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MEMORIAL DESCRITIVO-PROJETO EXECUTIVO CANAL TRAPEZOIDAL

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PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 1 
PROJETO EXECUTIVO DO CANAL 
HIDROLÓGICO DO CÓRREGO CANIVETE, 
PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA TIPO TSD 
COM CAPA SELANTE E GALERIAS 
PLUVIAIS NAS RUAS ADJACENTES 
MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS-MT 
Cuiabá, Fevereiro/2016 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 2 
I - APRESENTAÇÃO 
Este documento consubstancia o projeto executivo da macrodrenagem da bacia do Córrego 
Canivete do Município de Rondonópolis-MT, através da construção de Canal Hidrológico com 
pedra argamassada, compreendendo o trecho entre a Av. Sebastiana M. de Jesus (início), até 
sua foz que se dará às margens do Córrego Arareau. O canal terá uma extensão de 2.700,00 
metros, conforme locação na planta da cidade. 
Trata-se de um córrego com uma faixa de preservação já prevista, que ainda assim torna-se 
uma área problemática em épocas de precipitação pluviométrica mais intensa que, no caso do 
município de Rondonópolis, vai do mês de Novembro ao mês de Abril. Isso se deve ao fato de 
existir pouca declividade nas laterais do córrego e de toda a área de contribuição converge para 
esse único ponto, somando-se isso à pouca permeabilidade do solo e à proximidade das 
construções, ou seja, do próprio centro urbano da cidade. 
A canalização desse trecho do córrego torna-se, portanto, uma obra imprescindível, uma vez 
que no período chuvoso os riscos de desabamentos e de se contrair doenças como cólera, 
hepatite, malária, dengue, leishmaniose e outras é eminente, e as conseqüências desses riscos 
para a população do município são incalculáveis, como acontecido nos anos anteriores. Os 
benefícios advindos da implantação do referido projeto, como podemos observar acima é de um 
grande alcance social, evolução na saúde e no bem estar de toda comunidade que habita nas 
proximidades do canal do Córrego Canivete. 
Este projeto visa a canalização a céu aberto do Córrego Canivete, responsável pela coleta das 
águas de chuva da macrobacia daquela região, endereçando-as para o Córrego Arareau. Trata-
se de um projeto integrado, que propõe o controle de erosões, inundações e coletas das águas 
de chuvas dos bairros adjacentes que compõem a respectiva bacia. A recuperação das áreas 
de erosões e inundações irá proporcionar a adequação das áreas dentro das exigências 
ambientais pertinentes, e ainda, um melhor e mais seguro aproveitamento das áreas 
disponíveis, como pólo de lazer. 
O projeto executivo da construção do Canal Hidrológico do Córrego Canivete compõe-se de 
uma introdução onde se descreve o histórico do município de Rondonópolis, onde se localiza o 
referido Córrego, e a caracterização da área. Os capítulos seguintes constam do memorial 
descritivo, com os parâmetros de projeto e metodologia do sistema projetado; memorial de 
cálculo; planilha orçamentária; as plantas e os anexos com as peças gráficas projetadas para 
este sistema.
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
II - INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 4 
 
 
II - INTRODUÇÃO 
 
II.1 - Histórico de Rondonópolis 
 
Os primeiros sinais de vida em terras que hoje pertencem ao município de Rondonópolis são de 
pelo menos cinco mil anos atrás, segundo os estudos realizados no sítio arqueológico Ferraz 
Igreja. No período contemporâneo, já final do século passado, o local era povoado por índios 
Bororo, pelo efetivo do destacamento militar em Ponte de Pedra e aventureiros em busca de 
ouro e pedras preciosas. 
Logo nos primeiros anos de 1900 começam expedições da Comissão Construtora de Linhas 
Telegráficas Gomes Carneiro, sob o comando do primeiro tenente Cândido Rondon. Eram 
essas expedições que determinavam o traçado da linha telegráfica para interligar o Estado do 
Mato Grosso ao Amazonas. Em 1922 acontece a inauguração do primeiro posto telegráfico às 
margens do Rio Poguba (Rio Vermelho). Mas pode-se dizer que a partir de 1902 começa a ser 
formado o Povoado do Rio Vermelho com a fixação de famílias procedentes de Goiás, Cuiabá e 
outras regiões do Estado, além de nordestinos. Em 1915 já haviam cerca de setenta famílias na 
localidade que viviam com um pouco de organização econômica, social e política. Neste mesmo 
ano é promulgado um decreto lei que estabelecia uma reserva de 2.000 hectares para o 
patrimônio do povoado. Três anos depois o major Otávio Pitaluga concluía o projeto de 
medição, alinhamento e estética da localidade. 
A mudança do nome de Povoado do Rio Vermelho para Rondonópolis acontece em 1918 e em 
1920 o lugarejo passa a ser distrito de Santo Antônio do Leverger e comarca de Cuiabá.Na 
década de 20 Rondonópolis começa a ser despovoada. Problemas como epidemias, enchentes 
e a descoberta de diamantes na região de Poxoréo fazem com que várias famílias se mudem. 
Esses fatores levam Rondonópolis a ser distrito de Poxoréo no final dos anos 30. Em 1947 
Rondonópolis é inserido no contexto capitalista de produção como fronteira agrícola mato-
grossense, resultado da política do sistema de colônias implantado pelo governo do Estado. A 
emancipação política acontece em dezembro de 1953. O desenvolvimento vem através do 
campo. Na década de 70 acontece uma aceleração no processo de expansão capitalista. A 
cidade passa a ser um representante do modelo agro-exportador, com destaque para a 
produção de soja e da pecuária. Neste período Rondonópolis já é considerada pólo econômico 
da região e classificada como segundo município do estado em importância econômica, demo- 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 5 
gráfica e urbana. É a década da migração de nordestinos, paulistas, mineiros e sulistas que 
vêem nestas terras bons negócios. 
Rondonópolis. Terra de oportunidades. 
Hoje essa cidade que tem 54 anos conta com pouco mais de 174 mil habitantes convivendo 
num dos mais agradáveis climas de Mato Grosso, em média 30 graus.Conhecida por suas 
terras férteis e localização privilegiada Rondonópolis tem despertado cada vez mais, o interesse 
de empresários de outras regiões do país que procuram lugares promissores para a expansão e 
diversificação dos seus negócios.Graças a alta qualidade do algodão desenvolvido em toda a 
região empresários do setor têxtil começam a se instalar no município que começa a ter 
implantado um Pólo Têxtil e já conseguiu mudar o traçado da Ferronorte fazendo com que os 
trilhos do desenvolvimento passam por aqui, barateando o frete e diminuindo o percurso até os 
portos. 
Fonte: Drª. Luci Léa Lopes Martins Tesoro/ professora da UFMT 
DENOMINAÇÃO DOS HABITANTES: Rondonopolitanos. 
DATA DE FUNDAÇÃO: 10 de Dezembro de 1953 
ÁREA: 4.179,3 Km² 
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA: 
Altitude: 212m 
Latitude: 16º28'15" sul 
Longitude: 54º38'08" oeste. 
CLIMA: Tropical Úmido 
LIMITES MUNICIPAIS: Juscimeira, Poxoréo, São José do Povo, Itiquira, Pedra Preta, Santo 
Antônio de Leverger. 
DADOS METEOROLÓGICOS: 
Temperatura (ºC): 
Máxima: 40º 
Mínima: 0º 
DADOS DEMOGRÁFICOS: 
População: 199.830 habitantes (estimativa do IBGE/2006). 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 6 
Densidade Demográfica (hab/km²): 40,8 
IDH: 0,791 PNUD/2000 
PIB: R$1.484.255.000,00 - IBGE/2004 
PIB per capita: R$9.060,00 - IBGE/2004 
NÚMERO DE ELEITORES: 97.272 (TRE/2000). 
INFRA-ESTRUTURA: 
Escolas: 89 (55 municipais e 34 estaduais) 
Postos de Saúde: 46 
Creches: 07 
Feiras Livres: 09 
Bibliotecas: 02 
ECONOMIA:Destaca-se a agricultura, algodão, soja, milho, etc. Há também lavouras de 
subsistência. A pecuária é expressiva e caracteriza-se pelo sistema de cria, recria, engorda e 
leiteira. O comércio também tem papel de destaque na economia do município. São cerca de 12 
mil estabelecimentos comerciais, dos mais variados ramos e portes, inclusive grandes redes de 
supermercados e lojas de departamento, que proporcionam aos consumidores uma vasta 
diversidade de produtos. 
Como Rondonópolis produz algodão de alta qualidade implantou-se no município um pólo têxtil, 
a partir de 2007. Nos próximos anos, espera-se o aquecimento do comércio de confecções. 
Um shopping center e o segmento de prestação de serviço também incrementam o potencial 
comercial. 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 7 
 
 
 
Fig. 1 - VISTA AÉREA DA CIDADE DE RONDONÓPOLIS 
 
II.2 - Caracterização da área de projeto 
 
A ocupação urbana é caracterizada, na maioria da área de contribuição do córrego Canivete por 
loteamentos residenciais de baixo a médio padrão, ocupadas por uma população de renda 
equivalente. A grande maioria dos logradouros tem pavimentação asfáltica na porção montante 
do Micro-sistema e nas vias de circulação do transporte público. O escoamento das águas 
pluviais é feito de forma superficial, com a existência de algumas estruturas para a coleta das 
águas nos pontos de cotas mais baixas. 
Os referidos Bairros estão situados na área periférica da Cidade e passam atualmente por um 
intenso processo de ocupação dos lotes. 
A região de contribuição é constituída pelos bairros abaixo: 
 
Margem Esquerda – Jd. João de Barro/ Bairro Monte Líbano / Jd. Quitéria Teruel / Jd. 
Orquídea; 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 8 
 
CANALIZAÇÃO DO CORREGO CANIVETE (EXT=2.750,00ml)
 
Jd. America / Jd. Tropical/ Jd. Gramado I e II/ Jd. Ipê / Jd. Luz D´Ayara / Jd. Kênia / Jd. Santa 
Bárbara/ Jd. Rivera/ Jd. N. Sra. Glória/ Jd. Hortênsia / Parque. Res. Buriti/ Vila Carvalho/ Jardim 
HD/ Jd. Maria Tereza/. 
 
