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Noções de Biologia

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NOÇÕES BÁSICAS DE BIOLOGIA 
 
 
1MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES 
BÁSICAS 
DE 
BIOLOGIA 
 
ANATOMIA 
E FISIOLOGIA 
HUMANAS 
 NOÇÕES BÁSICAS DE BIOLOGIA 
 
 
2MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 NOÇÕES BÁSICAS DE BIOLOGIA 
 
 
3MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL
CORPO HUMANO – ÓRGÃOS E SISTEMAS 
CABEÇA E PESCOÇO - CAVIDADE CRANIANA. 
FACE E COURO CABELUDO. ÓRBITA E 
OLHOS. ESTRUTURA DO PESCOÇO. 
CAVIDADE NASAL. CAVIDADE ORAL. 
LARINGE E FARINGE. 
 
O crânio é uma estrutura óssea que protege o 
cérebro e forma a face. Ele é formado por 22 ossos 
separados, o que permite seu crescimento e a 
manutenção da sua forma. 
Esses ossos se encontram ao longo de linhas 
chamadas suturas, que podem ser vistas no crânio de 
um bebê ou de uma pessoa jovem, mas que 
desaparecem gradualmente por volta dos 30 anos. 
A maioria dos ossos cranianos formam pares, um 
do lado direito e o outro do lado esquerdo. Para tornar 
o crânio mais forte, alguns desses pares, como os dos 
ossos frontais, occipitais e esfenoides, fundem-se num 
osso único. Os pares de ossos cranianos mais 
importantes são os parietais, temporais, maxilares, 
zigomáticos, nasais e palatinos. Os ossos cranianos 
são finos mas, devido a seu formato curvo, são muito 
fortes em relação a seu peso - como ocorre com a 
casca de um ovo ou o capacete de um motociclista. 
Crânio. 
 
Vista superior do crânio 
A parte superior do crânio (calvária). É 
atravessada por quatro suturas (articulações que 
permitem mínima mobilidade aos ossos do crânio): 
- Sutura Coronal ou Bregmática: entre os ossos 
frontal e parietais 
- Sutura Sagital: entre os dois parietais (linha 
sagital mediana) 
- Sutura Lambdóide: entre os parietais e o occipital 
- Sutura Escamosa: entre o parietal e o temporal 
- Alguns Pontos Antropométricos do Crânio: 
- Bregma - ponto de união das suturas sagital e 
coronal 
- Lâmbda - ponto de união das suturas sagital e 
lambdóide 
- Vértex - parte mais alta do crânio 
- Gônio - ângulo da mandíbula 
- Ptério - ponto de união dos ossos parietal, frontal, 
esfenóide e temporal. 
 
 
 
Osso FRONTAL: É o osso da calvária mais 
prontamente visível. Esse osso, que forma a fronte e a 
parte superior de cada órbita. 
O osso frontal apresenta duas caras: uma, 
posterior e côncava, a cara interna (endocranial ou 
cerebral). A outra, anterior, angulosa e projetada para 
frente, a cara externa (exocranial ou cutânea). 
Articulação: O osso frontal articula-se com quatro 
ossos: parietal direito e esquerdo, esfenóide e 
etmóide. 
 
Ossos PARIETAL: Os ossos parietais, formam 
os lados e a abóboda craniana. É um osso par, 
possuindo dois lados: esquerdo e direito. Este lados 
são unidos pela sutura Sagital. É um osso achatado. 
Articulação: Os ossos parietais articulam-se com o 
outro osso parietal, o frontal, o temporais, e o occipital. 
 
Osso OCCIPITAL: O osso occipital está 
localizado na parte posterior do crânio e. É dividido 
em quatro partes: uma basilar, uma escamosa e duas 
laterais. O principal acidente anatômico encontrado é 
o forame magno. A região delimitada pelo forame, 
além de ser o local de comunicação entre a cavidade 
craniana e o canal vertebral, é também onde a medula 
espinhal se converte em medula oblonga - contínua 
com o bulbo do tronco encefálico. Pelo forame magno 
passam as meninges, raízes espinhais, ramos 
meníngeos do primeiro ao terceiro nervos cervicais, 
artérias vertebrais e artérias espinhais. 
Articulação: Articula-se com os ossos parietais, 
temporais e esfenóide, bem como com a primeira 
vértebra cervical - o atlas. 
 
Ossos TEMPORAL: O osso temporal é um osso 
par que forma as laterais do crânio ou têmporas. É um 
osso irregular e situa-se ínfero-lateralmente. Situa-se 
na região lateral e inferior do crânio, constituem as 
paredes laterais do crânio e na sua cavidade 
timpânica localizam-se os 3 ossos do ouvido médio. A 
saliência óssea atrás da orelha chama-se Apófise 
Mastóide. 
Articulações: Cada osso temporal articula-se com 
três ossos crânianos: uma parietal, esfenóide e o 
occipital. (cada osso temporal) 
 
 SELA TURCA: A sela turca teria aparência similar à 
da Figura. Deformidade da sela turca é 
frequentemente o único indício de uma lesão 
intracraniana; logo, a radiografia da sela turca pode 
ser muito importante. A depressão da sela turca e o 
dorso da sela são mais bem vistos no perfil. Os 
processos clinóides anteriores são anteriores e 
superiores a sela turca, e os processos clinóides 
posteriores são vistos como pequenas extensões 
localizadas acima do dorso da sela. 
 
 
 NOÇÕES BÁSICAS DE BIOLOGIA 
 
 
4MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL
Osso ESFENÓIDE: O osso esfenoide é um osso 
situado na base do crânio na frente das partes 
temporal e basilar do osso occipital. Apresenta um 
formato semelhante a uma borboleta ou morcego com 
as asas estendidas. 
O osso esfenoide articula-se com: Frontal, 
Parietal, Temporal, Occipital, Zigomáticos, Maxilas. 
 
Osso ETMÓIDE: O etmoide é um osso 
denominado curto, uma vez que a sua altura, 
comprimento e largura se equivalem 
harmoniosamente, não havendo predomínio de 
nenhuma destas dimensões. Este osso localiza-se na 
base do crânio, mais concretamente, na zona anterior 
medial. A lâmina horizontal é também chamada 
lâmina crivosa devido aos crivos (orifícios) que possui. 
Articula-se: Com dois ossos cranianos o frontal e 
esfenoide, e os onze ossos da face. 
 
Face e Couro Cabeludo 
A Face é constituída por 14 ossos: dois ímpares e 
seis pares Sendo a mandíbula um osso ímpar e o 
único móvel. O outro ímpar é o vômer, que juntamente 
com os 12 ossos restantes formam o bloco superior 
da calvária. 
 
FACE: 
 - 2 lacrimais 
 - 2 nasais 
 - 2 maxilas 
 - 2 zigomáticos 
 - 2 palatino 
 - 2 corneto inferior (concha nasal inferior) 
 - 1 mandíbula 
 - 1 vômer. 
 
Osso LACRIMAL: É o menor e mais frágil osso da 
face, está situado na porção anterior da parede medial 
da órbita. Ele tem duas superfícies e quatro bordas. 
 
Osso NASAL: São dois pequenos ossos 
oblongos, variando de tamanho e forma conforme a 
pessoa e sua idade. Eles tão dispostos lado a lado na 
porção média e superior da face, e formam, através 
de sua união, "a ponte" do nariz. 
 
Osso MAXILA: É formada por dois ossos 
geminados – as maxilas - que, nas 
extremidadesrostrais (na linha média), articulam-se 
entre si em sínfise (fixa) e, nas restantes superfícies 
recebe os ossos nasais, palatino, etmoide, frontal e, 
nas regiões laterais, com os zigomas (as “maçãs do 
rosto”). 
Cada maxila contém, da parte mediana à 
posterior, onze alvéolos para a inserção dos dentes, 
respectivamente: três alvéolos, que aumentam de 
tamanho do primeiro para o terceiro, para o engaste 
dos incisivos; um alvéolo canino, bastante profundo; 
quatroalvéolos pré-molares e três molares. 
 
Osso ZIGOMÁTICO: é um osso par do crânio 
humano. É achatado, de forma quadrangular, 
apresentando 2 faces, 4 bordos e 4 ângulos. Se 
articula com a maxila, osso temporal, a grande asa do 
osso esfenoide e o osso frontal. Forma parte da órbita 
e geralmente é referido como o osso da bochecha ou 
osso malar. Está situado acima e lateralmente na 
face: forma a proeminência da bochecha, parte da 
parede lateral e assoalho da órbita, e partes das 
fossas temporal e infratemporal. 
 
Concha NASAL: Concha nasal (ou sistema 
turbinado) é uma protuberância óssea na parede 
lateral da fossa nasal. As conchas nasais estão 
localizadas lateralmente nas cavidades nasais, 
curvando-se medialmente e para baixo em direção à 
via respiratória nasal. Cada par é composto por uma 
concha nasal de cada lado da cavidade nasal, dividas 
pelo septo nasal. Os três pares, com seus 
componentes esquerdo e direito, são: 
- Concha nasal superior (parte do osso etmoide) 
- Concha nasal média (parte do osso etmoide) 
- Concha nasal inferior 
 
Concha INFERIOR: A concha nasal inferior ou 
corneto inferior se estende horizontalmente ao longo 
da parede lateral da cavidade nasal e consiste de uma 
lâmina de osso esponjoso, curvada em si mesmo. 
Cada concha nasal inferior é considerada um par de 
ossos faciais já que elas surgem dos ossos maxilares 
e se projetam horizontalmente dentro da cavidade 
nasal. 
Na passagem do ar, ele é aquecido, umedecido e 
limpado. Superior à concha nasal inferior está a 
concha nasal média e a concha nasal superior. 
 
Osso da MANDÍBULA: Nos vertebrados, 
a mandíbula é o componente móvel (se movimenta 
nos três planos: sagital, frontal e transversal) 
do crânio que forma a parte inferior da cabeça. Sua 
forma é semelhante a uma ferradura horizontal com 
abertura posterior (corpo), de cujas extremidades 
livres saem dois prolongamentos (ramos). Na parte 
posterior, há uma articulação sinovial, com os ossos 
temporais através do processo condilar, alongado 
ortogonalmente ao plano medial; esta articulação 
designa- se Articulação Temporomandibular (ATM). 
 
