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ATPS DE CIÊNCIAS SOCIAIS

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UNIDADE DE NITERÓI UNIPLI
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
MATÉRIA : CIÊNCIAS SOCIAIS
GRUPO:
Aluno (a): Érica Ribeiro Alves - RA 6787379818
Aluno (a): Elaine Silva Adão Paulino - RA 1299517486
Aluno (a): Natasha da Silva Pereira - RA 1299760361
Aluno (a): Rafael Jader de Almeida Gonçalves - RA 6750337522
Aluno (a): Rosilene Mauricio da Silva - RA 6790329954
Aluno (a): Thabata Thaty da Silva Gonçalves - RA: 6942011432
Professor: Ma. Mariciane Mores Nunes
TITULO DA ATIVIDADE : Produção de um relatório sobre a temática das Ciências Sociais e sua representação na sociedade.
TUTOR À DISTÂNCIA: Edmundo Lopes
TUTOR PRESENCIAL: Edmundo Lopes
Niterói, 23/11/2013.
Etapa 1
Passo 4 
O objetivo do presente trabalho é relatar argumentos e reflexões sobre as Ciências Sociais e o papel que ela desempenha na sociedade, utilizando referências bibliográficas de livros, filmes e documentários.
Definir o que é cultura, indivíduo e sociedade, pois para compreender o comportamento humano, suas ações e reações a uma determinada situação, é necessário entender o contexto social que o mesmo está inserido, quais são suas visões, suas limitações de pensamento e movimento dentro de seu raio de ação. Indivíduo, cultura e sociedade estão intrinsecamente ligados, e não se entende um sem entender o outro. Compreender os aspectos sociais, políticos, históricos e culturais das Ciências Sociais. Retratar e criar situações cotidianas de desigualdade social, relacionando tais fatores com os fundamentos sociológicos, através de um texto crítico-reflexivo sobre os documentários do tema, e de imagens que mostrem essas divergências sociais. Refletir sobre situações do dia-a-dia sobre a exploração do meio ambiente por meio de um texto crítico-reflexivo.
 Cultura é o conjunto de manifestações artísticas, sociais, linguísticas e comportamentais de um povo ou civilização. É a herança que determinada sociedade transmite a seus membros através da educação sistemática e da convivência social. Portanto, fazem parte da cultura de um povo as seguintes atividades e manifestações: música, teatro, rituais religiosos, língua falada e escrita, mitos, hábitos alimentares, danças, arquitetura, invenções, pensamentos, formas de organização social, etc.
 O conceito de cultura é bastante complexo. Em uma visão antropológica, podemos o definir como a rede de significados que dão sentido ao mundo que cerca um indivíduo, ou seja, a sociedade. Essa rede engloba um conjunto de diversos aspectos, como crenças, valores, costumes, leis, moral, línguas, entre outros.
 A cultura em si, é aquilo que faz com que o Homem seja aquilo que é numa sociedade específica e num tempo próprio. Falar de cultura é, essencialmente, falar do Homem, das suas faculdades, do seu desenvolvimento, da sua maneira de ver e entender o cosmos, de compreender o sobrenatural. A cultura é o desejo permanente e incessante do Homem se conhecer, crescer no mundo e escrever a história.
 A palavra cultura pode, também, exprimir a totalidade, ou uma parte do pensamento e das ações que distinguem uma sociedade de outras. Assim, podemos dizer que o fator cultural na vida dos povos, é o que de mais essencial faz perpetuar a sua maneira de ser e de estar no mundo. Deste modo, podemos afirmar que há uma pluralidade de culturas que convivem em diferentes tempos e lugares.
Por fim, ressaltando, todos os seres humanos têm cultura, e que a cultura não é inata nas pessoas, mas é adquirida na convivência em grupo. 
 A sociedade é um conjunto de pessoas que compartilham ideias, costumes, vontades, preocupações, e que interagem entre si constituindo uma comunidade, que pode ser formada por membros da família ou também por pessoas próximas, unidas por esse conjunto. Ela pode ser constituída por pessoas com semelhanças étnicas, culturais, religiosas e até mesmo políticas. Pessoas de diferentes nações (como por exemplo, vindas de outro país formam sociedades, que muitas vezes são fechadas entre si) unidas por suas tradições, crenças e ideais também são chamadas de sociedade.
 Por fim, a sociedade é um conjunto de indivíduos que partilham uma cultura com suas maneiras de estar na vida e os seus fins, e que interagem entre si para formar uma comunidade. Embora as sociedades mais desenvolvidas sejam as humanas, também existem as sociedades animais.
 Indivíduo por sua vez, podemos definir como pessoas de diferentes sociedades, culturas, etnias, crenças e de classes sociais totalmente desiguais, mas que conseguem de uma forma ou de outra convive entre si, sendo no trabalho, como chefes e ou empregados, ou no próprio meio em que vivem, por terem uma desigualdade muito grande de situação financeira. Enquanto alguns vivem em verdadeiras mansões, outros estão morando em casebres sem a menor infraestrutura necessária, ou até mesmo debaixo de pontes sem ter muitas vezes nem alimentação necessária.
A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA REALIDADE
 A pretensão do autor na obra “A Construção social da realidade” é mostrar que a realidade do senso comum pode ser influenciada pelo mercado de idéias. A obra mostra a realidade o que constitui a realidade cotidiana do mundo. Segundo o autor, para entender a realidade da vida cotidiana é necessário ter ciência de que a filosofia é inerente a essa construção.
 O mundo da vida cotidiana não é apenas uma garantia dada pelos membros da sociedade, mas também surgem de aspectos particulares como pensamentos e ações. O autor entende que a melhor técnica de para atender a natureza dessa realidade é a fenomenologia, já que essa se constitui como uma técnica descritiva empírica, mas não cientifica do ponto de vista de ciência empírica.
 O senso comum tem diversas interpretações sobre a realidade cotidiana, sobre os objetos se apresentam a consciência como sendo de diferentes esferas da realidade. Segundo o autor a realidade se forma a partir da relação com outro. Mas o sentido de realidade nesse livro é de coisas corpóreas ou materiais, ou seja, eu chamo de realidade objetiva as coisas que eu sei que existem porque são corpóreas (corpóreas no sentido de possuir significado). Por exemplo, devemos ter na mente como saber reconhecer seus semelhantes que se deparam na vida diária e ciência sobre os desencarnados que aparecem em meus sonhos.
 Não posso dizer que aquele sujeito que morreu e apareceu no meu sonho é real, mas eu posso dizer que ele já foi real e que ele ainda está em minha realidade por meio da lembrança. Logo, devemos entender o mundo como tendo múltiplas realidades, porém, dentro dessas realidades a mais importante é aquela da vida cotidiana e essa é a predominante. Por exemplo, eu pego um ônibus todos os dias, nesse ônibus vejo as mesmas pessoas, desço do ônibus e para e uma padaria e sou atendido pelo balconista.
 Esses objetos fazem parte da minha realidade, porém, se eu me atrasar essa realidade muda, as pessoas do ônibus não serão as mesmas, o balconista não será o mesmo e etc. Ou seja, diante da minha realidade há uma série de outras realidades que existem independentes da minha. Enquanto eu estou surfando no litoral, há um tsunami no Japão.
 Estendendo a realidade da vida diária como sendo ordenada em padrões que são independentes, ela aparece ordenada por objetos que já estão lá antes da minha entrada em cena, por exemplo, o ônibus que pego diariamente esta lá independente de mim, ele vai passar, as pessoas vão trabalha e etc. A realidade está organizada em torno do aqui, do meu corpo e do “agora”, esse é o foco daminha atenção.
 A realidade é muito grandiosa e por isso as pessoas a recortam, ou seja, tiram um pedaço para si para que seja possível viver nela. O autor diz que as coisas ganham significados por meio da linguagem, a linguagem delimita as coordenadas da minha vida e enche os objetos de significados. A realidade é uma construção de uma cadeia de sintetizastes que surgem da idéia de alguém. A realidade é uma construção material da idéia de alguém. Por exemplo, alguém imaginouum carro, fez com que isso saísse da mente e materializou e a partir dessa materialização eu posso afirmar que o carro existe objetivamente por que eu posso senti-lo empiricamente. A realidade cotidiana é controlada por variáveis que são tempo e espaço e isso mostra que a vida cotidiana é abandonada por diversos graus de proximidade de objetos. Ela muda de acordo com tempo e espaço, o que era ontem amanha será outra coisa por conta dessas variáveis. A realidade mais próxima é aquela cuja meu corpo está invólucro, pois essa zona contém o mundo do meu alcance, essa realidade é a que eu posso modificar.
 Nesse mundo minha mente é dotada de pragmatismo, sendo que não tem interesse pragmático por zonas mais distantes, pois sei que talvez durante toda minha vida não possa me ocupar com essas zonas. O autor está falando nesse trecho acima que o ser humano apenas se interessa pela realidade útil a ele, pois sabe que muito provavelmente não poderá viver a realidade como um todo, por exemplo: Estou agora na faculdade, está frio e estou assistindo uma aula chata e lá em Boituva tem o centro nacional de pára-quedismo, está um dia ensolarado; Eu posso viver a realidade de agora de estar na sala, não é possível estar lá em Boituva nesse momento, então vou me interessar pela aula, pois é o que estou vivendo agora. Se ampliarmos esse exemplo, podemos dizer que se sou muito pobre, jamais poderei ir a Suíça, portanto vou viver a minha realidade pobre. A realidade surge da relação com o outro, é impossível construir minha realidade sem ter contato com os outros, deve-se saber que esses outros têm uma referencia da realidade diferente da minha, pois o meu “aqui é lá para ele”, mas de qualquer modo sei que vivo com eles em um mundo comum repleto de significados.
 A realidade cotidiana é sempre partilhada e o mundo mais coerente é a interação que ocorre frente a frente, lembre-se que a realidade objetiva esta muito ligada com o corpóreo que envolve meu corpo, pois nesse contexto há uma realidade que podemos modificar. Nas situações frente a frente o outro é aprendido por mim, sendo que há uma interação, intercâmbio de expressividade, “vejo e interajo por sorrisos, diálogos e reciprocidade dessas expressões”. Obviamente o outro pode ser real sem estar frente a frente, entretanto ele só é real de modo não tangível e subjetivo, só que a subjetividade é particular e apenas eu conheço a minha completamente. Aqui é onde se encontra a sacada do autor, pois ele diz haver a realidade e a realidade objetiva, a realidade objetiva é mais ligada ao corpóreo, sendo que a realidade pode ser composta por um fator subjetivo não tangível, mas mesmo não sendo tangível faz parte daminha realidade objetiva de modo subjetivo.
 Segundo o autor, a subjetividade do outro, eu só tenho acesso por meio de um numero de indicadores corporais ou descritivos e até mesmo por meio de objetos que representam a representação da subjetividade do outro. Por exemplo, se eu vejo um sorriso, percebo que o outro está feliz, a felicidade é algo subjetivo, se vejo lágrimas percebo outra subjetividade do outro. Ou se eu vejo no escritório de um advogado uma cadeira super confortável, imagino que esse advogado goste de conforto, sei disso por meio dos indicadores.
 Sendo assim, sempre estou rodeado de objetos que indicam as subjetividades dos outros mesmo quando não os conheço bem ou se nunca tive contato com eles. Pois todo e qualquer objeto é dotado de marcos da produção humana.
 O processo tipificador é o mediador entre idéia e cotidiano. É como se esse processo fosse um banco de dados onde armazeno as idéias de como as coisas são concretamente falando. Tipifiquei que o ônibus passa as 7 da manha, se ele não passar eu posso afirmar que ele está atrasado pois deveria passar as 7. O ganho que isso trás é que cada indivíduo pode prever ações do outro. Esse controle é muito interessante quando se vê a divisão de trabalho, pois o livra da tensão, poupa tempo e esforço nas tarefas em que estejam empenhados. Isso significa que os envolvidos estão construindo um fundo no sentido acima expostos que servirá para estabilizar suas ações juntas e separadas.
 Para que ocorra a tipificação recíproca que descrevemos é preciso que haja uma situação social continuada, na qual as ações habituadas sem entrelaçam. Segundo o autor a sociedade é um produto humano, a realidade é uma realidade objetiva e o homem é um produto social. Ao mesmo tempo o mundo institucional exige legitimação, isto é, modos pelos quais pode ser explicado que o homem é um produto social.
Etapa 2
Passo 4
Relatório
 Com o fim da segunda guerra mundial, a Europa encontrava-se em um processo de reconstrução de sua estrutura devido aos estragos que haviam acontecido. Durante esse período, os EUA se tornaram o grande mercado do mundo, fornecendo diversos produtos essenciais e não essenciais para vários países, inclusive a devastada Europa.  
 O país norte-americano usava o sistema de produção fordista para conseguir suprir a demanda interna e externa. Esse sistema consistia em um processo racionalizado de diferentes tarefas feitas por funcionários específicos a fim de obter a produção máxima a um custo mínimo. 
 O sistema era muito eficiente, visto do lado do burguês, detentor dos meios de produção. Porém, o operário sofria com condições degradantes de trabalho. Entre elas, encontravam-se períodos extensos de movimentos repetitivos com o intuito de alcançar uma meta, aumentando com o decorrer do tempo, fazendo com que os trabalhadores fossem forçados a trabalhar sobre uma imensa pressão durante todo o tempo. 
  Após algum tempo, a Europa se recupera e renasce já com o modelo fordista intrínseco aos meios de produção. E, como não mais apenas os EUA eram os produtores mundiais, a competição entre as empresas se acentuou ainda mais. É esse o contexto retratado pelo filme de Elio Petri, A Classe Operária Vai ao Paraíso. Petri explora o funcionamento de uma fábrica italiana que produzia peças para motores e a vida de um de seus operários, Ludovico Massa, considerado o operário-padrão, aquele quem dita às metas do funcionamento da fábrica através de suas habilidades de produção superiores dentro daquele ambiente. 
 Odiado pelos seus companheiros, “Lulu” Massa mostra-se extremamente submisso aos patrões, dando preferência à produtividade em detrimento de sua própria saúde. Ele possui uma produtividade maior do que a de seus colegas, então os patrões adotam-no como modelo a ser seguido dentro da fábrica, ocasionando revolta entre os demais. Um fato muito interessante observado no começo do filme e relacionado com o capitalismo é o que os patrões dizem aos empregados quando eles entram na fábrica: “Pelo seu próprio interesse, tratem com carinho as máquinas que lhes confiamos”. Essa frase retrata a então situação descrita por Marx da expropriação dos meios de produção. Os burgueses possuem as máquinas que aumentam a produtividade dos empregados e esses, sem o dinheiro para poder comprá-las, vendem sua força de trabalho para sobreviver através dos ganhos salariais.
 Essa situação obrigava os operários a aceitarem as condições degradantes que lhes eram impostas. Além disso, o operário começa a ficar tão alienado em seu trabalho por não saber para qual objetivo ele está trabalhando tanto que alguns começam a sofrer de problemas psicológicos. O filme retrata essa situação com Militina, um antigo operário que agora se encontra em um manicômio por tentar estrangular seu diretor quando ele não conseguiu responder ao Militina o que eles produziam dentro da fábrica. Voltando ao Massa, após um dia de trabalho ele retorna à sua casa onde encontra sua atual mulher e seu enteado. À noite, quando estão deitados, a mulher de Lulu começa a reclamar da falta de sexo entre o casal. Ele responde que não tem disposição, pois está muito cansado devido ao trabalho da fábrica. A mulher reclama que ou está mal da úlcera, ou com dor de cabeça ou com dor nas costas. Porém, percebe-se que aquestão sexual para ele não se encontra dentro de casa com a sua mulher, mas sim dentro da fábrica, onde ele imagina, enquanto trabalha, o traseiro de Adalgisa, sua colega de trabalho e ainda fala que é isso que o mantém focado enquanto realiza o trabalho ritmado e monótono que lhe é imposto. Ou seja, essa produtividade começa a tomar conta de parte da vida pessoal do trabalhador. 
Isso é um dos reflexos que o sistema fordista de produção proporcionou para as classes menos favorecidas que se viam obrigadas a aceitar essas condições. Porém, havia algumas soluções para mudar o rumo que o capitalismo estava tomando. A primeira delas, e a mais radical, seria a revolução do proletariado. Nela, os oprimidos se transformariam de uma classe em si para uma classe para si, perceberiam que não precisariam estar passando por essas condições e podiam muito bem assumir o poder atualmente encontrado na burguesia. 
 Essa é a visão cultuada pelos estudantes de classe média retratados no filme. Com seus megafones e palavras ácidas contra o sistema, eles sempre protestavam com o sistema vigorante em frente a fábrica, o símbolo de opressão máxima do capitalismo. Massa, revoltado, vai falar com eles, pois não aceita a forma de pensar deles. Pergunta quem os paga para ficar lá. Não aceita de maneira nenhuma que alguém possa ficar sem trabalhar e, mesmo assim, ter uma razão de viver. 
 Essa solução, para o capitalismo, implicaria seu fim. Era preciso encontrar uma maneira de frear essa situação. Surge, então, outra opção. Essa seria a reforma dos processos de produção. Os sindicalistas tentavam fazer isso buscando melhores condições para os operários através da redução das jornadas de trabalho e aumentos substanciais nos salários. Assim como os revolucionários, os reformistas protestavam em frente à fábrica tentando convencer os patrões a mudarem seus métodos de produção através de greves. Porém, diferentemente dos estudantes, eles incentivam os empregados a trabalharem de maneira eficiente e de acordo com os desejos dos patrões enquanto não faziam greves, o que atraía os patrões a serem mais complacentes com os sindicalistas. O personagem central da trama não ouve nenhum dos dois lados porque pensa ser a verdade única trabalhar sem se queixar. Entretanto, algo repentino acontece durante sua jornada de trabalho. Certo dia, ele estava fazendo suas peças quando uma delas ficou presa na máquina. Sabia que diminuiria a produtividade se precisasse parar a máquina para retirar a peça. Então, tentou pegar a peça enquanto a máquina ainda funcionava e acabou se acidentando. Perdeu seu dedo. 
Após esse acontecimento, seus colegas operários se revoltam e afirmam que a culpa é do ritmo de produção excessiva. Além disso, os dois grupos que lutavam contra o sistema, cada um de um jeito, manifestaram-se contra a situação, um decretando greve e, o outro, revolução. O operário-padrão, agora sem dedo, começa pensar. Ele se lembra da conversa com Militina, percebe que estava ficando louco com o trabalho (note, no começo do filme, quando ele compara seu próprio corpo a uma fábrica, ou com sua mania de arrumação em que tudo deve estar no lugar, organizado racionalmente). Decide, conforme sua reflexão, juntar-se ao lado mais extremista, os estudantes. Essa situação, todavia, tem suas consequências. Logo após começar a apoiar os estudantes publicamente em frente à fábrica, sua mulher e enteado o abandonam quando ele os traz para dentro de casa. Em seguida, ele recebe uma carta de demissão da empresa, deixando-o sem saber o que fazer. 
Como consequência da situação, vai atrás dos estudantes. Massa os encontra dentro da universidade e percebe que agora já não estavam lutando tão profundamente contra a opressão dos patrões. Então ele se sente abandonado mais uma vez. Depois desses acontecimentos, Lulu volta à sua casa e começa a medir o valor de seus bens através de horas trabalhadas dentro da fábrica. Vê seus quatro despertadores e percebe o excesso de consumo supérfluo que antes, graças ao trabalho alienante, não conseguia perceber. Isso nos faz lembrar o que Ford dizia: “Para existir produção em massa, deve existir consumo em massa”. O fordismo pós-guerra tentou realizar essa “doutrina” e estava conseguindo. O fato de Lulu ter comprado tantos objetos sem antes perceber suas inutilidades comprova isso. Após algum tempo, novas notícias chegaram ao apartamento de Massa. A greve dos operários junto aos sindicalistas havia dado certo e, além disso, Massa conseguiu seu emprego de volta. Porém, ao voltar a trabalhar, já não era mais aquele operário que se submetia aos patrões e não se importava com os colegas, agora estava mais humano, conseguiu parar de sonhar com a fábrica e passara a sonhar com o futuro em que o operário seria livre da produtividade. Essa vitória dos sindicatos foi crucial para a sobrevivência do capitalismo fordista. Com as reformas nos processos das fábricas favorecendo, mesmo que pouco, o operariado, a revolução se tornou menos alarmante. David Harvey afirma que uma das contradições do capitalismo era a questão de como disciplinar o operário. Através das vitórias sindicais, os trabalhadores começaram a ir às fábricas com um sentimento de satisfação e de menor euforia contra o sistema, ou seja, foram disciplinados. 
 O filme mostra uma fase de evolução do capitalismo. Agora os homens já não são mais proletários, agora eles são operários, com mais alguns direitos e menos euforia em seus interiores.
 O filme é impecável ao tratar dessa transição, mostrando todas as pequenas fases que por ela passam. Massa é o típico proletário que poderia ter coordenado uma revolução inteira junto aos estudantes, mas que acabou em situações tão ruins por causa dessa revolução que aceitou, de bom grado, as condições oferecidas pelos patrões conseguidas pelos sindicatos. Essa situação mostra o que realmente aconteceu com o capitalismo, inaugurando uma nova fase de “calmaria”. Essa fase, porém, também viria a possuir incoerências, que necessitariam de novas reformas.
Etapa 3
Passo 2
Passo 3
 A  noção popular de que poucos com muito e muitos com pouco gera conflitos sociais e mal estar humano ainda é considerada a principal cauda da desigualdade social no Brasil e em diversos países do mundo. A desigualdade social no Brasil, apesar dos avanços da primeira década dos anos 2000, ainda é considerada uma das mais altas do mundo. A desigualdade social prejudica cidadãos de todas as faixas etárias, principalmente os jovens de classe de baixa renda, impossibilitados de ascender  socialmente pela falta de uma educação de qualidade , de melhores oportunidades no mercado de trabalho e de uma vida sadia e digna.
 A desigualdade social gera uma previdência enfraquecida que não consegue sustentar os aposentados dignamente; permite a existência de  um mercado de trabalho e uma educação elitizada, onde poucos jovens de menor renda conseguem adquirir uma melhor formação escolar e profissional; e , dentre as piores consequências, propicia  a ocorrência da violência urbana.
 O principal desafio é promover o direito ao cidadão  viver dignamente, tendo real participação da renda de seu país através da educação e de oportunidade no mercado de trabalho e, em situações emergenciais, receber dos governos benefícios sociais complementares até  a estabilização de seu nível social e meios próprio de sustento.
 A atual disposição da renda brasileira possui fatores históricos enraizados desde os tempos das capitanias hereditárias que concentravam a posse de terras, da escravidão que gerou uma massa de pessoas desassistidas  e das monoculturas que não permitiam um maior acesso ao alimento e à riqueza gerada pela terra.
Em 2005, segundo o relatório do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o Brasil ficou em oitavo lugar na pesquisa sobre a desigualdade social, ficando na frente de nações como Guatemala, Suazilândia, República Centro-Africana, Serra Leoa, Botswana, Lesoto e Namíbia.
É notória a disparidade social entrediferentes continentes, países, regiões, estados e, até mesmo, cidades. Essa desigualdade é um dos maiores problemas da sociedade e é uma das causas de boa parte dos conflitos entre povos. A intensificação desse processo tende a agravar ainda mais os problemas socioeconômicos das pessoas menos favorecidas. 
A desigualdade social é consequência da má distribuição da riqueza, fato constatado na maioria dos países. Isso gera um contraste econômico e social entre a população, pois apenas uma pequena parcela da sociedade detém a maioria dos recursos econômicos, enquanto que a maioria se “contenta” com a menor parcela dos bens. 
Segundo dados atribuídos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), os rendimentos de 1% das pessoas mais ricas do mundo são compatíveis àqueles de 57% da população mais pobre do planeta. Esses dados confirmam a diferença na concentração de renda entre ricos e pobres, refletindo diretamente na alimentação, bens de consumo e serviços elementares ao ser humano no que se refere às classes em questão. 
Com o intuito de estabelecer um critério global para caracterizar a população pobre, o Banco Mundial utilizou a seguinte metodologia: fez a média das dez piores linhas nacionais de pobreza do planeta e estabeleceu o dólar PPC, baseado na paridade do poder de compra. Com base nesse cálculo, estabeleceu dois patamares de renda para caracterizar a pobreza: 
- os pobres, que ganham entre 1,25 e 2 dólares PPC ao dia 
- os extremamente pobres, que recebem menos de 1,25 dólar PPC ao dia 
Esse quadro de desigualdades sociais gera um processo de exclusão relacionado à moradia, educação, emprego, saúde, entre outros aspectos de direito do cidadão. 
