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1 1º Série – Ensino Médio – Aula 1 Unidade Escolar: Nome: Professor: O que vou aprender nesta aula? Localizar informações explícitas em um texto Realizar inferência do sentido de uma palavra ou de uma expressão em um texto. QUESTÃO 1 Leia o texto abaixo. Qual foi a primeira escola? Foram as escolas fundadas na Europa no século 12. Isso se considerarmos o modelo de escola que temos hoje, com professor e crianças como alunos. Na Grécia antiga, as crianças eram educadas, mas de modo informal, sem divisão em séries nem salas de aula. Já na Europa medieval, o conhecimento ficava restrito aos membros da Igreja e a poucos nobres adultos. A palavra “escola” vem do grego scholé, que significava, acredite se quiser, “lugar do ócio”. Isso porque as pessoas iam à escola em seu tempo livre para refletir. Vários centros de ensino pipocaram pela Grécia, por iniciativa de diferentes filósofos. As escolas geralmente eram levadas adiante pelos discípulos do filósofo- fundador e cada uma valorizava uma área de conhecimento. A escola de Isócrates, um exímio orador, por exemplo, era muito forte no exame da eloquência, que é a arte de se expressar bem. Mas as escolas multimatemáticas, que contemplam as disciplinas básicas que temos hoje, como matemática, ciências e geografia, só surgiram entre os séculos 19 e 20. FUJOTA, Luiz. Mundo estranho. Julho 2008. p. 47. *Adaptado: Reforma Ortográfica. De acordo com esse texto, a escola de Isócrates era excelente no ensino de A) Ciências. B) Geografia. C) História. D) Matemática. E) Oratória. QUESTÃO 2 (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Muitas leituras Publicado pela primeira vez em 1899, Dom Casmurro é uma das grandes obras de Machado de Assis e confirma o olhar certeiro e crítico que o autor estendia sobre toda a sociedade brasileira. [...] O romance, entretanto, presta-se a muitas leituras, e é interessante ver como a recepção ao livro se modificou com o passar do tempo. Quando foi lançado, era visto como o relato inquestionável de uma situação de adultério, do ponto de vista do marido traído. Depois dos anos 1960, quando questões relativas aos direitos da mulher assumiram importância maior em todo o mundo, surgiram interpretações que indicavam outra possibilidade: a de que a narrativa pudesse 2 ser expressão de um ciúme doentio, que cega o narrador e o faz conceber uma situação imaginária de traição. [...] O romance é a história de um homem de posses que ama uma moça pobre e esperta e se casa com ela. Em sua velhice, ele escreve um romance de memórias para compreender Capitu, até a metade do livro, é quem dá as cartas na relação. Trata-se de uma garota humilde, mas avançada e independente, muito diferente da mulher vista como modelo pela sociedade patriarcal do século XIX. [...] Percebe- se, por isso, o peso do possível adultério em suas costas. Não se trata apenas de uma questão conjugal entre iguais, mas de uma condenação de classe. Bentinho utiliza o arbítrio da palavra para culpar sua esposa. Mas é ele quem narra os acontecimentos e, por isso, pode manipular os fatos da maneira que melhor lhe convém. [...] Nesse sentido, a questão central do livro não é o adultério, e sim como Machado introduz na literatura brasileira o problema das classes e, ainda, de forma inovadora, a questão da mulher. Dom Casmurro coloca no centro de sua temática a menina que não se deixa comandar e, em virtude disso, perturba a ordem vigente naquele ambiente social estreito e conservador. Disponível em: <http://guiadoestudante.abril.com.br/estude/literatura/materia_416 084.shtml>. Acesso em: 24 mar. 2012. Fragmento. De acordo com esse texto, Bentinho pode manipular os acontecimentos porque A) é o narrador da história. B) é um homem rico. C) pertencia a sociedade patriarcal. D) quer acusar sua esposa de adultério. E) tem um ciúme doentio pela esposa QUESTÃO 3 (Prova Brasil). Leia o texto abaixo: Realidade com muita fantasia Nascido em 1937, o gaúcho Moacyr Scliar é um homem versátil: médico e escritor, igualmente atuante nas duas áreas. Dono de uma obra literária extensa, é ainda um biógrafo de mão cheia e colaborador assíduo de diversos jornais brasileiros. Seus livros para jovens e adultos são sucesso de público e de crítica e alguns já foram publicados no exterior. Muito atento às situações-limite que desagradam à vida humana, Scliar combina em seus textos indícios de uma realidade bastante concreta com cenas absolutamente fantásticas. A convivência entre realismo e fantasia é harmoniosa e dela nascem os desfechos surpreendentes das histórias. Em sua obra, são frequentes questões de identidade judaica, do cotidiano da medicina e do mundo da mídia, como, por exemplo, acontece no conto “O dia em que matamos James Cagney”. Para Gostar de Ler, volume 27. Histórias sobre Ética. Ática, 1999. A expressão sublinhada em “é ainda um biógrafo de mão cheia” (ℓ. 2) e (ℓ. 3) significa que Scliar é (A) crítico e detalhista. (B) criativo e inconsequente. (C) habilidoso e talentoso. (D) inteligente e ultrapassado. QUESTÃO 4 (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Vintage – Paulinho da Viola Ontem, 1981 Eu aspirava a muitas coisas. Eu temia viver à deriva. Eu desfilava meu amor pela Portela. Eu cantava carinhoso. Eu escutava e não ligava. Eu usava roupas da moda Me alegrava uma roda de choro. Eu pegava um violão e saía noite adentro. 