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Direito Penal O direito penal estudar os crimes, as penas e os delinquentes A política criminal É a ciência que estuda as formas de combate ao crime. Processo Penal É a ciência que estuda a maneira de se chegar a uma sentença penal e que garanta ao acusado o direito de defesa. Movimento da lei da ordem Keling, Wilson e Dahendoof Não se justifica que o interesse do indivíduo criminoso prevaleça diante da coletividade honesta. A democracia deve fazer valer a vontade da maioria. Críticas: 1ª- superlotação carcerária. 2ª -muita importância a penas privativas de liberdade, esquecendo que há outras maneiras de combate. 3ª -Bobbio – “A Era dos Direitos” vai criticar essa ideia de que democracia deve fazer valer a vontade coletiva. Teoria das janelas quebradas- Philip Zimbardo Um carro foi deixado em um bairro violento e outro carro foi deixado em um bairro “não violento” Bairro violento: O carro logo foi vandalizado Bairro “não violento”: No primeiro dia, nada aconteceu. Depois, uma janela foi quebrada propositalmente, logo, o carro estava vandalizado no terceiro dia. Conclusão Quando há o abandono do Estado, isso sinaliza ao indivíduo que o mesmo pode cometer atos ilícitos. “Ad terrorem” - maximização do terror Direito Penal do inimigo Criminosos são vistos como inimigos do Estado, devendo ser inocuizados, não tendo direitos processuais, porque inimigos da pátria não recebem direitos do contrato social. 1ª velocidade: obedece às garantias constitucionais 2ª velocidade: penas alternativas 3ª velocidade: suprir garantias constitucionais A HISTÓRIA DO DIREITO PENAL É importante estudar a história do direito penal pois facilita a interpretação da exegese A mudança da sociedade feudal para a sociedade industrial imprimiu a necessidade de mudanças de penas. Vingança privada Não interferência do Estado, cabia ao indivíduo, ou ao seu povo, “atitudes”. O totem ofensa aos deuses – “infração totênica”. Pena de talião desde o código de Hamurabi, “olho por olho, dente por dente”. Limitava a vingança privada (evolução para a humanidade). Qual o problema? Produzia aleijados e cegos, ou seja, afetava a economia do local. Composição: Adotado no direito romano; forma de ser evitar o castigo. Vingança divina Mistura de religião e direito penal + crimes contra Deus. Vingança pública O Estado avocou para si a missão de aplicar penas. “jus puniende” fixar castigo “jus punitiones” aplicar o castigo Direito Penal dos Hebreus: Vingança pública + vingança privada + vingança divina Direito Penal dos Romanos: Invenção de certos institutos penais, distinção entre crime doloso e culposo; legítima defesa Direito Penal Germânico: Uso de gladiadores Direito Canônico: Presos deveriam sofrer antes da pena Direito Medieval: violento PRINCIPAIS IDEIAS DE CÉSARE BECCARIA Cidadãos que vivem em sociedade cedem parte de sua liberdade e direitos ao Estado, mas não cedem o direito de serem torturados e nem pena de morte As leis devem ser claras e conhecidas do povo, devem ser admitidas no processo de todas as provas, inclusive o depoimento do acusado Beccaria era contra a tortura do preso para extrair confissões e juízos de Deus Contra pena de confiscoFendiculos são exercícios regular de direito Defesa mecânica predisposta aquilo que está escondido, abuso do direito A pena deveria ser usada para recuperar o criminoso Criticava o excesso de tipos penas incriminadores PRINCIPAIS IDEIAS DE CÉSAR LOMBROSO O crime é um fenômeno biológico e não ente jurídico O criminoso é um ser selvagem e que já nasce criminoso, ocorre uma degeneração da humanidade Acreditou ter descoberto o “criminoso nato” (assimetria craniana, fronte fugida, maçãs do rosto salientes, face larga, cabelos abundantes, impulsivo, vaidoso e preguiçoso) Apesar de ter criado uma pseudociência, foi o pai da antropologia criminal NOÇÕES GERAIS DO DIREITO PENAL Criminologia: estuda o delito, os delinquentes e vítimas. Busca responder o motivo dos indivíduos praticarem crimes Política Criminal: formas de reação aos crimes Direito Penal: estuda as normas jurídicas com a finalidade de proteger os bens jurídicos Direito Processual Penal: estuda as regras para absolvição ou condenação do réu em juízo Lei 12.850 pune organizações criminosas (delação premiada)NEMO