Margem direita – Jd. Assunção/ Jd. Marialva / Vila S. José/ Jd. Vera Cruz/ Jd. Santa Rosa/ Jd. 
Pindorama/ Jd. Santa Marta/ Jd. Santa Clara I e II/ Jd. Guanabara/ Jd. Bandeirantes/ Vila 
Planalto/ Vila Duarte. 
 
II.3 – População a ser atendida 
 
A população da área a ser atendida representa aproximadamente 17% da população total do 
município, ou seja, 29.000 habitantes. 
 
 A figura 2, a seguir, apresenta a foto aérea da Região do Córrego Canivete. 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 9 
III - MEMORIAL DESCRITIVO DO CANAL 
 
 
 
 
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CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 10 
 
 
III. MEMORIAL DESCRITIVO DO CANAL 
 
III.1. Situação Atual 
 
O Córrego Canivete até o presente momento não possui leito definido, pois dependendo da 
intensidade das chuvas, as águas extrapolam os seus contornos causando inundações de 
casas e levando doenças para a região. Após a execução do canal não ocorrerão tais 
catástrofes, pois o leito do mesmo será bem definido pelo seu traçado e pela sua geometria, 
conforme projeto. 
Não foram encontrados dados sobre os enchentes neste local na Prefeitura Municipal mas, em 
levantamento realizado junto aos moradores das margens do Corrego, constatamos que o 
intervalo de ocorrência das enchentes e de aproximadamente 10 (dez) anos. 
 
Diversos serviços paliativos foram executados no decorrer dos anos, sem proporcionar uma 
solução definitiva para o problema. A falta de infra-estrutura adequada propicia o lançamento de 
detritos (resíduos sólidos) que, acumulados, causam impacto no meio ambiente, propiciando o 
surgimento de diversas doenças. 
 
As fotos abaixo e a seguir, apresentam as condições da degradação ambiental do córrego, 
comprovando a necessidade da intervenção a ser executada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 11 
Fig. 3 - Serviços paliativos executados no trecho do córrego, sem propiciar a solução definitiva do problema. 
Fig. 4 – Presença de resíduos sólidos no leito do Córrego Canivete 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 12 
 
 
 
Fig. 5 – Degradação ambiental do Córrego Canivete 
 
Fig. 6 - Degradação ambiental do Córrego Canivete 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 13 
 
 
 
 
Fig. 7- Degradação ambiental do Córrego Canivete. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 14 
Fig. 8 - Degradação ambiental do Córrego Canivete 
III.2 - Solução Proposta
Foi projetado um canal trapezoidal misto, nas seções de projeto, com paredes de alvenaria de 
pedra argamassada e fundo em concreto 18,0 Mpa, espessura 0,20 metro, armado duplamente 
com tela de aço CA-60 bitolas 5,00mm e 4,2mm, formando malhas de 15x20cm. O canal ora 
projetado tem capacidade de vazão superior à vazão de projeto do Córrego Canivete, para um 
tempo de recorrência de 20 anos. Para estabelecer a maior captação de águas pluviais pelo 
canal em questão, serão executadas galerias de águas pluviais ao longo de toda bacia de 
contribuição, nas localidades de escoamento natural das águas e nas bitolas do cálculo 
hidrológico e com material de concreto armado tubular, caixas coletoras tipo bocas de lobo, 
pavimentação das vias principais onde houver galerias pluviais, caixas de passagem para 
variação dos níveis das tubulações, meios-fios e sarjetas para canalizar o maior volume de 
águas de chuva de toda região para o canal do Córrego Canivete. 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 15 
 
 
III.3 - Projeto de Drenagem 
 
III. 3.1 – Dados da Bacia 
Área da bacia de contribuição: 
Bacia do Córrego Canivete 5,67 Km2 
Vazão máxima da bacia 95,33 m3/s 
Comprimento do talvegue 2.700,00 ml 
Desnível total do talvegue 41,68 ml 
 
 
Fig. 9 – Localização da bacia de contribuição do Córrego Canivete no município de Rondonópolis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 16 
 
 
 
Fig. 10 - Fig. 11 e Fig. 12 - Delimitação da bacia de contribuição do córrego Canivete. 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 17 
III .3.2 – Metodologia Adotada 
No desenvolvimento do projeto foram cumpridas as seguintes etapas principais: 
a) Estudo da bacia de contribuição, baseado nas cartas cartográficas na escala de 1:2000 com
curvas de nível de metro em metro, nos perfis propostos e em outros levantamentos feitos na 
área; 
b) Reconhecimento de campo onde foram anotadas e diagnosticadas as condições atuais de
escoamento superficial existente; 
c) Estudo e determinação do futuro caminhamento das águas, baseado nos talvegues
existentes e nas vias projetadas; 
d) Escolha dos parâmetros de projeto;
e) Cálculos hidrológicos;
f) Estudo das alternativas para solução dos problemas;
g) Lançamento das galerias projetadas, com a definição das sub-bacias contribuintes a cada
ponto; 
h) Cálculos hidráulicos;
i) Detalhamento do projeto, desenhos, elaboração do memorial descritivo, especificações de
materiais e estimativa de custos 
III.3 - Generalidades
O estudo das precipitações intensase escoamento superficial, estão diretamente ligados ao 
dimensionamento racional das galerias e canais pluviais ou sistema de drenagem. Seu 
dimensionamento é feito em função da "vazão de projeto", atendendo a uma solução de 
compromisso entre os possíveis danos causados pela incapacidade de escoamento e o custo 
da obra. Obtém-se, assim, uma pretensão contra uma dada precipitação que tenha uma 
probabilidade de ocorrência pré-determinada. 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 18 
 
 
Tendo em vista estas condições, mostramos os critérios adotados. 
 
III.4 – Parâmetros de Projeto 
 
III.4.1 - Definição do tempo de concentração ( tc) 
Para o tempo de concentração "tc", adotamos o valor de 5 minutos, prazo compatível com os 
acontecimentos e ocorrências das chuvas na nossa região. 
 
III.4.2 - Determinação do período de retorno ( T) 
As obras de drenagem são dimensionadas não em função da vazão máxima possível, mas em 
função de uma "vazão de projeto", que depende do "período de retorno" ou "tempo de 
recorrência". O período de retorno equivale ao número médio de anos em que uma dada 
precipitação será igualada ou excedida. A adoção de um determinado período de retorno seria 
uma solução compatível, que levaria em conta os possíveis danos causados por falta de 
capacidade de escoamento, o custo da obra, bem como de critérios do projetista. Analisando a 
área e verificando o histórico das enchentes máximas neste local, constatamos que o período 
de retorno é de aproximadamente de 10 anos. 
 
III.5 – Modelo Hidrológico Adotado 
 
No marco zero do início das erosões causadas pelo leito natural do talvegue, localizado na Av. 
Goiânia, que hoje direciona todas as águas coletadas para o Ribeirão Arareau, serão 
executadas tubulações futuramente (não contemplado neste projeto), tubulações com manilhas 
de concreto armado em linha de três, de bitola de 1.500mm, cuja coleta das águas se dará 
através de caixas coletoras das águas de chuvas para ali direcionadas pelo talvegue. Estas 
tubulações, contempladas por outro projeto, serão direcionadas para o início do canal da Av. 
Sebastiana M. de Jesus, extensão esta de aproximadamente 300,00 ml, que daí serão 
acrescentadas às águas coletadas pelo canal aberto e pelas tubulações existentes e a serem 
executadas no futuro, distribuídas pelos bairros adjacentes ao talvegue que formam a bacia de 
contribuição final do canal. 
 
 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 19 
 
 
Para a determinação das vazões de projeto, foram utilizados dados de campo, como área da 
bacia, declividade do trecho do canal, extensões a serem cobertas pelo canal e dados 
previamente calculados por verificação na região como intensidade das chuvas e tempo de 
concentração das mesmas. 
Os serviços a serem executados deverão obedecer rigorosamente aos detalhes de projeto e 
especificações, estando estes em plena concordância com as normas e recomendações da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e das concessionárias locais, assim como 
com o Código de Obras do Município em vigor. 
 
Prevalecerá sempre o primeiro, quando houver divergência entre: 
 
- As presentes especificações e os projetos; 
- As normas da ABNT e as presentes especificações; 
- As normas da ABNT e aquelas recomendadas pelos fabricantes de materiais; 
- As cotas dos desenhos e as medidas em escala sobre estes; 
- Os desenhos cm escalas maiores e cm escalas menores; 
- Os desenhos com data mais recente e os com data mais antiga. 
 
Todo material a ser empregado na obra deverá ser comprovadamente de primeira qualidade, 
sendo respeitadas as especificações referentes aos mesmos. Se as circunstâncias ou 
condições locais de mercado tornar, porventura, aconselhável a substituição de qualquer 
material especificado por outro equivalente, tal substituição somente deverá ser procedida 
mediante autorização expressa da Fiscalização. 
 
