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Revisão Anatomia dos Sistemas

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Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Revisão Anatomia II 
Sistema respiratório 
Nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios, pulmões*. 
Conceito: conjunto de órgãos responsáveis por transporte de gases respiratórios e trocas gasosas, 
ou seja, pela hematose pulmonar. 
 Inspira O2 e expira CO2, a expiração resulta da oxidação celular favorece as trocas gasosas. 
O sangue é um condutor dos gases. Na inspiração ocorre a contração do diafragma com seu 
movimento para baixo, já na expiração o diafragma relaxa movendo-se para cima. Os 
músculos intercostais relaxam quando as costelas abaixam (expiração) e esses mesmos 
músculos se contraem quando as costelas se elevam (inspiração). 
Nos alvéolos ocorre a hematose pulmonar. O sangue venoso ao passar pelos capilares liberam o CO2 
por meio da barreia hemato-gasosa e desse modo entra o O2, transformando o sangue em arterial. 
 Função do sistema respiratório: trocas gasosas, defesa, regulação de temperatura, fonação e 
manutenção do equilíbrio ácido-base. 
Divisão: 
Estrutural: Vias aéreas superiores (VAS) e vias aéreas inferiores (VAI). 
Funcional: Porção de condução e porção de respiração. 
VAS: Nariz, faringe, laringe, traqueia superior. 
VAI: Traqueia inferior, brônquios, pulmões. 
Porção de condução: Nariz, faringe, laringe, (traqueia e brônquios- somente aeríferos) . Esses órgãos 
levam o ar inspirado (O2) até o pulmão e conduz o ar expirado. 
Porção de respiração: pulmões. 
 
 
Nariz: 
 
Composto por: nariz externo, cavidade nasal e seios paranasais. 
Função: Aquece e umidifica o ar inspirado, faz a filtração e tem funções olfativas. 
Morfologia externa: ápice, raíz, dorso, narina. 
Ósteo-cartilaginoso: parte óssea que é delimitada pelos processos frontais do osso maxila e ossos 
nasais formando a abertura piriforme. E parte cartilaginosa composta pelas cartilagens: alar maior, 
alar menos e septo nasal. 
O dorso pode ser retilíneo, convexo e côncavo. O formato das narinas também é variável. Os tipos 
podem ser: caucasiano/leptorrino, oriental/mesorrino e negroide/platirrino. 
 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Cavidade nasal: 
 
É dividida pelo septo nasal e faz a comunicação com o meio externo. Faz a comunicação pelas 
coanas. 
*coanas: limite entre cavidade e faringe (porção nasal). 
*septo nasal: cartilagem do septo nasal, lâmina perpendicular do etmóide e osso vômer. 
Na cavidade também estão presentes as conchas nasais: concha nasal superior, concha nasal média 
e concha nasal inferior. As conchas têm função de aumentar a superfície da mucosa umidecendo e 
aquecendo o ar inspirado, melhorando portante a hematose. Cada concha está delimitada por 
meatos nasais: Meato nasal superior, meato nasal médio, meato nasal inferior. 
No meato nasal inferior passa o ducto naso-lacrimal. (Ductos dos seios caem nos meatos  drenam 
secreção  da cavidade oftálmica para cavidade nasal) 
 Limites da cavidade nasal: vestíbulo nasal e vibrissas (pêlos); região respiratória (mucosa); região 
olfatória (mucosa) na concha superior. 
*A mucosa da cavidade é muito vascularizada – Epistaxe: sede de hemorragia. 
 
Vascularização da cavidade nasal: 
 
 Artéria etmoidal anterior: ramo nasal lateral e ramos seotais anteriores. 
 Artéria etmoidal posterior: ramos septais 
 Artéria esfenopalatina: ramos septais posteriores e artéria nasal posterior 
 Artéria maxilar 
 Artéria palatina maior: ramo terminal 
 Artéria labial superior: ramo do septo nasal 
 
*Principais: artéria maxilar, artéria e veia palatina maiores, artéria e veia esfenopalatinas, 
artéria e veia etmoidais posteriores, artéria e veia etmoidais anteriores. 
 
ÁREA DE KISSELBACH ou ÁREA DE LITTLE (Anastomoses das artérias: artéria palatina maior, artéria 
esfenopalatina, artéria etomoidal anterior, artéria etmoidal posterior e artéria labial superior). 
 
Inervação da cavidade nasal: 
 
 Nervo etmoidal anterior: ramo nasal externo e ramos nasais internos (septo) 
 Nervo maxilar: ramos nasais posteriores súpero-laterais 
 Nervo infraorbital: ramos nasal interno 
 Nervo nasopalatino 
 Nervo palatino maior: ramos nasais póstero-inferiores 
 Ramo nasal do nervo alveolar superior anterior 
 Nervo olfatório 
 
Seios paranasais: são cavidades em ossos do crânio (pneumáticos). 
Temos o frontal (2), maxilar (2), etmóide (2) e esfenóide (1). Apresentam finas paredes ósseas que 
podem se romper em processo patológico. 
Os seios se comunicam com a cavidade nasal através dos meatos: ductos. 
O ducto esfenoide desemboca acima da concha nasal superior. 
O ducto etmoide fica entre o meato nasal superior e o médio. 
O ducto frontal e o maxilar ficam no meato nasal médio. 
*Hiato semilunar: fica abaixo da concha nasal média. 
*A abertura do ducto lacrimonasal fica abaixo da concha nasal inferior. 
 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Seio frontal: fica entre as lâminas interna e externa do frontal, é separado do contralateral por um 
septo, varia de tamanho e forma e apresenta um ducto frontonasal que drena para o meato nasal 
médio na cavidade nasal. 
 
Seio etmoidal: conjunto de pequenas cavidades: células etmoidais. Fica no interior da massa lateral 
do osso etmóide, entre a cavidade nasal e a órbita (labirinto etmoidal), cavidades separadas por 
septos delgados revestidos por mucosa. 
 Drenagem do seio etmoidal: Células etmoidais posteriores fazem a drenagem pelo 
meato nasal superior ou supremo; Células etmoidais médias fazem a drenagem pelo meato 
nasal médio (células bolhosas); Células etmoidais anteriores fazem a drenagem pelo meato nasal 
médio através do infundíbulo etmoidal. 
 
Seio esfenoidal: situado no corpo do esfenóide, dividido pelo septo ósseo de tamanho variável. Sua 
drenagem se dá pelo recesso esfenoetmoidal. 
 
Seio maxilar: - A parede medial ou base condiz com a parede lateral da cavidade nasal e com o óstio 
do seio maxilar que comunica com o meato nasal médio. 
 - A parede anterior ou facial condiz com a borda inferior da órbita até o processo 
alveolar. É convexa e muito fina. Facilita abordagens cirúrgicas (na fossa canina). 
 Sua drenagem se dá do óstio do seio maxilar, no hiato semi-lunar até o meato nasal 
médio. Drenagem difícil: cabeça em posição ereta o óstio fica mais alto que o assoalho então a 
drenagem é feita por atividade ciliar e pressão negativa na inspiração. 
 
 
 
Faringe: 
 
Porção condutora: tubo muscular situado posterior a cavidade nasal, bucal e laringe. Tem aprox 12 a 
14 cm; Está ligado a 2 sistemas: digestório e respiratório. 
Limite superior: coanas 
Limite inferior: esôfago 
Dividida em três partes: nasofaringe – parte nasal; orofaringe – parte oral; laringofaringe – parte 
laríngica. 
 
Nasofaringe: 
 Óstio faríngeo da tuba auditiva. Limitado ao tórus tubário (é uma cartilagem revestida de 
mucosa) 
- saída da tuba auditiva: a tuba auditiva comunica a nasofaringe com a cavidade timpânica 
da orelha média. 
-ocorre infecções da faringe – atingem o ouvido médio. 
-local onde fica a tonsila faríngea = adenóide ( é um órgão linfoide) 
Orofaringe: 
 Fica entre a nasofaringe e a laringofaringe; localizada na abertura posterior a cavidade bucal: 
istmo das fauces ou garganta; Parede lateral: encontramos o arco palatoglosso, fossa 
tonsilar, tonsila palatina (=amígdala), arco palatofaríngeo. O assoalho fica na raíz da língua. 
- Caseum ou cáseos amigdalianos 
Laringofaringe: 
 Fica entre a orofaringe, a epiglote e o esôfago; Posterior a laringe. 
 Inervado pelo nervo trigêmio, vago e glossofaríngeo. 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
 
Inervação da faringe: N. glossofaríngeo (IX), Gânglio inferior do nervo vago, ramo faríngeo do nervo 
vago (X), nervo laríngeo superior, ramo faríngeo do nervo glossofaríngeo, ramo interno do nervo 
laríngeo superior, ramo externo do nervo laríngeo superior, nervo vago (X). 
 Nervo maxilar (V2) inerva a parte nasal da faringe quanto a sensitividade 
 Nervo glossofaríngeo (IX) inerva aparte oral da faringe quanto a sensitividade. 
 Nervo vago (X) inerva a parte laríngea da faringe quanto a sensitividade. 
 
Vascularização da faringe: 
Artéria carótida externa {Artéria tireóidea superior, Artéria faríngea ascendente, Artéria facial, 
Artéria maxilar, Artéria lingual (ramos dorsais da língua). Da artéria facial saem os ramos: artéria 
palatina ascendente e ramo tonsilar. Da artéria maxilar saem os ramos: artéria palatina maior, ramo 
faríngeo e artéria do canal pterigóideo. 
 
Drenagem venosa da faringe: 
Veia facial profunda, plexo pterigóideo, veia maxilar, veia temporal superficial, veia jugular externa, 
veia jugular interna. 
 
 
Laringe: 
 
Porção condutora tem 36 a 44 mm; É um órgão tubular de musculatura lisa. 
Localizado no eixo mediano e anterior no pescoço; Participa da fonação e via aerífera; Fica anterior a 
faringe; Continuada pela traqueia. 
 
Majoritariamente cartilaginoso: Tem cartilagem tireóide, cartilagem cricóide, cartilagem 
aritenóide, cartilagem epiglótica, cartilagem corniculada, cartilagem cuneiforme. 
 
Característica visuais: 
Tireóide: maior – 2 lâminas unidas anterior ( forma um V) 
Cricóide: ímpar – forma um anel e é inferior 
Aritenóide: uma em cada lado formato de pirâmide 
Epiglótica: ímpar, mediana e posterior a tireóide e raíz da língua, lembra uma folha. 
 
Cavidades da laringe: 
Ventrículo da laringe: fenda ântero-posterior 
Prega vestibular: delimita o ventrículo superior (proteção) 
Prega vocal: delimita o ventrículo inferior (som) 
União das pregas vocais: rima da glote 
Abertura inicial da laringe: adito 
Vestíbulo da laringe: porção acima do ventrículo 
Glote: porção entre as pregas (em cada lado) 
Porção infraglótica: abaixo da glote e continua pela traqueia. 
 
