Logo Passei Direto
Buscar
Material
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Livro Eletrônico
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça)
Com Videoaulas - 2019
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
1 
 
 
1. Dos Bens ....................................................................................................................... 2 
1.1 à? Apresentação da Aula 03 ......................................................................................................... 2 
2. Cronograma da Aula ..................................................................................................... 2 
3. Dos Bens ........................................................................................................................ 2 
4. Das Diferentes Classes de Bens ...................................................................................... 4 
5. Dos Bens Considerados Em Si ......................................................................................... 5 
5.1 à? Bens Imóveis e Bens Móveis ..................................................................................................... 5 
5.2 à? Bens Fungíveis e Bens Infungíveis ............................................................................................ 9 
5.3 à? Bens Consumíveis e Inconsumíveis ......................................................................................... 10 
5.4 à? Bens Divisíveis e Indivisíveis ................................................................................................... 11 
5.5 à? Bens Singulares e Coletivos .................................................................................................... 12 
6. Dos Bens Reciprocamente Considerados ...................................................................... 14 
7. Dos Bens Públicos (Classificação dos Bens Quanto ao Titular do seu Domínio) ............. 19 
7.1 à? Bens de Uso Comum do Povo (Também Denominados Bens de Domínio Público). .............. 20 
7.2 à? Bens de Uso Especial .............................................................................................................. 22 
7.3 à? Bens Dominicais ...................................................................................................................... 23 
8. Características dos Bens Públicos ................................................................................. 23 
9. Considerações Finais .................................................................................................... 28 
10. Resumo da Matéria .................................................................................................... 29 
11 ? Questões .................................................................................................................. 33 
11.1 à? Questões Comentadas .......................................................................................................... 33 
11.2 à? Lista de Questões .................................................................................................................. 85 
11.3 à? Gabarito .............................................................................................................................. 101 
 
 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
2 
 
1. DOS BENS 
1.1 ? APRESENTAÇÃO DA AULA 03 
KůĄ�ĂůƵŶŽ�à?Ăà?à?� 
�ŽŵŽ� ǀŽĐġ� ĞƐƚĄà?�DƵŝƚŽ� ĞƐƚƵĚŽà?� >ĞŵďƌĞà?ƐĞ� ĚĞ� ƋƵĞ� Ž� ƐĂĐƌŝĨşĐŝŽ� Ġ�ŵŽŵĞŶƚąŶĞŽà?� ŽƐ� ĨƌƵƚŽƐ� ƐĞƌĆŽ�
ĚƵƌĂĚŽƵƌŽƐà? 
EĞƐƚĂ�ĂƵůĂ�ǀĂŵŽƐ�ĐŽŶǀĞƌƐĂƌ�ƐŽďƌĞ�ŽƐ�ďĞŶƐà?�ƐĞƵ�ĐŽŶĐĞŝƚŽ�Ğ�ƐƵĂ�ŐƌĂŶĚĞ�ĐůĂƐƐŝĨŝĐĂĕĆŽà?��EĆŽ�ƐĞƌĄ�ƵŵĂ�
ĂƵůĂ�ŵƵŝƚŽ�ĞdžƚĞŶƐĂà?�ŵĂƐ�ĞůĂ�ƉŽĚĞ�ƐĞ�ƚŽƌŶĂƌ�ĐŽŵƉůĞdžĂà?�ƵŵĂ�ǀĞnj�ƋƵĞ�ĞŶǀŽůǀĞ�ƵŵĂ�ǀĂƐƚĂ�ƚĞƌŵŝŶŽůŽŐŝĂà?�
ũƵƐƚĂŵĞŶƚĞ�ŶŽ�ƋƵĞ�Ěŝnj�ƌĞƐƉĞŝƚŽ�ă�ĐůĂƐƐŝĨŝĐĂĕĆŽ�ĚĞƐƐĞƐ�ďĞŶƐà? 
sĂŵŽƐ�ĐŽŵĞĕĂƌà? 
 