III.6 – Especificações Técnicas 
 
III.6.1 – Instalação da Obra e Trabalhos Preliminares 
São os serviços que tem por finalidade dotar o canteiro de obra da infra-estrutura necessária ao 
desenvolvimento da obra. Compreendem basicamente os seguintes itens: 
- Limpeza do terreno; 
- Placa indicativa da obra, conforme modelo do agente financeiro da obra; 
- Construção de depósito para materiais e ferramentas; 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 20 
 
 
- Construção de alojamento para pessoal, se for necessário; 
- Construção de escritório da obra; 
- Transporte e instalação de equipamentos; 
 
- Colocação de sinalização para mudanças de trânsito; 
- Autorização dos órgãos públicos competentes, para o inicio das obras. 
 
III.6.1.1 – Placas indicativas da obra 
 
Deverá ser colocada pelo executor da obra, em local bem visível, placas indicativas da mesma, 
que deverão estar de acordo com as normas do agente financeiro da obra. 
 
III.6.1.2 - Sinalização 
 
A contratada deverá providenciar antes da interdição das ruas, sinalização de tráfego, conforme 
orientação da fiscalização. Deverão ser adotadas para orientação desta sinalização, as normas 
existentes na Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte Urbano municipal. As valas de 
escavação, em trechos de ruas, devem ser inteiramente isoladas com tapumes ou cerca de 
telhas de polietileno laranja ou mesmo tábuas zebradas com tinta refletiva que, durante a noite, 
servirão de suporte para sinalização luminosa. 
 
III.6.1.3 - Topografia 
 
Os serviços de topografia deverão utilizar para o lançamento das cotas previstas no projeto, os 
mesmos RN's usados pela EMPRESA no levantamento planialtimétrico apresentado para 
elaboração deste trabalho, com as respectivas cotas. O RN principal deverá ser sempre o do 
IBGE (RN verdadeiro). As galerias deverão ser locadas no eixo das vias, podendo vir a ser 
deslocadas pela Fiscalização, para atender a imposições locais. 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 21 
III.6.1.4 – Escavações para drenagem
As escavações serão realizadas com a finalidade de atingir as cotas previstas para 
assentamento dos canais e as cotas para execução das fundações das demais obras 
projetadas. A abertura das valas para assentamento das canalizações será feita segundo 
alinhamento locado pela topografia, nas larguras e profundidades indicadas no projeto. A 
largura das valas serão, no mínimo, igual ao da galeria acrescido de 0,90 metro, dividido para 
ambos os lados, para bitolas de tubos entre 0,60 metro e 1,20 metro e para profundidade de 
escavação até 3,00 metros, quando a profundidade for igual ou superior a esse valor, adiciona-
se ao diâmetro do tubo 1,00 metro, divido entre ambos os lados. Para diâmetro do tubo igual a 
0,40 metro, adiciona-se sempre 0,60 metro dividido entre os dois lados do tubo, ou seja, a 
largura da escavação terá sempre 1,00 metro. As larguras das valas poderão ser aumentadas 
ou diminuídas pela Fiscalização, de acordo com as condições do terreno e com outras 
circunstancias de ocasião. O fundo da vala deverá ser absolutamente retilíneo em cada trecho, 
sendo que qualquer excesso de escavação ou depressão no fundo da vala, será preenchido 
com areia grossa de rio ou material de jazida (cascalho). Deverão ser devidamente 
consolidadas todas as canalizações ou obras, por onde passarem as escavações necessárias 
ao assentamento das galerias. 
III.6.1.5 - Escoramento de valas
Os escoramentos de acordo com as necessidades dos serviços, deverão ser feitos com 
pranchas de madeira, descontínuas,contraventadas com linhas de madeira de lei, ou outro 
processo aprovado pela Fiscalização. A largura das valas escoradas será medida pela parte 
interior do escoramento. Profundidades acima de 1,00 metro e com fragilidade dos barrancos, 
deverão ser escoradas, para caso ocorra o desmoronamento de paredes, a mão de obra esteja 
protegida. 
III.6.1.6 - Esgotamento
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 22 
 
O esgotamento, quando necessário, deve ser simples, por meio de bombas. Para efeito de 
medição, será considerado como volume de esgotamento um volume igual ao da escavação do 
trecho esgotado. 
 
III.6.1.7 – Rebaixamento de lençol 
Quando houver imperiosa necessidade técnica, o esgotamento será através de sistema de 
rebaixamento de lençol. O rebaixamento de lençol será executado através de um conjunto 
de moto bombas e ponteiras, para cada trecho. Para efeito de medição, serão considerados 
pela Fiscalização, os dias necessários para o bombeamento de cada trecho. 
 
III.6.1.8 - Reaterro 
 
Concluída a construção de trechos da canalização, serão executados os reaterros 
correspondentes em camadas de aproximadamente 0,25 metro. O material do reaterro será 
umedecido e compactado de acordo com as normas pertinentes, mediante o uso de 
equipamento adequado, como soquetes manuais ou sapos mecânicos, devendo a camada 
compactada não ultrapassar 0,25 metro. 
 
III.6.1.9 - Expurgo 
 
O expurgo será removido para locais determinados pela Fiscalização, e no seu preço estão 
incluídos carga e transporte, a uma distância média, definida no orçamento. O expurgo constará 
do material escavado e não utilizado para reaterro, sendo medido a partir do local de carga, 
pelo sistema de volume transportado. O material que não for apontado no destino determinado 
pela Fiscalização não terá seu volume incluído no pagamento do item expurgo. Não será 
medido expurgo para entulhos provenientes de restos de materiais utilizados na execução da 
obra. 
 
III.6.1.10 - Enrocamento 
 
Deverá ser executado após as bocas à jusante dos bueiros e nas bocas de bueiros utilizadas 
para lançamento final das galerias, um enrocamento de pedras arrumadas, cujo diâmetro 
mínimo destas pedras não deverá ser inferior a 0,50m. A área e profundidade das caixas de 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 23 
 
enrocamento estão definidas na planta de detalhe de boca de bueiro. Este enrocamento tem a 
finalidade de dar proteção ao final das galerias e bueiros. 
 
III.6.1.11 - Seção Trapezoidal do Canal 
 
A seção do canal hidrológico será de formato trapezoidal, nas dimensões e características do 
projeto. Sobre o leito regularizado do canal, será executado lastro de pedra de mão na 
espessura média de 20 (vinte) centímetros, para suporte sobre região de lama ou solo mole ,e 
sobre este, laje maciça de concreto armado, espessura de 20 cm., armadura tipo tela, duas 
camadas, superior e inferior, com malha 15x20cm de aço CA-60 – bitolas 4,2mm e 5,0mm. O 
canal terá profundidade de 3,00 metros, em toda sua extensão, largura de boca variável de 
3,80 metros até a dimensão de 7,20 metros, conforme demonstrado em projeto, existindo 
porém outras seções (2) em outros trechos anteriores, conforme inseridas neste projeto. As 
paredes do canal serão de pedra argamassada com a face interna inclinada a 30%, começando 
na sua parte superior com 0,60 m de espessura e na sua base medindo 1,50 m. Na base das 
paredes numa altura em torno de 50 cm do piso de fundo, com espaçamento de 2,00 em 2,00 
metros deverão ser colocadas babacans, com tubos de PVC com 75 mm de diâmetro, 
responsável pela retirada das águas de infiltração na face externa das paredes, reduzindo a 
pressão das mesmas sobre as paredes. Todas as características aqui descritas estão inclusas 
nas pranchas de projetos, que fazem parte do presente memorial. 
 
III.6.1.12 – Travessias do canal por vias existentes 
 
Para as travessias sobre o canal a ser edificado, nas ruas e avenidas cortadas pelo mesmo, 
serão utilizados bueiros celulares pré-moldados retangulares nas dimensões 2,50x2,50x1,00 ou 
3,00x3,00 metros, com larguras variáveis dependendo da caixa da pista a ser cortada pelo 
mesmo, variando de 15,00 metros a 30,0 m, armadas, interligadas entre si através de encaixes 
e calafete com argamassa mista de cimento e areia no traço 1:3. Tudo conforme dimensões 
indicadas nas plantas de detalhes e nos desenhos de elementos estruturais. Os módulos pré-
moldados de concreto armado serão apoiados sobre lastro de concreto armado, 18,00 Mpa, 
com malhas de aço 4,2” x 5,00mm, espessura de 20 cm, e pela largura da base do canal 
juntamente com a largura da base das paredes. Caso seja necessário, nos locais onde o fundo 
do leito natural seja de pouco suporte à compressão, será utilizado camada de pedra de mão 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 24 
(marruada), para dar reforço e suporte de carga no solo de fundo do leito do canal, espessura 
de 20 cm, formando um leito estável em toda extensão e largura da galeria. A cada 20,00 
metros deverá ser executada uma junta transversal de dilatação, nas lajes superior e inferior, 
do tipo Fungemband 0-22. A cada 2,00 metros deverá ser construído um babacan na laje 
inferior e um em cada parede, conforme dimensões e posições mostradas na planta de 
detalhes. Será executado um dreno corrido de brita mista ( 1 e 2) por fora das paredes laterais, 
nas dimensões conforme apresentado no projeto. Nas extremidades das galerias pré-moldadas 
(bueiros), serão executadas pontas de ala nas dimensões de projeto, para contenção dos 
aterros das cabeças do bueiro. Caso seja necessário, deverão ser utilizados tirantes de cabo 
de aço formando suporte entre as alas do aterro, para garantir a estabilidade dos mesmos. Os 
bueiros celulares de concreto deverão ser providos de espaço para travessia de pedestres, 
numa largura mínima de 1,20 metro de cada lado do mesmo, onde haverá uma divisão por meio 
fio de concreto, separando a pista de rolamento e a passagem de pedestre. 
III.6.1.13 - Escavação do Canal em terra
As escavações do leito do canal deverão ser feitas mecanicamente, exceto àquelas em que for 
necessário a utilização de técnicas diferenciadas para rompimento do leito rochoso. Para 
fixação dos níveis finais, deverão obedecer as seções e cotas previstas no projeto. Os locais 
em que as cotas do terreno natural forem inferiores as propostas para o canal, deverão ser 
aterrados, atingindo assim o nivelamento do terreno natural com o nível de borda do canal 
acabado. 
III.6.1.14 – Limpeza e entrega da obra
Muros, calçadas, calçamentos, pavimentos, etc., que forem demolidos ou danificados pela 
execução da obra deverão ser restaurados. Após a execução de todos os serviços descritos, 
deverá ser feita a retirada completa dos aparelhamentos, materiais não utilizados, devendo ser 
procedida limpeza completa da área. 
III.7 – Impactos ambientais do lançamento a jusante
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 25 
 