TENETOR SE DETEGERE Principio que garante ao sujeito o direito de o réu não produzir provas contra si mesmo Execução Penal: estuda as regras de cumprimento das reprimendas penais Direito Civil: cuida das relações privadas (único) Só quem legisla o direito penal no Brasil é a União. Art. 22/CF ATO≠AÇÃO BEM: tudo capaz de satisfazer as necessidades humanas Conceito de Direito Penal Dinâmico é instrumento de controle social formal Estático conjunto de normas públicas que definem infrações associando-lhes penas ou medidas de segurança Missões do Direito Penal Declaradas proteger os bens jurídicos; conter a violência; aplacar a vingança privada; aplaca o medo da população Não declaradas acaba protegendo mais uma classe dominante Aspecto sancionador do Direito Penal Antigamente chamavam direito penal substantivo e administrativo; material e formal O direito penal se relaciona com: *Medicina: exames de DNA, medicina legal Com o direito constitucional é possível ver a presença do direito penal. Art. 5/CF *Direto Adm.: a maioria dos agentes públicos de DP *Direito do Trabalho DP comum: é o código penal+ leis penais esperas DP especial: código penal militar Direito Penal Eleitoral é especial Fontes do Direito Penal O direito penal nasce do código penal e leis espaçosas. Art.22, I/CF Fontes Formais Imediatas Lei penal 3. Emenda Constitucional n. º45/04 Constituição 4. Súmulas, tratados e convenções que o Brasil ratificou Rogério Sanches, autor do livro base da disciplina, entende que, complemento de norma penal em branco também é fonte formal imediata Fontes Formais Mediatas Costumes Princípios gerais do direito NORMAS PENAIS EM BRANCO Quando uma norma é considerada em branco, em regra, quando o preceito secundário estiver completo e o primário incompleto. Normas Penais Incriminadoras tem por escopo definir as infrações penais, proibindo ou impondo condutas, desse modo, o seu não cumprimento se sujeita a penalidade Preceito primário Art. 121 do Código Penal Preceito secundário Normas Penais Permissivas: a lei penal vem permitir algo. Art. 128 (aborto) do Código Penal Normas Penais Complementares: trazem princípios de aplicação. Art. 59 do Código Penal Normas Penais Explicativas: intuito de explicar. Art. 327 do Código Penal Classificação Homogênea: seu complemento é oriundo da mesma fonte legislativa. Heterogênea: ocorre que o complemento não é oriundo da mesma fonte legislativa. O Código Penal Brasileiro utiliza uma técnica rebuscada na tipificação penal (tipo penal incriminador). As condutas são previstas de forma positiva. “Matar alguém”, o código não diz “não matarás”, ele diz que matar é crime Art. 1 do CP Princípio de legalidade: não há crime sem lei anterior que o defina, nem há pena sem prévia cominação legal. COSTUMES Secundum legem: sua utilização encontra amparo na lei. Quando não há acordo entre as partes em um processo judicial, o juiz poderá decidir com base neste tipo de costume; Praeter legem: se utiliza quando não há previsão legal. O jurista resolve a lacuna que há na legislação por meio da aplicação deste tipo de costume; Contra legem: este se classifica como contrário a lei. Trata-se de prática realizada pela sociedade como nova forma de conduta, porém que contradizem a lei, no entanto são recorrentes quando a aplicação da lei em desuso. DA ANALOGIA As lacunas da lei penal A analogia consiste em aplicar a uma hipótese não prevista em lei a disposição relativa a umcaso semelhante. O Habeas Corpus é uma ação constitucional mandamental. “remédio” Natureza jurídica é uma forma de auto integração da lei Analogia in bonam parte – perminitada Analogia in malan parte – não se permite → Racismo: ataque coletivo → Injúria: ataque a uma pessoa/grupo Art. 155 Art. 213 Art. 146 Art. 156 Art. 198 Regras: espécies de um conjunto chamado normas jurídicas Princípios: dotados de uma hierarquia maior Principio da dignidade humana: aquele que impede que haja no Brasil penas infantes, cruéis e perpetuas REGRAS VS PRINCÍPIOS Crime: ofensa a um bem penalmente protegido Culpabilidade: culpa + habilidade. É o terceiro substrato do crime; juízo de valor CRIME É Fato típico → Fato jurídico + culpabilidade Não se admite no direito penal a responsabilidade meramente objetiva → punir alguém que não tenha agido com dolo/culpa