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Aula de Anatomia

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Conceito
A Anatomia, de maneira geral, é a dissecação do corpo humano ou de qualquer animal ou vegetal para estudo e conhecimento de sua organização interna.
Em nosso curso estamos tratando da Anatomia Humana, uma ciência que estuda o corpo humano e suas relações macroscopicamente (aquilo que pode ser visto a olho nu) e microscopicamente (necessitam de um instrumento para ampliação, o microscópio).
 AULA 1:
• É definido como Normalidade um padrão morfológico que ocorre na maioria dos indivíduos. Estatisticamente, é o padrão mais frequente. Exemplo: O coração, geralmente, está localizado na região do mediastino médio.
· E quando o corpo foge a esse padrão, é considerado um defeito? Não. Mas, nesse caso, devemos tecer algumas considerações:
- Não é defeito quando a diferença morfológica não traz prejuízo à função. Nesse caso, nos referimos a variações anatômicas. Essas diferenças ocorrem devido a fatores como sexo, raça, biotipo, idade etc.
- E se essa variação trouxer prejuízo funcional? Você deverá verificar se ela é incompatível ou não com a vida. Se essa variação morfológica acarretar um prejuízo funcional ao indivíduo, estaremos tratando de uma anomalia. Exemplo: o indivíduo que nasce com um dedo a mais em uma das mãos ou dos pés.
- Se essa variação morfológica for tão acentuada a ponto de levar o indivíduo à morte, estaremos diante de um caso de monstruosidade. Exemplo: o indivíduo que não tem a formação do encéfalo (anencefalia).
· Quais são os critérios para definir esses termos?
- Forma: Baseado na forma da estrutura. Ex: cuboide (aparência de cubo).
- Trajeto: Tendo como referência o trajeto que percorre. Ex: círculo arterioso cerebral.
- Relação com o esqueleto: O osso no esqueleto serve como referência. Ex: artéria femoral.
- Conexão ou inter-relação: Referente às estruturas interligadas. Ex: ligamento coracoacromial. 
- Função: De acordo com a função da estrutura. Ex: músculo extensor dos dedos.
- Critérios mistos: Junção de mais de um critério. Ex: artéria cerebral anterior.
· Outro fator importante é que existem abreviaturas padronizadas também:
A = Artéria | Aa. = Artérias
Lig. = Ligamento | Ligg. = Ligamentos
M. = Músculo | Mm. = Músculos
N. = Nervo | Nn. = Nervos
R. = Ramo | Rr. = Ramos
V. = Veia | Vv. = Veias
· Posição anatômica: Serve para padronizar a referência ao corpo humano e evitar descrições anatômicas com termos diferentes. A posição anatômica é descrita como:
Planos e eixos:
· Planos de delimitação: Tangenciam o corpo. Ao unirmos as laterais desse plano formamos paralelepípedos, sendo assim denominados: 
· Planos de Secção: São aqueles que dividem o corpo humano:
· Transversal ou horizontal: Divide o corpo em duas partes diferentes superior e inferior.
· Eixos de Movimento: São linhas imaginárias que cruzam o paralelepípedo visando orientar os movimentos humanos, os principais eixos são:
- Látero-lateral (ou transversal): Cruza os lados direito e esquerdo, perpendicular ao plano sagital, orientando os movimentos de flexão e extensão.
- Sagital (ou anteroposterior): Cruza as partes anterior e posterior (ventral e dorsal), perpendicular ao plano frontal, orientando os movimentos de abdução e adução.
- Longitudinal (ou craniocaudal, ou craniopodálico): Cruza as partes superior e inferior, perpendicular ao plano horizontal ou transversal, orientando os movimentos de rotação medial e rotação lateral.
· Como podemos dividir o corpo humano?
· Sistema esquelético (Osteologia): É a parte da Anatomia Humana que estuda os ossos – estruturas rígidas, esbranquiçadas e resistentes.
- Esqueleto desarticulado: Quando as estruturas ósseas se encontram isoladas uma das outras.
- Esqueleto articulado: Quando essas estruturas ósseas estão unidas.
· Os ossos possuem duas substâncias:
· É importante reforçar que os seres humanos apresentam um endoesqueleto (estrutura interna em seu corpo). Alguns animais, como a tartaruga, por exemplo, apresentam essa estrutura fora do corpo, sendo denominada exoesqueleto.
- Porém, já se utiliza exoesqueleto em seres humanos, a fim de proporcionar qualidade de vida aos portadores de anomalias ou patologias.
· Os ossos também são revestidos pelo periósteo, exceto nas superfícies articulares. O periósteo é formado por uma membrana conjuntiva dividida em dois folhetos, sendo o mais interno responsável pela formação de tecido ósseo (osteogênese).
· O esqueleto desenvolve hematopoiese – que é a produção de células sanguíneas na medula de alguns ossos. Além desta, o esqueleto possui outras funções, que são:
- Proteção: O esqueleto atua protegendo órgão vitais internos de lesões.
- Suporte: Atua como ponto de fixação para maioria dos músculos do corpo e dando sustentação aos tecidos moles do corpo.
- Movimento: Um complexo sistema de alavanca é formado por músculos fixados a esse esqueleto dando mobilidade a esse conjunto composto por ossos e articulações.
- Depósito de Minerais: Alguns minerais são estocados nos ossos e mobilizados para outras regiões do corpo, pelo sistema vascular, de acordo com a necessidade. São exemplos desses minerais: cálcio, fósforo, potássio entre outros.
· Os ossos apresentam elevações, depressões e aberturas que servem como elementos descritivos para identificação deles, denominados acidentes anatômicos. Observe a descrição de cada um na tabela a seguir:
SALIÊNCIAS: Servem para articular ossos ou para fixar músculos, ligamentos etc.
Cabeça: Superfície globosa, serve como superfície articular.
Côndilo: Tubérculo ósseo arredondado que sustenta uma parte de uma articulação.
Face: Superfície articular achatada ou pouco profunda.
Crista: Superfície estreita e alongada. Serve como ponto de fixação.
Epicôndilo: Processo proeminente acima ou lateralmente ao côndilo, serve para fixação.
Eminência: Superfície saliente, serve como ponto de fixação.
Tubérculo: Uma pequena proeminência arredondada. Serve como ponto de fixação.
Tuberosidade: Uma saliência rugosa, serve como ponto de fixação.
Trocânter: Um grande processo para inserção muscular.
Processo: Saliência óssea acentuada, serve como ponto de fixação.
Linha: Crista pequena e pouco saliente, serve como ponto de fixação.
Espinha: Superfície pontiaguda, serve como ponto de fixação.
Tróclea: Superfície articular em forma de carretel.
DEPRESSÕES: Assim como as saliências, podem ser articulares ou não.
Fossa: “Vala” rasa, normalmente para superfícies articulares.
Fosseta: Uma pequena fossa.
Impressão: Um pequeno sulco, uma marca pouco profunda.
Sulco: Depressão alongada em forma de canaleta.
Fissura: Depressão profunda, de formato pontiagudo.
ABERTURAS: Destinadas à passagem de nervos e vasos, em geral.
Forame: Cavidade de transmissão para nervos e vasos.
Meato ou Canal: É uma passagem de formato tubular.
Óstio: Entrada, abertura que liga duas estruturas.
Poros: Denominação genérica para pequenos orifícios.
· Por conta desses elementos descritivos e sua forma, os ossos são diferentes uns dos outros. Tal diferença nos permite classificá-los de acordo com algumas características: 
- Ossos que apresentam comprimento maior que espessura e largura são classificados como longos.
- Ossos que apresentam uma equivalência entre comprimento, largura e espessura são chamados de curtos.
- Ossos que possuem comprimento e largura predominando sobre a espessura são conhecidos como laminares ou planos.
- Ossos que apresentam formas variadas que não se encaixam nas categorias anteriores são chamados de irregulares.
- Alguns ossos apresentam uma ou mais cavidade contendo ar e mucosa, esses ossos estão localizados no cabeça e recebem também a classificação de pneumáticos. (Essas cavidades são chamadas de seios, proveniente do latim sinus que significa espaço oco, por isso que a inflamação dos seios da face é conhecida como sinusite.)
- Alguns ossos se desenvolvem dentro dos tendões ou da cápsula articular, esses ossos são classificadoscomo sesamoides.
· O esqueleto humano é dividido em duas grandes porções:
- Uma forma o eixo do corpo, sendo composta por 80 ossos e tendo como função principal a proteção de órgãos vitais, conhecida como esqueleto axial.
- Forma os membros, é composta por 126 ossos, está unida ao esqueleto axial pelos cíngulos (cinturas) e tem como principal função a locomoção, recebendo o nome de esqueleto apendicular.
· Esqueleto Axial: 80 ossos
Crânio neural: 8
2 pares: temporal, parietal
4 ímpares: frontal, occipital, etmoide, esfenoide 
Crânio visceral: 14
6 pares: nasal, lacrimal, zigomático, maxila, concha nasal inferior e palatino
2 ímpares: vômer e mandíbula
Ossículos do ouvido: 6 (3 pares)
Osso Hioide: 1
Coluna vertebral: 33 vértebras - 26 ossos (no adulto, as vértebras sacrais se fundem formando o osso sacro e as vértebras coccígeas também se fundem formando o cóccix)
Cervical: 7
Torácica: 12
Lombar: 5
Sacral: 5 vértebras (osso sacro)
Coccígea: 3 ou 4 (osso cóccix)
· Esqueleto apendicular superior: 64 ossos
 Cíngulo do membro superior (cintura escapular):
· Clavícula: 1
· Escápula: 1 
 Braço:
· Úmero: 1
· Antebraço: 2 Rádio (localizado lateralmente): 1 / Ulna (localizado mediamente): 1
Mão: 27
· Carpo: 8
- 4 na fileira proximal (escafoide, semilunar, piramidal, pisiforme)
- 4 na fileira distal (trapézio, trapezoide, capitato e hamato)
· Metacarpo: 5
· Falanges: 14 (proximal, média e distal, exceto no polegar que só tem proximal e distal)
Total: 32 ossos x 2 membros superiores = 64 ossos
· Esqueleto apendicular inferior: 62 ossos
Cíngulo do membro inferior (cintura pélvica)
· Osso do quadril: 1
Coxa
· fêmur: 1
Perna
· Fíbula (localizada lateralmente): 1
· Tíbia (medial): 1
Joelho
· Patela: 1
Pé: 26
· Tarso: 7 (tálus, calcâneo, navicular, cuboide, cuneiforme medial, cuneiforme intermédio e cuneiforme lateral)
· Metatarso: 5
· Falanges: 14 (proximal, média e distal, exceto no hálux que só tem proximal e distal)
Total: 31 ossos X 2 membros inferiores = 62 ossos
 AULA 2:
Mas afinal é articulação ou junta?