Conforme descrito no item “situação atual”, o Córrego Canivete até o presente momento não 
possui caixa do leito bem definido. Dependendo da intensidade das chuvas, as águas extrapo- 
lam os seus contornos causando inundações de casas e levando doenças para a região. Após 
a execução do canal não ocorrerão tais catástrofes, pois o leito do mesmo será bem definido 
pelo seu traçado e pela sua geometria. O projeto de canalização do Córrego Canivete esta 
sendo calculado para absorver uma vazão de contribuição previstapara as piores condições: 
área com 100% de ocupação e totalmente impermeabilizada. O lançamento atualmente a 
jusante não sofrerá modificações, permanecendo como receptor o Ribeirão Arareau, que possui 
capacidade para recebimento da vazão de contribuição prevista. 
 
 
 
 
 
Fig. 13 – Encontro do Córrego Canivete com Ribeirão Arareau 
 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 26 
 
 
Fig. 14 – Encontro do Córrego Canivete com Ribeirão Arareau 
 
Fig. 15 – Encontro do Córrego Canivete com Ribeirão Arareau 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
IV – MEMORIAL DE CÁLCULO DO CANAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 28 
IV.1 - DEFINIÇÃO DO TRECHO DE CANAL
A definição do trecho de canal a ser otimizado, uma vez que já existe o leito natural do 
escoamento das águas de chuva, foi definida levando em consideração a disponibilidade de 
recursos e as condições de urbanização da bacia a ser drenada, que vai ocorrer ao longo de 
2.700,00 metros de talvegue. 
IV.2 - LOCAÇÃO DO EIXO DO CANAL
A locação do eixo do canal a ser implantado foi definida através de uma poligonal com 
caminhamento o mais retilíneo possível; e procurando sempre acompanhar o leito natural do 
Talvegue, no entanto otimizando o seu traçado sinuoso. 
IV.3 – DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE DRENAGEM DAS SUB-BACIAS
A delimitação das áreas de drenagem das sub-bacias de contribuição para cada trecho do canal 
foi efetuada através do partido urbanístico do município, com verificação “in-loco”. 
Poderíamos estar usando a área total da bacia de contribuição para o dimensionamento da 
seção do canal, o que seria de certo modo correto, porque estaríamos considerando uma seção 
máxima de canal, com um coeficiente de segurança bastante otimizado, entretanto estaríamos 
incorrendo no fator negativo do custo de execução do mesmo, uma vez que a bacia de 
contribuição é acumulativa ao longo do trecho do canal, o que nos leva a fazer um outro estudo 
parcelado da bacia, ou seja, sub-dividir a bacia global em outras sub-bacias menores de acordo 
com as suas participações nos respectivos trechos do canal hidrológico. 
Após estudos detalhados, tanto no local, como através de dados existentes, de toda área de 
contribuição das águas pluviais, que convergem para o talvegue formador do leito natural do 
córrego canivete, considerando os aspectos topográficos, altimetria (curvas de níveis), 
formações geológicas, crescimento demográfico da região, arruamentos, benfeitorias estruturais 
existentes e futuras, galerias pluviais existentes e as que deverão ser executadas, enfim, todos 
os fatores que contribuem para aumentar e direcionar o fluxo das águas das chuvas para o leito 
do canal existente e posterior leito do canal a executar, considerando ainda, a funcionalidade do 
canal, a segurança de suas funções e ainda a economia na sua execução, fracionamos a bacia 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 29 
 
de contribuição total em quatro (4) sub-bacias o que nos fornecerá secções diferenciadas para 
cada volume de água a ser coletado em cada sub-bacia, proporcionando assim uma redução 
significativa nos custos dos serviços a serem executados. O critério para divisão das bacias 
foi um equilíbrio médio entre as áreas de contribuição de cada bacia, e não pela extensão 
do canal em cada trecho, quatro (4) bacias com áreas de contribuição praticamente 
iguais apenas uma (1) área de contribuição maior que as demais, que corresponde às 
convergências das águas de diversos bairros para o referido canal, conforme se pode 
observar no mapeamento da região. Após o cálculo das áreas de contribuição de cada bacia 
foi feito uma verificação da seção do canal necessário para cada volume de água de chuva a 
ser captada em cada trecho, determinando assim a seção suficiente para suporte de tal vazão 
(Q), conforme poderemos observar a seguir: 
 
 
RESUMO DAS BACIAS: 
 
BACIA I: 
Área I = 2,35 Km2 PERÍMETRO I = 7,75 Km 
 
BACIA II: 
Área = 1,22 Km2 PERÍMETRO II = 6,15 Km 
 
BACIA III: 
Área = 1,10 Km2 PERÍMETRO III = 4,97 Km 
 
BACIA IV: 
Área = 1,00 Km2 PERÍMETRO III = 4,56 Km 
 
a) Bacia de contribuição global e única ou seja (I+II+III+IV): 
 
 Act = 5,67 Km2 onde: Act = Área de contribuição da bacia total. 
 Pt = 9,74 Km Pt = Perímetro da bacia de contribuição. 
 
 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 30 
 
b) Bacia de contribuição I: 
Ac1 = 2,35 Km
2 onde: Ac1 = Área de contribuição da bacia I. 
 P1 = 7,75 Km P1 = Perímetro da bacia de contribuição I. 
 
 
c) Bacia de contribuição I+ II: 
 Ac2 = (2,35 + 1,22) = 3,57 Km
2 onde: Ac2= Área de contribuição das bacias total I+II. 
 P2 = 12,66 Km P2 = Perímetro da bacia de contribuição I +II. 
 
 
d) Bacia de contribuição I+ II+III: 
 Ac3 = (2,35+1,22+1,10) = 4,67 Km
2 
 P3 = 13,90 Km 
 
 onde: 
 
 Ac3= Área de contribuição das bacias total I+II+III. 
 P3 = Perímetro da bacia de contribuição I +II +III. 
 
 
e) Bacia de contribuição I+ II+II+IV: 
Ac4 = (2,35+1,22+1,10+1,00) = 5,67 Km
2 
 P4 = 13,90 Km 
 
 onde: 
 
 Ac4= Área de contribuição das bacias total I+II+II+IV. 
 P4 = Perímetro da bacia de contribuição I +II + III + IV. 
 
 
 
IV.4 – TEMPO DE CONCENTRAÇÃO 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 31 
Dentre as várias fórmulas empíricas desenvolvidas por diversos autores, as mais lógicas são as 
que dão o tempo de concentração aproximadamente proporcional à extensão do curso principal 
e inversamente proporcional à raiz quadrada da declividade, porque o tempo de concentração 
pode ser interpretado como sendo a soma dos quocientes entre a extensão dos diversos 
trechos do curso e a velocidade da água nestes trechos. 
A velocidade, por sua vez, é aproximadamente proporcional à raiz quadrada da declividade 
conforme a Fórmula de Chezi ( Escoamento de Canais ). 
Somando-se os quocientes entre as extensões parciais do curso principal e as velocidades 
correspondentes à sua declividade, resulta o tempo de concentração procurado. 
Para velocidade de canais, as velocidades devem estar entre os extremos: 6,00 m/s e 0,80 m/s. 
IV.5 – CÁLCULO DA VAZÃO MÁXIMA NO CANAL
Para o cálculo da vazão foi considerado um período de retorno de 10 (dez) anos, utilizando-se a 
Equação do Método Racional: 
Período de retorno: tempo para repetição de uma cheia máxima. 
Q = 0,278 x C x I x Ac onde: 
 Q = deflúvio superficial direto máximo (m3/s) 
C = coeficiente de Run-off 
 I = intensidade média de chuva (mm/h) 
 Ac = área da bacia de contribuição (Km2) 
IV.6 - COEFICIENTE DE ESCOAMENTO (RUN-OFF)
Valores do coeficiente de escoamento superficial direto adotados pela Prefeitura do Município 
de São Paulo. 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 32ZONAS C 
Edificação muito densa: 
Partes centrais, densamente construídas de uma cidade com ruas e 
calçadas pavimentadas 
0,70-
0,95 
Edificação não muito densa: 
Partes adjacentes ao centro, de menos densidade de habitações, mas com 
ruas e calçadas pavimentadas 
0,60-
0,70 
Edificações com poucas superfícies livres: 
Partes residenciais com construções cerradas, ruas pavimentadas 
0,50-
0,60 
Edificações com muitas superfícies livres: 
Partes residenciais com ruas macadamizadas ou pavimentadas 
0,25-
0,50 
Subúrbios com alguma edificação: 
Partes de arrabaldes e subúrbios com pequena densidade de construção 
0,10-
0,25 
Matas, parques e campos de esporte: 
Partes rurais, áreas verdes, superfícies arbonizadas, parquesajardinados, 
campos de esporte sem pavimentação 
0,05-
0,20 
C = Para região de media densidade e muitas áreas livres e com pavimentações de ruas e 
calçadas, usaremos o coeficiente de 0,40. 
IV.7 – CÁLCULO DA INTENSIDADE MÁXIMA DAS CHUVAS
I = Intensidade máxima das chuvas (média), para um período de 10 (dez) anos em mm/h, 
conforme calculado abaixo. 
Para o cálculo da Intensidade das chuvas (I) na região de Rondonópolis poderemos utilizar a 
fórmula que segue: 
I = 29,13xT0,181 / (t+15)0,89 
T = Tempo de retorno 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 33 
 
 
t = Tempo médio de chuva em minutos 
 
Teremos a seguir: 
 