O ligamento vocal faz parte da fonação, inspiração e expiração. 
 
Inervação da laringe: 
 
Nervo vago (x), nervo laríngeo recorrente direito, nervo laríngeo recorrente esquerdo, ramo 
externo do nervo laríngeo superior, ramo interno do nervo laríngeo superior, nervo laríngeo 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
superior. 
 N. X inerva todos os músculos intrínsecos da laringe. 
 N. laríngeo superior (ramo do nervo vago) faz a inervação motora pelo nervo laríngeo 
superior externo e faz a inervação sensitiva pelo nervo laríngeo superior interno. 
 N. laríngeo recorrente: ramo nervo laríngeo inferior faz a inervação sensorial abaixo das 
pregas vocais. 
 
Vascularização da laringe: artéria tireóidea superior e artéria tireóidea inferior. 
 
Músculo Origem Inserção Inervação Ação principal 
Vocal Cartilagem 
aritenóidea 
Lig vocal Nervo laríngeo 
inferior 
Modifica a 
tensão sobre o 
ligamento vocal 
para sussurrar 
Cricotireóideo Cartilagem 
cricóidea 
Cartilagem 
tireóidea 
Nervo laríngeo 
externo 
Tensiona o 
ligamento vocal 
Tireoaritenóideo Cartilagem 
tireóidea 
 
 
Cartilagem 
aritenóidea 
 
 
 
Nervo laríngeo 
inferior 
Relaxa o 
ligamento vocal 
Cricoaritenóideo 
lateral 
Cartilagem 
cricóidea 
Adução das 
pregas vocais 
Cricoaritenóideo 
posterior 
Abdução das 
pregas vocais 
Aritenóideos 
transverso e 
oblíquo 
Cartilagem 
aritenóidea 
Cartilagem 
aritenóidea 
contralateral 
Modifica a 
tensão exercida 
no ligamento 
vocal 
 
 
Traquéia: 
 
 Tubo mediado cilindroide cartilaginoso que impede o colabamento, tem cerca de 10/11 cm 
de comprimento. É uma porção condutora. 
 Da laringe segue para traqueia (C6 a T5); 
 São inúmeros anéis incompletos- semi-anéis em forma de C que são sobrepostos. 
 Posteriormente não possui cartilagem, possui uma parede membranácea ( de músculo 
traqueal, músculo liso e fibroelástico), tem aparência achatada. 
 Apresenta mobilidade e flexibilidade para respiração. 
 
Inervação: ramos traqueais do nervo vago, nervo laríngeo recorrente e tronco simpático 
 
Irrigação: artéria tireóidea inferior 
 
Carina da traquéia: é uma crista interna no ponto de bifurcação da traqueia, onde se localizam 
receptores de pressão que acusam a presença de corpos estranhos. 
 
Brônquios: 
 
 A traqueia se divide em brônquio principal direito e brônquio principal esquerdo; 
 São de primeira ordem semelhantes a traqueia. 
 Brônquio principal da origem: brônquio lobar (2 ordem) ventilam para os lobos pulmonares 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
 cada brônquio lobar da origem aos brônquios segmentares (3 ordem)  os segmentos 
sofrem sucessivas divisões de 15 gerações: bronquíolo terminal e respiratório. 
 O brônquio principal direito é menor que o esquerdo. 
 Os segmentares sofrem divisões antes dos alvéolos na qual são chamados de bronquíolos 
respiratórios = conjunto de ramificações se forma a árvore brônquica. 
 
Brônquio principal -> brônquio lobar -> brônquios segmentares (+/- 15 gerações) -> bronquíolo 
terminal e respiratório (não possui cartilagem) 
 
PULMÃO DIREITO 
Brônquio lobar:  Brônquio segmentar: 
 Superior Apical, posterior, anterior 
 Médio Lateral, medial 
 Inferior Superior, basal medial, basal anterior, basal lateral e basal posterior 
 
PULMÃO ESQUERDO 
Brônquio lobar: Divisão: Brônquio segmentar: 
 Superior: -Divisão superior/Inferior (língula) -Ápico-posterior e anterior/superior e inferior 
 
Brônquio lobar: Brônquio segmentar: 
Inferior: -Superior, basal ântero-medial, basal lateral e basal posterior 
 
Ácino (parte do pulmão suprida pelo bronquíolo terminal: bronquíolo respiratório e sáculos 
alveolares (dentro tem o poro de Kohn) e os alvéolos). 
 
 
Porção da respiração: 
Pulmões: 
Bronquíolos respiratórios (até 3 ou 8 ordem) 
Ductos alveolares 
Sáculos/Sacos alveolares 
Alvéolos pulmonares 
Pulmão: 
 
Pleura: possui dois folhetos: parietal (face interno do tórax) e visceral ou pulmonar (colada no 
pulmão) 
Saco pleural: envolve cada pulmão 
Cavidade pleural: líquido pleural – permite deslizamento para respiração. 
 
 Órgão principal da respiração; tecido esponjoso; porção de respiração que permite trocas 
gasosas; região torácica; entre os pulmões está o mediastino e coração, traqueia e 
brônquios principais e esôfago. 
 Tem formato de cone. Ápice e base (com diafragma). Possui 2 faces: costal – costelas e 
medial – mediastino. 
 Lobos dividem o pulmão: superior, inferior, médio (só no pulmão direito). 
 Fissuras: oblíquas e horizontal 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
 Hilo pulmonar 
 Ligamento pulmonar: fixação do hilo pulmonar; Raízes pulmonares: contém os vasos, 
nervos e brônquios (entram e saem). 
 Impressão cardíaca: pulmão esquerdo. Possui língula. 
 
Vascularização: 
Artéria pulmonar e veias pulmonares 
 
Inervação: 
Ramo do nervo vago; simpático e parassimpático. 
 
 
Músculos da respiração: 
 
Diafragma, intercostais internos e externos, subcostais. 
 
Diafragma: 
 Separa as cavidades torácicas e abdominal, principal músculo da inspiração, músculo 
estriado esquelético 
Inervação: nervos frênicos 
Ação: movimento de descida: -diminui a pressão da cavidade torácica – ar entra; aumenta a 
pressão da cavidade abdominal. 
Participa da expulsão como no vômito, tosse, micção, parto e defecação. 
 
Centro tendíneo: forame da veia cava inferior 
 
Parte muscular: parte esternal, parte costal, parte lombar, pilar direito e pilar esquerdo. 
 
Soluço: contração involuntária do diafragma com inalações súbitas e que são cessadas pelo 
fechamento espasmódico da glote. 
 
Músculos intercostais externos: Inspiração 
Músculos intercostais internos: Expiração 
 
Músculos intercostais íntimos: Expiração 
Músculos subcostal: Inspiração 
 
Músculos acessórios da respiração: 
 
 Na inspiração temos os músculos: peitoral maior e peitoral menor, mm serrátil anterior e 
mm escalenos. 
 Peitoral maior: elevar esterno e costelas. Inervadopelo nervo peitoral lateral e medial. 
 Peitoral menor: elevar esterno e as costelas. Inervação pelo nervo peitoral medial. 
 Serrátil anterior: elevar as costelas. Inervado pelo nervo torácico longo. 
 Escalenos: anterior, médio e posterior: elevar as costelas (1-3 costela). Inervado pelos 
nervos cervicais. 
 
 Na expiração temos os músculos transverso do tórax, reto do abdome, oblíquo externo, 
interno e transverso do abdome. 
  Transverso do tórax: faz a depressão da caixa torácica. Inervado pelos nervos 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
intercostais. 
 Reto do abdome: protege as vísceras e aumenta a pressão intra-abdominal. Inervado 
pelo nervo tóraco-abdominal. 
 Oblíquo externo do abdome: protege as vísceras e aumentar a pressão intra-
abdominal. Inervado pelo nervo ílio-hipogástrico. 
 Oblíquo interno do abdome: protege as vísceras e aumenta a pressão intra-abdominal. 
Inervado pelos nervos tóraco-abdominal e nervo ílio-hipogástrico. 
 Transverso do abdome: protege as vísceras e aumenta a pressão intra-abdominal. 
Inervado pelos nervos intercostais inferiores, iliohipogástrico, ilioinguinal e genitofemoral. 
 
 
Sistema endócrino 
Conceito: O sistema endócrino humano é responsável por produzir os hormônios que vão 
interferir nas funcionalidades de todo o organismo. Este sistema interage com o SN e esse se 
comunica por meio de impulsos nervosos. 
As glândulas produzem hormônios e esses hormônios vão para corrente sanguínea. 
Como funciona a interação com o SN¿ 
Sistema endócrino vs Sistema nervoso: 
-Secreta hormônios para as células-alvo através do sangue ou líquido intersticial. No SN, ocorre a 
transmissão dos impulsos neuroquímicos através das fibras nervosas. 
-Causa mudanças nas atividades metabólicas em células específicas. No SN causa contração nos 
músculos e secreção das glândulas. 
-Tem a ação relativamente lenta (segundos ou dias). No SN tem ação muito rápida. 
-Os efeitos são prolongados. No SN os efeitos são breves. 
As principais glândulas endócrinas são: 
Hipófise, glândula tireóide, gl. Paratireoides, gl. Supra-renais, pâncreas, gônadas (ovários e 
testículos), timo, glândula pineal. 
Localização: 
A hipófise encontra-se na cabeça bem como o corpo pineal; Gl. Tireóide fica no pescoço junto 
com a glândula paratireoide; O timo encontra-se no tórax; A supra-renal no abdome junto com o 
pâncreas; As glândulas sexuais ou gonodais encontram-se: ovários: cavidade pélvica; testículos: 
bolsa escrotal. 
O que são hormônios¿ são substâncias orgânicas específicas que agem como mensageiros 
químicos do sistema endócrino. Há três tipos básicos de hormônios: proteínas, esteroides e 
aminas. 
 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Classe de hormônios 
Tipo de hormônio Composição/Estrutura Exemplos Método de 
administração 
Proteína A.a. ligados por cadeias 
de peptídeos 
Hormônios 
hipofisários, 
pancreáticos, 
paratireoide e 
calcitonina da 
glândula tireóide 
Intravenosa, 
intramuscular ou 
subcutânea 
Esteróide Lipídeo com um núcleo 
de colesterol 
Hormônios sexuais e 
hormônios da 
glândula supra renal 
Oral, intramuscular ou 
intravenosa 
Amina A.a. que não se ligam a 
peptídeos, moléculas 
contêm o grupo –NH2 
Tiroxina da glândula 
tireóide, adrenalina 
da glândula supra-
renal e melatonina da 
glândula pineal. 
Oral, subcutânea, 
intravenosa ou como 
inalante. 
 