2. CRONOGRAMA DA AULA 
AULAS TÓPICOS ABORDADOS NO EDITAL DATA 
Aula 03 Bens: das diferentes classes de bens. 26/01/2019 
 
AULAS TÓPICOS ABORDADOS NO EDITAL ARTIGOS DA LEI 
Aula 03 Dos bens. Art. 79 - 103 Código Civil 
 
3. DOS BENS 
As nossas primeiras aulas versaram sobre as pessoas, as pessoas naturais e as pessoas jurídicas à? 
que são os sujeitos de direito. Pois bem, a partir de agora vamos estudar o objeto do direito. Pois, 
todo direito pressupõe a existência de um objeto, que vem a ser justamente aquilo que pode se 
submeter ao poder dos sujeitos de direito e, desta forma, instrumentalizar a realização de suas 
pretensões jurídicas. 
 
Em sentido amplo, o objeto de direito pode recair sobre coisas, ações humanas, atributos da 
personalidade e até mesmo determinados direitos, como, por exemplo, o poder familiar ou a tutela. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
3 
 
Em sentido estrito, o objeto de direito recai sobre os bens à? que são o objeto dos direitos reais e 
também determinadas ações humanas denominadas prestações. 
 
 
 
De acordo com Carlos Roberto Gonçalves1 - à“Bens são coisas materiais, concretas, úteis aos homens 
e de expressão econômica, suscetíveis de apropriação, bem como as de existência imaterial 
economicamente apreciáveisà?à? 
Maria Helena Diniz2, sobre o conceito de bens, diz - à“�ŽŵŽ�bens só se consideram as coisas existentes 
que proporcionam ao homem uma utilidade, sendo suscetíveis de apropriação, constituindo, então 
seu patrimônio. Compreendem não só os bens corpóreos, mas também os incorpóreos, como as 
ĐƌŝĂĕƁĞƐ�ŝŶƚĞůĞĐƚƵĂŝƐà?à? 
Para Silvio de Salvo Venosa3, sobre o mesmo assunto à? à“�ŶƚĞŶĚĞ-se por bens tudo o que pode 
proporcionar utilidade aos homens. (...) Bem, numa concepção ampla, é tudo que corresponde a 
nossos desejos, nosso afeto em uma visão não jurídica. No campo jurídico, bem deve ser considerado 
aquilo que tem valor, abstraindo-se daí a noção pecuniária ĚŽ�ƚĞƌŵŽà?à? 
E, ainda, Washington de Barros Monteiro4 assim lecionava à? à“:ƵƌŝĚŝĐĂŵĞŶƚĞ� ĨĂůĂŶĚŽà?� ďĞŶƐ� ƐĆŽ�
valores materiais ou imateriais que podem ser objeto de uma relação de direitoà?à? 
Independente da problemática doutrinária que envolve os conceitos de bens e coisas, podemos 
concluir que bens ¹são coisas concretas como um carro, uma casa, uma joia, que possuem valor 
econômico e que podem ser apropriados ao patrimônio da pessoa à? tanto natural quanto jurídica, 
²mas, também, podem ser coisas imateriais, coisas que não são concretas, mas que tenham uma 
valoração econômica, a exemplo da propriedade intelectual. 
 
Integram o patrimônio das pessoas (física ou jurídica) tanto os bens corpóreos à? os que têm 
existência física (material) e podem ser tocados ou sentidos pelo homem, a exemplo dos bens 
 
1 Direito Civil Esquematizado, ed. Saraiva, 2ª ed. 
2 Curso de Direito Civil Brasileiro, ed. Saraiva, 28ª ed. 
3 Direito Civil I, Parte Geral, ed. Atlas, 11 ed. 
4 Curso de Direito Civil 1, ed. Saraiva, 43 ed. 
 “D�^�K�Yh����hD���D Ó ?�
Vamos estudar o conceito de bens conforme o entendimento de alguns 
doutrinadores.
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
4 
 
imóveis por natureza - como os bens incorpóreos à? que são aqueles que têm existência abstrata ou 
ideal, são, portanto, entendidos como abstrações do direito, possuem existência jurídica mas não 
física,a exemplo das propriedades literária, científica ou artística. 
 
O patrimônio vem a ser a projeção econômica, é tudo aquilo avaliável pecuniariamente (ou seja, 
que tem avaliação em dinheiro). 
 
