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PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 1 PROJETO EXECUTIVO DO CANAL HIDROLÓGICO DO CÓRREGO CANIVETE, PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA TIPO TSD COM CAPA SELANTE E GALERIAS PLUVIAIS NAS RUAS ADJACENTES MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS-MT Cuiabá, Fevereiro/2016 PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 2 I - APRESENTAÇÃO Este documento consubstancia o projeto executivo da macrodrenagem da bacia do Córrego Canivete do Município de Rondonópolis-MT, através da construção de Canal Hidrológico com pedra argamassada, compreendendo o trecho entre a Av. Sebastiana M. de Jesus (início), até sua foz que se dará às margens do Córrego Arareau. O canal terá uma extensão de 2.700,00 metros, conforme locação na planta da cidade. Trata-se de um córrego com uma faixa de preservação já prevista, que ainda assim torna-se uma área problemática em épocas de precipitação pluviométrica mais intensa que, no caso do município de Rondonópolis, vai do mês de Novembro ao mês de Abril. Isso se deve ao fato de existir pouca declividade nas laterais do córrego e de toda a área de contribuição converge para esse único ponto, somando-se isso à pouca permeabilidade do solo e à proximidade das construções, ou seja, do próprio centro urbano da cidade. A canalização desse trecho do córrego torna-se, portanto, uma obra imprescindível, uma vez que no período chuvoso os riscos de desabamentos e de se contrair doenças como cólera, hepatite, malária, dengue, leishmaniose e outras é eminente, e as conseqüências desses riscos para a população do município são incalculáveis, como acontecido nos anos anteriores. Os benefícios advindos da implantação do referido projeto, como podemos observar acima é de um grande alcance social, evolução na saúde e no bem estar de toda comunidade que habita nas proximidades do canal do Córrego Canivete. Este projeto visa a canalização a céu aberto do Córrego Canivete, responsável pela coleta das águas de chuva da macrobacia daquela região, endereçando-as para o Córrego Arareau. Trata- se de um projeto integrado, que propõe o controle de erosões, inundações e coletas das águas de chuvas dos bairros adjacentes que compõem a respectiva bacia. A recuperação das áreas de erosões e inundações irá proporcionar a adequação das áreas dentro das exigências ambientais pertinentes, e ainda, um melhor e mais seguro aproveitamento das áreas disponíveis, como pólo de lazer. O projeto executivo da construção do Canal Hidrológico do Córrego Canivete compõe-se de uma introdução onde se descreve o histórico do município de Rondonópolis, onde se localiza o referido Córrego, e a caracterização da área. Os capítulos seguintes constam do memorial descritivo, com os parâmetros de projeto e metodologia do sistema projetado; memorial de cálculo; planilha orçamentária; as plantas e os anexos com as peças gráficas projetadas para este sistema. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 3 II - INTRODUÇÃO PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 4 II - INTRODUÇÃO II.1 - Histórico de Rondonópolis Os primeiros sinais de vida em terras que hoje pertencem ao município de Rondonópolis são de pelo menos cinco mil anos atrás, segundo os estudos realizados no sítio arqueológico Ferraz Igreja. No período contemporâneo, já final do século passado, o local era povoado por índios Bororo, pelo efetivo do destacamento militar em Ponte de Pedra e aventureiros em busca de ouro e pedras preciosas. Logo nos primeiros anos de 1900 começam expedições da Comissão Construtora de Linhas Telegráficas Gomes Carneiro, sob o comando do primeiro tenente Cândido Rondon. Eram essas expedições que determinavam o traçado da linha telegráfica para interligar o Estado do Mato Grosso ao Amazonas. Em 1922 acontece a inauguração do primeiro posto telegráfico às margens do Rio Poguba (Rio Vermelho). Mas pode-se dizer que a partir de 1902 começa a ser formado o Povoado do Rio Vermelho com a fixação de famílias procedentes de Goiás, Cuiabá e outras regiões do Estado, além de nordestinos. Em 1915 já haviam cerca de setenta famílias na localidade que viviam com um pouco de organização econômica, social e política. Neste mesmo ano é promulgado um decreto lei que estabelecia uma reserva de 2.000 hectares para o patrimônio do povoado. Três anos depois o major Otávio Pitaluga concluía o projeto de medição, alinhamento e estética da localidade. A mudança do nome de Povoado do Rio Vermelho para Rondonópolis acontece em 1918 e em 1920 o lugarejo passa a ser distrito de Santo Antônio do Leverger e comarca de Cuiabá.Na década de 20 Rondonópolis começa a ser despovoada. Problemas como epidemias, enchentes e a descoberta de diamantes na região de Poxoréo fazem com que várias famílias se mudem. Esses fatores levam Rondonópolis a ser distrito de Poxoréo no final dos anos 30. Em 1947 Rondonópolis é inserido no contexto capitalista de produção como fronteira agrícola mato- grossense, resultado da política do sistema de colônias implantado pelo governo do Estado. A emancipação política acontece em dezembro de 1953. O desenvolvimento vem através do campo. Na década de 70 acontece uma aceleração no processo de expansão capitalista. A cidade passa a ser um representante do modelo agro-exportador, com destaque para a produção de soja e da pecuária. Neste período Rondonópolis já é considerada pólo econômico da região e classificada como segundo município do estado em importância econômica, demo- PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 5 gráfica e urbana. É a década da migração de nordestinos, paulistas, mineiros e sulistas que vêem nestas terras bons negócios. Rondonópolis. Terra de oportunidades. Hoje essa cidade que tem 54 anos conta com pouco mais de 174 mil habitantes convivendo num dos mais agradáveis climas de Mato Grosso, em média 30 graus.Conhecida por suas terras férteis e localização privilegiada Rondonópolis tem despertado cada vez mais, o interesse de empresários de outras regiões do país que procuram lugares promissores para a expansão e diversificação dos seus negócios.Graças a alta qualidade do algodão desenvolvido em toda a região empresários do setor têxtil começam a se instalar no município que começa a ter implantado um Pólo Têxtil e já conseguiu mudar o traçado da Ferronorte fazendo com que os trilhos do desenvolvimento passam por aqui, barateando o frete e diminuindo o percurso até os portos. Fonte: Drª. Luci Léa Lopes Martins Tesoro/ professora da UFMT DENOMINAÇÃO DOS HABITANTES: Rondonopolitanos. DATA DE FUNDAÇÃO: 10 de Dezembro de 1953 ÁREA: 4.179,3 Km² LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA: Altitude: 212m Latitude: 16º28'15" sul Longitude: 54º38'08" oeste. CLIMA: Tropical Úmido LIMITES MUNICIPAIS: Juscimeira, Poxoréo, São José do Povo, Itiquira, Pedra Preta, Santo Antônio de Leverger. DADOS METEOROLÓGICOS: Temperatura (ºC): Máxima: 40º Mínima: 0º DADOS DEMOGRÁFICOS: População: 199.830 habitantes (estimativa do IBGE/2006). PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 6 Densidade Demográfica (hab/km²): 40,8 IDH: 0,791 PNUD/2000 PIB: R$1.484.255.000,00 - IBGE/2004 PIB per capita: R$9.060,00 - IBGE/2004 NÚMERO DE ELEITORES: 97.272 (TRE/2000). INFRA-ESTRUTURA: Escolas: 89 (55 municipais e 34 estaduais) Postos de Saúde: 46 Creches: 07 Feiras Livres: 09 Bibliotecas: 02 ECONOMIA:Destaca-se a agricultura, algodão, soja, milho, etc. Há também lavouras de subsistência. A pecuária é expressiva e caracteriza-se pelo sistema de cria, recria, engorda e leiteira. O comércio também tem papel de destaque na economia do município. São cerca de 12 mil estabelecimentos comerciais, dos mais variados ramos e portes, inclusive grandes redes de supermercados e lojas de departamento, que proporcionam aos consumidores uma vasta diversidade de produtos. Como Rondonópolis produz algodão de alta qualidade implantou-se no município um pólo têxtil, a partir de 2007. Nos próximos anos, espera-se o aquecimento do comércio de confecções. Um shopping center e o segmento de prestação de serviço também incrementam o potencial comercial. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 7 Fig. 1 - VISTA AÉREA DA CIDADE DE RONDONÓPOLIS II.2 - Caracterização da área de projeto A ocupação urbana é caracterizada, na maioria da área de contribuição do córrego Canivete por loteamentos residenciais de baixo a médio padrão, ocupadas por uma população de renda equivalente. A grande maioria dos logradouros tem pavimentação asfáltica na porção montante do Micro-sistema e nas vias de circulação do transporte público. O escoamento das águas pluviais é feito de forma superficial, com a existência de algumas estruturas para a coleta das águas nos pontos de cotas mais baixas. Os referidos Bairros estão situados na área periférica da Cidade e passam atualmente por um intenso processo de ocupação dos lotes. A região de contribuição é constituída pelos bairros abaixo: Margem Esquerda – Jd. João de Barro/ Bairro Monte Líbano / Jd. Quitéria Teruel / Jd. Orquídea; PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 8 CANALIZAÇÃO DO CORREGO CANIVETE (EXT=2.750,00ml) Jd. America / Jd. Tropical/ Jd. Gramado I e II/ Jd. Ipê / Jd. Luz D´Ayara / Jd. Kênia / Jd. Santa Bárbara/ Jd. Rivera/ Jd. N. Sra. Glória/ Jd. Hortênsia / Parque. Res. Buriti/ Vila Carvalho/ Jardim HD/ Jd. Maria Tereza/. Margem direita – Jd. Assunção/ Jd. Marialva / Vila S. José/ Jd. Vera Cruz/ Jd. Santa Rosa/ Jd. Pindorama/ Jd. Santa Marta/ Jd. Santa Clara I e II/ Jd. Guanabara/ Jd. Bandeirantes/ Vila Planalto/ Vila Duarte. II.3 – População a ser atendida A população da área a ser atendida representa aproximadamente 17% da população total do município, ou seja, 29.000 habitantes. A figura 2, a seguir, apresenta a foto aérea da Região do Córrego Canivete. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 9 III - MEMORIAL DESCRITIVO DO CANAL PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 10 III. MEMORIAL DESCRITIVO DO CANAL III.1. Situação Atual O Córrego Canivete até o presente momento não possui leito definido, pois dependendo da intensidade das chuvas, as águas extrapolam os seus contornos causando inundações de casas e levando doenças para a região. Após a execução do canal não ocorrerão tais catástrofes, pois o leito do mesmo será bem definido pelo seu traçado e pela sua geometria, conforme projeto. Não foram encontrados dados sobre os enchentes neste local na Prefeitura Municipal mas, em levantamento realizado junto aos moradores das margens do Corrego, constatamos que o intervalo de ocorrência das enchentes e de aproximadamente 10 (dez) anos. Diversos serviços paliativos foram executados no decorrer dos anos, sem proporcionar uma solução definitiva para o problema. A falta de infra-estrutura adequada propicia o lançamento de detritos (resíduos sólidos) que, acumulados, causam impacto no meio ambiente, propiciando o surgimento de diversas doenças. As fotos abaixo e a seguir, apresentam as condições da degradação ambiental do córrego, comprovando a necessidade da intervenção a ser executada. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 11 Fig. 3 - Serviços paliativos executados no trecho do córrego, sem propiciar a solução definitiva do problema. Fig. 4 – Presença de resíduos sólidos no leito do Córrego Canivete PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 12 Fig. 5 – Degradação ambiental do Córrego Canivete Fig. 6 - Degradação ambiental do Córrego Canivete PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 13 Fig. 7- Degradação ambiental do Córrego Canivete. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 14 Fig. 8 - Degradação ambiental do Córrego Canivete III.2 - Solução Proposta Foi projetado um canal trapezoidal misto, nas seções de projeto, com paredes de alvenaria de pedra argamassada e fundo em concreto 18,0 Mpa, espessura 0,20 metro, armado duplamente com tela de aço CA-60 bitolas 5,00mm e 4,2mm, formando malhas de 15x20cm. O canal ora projetado tem capacidade de vazão superior à vazão de projeto do Córrego Canivete, para um tempo de recorrência de 20 anos. Para estabelecer a maior captação de águas pluviais pelo canal em questão, serão executadas galerias de águas pluviais ao longo de toda bacia de contribuição, nas localidades de escoamento natural das águas e nas bitolas do cálculo hidrológico e com material de concreto armado tubular, caixas coletoras tipo bocas de lobo, pavimentação das vias principais onde houver galerias pluviais, caixas de passagem para variação dos níveis das tubulações, meios-fios e sarjetas para canalizar o maior volume de águas de chuva de toda região para o canal do Córrego Canivete. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 15 III.3 - Projeto de Drenagem III. 3.1 – Dados da Bacia Área da bacia de contribuição: Bacia do Córrego Canivete 5,67 Km2 Vazão máxima da bacia 95,33 m3/s Comprimento do talvegue 2.700,00 ml Desnível total do talvegue 41,68 ml Fig. 9 – Localização da bacia de contribuição do Córrego Canivete no município de Rondonópolis. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 16 Fig. 10 - Fig. 11 e Fig. 12 - Delimitação da bacia de contribuição do córrego Canivete. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 17 III .3.2 – Metodologia Adotada No desenvolvimento do projeto foram cumpridas as seguintes etapas principais: a) Estudo da bacia de contribuição, baseado nas cartas cartográficas na escala de 1:2000 com curvas de nível de metro em metro, nos perfis propostos e em outros levantamentos feitos na área; b) Reconhecimento de campo onde foram anotadas e diagnosticadas as condições atuais de escoamento superficial existente; c) Estudo e determinação do futuro caminhamento das águas, baseado nos talvegues existentes e nas vias projetadas; d) Escolha dos parâmetros de projeto; e) Cálculos hidrológicos; f) Estudo das alternativas para solução dos problemas; g) Lançamento das galerias projetadas, com a definição das sub-bacias contribuintes a cada ponto; h) Cálculos hidráulicos; i) Detalhamento do projeto, desenhos, elaboração do memorial descritivo, especificações de materiais e estimativa de custos III.3 - Generalidades O estudo das precipitações intensase escoamento superficial, estão diretamente ligados ao dimensionamento racional das galerias e canais pluviais ou sistema de drenagem. Seu dimensionamento é feito em função da "vazão de projeto", atendendo a uma solução de compromisso entre os possíveis danos causados pela incapacidade de escoamento e o custo da obra. Obtém-se, assim, uma pretensão contra uma dada precipitação que tenha uma probabilidade de ocorrência pré-determinada. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 18 Tendo em vista estas condições, mostramos os critérios adotados. III.4 – Parâmetros de Projeto III.4.1 - Definição do tempo de concentração ( tc) Para o tempo de concentração "tc", adotamos o valor de 5 minutos, prazo compatível com os acontecimentos e ocorrências das chuvas na nossa região. III.4.2 - Determinação do período de retorno ( T) As obras de drenagem são dimensionadas não em função da vazão máxima possível, mas em função de uma "vazão de projeto", que depende do "período de retorno" ou "tempo de recorrência". O período de retorno equivale ao número médio de anos em que uma dada precipitação será igualada ou excedida. A adoção de um determinado período de retorno seria uma solução compatível, que levaria em conta os possíveis danos causados por falta de capacidade de escoamento, o custo da obra, bem como de critérios do projetista. Analisando a área e verificando o histórico das enchentes máximas neste local, constatamos que o período de retorno é de aproximadamente de 10 anos. III.5 – Modelo Hidrológico Adotado No marco zero do início das erosões causadas pelo leito natural do talvegue, localizado na Av. Goiânia, que hoje direciona todas as águas coletadas para o Ribeirão Arareau, serão executadas tubulações futuramente (não contemplado neste projeto), tubulações com manilhas de concreto armado em linha de três, de bitola de 1.500mm, cuja coleta das águas se dará através de caixas coletoras das águas de chuvas para ali direcionadas pelo talvegue. Estas tubulações, contempladas por outro projeto, serão direcionadas para o início do canal da Av. Sebastiana M. de Jesus, extensão esta de aproximadamente 300,00 ml, que daí serão acrescentadas às águas coletadas pelo canal aberto e pelas tubulações existentes e a serem executadas no futuro, distribuídas pelos bairros adjacentes ao talvegue que formam a bacia de contribuição final do canal. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 19 Para a determinação das vazões de projeto, foram utilizados dados de campo, como área da bacia, declividade do trecho do canal, extensões a serem cobertas pelo canal e dados previamente calculados por verificação na região como intensidade das chuvas e tempo de concentração das mesmas. Os serviços a serem executados deverão obedecer rigorosamente aos detalhes de projeto e especificações, estando estes em plena concordância com as normas e recomendações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e das concessionárias locais, assim como com o Código de Obras do Município em vigor. Prevalecerá sempre o primeiro, quando houver divergência entre: - As presentes especificações e os projetos; - As normas da ABNT e as presentes especificações; - As normas da ABNT e aquelas recomendadas pelos fabricantes de materiais; - As cotas dos desenhos e as medidas em escala sobre estes; - Os desenhos cm escalas maiores e cm escalas menores; - Os desenhos com data mais recente e os com data mais antiga. Todo material a ser empregado na obra deverá ser comprovadamente de primeira qualidade, sendo respeitadas as especificações referentes aos mesmos. Se as circunstâncias ou condições locais de mercado tornar, porventura, aconselhável a substituição de qualquer material especificado por outro equivalente, tal substituição somente deverá ser procedida mediante autorização expressa da Fiscalização. III.6 – Especificações Técnicas III.6.1 – Instalação da Obra e Trabalhos Preliminares São os serviços que tem por finalidade dotar o canteiro de obra da infra-estrutura necessária ao desenvolvimento da obra. Compreendem basicamente os seguintes itens: - Limpeza do terreno; - Placa indicativa da obra, conforme modelo do agente financeiro da obra; - Construção de depósito para materiais e ferramentas; PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 20 - Construção de alojamento para pessoal, se for necessário; - Construção de escritório da obra; - Transporte e instalação de equipamentos; - Colocação de sinalização para mudanças de trânsito; - Autorização dos órgãos públicos competentes, para o inicio das obras. III.6.1.1 – Placas indicativas da obra Deverá ser colocada pelo executor da obra, em local bem visível, placas indicativas da mesma, que deverão estar de acordo com as normas do agente financeiro da obra. III.6.1.2 - Sinalização A contratada deverá providenciar antes da interdição das ruas, sinalização de tráfego, conforme orientação da fiscalização. Deverão ser adotadas para orientação desta sinalização, as normas existentes na Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte Urbano municipal. As valas de escavação, em trechos de ruas, devem ser inteiramente isoladas com tapumes ou cerca de telhas de polietileno laranja ou mesmo tábuas zebradas com tinta refletiva que, durante a noite, servirão de suporte para sinalização luminosa. III.6.1.3 - Topografia Os serviços de topografia deverão utilizar para o lançamento das cotas previstas no projeto, os mesmos RN's usados pela EMPRESA no levantamento planialtimétrico apresentado para elaboração deste trabalho, com as respectivas cotas. O RN principal deverá ser sempre o do IBGE (RN verdadeiro). As galerias deverão ser locadas no eixo das vias, podendo vir a ser deslocadas pela Fiscalização, para atender a imposições locais. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 21 III.6.1.4 – Escavações para drenagem As escavações serão realizadas com a finalidade de atingir as cotas previstas para assentamento dos canais e as cotas para execução das fundações das demais obras projetadas. A abertura das valas para assentamento das canalizações será feita segundo alinhamento locado pela topografia, nas larguras e profundidades indicadas no projeto. A largura das valas serão, no mínimo, igual ao da galeria acrescido de 0,90 metro, dividido para ambos os lados, para bitolas de tubos entre 0,60 metro e 1,20 metro e para profundidade de escavação até 3,00 metros, quando a profundidade for igual ou superior a esse valor, adiciona- se ao diâmetro do tubo 1,00 metro, divido entre ambos os lados. Para diâmetro do tubo igual a 0,40 metro, adiciona-se sempre 0,60 metro dividido entre os dois lados do tubo, ou seja, a largura da escavação terá sempre 1,00 metro. As larguras das valas poderão ser aumentadas ou diminuídas pela Fiscalização, de acordo com as condições do terreno e com outras circunstancias de ocasião. O fundo da vala deverá ser absolutamente retilíneo em cada trecho, sendo que qualquer excesso de escavação ou depressão no fundo da vala, será preenchido com areia grossa de rio ou material de jazida (cascalho). Deverão ser devidamente consolidadas todas as canalizações ou obras, por onde passarem as escavações necessárias ao assentamento das galerias. III.6.1.5 - Escoramento de valas Os escoramentos de acordo com as necessidades dos serviços, deverão ser feitos com pranchas de madeira, descontínuas,contraventadas com linhas de madeira de lei, ou outro processo aprovado pela Fiscalização. A largura das valas escoradas será medida pela parte interior do escoramento. Profundidades acima de 1,00 metro e com fragilidade dos barrancos, deverão ser escoradas, para caso ocorra o desmoronamento de paredes, a mão de obra esteja protegida. III.6.1.6 - Esgotamento PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 22 O esgotamento, quando necessário, deve ser simples, por meio de bombas. Para efeito de medição, será considerado como volume de esgotamento um volume igual ao da escavação do trecho esgotado. III.6.1.7 – Rebaixamento de lençol Quando houver imperiosa necessidade técnica, o esgotamento será através de sistema de rebaixamento de lençol. O rebaixamento de lençol será executado através de um conjunto de moto bombas e ponteiras, para cada trecho. Para efeito de medição, serão considerados pela Fiscalização, os dias necessários para o bombeamento de cada trecho. III.6.1.8 - Reaterro Concluída a construção de trechos da canalização, serão executados os reaterros correspondentes em camadas de aproximadamente 0,25 metro. O material do reaterro será umedecido e compactado de acordo com as normas pertinentes, mediante o uso de equipamento adequado, como soquetes manuais ou sapos mecânicos, devendo a camada compactada não ultrapassar 0,25 metro. III.6.1.9 - Expurgo O expurgo será removido para locais determinados pela Fiscalização, e no seu preço estão incluídos carga e transporte, a uma distância média, definida no orçamento. O expurgo constará do material escavado e não utilizado para reaterro, sendo medido a partir do local de carga, pelo sistema de volume transportado. O material que não for apontado no destino determinado pela Fiscalização não terá seu volume incluído no pagamento do item expurgo. Não será medido expurgo para entulhos provenientes de restos de materiais utilizados na execução da obra. III.6.1.10 - Enrocamento Deverá ser executado após as bocas à jusante dos bueiros e nas bocas de bueiros utilizadas para lançamento final das galerias, um enrocamento de pedras arrumadas, cujo diâmetro mínimo destas pedras não deverá ser inferior a 0,50m. A área e profundidade das caixas de PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 23 enrocamento estão definidas na planta de detalhe de boca de bueiro. Este enrocamento tem a finalidade de dar proteção ao final das galerias e bueiros. III.6.1.11 - Seção Trapezoidal do Canal A seção do canal hidrológico será de formato trapezoidal, nas dimensões e características do projeto. Sobre o leito regularizado do canal, será executado lastro de pedra de mão na espessura média de 20 (vinte) centímetros, para suporte sobre região de lama ou solo mole ,e sobre este, laje maciça de concreto armado, espessura de 20 cm., armadura tipo tela, duas camadas, superior e inferior, com malha 15x20cm de aço CA-60 – bitolas 4,2mm e 5,0mm. O canal terá profundidade de 3,00 metros, em toda sua extensão, largura de boca variável de 3,80 metros até a dimensão de 7,20 metros, conforme demonstrado em projeto, existindo porém outras seções (2) em outros trechos anteriores, conforme inseridas neste projeto. As paredes do canal serão de pedra argamassada com a face interna inclinada a 30%, começando na sua parte superior com 0,60 m de espessura e na sua base medindo 1,50 m. Na base das paredes numa altura em torno de 50 cm do piso de fundo, com espaçamento de 2,00 em 2,00 metros deverão ser colocadas babacans, com tubos de PVC com 75 mm de diâmetro, responsável pela retirada das águas de infiltração na face externa das paredes, reduzindo a pressão das mesmas sobre as paredes. Todas as características aqui descritas estão inclusas nas pranchas de projetos, que fazem parte do presente memorial. III.6.1.12 – Travessias do canal por vias existentes Para as travessias sobre o canal a ser edificado, nas ruas e avenidas cortadas pelo mesmo, serão utilizados bueiros celulares pré-moldados retangulares nas dimensões 2,50x2,50x1,00 ou 3,00x3,00 metros, com larguras variáveis dependendo da caixa da pista a ser cortada pelo mesmo, variando de 15,00 metros a 30,0 m, armadas, interligadas entre si através de encaixes e calafete com argamassa mista de cimento e areia no traço 1:3. Tudo conforme dimensões indicadas nas plantas de detalhes e nos desenhos de elementos estruturais. Os módulos pré- moldados de concreto armado serão apoiados sobre lastro de concreto armado, 18,00 Mpa, com malhas de aço 4,2” x 5,00mm, espessura de 20 cm, e pela largura da base do canal juntamente com a largura da base das paredes. Caso seja necessário, nos locais onde o fundo do leito natural seja de pouco suporte à compressão, será utilizado camada de pedra de mão PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 24 (marruada), para dar reforço e suporte de carga no solo de fundo do leito do canal, espessura de 20 cm, formando um leito estável em toda extensão e largura da galeria. A cada 20,00 metros deverá ser executada uma junta transversal de dilatação, nas lajes superior e inferior, do tipo Fungemband 0-22. A cada 