São pelos impulsos neurais autônomos e por feedback negativo que ocorre a estabilidade dos 
níveis dos hormônios. 
Glândula A  secreta hormônio A  Hormônio A estimula a glândula B  Glândula B secreta 
hormônio B  Hormônio B inibe a glândula A  … 
Hipófise: 
 
Localização: face inferior do encéfalo na região anterior do diencéfalo. É fixa ao encéfalo pelo 
infundíbulo da hipófise. Tem formato arredondado e também é chamada de glândula pituitária. 
Mede cerca de 1,3 cm de diâmetro. É envolvida pela dura-máter e sustentada pela sela turca do osso 
esfenoide. 
 
Quanto a sua estrutura e funcionalidade podemos dividir em duas partes: 
Adenohipófise (anterior) e Neurohipófise (posterior). 
 
Produz 9 hormônios, afetando quase todas as funções do corpo, são eles: hormônio do crescimento 
(GH/HC), h. tireotrófico (TSH), h. adrenocorticotrófico (ACTH), h. folículo estimulante (FSH), h. 
luteinizante (LH), hormônio prolactina, h. estimulante do melanócito (MSH), h. ocitocina e h. 
antidiurético (ADH). 
 
Adenohipófise: 
 
Tecido epitelial glandular; altamente vascularizada; constituída de células epiteliais de tamanho e 
forma variáveis; sete dos nove hormônios são secretados pela adenohipófise, são eles: 
 
Hormônio Sigla Função principal Regulação e 
secreção 
Crescimento ou 
somatotrófico 
HC ou GH Regula a atividade 
mitótica e o 
crescimento das 
Estimulado pelo 
liberador do hormônio 
do crescimento pelo 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
células do corpo, 
promovendo o 
movimento dos a.a. 
através das 
membranas celulares. 
hipotálamo; Inibido 
pelo hormônio do 
crescimento inibidor 
(HC-HI) somatostatina 
pelo hipotálamo. 
Hormônio 
tireotrófico ou 
tireotropina 
TSH Regula a atividade 
hormonal da glândula 
tireóide 
Estimulado pelo 
hormônio liberador de 
tireotropina (TRH) 
pelo hipotálamo; 
Inibido pelos 
hormônios da 
tireóide. 
Hormônio 
adrenocortico 
trófico 
ACTH Promove a liberação 
de glicocorticoides e 
mineralocorticoides 
do córtex da supra-
renal; Auxilia na 
quebra de gorduras. 
Estimulado pelo 
hormônio liberador de 
corticotropina (CRH) 
pelo hipotálamo; 
Inibido pelos 
glicocorticoides do 
córtex da supra-renal. 
Hormônio folículo 
estimulante 
FSH Nos homens – 
estimula a produção 
de espermatozoides. 
Nas mulheres – regula 
o desenvolvimento do 
folículo no ovário e 
estimula a secreção de 
estrógenos. 
Estimulado pelo 
hormônio liberados 
gonadotrófico (GnRH) 
pelo hipotálamo; 
Inibido pelos 
esteroides sexuais das 
gônadas. 
Hormônio 
luteinizante 
LH ou ICSH nos 
homens 
Promove a secreção 
de hormônios sexuais. 
Nas mulheres – tem 
papel na liberação do 
óvulo e estimula a 
formação do corpo 
amarelo e produção 
de progesterona. 
Nos homens – 
estimula a secreção de 
testosterona. 
Estimulado pelo 
hormônio liberador 
gonadotrófico (GnRH) 
pelo hipotálamo. 
Prolactina Promove a secreção 
de leite pelas 
glândulas mamárias 
(lactação) 
Inibida pelo hormônio 
inibidor da prolactina 
(PIH) pelo hipotálamo. 
Hormônio 
estimulante de 
melanócito 
MSH Pode causar 
escurecimento das 
glândulas da pele 
Estimulado pelo 
hormônio liberador de 
corticotropina (CRH) 
pelo hipotálamo; 
Inibido pela dopamina 
e também pelo 
hipotálamo. 
 
 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Neurohipófise: 
 
Localização: lobo posterior da hipófise que é uma evaginação descendente do assoalho do 
diencéfalo. É composta por tecido nervoso. 
Sintetiza dois hormônios: o ADH e a ocitocina. 
Os dois hormônios da neurohipófise são produzidos no hipotálamo, transportados no interior do 
infundíbulo (haste hipofisária) e armazenados na glândula até serem utilizados. 
 
Hormônio Sigla Função principal Regulação de 
secreção 
Ocitocina Estimula as 
contrações na parede 
do útero, causa 
contrações dos 
músculos da glândula 
mamária. 
Hipotálamo, em 
resposta à distensão 
das paredes uterinas e 
estimulação da mama. 
Hormônio 
antidiurético 
ADH Reduz perda de água 
pelos rins, eleva a 
pressão arterial. 
Hipotálamo, em 
resposta às mudanças 
na concentração da 
água no sangue. 
 
Controle hipotalâmico sobre os órgãos endócrinos 
1. Secreção de hormônios reguladores para controlar a atividade da parte distal (lobo anterior) 
da hipófise  hormônios secretados pela parte distal da hipófise controlam outros órgãos 
endócrinos. 
2. Produção de ADH e ocitocina  liberação direta de ADH e ocitocina3. Controle do comando simpático na medula da supra-renal pelas fibras motoras pré-
ganglionares  secreção de epinefrina e norepinefrina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema porta hipotálamo – hipofisário: Esse 
sistema de circulação permite que hormônios 
reguladores hipotalâmicos controlem as 
secreções da adeno-hipófise. 
 
Os neurônios no hipotálamo secretam 
hormônios na região da eminência mediana 
onde entram na rede de capilares primários. 
 
 
 
 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Aplicação clínica: 
Neoplasias de hipófise: causa pressão no quiasma óptico podendo causar hemianopsia 
bitemporal (perda da visão no campo temporal de ambos os olhos). 
O tto é cirúrgico e consiste na remoção transcranialmente através do lobo frontal ou pela 
cavidade nasal e seio esfenoidal. 
Parto normal: injeção de ocitocina pode ser dada a uma mulher para induzir o trabalho de parto, 
se a gravidez for prolongando ou se a membrana fetal tiver sido rompida e houver perigo de 
infecção. Após o parto, a indução de ocitocina provoca progressão no tamanho do útero e 
comprime os vasos sanguíneos, minimizando o perigo de hemorragia. 
Diabetes insipidus: resulta de uma redução acentuada na produção de ADH causada por trauma 
ou doença do hipotálamo ou neuro-hipófise. 
Corpo/glândula pineal: 
 
É um órgão piriforme, cinza-avermelhado, ocupa uma depressão entre os colículos superiores; mede 
8 mm de comprimento (ervilha); sua base está presa por um pedúnculo que se divide em lâminas 
inferior e superior, separadas pelo recesso pineal do terceiro ventrículo. 
 
Ela secreta: Melatonina – hormônio que altera o ciclo reprodutivo, influenciando a secreção de 
hormônios de liberação do hipotálamo; possui efeito tranquilizante no ciclo sono/vigília; também 
chamado de “relógio biológico” pois controla os ritmos do corpo. 
 
 
Glândula tireóide: 
 
É a maior das glândulas endócrinas; Pesa cerca de 20 e 25 g e é altamente vascularizada pela artéria 
tireóidea superior (ramo da artéria carótida externa) e artéria tireóidea inferior (ramo da artéria 
subclávia). 
 
Localização: região ântero-inferior do pescoço, abaixo da laringe. 
Possui dois lobos (D e E) com 5 cm de altura que são conectados entre si por uma parte central 
chamada de istmo da glândula tireóide. 
 
Folículo tireoidiano: a glândula tireóidea é composta por muitas células foliculares; Secretam e 
armazenam os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tetraiodotironina ou tiroxina). 
 
T3: é mais potente que o T4. 
Ambos, T3 e T4, aumentam a relação de síntese de proteína e a relação de energia liberada dos 
carboidratos regula o crescimento; Estimula a maturação do sistema nervoso; Essa regulação é feita 
pelo hipotálamo com a liberação de TSH ( hormônio estimulante da glândula tireóide) pela adeno-
hipófise. 
 
Regulação da secreção da glândula tireóide: 
O mecanismo de retroalimentação (feedback) negativo é responsável pelo controle homeostático da 
liberação do hormônio da tireóide. TRH – libera tireotropina; TSH – libera hormônio estimulante da 
tireóide. 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Distúrbio da homeostase: diminuição das concentrações sanguíneas de T3 e T4, temperatura 
corporal baixa.  Hipotálamo libera TRH no lobo anterior (adenohipófise)  a adenohipófise liera 
TSH  o TSH chegando na glândula tireóide faz com que os folículos tireóideos liberem T3 e T4  
Homeostase restabelecida: aumentam as concentrações sanguíneas de T3 e T4  Homeostase: 
concentração normal de T3 e T4, temperatura corporal normal. 
 
As glândulas parafoliculares, secretam o hormônio: 
Calcitonina – abaixa o cálcio do sangue inibindo a liberação de Ca+2 pelo tecido ósseo. É regulado 
pelos níveis de cálcio no sangue. 
 
Glândulas paratireoides: 
 
-São ovóides ou lentiformes, pequenas, de cor marrom-amarelada, tem aprox 3-8 mm de altura, 2 a 
5 mm de largura e 1,5 mm de profundidade. Normalmente em 4, 2 pares superiores e 2 pares 
inferiores. Localizados posteriormente a glândula tireóide. 
-Cada glândula paratireoide são compostas de dois tipos de células epiteliais: células oxífilas 
(sustentação) e células principais (sintetizam o hormônio paratireoide). 
 
 Secretam hormônio paratireóideo (paratormônio PHT), este hormônio promove o 
aumento do cálcio sanguíneo, com o controle do nível e da distribuição de cálcio e fósforo. 
O PTH atua em três órgãos-alvo: Ossos, TGI e Rins. 
O efeito geral do PTH é o aumento dos níveis plasmáticos de fosfato. 
 
Aplicação clínica: 
 
Hipertireoidismo (tireotoxicose) – é um estado hipermetabólico causado por níveis circulantes 
elevados de tiroxina (T4) ou triiodotironina (T3) livres. Algumas das causas mais comuns do 
hipertireoidismo primário incluem: 
Hiperplasia difusa da tireóide associada à doença de Gravis (doença auto-imune, responsável 
por 85% dos casos); Bócio multinodular hiperfuncional; Adenoma hiperfuncional da tireóide. 
Aspectos clínicos: hipermetabolismo e estimulação excessiva do sistema simpático; aumento da 
taxa metabólica é acompanhado por hiperatividade e subsequente fadiga, intolerância ao calor, 
perda de peso. 
 