Diante de tal ocorrência, faz-se necessário uma distribuição de renda mais justa com vistas a proporcionar melhores condições de vida para a população global.
Etapa 4
Passo 3
O paradoxo criado com relação ao bem viver de uma sociedade que apenas dependia da natureza, se ver de frente em um breve momento nada mais que o progresso (evolução), se pode dizer isso apartir que se sabe o custo, e se vale esse preço, pois, a transformação do meio – ambiente só é bom para os homens (que se dizem evoluidos), mas com um preço muito alto, tanto, para a sociedade moderna, tanto para a sociedade existente que se beneficia apenas dos recursos renovaveis 
O espaço urbano aqui posto como a cidade, “resulta de um produto social, de ações acumuladas” (CORRÊA,2003,p.7) transtemporalmente engendradas, materializadas pelos diversos agentes sociais. Este constante e dinâmico processo de (re)organização espacial densifica o território provocando o uso intenso, e muitas vezes desordenado do solo, apreensão e apropriação da natureza e seus elementos em uma perspectiva recursionista em vias da produção material, o que muitas vezes levando-os à exaustão e degradação ambiental.
A ação da sociedade sobre a natureza transforma e desnaturaliza, incorporando um caráter social através da apropriação dos elementos naturais – recursos, de forma indiscriminada, intensa, em grande escala. O desenvolvimento das técnicas e dos modos de produção, além da expansão urbana, e conseqüente crescimento das cidades, provocaram grande desequilíbrio nos ecossistemas e ambientes urbanos; derramamento de substancias tóxicas, deposição de resíduos líquidos, sólidos e esgotos sem o devido tratamento, resultaram na contaminação de mananciais, rios, lagos, mares, cursos d’àgua, dentre outros. Cabe-nos esclarecer ambiente urbano como o meio ou habitat natural socialmente criado, configurado enquanto meio físico modificado pela ação humana apartir da cultura, que ao mesmo tempo se torna causa e efeito da degradação. As relações estabelecidas com os recursos naturais estão atreladas também, as necessidades de sobrevivência. Este fato vai se refletir de varias formas, é desta forma que a degradação socioambiental surge como elemento componente do binômio sociedade-natureza
BIBLIOGRAFIAS:
BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade: tratado de sociologia do conhecimento.Petrópolis: Vozes , 2006
Elio Petri - A Classe Operária Vai Ao Paraíso https://www.google.com.br/search?q=a+classe+oper%C3%A1ria+vai+ao+para%C3%ADso&oq=a+classe+op&aqs=chrome.1.69i57j0l5.9307j0j8&bmbp=1&sourceid=chrome&espvd=215&es_sm=122&ie=UTF-8, acesso em 14/11/2013.
Etapa 3
Rebouças; Fernando - <http://www.infoescola.com/sociologia/desigualdade-social/>. Acesso em 24/10/2013.
de Cerqueira; Wagner e Francisco - <http://www.mundoeducacao.com/geografia/desigualdade-social.htm> Acesso em 24/10/2013.
BUMBANDO.Diretor: coletivo Cinema para todos. Rio de Janeiro, 2010. <http://portacurtas.or.br/filme/? name=bumbando>. Acesso em 24/10/2013.
ILHA DAS FLORES. Diretor Jorge Furtado. RS, 1989. <http://portacurtas.org.br/filme/?name=ilha_das_flores>. Acesso em 24/10/2013.
Fotos que mostram a desigualdade Social:
https://www.google.com.br/search?q=fotos+que+mostram+a+desigualdade+social&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=jBdpUsnQOIr72QXR7oDADQ&ved=0CC0QsAQ&biw=1024&bih=677. Acesso em 24/10/2013.
BASTOS, Nailton Lopes.Gestão de Recursos Sólido e Líquidos:Curso de Planejamento Urbano e Gestão de Cidades:UNIFACS,Salvador.2007
CARLOS, Ana Fani A.A Cidade.São Paulo:Contexto,1997
CORRÊA,Lobato R.O espaço urbano.São Paulo:Ática,4ª ed.,2003
PAJERAMA. Diretor: Leonardo Cadaval. São Paulo, 2008. Disponivel em:<htto://portascurtas.org.br/filmes/?name=pajerama>, acesso 14/11/2013.

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