· Muitas vezes ouvimos as pessoas se referindo às articulações como juntas, mas será que isso está errado? Não está errado. No latim, elas têm origem no termo juncturae que significa acoplamento, pois é o que ocorre entre os ossos do corpo, por isso, alguns autores da Anatomia se referem às articulações como junturas.
· E de onde surge o termo articulação, então? Apesar de escritos em latim, os termos anatômicos sofrem uma influência enorme do grego, de onde veio arthroseon. Sendo assim, a Artrologia tem origem nas raízes gregas: arthron (articulação).
· O que é uma articulação? Em síntese, uma articulação é a junção de duas ou mais estruturas que, além de ossos, podem ser de cartilagens ou tecido fibroso. Nem toda articulação permite movimentação, cada uma tem características próprias que vão determinar a sua mobilidade junto com os tipos de tecido que a compõe
· Classificação das articulações: Essa classificação se dá, em partes pelo tecido que compõem, nos casos das fibrosas e cartilaginosas ou por necessitarem de um líquido para lubrificar e auxiliar na movimentação delas, a sinóvia, presente nas articulações sinoviais.
· Alguns autores classificam essas articulações de acordo com a sua mobilidade:
- SINARTROSES: As articulações fibrosas são denominadas sinartroses por serem consideradas quase imóveis.
- ANFIARTROSES: As articulações cartilaginosas recebem o nome de anfiartroses, por serem articulações semimóveis.
- DIARTROSES: As articulações com mobilidade ampliada, que são as sinóvias, passam a se chamar diartroses.
· Articulações Fibrosas ou Sinartroses: Neste tipo de articulação as estruturas são mantidas unidas por tecido conjuntivo fibroso, localizado em uma camada intermediária. As articulações fibrosas são consideradas quase imóveis devido a não apresentarem mobilidade ou, em alguns casos, ter movimentação mínima.
· Este tipo de articulação é dividido em dois tipos principais (alguns autores consideram três), que são:
- Sindesmoses: Apresentam ligamentos ou membranas interósseas formadas por uma grande quantidade de tecido conjuntivo fibroso.
Um exemplo desse tipo de articulação é a membrana interóssea entre a tíbia e a fíbula ou mesmo a articulação tíbio-fibular distal.
- Suturas: Apresentam menor quantidade de tecido conjuntivo fibroso e forma conexões mais curtas. As suturas estão localizadas no crânio e se dividem em quatro formas, conforme as superfícies ósseas articulares: plana, serrátil, escamosa e esquindilese.
1. Nas suturas planas as superfícies articulares são planas ou quase planas, resultando em uma linha reta após a junção.
2. Nas suturas serrátil, também conhecidas como denteadas, as superfícies articulares lembram uma serra com seus dentículos. A sua linha de junção é semelhante ao encontro de duas serras.
3. As suturas escamosas e as superfícies articulares se sobrepõem umas às outras, semelhante às escamas dos peixes.
4. Já as suturas do tipo esquindilese e as superfícies ósseas se articulam como se fossem a crista de um osso se alojando na fenda de outro osso.
- Gonfoses: Esse tipo de articulação se assemelha à fixação de um pino, com origem do grego gomphos (que significa prego, pino). Neste tipo um processo está inserido em uma cavidade, um exemplo clássico é a fixação dos dentes nos processos alveolares. Alguns autores preferem abordar as gonfoses dentro das suturas.
· Articulações cartilaginosas ou anfiartroses: Neste tipo de articulação os ossos possuem pouca movimentação, devido ao seu constituinte. Pode-se afirmar que produzem movimentos elásticos, pois ocorre um retorno natural ao seu estado inicial após o movimento.
Este tipo de articulação pode ser dividido em dois subtipos, baseado na natureza da camada que se interpõe entre as superfícies articulares, que são:
1. Sincondrose: Nas articulações desse tipo a camada entre as superfícies articulares é preenchida por cartilagem hialina. Essas articulações podem ser permanentes ou temporárias. Como o próprio nome já diz as sincondroses permanentes ficam durante toda a nossa vida sem ocorrer junção definitiva das superfícies.
Exemplo: as cartilagens costais que movimentam a caixa torácica.
Já nas articulações sincondroses temporárias ocorre a sinostose, que é a soldadura das superfícies ósseas. 
Um exemplo desse tipo de articulação são as placas ou os discos epifisários existentes nos ossos longos para que ocorra o crescimento do indivíduo. Essas placas quando atingimos a idade adulta, entre 18 e 25 anos, param de crescer e com isso se transformam em osso sólido. 
(Alguns adolescentes apresentam uma doença na placa existente no tubérculo da tíbia. Nessa idade, ainda não é uma tuberosidade. É a doença de Osgood-Schlatter).
· Articulações Sinoviais ou Diartroses: As articulações sinoviais possuem um tecido conjuntivo vascular responsável pela formação da membrana sinovial. Essa membrana é responsável por secretar a sinóvia, o líquido sinovial, tendo como principal função lubrificar a articulação. Estas articulações possuem amplitude de movimento variáveis, que pode ser limitada pelos ligamentos, músculos, tendões e até mesmo pelo formato das superfícies ósseas articulares.
Além da membrana sinovial e do líquido sinovial, as articulações sinoviais apresentam outros componentes específicos. São eles:
- Cavidade articular: Neste tipo de articulação existe um espaço entre as superfícies articulares. Essa cavidade é completa ou parcialmente dividida por um disco ou menisco.
- Cápsula articular: Tem a finalidade de manter a união das extremidades dos ossos que se articulam (não confunda com a superfície). Nela, existe uma cápsula espessa de tecido conjuntivo fibroso.
- Cartilagem articular: É uma fina camada de cartilagem hialina que recobre as superfícies articulares dos ossos, e tem a função de diminuir o atrito entre as superfícies ósseas quando executamos movimentos na articulação.
- Ligamentos: São formados por uma densa camada de tecido conjuntivofibroso, criando um feixe. A maioria dos ligamentos possui uma função de estabilizar a articulação e limitar o movimento.
Esses ligamentos recebem uma classificação específica de acordo com a sua localização.
São elas:
1. Ligamentos capsulares — formam a cápsula articular, surgem como um espessamento da cápsula articular;
2. Ligamentos extracapsulares ou extra-articulares — localizados fora da capsula articular, isto é, com a função de ligar as estruturas articular externamente e, em alguns casos, tem apenas a função de limitar o movimento;
3. Ligamentos intracapsulares ou intra-articulares — localizados no interior da articulação ligando as estruturas articulares internamente.
· Classificação baseada na sua movimentação: 
Também chamada de classificação funcional, tem relação direta com os eixos de movimento e divide-se em:
- Não axial: Se o movimento realizado não ocorre nos eixos de movimento (deslizamento).
- Uniaxial: Se a articulação só consegue se movimentar em um eixo (flexão e extensão do cotovelo).
- Biaxial: Quando a articulação consegue se movimentar em dois eixos (punho), que faz flexão, extensão, desvio ulnar (adução) e desvio radial (abdução).
- Triaxial: Quando a articulação permite movimento nos três eixos que realiza flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial e rotação lateral (ombro).
· Classificação baseada na sua forma:
É a que chamamos de classificação morfológica. Divide-se nos seguintes tipos: 
- Plana: É um tipo de articulação que realiza movimentos de deslizamento. É considerada uma articulação não axial. As superfícies articulares apresentam-se como planas ou ligeiramente curva. Ocorre entre os ossos cuneiformes, localizados na região do tarso, no pé.
- Gínglimo: Os movimentos ocorrem em apenas um eixo, tornando uma articulação uniaxial. Os movimentos que ocorrem são de flexão e extensão. Um exemplo clássico é a articulação do cotovelo (umeroulnar).
- Trocoide/Pivô: é a articulação que é capaz de girar em torno do seu próprio eixo. Esse tipo de articulação é classificado funcionalmente como uniaxial e um exemplo é a articulação entre a primeira vértebra (atlas) e a segunda (áxis), chamada de articulação atlantoaxial, que nos permite girar a cabeça para um lado e para outro.
- Elipsoide: Alguns autores também a chamam de articulação condilar. Já outros separam as duas em classificações distintas, visto que as condilares possuem côndilos que se articulam – mas o princípio de classificação é o mesmo. Neste tipo de articulação, percebe-se que uma superfície é côncava e a outra convexa, logo são discordantes.
Sua classificação funcional é do tipo biaxial, considerando que ela realiza movimentos nos eixos transversal (flexão/extensão) e sagital (abdução/adução). Como exemplo temos a articulação entre o rádio e a região do carpo.
- Selar: O nome desta articulação tem afinidade direta com sua aparência, pois possui a forma de sela. As superfícies articulares são côncavas-convexas.Este tipo também realiza movimentos nos eixos sagital e transversos, assemelhando-se com as elipsoides. Um exemplo ocorre entre o osso trapezoide e o primeiro metacarpo, ambos na mão, mais precisamente no polegar.
- Esferoide: Neste tipo de articulação, uma superfície esférica ou semiesférica se articula com uma cavidade. É classificado funcionalmente como triaxial, pois realiza movimentos nos três eixos articulares. A articulação entre o úmero e a escápula é um exemplo.
 AULA 3:
· Os músculos: Você já viu que o seu corpo possui uma estrutura rígida, os ossos, unidas por outra estrutura que vai permitir ou não o movimento, as articulações. Mas como será que esse movimento ocorre? Esse movimento é realizado pelos músculos, e ocorre por meio do encurtamento e alongamento (chamados de contração e relaxamento) das extremidades às quais ele está preso. 
· Os músculos são a parte ativa do movimento, mas só o ventre muscular é que realmente exerce essa função ativa, pois os pontos de fixação dele atuam passivamente. Obs: Esses pontos de fixação podem ser tendões ou aponeuroses.