Hipotireodismo: é causado por qualquer alteração estrutural ou funcional que interfira na produção 
de níveis adequados de hormônio tireoidiano. 
Os sintomas incluem: fraqueza e cansaço, intolerância ao frio, intestino preso, ganho de peso, 
depressão, dor muscular, dor nas articulações, unhas finas e quebradiças, enfraquecimento do 
cabelo e palidez. 
 
Glândulas supra-renais (adrenais) 
 
São órgãos pares e ocupam o polo superior de cada rim. São retroperitoneais e estão incrustadas 
nos músculos do dorso, protegidos por um coxim adiposo. 
Cada glândula supra-renal de forma piradimal tem cerca de 5 cm de altura, 3 de largura e 1 cm de 
profundidade, consiste em uma camada externa – córtex e uma camada interna – medula. 
 
A neuro-hipófise estimula a supra-renal a liberar aldosterona. 
 
O córtex supra-renal compõe a maior parte da glândula. A medula supra-renal é composta de 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
agrupamentos firmemente aderidos de células cromafins, que estão dispostas em torno de vasos 
sanguíneos. Cada agrupamento de células cromafins recebe inervação autônoma diretamente. 
 
Córtex da supra-renal: tem 3 zonas celulares: Glomerulosa (externa), fasciculada (intermediária), 
reticulada (interna). O córtex secreta os hormônios chamados esteroides. 
 
Zona glomerular secreta aldosterona. 
Zona fasciculada secreta cortisol. 
Zona reticular secreta dehidroepiandrosterona e androstendiona. 
 
1. Zona glomerulosa 
-Produz aldosterona (mineralocorticóide). 
-Importante função no controle do volume e pressão do sangue e concentração do equilíbrio 
eletrolítico do sangue. A aldosterona retém sódio e água e elimina o potássio. 
 
2. Zona fasciculada 
-Produzem hormônios que mantém o equilíbrio entre carboidratos, proteínas e gorduras 
(glicocorticóides). 
-O principal é o CORTISOL. 
 
3. Zona reticular 
-Podem produzir hormônios sexuais (progesterona, andrógenos e estrógenos) 
 
O córtex é essencial para a vida, se houver a remoção total, sem terapia de substituição dos 
hormônios, pode ser letal. Também exerce função no controle sobre os linfócitos e tecido 
linfático. 
 
Medula da supra-renal: fica na parte interna da glândula; é uma extensão da parte simpática do 
SNA; é constituída de grupos e colunas de células cromafins separados por largos sinusoides 
venosos; além disso, pequenos grupos de neurônios ocorrem na medula. 
 A medula da supra-renal secreta dois hormônios: Epinefrina (Adrenalina) e a Norepinefrina 
(Noradrenalina). 
- A epinefrina possui efeito acentuado sobre o metabolismo de carboidratos. 
- A norepinefrina produz aceleração do coração, vasoconstrição e pressão sanguínea elevada. 
 
Tanto a norepinefrina quanto a epinefrina são hormônios da classe de aminas e por estarem no 
grupo químico –catecol, são chamados de catecolaminas. Esses hormônios são produzidos em 
situações deestresse e emergência. 
 
Aplicação clínica: 
Doença de Addison- insuficiência adrenocortical, ocorre quando a função do córtex supra-renal é 
inadequada para atender as necessidade hormonais do paciente. Nesse caso, os hormônios 
aldosterona, cortisol e hormônios sexuais. 
Sintomas: fraqueza, fadiga e cansaço. Hiperpigmentação e sardas negras na testa, face, pescoço e 
ombros. Áreas de vitiligo, coloração preto-azulada nas bordas e mucosas do lábios, boca, reto e 
vagina; Há anorexia, náuseas, vômitos e diarreia. Diminuição da tolerância ao frio e 
hipometabolismo. Tontura e síncope. Perda de peso, desidratação e hipotensão (caracteriza estágio 
avançado da doença). 
 
 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Pâncreas: 
 
O pâncreas é um órgão alongado que se situa transversalmente na parte superior do abdome e 
que se estende do duodeno até o baço. 
Secreta dois hormônios: Insulina (endocrinócitos beta), Glucagon (endocrinócitos alfa) e ilhotas 
pancreáticas (Langerhans). 
 
Anatomia do pâncreas* 
 
Mecanismo do pâncreas: 
Alimento  alta taxa de glicose  inibe as células alfa no pâncreas e estimula as células beta  
células beta secretam insulina  fígado absorve a glicose e armazena em forma de glicogênio  
baixa taxa de glicose  inibe as células beta e estimulam as células alfa  células alfa liberam 
glucagon  fígado quebra o glicogênio e libera glicose  alta taxa de glicose … 
 
Aplicação clínicas: 
Diabetes: as três formas mais comuns de diabetes são: Diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes 
gestacional. 
No diabetes tipo 1 (diabetes juvenil ou diabetes mellitus insulino-dependente), as células do 
pâncreas que produzem insulina são destruídas; Esse tipo 1 não é evitável. 
 
No diabetes tipo 2, o pâncreas produz insulina, mas não há insulina suficiente para o organismo ou 
as células do corpo se tornam resistentes aos seus efeitos. Esse tipo 2 é a forma mais comum e pode 
ser evitada. 
 
A diabetes gestacional ocorre durante a gravidez quando o pâncreas produz insulina mas os 
hormônios da gravidez fazem as células do corpo mais resistente aos seus efeitos. 
 
Sintomas: urina frequente, perda de peso, falta de energia, sede em excesso, visão embaçada ou 
turva, cansaço ou sono excessivo, infecções, aumento do apetite., 
 
 
Gônadas (ovários e testículos): 
 
São glândulas sexuais que produzem gametas (óvulos e espermatozóides) e também secretam 
hormônios. 
 
Ovários: existem 2 na cavidade pélvica. 
Os ovários produzem dois hormônios sexuais femininos: estrógeno e progesterona. Tanto o 
estrógeno como a progesterona são controlados por hormônios de liberação no hipotálamo e pelas 
gonadotropinas da adenohipófise. 
Características sexuais femininas desenvolvem-se principalmente em resposta ao estrógeno e 
incluem: desenvolvimento das mamas, distribuição da gordura nos quadris, coxas e mamas; 
distribuição de pelos em áreas específicas do corpo; maturação de órgãos genitais e fechamento das 
cartilagens epifisárias dos ossos longos. 
 
FSH é responsável pela maturação dos folículos ovarianos e pela produção de estrógeno. Regula os 
ciclos menstruais. 
LH promove a ovulação e a formação do corpo amarelo (lúteo) que irá produzir progesterona. 
 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Estrógeno: é produzido pelos folículos ovarianos (folículos de Graaf); Dá as características sexuais 
secundárias femininas; Estimula o desenvolvimento do endométrio para receber o embrião; 
Amadurece os órgãos genitais; Responsável pela libido sexual. 
Progesterona: é produzida pelo corpo lúteo (corpo amarelo), depois da placenta. Funções: 
espessamento do endométrio para receber o embrião; estimula o desenvolvimento das glândulas 
mamárias. 
O corpo lúteo é mantido pela Gonadotrofina Coriônica Humana (HCG) . 
Útero  intramural  istmo  ampola  infundíbulo  pregas tubárias  fímbrias. 
 
Anatomia do ovário e útero* 
 
Ciclo menstrual 
 Menstruação: processo biológico feminino, caracterizado pela eliminação de resíduos da mucosa 
uterina e sangue através da vagina (a cada 28 dias). 
Ciclo menstrual: período que corresponde a 2 menstruações; vai do início de uma menstruação ao 
início de outra; ocorrem grandes variações nas taxas hormonais. 
 
Primeiro dia de menstruação: início do ciclo.  FSH produz o desenvolvimento dos folículos 
ovarianos  Folículos ovarianos produzem estrógeno e induzem a liberação do hormônio LH pela 
adenohipófise  O estrógeno inicia o desenvolvimento do endométrio para receber o blastocisto 
(embrião)  No 14º dia o hormônio LH atinge níveis máximos e ocorre a ovulação.  O folículo 
rompido origina o corpo lúteo que produz progesterona.  A progesterona atua com o estrógeno 
no espessamento do endométrio para uma eventual gravidez  Aumenta as taxas de estrógeno e 
progesterona e inibem a liberação de FSH e LH, ocorrendo o atrofiamento do corpo lúteo  Diminui 
a taxa de progesterona ocorrendo descamação da mucosa uterina (menstruação)  Se ocorrer 
gravidez, o embrião implantado na parede uterina produzirá o hormônio HCG que estimulará o 
corpo lúteo a manter a produção de progesterona e estrógeno. 
 
Aplicação clínica: 
Pílula anticoncepcional: tem estrógeno e progesterona, inibem a hipófise de produzir seus 
hormônios (FSH e LH); Não ocorre a maturação do folículo, não ocorrendo a ovulação; 99% de 
eficácia. 
 
Testículos: 
Estão localizados dentro do escroto, no interior da bolsa escrotal. O principal hormônio secretado 
pelos testículos é a testosterona, que é um hormônio esteroide produzido por suas células 
instersticiais. O estímulo para a secreção da testosterona é o hormônio LH, proveniente da 
adenohipófise. 
-Sofre influência dos hormônios FSH e LH produzidos pela adenohipófise. 
FSH induz a produção de espermatozoides. 
LH induz a produção de testosterona (atua nas células de Leydig). 
 
Anatomia do testículo* 
 
Aplicação clínica: 
Câncer de testículo: é um dos tumores menos frequentes, 3 a 5 homens a cada 100.000, baixo índice 
de mortalidade, dentre tumores malignos: 5% nos testículos, faixa etária varia de 15 a 50 anos, 
sintomas incluem nódulo duro indolor, aumento ou diminuição dos testículos, dor abdominal, 
possíveis causas podem ser histórico familiar, lesão e criptorquidia, o tto pode ser cirúrgico, 
radioterápico ou quimioterápico. 
*Criptorquidia é a não descida de um dos testículos no período que é para descer quando pequeno. 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Câncer de próstata: é o tumor mais comum entre os homens acima de 50 anos; pode ser genético, 
hormonal, dietas ricas em gordura; a prevenção passa pelo exame do toque retal, medição do nível 
de PSA; os sintomas são dificuldade e dor ao urinar (com sangramento), infecção generalizada, 
insuficiência renal, dor óssea (metástase); tto inclui raspagem da glândula, radioterapia, uso de 
hormônios femininos, prostatectomia e orquiectomia. 
 
 
Timo: 
 
É um órgão bilobado; localizado no mediastino superior, anteriormente ao arco da aorta e posterior 
ao manúbrio do esterno; o tamanho é variável de pessoa para pessoa; é maior na criança e RN; seu 
tamanho regride após a puberdade; nos adultos está infiltrado com filamentos de tecido conjuntivo 
fibroso e adiposo. 
Partes da anatomia: corpúsculo de Hassal; septo interlobular; cápsula; córtex; medula. 
 
