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Exercício 1:Como se dará a responsabilização penal daquele que tenta subtrair a carteira da vítima, colocando a mão no bolso desta, mas não consegue em virtude do fato de que a “res furtiva” havia sido esquecida em casa. A) não haverá responsabilização penal, por se tratar de crime impossível por absoluta impropriedade do objeto material; B) não haveria responsabilização penal, por se tratar de crime impossível por absoluta ineficácia do meio; C) haverá responsabilização por furto tentado, tendo em vista que estamos diante de uma relativa impropriedade do objeto material; D)haverá responsabilização por furto tentado, tendo em vista que estamos diante de uma relativa ineficácia do meio. E) haverá responsabilização por furto consumado, tendo em vista que a intenção do agente será considerada. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) A) Art. 17 CP, não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. Deve-se ressaltar que o furto é um crime material e instantâneo, ou seja, na descrição típica consta a conduta e o resultado visado pelo agente, havendo necessidade que este último ocorra para que se opere a consumação. Além disto, é um crime instantâneo, pois a consumação ocorre em um momento certo e determinado, não se prolongando no tempo. O crime impossível configura causa de exclusão da adequação típica do crime tentado Exercício 2: Como se dará a responsabilização do ladrão que, após o furto, vende a coisa a terceiro de boa-fé como se a coisa fosse sua? A) responderá por estelionato, somente, tendo em vista que o furto será absorvido, segundo a regra do antefactum impunível; B) responderá por furto, somente, tendo em vista que o estelionato será absorvido, respeitando a regra do post factum impunível; C) responderá por furto e estelionato em concurso formal de crimes; D) responderá por furto e estelionato em concurso material de crimes; E) não haverá responsabilização penal. Alternativa(D) Art. 155 do CP- furto “Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel’’ ART. 171 Estelionato - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artificio, ardil, ou qualquer meio fraudulento. art. 69 CP: “Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crime” Cumulando-se as penas dos crimes, seja na forma consumada ou tentada. Exercício 3: Considere as afirmações: I- o furto não pode ser considerado crime permanente; II- a qualificadora da escalada, prevista no artigo 155 do CP, incidirá na hipótese em q ue o agente utilizar somente escadas para realizar a subtração; III- a qualificadora do rompimento ou destruição de obstáculo, prevista no artigo 155 do CP, só será aplicada se o obstáculo não integrar o bem que se pretende subtrair, seg undo entendimento majoritário; IV- a subtração levada a cabo por 4 pessoas acarretará na responsabilização por furto qualificado pelo concurso de agentes em concurso formal com associação criminosa. Diante das assertivas, é certo afirmar: A) somente uma delas é correta; B)somente duas delas são corretas; C)somente três delas são corretas; D)todas são corretas; E)todas são incorretas. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) I - Crime permanente é aquele em que a execução se protrai no tempo por determinação do sujeito ativo. Ou seja, é a modalidade de crime em que a ofensa ao bem jurídico se dá de maneira constante e cessa de acordo com a vontade do agente II- A qualificadora da escalada incide contra aquele que não se intimida diante de um obstáculo, demonstrando uma tendência maior do agente em delinqüir (STJ. Quinta Turma. REsp 680743 / RS. Relator: Min. Gilson Dipp. Data do julgamento: 2/12/2004). III- A simples remoção do obstáculo não caracteriza a qualificadora, que exige o rompimento ou destruição O art. 171 do Código de Processo Penal exige realização de perícia para confirmação do rompimento de obstáculo. O obstáculo pode ser passivo (porta, janela, corrente, cadeado etc.) ou ativo (alarme, armadilha). IV-o furto é crime unissubjetivo ou de concurso eventual, que pode ser praticado por uma única pessoa. Contudo, também é possível praticá-lo em concursos de pessoas, e, nesta hipótese, a conduta deve ser punida com mais severidade. Não é necessário que todos os agentes sejam imputáveis. Caso o furto seja praticado por um maior de idade em concurso com um menor de idade, dois delitos serão imputados ao adulto: o de furto qualificado pelo concurso de pessoas e o de corrupção de menores, do art. 244-B do ECA, que, frise-se, é crime formal, não sendo necessária a prova de efetiva corrupção do menor. Exercício 4: Mara, empregada doméstica, subtraiu joias de sua empregadora Dora, colocando-as numa caixa que enterrou no quintal da residência. No dia seguinte, porém, Dora deu pela falta das joias e chamou a polícia que realizou busca no imóvel e encontrou o esconderijo onde Mara as havia guardado. Nesse caso, Mara responderá por: A) apropriação indébita B) furto tentado C)furto consumado D)roubo E) estelionato Alternativa(C) Jurisprudência pacífica do STJ e do STF é de que o crime de furto se consuma no momento em que o agente se torna possuidor da coisa subtraída, ainda que haja imediata perseguição e prisão, sendo prescindível (dispensável) que o objeto subtraído saia da esfera de vigilância da vítima, para a consumação do furto, é suficiente que se efetive a inversão da posse, ainda que a coisa subtraída venha a ser retomada em momento imediatamente posterior. Exercício 5: O crime de furto, do art. 155 do Código Penal, I. tem pena aumentada se praticado por funcionário público; II. tem pena aumentada se praticado durante o repouso noturno; III. é qualificado se praticado mediante o concurso de duas ou mais pessoas. É correto o que se afirma em: A) II, apenas; B) III, apenas; C) I e II, apenas; D) II e III, apenas; E) I, II e III. Alternativa(D) II – Art 155 § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.Durante o repouso, à noite e de madrugada, a movimentação de pessoas nas ruas é menor e, provavelmente, a vítima não terá qualquer chance de reação. Portanto, quem furta durante o repouso noturno, o faz valendo-se dessa facilidade II- o furto é crime unissubjetivo ou de concurso eventual, que pode ser praticado por uma única pessoa. Contudo, também é possível praticá-lo em concursos de pessoas, e, nesta hipótese, a conduta deve ser punida com mais severidade. Não é necessário que todos os agentes sejam imputáveis. Caso o furto seja praticado por um maior de idade em concurso com um menor de idade, dois delitos serão imputados ao adulto: o de furto qualificado pelo concurso de pessoas e o de corrupção de menores, do art. 244-B do ECA, que, frise-se, é crime formal, não sendo necessária a prova de efetiva corrupção do menor. BITENCOURT, Carlos Roberto. Tratado de Direito Penal. 17 ed. São Paulo: Saraiva, 2012. CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal - Parte Geral. 7 ed. São Paulo: Saraiva, 2004. ESTEFAM, André. Direito Penal - Parte Geral. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2013. GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal - Parte Geral. 10 ed. Niterói: Impetus, 2008. JESUS, Damásio de. Direito Penal - Parte Geral. 33 ed. São Paulo: Saraiva, 2012. MIRABETE, Julio Fabbrini; FABBRINI, Renato N. Manual de Direito Penal: Parte Geral. 29. ed. São Paulo: Atlas, 2013. NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal: Parte Geral. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007. PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal Brasileiro: Parte Geral. 10 ed. São Paulo:Revista dos Tribunais, 2010.
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