2,00 metros deverá ser construído um babacan na laje inferior e um em cada parede, conforme dimensões e posições mostradas na planta de detalhes. Será executado um dreno corrido de brita mista ( 1 e 2) por fora das paredes laterais, nas dimensões conforme apresentado no projeto. Nas extremidades das galerias pré-moldadas (bueiros), serão executadas pontas de ala nas dimensões de projeto, para contenção dos aterros das cabeças do bueiro. Caso seja necessário, deverão ser utilizados tirantes de cabo de aço formando suporte entre as alas do aterro, para garantir a estabilidade dos mesmos. Os bueiros celulares de concreto deverão ser providos de espaço para travessia de pedestres, numa largura mínima de 1,20 metro de cada lado do mesmo, onde haverá uma divisão por meio fio de concreto, separando a pista de rolamento e a passagem de pedestre. III.6.1.13 - Escavação do Canal em terra As escavações do leito do canal deverão ser feitas mecanicamente, exceto àquelas em que for necessário a utilização de técnicas diferenciadas para rompimento do leito rochoso. Para fixação dos níveis finais, deverão obedecer as seções e cotas previstas no projeto. Os locais em que as cotas do terreno natural forem inferiores as propostas para o canal, deverão ser aterrados, atingindo assim o nivelamento do terreno natural com o nível de borda do canal acabado. III.6.1.14 – Limpeza e entrega da obra Muros, calçadas, calçamentos, pavimentos, etc., que forem demolidos ou danificados pela execução da obra deverão ser restaurados. Após a execução de todos os serviços descritos, deverá ser feita a retirada completa dos aparelhamentos, materiais não utilizados, devendo ser procedida limpeza completa da área. III.7 – Impactos ambientais do lançamento a jusante PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 25 Conforme descrito no item “situação atual”, o Córrego Canivete até o presente momento não possui caixa do leito bem definido. Dependendo da intensidade das chuvas, as águas extrapo- lam os seus contornos causando inundações de casas e levando doenças para a região. Após a execução do canal não ocorrerão tais catástrofes, pois o leito do mesmo será bem definido pelo seu traçado e pela sua geometria. O projeto de canalização do Córrego Canivete esta sendo calculado para absorver uma vazão de contribuição previstapara as piores condições: área com 100% de ocupação e totalmente impermeabilizada. O lançamento atualmente a jusante não sofrerá modificações, permanecendo como receptor o Ribeirão Arareau, que possui capacidade para recebimento da vazão de contribuição prevista. Fig. 13 – Encontro do Córrego Canivete com Ribeirão Arareau PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 26 Fig. 14 – Encontro do Córrego Canivete com Ribeirão Arareau Fig. 15 – Encontro do Córrego Canivete com Ribeirão Arareau PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 27 IV – MEMORIAL DE CÁLCULO DO CANAL PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 28 IV.1 - DEFINIÇÃO DO TRECHO DE CANAL A definição do trecho de canal a ser otimizado, uma vez que já existe o leito natural do escoamento das águas de chuva, foi definida levando em consideração a disponibilidade de recursos e as condições de urbanização da bacia a ser drenada, que vai ocorrer ao longo de 2.700,00 metros de talvegue. IV.2 - LOCAÇÃO DO EIXO DO CANAL A locação do eixo do canal a ser implantado foi definida através de uma poligonal com caminhamento o mais retilíneo possível; e procurando sempre acompanhar o leito natural do Talvegue, no entanto otimizando o seu traçado sinuoso. IV.3 – DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE DRENAGEM DAS SUB-BACIAS A delimitação das áreas de drenagem das sub-bacias de contribuição para cada trecho do canal foi efetuada através do partido urbanístico do município, com verificação “in-loco”. Poderíamos estar usando a área total da bacia de contribuição para o dimensionamento da seção do canal, o que seria de certo modo correto, porque estaríamos considerando uma seção máxima de canal, com um coeficiente de segurança bastante otimizado, entretanto estaríamos incorrendo no fator negativo do custo de execução do mesmo, uma vez que a bacia de contribuição é acumulativa ao longo do trecho do canal, o que nos leva a fazer um outro estudo parcelado da bacia, ou seja, sub-dividir a bacia global em outras sub-bacias menores de acordo com as suas participações nos respectivos trechos do canal hidrológico. Após estudos detalhados, tanto no local, como através de dados existentes, de toda área de contribuição das águas pluviais, que convergem para o talvegue formador do leito natural do córrego canivete, considerando os aspectos topográficos, altimetria (curvas de níveis), formações geológicas, crescimento demográfico da região, arruamentos, benfeitorias estruturais existentes e futuras, galerias pluviais existentes e as que deverão ser executadas, enfim, todos os fatores que contribuem para aumentar e direcionar o fluxo das águas das chuvas para o leito do canal existente e posterior leito do canal a executar, considerando ainda, a funcionalidade do canal, a segurança de suas funções e ainda a economia na sua execução, fracionamos a bacia PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 29 de contribuição total em quatro (4) sub-bacias o que nos fornecerá secções diferenciadas para cada volume de água a ser coletado em cada sub-bacia, proporcionando assim uma redução significativa nos custos dos serviços a serem executados. O critério para divisão das bacias foi um equilíbrio médio entre as áreas de contribuição de cada bacia, e não pela extensão do canal em cada trecho, quatro (4) bacias com áreas de contribuição praticamente iguais apenas uma (1) área de contribuição maior que as demais, que corresponde às convergências das águas de diversos bairros para o referido canal, conforme se pode observar no mapeamento da região. Após o cálculo das áreas de contribuição de cada bacia foi feito uma verificação da seção do canal necessário para cada volume de água de chuva a ser captada em cada trecho, determinando assim a seção suficiente para suporte de tal vazão (Q), conforme poderemos observar a seguir: RESUMO DAS BACIAS: BACIA I: Área I = 2,35 Km2 PERÍMETRO I = 7,75 Km BACIA II: Área = 1,22 Km2 PERÍMETRO II = 6,15 Km BACIA III: Área = 1,10 Km2 PERÍMETRO III = 4,97 Km BACIA IV: Área = 1,00 Km2 PERÍMETRO III = 4,56 Km a) Bacia de contribuição global e única ou seja (I+II+III+IV): Act = 5,67 Km2 onde: Act = Área de contribuição da bacia total. Pt = 9,74 Km Pt = Perímetro da bacia de contribuição. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 30 b) Bacia de contribuição I: Ac1 = 2,35 Km 2 onde: Ac1 = Área de contribuição da bacia I. P1 = 7,75 Km P1 = Perímetro da bacia de contribuição I. c) Bacia de contribuição I+ II: Ac2 = (2,35 + 1,22) = 3,57 Km 2 onde: Ac2= Área de contribuição das bacias total I+II. P2 = 12,66 Km P2 = Perímetro da bacia de contribuição I +II. d) Bacia de contribuição I+ II+III: Ac3 = (2,35+1,22+1,10) = 4,67 Km 2 P3 = 13,90 Km onde: Ac3= Área de contribuição das bacias total I+II+III. P3 = Perímetro da bacia de contribuição I +II +III. e) Bacia de contribuição I+ II+II+IV: Ac4 = (2,35+1,22+1,10+1,00) = 5,67 Km 2 P4 = 13,90 Km onde: Ac4= Área de contribuição das bacias total I+II+II+IV. P4 = Perímetro da bacia de contribuição I +II + III + IV. IV.4 – TEMPO DE CONCENTRAÇÃO PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 31 Dentre as várias fórmulas empíricas desenvolvidas por diversos autores, as mais lógicas são as que dão o tempo de concentração aproximadamente proporcional à extensão do curso principal e inversamente proporcional à raiz quadrada da declividade, porque o tempo de concentração pode ser interpretado como sendo a soma dos quocientes entre a extensão dos diversos trechos do curso e a velocidade da água nestes trechos. A velocidade, por sua vez, é aproximadamente proporcional à raiz quadrada da declividade conforme a Fórmula de Chezi ( Escoamento de Canais ). Somando-se os quocientes entre as extensões parciais do curso principal e as velocidades correspondentes à sua declividade, resulta o tempo de concentração procurado. Para velocidade de canais, as velocidades devem estar entre os extremos: 6,00 m/s e 0,80 m/s. IV.5 – CÁLCULO DA VAZÃO MÁXIMA NO CANAL Para o cálculo da vazão foi considerado um período de retorno de 10 (dez) anos, utilizando-se a Equação do Método Racional: Período de retorno: tempo para repetição de uma cheia máxima. Q = 0,278 x C x I x Ac onde: Q = deflúvio superficial direto máximo (m3/s) C = coeficiente de Run-off I = intensidade média de chuva (mm/h) Ac = área da bacia de contribuição (Km2) IV.6 - COEFICIENTE DE ESCOAMENTO (RUN-OFF) Valores do coeficiente de escoamento superficial direto adotados pela Prefeitura do Município de São Paulo. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 32ZONAS C Edificação muito densa: Partes centrais, densamente construídas de uma cidade com ruas e calçadas pavimentadas 0,70- 0,95 Edificação não muito densa: Partes adjacentes ao centro, de menos densidade de habitações, mas com ruas e calçadas pavimentadas 0,60- 0,70 Edificações com poucas superfícies livres: Partes residenciais com construções cerradas, ruas pavimentadas 0,50- 0,60 Edificações com muitas superfícies livres: Partes residenciais com ruas macadamizadas ou pavimentadas 0,25- 0,50 Subúrbios com alguma edificação: Partes de arrabaldes e subúrbios com pequena densidade de construção 0,10- 0,25 Matas, parques e campos de esporte: Partes rurais, áreas verdes, superfícies arbonizadas, parquesajardinados, campos de esporte sem pavimentação 0,05- 0,20 C = Para região de media densidade e muitas áreas livres e com pavimentações de ruas e calçadas, usaremos o coeficiente de 0,40. IV.7 – CÁLCULO DA INTENSIDADE MÁXIMA DAS CHUVAS I = Intensidade máxima das chuvas (média), para um período de 10 (dez) anos em mm/h, conforme calculado abaixo. Para o cálculo da Intensidade das chuvas (I) na região de Rondonópolis poderemos utilizar a fórmula que segue: I = 29,13xT0,181 / (t+15)0,89 T = Tempo de retorno PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 33 t = Tempo médio de chuva em minutos Teremos a seguir: I = 29,13x(10)0,181 /(10+15)0,89= 44,19/17,55 I = 2,52 mm/min I = 60 x 2,52 === I = 151,20 mm/h IV.8 – DECLIVIDADE MÉDIA DO CANAL A declividade do leito natural de córrego, conforme projetos apresentados e em anexo, temos um desnível total de 41,68 ml (cotas de projeto) em 2.700,00 ml de canal, o que nos dá uma declividade média de 0,0154 m/m (41,68/2.700,00), e de acordo com o projeto estaremos executando desníveis (degraus) que proporcionará uma redução da velocidade de escoamento das águas, o que nos dá a segurança de que os desgastes da seção do mesmo será bem menor do que se esta velocidade fosse mais acentuada. Portanto, podemos trabalhar no nosso cálculo de dimensionamento do canal, como declividade máxima por trechos de 0, 0154 m/m. Teremos: I = declividade média do canal ( m/m ) = (41,68/2700) = 0,0154 m/m IV.9 – CÁLCULO DA VELOCIDADE DE ESCOAMENTO Para a determinação da velocidade de escoamento das águas no canal foi utilizada a fórmula de Manning, cuja expressão, no sistema métrico, é dada por: Ve= (1/n) Rh2/3 x I1/2 PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 34 Onde: Ve = Velocidade de escoamento. N = coeficiente de rugosidade do canal de pedra argamassada = 0,030. Rh = Raio hidráulico = S/P I = Inclinação do canal (executado) em m/mil S = Seção molhada do canal P = Perímetro molhado do canal IV.9.1 – CÁLCULO DO RAIO HIDRÁULICO (RhM) Para cálculo do Raio Hidráulico máximo, utilizaremos uma seção interna de canal que possa ser compatível com o volume de água de chuva convergente para o mesmo, que possa suportar as cheias máximas sem que ocorra derramamento das águas por ineficiência do canal, evitando assim o transbordamento do mesmo causando inundações e erosões nas regiões próximas do canal, assim, através de uma seção interna trapezoidal, altura compatível, podemos comprovar a sua eficiência funcional ou não através do que segue: SEÇÃO TRAPEZOIDAL ADOTADA (MAIOR SEÇÃO): PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 35 3. 00 7.20 5.40 1.50 0.600.60 1.50 3.13 3. 13 2. 80 N.M.A SEÇÃO DO CANAL CANIVETE PARA SUB-BACIAS DE CONTRIBUIÇÃO (I+II+III+IV) Onde: RhM = Raio Hidráulico Máximo = S/P S= área da seção molhada (m2) P= perímetro da seção molhada (ml) Altura máxima da lamina d’agua : 2,80 m (pior situação de cheia) S = (5,00 + 7,08) x 2,80 /2 = 16,91 m2 P =(2,94 x 2,00) + 5,40 = 11,28 m Rh = 16,91/11,28 Rh = (S/P) = 1,50 m Ve = (1/0,030) x (1,50)2/3 x (0,0154)1/2 V= (33,33) x (1,31) x (0,124) vem que: Ve = 5,41 m/s PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 36 IV.10 – CÁLCULO DAS VAZÕES PARA CADA SUB-BACIA DE CONTRIBUIÇÃO: Ac1 = Área de contribuição da bacia I, para a vazão máxima do canal, em m 3/s. 14.10.1 - CÁLCULO DA VAZÃO MÁXIMA DE CHEIA, CONSIDERANDO A BACIA DE CONTRIBUIÇÃO I (AC1): Q1 = 0,278 x C x I x Ac1 Considerações: Ic = 151,20 mm/h C = 0,40 Ac1 = 2,35 km 2 I = 0,0151m/m (inclinação do fundo do canal) Ve = 5,39 m/s - Velocidade de escoamento das águas no canal Teremos: Q1 = 0,278 x 0,40 x 151,20 x 2,35 Q1 = 39,51 m 3/s Seção de canal necessária para comportar tal vazão: Sc1 = Q1/V = 39,51/5,39 = 7,33 m 2 PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 37 3.0 0 3.80 2.00 1.50 0.600.60 1.50 3.13 3.1 3 2.8 0 N.M.A SEÇÃO DO CANAL CANIVETE PARA BACIA DE CONTRIBUIÇÃO I Cálculo da área da seção para cheia máxima: Sc = [(3,80 + 2,00)/2] x 2,80 = 8,12 m2 > 7,64 m2 – portanto comporta o fluxo máximo. IV.10.2 - CÁLCULO DA VAZÃO MÁXIMA DE CHEIA, CONSIDERANDO A BACIA DE CONTRIBUIÇÃO II (AC2): Q2 = 0,278 x C x I x AC2 Considerações: Ic = 151,20 mm/h C = 0,40 AC2 = (2,35 + 1,22) = 3,57 km 2 I = 0,0151m/m (inclinação do fundo do canal) Ve = 5,39 m/s - Velocidade de escoamento das águas no canal Teremos: Q2 = 0,278 x 0,40 x 151,20 x 3,57 Q2 = 60,02 m 3/s PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 38 Seção de canal necessária para comportar tal vazão: Sc2 = Q/V = 60,02/5,41 = 11,09 m 2 Cálculo da área da seção para cheia máxima: Sc2 = [(3,30 + 5,10)/2] x 2,80 = 11,76 m 2 > 11,09 m2 – portanto comporta o fluxo máximo. 3. 00 5.10 3.30 1.50 0.600.60 1.50 3.13 3. 13 2. 80 N.M.A SEÇÃO DO CANAL CANIVETE PARA SUB-BACIAS DE CONTRIBUIÇÃO I + II IV.10.3 - CÁLCULO DA VAZÃO MÁXIMA DE CHEIA, CONSIDERANDO A BACIA DE CONTRIBUIÇÃO III (AC3): Q2 = 0,278 x C x I x AC3 Considerações: PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 39 Ic = 151,20 mm/h C = 0,40 AC2 = (2,35 + 1,22 + 1,10) = 4,67 km 2 I = 0,0151m/m (inclinação do fundo do canal) Ve = 5,39 m/s - Velocidade de escoamento das águas no canal Teremos: Q3 = 0,278 x 0,40 x 151,20 x 4,57 Q3 = 76,83 m 3/s Seção de canal necessária para comportar tal vazão: Sc3 = Q/V = 76,83/5,41 = 14,20 m 2 Cálculo da área da seção para cheia máxima: Sc3 = [(4,20 + 6,00)/2] x 2,80 = 14,28 m 2 > 14,20 m2 – portanto comporta o fluxo máximo. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 40 3. 00 6.00 4.20 1.50 0.600.60 1.50 3.13 3. 13 2. 80 N.M.A SEÇÃO DO CANAL CANIVETE PARA SUB-BACIAS DE CONTRIBUIÇÃO (I+II+III) IV.10.4 - CÁLCULO DA VAZÃO MÁXIMA DE CHEIA, CONSIDERANDO A BACIA DE CONTRIBUIÇÃO I (AC3): Q3 = 0,278 x C x I x Ac4 Considerações: Ic = 151,20 mm/h C = 0,40 AC4 = 5,67 km 2 I = 0,0154m/m (inclinação do fundo do canal) Ve = 5,39 m/s - Velocidade de escoamento das águas no canal Teremos: Q4 = 0,278 x 0,40 x 151,20 x5,67 PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 41 Q4 = 95,33 m 3/s Sc4 = Q/V = 95,33/5,41 = 17,62 m 2 Seção de canal necessária para comportar tal vazão: SC4 = [(5,40 + 7,20)/2] x 2,80 = 17,62 m 2 >ou= a 17,62 m2 – portanto comporta o fluxo máximo. Cálculo da área da seção para vazão ou cheia máxima: (Q1+Q2+Q3+Q4), considerando todas as bacias de contribuição, pode ser observado na seção abaixo a seguir: 3. 00 7.20 5.40 1.50 0.600.60 1.50 3.13 3. 13 2. 80 N.M.A SEÇÃO DO CANAL CANIVETE PARA SUB-BACIAS DE CONTRIBUIÇÃO (I+II+III+IV) PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 42 DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL E IMPACTO AMBIENTAL A JUSANTE DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 43 PREFÁCIO No ano 2000, a Lei n. 9.984, criou a Agência Nacional de Águas (ANA), com o objetivo de instituir sob sua responsabilidade a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), planejar e promover ações destinadas a prevenir ou minimizar os efeitos de secas e inundações, no âmbito do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, em articulação com o órgão central do Sistema Nacional de Defesa Civil, em apoio aos estados e municípios. Um dos principais fundamentos do PNRH á a adoção da bacia hidrográfica como unidade de planejamento. O sistema de drenagem urbana sustentável é uma prática que têm sido adotada largamente nos municípios mais desenvolvidos e que cuida prioritariamente do meio ambiente, conciliando o desenvolvimento através da implantação de sistemas modernos de combate às erosões e inundações, sem danificar o meio ambiente, ou melhor, contribuindo para que o mesmo seja também beneficiado pelas ações a serem implantadas. Existe, por parte dos administradores públicos modernos, principalmente nos municípios em franco desenvolvimento, um crescente interesse pela adoção das técnicas inovadoras mas, ainda, existem muitas dificuldades para as suas implementações. No município de Rondonópolis, os serviços de drenagem urbana são geridos pelo município e efetuados por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Urbanismo, enquanto que a parte de abastecimento de água, esgoto sanitário e dos resíduos sólidos é de responsabilidade da autarquia municipal, SANEAR - Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis. Em nível municipal ainda existem outros instrumentos importantes que também contribuem para o desenvolvimento sustentável das políticas ambientais e drenagem urbana como: Defesa civil, Código de Obras, Código Ambiental, Código de Posturas, Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, Lei Orgânica Municipal e Plano Diretor. URBANIZAÇÃO E IMPACTOS DAS ÁGUAS DE CHUVA PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 44 O processo de urbanização na cidade de Rondonópolis, nos últimos anos, se deu com o crescimento muito acentuado e desordenado da população urbana, ocupando regiões ribeirinhas e próximas dos mananciais de águas, provocando, junto com essa ocupação, o desmatamento das margens do leito dos córregos, provocando as erosões e ao mesmo tempo as inundações, e é exatamente o que ocorre às margens do Córrego Canivete. O problema da drenagem está associado à questão da urbanização. Quando não há um planejamento da expansão urbana e fiscalização eficaz, ocorre a ocupação dos leitos dos corpos d'água urbanos. A população que aí se aloja fica, então, sujeita às inundações. No caso de ocupação do leito do rio por população de baixa renda, há uma dificuldade adicional: a desocupação é feita, via de regra, subsidiada pelo poder público, o que a inviabiliza. A lei dos mananciais, por sua vez, é extremamente restritiva: o proprietário não pode utilizar a área, mas continua a ter os custos dos impostos. Ele arca com o ônus de preservar esta área para toda a comunidade. A alternativa de comercializar a área existe, mas seu valor comercial é muito baixo. É comum o abandono destas áreas ou o incentivo à ocupação pela população de baixa renda por parte do proprietário, forçando o poder público a desapropriá-la. Os principais fatores que podem contribuir para o agravamento das enchentes e inundações: Dimensionamento inadequado de projeto; Obstrução de bueiros / bocas de lobo; Obras inadequadas; Adensamento populacional; Lençol freático alto; Existência de interferência física; A poluição dos cursos d´água, devido ao lançamento de resíduos e detritos por parte da população. Outro aspecto importante é a segregação social e conseqüentemente uma segregação de infraestrutura. As cidades criam vetores de crescimento de alta renda, que é onde, conseqüentemente, se encontra a infraestrutura alocada. Em contrapartida, ao lado desses vetores são encontradas comunidades sem infraestrutura. Quando se fala em segregação da PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 45 população de alta renda, de certa forma, está se dizendo da segregação do saneamento em geral. Isso pode ser observado em várias cidades brasileiras, onde populações com baixa renda tem um baixo acesso a essa infraestrutura. A drenagem, no que diz respeito às doenças, socializa o problema. O bairro que tem alto atendimento com drenagem e lixo também sofre os efeitos da má distribuição do atendimento aos serviços de drenagem. Esse efeito somado à segregação espacial tratada anteriormente mostra que a infraestrutura da cidade é distribuída de forma irregular. A parcela que tem disponibilidade de infraestrutura e drenagem recebe os impactos de forma não tão intensa quanto à população de menor poder aquisitivo. As inundações nas cidades podem causar muitos problemas de doenças, especificamente nos locais onde existe uma falta de saneamento básico. Também, as inundações podem provocar surtos de dengue e outras doenças, morte de pessoas que vivem em áreas de risco ambiental, além de aumentar o risco à saúde e poluição dos mananciais. A ocupação inadequada favorece os processos erosivos e deslizamentos de encostas. O acúmulo de resíduos sólidos carreados pelas águas de chuva também pode causar poluição dos rios locais. A má qualidade da limpeza urbana e a falta de conscientização da população têm trazido grandes prejuízos à qualidade da água pluvial escoada para os cursos d'água. É preciso que o manejo dos resíduos sólidos seja executado na fonte. O excesso de lixo é um empecilho para a adoção de reservatórios de retenção, aumenta os riscos sanitários e o custo de manutenção da rede de drenagem. No Brasil, ainda, não há uma grande preocupação com a qualidade da água de drenagem, talvez, pelo fato da maioria de nossos cursos d'água ainda receber esgoto doméstico "in natura". Outro aspecto a ser observado diz respeito à afirmação de que no Brasil tem-se um sistema de esgotamento sanitário tipo separador absoluto: todo esgoto sanitário vai para uma rede que só recebe esgoto sanitário e água de infiltração. Por outro lado o sistema de drenagem é para receber só águas pluviais, o que não acontece na prática. Os sistemas de drenagem pluvial foram planejados centrados na lógica do rápido escoamento da água precipitada, transferindo o problema para jusante. Este fato aliado ao rápido PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 46 crescimentoda população urbana no país, trouxe um cenário caótico para as grandes e médias cidades. Foi um erro muito comum no passado a consideração do cenário atual para o dimensionamento; não se definia o cenário para o horizonte de projeto. Então, muitas vezes, antes mesmo das obras serem concluídas, os sistemas já não comportavam a demanda. Foram feitas profundas alterações na drenagem natural, procurando eliminar as características do meio que eram julgadas inadequadas ao meio urbano. Foram usados indiscriminadamente aterros, desmatamentos, redução dos espaços naturais, canalização e retificação de córregos, lançamentos de água pluvial em locais inadequados. IMPACTOS AMBIENTAIS À JUSANTE DO CÓRREGO CANIVETE O Córrego Canivete deságua no Ribeirão Arareau, este afluente do Rio Vermelho. A canalização do Canivete não provocará impacto à jusante, ou seja, no Ribeirão Arareau, devido aos motivos expostos abaixo: O atual leito do Canivete encontra-se em parte assoreado e com diversos locais erodidos. A canalização proporcionará a regularização do seu leito, ampliando a capacidade de absorção da vazão originária da bacia de contribuição, sem gerar os atuais transbordamentos; O atual lançamento da vazão do Córrego Canivete no Ribeirão Arareau se dá de forma irregular, sendo que o projeto, para disciplinar esta vazão, contempla a construção de um dissipador de energia. Além desta condição o lançamento se dará no sentido do fluxo do curso d´água do Ribeirão Arareau, um pouco mais oblíquo do que hoje, conforme figuras 13, 14 e 15. A região do encontro do Córrego Canivete com o Ribeirão Arareau não possui riscos de erosão, pois no local do encontro das águas, o leito do Ribeirão Arareau é constituído por formações rochosas, algumas até expostas. O volume das águas coletadas e direcionadas para o Ribeirão Arareau, praticamente permanecerá inalterado não acarretando, portanto, nenhum impacto ambiental a jusante do canal. Serão adotados critérios técnicos para garantir essa estabilidade. BENEFÍCIOS GERADOS PELA EXECUÇÃO DO CANAL DO CÓRREGO CANIVETE PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 47 1. Definição do leito do canal; 2. Otimização do escoamento das águas do córrego; 3. Eliminação das enchentes de cheias e os seus transtornos causados às populações ribeirinhas; 4. Eliminação de águas paradas, reduzindo o surgimento de doenças, como: dengue, leptospirose, leischimaniose e outras; 5. Melhoria do deságüe das águas do Córrego Canivete a jusante, junto ao Ribeirão Arareau, com a construção de dissipador de energia; 6. Regulamentação das áreas próximas ao leito do córrego, através do bloqueio das inundações; 7. Otimização das redes de manilhas que promovem a coleta de águas pluviais que hoje deságuam no Córrego Canivete através dos encaixes nas paredes do canal. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES O processo desordenado do crescimento urbano da cidade de Rondonópolis tem produzido um impacto significativo no sistema de drenagem. A prática do rápido escoamento das águas pluviais tem se mostrado insustentável, apresentando previsão de densidade populacional bem inferior à real, causado por falhas de planejamento; A urbanização altera o balanço hídrico e gera inúmeros impactos ambientais. PLANEJAMENTO URBANO PARA UMA DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL O Planejamento das drenagens urbanas, deve preservar os mecanismos naturais de escoamento das bacias hidrográficas, minimizando os impactos ambientais da urbanização. A idéia básica é manter a vazão pré-existente, não aumentar as vazões à jusante, não transferindo o impacto do novo desenvolvimento para o sistema de drenagem e priorizando ações de controle do escoamento na fonte. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 48 MEMORIAL DESCRITIVO DA PAVIMENTACAO ASFALTICA TIPO TSD COM CAPA SELANTE PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 49 V- MEMORIAL DESCRITIVO DA PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA TIPO TSD COM CAPA SELANTE V.1 – ESTUDO DE TRÁFEGO Foi adotado o método preconizado pelo Eng°. Murilo Lopes de Souza, aprovado pelo conselho executivo do DNIT. Para utilização desse método, torna-se necessário calcular o número N de solicitações do eixo padrão de 8,2 ton., no período de projeto, o qual consideramos de 10 anos. Assim temos: N = 365 x P x Vm x Fc x Fe x Fr onde: N = número de solicitações do eixo padrão de 8,2 ton. P = período de projeto (10 anos) Vm = volume médio diário de tráfego Fc = fator de carga Fe = fator de eixo Fr = fator climático regional, de conformidade a altura média anual de chuva em milímetros, que no de Cuiabá, oscila em torno de 1.400 mm, o que corresponde a Fr = 1,4. V.1.1 – CÁLCULOS a ) Fator de Carga - Fc Considerando tratar-se de área residencial, previu-se um tráfego predominante de passeio. Através de dados estatísticos tem-se, para esse tipo de tráfego, Fc= 0,05. b ) Fator de Eixo – Fe PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 50 Foi arbitrado o valor de Fe = 2,2, sugerindo no método, na falta de dados mais precisos. c ) Cálculo de N N = 365 x 5 x 50 x 0,05 x 2,2 x 1,4 N = 1,40 x 104 V.2 - DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO Como critério básico para definição dos materiais a serem utilizados para a composição das camadas estruturais do pavimento a projetar, foi adotado o de melhor desempenho e maior durabilidade. Como camada de rolamento optou-se pela utilização do TSD com capa selante, por se tratar de pista de rolamento em local basicamente tráfego residencial, com isto reduzindo o custo da pavimentação. Com o baixo índice de incidência de tráfego pesado sobre o pavimento, um CBR de sub-leito apurado em laboratório relativamente alto em todos os setores a serem pavimentados, chegou- se a conclusão de que uma camada de leito com espessura de 20cm será suficientemente competente para absorver as sobrecargas do trânsito projetado para essas regiões. Uma vez definido os materiais a utilizar e estimando-se parâmetros de resistência para os tipos de solos verificados, procedeu-se ao dimensionamento de acordo com o método utilizado e normatizado pelo DNIT. V.3 – INSTRUÇÕES DE EXECUÇÃO V.3.1 - Terraplenagem V.3.1.1 - Escavação, Aterro e Carga de Material PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 51 Deverá ser executado o rebaixamento do aterro obedecendo a largura das ruas, até o limite especificado no projeto executivo, sendo reconstituído camada por camada até a altura desejada. Os solos para os aterros provirão de empréstimos devidamente selecionados, sendo isentos de matérias orgânicas, diatomáceas, trufas e argilas orgânicas. A execução dos aterros subordinar-se-á aos elementos técnicos das notas de serviços elaboradas de acordo com o projeto executivo. A camada final do aterro será executada com o melhor material disponível. O material lançado deverá ser espalhado em camadas horizontais, na extensão que permita o seu umedecimento e sua compactação dentro dos critérios das especificações. A compactação das camadas, nos solos coesivos, deverá ser feita com o emprego de rolos compactadores vibratórios pé-de-carneiro. Nos solos de composição granular, serão empregados rolos lisos vibratórios. Quando as camadas tratadas não atingirem as especificações, elas deverão ser escarificadas,homogeneizadas, levadas à umidade adequada e novamente compactadas até atingirem os valores estabelecidos para o acabamento final. As rolagens deverão ser feitas de maneira a garantir uma compactação uniforme. Para tal, em cada passada, o rolo cobrirá aproximadamente metade da passada anterior. A compactação de cada camada somente poderá ser concluída quando a umidade do solo atingir a densidade aparente máxima de laboratório, conforme especificações da FISCALIZAÇÃO. Deverá ser tomado especial cuidado quanto à verificação do teor de umidade do material lançado, garantindo-se desta forma, valores dentro dos limites especificados, necessários para a obtenção das densidades requeridas. Havendo a necessidade de correção, estas se darão por diferentes processos e em função do problema verificado. Quando o teor estiver acima do limite especificado, o solo lançado deverá ser revolvido por meio de escarificadores ou grade de discos, sendo desta forma submetido à secagem. Nos casos em que este teor se apresentar abaixo do limite especificado, o solo deverá ser irrigado até que o teor de umidade atinja o valor ótimo para a compactação, empregando-se nestes casos, caminhões pipas com barras asperosas. Na eventualidade de ocorrer interrupções dos serviços, a superfície do aterro será PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 52 compactada com rolos lisos vibratórios, de modo a tornar esta superfície o mais impermeável possível, para que não haja alterações das características do material já compactado. O serviço só poderá ser retomado, após a verificação destas características, procedendo-se as correções indicadas, quando necessárias. V.3.2 - PAVIMENTAÇÃO V.3.2.1 - Escavação e Carga de Material de Jazida A camada de base estabilizada granulometricamente deverá ser executada com materiais provenientes de ocorrências previamente estudadas, denominadas “jazidas”. A exploração das jazidas será feita em duas etapas: 1) Limpeza da vegetação existente e expurgo de material inservível, quando existir; 2) Escavação do material. A limpeza da vegetação, dependendo do seu tipo, poderá ser feita por simples queimadas ou pelos métodos normais de desmatamento e limpeza. Após a conclusão da limpeza, deverá ser executada a escavação racional do material. Serão obedecidas as alturas de corte indicadas no projeto executivo, evitando-se a contaminação de materiais de qualidade inferior. Cuidados especiais deverão ser tomados para dispor o material escavado em montes de altura e volume compatíveis com o bom desempenho do equipamento no seu carregamento. Na extração haverá, portanto, necessidade de equipamentos para escavar, carregar e transportar o material. Os equipamentos a serem utilizados compreenderão trator de esteira para desmatamento e escavação, carregadeira frontal sobre pneus e caminhões basculantes para o transporte. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 53 Deverão ser solicitadas as amostras dos materiais escavados para análise de suas características físicas em laboratório. Após os resultados, serão liberados a sua utilização na pavimentação. Terminados os serviços de exploração da jazida, será necessário conformar o terreno e espalhar a camada de solo rejeitado sobre a área explorada. V.3.2.2 - REGULARIZAÇÃO DO SUB-LEITO A regularização deverá ser iniciada com a marcação topográfica, definindo as larguras e cotas finais desta etapa. Em função desta marcação será verificada a necessidade de cortes ou aterros no sub-leito. A escarificação do sub-leito será realizada por motoniveladoras atingindo a espessura média de 15 cm. Após a escarificação deverá ser processada a retirada do material dos trechos que se apresentarem com excessos e a adição dos trechos com falta. em seguida deverá ser feita a pulverização e homogeneização do material com o uso de grade de discos rebocadas por trator de pneus. Durante a homogeneização serão feitos ensaios em laboratório da umidade do material, realizando-se ensaio com speed para determinação da necessidade ou não de adição de água. Quando necessário, caminhões pipa deverão ser deslocados, distribuindo uniformemente por sobre o material pulverizado a quantidade de água necessária. Será preciso atenção, para não se deixar estacionar o caminhão pipa sobre o material, o que evitará aparecimento de áreas com excesso de umidade. Concluída a homogeneização e estando o material na sua umidade ótima, deverá ser feita a conformação com uso da motoniveladora sendo em seguida iniciada a compactação. Nesta etapa o rolo vibratório iniciará a compactação, do bordo para o eixo, ou seja, da parte mais baixa para o ponto mais alto. Cada passada deverá ser recoberta pela seguinte, em no mínimo, 50cm de largura e o número será determinado no local através de pistas experimentais. Antes de concluída a compactação será feito, com a motoniveladora, o acerto final da camada. Também deverá ser mantida a umidade superficial, com a passagem de caminhão pipa com velocidade compatível com a quantidade desejada de água, sobre a superfície acabada. A compactação será concluída com rolos lisos auto-propelidos. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 54 Após concluída a compactação, deverão ser efetuadas as verificações finais de topografia e laboratório para permitir a liberação do trecho para execução da camada seguinte. V.3.2.3 - BASE DE SOLO ESTABILIZADO SEM MISTURA A camada de base estabilizada sem mistura, deverá ser lançada sobre o sub-leito regularizado. Este trabalho deverá ser iniciado com o espalhamento do material enleirado, sobre o sub-leito. Esse espalhamento deverá ser feito com o uso de motoniveladora desfazendo os montes e distribuindo o material, uniformemente, na espessura desejada, sobre camada anterior. Em seguida será procedida a homogeneização do material pela passagem das grades de discos rebocadas por tratores de pneus. Com o material homogeneizado, deverão ser feitos os ensaios “in situ” de umidade para verificar a necessidade de adicionamento de água ou fazer aeração para perda da umidade excessiva. Havendo a necessidade de se adicionar água, deverão ser utilizados caminhões pipa equipados com barras espargidoras, que farão a distribuição de água nas quantidades necessárias. Quando não estiverem em operação, os caminhões pipa deverão ser estacionados fora da pista, para evitar o aparecimento de áreas com excesso de umidade. Estando o material homogeneizado, conformado e na sua umidade ótima ou dentro das variações permitidas, será iniciado o processo de compactação, quando deverão ser utilizados rolos compactadores vibratórios liso e de pneus para acabamento final. A compactação será sempre iniciada pelos bordos e cada passada será recoberta pela seguinte, em pelo menos 50cm, até atingir o eixo. O número exato de passadas será determinado em função do material, da espessura da camada e da energia de compactação transmitida pelo rolo. Antes da rolagem final será feito, com a motoniveladora, o acerto final da camada. A umidade superficial será mantida com a utilização de caminhão pipa. A sequência de entrada dos rolos compactadores será iniciada com o rolo pé-de-carneiro e, em seguida, com o rolo liso. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 55 As verificações finais de laboratórios e topografia serão feitas e, se atendidas as especificações de projeto, será liberada a camada para execução da base.V.3.2.4 - IMPRIMAÇÃO Para a imprimação, deverá ser usado o asfalto diluído CM-30 ou similar, com baixa viscosidade de modo a permitir sua penetração nos vazios do material subjacente. A execução da imprimação será iniciada com a varredura da base, com a utilização de vassoura mecânica tracionada por trator de pneus. Deverão ser também usadas vassouras manuais para pequenos retoques e limpezas em locais não alcançados pela vassoura mecânica. A distribuição do asfalto diluído deverá ser feita por um caminhão espargidor de asfalto, devidamente equipado, provido de dois maçaricos auto-geradores, sistema de circulação para enchimento do tanque, sistemas de circulação na barra espargidora com retorno de capacidade de descarga adequada. Nas juntas transversais, deverão ser colocadas as tiras de papel tipo Kraft, transversalmente à pista, no inicio e fim das aplicações, de forma a evitar o excesso de material por superposição de banhos. Antes de iniciar-se a imprimação, deverá ser procedida a checagem do funcionamento dos bicos da barra espargidora. A taxa de aplicação do material betuminoso será de 1,20 l/m2, a partir da faixa especificada. O material betuminoso indicado será estocado em tanques cilíndricos com capacidade apropriada. Todo material de imprimação a ser empregado, deverá atender as especificações aprovadas pela FISCALIZAÇÃO e o controle de qualidade dos serviços executados, tendo como base as normalizações da SINFRA, DNIT ou ABNT. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 56 V.3.2.5 - TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO COM CAPA SELANTE V.3.2.5.1 - Generalidades O tratamento superficial duplo, por penetração invertida, é um revestimento constituído de duas aplicações de material betuminoso, cobertas, cada uma, por agregado mineral. A primeira aplicação do betume é feita diretamente sobre a base imprimada, e coberta imediatamente, com agregado graúdo, constituindo a primeira camada do tratamento. A segunda camada é semelhante à primeira, usando-se agregado miúdo. O tratamento superficial duplo deve ser executado sobre a base imprimada e de acordo com os alinhamentos, greides e seções transversais projetadas. O consumo do material betuminoso (RR-2C), será na ordem de 3,5 l/m2 de pavimento. V.3.2.5.2 - MATERIAIS Todos os materiais devem satisfazer às especificações aprovadas pela DNIT. V.3.2.5.2.1 - Materiais Betuminosos Para a primeira camada, podem ser empregados os seguintes materiais betuminosos: a)cimento asfáltico de penetração 150/200; b)alcatrões, tipos AP-9, AP-10, AP-11 e AP-12; c)asfaltos diluídos, tipos CR-4 e CR-5; d)emulsão asfáltica, tipos RR-2 e RR-2C. Para a segunda camada, são aplicáveis os seguintes materiais betuminosos: a)cimentos asfálticos, de penetração 150/200 e 200/300; b)alcatrão, tipos AP-9,AP-10,AP-11 e AP-12; c)asfalto diluído, tipos CR-2,CR-3,CR-4 e CR-5; d)emulsões asfálticas, tipo RR-2C. PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 57 V.3.2.5.2.2 - Melhoramentos de adesividade Nâo havendo boa adesividade entre o agregado e o material betuminoso,deverá ser empregado um melhorador de adesividade, na quantidade fixada no projeto. V.3.2.5.2.3 - Agregados Os agregados podem ser pedra britada, escória britada e cascalho ou seixo rolado, britados. Somente um tipo de agregado será usado, devem consistir de partículas limpas, duras, duráveis, isentas de coberturas e torrões de argila. O desgaste Los Angeles não deve ser superior a 40%. Quando não houver, na região, materiais com esta qualidade, admite-se o emprego de agregados com valor de desgata até 50% ou de outros que, utilizados anteriormente, tenham apresentado, comprovadamente, bom comporta- mento. O índice de forma não deve ser inferior a 0,5. Opcionalmente, poderá ser determinada minada a porcentagem de grãos de forma defeituosas, que se enquadrem na expressão: 1 + g > 6 e onde: 1 = maior dimensão de grãos; g = diâmetro mínimo do anel, através do qual o grão pode passar; e = afastamento mínimo de dois planos paralelos, entre os quais pode ficar contido o grão. Não se dispondo de anéis ou peneiras com crivos de abertura circular, o ensaio poderá ser rea- lizado utilizando-se peneiras de malhas quadradas, adotando-se a fórmula: 1 + 1,25g > 6 e sendo g, a média das aberturas de duas peneiras, entre as quais fica retido o grão. A porcentagem de grãos de forma defeituosa não poderá ultrapassar a 20%. No caso de emprego de escória britada, esta deve ter uma massa específica aparente igual ou superior a 1,0 m³. A graduação dos agregados, para o tratamento superficial duplo deve obedecer ao especificado no quadro seguinte: PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 58 PENEIRAS PORCENTAGEM PASSANDO EM PESO 1ª CAMADA 2ª CAMADA Mm A B 1" 25,4 100 - - 3/4" 19,1 90-100 - - 1/2" 12,7 20-55 100 - 3/8" 9,5 0-15 85-100 100 Nº 4 4,8 0-5 10-30 85-100 Nº 10 2,0 - 0-10 10-40 Nº 200 0,074 0-2 0-2 0-2 V.3.2.5.2.4 - QUANTIDADE As quantidades de agregado e de ligante betuminoso a serem empregadas poderão ser as adiante indicadas, porém, o valor exato a empregar será o fixado no projeto. Quando for empregada escória britada como agregada de cobertura, deverá ser considerada a sua porosidade na fixação de taxa de aplicação do ligante betuminoso. V.3.2.5.2.5 - EQUIPAMENTO Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado pela Fiscaliza- ção, devendo estar de acordo, com esta Especificação, sem a qual não será dada a ordem de serviço. Os carros distribuidores do material betuminoso, especialmente construído para esse fim, de- vem ser providos de dispositivos de aquecimento, e de rodas pneumáticas, dispor de tacôme- tro calibradores e termômetros, em locais de fácil acesso, e, ainda, disporem de um espargidor manual para o tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas. Os rolos compres- sores devem ser do tipo tandem ou, de preferência, pneumáticos, autopropulsores. Os rolos compressores tipo “tandem” devem ter uma carga, por centímetro de largura de roda, não infe- PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 59 rior a 25 Kg e não superior a 45 Kg. Seu peso total não será superior a 10 toneladas. Os ro- los pneumáticos, autopropulsores, deverão ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 35 a 120 libras por polegada quadrada. Os distribuidores de agregados, rebocáveis ou automotrizes, devem possuir dispositivos que permitam uma distribuição homogênea da quantidade de agregados, fixada no projeto. V.3.2.5.2.6 - EXECUÇÃO Não será permitida a execução dos serviços, objetos desta Especificação, durante os dias de chuva. O material betuminoso não deve ser aplicado em superfícies molhadas, exceção da emulsão as fáltica, desde que em superfície sem excesso de água. O material betuminoso só deve ser apli- cado quando a temperatura ambiente estiver acima de 10ºC. A temperatura de aplicação do material betuminoso deverá ser determinada para cada tipo de ligante, em relação temperatura-viscosidade. Será escolhida a temperatura que proporcionar a melhor
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