I = 29,13x(10)0,181 /(10+15)0,89= 44,19/17,55 
 
I = 2,52 mm/min 
 
I = 60 x 2,52 === I = 151,20 mm/h 
 
 
IV.8 – DECLIVIDADE MÉDIA DO CANAL 
A declividade do leito natural de córrego, conforme projetos apresentados e em anexo, temos 
um desnível total de 41,68 ml (cotas de projeto) em 2.700,00 ml de canal, o que nos dá uma 
declividade média de 0,0154 m/m (41,68/2.700,00), e de acordo com o projeto estaremos 
executando desníveis (degraus) que proporcionará uma redução da velocidade de escoamento 
das águas, o que nos dá a segurança de que os desgastes da seção do mesmo será bem 
menor do que se esta velocidade fosse mais acentuada. Portanto, podemos trabalhar no nosso 
cálculo de dimensionamento do canal, como declividade máxima por trechos de 0, 0154 m/m. 
 
Teremos: 
 
I = declividade média do canal ( m/m ) = (41,68/2700) = 0,0154 m/m 
 
IV.9 – CÁLCULO DA VELOCIDADE DE ESCOAMENTO 
 
Para a determinação da velocidade de escoamento das águas no canal foi utilizada a fórmula 
de Manning, cuja expressão, no sistema métrico, é dada por: 
 
Ve= (1/n) Rh2/3 x I1/2 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 34 
 
 
Onde: Ve = Velocidade de escoamento. 
 N = coeficiente de rugosidade do canal de pedra argamassada = 0,030. 
 Rh = Raio hidráulico = S/P 
 I = Inclinação do canal (executado) em m/mil 
 S = Seção molhada do canal 
 P = Perímetro molhado do canal 
 
 
IV.9.1 – CÁLCULO DO RAIO HIDRÁULICO (RhM) 
 
Para cálculo do Raio Hidráulico máximo, utilizaremos uma seção interna de canal que possa ser 
compatível com o volume de água de chuva convergente para o mesmo, que possa suportar as 
cheias máximas sem que ocorra derramamento das águas por ineficiência do canal, evitando 
assim o transbordamento do mesmo causando inundações e erosões nas regiões próximas do 
canal, assim, através de uma seção interna trapezoidal, altura compatível, podemos comprovar 
a sua eficiência funcional ou não através do que segue: 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEÇÃO TRAPEZOIDAL ADOTADA (MAIOR SEÇÃO): 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 35 
3.
00
7.20
5.40
1.50
0.600.60
1.50
3.13
3.
13
2.
80
N.M.A
SEÇÃO DO CANAL CANIVETE PARA SUB-BACIAS DE CONTRIBUIÇÃO (I+II+III+IV)
Onde: 
RhM = Raio Hidráulico Máximo = S/P 
S= área da seção molhada (m2) 
P= perímetro da seção molhada (ml) 
Altura máxima da lamina d’agua : 2,80 m (pior situação de cheia) 
S = (5,00 + 7,08) x 2,80 /2 = 16,91 m2 
P =(2,94 x 2,00) + 5,40 = 11,28 m 
Rh = 16,91/11,28 
Rh = (S/P) = 1,50 m 
Ve = (1/0,030) x (1,50)2/3 x (0,0154)1/2 V= (33,33) x (1,31) x (0,124) vem que: 
Ve = 5,41 m/s 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 36 
IV.10 – CÁLCULO DAS VAZÕES PARA CADA SUB-BACIA DE CONTRIBUIÇÃO:
Ac1 = Área de contribuição da bacia I, para a vazão máxima do canal, em m
3/s.
14.10.1 - CÁLCULO DA VAZÃO MÁXIMA DE CHEIA, CONSIDERANDO A BACIA DE 
CONTRIBUIÇÃO I (AC1): 
Q1 = 0,278 x C x I x Ac1 
Considerações: 
Ic = 151,20 mm/h 
C = 0,40 
Ac1 = 2,35 km
2
I = 0,0151m/m (inclinação do fundo do canal) 
Ve = 5,39 m/s - Velocidade de escoamento das águas no canal 
Teremos: 
Q1 = 0,278 x 0,40 x 151,20 x 2,35 
Q1 = 39,51 m
3/s
Seção de canal necessária para comportar tal vazão: 
Sc1 = Q1/V = 39,51/5,39 = 7,33 m
2
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 37 
 
3.0
0
3.80
2.00
1.50
0.600.60
1.50
3.13
3.1
3
2.8
0
N.M.A
SEÇÃO DO CANAL CANIVETE PARA BACIA DE CONTRIBUIÇÃO I
 
Cálculo da área da seção para cheia máxima: 
 
Sc = [(3,80 + 2,00)/2] x 2,80 = 8,12 m2 > 7,64 m2 – portanto comporta o fluxo máximo. 
 
IV.10.2 - CÁLCULO DA VAZÃO MÁXIMA DE CHEIA, CONSIDERANDO A BACIA DE 
CONTRIBUIÇÃO II (AC2): 
 
Q2 = 0,278 x C x I x AC2 
 
Considerações: 
Ic = 151,20 mm/h 
C = 0,40 
AC2 = (2,35 + 1,22) = 3,57 km
2 
I = 0,0151m/m (inclinação do fundo do canal) 
Ve = 5,39 m/s - Velocidade de escoamento das águas no canal 
 
Teremos: 
 
Q2 = 0,278 x 0,40 x 151,20 x 3,57 
Q2 = 60,02 m
3/s 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 38 
 
 
Seção de canal necessária para comportar tal vazão: 
 
Sc2 = Q/V = 60,02/5,41 = 11,09 m
2 
 
Cálculo da área da seção para cheia máxima: 
 
Sc2 = [(3,30 + 5,10)/2] x 2,80 = 11,76 m
2 > 11,09 m2 – portanto comporta o fluxo máximo.
3.
00
5.10
3.30
1.50
0.600.60
1.50
3.13
3.
13
2.
80
N.M.A
SEÇÃO DO CANAL CANIVETE PARA SUB-BACIAS DE CONTRIBUIÇÃO I + II
 
 
IV.10.3 - CÁLCULO DA VAZÃO MÁXIMA DE CHEIA, CONSIDERANDO A BACIA DE 
CONTRIBUIÇÃO III (AC3): 
 
Q2 = 0,278 x C x I x AC3 
 
 
Considerações: 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 39 
Ic = 151,20 mm/h 
C = 0,40 
AC2 = (2,35 + 1,22 + 1,10) = 4,67 km
2
I = 0,0151m/m (inclinação do fundo do canal) 
Ve = 5,39 m/s - Velocidade de escoamento das águas no canal 
Teremos: 
Q3 = 0,278 x 0,40 x 151,20 x 4,57 
Q3 = 76,83 m
3/s
Seção de canal necessária para comportar tal vazão: 
Sc3 = Q/V = 76,83/5,41 = 14,20 m
2
Cálculo da área da seção para cheia máxima: 
Sc3 = [(4,20 + 6,00)/2] x 2,80 = 14,28 m
2 > 14,20 m2 – portanto comporta o fluxo máximo.
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 40 
 
3.
00
6.00
4.20
1.50
0.600.60
1.50
3.13
3.
13
2.
80
N.M.A
SEÇÃO DO CANAL CANIVETE PARA SUB-BACIAS DE CONTRIBUIÇÃO (I+II+III)
 
IV.10.4 - CÁLCULO DA VAZÃO MÁXIMA DE CHEIA, CONSIDERANDO A BACIA DE 
CONTRIBUIÇÃO I (AC3): 
 
Q3 = 0,278 x C x I x Ac4 
 
Considerações: 
Ic = 151,20 mm/h 
C = 0,40 
AC4 = 5,67 km
2 
I = 0,0154m/m (inclinação do fundo do canal) 
Ve = 5,39 m/s - Velocidade de escoamento das águas no canal 
 
Teremos: 
 
Q4 = 0,278 x 0,40 x 151,20 x5,67 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 41 
 
 
Q4 = 95,33 m
3/s 
 
Sc4 = Q/V = 95,33/5,41 = 17,62 m
2 
 
Seção de canal necessária para comportar tal vazão: 
 
SC4 = [(5,40 + 7,20)/2] x 2,80 = 17,62 m
2 >ou= a 17,62 m2 – portanto comporta o fluxo máximo. 
 