Ex: Não estar com a CNH Princípios decorrentes Insignificância: O Direito Penal não punirá o delito de pequena gravidade ( crime de bagatela). Foi cunhado pela primeira vez por Claus Roxin – 1964 ESSE PRINCÍPIO EXCLUI A TIPICIDADE → FATO DEIXA DE SER TIPICO Requisitos: Periculosidade “social” do agente Reprovabilidade do ato Ofensividade da conduta Lesão jurídica *Amparo: art.5, LVII/CF DESCAMINHO X CONTRABANDO. ART 334 CP Contrabando é a prática da importação ou exportação clandestina de mercadorias e bens de consumo que dependem de registro, análise ou autorização de órgão público competente. Ex: armas, drogas, produtos piratas, agrotóxico, espingarda, alho 2 a 5 anos de retenção *Não há fiança Descaminho é iludir, em parte ou em todo, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria não proibida. Acima da cota (20 mil) 1 a 4 anos de retenção *Pode ser sanado com o devido pagamento dos impostos pelas mercadorias importada Exemplo de cabimento do princípio da insignificância tanto o STF, quanto o STJ, já decidiram que se aplica o princípio da insignificância se o valor dos bens no descaminho não ultrapassar 20 mil, porque a Receita Federal não tem interesse em executar dívida. PRINCÍPIO DE LEGALIDADE Previsão legal: Art. 1º CP Art. 5º, XXXIX, CF Nullum crimen, nulla poena sine praevia lege poenali → “não há crime, nem pena, sem anterior que os defina”. Surgimento: o princípio surgiu com a Magna Carta Inglesa do Rei João Sem Terra, em 1215 Divergência doutrinária: Rogério Sanches diz que o princípio é mais antigo, tendo origem no Direito Romano, ou ainda, seria oriundo da Revolução Francesa, no período iluminista Dimensões: Históricas – evolução do direito Políticas/democráticas – exceção e reação → Alemanha nazista Legal – impedindo o excessivo poder estatal Adequação social anda de mãos dadas com o PL, não se deve incriminar aquilo que a sociedade não vê como crime Outros nomes do Princípio de Legalidade: taxatividade, anterioridade e reserva legal NÃO HÁ CRIME SEM LEI ANTERIOR QUE O DEFINA Taxatividade: clareza e precisão das leis penais Anterioridade: a lei penal deve ser anterior ao crime Reserva Legal: está reservado a lei penal definir o que é crime O Princípio de Legalidade se estende as normas penais não incriminadoras? Não, é impossível haver leis penais que atinjam os fatos passados, desde que em benefício do réu. O Presidente pode criar decreto no campo penal? Não, é inconstitucionai, mas o STJ já decidiu que pode desde que seja para beneficiar com réu – recurso de habeas corpus. Surgimento do Princípio de Legalidade: doutrinadores se dividem quanto a isso. O penalista Damásio de Jesus informa que surgiu com a Magna Carta do Rei João Sem terra em 1215, na Inglaterra. Mas o mesmo autor aponta que o penalista Asúa informa que surgiu antes, tendo origem nas instituições do Direito Ibérico, em 1188, nas cortes de Leão, pela voz de Afonso IX. Já Rogério Sanches informa que a origem vem do Direito Romano para alguns penalistas; entre os estudiosos do Direito Penal, contudo, prevalece o que tem fundamento histórico no contrato social, idealizado no período iluminista, tendo sido recepcionado pela Revolução Francesa. Princípio do Pavilhão ou da Bandeira: aviões (aeronaves) e navios que estenderem a nossa bandeira são parte do território nacional. Princípio da Adequação Social: não serão incriminadas condutas irrelevantes para a sociedade Princípio da Fragmentariedade: o Direito Penal rdeve ser fragmentado, isto é, só deve punir as condutas mais graves LEI PENAL NO TEMPO Art. 2,3 e 4 do CP Art. 2 “Abalitia crimines” – gera efeito no campo penal → lei nova que deixa de incriminar algum crime Lei Penal “nasce, vive e morre” “Vacaciu legis” para que as pessoas tomem conhecimento da lei e as autoridades estarem preparadas Revogação: derrogação ou ab-rogação “Abolito criminis” lei nova não incriminadora “Novatio legis” incriminadora “Novatio legis in pejus” nova lei, pior para o acusado “Novatio legis in mellius” nova lei, melhor para o réu *Quando uma lei não trouxer o período de vacácio, nem mencionar que entra em vigor quando publicado, será validade em 45 dias DA EFICÁCIA DA LEI PENAL NO ESPAÇO Direito Penal Internacional X Direito Internacional Penal
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