3 Meu cavaquinho chorava quando eu não tinha mais lágrimas. Hoje, 2010 Eu aspiro ao essencial: uma boa saúde Eu temo não poder navegar. Eu desfilo meus sonhos possíveis. Eu canto e males espanto. Eu escuto e... “pode repetir, por favor?” Eu uso, mas não abuso. Me alegra um bom papo. Eu pego o violão e procuro um cantinho. Meu cavaquinho chora quando surge uma melodia nova. No trecho “Eu temia viver à deriva.”, a expressão destacada tem o sentido de viver sem A) amor. B) conforto. C) ideal. D) rumo. E) valores. DESAFIOS Caro estudante, você pode, nesta aula, refletir sobre os conhecimentos de leitura de buscar informações em textos e inferir significados de palavras e expressões. Lançamos um desafio a você: resolva as questões que seguem. QUESTÃO 1 (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. A importância da leitura como identidade social [...] Um dos nossos objetivos é incentivar a leitura de textos escritos, não apenas daqueles legitimados pelos acadêmicos como “boa leitura”, mas os escolhidos livremente. Pela análise dos números da última Bienal do Livro realizada em São Paulo, constata-se que “ler não é problema”, pois, segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto de 2010, cerca de 740 mil pessoas visitaram os stands que apresentaram mais de 2.200.000 títulos. Mas, perguntamo-nos: os livros expostos e os leitores que lá compareceram se encaixam em qual tipo de leitor? Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogará com os textos? Muitos livros vendidos na Bienal têm como foco a primeira e a segunda visão de leitura, seus autores enxergam o texto como um fim em si mesmo, apresentando ideias prontas, ou primando pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o domínio da língua é a base para a leitura. Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor ideal, um cidadão pleno em relação a sua identidade.A construção da identidade social é um fenômeno que se produz em referência aos outros, a aceitabilidade que temos e a credibilidade que conquistamos por meio da negociação direta com as pessoas. A leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a constituição da identidade, como também tornará esse processo contínuo. Para tornar isso factível podemos, como educadores, adotar estratégias de incentivo, apoiando-nos em textos como as tirinhas e as histórias em quadrinhos, até chegar a leituras mais complexas, como um romance de Saramago, Machado de Assis ou textos científicos. Construir em sala de aula relações 4 intertextuais entre gêneros e autores também é uma estratégia válida. A família também tem papel importante no incentivo à leitura, mas como incentivar filhos a ler, se os pais não são leitores? Cabe à família não apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato de ler como um processo. Discutimos à mesa questões políticas, a trama da novela, por que não trazermos para nosso cotidiano discussões sobre os livros que lemos? KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Disponível em: <http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica- ortografia/32/ artigo235676-1.asp>. Acesso em: 13 nov. 2011. Fragmento. De acordo com esse texto, uma das características do leitor ideal é A) conhecer as obras acadêmicas. B) dialogar com todos os tipos de texto. C) dominar o objeto da leitura, a língua. D) enxergar o texto com um fim em si mesmo. E) visitar a Bienal do Livro em São Paulo. QUESTÃO 2 (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Sobre o milho No Brasil, a venda do vegetal tem força principalmente no caso dos enlatados, que são utilizados, sobretudo, em saladas ou pizzas (cuidado com o sódio, inimigo do coração). Além disso, no entanto, as grandes empresas de distribuição oferecem o alimento na espiga, que é destinado à produção de curau ou pamonha, segundo o Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo da Embrapa, órgão ligado ao governo federal. Do ponto de vista nutricional, o milho é riquíssimo em cálcio, entre outros minerais. No contato com o fogo (pipoca), parte dos nutrientes são perdidos. Outra função importante do milho à alimentação diária: dele, os produtores conseguem extrair a farinha de milho e fubá, utilizados para preparo de pratos típicos brasileiros. Ambos são ricos em amido e polissacarídeo que ajuda a fortalecer o sistema imunológico. O ideal é que as substâncias encontradas no milho façam parte do cardápio, mesmo que seja de forma indireta, como na polenta ou na pamonha caseira. Vida Natural e equilíbrio. Escala, número 19. p. 25. No fragmento “Do ponto de vista nutricional, o milho é riquíssimo em cálcio, entre outros minerais.” (ℓ. 11-12), o uso da palavra destacada A) acrescenta dados sobre o real valor nutricional do milho. B) enfatiza a opinião do autor em relação à ingestão do milho. C) evidencia exagero quanto ao valor nutricional do milho. D) reforça a ideia do elevado valor nutricional do milho. E) sugere a indispensabilidade do milho nas refeições diárias.
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