O timo está associado com o sistema linfático na manutenção imunológica do corpo; tem a função 
de produzir diversas substâncias (inclusive hormônios) que regulam a produção de linfócitos. Essas 
substâncias incluem quatro polipeptídeos principais: timolina; timopoetina; timosina alfa I; 
timosina beta IV. 
 
Timulina é produzida dentro do timo e precisa da presença de zinco para a atividade funcional 
(reage com as células T). 
Timopoetina intensifica diversas funções da célula T. 
A timolina e a timopoetina agem sistematicamente para dar regulação imune perfeitamente 
ajustadas as células T, auxiliando a manutenção do equilíbrio entre as atividades. 
As atividades da timosinaalfa I e beta IV não são bem claras. As timosinas promovem maturação 
dos linfócitos no interior do timo e também estimulam o desenvolvimento e a atividade dos 
linfócitos no desempenho de suas funções linfáticas por todo o corpo. 
 
Tecido adiposo: 
 
Hormônios: leptina/resistina e grelina. 
 
A leptina é produzida pelas células de gordura e é responsável pela saciedade, redução da 
indisgestão alimentar, aumenta o gasto de energia e age no hipotálamo. Está ligada ao 
funcionamento dos sistemas imune, cardiovascular e reprodutor. 
 
Já a grelina, hormônio natural associado ao ganho de peso e a sensação de fome. É produzida nas 
células do estômago e na porção superior do intestino. Age na estimulação do apetite, funciona 
como um lembrete de que está na hora de comer e também age no hipotálamo. Além disso, 
influencia na função endócrina e é responsável pelo aumento da secreção do hormônio do 
crescimento (GH). 
 
Sistema digestório: 
 
Hormônio Local de produção Órgão-alvo Função 
Gastrina Estômago Estômago Estimula a produção 
de suco gástrico 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Secretina Intestino Pâncreas Estimula a liberação 
de bicarbonato 
Colecistoquinina Intestino Pâncreas e vesícula 
biliar 
Estimula a liberação e 
bile pela vesícula e a 
liberação de enzimas 
pelo pâncreas 
Enterogastrona Intestino Estômago Inibe o peristaltismo 
estomacal 
 
 
 
Prostaglandinas: São hormônios derivados de ácidos graxos e do a.a.; Elas exercem importante 
papel na regulação da contração do músculo liso e na resposta inflamatória; São associadas ao 
aumento da sensibilidade das terminações nervosas para a dor. 
 
Sistema urinário 
Constituído por rins (filtram o plasma e produzem a urina), ureteres (que transportam a urina até a 
bexiga urinária), bexiga urinária (armazena a urina), uretra (transporta a urina para o meio externo). 
Rins: 
 
São recobertos pelo peritónio parietal; circundados por uma massa de gordura e de tecido areolar 
frouxo; +/- 20% do sangue bombeado pelo coração passam pelos rins a cada minuto para a filtração 
do plasma. 
O rim direito é 1,5 a 2,0 cm mais baixo devido a área ocupada pelo fígado; seu peso varia de 125 a 
170g nos homens e nas mulheres varia de 115 a 155g. 
 
Localização: 
 T11 ou T12 para o rim esquerdo e L3 para o rim direito. 
O fígado cobre a parte superior e anterior do rim direito e o intestino delgado recobre a porção 
inferior e anterior do rim direito. 
No rim esquerdo, o estômago, baço e pâncreas recobrem a porção anterior e superior do rim 
esquerdo e o jejuno recobre a porção inferior e anterior. 
O músculo psoas maior recobre a porção interna, inferior e posterior dos dois rins e o músculo 
quadrado do lombo recobre a porção mediana e posterior dos dois rins. A costela XII e XI recobre 
posteriormente os dois rins. 
 
Funções: 
Filtra o plasma e forma a urina; reabsorve eletrólitos importantes, moléculas orgânicas, vitaminas 
e água do filtrado; faz a regulação do volume sanguíneo; regulação da pressão arterial e o pH do 
sangue; secreta hormônios que regulam a pressão sanguínea e o metabolismo de cálcio; Excreção de 
resíduos e substâncias estranha (fármacos); transportar a urina até os ureteres, que conduzem a 
urina para bexiga urinária. 
 
Cada rim é envolvido por uma bolsa fibroadiposa que consiste em três camadas: 
Cápsula renal (cápsula fibrosa) – é a camada mais interna fixa á superfície do rim. 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Cápsula renal adiposa (perirrenal) – faz a sustentação. 
Corpo adiposo pararrenal – externa á fáscia renal. É mais visível posteriormente, estando em 
contato com os músculos da parede abdominal posterior. 
Fáscia renal – camada mais externa protetora que fixa o rim ao peritónio e a parede abdominal. 
 
Aplicação clínica: 
 
Ptose renal – quando o rim desce com a força da gravidade, isso pode fazer com que o ureter torça e 
bloqueie o fluxo de urina do rim afetado. Idosos muito magros e com anorexia nervosa pode 
acontecer isso. 
 
Morfologia externa: 
Face lateral convexa e face medial côncava. Na margem medial temos o hilo renal, o hilo se abre no 
interior do rim no espaço chamado de seio renal onde se localizam os vasos renais e a pelve renal. 
 
Morfologia interna: 
Três regiões podem ser observadas em cada rim: Córtex renal, medula renal e pelve renal. 
As expansões do córtex formam as colunas renais que projetam para a medula renal. A medula renal 
forma as estruturas triangulares denominadas de pirâmides renais – de 8 a 15 pirâmides renais. 
Papila renal; Cálice renal menor; Cálices maiores; Pelve renal; Ureter. 
 
Vascularização renal: 
Artéria renal direita e artéria renal esquerda; arco anterior da artéria renal; artéria perfurante; 
artéria capsular inferior; artéria suprarrenal média; artéria suprarrenal inferior. 
 
Artérias intra-renais: 
Artéria renal esquerda  artéria supra-renal inferior; artérias interlobares  artérias arqueadas  
artérias interlobulares. 
 
Drenagem venosa dos rins: 
As veias acompanham o trajeto das artérias, então: veias interlobares  veias arqueadas  veias 
interlobulares 
 
*As veias interlobares descem entre as pirâmides renais, convergem umas com as outras e deixam 
o rim pela veia renal que drena para veia cava inferior. * 
 
Inervação renal: 
Originam-se do plexo nervoso renal formado por fibras simpáticas e parassimpáticas. O plexo 
nervoso renal é suprido por fibras dos nervos: Esplânicos abdominopélvicos. 
Os nervos da parte abdominal dos ureteres provem do plexo renal, aórtico abdominal e hipogástrico 
superior. 
 
 
 
 
 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Néfrons: 
 
Consiste em: cápsula glomerular (cápsula de Bowman); túbulo contorcido proximal; ramo 
descendente da alça do néfron (alça de Henle); ramo ascendente da alça do néfron; túbulo 
contorcido distal. 
 
Estrutura Função 
Corpúsculo renal 
Glomérulo -Filtração de água e substâncias dissolvidas do 
plasma sanguíneo 
Cápsula glomerular -Recebe o filtrado glomerular 
Néfron 
Túbulo contorcido proximal -Reabsorção de água por osmose; reabsorção 
de glicose, a.a., creatina, ácido úrico, íons de 
cálcio, etc…por transporte ativo. 
-Reabsorção de proteínas por pinocitose. 
Ramo descendente da alça do néfron -Reabsorção de água por osmose 
Ramo ascendente da alça do néfron -Reabsorção de íons cloro por transporte ativo 
e reabsorção passiva de íons de sódio. 
Túbulo contorcido distal -Reabsorção de água por osmose; 
-Reabsorção de íons sódio por transporte ativo; 
-Secreção passiva de íons potássio por atração 
eletroquímica; 
Tubo coletor -Reabsorção passiva de água por osmose; 
drenagem de urina de vários néfrons. 
 
 
 
Glândula supra-renais (adrenais): 
 
São pequenos corpos amarelados; São achatados ântero-posteriormente, estão situados ântero-
superiormente a cada extremidade superior do rim; Cada uma mede aprox 50mm verticalmente, 30 
mm transversalmente e 10 mm na dimensão ântero-posterior; Pesando cerca de 5g. 
 
 Essas glândulas secretam aldosterona que atua sobre os túbulos renais, causando reabsorção de 
sódio e aumentando a eliminação de potássio. Promove a reabsorção de água e reduz a produção 
de urina. 
-A maior reabsorção de água aumenta o volume e pressão do sangue nos rins. A pressão elevada 
desempenha função importante no órgão permitindo que o glomérulo faça filtração de substâncias 
para o interior de sua cápsula. 
 
 
Ureteres: 
 
São retroperitoneais, tem morfologia tubular com aprox 25 cm; Iniciam na pelve renal e seguem 
inferiormente entre o peritónio parietal e a parede da cavidade pélvica para entrar na bexiga 
urinária nos ângulos póstero-laterais de sua base. 
 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Apresentam constrições em três locais: junção dos ureteres na pelve renal, margem da abertura 
superior da pelve, passagem através da parede da bexiga urinária. 
 
 
Irrigação arterial: vem de várias artérias, ramos da artéria renal queirrigam a porção superior. A 
artéria testicular ou ovárica irriga a porção média. Artéria vesical superior irriga a região pélvica. 
O retorno venoso acompanha as artérias das veias correspondentes (veia vesical, veia testicular ou 
ovárica e veia renal). 
 
Bexiga urinária: 
 
Dividida em: ápice, fundo, trígono e colo. 
É um órgão oco muscular, elástico que se destina ao armazenamento de urina. 
Nos homens, a bexiga está anterior ao reto, a próstata está abaixo da bexiga. Nas mulheres, está 
anterior a vagina e abaixo do útero. 
 
Localização: 
Vazia- a bexiga está localizada inferiormente ao peritónio e a sínfise púbica. 
Cheia- ela se eleva para a cavidade abdominal. 
 
Esfíncter interno, se contrai involuntariamente, prevenindo o esvaziamento. O esfíncter externo, se 
contrai voluntariamente, permite a resistência a necessidade de urinar. 
-Capacidade: 700-800 ml. 
Nas mulheres é menor porque o útero ocupa o espaço imediatamente acima da bexiga. 
 
A contração da musculatura da bexiga pode comprimir os ureteres e prevenir o refluxo da urina 
da bexiga para o ureter, atuando como esfíncteres. 
Pregas da mucosa da bexiga se assemelham a válvulas e se formam ao redor dos óstios dos 
ureteres e auxiliam na prevenção do refluxo de urina durante a micção. 
 
Músculo detrusor: músculo liso da parede da bexiga urinária. Durante a micção, ele se contrai para 
expulsar a urina. Ao contrário, ele se mantém relaxado para encher a bexiga. 
 
Trígono da bexiga – é uma área lisa limitada por três vértices: pontos de entrada dos dois ureteres 
e ponto de saída da uretra. 
*O trígono é importante clinicamente, pois as infecções tendem a persistir nessa área.* 
 
*Anatomia da bexiga. 
 
Úvula da bexiga é uma elevação do trígono, geralmente mais proeminente nos homens mais velhos. 
 
Vascularização da bexiga masculina: 
Ramos da artéria ilíaca interna; Artérias vesicais superiores; as artérias vesicais inferiores 
irrigam o fundo e o colo da bexiga. 
Vascularização da bexiga feminina: 
 Ramos da artéria ilíaca interna; artérias vesicais superiores; artérias vaginais enviam pequenos 
ramos para as partes póstero-inferiores da bexiga. 
*Em ambos os sexos, pequenos ramos das artérias obturatórias e artéria glútea inferior. 
 
 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Drenagem venosa: 
As veias são tributárias das veias ilíacas internas e tem os mesmos nomes das artérias. 
 
Plexo venoso vesical: 
Sexo masculino- contínuo do plexo prostático, envolve o fundo da bexiga, próstata, glândulas 
seminais, ductos deferentes e a extremidade inferior dos ureteres. 
Sexo feminino- além da bexiga, envolve a parte pélvica da uretra e o colo da bexiga, recebe sangue 
da veia dorsal do clitóris e comunica-se com o plexo venoso vaginal ou uterovaginal. 
 
Linfáticos da bexiga urinária: 
As faces súpero-laterais da bexiga seguem até os linfonodos ilíacos externos. 
O fundo e colo seguem até os linfonodos ilíacos internos. 
O colo da bexiga drena para os linfonodos sacrais ou ilíacos comuns. 
 
Controle da micção: 
 A bexiga e a uretra estão conectadas ao sistema límbico que reage as nossas emoções  as 
fibras motoras do sistema nervoso somático descem pela espinha dorsal  essas fibras 
recebem a ordem para relaxar os esfíncteres e eles se abrem  a fibra motora vai até o 
esfíncter externo. 
As fibras do parassimpático enviam as informações para o SNC: 
Os reflexos motores se conectam no ápice (no esfíncter interno) e face lateral da bexiga. 
Os reflexos sensoriais saem da base da bexiga como receptor das informações. 
 
Uretra: 
 
Uretra é um tubo muscular com camada mucosa que sai da face inferior da bexiga urinária e 
transporta a urina para o meio externo. 
Na junção da uretra com a bexiga, a musculatura lisa da bexiga circunda a uretra e atua como um 
esfíncter interno da uretra. 
Como a uretra atravessa o assoalho da pelve (diafragma urogenital), ela é circundada por 
musculatura esquelética que forma o esfíncter externo da uretra (voluntário). 
 
Nas mulheres, a uretra é curta, +/- 4cm, e está anteriormente a vagina, abre-se no exterior por 
meio do óstio externo da uretra que se localiza entre o clitóris e óstio da vagina, distanciando 2,5 cm 
entre eles. É um canal membranoso estreito que se estende da bexiga ao orifício externo no 
vestíbulo. É levemente curvada com a concavidade dirigida para frente. Tem diâmetro de 6mm. 
Muitas e pequenas glândulas uretrais se abrem na uretra. As maiores dessas glândulas são as 
parauretrais. 
 
Vascularização da uretra feminina: 
Artéria pudenda interna e artéria vaginal. 
 
Nos homens, possui cerca de 20 cm, e vai do orifício uretral interno até o óstio externo da uretra, 
localizado no ápice do pênis. Apresenta dupla curvatura no estado relaxado do pênis. 
É dividida em três porções: prostática, membranácea (na região do diafragma urogenital) e 
esponjosa (porção maior). 
 
Vascularização da uretra masculina: 
Parte prostática: artérias vesicais inferiores e retais médias. 
Parte membranácea: artéria do bulbo do pênis. 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Parte esponjosa: artéria uretral e ramos das artérias dorsal do pênis e profunda do pênis. 
 
Resumo das diferenças entre as uretras femininas e masculinas: 
 Se diferem em seu trajeto. 
 Na mulher é mais curta (4cm) e é exclusiva do sistema urinário. Seu óstio externo localiza-se 
anteriormente à vagina e entre os lábios menores. 
 No homem, a uretra faz parte do sistema urinário e reprodutor. É maior que a feminina (20 
cm). 
 
 
Sistema digestório 
O TGI ou canal alimentar é um tubo oco que se estende desde a boca até o ânus. As estruturas do 
TGI incluem: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto, ânus. 
Os órgãos acessórios são: dentes, língua, glândulas salivares, fígado, vesícula biliar e pâncreas. 
Funções do TGI: 
 Receber nutrientes que garantem a manutenção dos seus processos vitais. 
 Transformação mecânica e química de macromoléculas em microcoléculas para facilitar a 
absorção. 
 Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais da luz intestinal para capilares 
sanguíneos da mucosa do intestino através dos movimentos peristálticos. 
 Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos. 
Etapas da digestão: ingestão, mastigação, deglutição (boca  faringe  esôfago), digestão 
(desdobramento mecânico e químico), absorção (túnica mucosa do intestino delgado), peristaltismo 
e defecação. 
Divisões do TGI 
Anatomia: cavidade oral, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso. 
Funcional: cavidade oral (ingere alimento, recebe saliva, mói alimento e mistura com saliva 
formando o bolo alimentar); faringe (recebe o bolo alimentar e continua a deglutição levando o bolo 
até o esôfago); esôfago (transporta o bolo para o estômago através do peristaltismo); estômago 
(recebe o bolo alimentar, mistura com o suco gástrico, inicia a digestão de proteínas, gera sensação 
de fome e impede o refluxo do quimo do duodeno); intestino delgado (recebe o quimo do estômago 
e as secreções do fígado e do pâncreas, reduz o quimo, absorve nutrientes, transporta os resíduos 
por peristaltismo para o intestino grosso); intestino grosso (recebe os resíduos indigestos do 
intestino delgado, absorve água e eletrólitos, forma, armazena e elimina as fezes quando ativado por 
um reflexo de defecação.). 
*Apox 24-48h para o alimento seja transportado ao longo do TGI* 
 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Membranas serosas e túnicas do TGI: 
 
Membranas serosas: 
Epitélio pavimentoso simples e tecido conjuntivo. 
Secretam líquido seroso – lubrificante para umedecer os órgãos. 
São chamadas de: Membranas peritoneais ou peritónio. 
 
Peritônio parietal: reveste a parede da cavidade abdominal. Ao longo da parede posterior da 
cavidade abdominal junta-se para formar uma camada peritoneal dupla chamada de mesentério. 
 
O mesentério:sustenta o TGI; permite o peristaltismo; fornece estrutura para passagem de nervos e 
vasos intestinais; Mesocolo é uma porção específica do mesentério que sustenta o intestino grosso. 
 
Peritônio visceral: revestimento peritoneal em torno das vísceras intestinais. 
Cavidade peritoneal fica entre o peritónio visceral e o parietal. 
Órgãos retroperitoneais estão localizados posteriormente ao peritónio parietal. 
São eles: maior parte do pâncreas, rins, glândulas suprarrenais, parte do duodeno e do colo, parte 
abdominal da artéria aorta. 
 
Peritônio parietal  Mesentério (sustenta o TGI)  Mesocolo (sustenta o intestino grosso). 
Peritônio visceral  órgãos retroperitoneais  ligamento falciforme (prende o fígado ao 
diafragma)  omento maior (armazenamento de gordura)  omento menor. 
 
Omenta maior: se estende da curvatura maior do estômago ao colo transverso, formando uma 
estrutura semelhante a um avental sobre a maior parte do intestino delgado. 
Função: armazenamento de gordura, acolchoamento dos órgãos viscerais, suporte de linfonodos e 
proteção contra disseminação de infecções. 
 
Omento menor: passa da curvatura menor do estômago e parte superior do duodeno para a face 
inferior do fígado. 
 
Camadas do TGI: (interno) mucosa  submucosa  túnica muscular circular  túnica muscular 
longitudinal  serosa (externo). 
 
Mucosa: 
 
Reveste o lume do TGI; 
Promove absorção e secreção; 
Camada muscular da mucosa do tecido conjuntivo; 
Músculo liso. 
 
Movimentos involuntários  Células caliciformes (secretam muco) 
 
Submucosa: 
 
Altamente vascularizada; Camada mais espessa de tecido conjuntivo  glândulas e plexos nervosos 
 plexo submucoso (propicia a inervação autônoma para muscular da mucosa). 
 
 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Túnica muscular: 
 
Contrações segmentárias; movimentos peristálticos; músculo liso (camada circular e longitudinal); 
enzimas digestivas; plexo mioentérico (entra as duas camadas musculares, serve como suprimento 
de nervos para o TGI incluindo neurônios e gânglio do SNA). 
 
Túnica serosa: 
 
Camada protetora; consiste em uma camada delgada de tecido conjuntivo frouxo; epitélio simples 
pavimentoso – peritónio visceral; rica em vasos sanguíneos e linfáticos. 
 
 
Inervação do TGI: 
 
SNA: nervos vagos são fontes de atividade parassimpática no esôfago, estômago, pâncreas, vesícula 
biliar, intestino delgado e porção superior do intestino grosso. 
Nervos espinais da região sacral são fontes de atividade parassimpática na porção inferior do 
intestino grosso. 
 
 Simpático: inibe a secreção gástrica e motilidade e estimula a contração dos vasos e 
esfíncteres. 
 Parassimpático inibe as contrações dos vasos e esfíncteres e estimula o peristaltismo e 
aumento de secreção. 
*Ambos atuam no plexo mioentérico e plexo submucoso, mas só o simpático atua no epitélio e é 
maioritariamente pós-ganglionar, o parassimpático é pré-ganglionar * 
 
 
Boca: 
 
Estende-se dos lábios até a orofaringe; 
Funções: receptor de alimento; início da digestão; enzimas da saliva ajudam na mastigação para 
quebrar carboidratos. 
 
É formado por bochechas, lábios, palato duro (osso palatino), palato mole (arco muscular e úvula 
palatina) e vestíbulo da boca (depressão entre bochechas e lábios e entre gengiva e dentes). 
 
Lábio: 
 
Os lábios são usados para prender alimentos, fala, osculação (beijo), sugar líquidos. 
São pregas musculofibrosas móveis que circundam a boca, estendendo-se dos sulcos nasolabiais e 
narinas lateral e superiormente até o sulco mentolabial na parte inferior. 
 
Temos os linfonodos submentuais e linfonodos submandibulares, abaixo do queixo. 
 
Os lábios contêm o músculo orbicular da boca e músculos, vasos e nervoso dos lábios superior e 
inferior. Os lábios são cobertos externamente por pele e internamente por túnica mucosa. 
 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Frênulos: 
 
São pregas da túnica mucosa na linha mediana, que se estendem da gengiva vestibular até a túnica 
mucosa dos lábios superior e inferior; o frénulo que se estende até o lábio superior é maior. As 
vezes, outro frénulo menor situado lateralmente nas regiões vestibulares pré-molares. 
 