Lembre-se de que quando vimos os direitos da personalidade, na aula 01, falamos que uma das 
características destes direitos era justamente o fato de serem extrapatrimoniais, porque não eram 
passíveis de avaliação pecuniária (o que somente ocorria com a sua projeção econômica). Neste 
sentido é que surge a definição que o patrimônio é a projeção econômica da personalidade. 
 
Cabe ressaltar que existem determinadas coisas que, podendo integrar o patrimônio de alguém, não 
estão ligadas a ninguém, como, por exemplo, é o caso das coisas de ninguém (res nullius) à? que são 
coisas sem dono, que nunca pertenceram a ninguém, como os peixes no mar - e também das coisas 
abandonadas (res derelictae) à? que são coisas que foram jogadas fora. 
Além disso, outras coisas não estarão no patrimônio de ninguém especificamente porque pertencem 
a todos (a coletividade), como é o caso das coisas de uso comum do povo à? a exemplo da praia, das 
praças e dos parques públicos. 
 
4. DAS DIFERENTES CLASSES DE BENS 
O Código Civil de 2002 em seu livro II, denominado Dos bens, apresenta um Título Único à? Das 
Diferentes Classes de Bens, entretanto o subdivide em três capítulos: 
 
1. Dos bens considerados em si mesmos; 
2. Dos bens reciprocamente considerados; 
3. Dos bens públicos. 
 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
5 
 
A partir deste momento vamos estudar cada uma destas classificações. Cabe antes fazermos uma 
observação: cada classificação baseia-se numa característica peculiar do bem, entretanto este bem 
pode enquadrar-se em várias categorias, dependendo das características que serão intrínsecas a 
ele. 
 
Você logo entenderá o que isto quer dizer. - 
 
5. DOS BENS CONSIDERADOS EM SI 
Esta talvez seja a mais importante classificação (é também a mais extensa). É a classificação mais 
importante porque diz respeito à natureza dos bens. Neste sentido os bens podem ser: imóveis ou 
móveis; fungíveis ou infungíveis; consumíveis ou inconsumíveis; divisíveis ou indivisíveis; e singulares 
ou coletivos. 
 
 
5.1 ? BENS IMÓVEIS E BENS MÓVEIS 
Baseia-se na efetiva natureza do bem. 
5.1.1 Bens imóveis 
Assim está no art. 79 do CC: 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
Deste modo, os bens imóveis à? também conhecidos como bens de raiz, são os que, absolutamente, 
não podemos transportar ou remover, sem alteração de sua substância. 
De acordo com o artigo visto acima, são considerados bens imóveis o solo e tudo o que lhe for 
acrescentado, de forma natural ou artificial. 
Assim, os bens imóveis podem ser classificados, subdivididos em: 
Bens considerados em si mesmos
Móveis ou 
Imóveis
Fungíveis ou 
Infungíveis
Consumíveis ou 
Inconsumíveis
Divisíveis ou 
Indivisíveis
Singulares ou 
Coletivos
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
6 
 
Imóveis Por Natureza: é imóvel por natureza o solo, incluídos a sua superfície o seu subsolo e o seu 
espaço aéreo. 
Imóveis Por Acessão5 Natural: aqui estão incluídas as árvores com seus frutos, desde que ainda 
pendentes (enquanto não se destacarem da árvore); as águas, as pedras, as fontes (naturais). Enfim, 
tudo que for ligado ao solo de forma natural entra nesta classificação. 
Imóveis Por Acessão Artificial Ou Industrial: incluem-se nesta categoria tudo que o homem 
incorporar permanentemente ao solo. Por isso chama-se artificial, porque não veio da natureza e 
sim do homem. Como exemplos, temos as plantações e as construções. Enquanto são, por exemplo, 
sementes ou, então, materiais de construção, são bens móveis, mas uma vez incorporado ao solo se 
tornam bens imóveis por acessão industrial ou artificial à? visto que (como falamos) sua incorporação 
não veio naturalmente. 
 