· Eles são divididos em:
- Lisos: Os músculos do tipo liso estão localizados nas paredes viscerais, como as artérias, a bexiga urinária, o estômago etc. Seu controle é involuntário.
- Estriados
· Esses dois tipos de músculos possuem estrias longitudinais, mas somente os músculos estriados possuem estrias transversais. Esses músculos estriados ainda são subdivididos, de acordo com sua localização, em:
- Estriados esqueléticos: Os músculos do tipo estriado esquelético estão localizados no esqueleto, como exemplo, os músculos deltoides, o glúteo etc. O seu controle é voluntário.
- Estriados cardíacos: O músculo do tipo estriado cardíaco está localizado no coração, na camada do miocárdio, e seu controle é involuntário.
· O músculo cremáster, apesar de ser um músculo estriado esquelético, possui contração por reflexo, durante a ereção, para controle térmico, ejaculação ou quando ocorre necessidade de elevar os testículos.
· Os tecidos musculares apresentam características que conferem a eles suas propriedades, que são:
- Irritabilidade: Propriedade do músculo de responder a um estímulo.
- Contratilidade: Propriedade do músculo de se contrair, encurtar-se, mediante estímulo suficiente.
- Extensibilidade: Capacidade do músculo de estender-se além do comprimento de repouso; alongar-se.
- Elasticidade: Após contrair-se ou alongar-se o músculo necessita desta propriedade para voltar ao seu tamanho natural de repouso.
· Além dessas propriedades os músculos apresentam um estado permanente de tensão elástica, permitindo com isso iniciar rapidamente o movimento após o estímulo.
· Os músculos estriados esqueléticos são os responsáveis pelo movimento e são presos por meio de tendão ou aponeuroses.
· Os tendões são formados por um denso tecido conjuntivo (rico em fibras colágenas) e possuem o formato de fita ou cordão fibroso; já as aponeuroses possuem a mesma constituição dos tendões, porém seu formato é mais achatado.
· A camada ativa do músculo, o ventre muscular, é altamente vascularizada. Todo o músculo é recoberto pela fáscia que auxilia na nutrição e permite o deslizamento dos músculos.
· O ventre tem camadas de um delgado tecido conjuntivo, sendo o epimísio a sua camada mais externa, que envolve o músculo e agrupa os fascículos musculares.
· Os fascículos são envolvidos por uma camada intermediária, o perimísio, responsável por manter agrupadas as fibras musculares. As fibras musculares são envolvidas pelo endomísio que é a camada mais interna.
· As extremidades onde o músculo se fixa recebem o nome de origem e inserção, anatomicamente falando, sendo a origem considerada o ponto fixo e a inserção o ponto móvel. Mas, essa definição, usada por diversos autores, não contempla a propriedade elástica do músculo e, em muitos casos, esse conceito deveria variar de acordo com a função do músculo. Ex: A ação do músculo levantador da escápula que, na cintura escapular, realiza elevação. Porém, na cervical, realiza em ação unilateral, flexão lateral para o seu lado ou, em ação bilateral, auxilia na extensão.
· Os termos mais corretos a serem utilizados para tratar dos pontos de fixação dos músculos, segundo a terminologia anatômica, são:
- Inserção proximal: Caracterizando-se como a mais próxima do tronco e do plano mediano.
- Inserção distal: Sendo a mais distante do plano mediano e do tronco. É um termo muito utilizado também por profissionais da Cinesiologia e da Biomecânica.
· Morfológica: Quanto à direção das suas fibras, podem estar dispostas em paralelo ou de forma oblíqua.
· Os músculos com fibras em paralelo podem ser:
- Longos: Onde ocorre o predomínio do comprimento.
- Largos: Onde existe uma equivalência entre comprimento e largura.
 
· Já os músculos com fibras dispostas de forma oblíqua, podemos classifica-los como:
- Unipenados: Quando as fibras estão presas em apenas uma das bordas do tendão.
- Bipenados: Quando as fibras estão presas nas duas bordasdo tendão. estar presas em apenas uma das bordas do tendão.
 
· Quanto à forma os músculos recebem outras quatro classificações. Vejamos:
- Longos: Podem ser identificados como fusiformes, redondos (cilíndricos) e cônicos.
- Breves: Também chamados de curtos, apresentam dimensões pequenas.
- Largos: Podem ser subdivididos em triangulares, romboides (semelhante paralelogramo) e quadrangulares.
- Circulares: Podem ser subdivididos em triangulares, romboides (semelhante paralelogramo) e quadrangulares.
· Todo músculo apresenta no mínimo dois tendões ou aponeuroses, porém alguns músculos possuem mais de um tendão na sua origem ou na sua inserção, com isso conseguimos classificá-los quanto ao número de origens ou inserções quando essas se dão por mais de um tendão.
- BÍCEPS: Quando ocorre por dois tendões.
- TRÍCEPS: Quando se dá por três tendões.
- QUADRÍCEPS: Quando ocorre por quatro tendões.
· O quadríceps femoral é um grupamento formado por quatro músculos. São eles:
- Vasto lateral
- Reto femoral
- Vasto medial
- Vasto intermédio
· Grupamento do quadríceps: Reto femoral, vasto lateral,
vasto intermédio e vasto medial.
· Quanto ao número de inserções, os músculos são classificados somente quando possuem mais de uma inserção. São eles: 
- Bicaudados: São os músculos que possuem 2 inserções.
- Policaudados: São os músculos que possuem 3 ou mais inserções. Exemplo: o músculo flexor dos dedos.
· Outra forma de classificação dos músculos é quanto à quantidade de ventres musculares que eles apresentam, com tendões situados de forma intermediária separando esses ventres musculares. 
Quanto ao número de ventres, os músculos que apresentam dois ventres musculares são classificados em:
- Digástricos: São os músculos que apresentam 2 ventres musculares.
- Poligástricos: São os músculos que apresentam 3 ou mais ventres, com tendões ou intersecções tendíneas entre eles. Exemplo: Músculo reto abdominal.
· Ainda na classificação morfológica, os músculos podem ser classificados de acordo
com a sua ação principal – é importante não confundir com a sua função no
movimento. Quanto à sua ação, o músculo pode ser classificado em:
- Flexor
- Abdutor
- Extensor
- Adutor
- Rotador
· Funcional: Você já viu que a função dos músculos é gerar movimento através do encurtamento e alongamento das suas fibras, principalmente naqueles do tipo estriado esquelético cujo movimento fica mais aparente. Por esta razão, existe uma classificação quanto à função dos músculos.
- Um músculo é o responsável por realizar um determinado movimento. Ele pode até receber auxílio de outro músculo, mas atua como o agente principal na execução desse movimento. Esse músculo é classificado como agonista.
Exemplo: o músculo bíceps braquial na ação de flexão do antebraço, com a mão na posição supinada (palma da mão voltada para cima).
- Ainda no movimento de flexão do antebraço, existe um músculo que está se opondo ao trabalho do bíceps braquial, o nosso agonista. Ele está agindo contrário à ação do agonista, isto é, antagônico ao trabalho do músculo principal do movimento.
No caso do movimento de flexão de antebraço, o tríceps braquial está agindo como músculo antagonista.
Exemplo: Ao realizarmos a flexão dos dedos da mão (exceto o polegar), esse movimento é produzido pelos músculos flexores superficial e profundo dos dedos, atuando como agonistas. Ao movimentar os dedos, os músculos exercem uma ação de flexão do punho, pois ele cruza essa articulação também. Os músculos extensores do carpo são: extensor radial longo do carpo, extensor radial curto do carpo, e extensor ulnar do carpo, que atuam como neutralizadores desse movimento.
· No exemplo anterior, o antagonista é o músculo extensor dos dedos. Você também já deve ter percebido que, para manter sua postura, mesmo quando não está realizando movimento, gera contração muscular. Isso se dá porque existem músculos que são classificados como fixadores ou posturais. Esses músculos atuam em outras articulações que não são cruzadas pelo músculo agonista, mas necessitam ser estabilizadas para tornar o movimento principal possível.
Exemplo: Quando nos abaixamos para pegar uma caixa, quem vai realizar o movimento de pegar o objeto é o músculo do braço, mas os músculos eretores da coluna (iliocostal, longuíssimo do dorso e espinal) são os responsáveis por manter a nossa postura.
· Devemos agachar para pegar um objeto ao invés de simplesmente flexionarmos o tronco, pois a tensão produzida por esses músculos sobrecarrega a coluna vertebral e os discos intervertebrais.
· Quanto ao tipo de contração: Outra forma de classificação dos músculos é quanto ao tipo de contração que eles realizam. Embora, muitas vezes, não exista movimento aparente, o músculo está se contraindo. Em situações de reabilitação, ou no próprio ganho de força, usamos movimento a favor da gravidade, fazendo com que esteja ocorrendo um alongamento do músculo, sendo esse o movimento principal desejado.
Vamos pensar em uma situação do dia a dia que sirva de exemplo para esses tipos de contração. O cenário será o ato de sentar e levantar-se de uma cadeira:
- A contração do tipo concêntrica está diretamente relacionada com a propriedade de contratilidade. As inserções estão se aproximando, e com isso ocorre um encurtamento das fibras do ventre muscular durante o movimento. Você está realizando o movimento contra uma força de resistência. 
Ao se levantar da cadeira, você utiliza, entre outros músculos, o grupamento do quadríceps. Você contrai a musculatura as inserções se aproximam e você levanta. Nesse caso, a resistência é a força da gravidade.
- A contração do tipo excêntrica está diretamente relacionada à propriedade de extensibilidade, pois nela o movimento principal ocorre com ventre muscular, tendo suas fibras se alongando e, com isso, as inserções estão se afastando. Você realiza o movimento a favor de uma força resistente e o músculo é responsável por controlar a velocidade. 
Ao sentar na cadeira, se você simplesmente soltar o corpo, automaticamente “desaba” no banco, podendo até se machucar. Para que isto não ocorra, você vai controlando a velocidade ao sentar, pois a gravidade, que é nossa resistência, está no mesmo sentido do movimento – e então, a musculatura do quadríceps controla essa velocidade.
Obs: É muito comum que idosos não consigam controlar essa contração, pois ocorre uma perda natural de força e tônus à medida que envelhecemos.
 AULA 4:
· Quem foi Liberato J. Di Dio? Secretário geral da Comissão Federativa da Terminologia Anatômica (FCAT), criada pela Federação Internacional das Associações de Anatomistas (IFAA) para discutir a terminologia anatômica. Lançou o seu Tratado de Anatomia Sistêmica. 
· O sistema cardiovascular não possui comunicação com o meio exterior, ele é um sistema fechado que tem circulação de humores, o sangue e a linfa.
· A principal função do sistema cardiovascular é levar, através do sangue, oxigênio e material nutritivo para as células.
· O sangue circula por uma extensa rede de vasos para realizar as trocas gasosas. Essas trocas ocorrem em vasos de calibre tão reduzidos que chegam à espessura de um fio de cabelo, por isso recebem o nome de capilares.
· Esse sistema tem um órgão responsável por bombear o sangue para essa extensa rede de vasos, e esse órgão funciona como uma bomba que se contrai e propulsiona o sangue, a essa bomba contrátil-propulsora chamamos coração.
· Coração: Já vimos que o coração é uma bomba contrátil-propulsora formado por um tecido muscular estriado cardíaco, de contração involuntária.
Esse órgão muscular é dividido em três camadas:
· Como é o coração?
• Tem a forma de um cone truncado.
• Apresenta uma base, que é superior e o ápice, que é inferior.
• É delimitado anteriormente pelo osso esterno e as cartilagens costais, inferiormente pelo músculo diafragma e, lateralmente, pelas pleuras pulmonares.
• Possui três faces, que são:
- Esternocostal.
-Diafragmática.
- Pulmonar.
• Está posicionado de forma oblíqua, de maneira que a base fica nas partes superior e medial. Já o seu ápice fica na parte inferior e lateral à esquerda.
• Encontra-se localizado na caixa torácica, acima do músculo diafragma, entre os dois sacos pleurais, atrás do osso esterno, no mediastino médio.
(Agora, vamos estudar mais detalhadamente o nosso coração).
· Pericárdio:
• Trata-se de um saco fibrosseroso, cuja função é separar o coração dos demais órgãos do mediastino – evitando o atrito –, e limitar o enchimento cardíaco (pericárdio fibroso).
O pericárdio é dividido em duas camadas: uma mais externa, que é o pericárdio fibroso, e outra mais interna, dividida em duas lâminas, que é o pericárdio seroso.
• O pericárdio seroso também se divide em duas lâminas, sendo uma mais externa forrando internamente o pericárdio fibroso e que recebe o nome de lâmina parietal; e outra intimamente relacionada ao coração chamada lâmina visceral (epicárdio).
• Entre as duas lâminas há uma cavidade, a cavidade pericárdica, cujo interior possui o líquido pericárdico com a função de lubrificar, evitando o atrito entre as lâminas.
• O pericárdio não contorna integralmente os vasos da base, formando recessos, que são chamados de seios.
• Um deles, o seio transverso do pericárdio, é de extrema importância para o cirurgião cardíaco, pois permite o desvio temporário de sangue por meio de clampeamento da aorta e do tronco pulmonar.
· Septos e câmaras
• O coração possui quatro câmaras (cavidades) formadas por “paredes” colocadas dentro do coração, que recebem o nome de septos.
• Existe um septo que divide o coração em parte superior e inferior. Na parte superior ficam os átrios, e na parte inferior, os ventrículos. Esse septo recebe o nome de septo atrioventricular.
• Outro septo divide a parte superior do coração em átrio direito e átrio esquerdo. É chamado de septo interatrial.
• Por fim, há um septo que divide a parte inferior do coração em ventrículo direito e ventrículo esquerdo, que é o septo interventricular.
Após essa divisão, identificamos as quatro câmaras do coração:
· Você já deve ter escutado alguém falar que fez ou vai fazer um “eletro”, referindo-se a um exame do coração. Mas, afinal, o que é isso e para que serve? A pessoa referia-se a um exame chamado eletrocardiograma (ECG), que registra de forma gráfica as oscilações da atividade elétrica do músculo cardíaco. Essas oscilações seguem um padrão que estabelece o nível de normalidade da atividade cardíaca, porém podem ocorrer variações nesse padrão, sugerindo algum indício patológico.
Como o impulso elétrico é muito rápido, todo o coração poderia receber o estímulo simultaneamente, resultando em um colapso e o órgão não saberia qual a sua ordem certa de contração.
· Para que ocorra uma contração integrada entre átrios e ventrículos, existe um complexo estimulante do coração. O complexo estimulante do coração funciona da seguinte maneira:
• Após receber os estímulos determinando aceleração ou redução dos batimentos cardíacos, o nó sinoatrial (marcapasso) irradia esse impulso por ambos os átrios por feixes internodais, gerando a contração atrial, em direção ao nó atrioventricular;
• Após sair do nó atrioventricular, o impulso segue pelo fascículo atrioventricular – única conexão normal entre átrio e ventrículos –, em direção aos ramos direito e esquerdo, e chega aos ramos subendocárdicos (antigas fibras de Purkinje), gerando a contração ventricular.
· Esqueleto fibroso do coração: Em nível das aberturas das valvas existentes no coração, existe um esqueleto fibroso, identificado pela presença dos trígonos direito (entre o contorno posterior do óstio da aorta e o óstio das atrioventriculares) e esquerdo (entre o óstio da atrioventricular esquerda e o óstio da aorta).
Esse esqueleto tem a função de formar o arcabouço do coração e ser ponto de origem da musculatura ventricular e inserção da musculatura atrial, além de servir com um isolante na condução elétrica.
· Valvas: No septo atrioventricular encontramos dispositivos responsáveis por impedir o retorno do sangue para a câmara na qual ele se encontrava. Esses dispositivos são as valvas, e essas valvas são formadas pelo conjunto de válvulas (antigamente conhecidas como cúspides).
Para melhor entendimento, vamos descrever as valvas de acordo com a câmara na qual se encontram.
• No ventrículo direito há uma valva impedindo o retorno do sangue para o átrio direito, ela recebe o nome de valva atrioventricular direita e é composta por três válvulas: anterior, posterior e septal. Por ser composta por três válvulas, ela também é conhecida como valva tricúspide.
• Outra valva presente no ventrículo direito é a que impede o retorno do sangue do tronco pulmonar para o ventrículo direito, essa válvula é conhecida como valva do tronco pulmonar, composta por três válvulas semilunares: anterior, direita e esquerda.
• No ventrículo esquerdo também temos duas valvas, uma é a que impede o retorno do sangue para o átrio esquerdo – que recebe o nome de valva atrioventricular esquerda.
Essa valva possui duas válvulas, que são as válvulas anterior e posterior. Por possuir somente duas válvulas, é também conhecida como valva bicúspide.
(Essa válvula possui uma particularidade: alguns anatomistas a achavam semelhante a uma mitra. Por esse motivo, também é conhecida como valva mitral.)
Ainda no ventrículo esquerdo, temos uma valva de saída impedindo que o sangue retorne ao ventrículo após ir para artéria aorta. Essa recebe o nome de valva da aorta, e é composta por três válvulas semilunares: direita, esquerda e posterior.
As válvulas semilunares direita e esquerda possuem um orifício cada uma, chamado óstio da coronária, onde se originam as artérias coronárias que irrigam o coração.
· Nutrição: 
• Arterial: As coronárias surgem a partir das válvulas semilunares direita e esquerda, nas quais aparecem os óstios das artérias coronárias direita e esquerda. O refluxo do sangue que vai da aorta enche os “bolsos” formados pelas semilunares, escorrendo pelos óstios.
Os orifícios estão localizados na parte superior das valvas e não imediatamente colados nelas, para prevenir o risco de colabamento.
As coronárias direita e esquerda contornam, como se fosse uma coroa, o coração (daí seu nome). O primeiro ramo da coronária esquerda é a descendente anterior ou interventricular anterior. Após esta temos o ramo circunflexo e o marginal esquerdo.
Estudos indicam que a coronária esquerda predomina em 60% dos casos. Em termos da coronária direita, temos um importante ramo chamado de nodal, que nutre o nó sinoatrial. Depois, ela prossegue e dá origem à marginal direita, e ao ramo interventricular posterior.
• Venosa: Todo o sistema venoso do coração converge para o seio coronário, sendo
que ele desemboca na veia cava inferior. As veias cardíacas mínimas
drenam o sangue das paredes do coração.
· Morfologia das câmaras: Você já viu que o coração possui quatro câmaras, que são os átrios e ventrículos direito e esquerdo. Agora vamos estudar a morfologia interna dessas câmaras e identificar que existem vasos chegando ou saindo de cada uma delas.
· O átrio direito tem um aspecto totalmente pregueado, internamente, formado pelos músculos pectíneos ou pectinados. Também existe uma área lisa. 
· A crista terminal é um limite entre a área pectinada e a área lisa. Externamente, esta área é visível pela linha terminal. Apresenta também no septo interatrial (entre as veias cavas) a fossa oval, que possui o limbo da fossa oval. 
· O óstio da veia cava inferior e o óstio coronário possuem válvulas com o mesmo nome. 
· O átrio direito possui uma projeção lingular chamada de aurícula, que é o átrio primitivo. 
· No ventrículo direito observa-se um aspecto trabeculado nas paredes do ventrículo, as trabéculas cárneas.
· Em geral, temos três trabéculas mais desenvolvidas, os músculos papilares:
1. ANTERIOR: Mais desenvolvido.
2. SEPTAL: Que nasce no septo.
3. POSTERIOR: nasce na parede posterior.
· O septo se uneao músculo papilar anterior pela trabécula septomarginal. Dos músculos papilares partem as cordas tendíneas, fazendo a ligação entre o músculo papilar e as válvulas.
· O músculo papilar anterior tem cordas tendíneas que se ligam à cúspide anterior e posterior; o músculo papilar posterior emite cordas tendíneas para a cúspide posterior e septal; o músculo papilar septal emite cordas tendíneas para a cúspide septal e anterior.
· Superiormente, o ventrículo direito se dirige para o cone arterial (ou infundíbulo), que é a área em direção ao tronco pulmonar. O aspecto trabeculado somente existe na região externa do cone arterial, limitado pela crista supraventricular.
· O átrio esquerdo não possui tantos músculos pectinados quanto o átrio direito, e possui também um forame oval, com sua respectiva válvula.
· Já o ventrículo esquerdo é cerca de três vezes mais espesso que o ventrículo direito. Em seu interior encontra-se também o aspecto trabecular das trabéculas cárneas. Também em seu interior, dois músculos papilares (normalmente), um anterior e outro posterior. É possível que aconteça uma dicotomização de cada um deles, reforçando suas dimensões. Da mesma forma, as cordas tendíneas ligam os músculos papilares às válvulas cardíacas.
Circulações:
· A circulação sistêmica (grande circulação ou circulação nutridora) é aquela onde o sangue, que chega ao ventrículo esquerdo, pelo átrio esquerdo (antes pelas veias pulmonares), penetra nos ventrículos por ação da força da gravidade, forçando a abertura da valva.
- Quando o volume de sangue do ventrículo vai aumentando, força o fechamento das valvas. No final da diástole ocorre a sístole atrial, obrigando a passagem de 25 a 30% do sangue restante para os ventrículos.
- Os músculos papilares se contraem, quando o ventrículo vai contrair, para evitar um refluxo do sangue ao átrio, por meio do prolapso das válvulas. 
- Quando o sangue tende a refluir, ele enche a cavidade formada pela aorta com o fechamento da valva aórtica, e os “bolsos” formados pelo enchimento das válvulas semilunares faz com que cada vez mais se impeça o refluxo para o ventrículo.
· Essa circulação tem início no ventrículo esquerdo, de onde o sangue (rico em O2) é bombeado para a rede capilar dos tecidos do organismo, via artéria aorta. Após as trocas sanguíneas, o sangue rico em CO2 retorna ao átrio direito, por meio das duas veias cavas superior e inferior, se dirigindo então ao ventrículo direito.
 
· A circulação pulmonar ou pequena circulação ou circulação purificadora é aquela que tem início no ventrículo direito, de onde o sangue (rico em CO2) é bombeado para a rede capilar dos pulmões, via tronco pulmonar (artérias pulmonares direita e esquerda).
Após sofrer hematose, o sangue oxigenado retorna ao átrio esquerdo, por meio das duas veias pulmonares direita e esquerda, se dirigindo então para o ventrículo esquerdo.
 
· A circulação colateral caracteriza-se por um conjunto de vasos que correm colateralmente a vasos principais de forma a suprir, alternativamente de sangue, a mesma região.
É um mecanismo de defesa do organismo, que serve para irrigar ou drenar determinada região do corpo, em caso de obstrução de artérias e veias de grande calibre.
· Já a portal é um tipo de circulação na qual redes de capilares são unidos diretamente por uma veia.
· Temos ainda a circulação admiral, como se fosse um sistema porta arterial.
 AULA 5:
· Veias: São vasos que faze, fluxo inverso, isto é, levam o sangue dos tecidos do corpo em direção ao coração. 
· Artérias: são vasos que estão transportando sangue do coração em direção aos diversos tecidos do corpo.
· Esses vasos possuem paredes formadas por três camadas (triestratificada), também conhecidas como túnicas recebem o nome de:
1. Túnica íntima — sendo esta a mais próxima do lúmen (espaço interno dentro de um vaso, também chamado de luz do vaso).
2. Túnica externa ou túnica adventícia.
3. Túnica média.
· É importante ressaltar que os vasos capilares não possuem essas três camadas. Como os capilares sanguíneos apresentam a função principal de promover as trocas entre o sangue e os tecidos, é importante que esses vasos sejam mais finos (delgados). Por isso, apresentam apenas uma única camada de células endoteliais.
· Artérias: Elas possuem como seus componentes mais importantes a musculatura lisa e o tecido elástico. As artérias possuem sua túnica média bem mais desenvolvida, fazendo com que suas paredes sejam mais elásticas que outros vasos do corpo, permitindo que se dilatem, aumentando de calibre, e funcionem como um reservatório temporário de sangue transformando o fluxo sanguíneo em contínuo, embora pulsátil, visto que o mesmo deveria ser intermitente devido às contrações cardíacas.
· Artérias possuem forma e calibre diferenciado – à medida que seu calibre vai diminuindo, mudamos a sua classificação até chegarmos às menores artérias, conhecidas como arteríolas.
- As artérias elásticas ou de grande calibre são as de maior diâmetro interno. Ex: A artéria aorta, o tronco braquiocefálico, a artéria subclávia são exemplos de artérias elásticas.
- Surgindo como ramos das artérias de grande calibre, temos a maioria das artérias do corpo, como as artérias musculares ou de médio calibre, também conhecidas como distribuidoras.
- À medida que o calibre das artérias vai diminuindo o tecido da túnica elástica também diminui. Como ramo das artérias de médio calibre, temos as artérias de pequeno calibre, que apesar de serem pequenas ainda possuem as três túnicas definidas. 
- Já nas arteríolas (pequenas artérias), as túnicas não conseguem ser bem definidas. Aquelas de menor calibre possuem apenas um endotélio na sua formação e um fino revestimento de musculatura lisa. Elas oferecem mais resistência ao fluxo sanguíneo e, com isso, favorecem à redução da pressão do sangue antes que esse atinja os capilares sanguíneos.
· Como você deve ter percebido, as artérias são distribuídas ao longo do corpo semelhante a uma árvore, com seus troncos e ramos.
Os ramos das artérias podem ser de dois tipos:
· As artérias são profundas, em sua maioria. Porém, existem artérias superciais também. A profundidade é uma característica mais funcional, pois nessa condição elas encontram-se mais protegidas. Logo, consideramos que as artérias tenham “lia” pelo osso e “fobia” pela pele. 
· É comum que artérias profundas sejam acompanhadas por veias satélites, de calibre semelhante, tendo o mesmo trajeto, sentido oposto e na maioria das vezes recebendo o mesmo nome.
· Agora vamos descrever o trajeto que o sangue faz pelas principais artérias do corpo, logo que sai do ventrículo esquerdo. O sangue sai, rico em oxigênio, pela artéria aorta.
· Ao passar pela valva da aorta, ele encontra duas aberturas nas válvulas semilunares. Essas aberturas são os óstios das coronárias, de onde surgirão as artérias coronárias direita e esquerda.
· O sangue segue seu caminho e encontra o arco da aorta, a partir daí descrevemos o fluxo:
 
 
 
 
· Veias: São vasos cuja a função é trazer o sangue, rico em gás carbônico, de volta ao coração. Por isso, são vasos por onde o sangue circula centripetamente em relação ao coração. Como as veias possuem uma túnica média menor, elas variam de forma dependendo da quantidade de sangue em seu interior, podendo ser mais ou menos cilíndricas, ou mesmo achatadas quando vazias.
Outra característica das veias é que pode ocorrer o colabamento das paredes, isto é, as paredes podem entrar em contato uma com a outra e assim permanecer por um tempo, devido as veias possuírem menor tensão de sangue em seu interior.
· Quando comparadas com as artérias, as veias são mais numerosas e muito mais dilatáveis.
· Uma das principais características das veias é terem a presença de válvulas, com a função de impedir o retorno do sangue.Porém. essas válvulas estão ausentes em algumas veias, como as do cérebro e em algumas do tronco e pescoço.
Essas valvas (conjuntos de válvulas) são pregas membranosas da camada interna das veias em forma de bolso. Elas possuem uma borda livre voltada para o coração e uma borda aderida à parede da veia.
· Temos no corpo alguns mecanismos que auxiliam no retorno do sangue ao coração. Acabamos de aprender um deles – que são as válvulas dentro das veias–, pois, depois que o sangue passa, não consegue mais voltar.
· Os outros mecanismos são:
- A região do metatarso, nos pés, possui coxins venosos, que são comprimidos quando andamos ou corremos. Eles funcionam como um coração periférico;
- Além desses coxins possuímos uma grande quantidade de músculos no corpo, que se movimentam por meio de contração e relaxamento. Durante esse movimento do corpo pelos músculos ocorre o pressionamento das veias, favorecendo o direcionamento do sangue ao coração;
- Outro mecanismo importante é o próprio pulsar das artérias, que acabam pressionando as veias satélites localizadas junto com as artérias profundas, quando essas se dilatam formando um reservatório de sangue;
- Por fim, o gradiente de pressão da periferia para o coração sofre mudança com as contrações e o relaxamento do coração, porém recebe o auxílio da pressão negativa que ocorre na cavidade torácica durante a respiração.
· As veias podem ser:
· Veias da Circulação Sistêmica:
· Veia dos membros superiores
- Veias digitais - Arco venoso palmar (e dorsal)
- Veia basílica do antebraço - Veia cefálica do antebraço
- Veia intermédia do cotovelo - Veia intermédia do braço
- Veia cefálica - Veia basílica
- Veia axilar - Veia subclávia
· Veia dos membros inferiores: 
- Veias digitais dorsais (e plantares); (1) 
- Arco venoso dorsal e plantar; (2)
- Veias tibiais anterior e posterior; (3 e 3’)
- Veia fibular
- Veia poplítea; (4)
- Veia safena parva; (5)
- Veia safena magna; (6)
- Veia femoral; (7)
- Veia femoral profunda; (8)
- Veia ilíaca externa; (9)
· Sistema ázigo: É responsável pela drenagem venosa da parede posterossuperior do abdome e dos órgãos torácicos que irão, através das veias ázigo (1) e hemiázigo (2), desembocar na veia cava superior (3). Essas veias recebem o sangue drenado das veias intercostais posteriores (4), esofagiana, brônquicas, diafragmática e pericárdica.
· Sistema portal hepático: É formado pela união das veias mesentéricas superior (1) e inferior (2), e a esplênica (3), que darão origem à veia porta hepática (4), que penetra na porção mediana do fígado denominada hilo hepático, saindo através das veias hepáticas direita e esquerda (5) que desembocam na veia cava inferior (6). O sistema porta hepático drena o sangue venoso do estômago, pâncreas, baço, intestino delgado, intestino grosso e fígado (7).
· Sistema linfático: 
É um sistema auxiliar de drenagem constituído por vasos linfáticos, linfonodos e órgãos linfáticos. O líquido difundido no espaço intersticial, chamado de linfa, se extravasa no âmbito dos capilares sanguíneos. Isto ocorre porque as moléculas de grande tamanho não passam para os capilares sanguíneos, sendo assim recolhidas pelos capilares linfáticos
· Dos capilares linfáticos, a linfa segue para os vasos linfáticos, e destes para os troncos linfáticos, os mais volumosos, que por sua vez lançam a linfa em veias de médio e grande calibre.
• Os capilares linfáticos são mais calibrosos e mais irregulares que os sanguíneos, e extremamente abundantes na pele e nas mucosas;
• O maior tronco linfático recebe o nome de ducto torácico, e geralmente desemboca na junção da v. jugular interna com a v. subclávia, do lado esquerdo;
• Os vasos linfáticos estão ausentes no sistema nervoso central, na medula óssea, nos músculos esqueléticos (mas não no tecido conjuntivo que os reveste) e nas estruturas avasculares.
· Nesse sistema, temos também a presença de linfonodos – estruturas que atuam filtrando e produzindo glóbulos brancos, principalmente linfócitos –, que agirão na defesa do organismo.
· Estão interpostos no trajeto dos vasos linfáticos e agem como uma barreira ou um filtro contra a penetração na corrente circulatória de micro-organismos, toxinas ou substâncias estranhas ao organismo.
· São abundantes nas axilas e na região inguinal.
· Como reação a uma inflamação, o linfonodo pode intumescer-se e torna-se doloroso, fenômeno conhecido com o nome vulgar de íngua (linfadenite).
· O fluxo da linfa é relativamente lento durante os períodos de inatividade de uma área ou região.
· O fluxo torna-se mais rápido e regular com a atividade muscular.
· A circulação da linfa aumenta com o peristaltismo e com o aumento dos movimentos respiratórios.
· Temos também a presença de órgãos linfáticos, todos com função imunológica: o baço, o timo e as tonsilas (faríngeas — que com o seu desenvolvimento serão formadas as adenoides, palatinas (amídalas), e linguais — localizadas inferiormente à língua):
- Baço: Órgão linfoide situado no lado esquerdo da cavidade abdominal, junto ao diafragma, ao nível das 9.ª, 10.ª e 11.ª costelas. É drenado pela veia esplênica.
- Timo: Órgão linfoide, formado por massa irregular, situado em parte no tórax e em parte na porção inferior do pescoço.
 AULA 6:
· - Inspiração: A entrada de ar nos pulmões por meio de um conjunto de movimentos que produzem a redução da pressão intrapulmonar, fazendo que o ar que entrou pelas vias respiratórias consiga atingir os alvéolos visando às trocas gasosas.
- Expiração: A retirada do ar do interior das vias aéreas, por meio de um conjunto de movimentos que resultam na retração dos pulmões e consequente aumento da pressão intrapulmonar, forçando com que o ar seja lançado para fora do corpo.
· - Difusão de oxigênio: Nos pulmões ocorre a troca gasosa do gás carbônico pelo oxigênio, no âmbito dos alvéolos pulmonares. Essa troca ocorre através da difusão que é um fenômeno essencialmente físico, através das diferenças de pressão entre os gases presentes no sangue e no ar alveolar.
- Transporte de oxigênio: Na respiração ocorre o transporte de oxigênio para as células do corpo e do gás carbônico das células para fora do corpo, esse transporte se dá através do sangue.
· O Sistema Respiratório é formado por órgãos responsáveis em transportar esse ar para dentro e fora dos pulmões. Divide-se em duas partes funcionais:
- Condutora: É a parte responsável por conduzir esse ar até os pulmões em condições para que ocorra a hematose e responsável pela liberação desse ar na atmosfera após hematose. A porção condutora é constituída pelos seguintes órgãos: nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios principais e brônquios lobares.
- Respiratória: São os pulmões, especificamente os alvéolos pulmonares. Mas começamos a considerar pertencente a essa parte após os brônquios segmentares, bronquíolos, ductos alveolares e alvéolos.
· Nariz: O nariz externo é formado por cartilagens, sendo a septal responsável pela divisão dele em duas metades. A expansão da cartilagem septal forma as cartilagens laterais e abaixo delas estão as cartilagens alares em forma de “u”.
- Nariz externo: A parte externa do nariz possui uma raiz (superior), um ápice (inferior), o dorso, as narinas e o septo nasal que as divide.
Componentes ósseos: ossos nasais, maxilares e frontal
Componentes cartilaginosos: cartilagens alares (maior, menor), processos laterais, cartilagem septal
- Ossos: nasal, maxilar, palatino, lacrimal, etmoide, esfenoide, frontal e vómer
Aberturas: narinas, conchas nasais (superior, médio, inferior)
Em alguns casos pode existir mais uma concha nasal acima da superior que é denominada de concha nasal suprema.
· As conchas nasais são recobertas por uma membrana mucosa que tem a função de regular a temperatura e umedecer o ar ao passar pelos meatos localizados inferiormente a cada concha nasale que recebem o nome da respectiva concha nasal.
· A cavidade nasal é dividida em três partes: 
1. Na sua porção anterior encontramos o vestíbulo nasal, com os pelos responsáveis por filtrar o ar que entra. Tais pelos são chamados de vibrissas, que também apresentam glândulas sebáceas e sudoríparas, essa é chamada de parte vestibular.
2. É a parte respiratória forrada de epitélio pseudoestratificado ciliado, com células em formas de cálice (caliciformes), também possui glândulas serosas e mucosas que auxiliam na filtragem do ar, por meio de suas secreções, protegendo as vias respiratórias de receberem pó.
3. É a olfatória, localizada na porção superior da cavidade nasal, coberta com tecido neuroepitelial com células olfatórias.
· Os seios paranasais são cavidades pneumáticas intraósseas, ou seja, espaços localizados em alguns ossos do crânio que contêm ar no seu interior. Esses seios têm a função de manter os ossos mais leves, porém sua parede óssea é forrada por um mucoendósteo contínuo com a mucosa respiratória, drenados para cavidade nasal por ação do epitélio ciliar que possuem. Outra função é de atuarem como câmara de ressonância. Os seios se abrem nos meatos sendo que:
- Os seios frontal e maxilares desembocam no méato médio;
- Os seios esfenoidais desembocam no meato superior e;
- Os seios etimoidais nos meatos médio e superior.
· Para que serve o meato nasal inferior? Nele desemboca o ducto nasolacrimal fazendo a ligação entre a cavidade nasal e a cavidade orbital, ele é responsável por drenar as lágrimas para dentro da cavidade nasal, sendo um dos principais mecanismos de umidificação do ar que entra.
· O nariz se comunica posteriormente com a faringe por meio de duas aberturas, uma pertencente a cada cavidade, as coanas.
· Faringe: É um órgão comum aos sistemas respiratório e digestório, um tubo muscular membranoso que possui a função de passagem para os sistemas comuns a ela, além de exercer papel na fonação dos sons orais. A faringe é dividida em três partes:
1. Nasofaringe: também conhecida como rinofaringe, é a parte nasal da faringe e está situada posteriormente ao nariz possui quatro aberturas:
- Duas em comunicação com a cavidade nasal (as coanas) e;
- Duas em comunicação com a tuba auditiva, essas recebem o nome de óstio faríngeo da tuba auditiva, que possui uma limitação superior em forma de meia lua, o toro tubário. Nesta região da faringe ainda possuímos uma estrutura pertencente ao sistema linfático, a tonsila faríngea (adenoide).
2. Orofaringe: É a parte oral da faringe situada abaixo da nasofaringe e posterior à cavidade oral, da qual é separada pelo istmo (é a abertura presente na região da faringe) das fauces. Nessa região da faringe, mais precisamente na fossa tonsilar, estão presentes as tonsilas palatinas (amígdalas).
3. Laringofaringe: É a parte laríngea da faringe, tem comunicação com laringe através do ádito da laringe, que fica ao lado dos recessos piriformes, porém essa região também se comunica com o esôfago.
· Laringe: É um órgão que tem a forma triangular, no qual a sua borda superior é mais larga e vai se estreitando na região inferior com o formato arredondado. Ela se comunica superiormente com a faringe através do ádito da laringe e inferiormente com a traqueia. Sua principal atividade é a de fonação por meio da musculatura intrínseca que gera tensão e regula as pregas vocais durante a produção do som. Essa musculatura também auxilia no fechamento da laringe durante a deglutição. Também existem músculos para a movimentação da laringe e são originários de estruturas ao redor da mesma, esses músculos são extrínsecos.
· A laringe é formada por três cartilagens pares e três cartilagens impares unidas por ligamentos e músculos intrínsecos e extrínsecos.
• Cartilagens ímpares: 
- Tireoide: seu nome tem origem no grego tireos que se refere a escudo e a cartilagem possui uma forma semelhante a um escudo. Das cartilagens da laringe é a maior e responsável por dar a forma triangular da laringe. Devido a ser mais proeminente em indivíduos do gênero masculino, por conta de ter um tom de voz mais grave e alto, ela é conhecida como “pomo de Adão”.
- Cricoide: é uma cartilagem mediana que possui uma lâmina na região posterior e um arco na região anterior, sustenta outras cartilagens direta ou indiretamente. Fica mais inferior e tem a forma de um anel de sinete.
• Cartilagens pares:
- Aritenoide: possui a forma piramidal, e essas pequenas cartilagens estão localizadas na região superior da lâmina da cartilagem cricoide.
- Corniculadas: localizadas no ápice das cartilagens aritenoides formam um pequeno cone de tecido elástico.
- Cuneiforme: situada à frente das cartilagens corniculadas, essas pequenas cartilagens elásticas ao se movimentarem para trás geram tensão nas pregas vocais.
· Traqueia: É um órgão cuja função é simplesmente de passagem de ar. Ela é um tubo cilíndrico de aproximadamente 13cm que se estende da 6ª vertebra cervical até a 5ª vértebra torácica, logo é um órgão cervicotorácico. Fica situada entre a laringe e os brônquios e é composta por uma parede fibrocartilagínea e musculomembranácea. Ela é composta por 20 anéis incompletos de cartilagem hialina em forma de ferradura, esses anéis são fechados na parte posterior por musculatura lisa e o espaço entre esses anéis é composto por tecido conjuntivo fibroso. A sua camada mais interna, a mucosa, é composta por epitélio cilíndrico pseudoestratificado e ciliado, com células que secretam o muco. A função dos cílios é de “varrer” as partículas inaladas para a faringe para serem deglutidas. 
· Entre os 2º e 4º anéis traqueais temos a glândula tireoide, que recebe esse nome por ter a forma de escudo e não por estar sobre a cartilagem tireoide.
· Brônquios Principais - subdividem-se em:
- Brônquios Lombares - 3 direitos e 2 esquerdos.
- Brônquios Segmentares para cada brônquio lobar.
- Bronquíolos Terminais para cada Segmentar.
- Ductos Alveolares para cada Bronquíolo.
- Alvéolos.
· Pulmões: São órgãos que possuem uma forma cônica e estão localizados nos espaços pleurais do mediastino, os quais preenchem completamente. Possuem uma forma côncava com o mediastino. Eles se estendem um pouco acima da clavícula até um pouco acima do diafragma.
· Cada pulmão possui três faces:
1. A mais lateral: face costal;
2. A mais inferior: face diafragmática;
3. A voltada para o plano mediano: a face mediastínica na qual encontramos o hilo pulmonar.
· O pulmão se caracteriza por ser uma massa esponjosa, que no adulto apresenta uma coloração cinza-azulada e na criança uma cor mais rósea. Ele é responsável pela hematose e os elementos, a seguir, formam o pedículo ou raiz do pulmão:
- Brônquio principal.
- Artéria pulmonar.
- Veias pulmonares.
· Os pulmões são recobertos por uma membrana serosa, a pleura. A pleura se reflete no nível da raiz para forrar inferiormente a cavidade torácica, sendo cada conjunto pleuropulmonar independente.
· A pleura possui duas lâminas uma sendo bem íntima ao pulmão (a pleura visceral) e a outra em contato com região relacionada às faces do pulmão (a pleura parietal), que é dividida em:
- Parte costal.
- Parte diafragmática.
- Parte mediastinal.
· Divisão Anatômica:
- Pulmão direito: 
• Fissuras oblíqua e horizontal;
• Lobos superior, médio e inferior.
- Pulmão esquerdo:
• Fissura oblíqua;
• Lobos superior e inferior.
· Divisão em segmentos:
- Pulmão direito: 
• Lobo superior – apical, anterior e posterior;
• Lobo médio – medial e lateral;
• Lobo inferior – superior, basilar medial, basilar anterior, basilar lateral e basilar posterior.
- Pulmão esquerdo: 
• Lobo superior – apicoposterior, anterior, lingular superior e lingular inferior;
• Lobo inferior – superior, basilar medial, basilar inferior, basilar lateral e basilar posterior.
 AULA 7:
· O sistema digestório é formado por um conjunto de órgãos que realizam a digestão dos alimentos. Ele é responsável pela ingestão de comestíveis (líquidos e sólidos), mastigação, transformações químicase absorção dos nutrientes, mas também é encarregado pela eliminação dos resíduos. Esse sistema é dividido em duas partes:
1. O canal (tubo) alimentar: Por onde circula o alimento e ele é processado, retirados os nutrientes e depois eliminado os resíduos. Este canal é composto pela cavidade da boca, fauces, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso.
2. Glândulas: Anexas ao canal alimentar e que despejam nele secreções para auxiliar no processo de digestão dos alimentos.
· Para que essas funções ocorram se faz necessário que haja motilidade e um trânsito direcionado. Por isso esse canal possui uma túnica muscular responsável pela peristalse. Esse peristaltismo são ondas de contrações que ocorrem por várias distâncias dentro do tubo alimentar.
· Cavidade da boca: Ela tem início no orifício presente entre os lábios e termina ao nível dos arcos palatoglossos posteriormente — as bochechas são o seu limite lateral —; na parte superior, é limitada pelo palato. Na parte inferior, possui o assoalho da boca onde encontramos a língua, o dente e as gengivas.
Ela está dividida em:
- Vestíbulo oral.
- Cavidade bucal.
- Lábios.
- Bochechas.
· Vestíbulo oral:
- É limitado, externamente, pelos lábios e pelas bochechas, e internamente pelos dentes e pelas gengivas.
- Na parte superior e inferior existe uma reflexão da túnica mucosa, que vai das gengivas para os lábios e as bochechas.
· - O espaço virtual que se forma quando os dentes superiores e inferiores estão em contato é conhecido como cavidade vestibular.
- A comunicação entre as cavidades vestibular e bucal se dá através dos espaços retromolares e interdentais.
· Boca - Legenda:
1. Papila do ducto parotideo.
2. Mucosa da bochecha.
3. Mucosa labial.
4. Vestíbulo superior.
5. Mucosa alveolar.
6. Prega mucobocal.
7. Vestíbulo inferior.
· Cavidade bucal: É o espaço existente entre o vestíbulo e as fauces e tem a seguinte composição:
- Palato → Forma o teto da cavidade.
- Arcos dentais dos maxilares e da mandíbula → Formam as laterais.
- Língua e sulco gengivolingual → Formam o assoalho.
· Lábios: 
- Possuem revestimento de pele na superfície externa.
- As bordas são livres, apresentam uma coloração rosada e uma transição entre a pele e a mucosa que compõe o lábio – essa cor se dá em virtude de o epitélio ser fino e as papilas serem abundantes nessa região.
- Na face interior, os lábios são formados por fibras musculares estriadas com tecido conjuntivo fibroelástico.
- Os lábios limitam a rima da boca e, por possuírem pele, membrana mucosa e fibras musculares, podemos considera-los como pregas cutaneomiomucosas.
· Bochechas:
- São extensões dos lábios na lateral da cavidade da boca.
- Sua estrutura se assemelha a dos lábios.
- Nelas estão localizadas glândulas bucais e o músculo bucinador.
· Língua
- É um órgão mucoso localizado no assoalho da boca e desempenha função na deglutição, na mastigação, na fala e no gosto.
- É composta por músculos intrínsecos e extrínsecos.
- Na face inferior, apresenta o frênulo, que é responsável por sua fixação no assoalho da boca.
- É dividida em duas partes: raiz e corpo.
· Língua - Legenda:
- Raiz:
• Prega glosso-epiglótica mediana.
• Epiglote.
• Prega glosso-epiglótica lateral.
• Valécula.
• Arco e músculo palatofaríngeos.
• Tonsila palatina (seccionada).
• Tonsila lingual (folículos linguais).
• Arco e músculo palatoglossos (seccionados).
• Forame cego.
• Sulco terminal.
• Papilas valadas.
- Corpo:
• Papilas foliadas.
• Papilas filiformes.
• Papilas fungiformes.
• Sulco mediano.
• Ápice.
· A raiz da língua (parte posteoinferior) representa um terço do seu tamanho. Ela está ligada ao osso hioide, à epiglote, ao palato mole (através dos arcos palatoglossos) e à faringe. A raiz está separada do corpo pelo sulco terminal.
· O corpo da língua apresenta o dorso e o ápice, nele estão presentes as papilas linguais distribuídas ao longo do corpo e que representam a zona gustatória.
As papilas podem ser:
- Filiformes;
- Cônicas;
- Fungiformes;
- Valadas;
- Folhadas.
· Dentes: São estruturas duras implantadas nos alvéolos das maxilas e da mandíbula. São divididos em três partes:
1. COROA: É a parte aparente que se projeta acima da gengiva.
2. RAIZ: É a região envolvida pelos alvéolos.
3. COLO: É a união entre essas duas partes que é circundada pela gengiva.
· Os dentes são responsáveis pela mastigação – que é um processo onde ocorrem:
- Incisão.
- Perfuração.
- Esmagamento.
- Trituração dos alimentos.
· Eles também possuem a função de desenvolvimento e proteção das estruturas adjacentes a eles, além de serem importantes na articulação das palavras.
· Os dentes possuem uma camada externa de tecido calcificado que recobre a coroa e recebe o nome de esmalte e que recobre a raiz sendo chamada de cemento. A sua camada média é mais dura que o esmalte e o cemento, mas também composta de tecido calcificado, a dentina. Além disso, eles possuem uma cavidade, a pulpar, que possui vasos e nervos sanguíneos em seu interior. Um tecido, chamado polpa dentária, também localizado na parte interna do dente, é responsável pela produção e nutrição da dentina.
· Anatomia de um dente - Legenda:
- Coroa:
1. Espaços interproximais.
2. Papila.
3. Dentina e túbulos dentinais (substância ebúrnea).
4. Esmalte (substância adamantina).
5. Espaços interglobulares.
6. Camada odontoblástica.
7. Polpa contendo vasos e nervos.
8. Epitélio gengival (estratificado).
- Colo:
1. Inserção epitelial.
- Raiz:
1. Lâmina própria da gengiva (periósteo mandibular ou maxilar).
2. Periodonto (periósteo alveolar).
3. Cemento (substância óssea).
4. Canais radiculares (centrais) contendo vasos e nervos.
5. Osso.
6. Forames apicais.
· Em um indivíduo que já possui sua segunda dentição completa, existe quatro classes de dentes:
- Incisivos.
- Caninos.
- Pré-molares.
- Molares.
· Dentes - Legenda:
- Linha superior (da esquerda para a direita):
1. Incisivo central superior.
2. Incisivo lateral superior.
3. Canino superior (cúspide).
4. Pré-molares superiores (1, 2).
5. Molares superiores (1, 2, 3).
- Linha inferior (da esquerda para a direita):
1. Incisivo central inferior.
2. Incisivo lateral inferior.
3. Canino inferior (cúspide).
4. Pré-molares inferiores (1, 2).
5. Molares inferiores (1, 2, 3).
· Palato: É um septo buconasal na posição transversal, vulgarmente chamado de “céu da boca”. Forma o assoalho da cavidade nasal e o teto da cavidade bucal. Divide-se em:
- Palato Duro: Também conhecido como palato ósseo, é composto pelos processos palatinos das maxilas e as lâminas horizontais dos ossos palatinos, ele ocupa dois terços do palato.
- Palato Mole: Também conhecido como palato muscular, é um prolongamento do palato duro posteriormente de tecido fibromuscular. Sua característica é possuir grande mobilidade e apresenta uma projeção mediana que recebe o nome de úvula palatina. A continuidade lateral do palato mole forma os arcos palatoglossos e palatofaríngeos.
· Fauces: São uma comunicação entre a cavidade bucal e faringe (orofaringe). As fauces são a transição entre essas duas regiões. São limitadas, lateralmente, pelos arcos palatogloso e palatofaríngeo; na parte superior (teto) está o palato mole com a úvula; e o seu assoalho é formado pelo dorso da língua.
· Fauces - Legenda:
- Vista Sagital Medial.
1. Óstio faríngeo da tuba auditiva (Eustáquio).
2. Palato mole.
3. Glândulas palatinas.
4. Palato duro.
5. Prega semilunar.
6. Fossa supratonsilar.
7. Arco palatoglosso.
8. Prega triangular.
9. Língua (tracionada para frente e para baixo).
10. Tonsila lingual.
11. Valécula.
12. Epiglote.
13. Tonsila palatina.
14. Arco palatofaríngeo.
15. Orofaringe.
16. Úvula.
17. Prega salpingofaríngea.
18. Recesso faríngeo.
19. Fáscia faringobasilar.
20. Tubérculo faríngeo (parte basilar do osso occipital).
21. Tonsila faríngea.
22. Seio esfenoidal.
23. Tonus tubal.
· Inspeção da cavidade oral - Legenda:
- Dorso da língua e do palato
1. Filtro do lábio.
2. Arco palatofaríngeo.
3. Úvula.
4. Parede posterior da faringe.
5. Tonsila palatina.6. Arco palatoglosso.
7. Palato mole.
· Faringe: É um órgão comum aos sistemas respiratório e digestório, é um tubo muscular membranoso que possui a função de passagem para os sistemas comuns a ela, além de exercer papel na fonação dos sons orais. A faringe é dividia em três partes:
- Nasofaringe: Também conhecida como rinofaringe, é a parte nasal da faringe e está situada posteriormente ao nariz. Possui quatro aberturas: duas em comunicação com a cavidade nasal (coanas), e duas em comunicação com a tuba auditiva – essas recebem o nome de óstio faríngeo da tuba auditiva, que possui uma limitação superior em forma de meia-lua, o toro tubário. Nesta região da faringe ainda existe uma estrutura pertencente ao sistema linfático a tonsila faríngea.
- Orofaringe: É a parte oral da faringe situada abaixo da nasofaringe e posterior à cavidade oral, da qual é separada pelo istmo das fauces, que é a abertura presente na região da faringe. Nessa região, mais precisamente na fossa tonsilar, estão presentes as tonsilas palatinas (adenoide).
- Laringofaringe: É a parte laríngea da faringe em comunicação com a laringe através do ádito da laringe, que fica ao lado dos recessos piriformes, porém essa região também se comunica com o esôfago.
Faringe - Legenda:
- Vista posterior seccionada (sentido horário):
1. Óstio faríngeo da tuba auditiva (Eustáquio).
2. Tonsila faríngea.
3. Base do crânio (parte basilar do osso occipital).
4. Coanas.
5. Septo nasal.
6. Processo estiloide.
7. Torus tubal.
8. Prega causada pelo músculo levantador do véu palatino.
9. Recesso faríngeo.
10. Prega salpingofaríngea.
11. Glândula parótida.
12. Palato mole.
13. Úvula.
14. Raiz da língua.
15. Ângulo da mandíbula.
16. Glândula submandibular.
17. Tonsila palatina.
18. Arco palatofaríngeo.
19. Proeminência do corno maior do osso hioide.
20. Epiglote.
21. Prominência causada pelo corno superior da cartilagem tireoide.
22. Ádito da laringe.
23. Prega ariepiglótica.
24. Processo piriforme.
25. Prega sobre o nervo laríngeo superior.
26. Tubérculo cuneiforme.
27. Tubérculo corniculado.
28. Tubérculo corniculado.
29. Proeminência sobre a cartilagem cricoide.
30. Traqueia.
- Na lateral esquerda, de cima para baixo:
1. Nasofaringe.
2. Orofaringe.
3. Laringofaringe (hipofaringe.)
4. Esôfago.
· Esôfago: É um tubo mediano de aproximadamente 25cm de comprimento, que apresenta três porções: cervical, torácica e abdominal (alguns autores acrescentam a porção diafragmática, que se restringe a passagem pelo diafragma). Ele é considerado um tubo miomembranoso e se estende da faringe até o estômago. Seu posicionamento é posterior à traqueia e anterior à coluna. O esôfago tem como característica a existência de um terço superior composto por uma camada de musculatura estriada. Ao passar o bolo alimentar, ocorre alteração no tamanho da sua luz, gerando a peristalse, ou seja, iniciam os movimentos peristálticos.
· O esôfago é um órgão visceral típico, apresenta paredes estratificadas, divididas em camadas concêntricas que, seguindo um sentido da mais interna para a mais externa, são:
- Túnica mucosa.
- Tela submucosa.
- Túnica muscular.
- Túnica adventícia.
- Túnica serosa.
· Estômago: É um órgão em forma de saco, saciforme, visceral, com paredes estratificadas e oco. Ele é um reservatório alimentar e atua secretando suco gástrico na digestão. É a porção mais dilatada do canal alimentar e está localizado inferiormente ao diafragma. O estômago se abre no âmbito do esôfago através do óstio cárdico e em âmbito de duodeno através do óstio pilórico, onde encontramos o esfíncter pilórico.
· Ele é dividido em quatro partes:
- Cardia.
- Fundo gástrico.
- Corpo gástrico.
- Parte pilórica (região do antro gástrico).
· Mucosa do estômago - Legenda:
1. Zona cárdica
2. Zonas do corpo e fúndica
3. Zona pilórica
4. Parte superior do duodeno (ampola ou bulbo duodenal)
5. Esfíncter pilórico
6. Óstio pilórico
7. Canal gástrico (magenstrasse)
8. Pregas gástricas (rugas)
9. Óstio cárdico
10. Linha em zigue-zague (Z), (junção da mucosa gástrica e esofágica)
· Por ser um órgão visceral estratificado, as suas paredes possuem os seguintes estratos:
- Túnica serosa.
- Tela subserosa.
- Túnica muscular.
- Tela submucosa.
- Túnica mucosa.
· A túnica muscular apresenta três camadas de musculatura lisa. São elas:
- Longitudinal a mais externa.
- Circular a camada intermediária.
- Oblíqua a camada interna.
 
· Musculatura do estômago - Legenda:
1. Músculo longitudinal do esôfago
2. Camada muscular longitudinal externa do estômago (concentrado
principalmente nas curvaturas gástricas maior e menor e área pilórica)
3. Camada muscular circular média do estômago
4. Músculo longitudinal do duodeno
· A túnica mucosa do estômago tem uma função essencial de proteção, visto que o suco gástrico é ácido, ou seja, bastante corrosivo. A túnica mucosa produz um muco que é alcalino, e por isso garante a proteção contra lesão.
· Intestino delgado: É um tubo cilíndrico que possui 4cm de diâmetro em sua porção proximal, e 2,5cm, aproximadamente, na sua porção distal. Seu comprimento varia de acordo com a estatura do indivíduo, tendo em média entre 6 a 8 metros. Nas mulheres, essa medida costuma ser um metro menor.
· O intestino delgado estende-se do óstio pilórico até o óstio ileocecal e é dividido em três porções:
- Duodeno.
- Jejuno.
- Ileo.
· Duodeno: O duodeno é a primeira parte do intestino delgado e se estende do óstio pilórico até a flexura duodenojejunal. Ele recebe secreções oriundas do fígado através do ducto colédoco e do pâncreas através do ducto pancreático. Porém, esses ductos não desembocam diretamente no duodeno. O ducto colédoco e o ducto pancreático principal se unem formando a ampola hepatopancreática, que vai se abrir no duodeno levando esses sucos digestivos.
· Mucosa do duodeno - Legenda:
1. Veia porta.
2. Artéria hepática própria.
3. Artéria gastroduodenal.
4. Artéria gástrica direita.
5. Artéria hepática comum.
6. Óstio pilórico.
7. Flexura duodenojejunal.
8. Jejuno.
9. Parte ascendente do duodeno.
10. Artéria e veia mesentéricas superiores.
11. Parte horizontal do duodeno.
12. Cabeça do pâncreas.
13. Ducto pancreático principal (de Wirsung).
14. Ducto pancreático principal (de Wirsung).
15. Flexura inferior.
16. Prega longitudinal.
17. Papila principal do duodeno (de Vater).
18. Porção descedente do duodeno.
19. Ducto colédoco.
20. Papila menor do duodeno (inconstante).
21. Pregas circulares (de Kerckring).
22. Parte superior do duodeno (ampola ou bulbo) (com mucosa lisa).
23. Flexura superior.
24. Margem direita livre do omento menor (ligamento hepatoduodenal).
25. Ducto colédoco.
· Jejuno-Íleo: Por não haver limites de cada uma dessas partes, trataremos das duas como um todo. Elas constituem a parte móvel do intestino delgado e é a porção mesentérica que o prende posteriormente. O jejuno-íleo se estende da flexura duodenojejunal até o óstio ileocecal, onde desemboca na região do intestino grosso, conhecida como ceco. O jejuno-íleo apresenta pregas de mucos (as vilosidades), que aumentam a superfície de absorção, sendo esse órgão uma zona de digestão de alimentos e absorção de nutrientes.
 
Intestino grosso: Recebe esse nome por ter o seu diâmetro maior que o do intestino delgado, porém ele é mais curto e circunda o intestino delgado como se fosse uma moldura. Ele é a porção final do canal alimentar e suas funções mais importantes são:
1. Absorção de água e de eletrólitos.
2. Eliminação dos resíduos da digestão.
3. Manutenção da continência fecal.
· - O intestino grosso apresenta como característica (exceto no apêndice vermiforme, reto e canal anal) a existência dos haustros do cólon, que são sáculos ou dilatações limitados por sucos externos produzidos pela musculatura.
- Também existem as tênias, que são formações em faixa presentes em toda a sua extensão, caracterizada por uma condensação da musculatura longitudinais.
- Ainda no intestino grosso existe a presença de lóbulos de gordura presos como pingentes, que são os

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