Osso VÔMER: O vômer ou vômer é um do ossos 
ímpares do crânio. Ele está situado na linha sagital 
mediana, e se relaciona com o osso esfenoide, osso 
etmoide, ossos palatinos esquerdo e direito e os 
ossos maxilares esquerdo e direito. 
 
Couro cabeludo 
O couro cabeludo é, grosso modo, a pele que 
reveste o crânio do ser humano e que possui cabelo. 
É diferente das demais peles por dois motivos: o 
primeiro é que abaixo desta pele existe uma armação 
muito vascularizada, formada por uma ramificação 
enorme de vasos sanguíneos e que é a responsável 
pelos grandes sangramentos ocorridos em ferimentos 
neste local. 
Este tecido fino, friável e altamente vascularizado 
é chamado de Gálea. Os ferimentos neste local 
devem necessariamente ser suturados para evitar a 
formação de hematomas. Os ferimentos contusos 
apresentam grandes hematomas, e muitos recém-
nascidos nascem com bossa, ou seja, hematomas 
abaixo do couro cabeludo e acima da calota craniana 
que dão ao recém nascido a aparência de um projétil, 
com a cabeça pontuda. 
 NOÇÕES BÁSICAS DE BIOLOGIA 
 
 
5MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL
A segunda diferença é que apresenta cabelos 
mesmo nos calvos, apesar de ser chamado de couro 
cabeludo. 
 
Órbita e Olhos 
O olho humano é o órgão responsável pela visão 
nos Seres Humanos. Tem diâmetro anteroposterior de 
aproximadamente 24,15 milímetros, diâmetros 
horizontal e vertical ao nível do equador de 
aproximadamente 23,48 milímetros, circunferência ao 
equador de 75 milímetros, pesa 7,5 gramas e tem 
volume de 6,5cc. 
O globo ocular recebe este nome por ter a forma 
de um globo, que por sua vez fica acondicionado 
dentro de uma cavidade óssea e protegido pelas 
pálpebras. Possui em seu exterior seis músculos que 
são responsáveis pelos movimentos oculares, e 
também três camadas concêntricas aderidas entre si 
com a função de visão, nutrição e proteção. A camada 
externa é constituída pela córnea e a esclera e serve 
para proteção. 
A camada média ou vascular é formada pela íris, a 
coroide, o cório ou uvea, e o corpo ciliar. A camada 
interna é constituída pela retina que é a parte nervosa. 
Existe ainda o humor aquoso que é um líquido incolor 
e que existe entre a córnea e o cristalino. O humor 
vítreo é uma substância gelatinosa que preenche todo 
o espaço interno do globo ocular também entre a 
córnea e o cristalino. Tudo isso funciona para manter 
a forma esférica do olho. 
O cristalino é uma espécie de lente que fica dentro 
de nossos olhos. Está situado atrás da pupila e orienta 
a passagem da luz até a retina. A retina é composta 
de células nervosas que leva a imagem através do 
nervo óptico para que o cérebro as interprete. Não 
importa se o cristalino fica mais delgado ou espesso, 
estas mudanças ocorrem de modo a desviar a 
passagem dos raios luminosos na direção da mancha 
amarela. À medida que os objetos ficam mais 
próximos o cristalino fica mais espesso, e para objetos 
a distância fica mais delgado a isso chamamos de 
acomodação visual. O olho ainda apresenta as 
pálpebras, as sobrancelhas, as glândulas lacrimais, os 
cílios e os músculos oculares. A função dos cílios ou 
pestanas é impedir a entrada de poeira e o excesso 
da luz. As sobrancelhas também têm a função de não 
permitir que o suor da testa entre em contato com os 
olhos. 
Membrana conjuntiva é uma membrana que 
reveste internamente duas dobras da pele que são as 
pálpebras. São responsáveis pela proteção dos olhos 
e para espalhar o líquido que conhecemos como 
lágrima. 
O líquido que conhecemos como lágrimas são 
produzidas nas glândulas lacrimais, sua função é 
espalhar esse líquido através dos movimentos das 
pálpebras lavando e lubrificando o olho. O ponto cego 
é o lugar de onde o nervo óptico sai do olho. É assim 
chamada porque não existem, no local, receptores 
sensoriais, não havendo, portanto, resposta à 
estimulação. O ponto cego foi descoberto pelo físico 
francês Edme Mariotte (1620 - 1684). 
 
 
Túnica fibrosa 
Uma camada externa e densa de tecido conjuntivo 
fibroso denominado esclera, a parte “branca” do olho. 
Na parte anterior é transparente e saliente, recebendo 
o nome de córnea, uma camada que cobre a íris. 
 
 A íris – a parte colorida dos olhos – é uma 
membrana de forma circular, com cerca de 12 mm de 
diâmetro. Possui uma abertura central e circular 
chamada de pupila, possui cerca de 4,4 mm de 
diâmetro. 
Apesar de aparentar ter uma cor preta, é 
totalmente transparente. Funciona de forma 
semelhante ao diafragma de uma máquina fotográfica: 
quando exposta a uma luminosidade intensa, a 
abertura central diminui; em situações de fraca 
iluminação, a abertura dilata-se para conseguir captar 
mais luz. A regulação ocorre através da contração do 
seu músculo esfíncter. Desta forma, é possível 
controlar a entrada de luz no olho e aumentar a 
acuidade visual. 
Na parte anterior do olho, existe o corpo ciliar (um 
tecido constituído pelo músculo ciliar), processos 
ciliares e zônulas ciliares de ligação ao cristalino. 
 
Túnica vascular 
A segunda camada é intermediária e é onde está 
localizada a coroide, uma camada marrom escura rica 
em vasos sanguíneos que reveste a maior parte da 
esclera, encarregada de irrigar e de nutrir as células 
do globo ocular. 
Absorve os raios luminosos, não sendo assim 
refletidos para dentro do bulbo ocular. A coroide em 
conjunto com a lente (cristalino), o humor aquoso (um 
líquido claro, proporciona nutrientes à córnea e ao 
cristalino e ajuda a manter a forma esférica do olho), e 
o corpo vítreo (um líquido viscoso), funciona na 
alteração da visão para perto ou para longe (sistema 
de lentes convergentes). 
 
Retina 
A retina é a camada maisinterna do olho, uma 
região sensível onde chega a luz e cuja função é a 
formação da imagem. 
A luz, depois que passa pela pupila, é convergida 
pela lente à retina, onde é recebida por células que 
são capazes de perceberem os estímulos luminosos. 
Partindo da retida através do nervo óptico, as células 
estimuladas enviam impulsos nervosos ao encéfalo. 
 NOÇÕES BÁSICAS DE BIOLOGIA 
 
 
6MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL
Estrutura do Pescoço 
O pescoço encontra-se dividido pelo músculo 
esternocleidomastoideo e pelo feixe vasculo-nervoso 
do pescoço, em dois espaços. Estes espaços, embora 
sejam de forma piramidal, são designados por 
triângulos posterior e anterior do pescoço. O triângulo 
anterior é limitado pela linha média anterior do 
pescoço (línea alba), pelo bordo inferior da mandíbula 
e pelo bordo anterior do músculo 
esternocleidomastoideo. 
O triângulo anterior é ainda subdividido em 
triângulos mais pequenos, pelo ventre posterior do 
músculo digástrico e pelo ventre superior do músculo 
omohioideu. Assim, é possível descrever os triângulos 
sub-mentoniano, submandibular, carotídeo e 
muscular. 
O triângulo submentoniano é limitado lateralmente 
pelo ventre anterior do músculo digástrico, pelo bordo 
inferior da mandíbula e pelo corpo do osso hioide. O 
pavimento deste triângulo é formado pelo músculo 
milohióideu. Este espaço é preenchido 
essencialmente com gordura e gânglios linfáticos. O 
triângulo submandibular é limitado pelo bordo inferior 
da mandíbula e pelos dois ventres do músculo 
digástrico. O pavimento deste espaço é formado pelo 
músculo milohióideu, o músculo hioglosso e o 
músculo constritor médio da faringe. Este espaço é 
ainda subdividido pelo músculo milohióideu no espaço 
supramilohióideu, que contém a glândula sublingual, e 
no espaço infra-milohióideu que contém a glândula 
submandibular e gânglios linfáticos. Outras estruturas, 
tais como o nervo lingual, o nervo hipoglosso, a artéria 
facial e a veia facial atravessam este triângulo. 
O triângulo carotídeo é limitado pelo ventre 
posterior do músculo digástrico, pelo bordo anterior do 
músculo esternocleidomastoideu e pelo ventre 
superior do músculo omohióideu. A artéria carótida 
comum, a veia jugular interna, o nervo vago, o tronco 
simpático, a ansa cervicalis e gânglios linfáticos da 
cadeia jugular, localizam-se neste espaço. 
O triângulo muscular é limitado pelo ventre 
superior do músculo omohióideu, pelo bordo anterior 
do músculo esternocleidomastoideu e pela linha 
cervical média (linea alba). A glândula tiroide, as 
glândulas paratioroides, a traqueia, o esófago e os 
músculos infrahióideos estão contidos neste espaço. 
O triângulo posterior é limitado pelo bordo 
posterior do músculo esternocleidomastoideu, pelo 
bordo superior da clavícula e pelo bordo anterior do 
músculo trapézio. O pavimento do triângulo posterior é 
formado pelos músculos escalenos, pelo músculo 
levantador da escápula e pelo músculo splenius 
capitis. Este triângulo é ainda subdividido em dois 
triângulos menores pelo ventre inferior do músculo 
omohióideu, pelo triângulo occipital em cima e pelo 
triângulo omoclavicular em baixo. 
O triângulo occipital contém o nervo acessório 
espinhal e vários ramos dos plexos, cervical e 
braquial. O triângulo subclávio corresponde à fossa 
supraclavicular e contém estruturas linfáticas, parte do 
canal toráxico esquerdo e a artéria cervical transversa 
(a transversa colli). 
 