Cálculo da área da seção para vazão ou cheia máxima: (Q1+Q2+Q3+Q4), considerando todas as 
bacias de contribuição, pode ser observado na seção abaixo a seguir: 
3.
00
7.20
5.40
1.50
0.600.60
1.50
3.13
3.
13
2.
80
N.M.A
SEÇÃO DO CANAL CANIVETE PARA SUB-BACIAS DE CONTRIBUIÇÃO (I+II+III+IV)
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL 
E 
IMPACTO AMBIENTAL A JUSANTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
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PREFÁCIO 
No ano 2000, a Lei n. 9.984, criou a Agência Nacional de Águas (ANA), com o objetivo de 
instituir sob sua responsabilidade a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos 
(PNRH), planejar e promover ações destinadas a prevenir ou minimizar os efeitos de secas e 
inundações, no âmbito do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, em 
articulação com o órgão central do Sistema Nacional de Defesa Civil, em apoio aos estados e 
municípios. Um dos principais fundamentos do PNRH á a adoção da bacia hidrográfica como 
unidade de planejamento. 
O sistema de drenagem urbana sustentável é uma prática que têm sido adotada largamente 
nos municípios mais desenvolvidos e que cuida prioritariamente do meio ambiente, conciliando 
o desenvolvimento através da implantação de sistemas modernos de combate às erosões e
inundações, sem danificar o meio ambiente, ou melhor, contribuindo para que o mesmo seja 
também beneficiado pelas ações a serem implantadas. 
Existe, por parte dos administradores públicos modernos, principalmente nos municípios em 
franco desenvolvimento, um crescente interesse pela adoção das técnicas inovadoras mas, 
ainda, existem muitas dificuldades para as suas implementações. 
No município de Rondonópolis, os serviços de drenagem urbana são geridos pelo município e 
efetuados por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Urbanismo, enquanto que a 
parte de abastecimento de água, esgoto sanitário e dos resíduos sólidos é de responsabilidade 
da autarquia municipal, SANEAR - Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis. Em 
nível municipal ainda existem outros instrumentos importantes que também contribuem para o 
desenvolvimento sustentável das políticas ambientais e drenagem urbana como: Defesa civil, 
Código de Obras, Código Ambiental, Código de Posturas, Plano Diretor de Desenvolvimento 
Urbano, Lei Orgânica Municipal e Plano Diretor. 
URBANIZAÇÃO E IMPACTOS DAS ÁGUAS DE CHUVA 
 
 
 
 
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O processo de urbanização na cidade de Rondonópolis, nos últimos anos, se deu com o 
crescimento muito acentuado e desordenado da população urbana, ocupando regiões 
ribeirinhas e próximas dos mananciais de águas, provocando, junto com essa ocupação, o 
desmatamento das margens do leito dos córregos, provocando as erosões e ao mesmo tempo 
as inundações, e é exatamente o que ocorre às margens do Córrego Canivete. O problema da 
drenagem está associado à questão da urbanização. Quando não há um planejamento da 
expansão urbana e fiscalização eficaz, ocorre a ocupação dos leitos dos corpos d'água 
urbanos. A população que aí se aloja fica, então, sujeita às inundações. No caso de ocupação 
do leito do rio por população de baixa renda, há uma dificuldade adicional: a desocupação é 
feita, via de regra, subsidiada pelo poder público, o que a inviabiliza. A lei dos mananciais, por 
sua vez, é extremamente restritiva: o proprietário não pode utilizar a área, mas continua a ter os 
custos dos impostos. Ele arca com o ônus de preservar esta área para toda a comunidade. A 
alternativa de comercializar a área existe, mas seu valor comercial é muito baixo. É comum o 
abandono destas áreas ou o incentivo à ocupação pela população de baixa renda por parte do 
proprietário, forçando o poder público a desapropriá-la. Os principais fatores que podem 
contribuir para o agravamento das enchentes e inundações: 
 
Dimensionamento inadequado de projeto; 
Obstrução de bueiros / bocas de lobo; 
Obras inadequadas; 
Adensamento populacional; 
Lençol freático alto; 
Existência de interferência física; 
A poluição dos cursos d´água, devido ao lançamento de resíduos e detritos por parte da 
população. 
 
Outro aspecto importante é a segregação social e conseqüentemente uma segregação de 
infraestrutura. As cidades criam vetores de crescimento de alta renda, que é onde, 
conseqüentemente, se encontra a infraestrutura alocada. Em contrapartida, ao lado desses 
vetores são encontradas comunidades sem infraestrutura. Quando se fala em segregação da 
 
 
 
 
 
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população de alta renda, de certa forma, está se dizendo da segregação do saneamento em 
geral. Isso pode ser observado em várias cidades brasileiras, onde populações com baixa renda 
tem um baixo acesso a essa infraestrutura. 
 
A drenagem, no que diz respeito às doenças, socializa o problema. O bairro que tem alto 
atendimento com drenagem e lixo também sofre os efeitos da má distribuição do atendimento 
aos serviços de drenagem. Esse efeito somado à segregação espacial tratada anteriormente 
mostra que a infraestrutura da cidade é distribuída de forma irregular. A parcela que tem 
disponibilidade de infraestrutura e drenagem recebe os impactos de forma não tão intensa 
quanto à população de menor poder aquisitivo. 
 
As inundações nas cidades podem causar muitos problemas de doenças, especificamente nos 
locais onde existe uma falta de saneamento básico. Também, as inundações podem provocar 
surtos de dengue e outras doenças, morte de pessoas que vivem em áreas de risco ambiental, 
além de aumentar o risco à saúde e poluição dos mananciais. A ocupação inadequada favorece 
os processos erosivos e deslizamentos de encostas. 
 
O acúmulo de resíduos sólidos carreados pelas águas de chuva também pode causar poluição 
dos rios locais. A má qualidade da limpeza urbana e a falta de conscientização da população 
têm trazido grandes prejuízos à qualidade da água pluvial escoada para os cursos d'água. É 
preciso que o manejo dos resíduos sólidos seja executado na fonte. O excesso de lixo é um 
empecilho para a adoção de reservatórios de retenção, aumenta os riscos sanitários e o custo 
de manutenção da rede de drenagem. 
 
No Brasil, ainda, não há uma grande preocupação com a qualidade da água de drenagem, 
talvez, pelo fato da maioria de nossos cursos d'água ainda receber esgoto doméstico "in 
natura". Outro aspecto a ser observado diz respeito à afirmação de que no Brasil tem-se um 
sistema de esgotamento sanitário tipo separador absoluto: todo esgoto sanitário vai para uma 
rede que só recebe esgoto sanitário e água de infiltração. Por outro lado o sistema de 
drenagem é para receber só águas pluviais, o que não acontece na prática. 
Os sistemas de drenagem pluvial foram planejados centrados na lógica do rápido escoamento 
da água precipitada, transferindo o problema para jusante. Este fato aliado ao rápido 
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crescimentoda população urbana no país, trouxe um cenário caótico para as grandes e médias 
cidades. Foi um erro muito comum no passado a consideração do cenário atual para o 
dimensionamento; não se definia o cenário para o horizonte de projeto. Então, muitas vezes, 
antes mesmo das obras serem concluídas, os sistemas já não comportavam a demanda. Foram 
feitas profundas alterações na drenagem natural, procurando eliminar as características do 
meio que eram julgadas inadequadas ao meio urbano. Foram usados indiscriminadamente 
aterros, desmatamentos, redução dos espaços naturais, canalização e retificação de córregos, 
lançamentos de água pluvial em locais inadequados. 
IMPACTOS AMBIENTAIS À JUSANTE DO CÓRREGO CANIVETE 
O Córrego Canivete deságua no Ribeirão Arareau, este afluente do Rio Vermelho. A 
canalização do Canivete não provocará impacto à jusante, ou seja, no Ribeirão Arareau, devido 
aos motivos expostos abaixo: 
O atual leito do Canivete encontra-se em parte assoreado e com diversos locais erodidos. A 
canalização proporcionará a regularização do seu leito, ampliando a capacidade de absorção 
da vazão originária da bacia de contribuição, sem gerar os atuais transbordamentos; 
O atual lançamento da vazão do Córrego Canivete no Ribeirão Arareau se dá de forma 
irregular, sendo que o projeto, para disciplinar esta vazão, contempla a construção de um 
dissipador de energia. Além desta condição o lançamento se dará no sentido do fluxo do curso 
d´água do Ribeirão Arareau, um pouco mais oblíquo do que hoje, conforme figuras 13, 14 e 15. 
A região do encontro do Córrego Canivete com o Ribeirão Arareau não possui riscos de erosão, 
pois no local do encontro das águas, o leito do Ribeirão Arareau é constituído por formações 
rochosas, algumas até expostas. 
O volume das águas coletadas e direcionadas para o Ribeirão Arareau, praticamente 
permanecerá inalterado não acarretando, portanto, nenhum impacto ambiental a jusante do 
canal. Serão adotados critérios técnicos para garantir essa estabilidade. 
BENEFÍCIOS GERADOS PELA EXECUÇÃO DO CANAL DO CÓRREGO CANIVETE 
 
 
 
 
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1. Definição do leito do canal; 
2. Otimização do escoamento das águas do córrego; 
3. Eliminação das enchentes de cheias e os seus transtornos causados às populações 
ribeirinhas; 
4. Eliminação de águas paradas, reduzindo o surgimento de doenças, como: dengue, 
leptospirose, leischimaniose e outras; 
5. Melhoria do deságüe das águas do Córrego Canivete a jusante, junto ao Ribeirão 
Arareau, com a construção de dissipador de energia; 
6. Regulamentação das áreas próximas ao leito do córrego, através do bloqueio das 
inundações; 
7. Otimização das redes de manilhas que promovem a coleta de águas pluviais que hoje 
deságuam no Córrego Canivete através dos encaixes nas paredes do canal. 
 
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 
 
O processo desordenado do crescimento urbano da cidade de Rondonópolis tem produzido um 
impacto significativo no sistema de drenagem. 
A prática do rápido escoamento das águas pluviais tem se mostrado insustentável, 
apresentando previsão de densidade populacional bem inferior à real, causado por falhas de 
planejamento; 
A urbanização altera o balanço hídrico e gera inúmeros impactos ambientais. 
 
PLANEJAMENTO URBANO PARA UMA DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL 
 
O Planejamento das drenagens urbanas, deve preservar os mecanismos naturais de 
escoamento das bacias hidrográficas, minimizando os impactos ambientais da urbanização. A 
idéia básica é manter a vazão pré-existente, não aumentar as vazões à jusante, não 
transferindo o impacto do novo desenvolvimento para o sistema de drenagem e priorizando 
ações de controle do escoamento na fonte. 
 
 
 
 
 
 
 
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 MEMORIAL DESCRITIVO DA 
PAVIMENTACAO ASFALTICA 
TIPO TSD COM CAPA SELANTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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V- MEMORIAL DESCRITIVO DA PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA TIPO TSD COM CAPA 
SELANTE 
 
V.1 – ESTUDO DE TRÁFEGO 
 
Foi adotado o método preconizado pelo Eng°. Murilo Lopes de Souza, aprovado pelo conselho 
executivo do DNIT. 
 
Para utilização desse método, torna-se necessário calcular o número N de solicitações do eixo 
padrão de 8,2 ton., no período de projeto, o qual consideramos de 10 anos. 
 
Assim temos: 
 
N = 365 x P x Vm x Fc x Fe x Fr 
 
onde: 
 
N = número de solicitações do eixo padrão de 8,2 ton. 
P = período de projeto (10 anos) 
Vm = volume médio diário de tráfego 
Fc = fator de carga 
Fe = fator de eixo 
Fr = fator climático regional, de conformidade a altura média anual de chuva em milímetros, que 
no de Cuiabá, oscila em torno de 1.400 mm, o que corresponde a Fr = 1,4. 
 
V.1.1 – CÁLCULOS 
 
a ) Fator de Carga - Fc 
Considerando tratar-se de área residencial, previu-se um tráfego predominante de passeio. 
Através de dados estatísticos tem-se, para esse tipo de tráfego, Fc= 0,05. 
 
b ) Fator de Eixo – Fe 
 
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Foi arbitrado o valor de Fe = 2,2, sugerindo no método, na falta de dados mais precisos. 
c ) Cálculo de N 
N = 365 x 5 x 50 x 0,05 x 2,2 x 1,4 
N = 1,40 x 104
V.2 - DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO 
Como critério básico para definição dos materiais a serem utilizados para a composição das 
camadas estruturais do pavimento a projetar, foi adotado o de melhor desempenho e maior 
durabilidade. 
Como camada de rolamento optou-se pela utilização do TSD com capa selante, por se tratar 
de pista de rolamento em local basicamente tráfego residencial, com isto reduzindo o custo da 
pavimentação. 
Com o baixo índice de incidência de tráfego pesado sobre o pavimento, um CBR de sub-leito 
apurado em laboratório relativamente alto em todos os setores a serem pavimentados, chegou-
se a conclusão de que uma camada de leito com espessura de 20cm será suficientemente 
competente para absorver as sobrecargas do trânsito projetado para essas regiões. 
Uma vez definido os materiais a utilizar e estimando-se parâmetros de resistência para os tipos 
de solos verificados, procedeu-se ao dimensionamento de acordo com o método utilizado e 
normatizado pelo DNIT. 
V.3 – INSTRUÇÕES DE EXECUÇÃO 
V.3.1 - Terraplenagem 
V.3.1.1 - Escavação, Aterro e Carga de Material 
 
 
 
 
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Deverá ser executado o rebaixamento do aterro obedecendo a largura das ruas, até o limite 
especificado no projeto executivo, sendo reconstituído camada por camada até a altura 
desejada. Os solos para os aterros provirão de empréstimos devidamente selecionados, sendo 
isentos de matérias orgânicas, diatomáceas, trufas e argilas orgânicas. 
A execução dos aterros subordinar-se-á aos elementos técnicos das notas de serviços 
elaboradas de acordo com o projeto executivo. A camada final do aterro será executada com o 
melhor material disponível. 
 
O material lançado deverá ser espalhado em camadas horizontais, na extensão que permita o 
seu umedecimento e sua compactação dentro dos critérios das especificações. 
 
A compactação das camadas, nos solos coesivos, deverá ser feita com o emprego de rolos 
compactadores vibratórios pé-de-carneiro. Nos solos de composição granular, serão 
empregados rolos lisos vibratórios. 
 
Quando as camadas tratadas não atingirem as especificações, elas deverão ser escarificadas,homogeneizadas, levadas à umidade adequada e novamente compactadas até atingirem os 
valores estabelecidos para o acabamento final. 
 
As rolagens deverão ser feitas de maneira a garantir uma compactação uniforme. Para tal, em 
cada passada, o rolo cobrirá aproximadamente metade da passada anterior. A compactação de 
cada camada somente poderá ser concluída quando a umidade do solo atingir a densidade 
aparente máxima de laboratório, conforme especificações da FISCALIZAÇÃO. 
 
Deverá ser tomado especial cuidado quanto à verificação do teor de umidade do material 
lançado, garantindo-se desta forma, valores dentro dos limites especificados, necessários para 
a obtenção das densidades requeridas. Havendo a necessidade de correção, estas se darão 
por diferentes processos e em função do problema verificado. Quando o teor estiver acima do 
limite especificado, o solo lançado deverá ser revolvido por meio de escarificadores ou grade de 
discos, sendo desta forma submetido à secagem. Nos casos em que este teor se apresentar 
abaixo do limite especificado, o solo deverá ser irrigado até que o teor de umidade atinja o valor 
ótimo para a compactação, empregando-se nestes casos, caminhões pipas com barras 
asperosas. Na eventualidade de ocorrer interrupções dos serviços, a superfície do aterro será 
 
 
 
 
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compactada com rolos lisos vibratórios, de modo a tornar esta superfície o mais impermeável 
possível, para que não haja alterações das características do material já compactado. O serviço 
só poderá ser retomado, após a verificação destas características, procedendo-se as correções 
indicadas, quando necessárias. 
 
V.3.2 - PAVIMENTAÇÃO 
 
V.3.2.1 - Escavação e Carga de Material de Jazida 
 
A camada de base estabilizada granulometricamente deverá ser executada com materiais 
provenientes de ocorrências previamente estudadas, denominadas “jazidas”. 
 
A exploração das jazidas será feita em duas etapas: 
 
1) Limpeza da vegetação existente e expurgo de material inservível, quando existir; 
2) Escavação do material. 
 
A limpeza da vegetação, dependendo do seu tipo, poderá ser feita por simples queimadas ou 
pelos métodos normais de desmatamento e limpeza. 
 
Após a conclusão da limpeza, deverá ser executada a escavação racional do material. Serão 
obedecidas as alturas de corte indicadas no projeto executivo, evitando-se a contaminação de 
materiais de qualidade inferior. Cuidados especiais deverão ser tomados para dispor o material 
escavado em montes de altura e volume compatíveis com o bom desempenho do equipamento 
no seu carregamento. 
 
Na extração haverá, portanto, necessidade de equipamentos para escavar, carregar e 
transportar o material. Os equipamentos a serem utilizados compreenderão trator de esteira 
 
para desmatamento e escavação, carregadeira frontal sobre pneus e caminhões basculantes 
para o transporte. 
 
 
 
 
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Deverão ser solicitadas as amostras dos materiais escavados para análise de suas 
características físicas em laboratório. Após os resultados, serão liberados a sua utilização na 
pavimentação. 
Terminados os serviços de exploração da jazida, será necessário conformar o terreno e 
espalhar a camada de solo rejeitado sobre a área explorada. 
 
V.3.2.2 - REGULARIZAÇÃO DO SUB-LEITO 
 
A regularização deverá ser iniciada com a marcação topográfica, definindo as larguras e cotas 
finais desta etapa. Em função desta marcação será verificada a necessidade de cortes ou 
aterros no sub-leito. 
 
A escarificação do sub-leito será realizada por motoniveladoras atingindo a espessura média de 
15 cm. Após a escarificação deverá ser processada a retirada do material dos trechos que se 
apresentarem com excessos e a adição dos trechos com falta. em seguida deverá ser feita a 
pulverização e homogeneização do material com o uso de grade de discos rebocadas por trator 
de pneus. Durante a homogeneização serão feitos ensaios em laboratório da umidade do 
material, realizando-se ensaio com speed para determinação da necessidade ou não de adição 
de água. 
 
Quando necessário, caminhões pipa deverão ser deslocados, distribuindo uniformemente por 
sobre o material pulverizado a quantidade de água necessária. Será preciso atenção, para não 
se deixar estacionar o caminhão pipa sobre o material, o que evitará aparecimento de áreas 
com excesso de umidade. Concluída a homogeneização e estando o material na sua umidade 
ótima, deverá ser feita a conformação com uso da motoniveladora sendo em seguida iniciada a 
compactação. Nesta etapa o rolo vibratório iniciará a compactação, do bordo para o eixo, ou 
seja, da parte mais baixa para o ponto mais alto. Cada passada deverá ser recoberta pela 
seguinte, em no mínimo, 50cm de largura e o número será determinado no local através de 
pistas experimentais. Antes de concluída a compactação será feito, com a motoniveladora, o 
acerto final da camada. Também deverá ser mantida a umidade superficial, com a passagem de 
 
caminhão pipa com velocidade compatível com a quantidade desejada de água, sobre a 
superfície acabada. A compactação será concluída com rolos lisos auto-propelidos. 
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Após concluída a compactação, deverão ser efetuadas as verificações finais de topografia e 
laboratório para permitir a liberação do trecho para execução da camada seguinte. 
V.3.2.3 - BASE DE SOLO ESTABILIZADO SEM MISTURA 
A camada de base estabilizada sem mistura, deverá ser lançada sobre o sub-leito regularizado. 
Este trabalho deverá ser iniciado com o espalhamento do material enleirado, sobre o sub-leito. 
Esse espalhamento deverá ser feito com o uso de motoniveladora desfazendo os montes e 
distribuindo o material, uniformemente, na espessura desejada, sobre camada anterior. Em 
seguida será procedida a homogeneização do material pela passagem das grades de discos 
rebocadas por tratores de pneus. 
Com o material homogeneizado, deverão ser feitos os ensaios “in situ” de umidade para 
verificar a necessidade de adicionamento de água ou fazer aeração para perda da umidade 
excessiva. Havendo a necessidade de se adicionar água, deverão ser utilizados caminhões 
pipa equipados com barras espargidoras, que farão a distribuição de água nas quantidades 
necessárias. Quando não estiverem em operação, os caminhões pipa deverão ser estacionados 
fora da pista, para evitar o aparecimento de áreas com excesso de umidade. 
Estando o material homogeneizado, conformado e na sua umidade ótima ou dentro das 
variações permitidas, será iniciado o processo de compactação, quando deverão ser utilizados 
rolos compactadores vibratórios liso e de pneus para acabamento final. A compactação será 
sempre iniciada pelos bordos e cada passada será recoberta pela seguinte, em pelo menos 
50cm, até atingir o eixo. 
O número exato de passadas será determinado em função do material, da espessura da 
camada e da energia de compactação transmitida pelo rolo. Antes da rolagem final será feito, 
com a motoniveladora, o acerto final da camada. A umidade superficial será mantida com a 
utilização de caminhão pipa. A sequência de entrada dos rolos compactadores será iniciada 
com o rolo pé-de-carneiro e, em seguida, com o rolo liso. 
 
 
 
 
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As verificações finais de laboratórios e topografia serão feitas e, se atendidas as especificações 
de projeto, será liberada a camada para execução da base.V.3.2.4 - IMPRIMAÇÃO 
 
Para a imprimação, deverá ser usado o asfalto diluído CM-30 ou similar, com baixa viscosidade 
de modo a permitir sua penetração nos vazios do material subjacente. 
A execução da imprimação será iniciada com a varredura da base, com a utilização de 
vassoura mecânica tracionada por trator de pneus. Deverão ser também usadas vassouras 
manuais para pequenos retoques e limpezas em locais não alcançados pela vassoura 
mecânica. 
 
A distribuição do asfalto diluído deverá ser feita por um caminhão espargidor de asfalto, 
devidamente equipado, provido de dois maçaricos auto-geradores, sistema de circulação para 
enchimento do tanque, sistemas de circulação na barra espargidora com retorno de capacidade 
de descarga adequada. 
 
Nas juntas transversais, deverão ser colocadas as tiras de papel tipo Kraft, transversalmente à 
pista, no inicio e fim das aplicações, de forma a evitar o excesso de material por superposição 
de banhos. 
 
Antes de iniciar-se a imprimação, deverá ser procedida a checagem do funcionamento dos 
bicos da barra espargidora. 
 
A taxa de aplicação do material betuminoso será de 1,20 l/m2, a partir da faixa especificada. O 
material betuminoso indicado será estocado em tanques cilíndricos com capacidade apropriada. 
 
Todo material de imprimação a ser empregado, deverá atender as especificações aprovadas 
pela FISCALIZAÇÃO e o controle de qualidade dos serviços executados, tendo como base as 
normalizações da SINFRA, DNIT ou ABNT. 
 
 
 
 
 
 
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V.3.2.5 - TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO COM CAPA SELANTE 
 
V.3.2.5.1 - Generalidades 
 
O tratamento superficial duplo, por penetração invertida, é um revestimento constituído de duas 
aplicações de material betuminoso, cobertas, cada uma, por agregado mineral. 
A primeira aplicação do betume é feita diretamente sobre a base imprimada, e coberta 
imediatamente, com agregado graúdo, constituindo a primeira camada do tratamento. A 
segunda camada é semelhante à primeira, usando-se agregado miúdo. 
O tratamento superficial duplo deve ser executado sobre a base imprimada e de acordo com os 
alinhamentos, greides e seções transversais projetadas. O consumo do material betuminoso 
(RR-2C), será na ordem de 3,5 l/m2 de pavimento. 
 
V.3.2.5.2 - MATERIAIS 
 
Todos os materiais devem satisfazer às especificações aprovadas pela DNIT. 
 
V.3.2.5.2.1 - Materiais Betuminosos 
 
Para a primeira camada, podem ser empregados os seguintes materiais betuminosos: 
a)cimento asfáltico de penetração 150/200; 
b)alcatrões, tipos AP-9, AP-10, AP-11 e AP-12; 
c)asfaltos diluídos, tipos CR-4 e CR-5; 
d)emulsão asfáltica, tipos RR-2 e RR-2C. 
 
Para a segunda camada, são aplicáveis os seguintes materiais betuminosos: 
a)cimentos asfálticos, de penetração 150/200 e 200/300; 
b)alcatrão, tipos AP-9,AP-10,AP-11 e AP-12; 
c)asfalto diluído, tipos CR-2,CR-3,CR-4 e CR-5; 
d)emulsões asfálticas, tipo RR-2C. 
 
 
 
 
 
 
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V.3.2.5.2.2 - Melhoramentos de adesividade 
Nâo havendo boa adesividade entre o agregado e o material betuminoso,deverá ser empregado 
um melhorador de adesividade, na quantidade fixada no projeto. 
 
V.3.2.5.2.3 - Agregados 
 
Os agregados podem ser pedra britada, escória britada e cascalho ou seixo rolado, britados. 
Somente um tipo de agregado será usado, devem consistir de partículas limpas, duras, 
duráveis, isentas de coberturas e torrões de argila. 
O desgaste Los Angeles não deve ser superior a 40%. Quando não houver, na região, materiais 
com esta qualidade, admite-se o emprego de agregados com valor de desgata até 50% ou de 
outros que, utilizados anteriormente, tenham apresentado, comprovadamente, bom comporta- 
mento. O índice de forma não deve ser inferior a 0,5. Opcionalmente, poderá ser determinada 
minada a porcentagem de grãos de forma defeituosas, que se enquadrem na expressão: 
 
1 + g > 6 e 
 
onde: 
 
1 = maior dimensão de grãos; 
g = diâmetro mínimo do anel, através do qual o grão pode passar; 
e = afastamento mínimo de dois planos paralelos, entre os quais pode ficar contido o grão. 
Não se dispondo de anéis ou peneiras com crivos de abertura circular, o ensaio poderá ser rea- 
lizado utilizando-se peneiras de malhas quadradas, adotando-se a fórmula: 
 
1 + 1,25g > 6 e 
 
sendo g, a média das aberturas de duas peneiras, entre as quais fica retido o grão. 
A porcentagem de grãos de forma defeituosa não poderá ultrapassar a 20%. 
 
No caso de emprego de escória britada, esta deve ter uma massa específica aparente igual ou 
superior a 1,0 m³. A graduação dos agregados, para o tratamento superficial duplo deve 
obedecer ao especificado no quadro seguinte: 
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PENEIRAS PORCENTAGEM PASSANDO EM PESO 
1ª CAMADA 2ª CAMADA 
Mm A B 
1" 25,4 100 - - 
3/4" 19,1 90-100 - - 
1/2" 12,7 20-55 100 - 
3/8" 9,5 0-15 85-100 100 
Nº 4 4,8 0-5 10-30 85-100 
Nº 10 2,0 - 0-10 10-40 
Nº 200 0,074 0-2 0-2 0-2 
V.3.2.5.2.4 - QUANTIDADE 
As quantidades de agregado e de ligante betuminoso a serem empregadas poderão ser as 
adiante indicadas, porém, o valor exato a empregar será o fixado no projeto. 
Quando for empregada escória britada como agregada de cobertura, deverá ser considerada a 
sua porosidade na fixação de taxa de aplicação do ligante betuminoso. 
V.3.2.5.2.5 - EQUIPAMENTO 
Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado pela Fiscaliza- 
 ção, devendo estar de acordo, com esta Especificação, sem a qual não será dada a ordem de 
serviço. 
Os carros distribuidores do material betuminoso, especialmente construído para esse fim, de- 
 vem ser providos de dispositivos de aquecimento, e de rodas pneumáticas, dispor de tacôme-
tro calibradores e termômetros, em locais de fácil acesso, e, ainda, disporem de um espargidor 
manual para o tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas. Os rolos compres- 
sores devem ser do tipo tandem ou, de preferência, pneumáticos, autopropulsores. Os rolos 
compressores tipo “tandem” devem ter uma carga, por centímetro de largura de roda, não infe- 
 
 
 
 
 
 
PROJETO EXECUTIVO DE CANAL HIDROLÓGICO 
CÓRREGO CANIVETE - CANAL Página 59 
 
 
 rior a 25 Kg e não superior a 45 Kg. Seu peso total não será superior a 10 toneladas. Os ro- 
los pneumáticos, autopropulsores, deverão ser dotados de pneus que permitam a calibragem 
de 35 a 120 libras por polegada quadrada. 
 
Os distribuidores de agregados, rebocáveis ou automotrizes, devem possuir dispositivos que 
permitam uma distribuição homogênea da quantidade de agregados, fixada no projeto. 
 
V.3.2.5.2.6 - EXECUÇÃO 
 
Não será permitida a execução dos serviços, objetos desta Especificação, durante os dias de 
chuva. 
 
O material betuminoso não deve ser aplicado em superfícies molhadas, exceção da emulsão as 
fáltica, desde que em superfície sem excesso de água. O material betuminoso só deve ser apli- 
cado quando a temperatura ambiente estiver acima de 10ºC. 
A temperatura de aplicação do material betuminoso deverá ser determinada para cada tipo de 
ligante, em relação temperatura-viscosidade. Será escolhida a temperatura que proporcionar a 
melhor

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