Bochecha: 
 
São as paredes móveis da cavidade oral. Anatomicamente, a face externa das bochechas constitui a 
região bucal, limitada anteriormente pelas regiões oral e mentual, superiormente pela região 
zigomática, posteriormente pela região parotideomassetérica e inferiormente pela margem inferior 
da mandíbula. 
 
Irrigação dos lábios: 
 
Lábio superior é irrigado pelos ramos labiais superiores das artérias facial e infraorbital. 
Lábio inferior é vascularizado por ramos labiais inferiores das artérias facial e mentual. 
 
As artérias labiais superior e inferior, ramos das artérias faciais, anastomosam-se entre si nos lábios 
para formar um anel arterial. 
 
Inervação dos lábios: 
 
Lábio superior é suprido pelos ramos labiais superiores dos nervos infraorbitais; 
Lábio inferior é suprido pelos ramos labiais dos nervos mentuais; 
 
Drenagem linfática dos lábios: 
 
A linfa do lábio superior e das partes laterais do lábio inferior segue principalmente para os 
linfonodos submandibulares; 
A linfa da parte medial dos lábios inferiores segue para os linfonodos submentuais. 
 
 
Tonsilas: 
 
-Lingual 
-Palatina 
-Faríngea 
 
Amigdalite – inflamação nas tonsilas palatinas por bactérias ou vírus. 
Faringite bacteriana. 
 
 
Língua: 
 
Dividida em: raíz, dorso e ápice 
 
Raíz: osso hióde, músculos hioglosso e genioglosso e pela membrana glossohiódea; 
Epiglote: por três pregas da mucosa; ao palato mole, pelos arcos palatoglossos; 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Faringe: pelos músculos constritores superiores da faringe e pela mucosa. 
 
Corpo: sulco mediano que divide a língua em metades simétricas; nos 2/3 anteriores do corpo da 
língua encontramos as papilas linguais; no 1/3 posterior encontramos numerosas glândulas mucosas 
e folículos linfáticos (tonsila lingual). 
 
Ápice: é a extremidade anterior, arredondada que se apoia contra a face lingual dos dentes incisivos 
inferiores. 
 
É o principal órgão do sentido do gosto. 
Formada por musculatura esquelética e recoberta de membrana mucosa. 
Promove o movimento do alimento durante a mastigação. 
Produção da fala. 
Na superfície do dorso temos as papilas que são pequenas elevações. 
 
Papilas: 
 
Papilas filiformes, papilas fungiformes, papilas circunvaladas e papilas folhadas. 
 
Filiformes – são sensíveis ao toque, apresentam extremidades afiladas, são longas e numerosas, 
distribuídas no dorso da língua. 
Fungiformes – maiores e arredondadas. 
Circunvaladas – dispostas em forma de V na superfície posterior da língua. 
Folhadas – dispostas na região lateral da língua. 
 
Irrigação da língua: 
 
Derivadas da artéria lingual que se origina da artéria carótida externa. 
Ao penetrar na língua a artéria lingual segue profundamente ao músculo hipoglosso. 
As artérias dorsais da língua vascularizam a raíz. 
Tem a artéria sublingual, artéria profunda da língua. 
A artéria profunda da língua vascularizam o corpo da língua. Estas comunicam-se entre si perto do 
ápice da língua. O septo da língua impede a comunicação entre as artérias dorsais da língua. 
 
Drenagem venosa da língua: 
 
Veias dorsais da língua acompanham a artéria lingual e veias profundas da língua, que começam no 
ápice da língua, seguem no sentido posterior além do frénulo lingual para se unirem à veia 
sublingual. Drenagem é feita para a veia jugular interna. 
 
Drenagem linfática da língua: 
 
A raiz drena bilateralmente para linfonodos cervicais profundos superiores; A parte medial do corpo 
drena bilateral e diretamente para o linfonodos cervicais profundos inferiores. As partes laterais 
direita e esquerda do corpo drena para os linfonodos submandibulares ipsilaterais. 
O ápice e o frénulo drenam para os linfonodos submentuais e a porção medial tem drenagembilateral. 
 
 Toda a linfa da língua drena para os linfonodos cervicais profundos e chega, via troncos 
jugulares, ao sistema venoso nos ângulos venosos direito e esquerdo. 
 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Inervação da língua: 
 
Todos os músculos da língua recebem inervação motora do nervo hipoglosso (exceto palatoglosso). 
O músculo palatoglosso é um músculo palatino inervado pelo plexo faríngeo. 
 
Nervo lingual: sensibilidade geral (tato e temperatura), a túnica mucosa dos dois terços anteriores 
da língua. 
Nervo corda do tímpano (ramo do nervo facial): sensibilidade especial (paladar), com exceção das 
papilas circunvaladas. 
Nervo glossofaríngeo: sensibilidade geral e especial supre a mucosa do terço posterior da língua e as 
papilas circunvaladas. 
 
 
Dentes: 
 
Articulam-se com os ossos maxilares e mandíbula nos processos alveolares; São recobertos por 
gengiva. 
 
Partes do dente: coroa – porção que sobressai a gengiva; colo – constrição entre coroa e raiz; raiz – 
ancora entre dente e alvéolo. 
 
Dentina – maior parte do dente; semelhante ao osso porém mais dura. 
Esmalte – recobre a dentina formando a coroa; composto de fosfato de cálcio. 
Polpa do dente – composta de tecido conjuntivo; vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. 
 
Tipos de dentes: incisivos centrais, incisivos laterais, caninos, 1º pré-molares, 2º pré-molares, 1º 
molares, 2º molares e 3º molares. 
 
Glândulas salivares: 
 
Produzem saliva; cerca de 1000ml a 2000ml diariamente; enzimas presentes na saliva digerem o 
amido (amido-amilase); produz muco lubrificante que ajuda na deglutição. 
 
Três pares de glândulas salivares extrínsecas são: glândula parótida, glândula submandibular e 
glândula sublingual. 
 
Glândula parótida: ramos da artéria carótida externa – artéria temporal superficial, artéria maxilar, 
artéria facial transversa, artéria auricular posterior. 
 
Irrigação das glândulas salivares: 
Glândula submandibulares: irrigação provém das artérias submentuais. 
Glândula sublinguais: é feita pelas artérias sublinguais e submentuais, ramos das artérias lingual e 
facial. 
 
Drenagem venosa: veias submentuais, veias sublinguais. 
A drenagem da glândula parótida é pela veia retromandibular, veia jugular externa e veia jugular 
interna. 
A drenagem das glândulas salivares (submandibular e sublingual) termina nos linfonodos cervicais 
profundos, sobretudo no linfonodo júgulo-omo-hioideo. 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
 Na fáscia parotídea e na glândula parótida estão os linfonodos parotídeos. 
 
Inervação da glândula parótida: 
 
O nervo auriculotemporal, está intimamente relacionado com a glândula parótida e segue 
superiormente a ela com os vasos temporais superficiais. 
O nervo auriculotemporal e o nervo auricular magno, ramo do plexo cervical inervam a fáscia 
parotídea e a pele sobrejacente. 
O componente parassimpático do nervo glossofaríngeo envia fibras secretoras pré-ganglionares para 
o gânglio ótico. As fibras parassimpáticas pós-ganglionares são conduzidas do gânglio até a glândula 
pelo nervo auriculotemporal e produz saliva fina e aquosa. 
 
Inervação da glândula submandibular e sublingual: 
 
São supridas por fibras secretomotoras parassimpáticas pré-ganglionares que são conduzidas, pelo 
nervo corda do tímpano, do nervo facial para o nervo lingual, e fazem sinapse com neurônios pós-
ganglionares no gânglio submandibular. 
*Nervo facial, nervo corda do tímpano, nervo lingual* 
 
 
Faringe: 
 
Ramo tonsilar da artéria facial atravessa o músculo constritor superior da faringe e entra no polo 
inferior da tonsila palatina. 
A tonsila também recebe ramos arteriais das artérias: palatina ascendente, palatina descendente, 
lingual e faríngea ascendente. 
 
Vascularização da faringe: artéria palatina ascendente, ramo tonsilar, artéria facial, artéria 
carótida interna, artéria faríngea ascendente, artéria lingual e artéria carótida externa. 
 
Drenagem venosa da faringe: 
Veia palatina externa (veia paratonsilar) desce do palato mole, passa a face lateral da tonsila antes 
de entrar no plexo venoso faríngeo. 
 
Inervação da faringe: 
A inervação da faringe tanto a parte motora quando a sensitiva que é a maior parte deriva do plexo 
nervoso faríngeo: nervo glossofaríngeo, gânglio inferior do nervo vago, ramo faríngeo do nervo vago, 
nervo laríngeo superior, ramo faríngeo do nervo glossofaríngeo, ramo interno do nervo laríngeo 
superior, ramo externo do nervo laríngeo superior e nervo vago. 
 
 
Esôfago: 
 
Tubo por onde passa o alimento para ser digerido. É um tubo fibro-músculo-mucoso que se estende 
entre a faringe e o estômago. 
 
Localização: posteriormente à traquéia começando na altura da 7ª vértebra cervical. 
Perfura o diafragma pela abertura chamada hiato esofágico e termina na parte superior do 
estômago. 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Mede cerca de 25 cm de comprimento. 
Temos o esfíncter esofágico superior e o esfíncter esofágico inferior. 
Esse órgão é formado por três porções: 
Parte cervical- porção que está em contato íntimo com a traquéia. 
Parte torácica- porção mais importante, passa por trás do brônquio esquerdo (mediastino superior, 
entre a traqueia e a coluna vertebral). 
Parte abdominal- repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado, formando nele a impressão 
esofágica. 
 
Temos três constrições onde as estruturas adjacentes deixam impressões: 
Constrição cervical- esfíncter superior do esôfago. Em seu início na junção faringoesofágica, causada 
pela parte cricofaríngea do músculo constritor inferior da faringe. 
Constrição broncoaórtica- torácica. Uma constrição combinada, no local onde ocorre o cruzamento 
do arco da aorta, e depois o cruzamento pelo brônquio principal esquerdo. 
Constrição diafragmática- no local onde atravessa o hiato esofágico do diafragma. 
 
Irrigação do esôfago: 
 
Parte cervical: Ramos da artéria tireóidea inferior (tronco tireocervical). 
Parte torácica: Ramos esofágicos das artérias brônquicas; ramos esofágicos das artérias intercostais; 
artérias esofágicas (ramos da artéria aorta descendente). 
Parte abdominal: artérias frênicas inferiores; artéria gástrica esquerda (ramo do tronco celíaco). 
 
Drenagem venosa do esôfago: 
 
Parte cervical- veias tireóideas inferiores. 
Parte torácica- veia ázigos, veia hemiázigo acessória, veia hemiázigo. 
Parte abdominal- veia gástrica esquerda. 
 
*Veias que formam um plexo submucoso* 
*Veias que formam um plexo periesofágico* 
 
Drenagem linfática do esôfago: 
 
Linfonodos cervicais laterais profundos (jugulares internos); Linfonodos mediastinais posteriores 
(linfonodos parietais posteriores); Linfonodos gástricos esquerdos (linfonodos cárdicos do 
estômago). 
 
Inervação do esôfago: 
 
A parte cervical do esôfago recebe fibras somáticas através: nervos laríngeos recorrentes, troncos 
simpáticos cervicais, nervos vagos, plexo esofágico, nervos esplâncnicos maiores e plexos 
submucosos e mioentéricos. 
 
Inervação do tronco vagal posterior: 
Plexo esofágico posterior; tronco vagal posterior; plexo celíaco ramo vagal; ramo vagal posterior 
para curvatura menor; ramo vagal para a parte cárdica do estômago; plexo esofágico posterior. 
 
 
 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Refluxo ácido: 
O refluxo é a causa mais comum de esofagite (doença de refluxo gastro-esofágico ou DRGE). Ocorre 
fluxo retrógrado do ácido do estômago, o que resulta numa queimadura química do esófago. O 
refluxo de ácido do estômago para o esófago pode levar à inflamação da mucosa do esófago e 
causar azia e sensação de ardor no peito. 
Estômago: 
 
Tem forma de J quando vazio; Localizado no quadrante superior esquerdo do abdômen; contínuo ao 
esôfago; se abre com o intestino delgado; mistura os alimentos com secreções gástricas – forma o 
quimo. 
Se divide em quatro regiões: cárdia, fundo, corpo e piloro. 
 
Esfíncter pilórico: músculo circular na extremidade da região pilórica; une-se com intestinodelgado 
para permitir a passagem do quimo e impede o refluxo. 
 
É constituído de 4 túnicas: mucosa, submucosa, muscular (músculo longitudinal, músculo circular e 
músculo oblíquo) e serosa. 
Apresenta 2 modificações: uma camada muscular oblíqua extra na túnica muscular e a mucosa 
apresenta pregas longitudinais (pregas gástricas). 
 
As pregas gástricas ou rugas gástricas permitem a distensão do estômago e sua mucosa 
caracterizada por fossetas gástricas e glândulas gástricas. 
 
Regulação gástrica: 
SNA; neurônios simpáticos originam-se no plexo celíaco; neurônios parassimpáticos originam-se dos 
nervos vagos. (!!) *fazem sinapse no plexo mioentérico e no plexo submucoso, promovendo a 
atividade gástrica em três fases: fase cafálica (sentir o gosto e cheiro e ver); fase gástrica (alimento 
no estômago, estimula a liberação de gastrina); fase intestinal (quimo entrando no duodeno, 
estimula gastrina intestinal). 
 
Inervação do estômago: 
 
Parassimpático: troncos vagais anterior e posterior. 
Simpático (T6 até T9): plexo celíaco – nervo esplâncnico maior (plexo ao longo das artérias); nervo 
frênico esquerdo. 
Fibras sensitivas: ativação reflexa da secreção, à sensibilidade, à temperatura, à dor e à sensação 
de fome. 
 
Vascularização do estômago: 
 
Artéria esplênica (lienal); artérias gástricas curtas; artéria esofágica; artéria gastromental esquerda; 
artéria gastromental direita; artéria gástrica direita. 
 
Drenagem linfática do estômago: 
 
Linfonodos do grupo gástrico superior; linfonodos do grupo pancreáticolienal; linfonodos do grupo 
supra-pilórico e linfonodos do grupo sub-pilórico gástrico inferior. 
 
Correlação clínica: 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Cirurgia bariátrica- redução do estômago; fator determinante grau de obesidade; público alvo: 
pacientes com IMC maior que 40 kg/m². 
Vários tipos: bypass gástrico, Y de roux. 
 
 
Intestino delgado: 
 
Tem mais ou menos 3 metros de comprimento e 2,4 cm de largura; promove absorção de 
nutrientes; é inervado pelo plexo mesentérico; dividido em três regiões: duodeno, jejuno e íleo. 
 
Inervação do intestino delgado: 
 
Artéria mesentérica superior (MAS) irriga o jejuno e o íleo via artérias jejunais e ileais. A MAS 
surge na parte abdominal da aorta no npivel da vértebra L1, cerca de 1 cm inferior ao tronco celíaco 
e segue entre as camadas do mesentério, enviando 15 a 18 ramos para o jejuno e o íleo. 
 As artérias se unem para formar alças ou arcos, chamados arcos arteriais, que dão origem a 
artérias retas, chamadas de vasos retos. 
 
A veia mesentérica superior drena o jejuno e o íleo. Situa-se anteriormente e a direita da MAS na 
raiz do mesentério. 
A VMS termina posteriormente ao colo do pâncreas, onde se une à veia esplênica para formar a 
veia porta. 
 
Drenagem linfática do intestino delgado: 
 
No mesentério, a linfa atravessa sequencialmente três grupos de linfonodos: linfonodos 
justaintestinais localizados perto da parede intestinal; linfonodos mesentéricos estão dispersos 
entre os arcos arteriais; linfonodos centrais superiores estão localizados ao longo da parte proximal 
da AMS. 
Os vasos linfáticos eferentes dos linfonodos mesentéricos drenam para os linfonodos mesentéricos 
superiores. 
Os vasos linfáticos da parte terminal do íleo seguem o ramo ileal da artéria ileocólica até os 
linfonodos ileocólicos. 
 
Diferenças entre jejuno e íleo: 
 Jejuno vs Íleo 
Cor: vermelho / rosa 
Calibre: 2 a 4 cm / 2 a 3 cm 
Parede: espessa e pesada / fina e leve 
Vascularidade: maior / menor 
Vasos retos: longos / curtos 
Arcos: alças grandes / alças curtas 
Gordura no mesentério: menos / mais 
Pregas circulares: grandes, altas e bem próximas / baixas e esparsas, ausentes na parte distal. 
Nódulos linfoides (placas de peyer): poucos / muitos 
 
Inervação do intestino delgado: 
As fibras simpáticas nos nervos para o jejuno e o íleo originam-se nos segmentos T8 a T10 da 
medula espinhal e chegam ao plexo mesentérico superior por meio dos troncos simpáticos e 
nervos esplânicos (maior, menor e imo) torácicos abdominopélvicos. 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
Fibras simpáticas pré-ganglionares fazem sinapse nos corpos celulares dos neurônios simpáticos 
pós-ganglionares nos gânglios celíaco e mesentérico superior. 
Fibras parassimpáticas nos nervos jejuno e íleo provêm dos troncos vagais posteriores. 
Fibras parassimpáticas pré-ganglionares fazem sinapse com os neurônios parassimpáticos pós-
ganglionares nos plexos mioentérico e submucoso na parede intestinal. 
 
 
Duodeno: 
Tem formato de um C; mede mais ou menos 25 cm do esfíncter pilórico até a flexura 
duodenojejunal; é a única porção do intestino delgado que é fixa; não possui mesentério. 
 
Apresenta 4 partes: 
Parte superior ou 1ª porção que se origina no piloro e vai até o colo da vesícula biliar. 
Parte descendente ou 2ª porção que é desperitonizada. Tem o ducto colédoco vindo da vesícula 
biliar e do fígado (bile). Ducto pancreático que provêm do pâncreas (suco ou secreção pancreática). 
Ampola hepatopancreática e papila duodenal maior. 
Parte horizontal ou 3ª porção. 
Parte ascendente ou 4ª porção. 
Flexura duodenojejunal. 
 
Inervação do duodeno: 
 
Parassimpático: troncos vagais anterior e posterior. 
Simpático (T6 até T9): nervos e gânglios 
Plexos (simpáticos e parassimpáticos) 
 
Vascularização do duodeno: 
 
As artérias do duodeno originam-se do tronco celíaco e da artéria mesentérica superior. 
Tronco celíaco, por intermédio da artéria gastroduodenal e seu ramo, a artéria pancreáticoduodenal 
superior, supre a parte do duodeno proximal à entrada do ducto colédoco na parte descendente do 
duodeno. 
 
Vascularização do duodeno: 
Artéria gastroduodenal, artéria supraduodenal, ramo posterior, artéria mesentérica superior, 
ramo anterior e artéria pacreaticoduodenal inferior. 
Artéria mesentérica superior, por meio de seu ramo: artéria pancreaticoduodenal inferior, supre o 
duodeno distal à entrada do ducto colédoco. Esta situa-se na curvatura entre o duodeno e a cabeça 
do pâncreas e irrigam as duas estruturas. 
A anastomose das artérias pancreaticoduodenais superior e inferior (entre o tronco celíaco e a 
artéria mesentérica superior) ocorre entre a entrada do ducto biliar (colédoco) e a junção das partes 
descendentes e inferior do duodeno. 
*As veias do duodeno acompanham as artérias e drenam para a veia porta, algumas diretamente e 
outras indiretamente, pelas veias mesentérica superior e esplênica* 
 
Drenagem linfática do duodeno: 
 
Linfonodos pilóricos superiores e inferiores, linfonodos pancreáticosduodenais e linfonodos 
mesentéricos. 
 
Emillie Pinheiro Barros 
Medicina - TXIX 
 
Jejuno: 
 
É a parte do intestino delgado que faz continuação ao duodeno, recebe este nome porque sempre 
que é aberto se apresenta vazio. 
É o mais largo com mais ou menos 4 cm; Parede espessa, mais vascular e de cor mais forte que o 
íleo; tem o lume maior e mais pregas internas. 
 
Ìleo: 
 
Tem a espessura menor; coloração rósea; alças menores; paredes mais finas; menos vascularizado; 
mais longo; poucas pregas e placas mesentéricas (Peyer) – nódulos linfáticos. 
 
 
Intestino grosso: 
 
Tem em média 1,5 m de comprimento e 6,5 m de diâmetro; Mais espesso que o intestino delgado; A 
porção do mesentério chamada de mesocolo faz a sustentação da porção transversa do intestino 
grosso; tem como função principal absorver água e eletrólitos do quimo restante; síntese de 
determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais; Formação, armazenamento e eliminação das 
fezes do corpo. 
 
Em comparação com o intestino delgado, o intestino grosso apresenta algumas diferenças: o calibre, 
as tênias do cólon (fitas longitudinais), os haustros do cólon (saculações) e os apêndices epiploicos. 
*Aparecem principalmente no cólon sigmóide. 
 
É dividido em 4 partes: Ceco (cécum)/colo, ascendentes, transverso, descendente, sigmóide, reto e 
ânus. 
 
 Ceco:

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