Vasos sanguíneos do pescoço 
Artéria carótida comum 
A artéria carótida comum localiza-se por baixo do 
músculo esternocleidomastoideo e é acompanhada 
pela veia jugular interna e pelo nervo vago, 
constituindo o feixe vasculo-nervoso do pescoço. A 
artéria carótida comum ascende no pescoço, no 
interior da baínha do feixe vasculo-nervoso e é 
cruzada pelo ventre superior do músculo omo-hióideu 
e pelas veias tiorideias superior e média. A veia 
jugular interna localiza-se superficialmente 
relativamente à artéria. 
O nervo vago localiza-se no sulco posterior, 
formado pela veia jugular interna e pela carótida 
comum. Na sua extremidade superior a artéria 
carótida apresenta uma dilatação, conhecida como 
seio carotídeo. Ao nível da bifurcação da artéria 
carótida comum, existe um pequeno corpúsculo, 
avermelhado, localizado por trás da bifurcação, o 
corpo carotídeo. 
O corpo carotídeo é um barorreceptor, sensível a 
variações da pressão arterial, mas também a pressão 
direta, exercida durante intervenções cirúrgicas ou até 
atos clínicos. A artéria carótida comum termina ao 
nível do bordo superior da cartilagem tiroideia, 
bifurcando-se em artéria carótida interna e artéria 
carótida externa. 
 
Artéria carótida interna 
A artéria carótida interna ascende no pescoço, no 
interior da bainha do feixe vasculo-nervoso do 
pescoço, desde a sua origem até penetrar na base do 
crânio no canal carotidiano. À medida que ascende no 
pescoço, é cruzada pelo nervo hipoglosso, pela artéria 
occipital e pelo ventre posterior do músculo digástrico 
e pelos músculos estilo-hioideo, estilo-faríngeo e 
estiloglosso. 
A artéria carótida externa localiza-se anteriormente 
e medialmente à carótida interna, ao longo de todo o 
seu trajeto cervical. O lobo profundo da glândula 
parótida fica situado imediatamente por dentro da 
artéria carótida interna. A veia jugular interna fica 
situada externamente à artéria, no entanto, à medida 
que esta ascende no pescoço, a veia passa a ter uma 
localização posterior. O nervo hipoglosso passa 
imediatamente acima da bifurcação da artéria carótida 
comum. O nervo vago fica por trás da artéria carótida 
interna. O nervo acessório espinhal passa atrás e 
lateralmente relativamente à artéria. Passa 
superficialmente à veia jugular interna, mas pode 
passar profundo relativamente a esta. 
 
Artéria carótida externa 
A artéria carótida externa origina-se a partir da 
bifurcação da artéria carótida comum e localiza-se por 
for a do feixe vasculo-nervoso do pescoço. Após a 
bifurcação passa por trás do ventre posterior do 
músculo digástrico e dirige-se à glândula parótida. Por 
trás do côndilo da mandíbula divide-se nos seus 
ramos terminais, a artéria maxilar e a artéria temporal 
superficial. Ao longo do seu trajeto a artéria carótida 
externa origina vários ramos. A artéria tiroideia 
superior tem origem imediatamente abaixo do grande 
corno do osso hioide. A artéria descreve um arco 
anterior e em seguida desce em direção ao polo 
superior da glândula tiroideia. Entre os ramos que 
origina descrevemos a artéria laríngea superior que se 
origina na porção arqueada da artéria tiroideia 
superior. 
 NOÇÕES BÁSICAS DE BIOLOGIA 
 
 
7MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL
Após a sua origem a artéria laríngea superior 
dirige-se para a frente, em direção ao músculo tiro-
hioideo, conjuntamente com a veia laríngea superior e 
o ramo interno do nervo laríngeo superior, formando-
se assim o feixe neurovascular laríngeo que perfura a 
membrana tiro-hioidea e vasculariza e enerva muitos 
dos músculos da laringe. 
A artéria faríngea ascendente é uma pequena 
artéria que se origina na face posterior da artéria 
carótida externa. Fornece ramos para a faringe, para 
os músculos pré-vertebrais, para o ouvido médio e 
para as meninges. A artéria lingual origina-se da face 
anterior da artéria carótida externa, ao nível do grande 
corno do osso hioide. Passa profundamente ao nervo 
hipoglosso e ao ventre posterior do músculo 
digástrico, dirigindo-se em seguida ao músculo 
hioglosso. 
A artéria facial origina-se na face anterior da 
artéria carótida externa, imediatamente acima da 
artéria lingual. Passa profundamenteao ventre 
posterior do músculo digástrico. Em seguida entra no 
triângulo submandibular, onde se localiza a glândula 
submandibular. A artéria facial cruza o bordo inferior 
da mandíbula e ascende na face percorrendo o bordo 
anterior do músculo masseter. No seu trajeto origina 
vários ramos: a artéria palatina ascendente, a artéria 
tonsilar, vários ramos para a glândula submandibular 
e a artéria submentoniana. 
A artéria occipital tem origem na face posterior da 
artéria carótida externa. Dirige-se para trás e depois 
para cima e para trás, ao longo do bordo inferior do 
ventre posterior do músculo digástrico, em direção à 
região occipital, onde termina. 
A artéria auricular posterior tem origem na parede 
posterior da artéria carótida externa, ao nível do bordo 
superior do ventre posterior do músculo digástrico. 
Tem um trajeto arqueado, lateralmente e penetra no 
sulco entre o canal auditivo externo e o processo 
mastoideu. 
 
Veias do pescoço 
Veia jugular anterior 
A veia jugular anterior é formada pela união das 
veias submental e sublabial. Tem origem por baixo do 
mento, tem um trajeto descendente, junto alinha 
média, na fáscia superficial. Acima do esterno, as 
duas veias jugulares anteriores normalmente 
anastomosam-se através do arco jugular. 
Imediatamente acima da clavícula as veias jugulares 
anteriores viram lateralmente, terminando na veia 
jugular externa. A veia jugular anterior repousa 
superficialmente ao músculo platisma na sua metade 
superior e profundamente ao músculo na sua porção 
inferior. 
 
Veia jugular externa 
Esta veia tem origem na confluência das veias 
retro mandibular e auricular posterior. Inicia-se no 
interior da glândula parótida, próximo do ângulo da 
mandíbula. Após a sua origem dirige-se obliquamente 
cruzando a superfície externa do músculo 
esternocleidomastoideu. 
É acompanhada na porção superior do seu trajeto 
pelo nervo grande auricular. Repousa superficialmente 
no pescoço, na camada superficial da fáscia cervical e 
profundamente relativamente ao músculo platisma. A 
veia jugular externa termina na veia subclávia ou 
raramente na veia jugular interna. 
 
Veia jugular externa 
Esta veia tem origem na confluência das veias 
retro mandibular e auricular posterior. Inicia-se no 
interior da glândula parótida, próximo do ângulo da 
mandíbula. Após a sua origem dirige-se obliquamente 
cruzando a superfície externa do músculo 
esternocleidomastoideu. É acompanhada na porção 
superior do seu trajeto pelo nervo grande auricular. 
Repousa superficialmente no pescoço, na camada 
superficial da fáscia cervical e profundamente 
relativamente ao músculo platisma. A veia jugular 
externa termina na veia subclávia ou raramente na 
veia jugular interna. 
 
Veia jugular posterior 
Esta veia tem origem na região occipital. Drena a 
região da nuca e termina a meia altura da veia jugular 
externa. 
 
Veia jugular interna 
A veia jugular interna é a maior veia do pescoço. 
Tem origem na base do crânio, na fossa jugular, 
sendo a continuação do seio sigmoide. Após a sua 
origem, a veia jugular interna desce no pescoço 
recebendo várias veias tributárias. Na sua porção 
superior, localiza-se em posição póstero-lateral 
relativamente à carótida interna, da qual está 
separada pelo plexo carotídeo do tronco simpático. 
À medida que desce no pescoço, passa 
gradualmente para a face lateral da carótida interna. 
Ao nível do bordo superior da cartilagem tiroideia, a 
veia jugular interna coloca-se lateralmente à artéria 
carótida comum, no interior do feixe vasculo-nervoso 
do pescoço, conjuntamente com a artéria e com o 
nervo vago. 
No interior do feixe vasculo-nervoso do pescoço, 
cada estrutura está separada da adjacente por um 
septo fibroso. Na base do pescoço a veia coloca-se 
anteriormente à artéria. 
 
Cavidade Nasal 
A cavidade nasal na realidade são duas cavidades 
paralelas que se estendem das narinas até à faringe e 
estão separadas uma da outra por uma parede 
cartilaginosa. Em seu interior existem dobras 
chamadas conchas nasais, que têm a função de fazer 
o ar rotacionar. No teto das fossas nasais existem 
células sensoriais, responsáveis pelo sentido do 
olfato. 
 
 
 NOÇÕES BÁSICAS DE BIOLOGIA 
 
 
8MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL
Os seios paranasais são cavidades ou túneis 
pequenos. Eles são denominados paranasais, porque 
estão localizados em torno ou próximos do nariz. A 
cavidade nasal se abre para uma rede de seios: 
- Seios maxilares que estão na área de face, 
abaixo dos olhos e de cada lado do nariz. 
- Seios frontais localizados acima da parte interna 
da cavidade ocular e a área das sobrancelhas. 
- Seios esfenoidais situados atrás do nariz e entre 
os olhos. 
- Seios etmoidais compostos por muitos seios 
similares a uma peneira formados de ossos finos e 
mucosa. Estão localizados acima do nariz, entre os 
olhos. 
 
Normalmente, estas cavidades são preenchidas 
de ar. Quando você tem um resfriado ou sinusite a 
cavidade óssea pode ser preenchida de muco e pus, 
muitas vezes ficando obstruídas e causando 
sintomas. 
A cavidade nasal e os seios paranasais têm várias 
funções: 
- Ajudar a filtrar o ar que respiramos 
- Aquecer e umidificar o ar que chegará aos 
pulmões. 
- Dar ressonância à voz. 
- Aliviar o peso do crânio. 
- Fornecer a estrutura óssea para o rosto e os 
olhos. 
 
A cavidade nasal e os seios paranasais são 
revestidos por uma camada de muco denominada 
mucosa. A mucosa tem vários tipos de células: 
- Células epiteliais escamosas, células achatadas 
que revestem os seios e formam a maior parte da 
mucosa. 
- Células glandulares, similares às células das 
glândulas salivares, que produzem muco e outras 
secreções. 
- Células nervosas, que são responsáveis pelo 
olfato. 
- Células que combatem as infecções, que são 
parte do sistema imunológico. 
- Células do sistema vascular. 
- Células de suporte. 
- Células da cavidade nasal e seios paranasais, 
incluindo osso e células cartilaginosas, que também 
podem se tornar cancerosas. 
 