Diante do que falamos acima, observe, no entanto, o que dispõe o art. 81 do CC: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para 
outro local; 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
 
O que é considerado para saber se um bem é móvel ou imóvel é sua finalidade, o destino final. Por 
exemplo, quando uma casa vai ser demolida e dela são retiradas as portas e as janelas, quando isso 
acontece as portas e as janelas readquirem sua qualidade de bem móvel, quando forem reutilizados, 
em outra casa, serão novamente bens imóveis. Explicando especificamente o art. 81, se a separação 
for provisória, segundo o inciso II do art. 81, os materiais nem chegam a perder a qualidade de 
imóveis desde que a finalidade seja o reemprego no mesmo prédio. O inciso I se refere, por exemplo, 
àquelas situações mais comuns em outros países, onde uma casa (normalmente de madeira) é 
transportada com toda a sua estrutura (conservando a sua unidade). 
 
 
 
5 Entende-se por acessão aquilo que se incorpora, que se junta, podendo ocorrer de forma natural ou artificial. 
 “E�K��Ed�E�/���D�WKZ�Yh����^d��/DWKZd�E�/���������
�>�^^/&/����K��K^���E^��D�DMs�/^�Kh�/DMs�/^ Ó ?
É muito importante que os bens sejam classificados em móveis e imóveis
porquê de acordo com esta classificação decorrerão seus efeitos.
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
7 
 
 
Vamos explicar melhor. Os bens móveis são adquiridos, em regra, por tradição (ou seja, pela simples 
entrega da coisa), já os bens imóveis de valor superior ao legal precisam de escritura pública e 
registro no Cartório de Registros de Imóveis. 
 
Imóveis Por Determinação Legal: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
II - o direito à sucessão aberta. 
 
No art. 80 temos a atribuição da característica de bem imóvel a um bem que por sua natureza não 
o é. 
Os direitos são coisas imateriais e, por este motivo, não entram diretamente na classificação de bens 
móveis ou imóveis. Entretanto, tendo em vista a segurança das relações jurídicas, os direitos reais 
sobre imóveis são tratados como se fossem imóveis. 
E, dada à natureza de bem imóvel de que se revestem os direitos hereditários, a cessão desses 
direitos, quando já aberta a sucessão, deve ser feita por instrumento público. OBS: A herança 
mesmo que composta de bens móveis será considerada bem imóvel. 
 
5.1.2 Bens Móveis 
Assim está no art. 82 do CC: 
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem 
alteração da substância ou da destinação econômico-social. 
 
São, portanto, coisas corpóreas que podem se movimentar (por força própria ou alheia) sem que 
esta capacidade de movimentação prejudique ou altere a sua essência ou o seu valor comercial 
Podem ser classificados em: 
Móveis Por Natureza: é o mesmo conceito de bem móvel utilizado acima, de acordo com o art. 82. 
São aqueles bens que podem ser transportados de umlugar para outro, por força própria ou de 
terceiro, sem prejudicar sua substância e sem alterar sua destinação econômico-social. Podem ser: 
semoventes à? são os que se movimentam por sua própria força, como os animais; e móveis 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
8 
 
propriamente ditos à? são os que precisam da força alheia para se locomover, como moedas, 
mercadorias, produtos agrícolas. 
 
Móveis Por Determinação Legal: 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
 
Vamos lá! 
Quanto ao inciso I, as energias são: o gás à? que pode ser transportado por tubulação ou em botijão, 
e também a energia elétrica, que embora não tenha a mesma corporalidade do gás, é bem móvel. 
Neste sentido, Caio Mário da Silva Pereira6 afirmava: 
à?No direito moderno qualquer energia natural, elétrica inclusive, que tenha valor econômico, 
considera-se bem móvelà?à?�à?ŐƌŝĨŽƐ�ŶŽƐƐŽƐà? 
Quanto aos direitos tratados no inciso II, eles compreendem tanto o gozo quanto a fruição sobre 
objetos móveis e também as ações a eles correspondentes. 
Quanto ao inciso III, que trata dos direitos obrigacionais pessoais de caráter patrimonial e suas 
respectivas ações, este inclui, dentre outros, a propriedade intelectual e as cotas de capital de uma 
empresa. 
 
Móveis Por Antecipação: são aqueles bens que foram incorporados ao solo, mas com a intenção de 
oportunamente separá-los, transformando-os, assim, em bens móveis (isto em função da finalidade 
econômica). