascendente da aorta, ele está envolvido pelo pericárdio fibroso e por uma bainha do pericárdio
seroso (Snell, 1999).
3.1 Artéria pulmonar direita e esquerda
A artéria pulmonar direita é mais longa e ligeiramente maior que a esquerda (Gray, 1988). A artéria pulmonar direita corre para a
direita atrás da parte ascendente da aorta e veia cava superior para penetrar na raiz do pulmão direito. A artéria pulmonar esquerda
corre para a esquerda na frente da parte descendente da aorta para penetrar na raiz do pulmão esquerdo (Snell, 1999). Ao atingirem
respectivamente, o hilo do pulmão direito e esquerdo, cada artéria pulmonar se ramifica sucessivamente para irrigar os segmentos
pulmonares correspondentes (Castro, 1985).
Hilo é o local da víscera onde penetra o pedículo, sendo este, no caso do pulmão, constituído pela artéria pulmonar, duas veias
pulmonares e o brônquio respectivo (Castro, 1985).
Como se sabe, os ramos das artérias pulmonares (direita e esquerda) transportam sangue venoso que vai ter aos alvéolos
pulmonares onde sofre o fenômeno da hematose, liberando CO2 e capturando O2. É, portanto, uma circulação puramente funcional
e em nada interfere na nutrição do parênquima (estrutura dos tecidos) pulmonar. Assim como ocorre em relação ao coração, em
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que o sangue circulante por suas cavidades não tem capacidade para nutri-lo, também nos pulmões, o sangue que transita pelos
alvéolos não alimenta os tecidos do próprio pulmão. As células pulmonares se nutrem por intermédio do sangue que provém da
aorta através dos ramos bronquiais (Castro, 1985).
4. Artérias do membro superior
O eixo arterial que irriga o membro superior permanece, desde o seu início até o cotovelo, como um tronco único; suas várias
porções, porém, recebem nomes diferentes, segunda as regiões por onde passam. A parte do vaso que se estende desde sua origem
à margem externa da 1ª costela é denominada subclávia; deste ponto até a margem distal da axila, chama-se axilar; e daí até a
dobra do cotovelo é chamada braquial, que termina dividindo-se em dois ramos: artéria radial e artéria ulnar (Gray, 1988).
A artéria subclávia passa lateralmente e profundamente à clavícula. A pulsação dessa artéria pode ser sentida pressionando
firmemente sobre a pele logo acima da porção medial da clavícula. De cada artéria subclávia origina-se: (i) artéria vertebral (01), que
leva sangue para o encéfalo; (ii) tronco tireocervical, que irriga a glândula tireoide e a laringe; (iii) artéria torácica interna, que desce
pela parede torácica para suprir a parede torácica, o timo e o pericárdio; (iv) tronco costocervical, ramifica-se para atender os
músculos intercostais superiores, os músculos posteriores do pescoço e a medula espinal e suas meninges (Van de Graaff, 2003).
A artéria axilar estende-se do meio da clavícula até a margem inferior do tendão do músculo peitoral maior. Ela passa por trás do
músculo peitoral menor, relacionando-se com os ramos do plexo braquial. A artéria axilar fornece vários ramos colaterais, que se
destinam à vascularização arterial do ombro, principalmente das vizinhanças da escápula. Principais ramos:(i) artéria torácica
suprema; (ii) artéria toráco-acromial; (iii) artéria subescapular; (iv) artéria torácica lateral (Castro, 1985).
A artéria braquial coloca-se no lado medial do úmero, onde está o ponto principal de pressão e o local mais comum para determinar
a pressão sanguínea. Principais ramos: (i) artéria braquial profunda; (ii) artéria circunflexa posterior do úmero; (iii) artéria
circunflexa anterior do úmero (Van de Graaff, 2003).
As artérias radial e ulnar irrigam o antebraço e uma porção das mãos e dos dedos (Van de Graaff, 2003). A artéria radial é
facilmente palpável na face anterior e lateral do pulso, onde ela é usada para se medir a pulsação (Spence, 1991). Principais ramos
da artéria radial: (i) artéria interóssea anterior; (ii) artéria recorrente radial. Principais ramos da artéria ulnar: (i) artéria recorrente
ulnar (Van de Graaff, 2003). As duas artérias (artéria radial e artéria ulnar) se unem na mão através de ramos intercomunicantes dos
arcos palmares superficial e profundo (Spence, 1991). As artérias metacarpais da mão originam-se do arco palmar profundo, e as
artérias digitais dos dedos se originam do arco palmar superficial (Van de Graaff, 2003).
5. Artérias da região pélvica
A parte abdominal da aorta termina na parede posterior da pelve quando se bifurca nas artérias ilíacas comuns direita e esquerda.
Estes vasos descem aproximadamente 5 cm em seus respectivos lados (Van de Graaff, 2003) e cada artéria ilíaca comum se divide
em frente à articulação sacroilíaca, em artéria ilíaca interna e artéria ilíaca externa. A artéria ilíaca interna (hipogástrica) penetra na
cavidade pélvica e se divide em ramos que irrigam as vísceras pélvicas (bexiga urinária, útero, vagina e reto). Além disso, ela
fornece ramos para os músculos da região glútea e região lombar, paredes da pelve, genitais externos e região medial da coxa
(Spence, 1991). Principais ramos da artéria ilíaca interna: (i) artérias ílio-lombar; (ii) artéria sacral lateral; (iii) artéria retal média;
(iv) artéria vesical superior; (v) artéria vesical média; (vi) artéria vesical inferior; (vii) artéria uterina (?); (viii) artéria vaginal (?); (ix)
artéria glútea superior; (x) artéria glútea inferior; (xi) artéria obturatória; (xii) artéria pudenda interna (Van de Graaff, 2003).
6. Artérias do membro inferior
A artéria que irriga a maior parte do membro inferior é a continuação direta da artéria ilíaca externa. Corre como um tronco único
do ligamento inguinal até a margem distal do poplíteo, onde se divide em dois ramos: tibiais anterior e posterior. A parte proximal
do tronco principal chama-se femoral e a parte distal, poplítea (Gray, 1988).
A artéria femoral passa através de uma área chamada trígono femoral na parte superior e medial da coxa. Neste ponto, está próxima
da superfície e sua palpação pode ser palpada (Van de Graaff, 2003). Principais ramos superficial: (i) artéria pudenda externa; (ii)
artéria epigástrica superficial; (iii) artéria circunflexa superficial do ílio. Principal ramo profundo: (i) artéria femoral profunda. Ramos
da artéria femoral profunda: (i) artéria circunflexa femoral medial; (ii) artéria circunflexa femoral lateral (Gerhard Aumüller, 2009).
A artéria poplítea passa atrás do joelho, na fossa poplítea (Spence, 1991). Principais ramos; (i) artéria superior medial do joelho; (ii)
artéria superior lateral do joelho; (iii) artéria inferior medial do joelho; (iv) artéria inferior lateral do joelho; (v) artéria média do
joelho; (vi) artérias surais (Gerhard Aumüller, 2009).
As artérias tibial anterior e tibial posterior se dirigem às faces anterior e posterior da perna, respectivamente, fornecendo sangue
para os músculos dessas regiões e para o pé. No tornozelo, a artéria tibial anterior torna-se a artéria dorsal do pé que serve o
tornozelo e o dorso do pé e em seguida contribui para a formação do arco dorsal do pé. Clinicamente, a palpação da artéria dorsal
do pé pode fornecer informações sobre a circulação em geral porque sua pulsação é tomada na parte mais distal do corpo. A artéria
tibial posterior se bifurca em artérias plantares lateral e medial que suprem a planta do pé. A artéria plantar lateral se anastomosa
com a artéria dorsal do pé para formar o arco plantar, semelhante à disposição arterial da mão. As artérias digitais originam-se do
arco plantar para irrigar os dedos do pé (Van de Graaff, 2003). Próximo à sua origem a artéria tibial posterior fornece a artéria
fibular, que irriga os músculos do compartimento lateral da perna (Spence, 1991).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
CASTRO, SEBASTIÃO VICENTE DE. Anatomia fundamental. 2 ed. São Paulo, SP, Makron Books, 1985.
FERNADES, GJM. Eponímia – glossário de termos epônimos em anatomia e Etimologia – dicionário etimológico da nomenclatura
anatômica. 1 ed. São Paulo, SP, Editora Plêiade, 1999.
GERHARD, AUMÜLLER et al. Anatomia. 1 ed. Rio de Janeiro, RJ, Editora Guanabara Koogan S.A., 2009.
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GRAY, FRS. Gray anatomia. 29 ed. Rio de Janeiro, RJ, Editora Guanabara Koogan S.A., 1988.
MOORE, KL. Anatomia orientada para a clínica. 5 ed. Rio de Janeiro, RJ, Editora Guanabara Koogan S.A., 2007.
SNELL, RS. Anatomia clínica para estudantes de medicina. 5 ed. Rio de Janeiro, RJ, Editora Guanabara Koogan S.A., 1999.
SPENCE, AP. Anatomia humana básica. 2ed. Barueri, SP, Manole, 1991.
TERMINOLOGIA ANATÔMICA IINTERNACIONAL. 1 ed. Barueri, SP, Manole, 2001.
TORTORA, GJ. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6 ed. Porto Alegre, RS, Artmed Editora, 2006.
VAN DE GRAAFF, KM. Anatomia humana. 6 ed. Barueri, SP, Manole
 
Exercício 1:
Os vasos sanguíneos são órgãos em forma de tubos que se ramificam por todo o organismo da maior parte dos seres-vivos, por
onde circula o sangue. Os vasos sanguíneos que conduzem o sangue para fora do coração são as artérias. Estas se ramificam muito,
tornam-se progressivamente menores, e terminam em pequenos vasos determinados arteríolas. A partir destes vasos, o sangue é
capaz de realizar suas funções de nutrição e de absorção atravessando uma rede de canais microscópicos, chamados capilares, os
quais permitem ao sangue trocar substâncias com os tecidos. Considerando essa descrição dos vasos sanguíneos, analise as
seguintes afirmativas relacionadas aos principias ramos da aorta, quanto a estas serem verdadeiras (V) ou falsas (F), assinalando em
seguida a alternativa correspondente abaixo.
I. As artérias coronárias: direita e esquerda constituem os primeiros ramos da aorta.
II. A artéria torácica interna tem sido utilizada nas cirurgias de revascularização do miocárdio.
III. A artéria carótida externa percorre um trajeto relacionado com o diafragma estiloide.
IV. As artérias vertebrais originam-se das artérias carótidas internas.
 
A)
F, V, F, F
 
B)
V, V, V, F
 
C)
F, V, V, V
 
D)
V, F, F, V
 
E)
F, V, V, F
 
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Exercício 2:
O sistema cardiovascular é a denominação oficial da terminologia anatômica que veio substituir as expressões antigas “aparelho
circulatório ou sistema circulatório”. A substituição fez-se por necessária por que o aparelho designa um conjunto de dois ou mais
sistemas, e circulatório indica apenas “o lugar em que algo se move e que volta ao ponto de partida”, sem precisar as estruturas
nem sua morfologia. Cabe notar, de passagem, que “circulator” em Latim, tem o significado de charlatão, um comportamento ou
uma característica não recomendável para um nobre e vital sistema orgânico. Com o auxílio da etimologia deste sistema, julgue as
afirmações que se seguem.
I. Os músculos da perna funcionam como uma bomba musculovenosa, ordenhando o sangue em direção ao coração.
II. O coração situa-se no mediastinomédio, anteriormente à 4ª, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª vértebras da região cervical.
III. As veias pulmonares trazem o sangue oxigenado dos pulmões para o átrio direito.
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IV. O ventrículo direito é três vezes mais espesso do que o ventrículo esquerdo em virtude da circulação sistêmica.
V. A lâmina visceral do pericárdio seroso corresponde ao epicárdio.
Estão corretas, APENAS, as afirmações:
 
A)
I e III
 
B)
I e II
 
C)
I e V
 
D)
II e IV
 
E)
III e V
 
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Exercício 3:
Em cada uma das seguintes questões, responda:
a. Se somente (1) é correta
b. Se somente (2) é correta
c. Se ambas (1) e (2) são corretas
d. Se nem (1) e nem (2) são corretas
Qual (is) das seguintes afirmações é (são) correta (s)?
 
(1) As veias das regiões de cabeça (crânio e face), dos membros superiores, do pescoço e do tórax drenam para a veia cava
superior.
(2) A veia supra-troclear e a veia supra-orbital se anastomosam no ângulo medial do olho para formar a veia angular a qual se torna
a veia maxilar. 
 
A)
Se somente (1) é correta
 
B)
Se somente (2) é correta
 
C)
Se ambas (1) e (2) são corretas
 
D)
Se nem (1) e nem (2) são corretas
 
E)
 
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Exercício 4:
Em cada uma das seguintes questões, responda:
a. Se somente (1) é correta
b. Se somente (2) é correta
c. Se ambas (1) e (2) são corretas
d. Se nem (1) e nem (2) são corretas 
 
Qual (is) das seguintes afirmações é (são) correta (s)?
(1) A veia retromandibular é formada pela anastomose da veia facial e da veia temporal superficial, localizada profundamente ao
ramo da mandíbula no interior da glândula parótida. 
(2) A veia facial, internamente ao ramo da mandíbula, drena estruturas profundas da face, como por exemplo, os músculos da
mastigação, dentes, palato e cavidade nasal. 
 
 
A)
Se somente (1) é correta
 
B)
Se somente (2) é correta
 
C)
Se ambas (1) e (2) são corretas
 
D)
Se nem (1) e nem (2) são corretas
 
E)
 
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Exercício 5:
A parte torácica da aorta é a continuação do arco da aorta. Tem cerca de 20 cm de comprimento. Começa no disco intervertebral
entre a 4ª e a 5ª vértebras torácicas e termina em uma abertura no diafragma (hiato da aorta), paralela ao disco intervertebral entre
a 12ª vértebra torácica e a 1ª vértebra lombar. Enquanto desce, aproxima-se do plano mediano e desloca o esôfago para a direita.
O plexo aórtico torácico, uma rede nervosa autônoma, a circunda. Este vaso grande provê ramos aos órgãos e aos músculos da
região torácica. Com base nas informações contidas no texto, relacionado aos vasos de sangue da parte torácica da aorta
responsáveis pela nutrição do parênquima pulmonar são:
 
A)
Artérias pulmonares
 
B)
Ramos bronquiais
 
C)
Artérias frênicas superiores
 
D)
Ramos esofágicos
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E)
Ramos intercostais posteriores
 
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Exercício 6:
"A pequena circulação ou circulação pulmonar é a designação dada à parte da circulação sanguínea na qual o sangue venoso, pobre
em oxigênio, é bombeado para os órgãos responsáveis pelas trocas gasosas e retorna como sangue arterial, rico em oxigênio, de
volta ao coração. Inicia-se no 1__________ e termina no 2__________. O sangue venoso é bombeado por meio 3_________ que
ramifica-se para levar o sangue aos os órgãos onde o sangue é oxigenado. O sangue arterial, rico em oxigênio volta ao coração por
meio das 4__________.“
Com base na imagem acima, assinale a alternativa correspondente às lacunas enumeradas no texto:
 
A)
1- ventrículo direito, 2- átrio direito, 3- do tronco pulmonar, 4- veias pulmonares.
 
B)
1- ventrículo esquerdo, 2- átrio direito, 3- da aorta, 4- veias cavas.
 
C)
1- ventrículo direito, 2- átrio esquerdo, 3- do tronco pulmonar, 4- veias pulmonares.
 
D)
1- ventrículo esquerdo, 2- átrio esquerdo, 3- da aorta, 4- veias cavas.
 
E)
1- ventrículo direito, 2- átrio direito, 3- do tronco pulmonar, 4- veias cavas.
 
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Exercício 7:
Considerada a maior veia do corpo humano, atravessa o diafragma e entra na parede inferior do átrio direito. Drena o abdome, a
pelve e os membros inferiores. Durante os últimos meses de gestação, geralmente é comprimida pelo útero em expansão,
produzindo edema nos tornozelos e nos pés, além de veias varicosas. A veia em questão é:
 
A)
Veia cava inferior
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B)
Veia cava superior
 
C)
Veia basílica
 
D)
Veia cefálica
 
E)
Veia subclávia
 
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Exercício 8:
Qual das seguintes afirmativas relacionadas com o suprimento sanguíneo para o coração está incorreta?
 
A)
As artérias coronárias são ramos da parte ascendente da aorta.
 
B)
A artéria coronária direita supre tanto o átrio direito quanto o ventrículo direito.
 
C)
As veias cardíacas se abrem no átrio esquerdo.
 
D)
A artéria coronária esquerda emite os seguintes ramos: artéria circunflexa e artéria interventricular anterior.
 
E)
As artérias coronárias percorrem o sulco coronário.
 
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Exercício 9:
A coluna cervical é um suporte da cabeça. Está constituída por unidades funcionais formadas por sete vértebras no total e tecido
interposto. O disco intervertebral serve como amortecedor de forças compressivas, e por sua forma permite a lordose da coluna
cervical. Os primeiros ramos das artérias subclávias, direita e esquerda correspondentes, que ascendem no pescoço por entre os
forames transversos de todas as vértebras cervicais, exceto a sétima (C7), contorna por trás do Atlas (C1), penetra no crânio através
do forame magno e, no nível da margem inferior da fronte, une-se com a artéria de mesmo nome do lado oposto para formar a
artéria basilar. Lesões mais comuns afetando a parte inferior desta artéria (extracraniana) são devido aos traumas, aos movimentos
bruscos ou a dissecação espontânea. Ocasionalmente mulheres fazendo o uso de contraceptivos orais podem desenvolver estenose
ou oclusão da parte inferior destas artérias. Portanto, as artérias em questão são:
 
A)
Artérias axilares
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B)
Artérias carótidas comuns
 
C)
Artérias fibulares
 
D)
Artérias testiculares
 
E)
Artérias vertebrais
 
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Exercício 10:
O sangue é carregado por meio do corpo humano em uma complexa organização de vasos de sangue. As artérias se ramificam em
inúmeras pequenas arteríolas, que por sua vez, se ramificam em numerosos capilares microscópicos, no nível dos quais as trocas
entre o sangue e os tecidos acontece. Dos capilares, o sangue adentra em finíssimas veias que se unem e confluempara veias de
calibres maiores. Os vasos de sangue do sistema cardiovascular podem ser divididos em dois circuitos separados, cada qual saindo e
chegando ao coração. Considerando os ramos da aorta, numere a coluna da direita de acordo com a da esquerda. Assinale a
sequência correta:
 
1-ARTÉRIAS FRÊNICAS SUPERIORES
 
(__) Se dirige ao baço, também apresenta pequenos ramos para o estômago e o
pâncreas.
 
2-RAMOS BRONQUIAIS
 
(__) Se dirige ao fígado e a vesícula biliar. Também emite ramos para o estômago, o
duodeno, e o pâncreas.
 
3-ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR
(__) Irriga o intestino delgado (exceto uma parte para o duodeno), o ceco, o apêndice
vermiforme, o colo ascendente e os dois terços proximais do colo transverso.
4-ARTÉRIA HEPÁTICA COMUM
(__) Nutrem as células pulmonares.
5-ARTÉRIA ESPLÊNICA
(__) Irrigam a parte superior da cúpula diafragmática.
 
A)
5, 3, 4, 1, 2.
 
B)
5, 4, 3, 2, 1.
 
C)
3, 2, 5, 4, 1.
 
D)
3, 5, 4, 2, 1.
 
E)
1, 4, 2, 3, 5.
 
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