Fossas Nasais 
As fossas nasais são duas cavidades paralelas 
que vão das narinas até à faringe e estão separadas 
uma da outra por uma parede cartilaginosa, 
terminando na faringe. Em seu interior existem dobras 
chamadas cornetos nasais, que forçam o ar a 
turbilhonar. No teto das fossas nasais existem células 
sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. As 
fossas nasais têm a função de filtrar, umedecer e 
aquecer o ar que é inspirado. As fossas nasais são 
duas cavidades localizadas na base do nariz. Elas são 
revestidas internamente pela mucosa nasal, que 
possui um grande número de vasos sanguíneos. O 
calor do sangue nesses vasos aquece o ar e, assim, 
as demais vias respiratórias e os pulmões recebem ar 
aquecido. 
A mucosa tem, também, pequenos pêlos e produz 
uma substância viscosa, levemente amarelada, 
denominada muco. Além de lubrificar a mucosa, junto 
com os pêlos, retêm micróbios e partículas de poeira 
do ar, funcionando como um filtro; serve também para 
umedecer o ar. 
 
Cavidade Oral 
É frequentemente usado o termo adjetivo oral ou 
histopatológico. O termo latim oris é um prefixo que 
indica algo relativo à boca (borda, limite); estoma, que 
em grego significa boca ou orifício, refere-se à 
entrada. De fato a boca é simplesmente um cavidade, 
a cavidade oral, porém essa cavidade está rodeada 
de estruturas dinâmicas que lhe conferem 
propriedades distintas de outras estruturas do corpo, 
mais ainda, quando a boca está situada na face, 
integrando a unidade craniofacial, que caracteriza um 
indivíduo, especialmente no relativo a suas funções de 
relacionamento com o ambiente, constituído, 
principalmente, por outros indivíduos da mesma 
espécie humana. Isso significa que a boca cumpre um 
importante papel na vida de relacionamento, servindocomo "posto de fronteira" do organismo em contato 
com ambientes que sejam capazes de julgar a esse 
organismo como uma entidade peculiar, que pode 
representar uma variação do ambiente ecotópico. 
 
Características gerais 
Nos animais com sistema digestivo completo, a 
boca forma a abertura de entrada do referido sistema, 
e o ânus forma a outra abertura. No desenvolvimento 
embrionário, tanto o ânus como a boca podem se 
formar a partir do blastóporo — a abertura inicial da 
blástula. 
Caso a boca se forme primeiro e a partir do 
blastóporo e o ânus se desenvolva mais tarde, temos 
o grupo de animais protóstomos. Caso o ânus se 
desenvolva a partir da blástula temos os animais 
deuteróstomos. 
Em muitos animais de sistema digestivo 
incompleto, como os cnidários, a boca atua tanto 
como orifício de entrada de alimentos como orifício de 
saída de excreções. A boca humana é constituída 
pelos dentes e pela língua, que misturam e 
transformam os alimentos em bolo alimentar, ao 
envolvê-los em saliva. 
Os dentes não são todos iguais. Conforme a sua 
função cada dente tem uma forma diferente. Podemos 
distinguir os incisivos, cuja missão é cortar os 
alimentos; os caninos, encarregados de rasgar os 
alimentos, e os pré-molares e molares, que servem a 
trituração dos mesmos. 
Os dentes encontram-se situados nos dois 
maxilares, constando a dentição permanente de 4 
incisivos. 2 caninos. 4 pré-molares e 6 molares em 
cada maxilar. Vale observar que evolucionariamente 
esses números vem diminuindo. Ex: A falta cada vez 
mais freqüente do terceiro molar na dentição do 
homem moderno. 
A língua é o órgão que recebe os estímulos 
responsáveis pela sensação do sabor dos alimentos. 
É na língua que se situam a maioria das papilas 
gustativas. Ao redor da boca humana existem as 
glândulas salivares que produzem a saliva. A sua 
função é de transformar o amido em produtos mais 
simples. 
 NOÇÕES BÁSICAS DE BIOLOGIA 
 
 
9MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL
Mucosa oral 
A mucosa da boca ou oral possui algumas 
funções: Protege devidamente contra forças 
abrasivas. Oferece uma barreira contra 
microorganismos, toxinas e antígenos através da 
saliva. 
As menores glândulas da mucosa oral oferecem 
lubrificação e seleção de alguns anticorpos. A mucosa 
é ricamente enervada fornecendo sensação de tato, 
dor, e paladar. A mucosa bucal pode ser mastigatória, 
de revestimento ou mucosa especializada. 
A mucosa da boca é dividida em três tipos de 
mucosa: a mucosa envolvida no processo de 
mastigação, a mucosa que reveste a boca e uma 
mucosa especializada. A mucosa mastigatória é 
composta por epitélio pavimentoso estratificado não 
queratinizado, ou paraqueratinizado, umidificado e 
tecido conjuntivo subjacente. As partes da cavidade 
oral expostas a forças de fricção e cisalhamento 
(gengiva, superfície dorsal da língua e palato duro) 
são cobertas pela mucosa mastigatória que é 
constituída de epitélio pavimentoso estratificado 
geralmente queratinizado e por tecido conjuntivo 
denso na modelado subjacente. 
A mucosa de revestimento é composta por epitélio 
pavimentoso estratificado não queratinizado 
superposto a tecido conjuntivo denso não modelado, 
porém mais frouxo do que o da mucosa mastigatória. 
Há ainda uma mucosa especializada para a 
percepção do gosto, que cobre as regiões da mucosa 
oral que possuem corpúsculos gustativos (superfície 
dorsal da língua e áreas do palato mole e da faringe). 
A mucosa bem perto da gengiva que recobre o dente 
é diferente da mucosa da região da bochecha. 
Quando o indivíduo se alimenta, o material sólido está 
constantemente batendo na gengiva ou no palato 
duro, enquanto na bochecha ou na região entre o 
lábio e o dente não há tanta agressão. Por isso, a 
mucosa do palato e da gengiva vão precisar de maior 
resistência, que se reflete num epitélio com mais 
queratina. 
 A mucosa oral apresenta cinco tipos histológicos 
diferentes: 
- Semimucosa (zona de Klein - vermelhão dos 
lábios): o epitélio é delgado com uma camada bem 
fina queratinizada, o córion bem vascularizado, 
desprovido de anexos dérmicos, que pode ter poucas 
glândulas sebáceas. 
- Mucosa livre (zona interna inferior dos lábios, 
região vestibular, véu, pilares, assoalho, região ventral 
da língua e mucosa jugal). 
- Mucosa aderente ou mastigatória (gengiva e 
palato duro): epitélio pouco queratinizado com um 
córion provido de glândulas salivares acessórias, 
fixado pelo periósteo ao plano ósseo subjacente. 
- Gengiva marginal ou borda livre 
gengival (parte da gengiva que suporta os dentes e 
papilas interdentárias), epitélio não queratinizado com 
fibras colágenas em continuidade com o ligamento 
alveolar dentário, que une o cimento que recobre a 
raiz dentária ao osso alveolar. 
- Mucosa lingual (face dorsal, lateral e grande 
parte da face inferior da língua); mucosa do dorso 
lingual contém as papilas gustatórias, o córion é 
fibroso, inserindo-se diretamente sobre o plano 
muscular. 
Laringe e Faringe 
A laringe é a parte superior das vias aéreas baixas 
e fixas abaixo à parte superior da traqueia e acima, 
por uma membrana flexível, ao osso hioide, que por 
sua vez, está fixado ao assoalho da cavidade oral. 
Muitas cartilagens formam uma estrutura de 
sustentação para a laringe, que tem um canal central 
oco. As dimensões deste canal central podem ser 
ajustados por estruturas de partes moles associadas à 
parede laringe. As mais importantes destas sãos as 
duas pregas vocais laterais, que se projetam entre si 
dos lados adjacentes da cavidade laríngea. A abertura 
superior da laringe (adito da laringe) é inclinada 
posteriormente e continua com a faringe. 
A faringe é um meio cilindro de músculo e fáscia. 
Fixado acima, à base do crânio e, abaixo, às margens 
do esôfago. A cada lado, as paredes do meio cilindro 
são fixadas às margens laterais das cavidades nasais, 
à cavidade oral e a laringe. As duas cavidades nasais, 
a cavidade oral e a laringe, portanto, abrem-se na face 
anterior da faringe, e o esôfago abre-se inferiormente. 
A parte da faringe posterior às cavidades nasais é 
a parte nasal da faringe. Aquelas partes posteriores à 
cavidade oral e à laringe são a parte oral e a parte 
laríngea da faringe, respectivamente. O ar inspirado 
pelas narinas ou pela boca passa necessariamente 
pela faringe, que o conduz até a laringe. Constitui a 
passagem dos alimentos em direção ao esôfago. 
 
TÓRAX - CAVIDADES PLEURAIS. PULMÕES. 
TRAQUÉIA. BRÔNQUIOS. CORAÇÃO. 
VASOS SANGUÍNEOS. MEDIASTINO 
ANTERIOR, MÉDIO E POSTERIOR. 
 
Cavidades Pleurais 
Cavidade Torácica 
Formada por 12 vértebras torácicas , 12 pares de 
costelas e suas cartilagens costais e o esterno . As 
costelas se dirigem para baixo e para frente , e 
formam um ângulo posterior que diminui conforme for 
mais baixa a costela , sendo a sétima costela a mais 
longa. A cabeça das costelas articulam-se 
posteriormente com as hemifacetas dos corpos 
vertebrais torácicos numericamente igual e daquela 
uma acima e disco intervertebral interposto , formando 
uma articulação sinovial plana . A primeira , a décima 
,a décima primeira e a décima segunda costelas são 
atípicas , e articulam-se com apenas um corpo 
vertebral. Anteriormente as primeiras sete costelas 
articulam-se com o esterno através de cartilagens 
costais , sendo chamadas de costelas verdadeiras. 
A cartilagem costal da primeira costela esta unida 
diretamente ao esterno, formando uma sincondrose , 
enquanto que as outra seis costelas formam 
articulações sinoviais com o esterno . A oitava, nona e 
décima costelas articulam-se a cartilagem costal da 
costela superior, e são chamadas de costelas falsas. 
As duas últimas costelas são livres e cobertos por 
cartilagem costal, e são denominadas costelas 
flutuantes. O esterno apresenta três partes: o 
manúbrio, corpodo esterno e processo xifoide, a 
primeira cartilagem costal articula-se com o manúbrio, 
a segunda cartilagem costal articula-se no ângulo 
esternal que é facilmente palpável na pele , como se 
fosse uma crista , sendo ponto de referência para 
contagem das costelas. 
 NOÇÕES BÁSICAS DE BIOLOGIA 
 
 
10MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL
Entre as costelas existem os espaços intercostais, 
que são preenchidos pelos músculos intercostais, que 
estão dispostos em três camadas , a contração 
desses músculos realiza movimento nas costelas e 
previne aspiração do espaço intercostal. 
A cavidade torácica esta separada da cavidade 
abdominal pelo músculo diafragma. Quando o 
diafragma esta relaxado, o seu ponto mais alto se 
eleva ao nível de quinta e sexta costela, sendo mais 
alto a direita do que na esquerda . A cavidade torácica 
esta dividida em três partes: cavidade pleural direita 
cavidade pleural esquerda e mediastino. 
 
Vias respiratórias 
Fazem parte das vias respiratórias, segundo a 
Nomina Anatômica do comitê internacional de 
nomenclatura anatômica , os seguintes órgãos: nariz, 
cavidade nasal, faringe, laringe, traqueia e brônquios 
com suas divisões. 
 
Nariz e cavidade nasal 
O nariz esta dividido em 2 partes pelo septo nasal, 
formado por osso (vômer e etmoide) e cartilagem, o 
assoalho é formado pelo palato duro e o teto pela 
lâmina crivosa do osso etmoide, as paredes laterais 
são formadas por 3 conchas. 
As cavidades nasais e os seios nasais são 
forrados de epitélio colunar ciliado. 
Posteriormente cada cavidade nasal abre-se para 
a faringe, a essa abertura se dá o nome de coana e 
mede aproximadamente 2,5 cm por 1,25. 
A pleura é uma fina capa membranosa formada 
por dois folhetos: 
- Pleura parietal que recobre internamente a 
parede costal da cavidade, sendo subdividida em 
quatro partes: 
- A pleura costal que cobre as faces internas da 
parede torácica. 
- A pleura mediastinal que cobre as faces laterais 
do mediastino. 
- A pleura diafragmática que cobre a face superior 
do diafragma. 
- A cúpula pleural que recobre a o ápice pulmonar. 
- Pleura visceral que recobre os pulmões. 
A pleura é, portanto, uma membrana envoltória 
intratorácica, que no seu interior tem um espaço 
laminar (espaço pleural), também denominado de 
cavidade pleural. 
 
Pulmões 
O pulmão é um órgão do sistema 
respiratório, responsável pela troca do oxigênio em 
gás carbônico, através da respiração. 
É formado por duas massas esponjosas que 
preenchem a maior parte da cavidade torácica - 
formada pela coluna vertebral, nas costas, pelas 
costela, nos lados e na frente, pelo diafragma na parte 
inferior, pelas clavículas, em cima e pelo esterno no 
meio do peito. 
Cada pulmão apresenta a forma de um cone 
irregular, medindo cerca de 25 cm de altura e 700 g 
de peso. O pulmão direito é maior e dividido por 
duas fissuras, formando 3 partes ou lobos: o superior, 
o médio e o inferior. 
O esquerdo é menor, pois parte da cavidade 
torácica é ocupada pelo coração. É dividido por uma 
fissura, formando dois lobos: o superior e o inferior. 
A pleura é uma membrana lisa e escorregadia, 
constituída de duas camadas que se mantêm ligadas 
na extremidade inferior da caixa torácica. 
Na parte superior descolam-se, formando a pleura 
visceral (aderida à superfície de cada pulmão) e 
a pleura parietal (fixada à parede interna da caixa 
torácica). 
No espaço que se abre entre elas, um líquido de 
ação lubrificante facilita o deslizamento das 
membranas no movimento da respiração. 
 
 
 
Na face interna de cada pulmão observa-se uma 
grande fenda, o hilo pulmonar, onde penetram os 
brônquios (bifurcações da traqueia), um para cada 
lobo, as veias pulmonares que saem dos pulmões, 
nervos e vasos linfáticos. Dentro dos lobos os 
brônquios se ramificam, subdividindo-se várias vezes 
formando a árvore bronquial. As ramificações mais 
finas dos brônquios são denominadas bronquíolos. 
Esses terminam em minúsculas bolsas, com 
paredes muito finas, bastante irrigadas pelos 
capilares, que são vasos sanguíneos também muito 
finos. Essas bolsas são os alvéolos pulmonares. Há 
mais de 200 milhões nos nossos pulmões. 
Nos alvéolos realizam-se as trocas gasosas entre 
o meio ambiente (o ar) e o organismo (através do 
sangue), graças aos capilares e em seguida é 
distribuído pelo corpo. O gás carbônico resultante da 
respiração celular deixa as células, passa para a 
circulação sanguínea, atinge os alvéolos e segue o 
caminho das vias aéreas para fora do corpo, 
completando o ciclo do sistema respiratório. 
 
Traqueia 
A traqueia é uma parte do aparelho respiratório, 
localizada no pescoço, que se estende à laringe e aos 
brônquios. É um tubo de aproximadamente 1,5 cm de 
diâmetro e 10 cm de comprimento, cujas paredes são 
reforçadas por anéis cartilaginosos. Podem-se sentir 
os reforços cartilaginosos da traqueia tocando com os 
dedos a região anterior da garganta, logo abaixo do 
pomo-de-adão. 
 NOÇÕES BÁSICAS DE BIOLOGIA 
 
 
11MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL
Na região superior do peito a traqueia se bifurca, 
dando origem aos brônquios. Estes são dois tubos 
curtos, também reforçados por anéis de cartilagem, 
que conduzem o ar aos pulmões. Tanto a traqueia 
quanto os brônquios são internamente revestidos por 
um epitélio ciliado, rica em células produtoras de 
muco. Partículas de poeira e bactérias em suspensão 
no ar inalado aderem ao muco, sendo "varridas" em 
direção à garganta graças ao batimento dos cílios. Ao 
chegar à faringe, o muco e as partículas aderidas são 
engolidas com a saliva. 
 
Brônquios 
Os brônquios são órgãos do sistema respiratório, 
que ligam a traqueia aos pulmões. São dois tubos 
cartilaginosos que levam o ar aos pulmões, onde se 
ramificam em tubos cada vez menores chamados 
bronquíolos. 
Dos bronquíolos surgem novas ramificações que 
originam os dutos alveolares, que por sua vez 
terminam em estruturas chamadas alvéolos 
pulmonares, onde ocorrem as trocas gasosas. 
As inflamações nos brônquios e bronquíolos são 
denominadas, respectivamente, de bronquite e 
bronquiolite. 
 
Função 
Os brônquios são responsáveis pelo transporte 
do ar até os pulmões. Os médicos podem examinar 
internamente os brônquios através de um tipo especial 
de endoscopia chamado de broncoscopia. 
Nas terminações de suas ramificações 
bronquiolares se encontram os alvéolos, que são 
como saquinhos de ar envolvidos por capilares. Nas 
membranas capilares ocorrem as trocas de oxigênio 
e gás carbônico entre os alvéolos e os pulmões. 
 
Anatomia 
Os brônquios são estruturas tubulares flexíveis e 
elásticas, formadas por anéis de cartilagem hialina, 
semelhante à da traqueia. Além da cartilagem são 
compostos de tecido fibroso, glândulas e fibras 
musculares, que fazem com que se abram e fechem. 
Ocorre uma bifurcação no final da traqueia 
originando os brônquios direito e esquerdo. Cada um 
deles penetra em um pulmão através de uma região 
chamada hilo pulmonar. Dentro de cada lado do 
pulmão, o brônquio principal ou primário se ramifica 
muitas vezes formando a árvore bronquial. 
 
 
O brônquio principal forma os brônquios lobares 
ou secundários, que depois se subdividem 
em brônquios segmentares. Cada um destes 
brônquios leva ar a um segmento bronco-pulmonar 
independente. 
O brônquio principal direito é mais curto e largo do 
que o esquerdo e encontra-se mais verticalizado. O 
esquerdo é mais horizontal por causa do coração que 
se acomoda nessa região. 
A partir dos brônquios segmentares surgem novas 
ramificações chamadas bronquíolos, cujas paredes 
são constituídas de músculo liso e sem cartilagem. O 
diâmetro internode um bronquíolo é menor do que um 
milímetro. 
Por fim, os dutos alveolares se originam dos 
bronquíolos e suas terminações são os alvéolos. 
 
Coração 
O coração humano é um órgão muscular oco que 
representa a parte central do sistema circulatório. Ele 
mede cerca de 12 cm de comprimento e 9 cm de 
largura. Pesa, em média, de 250 a 300 g nos adultos. 
O coração humano localiza-se na parte central da 
caixa torácica, pouco inclinado para a esquerda. 
Situa-se entre os pulmões e atrás dele encontram-se 
o esôfago e a artéria aorta. 
 
Divisão do coração 
O coração é dividido por um septo vertical em 
duas metades. Cada metade é formada de duas 
câmaras; uma aurícula superior e um ventrículo 
inferior. Entre cada câmara há uma válvula, a 
tricúspide do lado direito, e a bicúspide do lado 
esquerdo. 
Estas válvulas abrem-se em direção dos 
ventrículos, durante a contração das aurículas. Na 
aurícula direita chegam as veias cava superior e 
inferior, e na aurícula esquerda, as quatro veias 
pulmonares. Do ventrículo direito sai à artéria 
pulmonar e do ventrículo esquerdo sai à artéria aorta. 
 
Camadas da Parede Cardíaca: 
Pericárdio: a membrana que reveste e protege o 
coração. Ele restringe o coração à sua posição no 
mediastino, embora permita suficiente liberdade de 
movimentação para contrações vigorosas e rápidas. O 
pericárdio consiste em duas partes principais: 
pericárdio fibroso e pericárdio seroso. 
O pericárdio fibroso superficial é um tecido 
conjuntivo irregular, denso, resistente e inelástico. 
Assemelha-se a um saco, que repousa sobre o 
diafragma e se prende a ele. O pericárdio seroso, 
mais profundo, é uma membrana mais fina e mais 
delicada que forma uma dupla camada, circundando o 
coração. 
A camada parietal, mais externa, do pericárdio 
seroso está fundida ao pericárdio fibroso. A camada 
visceral, mais interna, do pericárdio seroso, também 
chamada epicárdio, adere fortemente à superfície do 
coração. 
 
Epicárdio: a camada externa do coração é uma 
delgada lâmina de tecido seroso. O epicárdio é 
contínuo, a partir da base do coração, com o 
revestimento interno do pericárdio, denominado 
camada visceral do pericárdio seroso. 
 NOÇÕES BÁSICAS DE BIOLOGIA 
 
 
12MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL
Miocárdio: é a camada média e a mais espessa 
do coração. É composto de músculo estriado 
cardíaco. É esse tipo de músculo que permite que o 
coração se contraia e, portanto, impulsione sangue, 
ou o force para o interior dos vasos sanguíneos. 
Endocárdio: é a camada mais interna do coração. 
É uma fina camada de tecido composto por epitélio 
pavimentoso simples sobre uma camada de tecido 
conjuntivo. A superfície lisa e brilhante permite que o 
sangue corra facilmente sobre ela. O endocárdio 
também reveste as valvas e é contínuo com o 
revestimento dos vasos sanguíneos que entram e 
saem do coração. 
 
Estrutura e funções 
A atividade do coração consiste na alternância da 
contração (sístole) e do relaxamento (diástole) das 
paredes musculares das aurículas e ventrículos. 
Durante o período de relaxamento, o sangue flui das 
veias para as duas aurículas, dilatando-as de forma 
gradual. Ao final deste período, suas paredes se 
contraem e impulsionam todo o seu conteúdo para os 
ventrículos. A sístole ventricular segue-se 
imediatamente a sístole auricular. 
A contração ventricular é mais lenta e mais 
energética. As cavidades ventriculares se esvaziam 
quase que por completo com cada sístole, depois, o 
coração fica em um completo repouso durante um 
breve espaço de tempo. A frequência cardíaca normal 
é de 72 batimentos por minuto, em situação de 
repouso. Para evitar que o sangue, impulsionado dos 
ventrículos durante a sístole, reflua durante a diástole, 
há válvulas localizadas junto aos orifícios de abertura 
da artéria aorta e da artéria pulmonar, chamadas 
válvulas semilunares. Outras válvulas que impedem o 
refluxo do sangue são a válvula tricúspide, situada 
entre a aurícula e o ventrículo direito, e a válvula 
bicúspide ou mitral, entre a aurícula e o ventrículo 
esquerdo. 
A frequência das batidas do coração é controlada 
pelo sistema nervoso vegetativo, de modo que o 
simpático acelera e o sistema parassimpático a 
retarda. 
 
Vasos Sanguíneos 
Os vasos sanguíneos são tubos pelo qual o 
sangue circula. Há três tipos principais: as artérias, 
que levam sangue do coração ao corpo; as veias, que 
o reconduzem ao coração; e os capilares, que ligam 
artérias e veias. Num circulo completo, o sangue 
passa pelo coração duas vezes: primeiro rumo ao 
corpo; depois rumo aos pulmões. 
 
Estrutura dos Vasos: 
1- Túnica Externa: é composta basicamente por 
tecido conjuntivo. Nesta túnica encontramos pequenos 
filetes nervosos e vasculares que são destinados à 
inervação e a irrigação das artérias. Encontrada nas 
grandes artérias somente. 
2- Túnica Média: é a camada intermediária 
composta por fibras musculares lisas e pequena 
quantidade de tecido conjuntivo elástico. Encontrada 
na maioria das artérias do organismo. 
3- Túnica Íntima: forra internamente e sem 
interrupções as artérias, inclusive capilares. São 
constituídas por células endoteliais. 
 
Os vasos sanguíneos são compostos por várias 
anastomoses, principalmente nos vasos cerebrais. 
Anastomose: significa ligação entre artérias, veias 
e nervos os quais estabelecem uma comunicação 
entre si. A ligação entre duas artérias ocorre em 
ramos arteriais, nunca em troncos principais. Às vezes 
duas artérias de pequeno calibre se anastomosam 
para formar um vaso mais calibrosos. Frequentemente 
a ligação se faz por longo percurso, por vasos finos, 
assegurando uma circulação colateral. 
O Polígono de Willis (melhor estudado em 
“Vascularização do SNC”) é um exemplo de vasos 
que se anastomosam, formando um polígono. Esse 
processo ocorre no cérebro para garantir uma 
demanda adequada de oxigênio as células nervosas, 
ou seja, caso ocorra a obstrução de uma artéria 
cerebral, a região irrigada pelo vaso lesado ainda 
receberá sangue proveniente de outra artéria do 
polígono, preservando o tecido nervoso. 
 
Circulação pulmonar 
O sangue procedente de todo o organismo chega 
à aurícula direita através de duas veias principais; a 
veia cava superior e a veia cava inferior. Quando a 
aurícula direita se contrai, impulsiona o sangue 
através de um orifício até o ventrículo direito. A 
contração deste ventrículo conduz o sangue para os 
pulmões, onde é oxigenado. Depois, ele regressa ao 
coração na aurícula esquerda. Quando esta cavidade 
se contrai, o sangue passa para o ventrículo esquerdo 
e dali, para a aorta, graças à contração ventricular. 
 
Ramificações 
As artérias menores dividem-se em uma fina rede 
de vasos ainda menores, os chamados capilares. 
Deste modo, o sangue entra em contato estreito com 
os líquidos e os tecidos do organismo. Nos vasos 
capilares, o sangue desempenha três funções; libera o 
oxigênio para os tecidos, proporciona os nutrientes às 
células do organismo, e capta os produtos residuais 
dos tecidos. 
Depois, os capilares se unem para formar veias 
pequenas. Por sua vez, as veias se unem para formar 
veias maiores, até que por último, o sangue se reúne 
na veia cava superior e inferior e conflui para o 
coração, completando o circuito. 
 
Circulação portal 
A circulação portal é um sistema auxiliar do 
sistema nervoso. Um certo volume de sangue 
procedente do intestino é transportado para o fígado, 
onde ocorrem mudanças importantes no sangue, 
incorporando-o à circulação geral até a aurícula 
direita. 
 
Mediastino Anterior, Médio e Posterior 
Na cavidade torácica, as duas regiões 
pleuropulmonares são divididas pelo mediastino. O 
mediastino estende-se do esterno e cartilagens 
costais à coluna vertebral (faces anteriores das 
vértebras torácicas), e da raiz do pescoço aodiafragma. 
Abrange todas as vísceras torácicas, exceto 
pulmões e pleuras que estão alojadas em uma 
expansão da fáscia serosa do tórax. 
 NOÇÕES BÁSICAS DE BIOLOGIA 
 
 
13MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL
No cadáver, o mediastino, devido ao efeito de 
endurecimento dos líquidos de preservação é uma 
estrutura fixa e inflexível. No indivíduo vivo é muito 
móvel, os pulmões, o coração e grandes artérias 
estão em pulsação rítmica, e o esôfago distende-se na 
medida em que o bolo alimentar passa através dele. 
Em vivo, o mediastino varia de comprimento com o 
nível do diafragma e a tração do coração ao inclinar-
se para um lado e outro, como o leve deslocamento 
do choque produzido pela ponta do coração. 
É dividido em superior e inferior por um plano 
imaginário que passa anteriormente pelo ângulo 
esternal e posteriormente pela margem inferior da IV 
vértebra torácica. 
O mediastino superior é delimitado anteriormente 
pelo manúbrio esternal e posteriormente pelas 4 
primeiras vértebras torácicas, localizando-se acima do 
pericárdio. O mediastino inferior é limitado 
anteriormente pelo corpo do esterno e posteriormente 
pelas 8 últimas vértebras torácicas, podendo ser 
dividido em anterior (entre o pericárdio e o esterno), 
médio e posterior (entre o pericárdio e a coluna 
vertebral). 
Certas estruturas atravessam o mediastino e por 
isso aparecem em mais de um compartimento. 
Um tecido conjuntivo frouxo, geralmente infiltrado 
de gordura, invade o mediastino envolvendo e 
sustentando os órgãos mediastinais. Este tecido 
torna-se mais fibroso e rígido com a idade diminuindo 
a mobilidade das estruturas por ele envolvidas. Este 
tecido é contínuo com o da raiz do pescoço, assim é 
possível que uma infecção profunda do pescoço 
possa espalhar-se rapidamente dentro do tórax 
produzindo uma mediastinite. 
Se ocorrer entrada de ar na cavidade pleural 
(pneumotórax), o pulmão daquele lado se colapsaria 
imediatamente e o mediastino seria deslocado para o 
lado oposto. Esta condição se reverteria, por si 
própria, pela dispneia do paciente e pelo estado de 
choque, e durante o exame a traqueia e o coração 
estarão deslocados para o lado oposto. 
Devido ao fato de muitas estruturas vitais estarem 
comprimidas em conjunto no mediastino, suas 
funções podem sofrer interferência de um órgão ou 
tumor que aumente de tamanho. Um tumor no pulmão 
esquerdo pode espalhar-se rapidamente e envolver os 
linfonodos mediastinais que, por alargamento podem 
comprimir o nervo laríngeo recorrente esquerdo, 
produzindo paralisia da corda vocal esquerda. Um 
tumor de cisto em extensão pode ocluir parcialmente a 
veia cava superior causando severa congestão das 
veias da parte superior do corpo. Outros efeitos da 
pressão podem ser observados sobre os troncos 
simpáticos, nervos frênicos e algumas vezes, sobre a 
traqueia, brônquios fontes e esôfago. 
 
MEDIASTINO SUPERIOR 
O mediastino superior é dividido do mediastino 
inferior por um plano imaginário que passa 
anteriormente pelo ângulo esternal, que esta 
localizado entre o manúbrio e o corpo esternal e 
posteriormente encontra-se limitado pela margem do 
corpo da vértebra torácica 4, tendo portanto como 
limites: 
- inferior - plano imaginário 
- superior - abertura superior do tórax 
- laterais - pleuras parietais dos pulmões esquerdo 
e direito 
- posterior - as vértebras de T1 a T4 
- anterior - manúbrio do esterno 
 
ESTRUTURAS LOCALIZADAS NESTA REGIÃO 
TIMO - É uma massa de tecido linfoide que 
apresenta-se proeminente no mediastino superior no 
início da infância, possui estrutura lobulada (2 lobos) e 
achatada com aspecto róseo nos primeiros anos de 
vida, podendo em recém-nascidos estender-se 
superiormente através da abertura torácica superior 
até a raiz do pescoço, na frente dos grandes vasos. 
Durante a segunda infância, sobretudo na puberdade, 
o timo começa a diminuir de tamanho, ou seja, sofre 
involução. Na idade adulta, em geral, o que se 
encontra são poucos nódulos tímicos no tecido 
conectivo frouxo, dispostos irregularmente na porção 
anterior do mediastino superior. 
VEIAS BRAQUIOCEFÁLICAS - Localizam-se no 
mediastino superior e são formadas pela união da veia 
jugular interna e subclávia. A nível da margem inferior 
da primeira cartilagem costal direita as veias 
braquiocefálicas unem-se para formar a veia cava 
superior. Cada veia braquiocefálica ainda recebe as 
veias vertebral, torácica interna, tireóidea inferior e 
eventualmente pode receber as primeiras intercostais 
supremas. A veia braquiocefálica esquerda é mais 
longa e mais oblíqua que a direita. Na união da veia 
jugular interna direita com a veia subclávia direita 
desemboca o ducto linfático direito. Já na união da 
veia jugular interna esquerda com a veia subclávia 
esquerda desemboca o ducto torácico. 
VEIA CAVA SUPERIOR - É formada pela união 
da veia braquiocefálica direita e esquerda atrás da 
primeira cartilagem costal e segue para baixo até o 
nível da cartilagem costa 3 onde entra no átrio direito. 
Esta veia recebe o sangre da maioria das estruturas 
acima do diafragma (como cabeça, pescoço e 
membros superiores). Esta localizada no lado direito 
do mediastino superior, anterolateral à traqueia e 
póstero lateral à aorta ascendente. O nervo frênico 
direito está entre a veia cava superior e a pleura 
parietal mediastinal. 
ARCO DA AORTA - É a continuação curvada da 
parte ascendente da aorta. Começa na metade direita 
do ângulo esternal, curva-se para cima e para trás 
com inclinação e convexidade para a esquerda. O 
arco da aorta passa pela esquerda da traqueia e do 
esôfago, deslocando a traqueia para a direita, o que 
deixa o brônquio principal direito quase alinhado com 
a traqueia. 
A aorta continua-se pelo mediastino posterior após 
o 4 disco intervertebral no lado esquerdo. 
Anteriormente a aorta relaciona-se com o timo ou seus 
remanescentes. A face côncava inferior do arco da 
aorta curva-se sobre as estruturas que seguem para a 
raiz do pulmão esquerdo, a bifurcação do tronco 
pulmonar, a artéria pulmonar esquerda e o brônquio 
esquerdo. O ligamento arterioso segue da raiz da 
artéria pulmonar esquerda para a face côncava inferior 
do arco de aorta. Este ligamento é remanescente do 
ducto arterioso, um vaso embrionário que desviava o 
sangue da artéria pulmonar esquerda para a aorta a fim 
de evitar os pulmões que na vida intra uterina ainda não 
são funcionais. 
 NOÇÕES BÁSICAS DE BIOLOGIA 
 
 
14MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL
RAMOS DA AORTA 
Tronco braquiocefálico - É o primeiro ramo, 
origina-se do aorta na altura do centro do manúbrio, o 
tronco braquiocefálico segue supero-lateralmente e ao 
atingir o lado direito da traqueia, na altura da 
articulação esterno clavicular direita divide-se em 
artérias carótida comum direita e subclávia direita. 
Carótida comum esquerda - Nasce do arco da 
aorta, atrás e à esquerda do tronco braquiocefálico, 
segue da frente para a esquerda da traqueia e passa 
atrás da articulação esternoclavicular esquerda 
quando atinge o pescoço. 
Subclávia esquerda - Ascende pelo mediastino 
superior repousando sobre a pleura parietal esquerda, 
formando num cadáver um sulco nítido, passa pela 
articulação esternoclavicular esquerda quando deixa o 
tórax e entra na raiz do pescoço. 
 
Traqueia 
A traqueia é um tubo que começa no pescoço 
como continuação da extremidade inferior da laringe e 
no mediastino superior está situada à frente do 
esôfago, um pouco à direita da linha média, A face 
posterior da traqueia que se justapõe ao esôfago e 
pleura. A traqueia se mantém rígida graças as 
cartilagens em forma de “C”. A traqueia, a nível deângulo esternal, se bifurca em brônquios principais 
direito e esquerdo. 
Relaciona-se com o arco da aorta e ainda dom o 
tronco braquiocefálico arterial, carótida comum 
esquerda estes 2 últimos vasos separam no do veia 
braquiocefálica esquerda. Relaciona-se também com 
nervos recorrentes laríngeos que enviam ramos para 
a traqueia e esôfago. 
 
Esôfago - O esôfago se estende da extremidade 
inferior da cartilagem cricóide (7 vértebra cervical) até 
o óstio cárdico do estômago ( 11 vértebra torácica). O 
esôfago ganha o mediastino superior entre a traqueia 
e a coluna vertebral, passando atrás do brônquio 
principal esquerdo. No mediastino superior relaciona-
se anteriormente com a traqueia e nervo recorrente 
laríngeo esquerdo, posteriormente com os corpos 
vertebrais de T1 a T4, o ducto torácico, a veia ázigos 
em pequena porção e algumas intercostais direitas. O 
lado direito do esôfago está próximo à pleura 
mediastinal exceto onde é cruzado pela veia ázigos. O 
lado esquerdo do esôfago está próxima à pleura 
mediastinal esquerdo acima do arco da aorta 
(mediastino superior) exceto quando interposto pelo 
ducto torácico. 
Ducto torácico - Atravessa o mediastino superior 
atrás do esôfago deslocado para a esquerda e segue 
em direção à junção da veia jugular interna esquerda 
e subclávia esquerda onde desemboca. Ainda 
atravessam esta região os nervos vago, laríngeo 
recorrente e frênico. 
 
MEDIASTINO ANTERIOR 
É a menor das divisões do mediastino. Ele contém 
poucas estruturas. é, sua maior parte é constituído de 
tecido areolar frouxo, aliás é a parte do mediastino 
mais rica nesse tipo de tecido. Ele também contém: 
gordura pré-pericárdica, vasos linfáticos, 2 ou 3 
linfonodos, ligamentos esternopericárdicos, as artérias 
e veias torácicas internas juntamente com seus ramos 
e a lingula do pulmão esquerdo. Em casos de 
lactentes e crianças, pode ter a parte inferior do timo, 
que em casos incomuns pode ir até a altura das 
quartas cartilagens costais. Nesse período, a imagem 
radiográfica do timo tem uma largura igual ou maior 
que a do coração. As patologia do mediastino anterior 
são muitas, porém as mais importantes são as 
chamadas de 4 Ts. Elas estão diretamente ligadas ao 
mediastino anterior (pois os órgãos afetados não se 
encontram nesta divisão do mediastino) mas refletem 
alargamento tanto do mediastino superior como o 
anterior. OS 4 Ts são: 
Timoma - já explicado quando se tratou de 
mediastino superior. 
Bócio da Tireóide - causado pelo aumento do 
tecido tireoidiano. Não é de origem inflamatória nem 
neoplásica. O bócio pode causar sintomas de 
compressão dos órgãos do mediastino superior tais 
como dispneia, disfagia ou rouquidão. 
Teratoma - é uma neoplasia composta de 
múltiplos tecidos estranhos à região na qual ele se 
encontra. Os predominantemente sólidos possuem 
uma estrutura complexa e podem conter elementos de 
dentes, ossos, cartilagem, músculo, timo etc... Terrível 
Linfoma - é um tumor dos linfonodos. Apenas 5% 
dos tumores dos pacientes que tem linfoma estão no 
mediastino. Nesses casos, geralmente o linfoma está 
no mediastino anterior mas pode estar no médio ou no 
posterior. 
 
MEDIASTINO MÉDIO 
O mediastino médio é caracterizado pelo saco 
fibroso do pericárdio e o coração, com os nervos 
frênicos e seus vasos associados (este nervo com 
origem no; plexo cervical C3 - C4 -C5 desce em 
direção ao diafragma). Além do coração e pericárdio 
no mediastino médio encontramos a parte ascendente 
da aorta e o tronco pulmonar. 
Tronco Pulmonar - estende-se do cone arterial do 
ventrículo direito cavidade do arco da aorta 
ascendente. 
Após um trajeto de 5 cm ele se divide em artérias 
pulmonares direita e esquerda O trajeto do tronco 
pulmonar pode ser indicado por uma linha traçada a 
partir do centro do porção cranial da silhueta cardíaca 
até o extremo do ângulo esternal logo atrás da 2 
cartilagem costal esquerda. O tronco forma a margem 
esquerda da imagem vascular visualizada nas 
radiografias anteriores abaixo do botão aórtico. 
Aorta Ascendente - estende-se da raiz da aorta 
para cima e ligeiramente para direita até a altura do 
ângulo esternal. É revestida pelo pericárdio fibroso e 
compartilha de uma reflexão serosa com o tronco 
pulmonar. Tem cerca de 3 cm de diâmetro e 5 cm de 
comprimento. 
Em sua origem a aorta ascendente está 
relacionada ventralmente com o tronco pulmonar e o 
cone arterial, enquanto que o átrio esquerdo e o seio 
transverso do pericárdio situam-se dorsalmentre. Seu 
segmento mais cranial é recoberto pelo pulmão direito 
e pela pleura direita, situando-se na frente da artéria 
pulmonar direita e do brônquio principal direito. Os 
ramos da aorta ascendente são as artérias coronárias 
direita e esquerda. São as únicas artérias do corpo 
humano que recebem sangue na fase de relaxamento 
do coração (diástole). 
 NOÇÕES BÁSICAS DE BIOLOGIA 
 
 
15MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL
ABDOME - CAVIDADE ABDOMINAL. 
ESTÔMAGO E INTESTINOS. 
FÍGADO. PÂNCREAS. BAÇO. RINS. 
ADRENAL E RETROPERITÔNIO. 
VÍSCERAS PÉLVICAS. PERÍNEO. 
 
CAVIDADE ABDOMINAL 
A cavidade abdominal é uma grande cavidade 
encontrada no torso de mamíferos entre a cavidade 
torácica, da qual é separada pelo diafragma torácico, 
e a cavidade pélvica. 
Uma camada protetora que é chamada de 
peritônio, que desempenha um papel na imunidade, 
órgãos de suporte e armazenamento de gordura e 
reveste a cavidade abdominal. Como mostrado no 
diagrama abaixo à esquerda, a cavidade abdominal foi 
dividida em nove áreas diferentes, onde cada órgão 
não necessariamente ocupa apenas um dos 
quadrantes. Esta divisão ajuda no diagnóstico de 
doenças com base no local onde a pessoa está 
sentindo dor abdominal. 
 
Órgãos da cavidade abdominal 
Nosso abdômen contém órgãos digestivos, 
reprodutivos e excreção. Você pode encontrar alguns 
deles no diagrama a seguir. Tenha em mente que o 
reto é considerado parte da cavidade pélvica. 
 
 
 
Estômago 
Órgão digestivo de paredes espessas encontrado 
no lado esquerdo do abdome que é dividido em quatro 
regiões: cárdia, fundo, corpo e piloro. É contínuo com 
o esôfago acima dele, que transporta comida da boca 
e passa através do diafragma e no estômago, e é 
seguido pela primeira porção do intestino delgado, 
chamada duodeno. 
O estômago é o segundo local de digestão em 
seres humanos após a boca, e serve para movimentar 
a comida dentro de si, misturá-lo com sucos gástricos 
e iniciar a digestão de proteínas. 
 
Fígado 
Este é o maior órgão do abdômen. Encontra-se no 
lado superior direito, logo abaixo do diafragma. Tem 
dois lóbulos separados por um ligamento. O fígado 
desempenha um papel crucial em nossos corpos, pois 
mantém níveis normais de glicose no sangue, produz 
bile e desintoxica o sangue. 
Vesícula biliar 
A vesícula biliar encontra-se abaixo do fígado e 
está conectada a ela. Ele armazena e concentra a bile 
que é enviada para o duodeno quando necessário 
para digestão e absorção de gordura. 
 
Baço 
O baço faz parte do sistema imunológico. Suas 
funções incluem a participação na produção de 
glóbulos brancos, o armazenamento de plaquetas e a 
destruição de glóbulos vermelhos mortos e 
substâncias nocivas. 
 
Pâncreas 
Parte do sistema digestório, o pâncreas produz 
importantes enzimas digestivas, assim como insulina 
e glucagon, que são cruciais para o metabolismo dos 
carboidratos em nossos corpos. 
 
Intestino delgado 
O intestino delgado é encontrado entre o 
estômago e o intestino grosso e é composto de três 
partes: o duodeno, o jejuno e o íleo. É um longo órgão 
digestivo em forma de tubo onde ocorre a digestão e a 
maior absorção de nutrientes 
 
Intestino grosso 
O intestino grosso é o órgão para o qual o material 
não digerido é enviado. É em forma de U e é 
composto de ceco, cólon, reto, canal anale apêndice. 
Absorção de água e eletrólitos e a formação de fezes, 
todos ocorrem aqui. 
 
Rins 
Os dois rins são encontrados em ambos os lados 
do abdômen. Eles desempenham papéis essenciais 
no corpo, como a desintoxicação do sangue, a criação 
de urina e a manutenção do equilíbrio da água e do 
ácido no corpo. Anexados a cada rim estão os tubos, 
chamados de ureteres, que os conectam à bexiga 
urinária. Além das funções dos rins, as glândulas 
supra renais encontradas nos rins produzem 
hormônios importantes, como a noradrenalina e o 
ADH. 
 
Estômago e Intestinos 
Estômago 
Características do Estômago 
O estômago é uma bolsa de parede musculosa, 
localizada no lado esquerdo abaixo do abdome, logo 
abaixo das últimas costelas. É um órgão muscular que 
liga o esôfago ao intestino delgado. Sua função 
principal é a decomposição dos alimentos. Um 
músculo circular, que existe na parte inferior, permite 
ao estômago guardar quase um litro e meio de 
comida, possibilitando que não se tenha que ingerir 
alimento de pouco em pouco tempo. Quando está 
vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas 
duas partes se unem por ângulos agudos. 
 
Segmento superior 
O segmento superior é o mais volumoso, chamado 
"porção vertical". Este, compreende, por sua vez, 
duas partes superpostas; a grande tuberosidade, no 
alto, e o corpo do estômago, abaixo, que termina pela 
pequena tuberosidade. 
 NOÇÕES BÁSICAS DE BIOLOGIA 
 
 
16MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL
Segmento inferior 
O segmento inferior é denominado "porção 
horizontal", está separado do duodeno pelo piloro, que 
é um esfíncter. A borda direita, côncava, é chamada 
pequena curvatura; a borda esquerda, convexa, é dita 
grande curvatura. O orifício esofagiano do estômago é 
o cárdia. 
 
As túnicas do estômago 
O estômago compõe-se de quatro túnicas; serosa 
(o peritônio), muscular (muito desenvolvida), 
submucosa (tecido conjuntivo) e mucosa (que secreta 
o suco gástrico). Quando está cheio de alimento, o 
estômago torna-se ovoide ou arredondado. O 
estômago tem movimentos peristálticos que 
asseguram sua homogeneização. 
 
Suco gástrico 
O estômago produz o suco gástrico, um líquido 
claro, transparente, altamente ácido, que contêm 
ácido clorídrico, muco e várias enzimas, como a 
pepsina, a renina e a lipase. A pepsina, na presença 
de ácido clorídrico, quebra as moléculas de proteínas 
em moléculas menores. A renina coagula o leite, e a 
lipase age sobre alguns tipos de gordura. A mucosa 
gástrica produz também o fator intrínseco, necessário 
à absorção da vitamina B12. 
 
Os Intestinos 
Os intestinos formam o órgão de maior 
comprimento do corpo humano. Pertencentes ao 
sistema digestivo, anatomicamente eles são 
decomponíveis em duas zonas que, embora 
contíguas, apresentam funções distintas: o intestino 
delgado e o intestino grosso. O intestino delgado 
situa-se entre o estômago e o intestino grosso, 
desempenhando funções digestivas, de absorção de 
nutrientes e de condução de material não digerido 
para o intestino grosso. 
A sua porção inicial é denominada de duodeno, 
sendo este o local que recebe o quimo, proveniente 
do estômago e onde o canal colédoco liberta o seu 
conteúdo - suco pancreático e bílis -, importante na 
simplificação molecular dos alimentos. Ao duodeno 
segue-se o jejuno-íleo, onde continuam os processos 
de absorção e de digestão química e mecânica dos 
alimentos. A parede interna do intestino delgado 
apresenta um aspecto ondulado, com várias pregas, 
denominadas de válvulas coniventes. Cada uma 
destas válvulas apresenta-se recoberta por inúmeras 
projeções em forma de dedos de luva, as vilosidades 
intestinais, as quais permitem aumentar enormemente 
a superfície total do intestino delgado (cerca de 300 
m2), facilitando e acelerando a absorção dos 
nutrientes. 
No interior de cada vilosidade, existe um vaso 
linfático - o vaso quilífero - e vasos capilares 
sanguíneos, para o interior dos quais são absorvidos 
os nutrientes. 
Por ação do suco intestinal, o quimo é 
transformado em quilo, completando-se a digestão 
química por ação das enzimas nele contidas. O 
intestino grosso situa-se entre o intestino delgado e o 
ânus, tendo um diâmetro médio superior à porção 
anterior do intestino. As suas funções estão 
relacionadas com a absorção de água e sais minerais, 
bem como com a preparação e armazenamento das 
fezes antes da defecação. O intestino grosso inicia-se 
pelo cego - zona de ligação à porção delgada -, onde 
se situa o apêndice, seguindo-se o cólon (porção 
ascendente, transversa e descendente), que termina 
no reto, abrindo este no exterior através do ânus. A 
flora intestinal, formada por bactérias que vivem, 
normalmente, em simbiose com o organismo, é de 
grande importância para o Homem, já que sintetiza 
algumas vitaminas essenciais, como a K e algumas do 
complexo B. 
 
Fígado 
O fígado é o maior órgão interno, e é ainda um dos 
mais importantes. É a mais volumosa de todas as 
vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto e na 
mulher adulta, entre 1,2 e 1,4 kg, tem a cor vermelha-
amarronzada, é friável e frágil, tem a superfície lisa, 
recoberta por uma cápsula própria. Está situado no 
quadrante superior direito da cavidade abdominal. 
 
Funções do Fígado 
- Secretar a bile, líquido que atua no 
emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando, 
assim, a ação da lipase; 
- Remover moléculas de glicose no sangue, 
reunindo-as quimicamente para formar glicogênio, que 
é armazenado; nos momentos de necessidade, o 
glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose, 
que são relançadas na circulação; 
- Armazenar ferro e certas vitaminas em suas 
células; Sintetizar diversas proteínas presentes no 
sangue, de fatores imunológicos e de coagulação e de 
substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras; 
- Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, 
auxiliando na desintoxicação do organismo; 
- Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas 
ou anormais, transformando sua hemoglobina em 
bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente 
na bile. 
 
Tecido Hepático 
É possível perder cerca de 75% deste tecido (por 
doença ou intervenção cirúrgica), sem que ele pare de 
funcionar. O tecido hepático é constituído por 
formações diminutas que recebem o nome de lobos, 
compostos por colunas de células hepáticas ou 
hepatócitos, rodeadas por canais diminutos 
(canalículos), pelos quais passa a bílis segregada 
pelos hepatócitos. 
Estes canais se unem para formar o ducto 
hepático que, junto com o ducto procedente da 
vesícula biliar, forma o ducto comum da bílis, que 
descarrega seu conteúdo no duodeno. 
As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar 
as substâncias nutritivas e a excretar os materiais 
residuais e as toxinas, bem como esteroides, 
estrógenos e outros hormônios. 
O fígado é um órgão muito versátil. Armazena 
glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz 
carboidratos a partir de lipídios ou de proteínas, e 
lipídios a partir de carboidratos ou de proteínas. 
Sintetiza também o colesterol e purifica muitos 
fármacos e muitas outras substâncias, como as 
enzimas. O termo hepatite é usado para definir 
qualquer inflamação no fígado, como a cirrose. 
 NOÇÕES BÁSICAS DE BIOLOGIA 
 
 
17MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL
Pâncreas 
O pâncreas é uma glândula digestiva de secreção 
interna e externa, de mais ou menos 15 cm de 
comprimento e de formato triangular, localizada 
transversalmente sobre a parede posterior do 
abdome, na alça formada pelo duodeno, sob o 
estômago. O pâncreas é formado por uma cabeça que 
se encaixa no quadro duodenal, de um corpo e de 
uma cauda afilada.

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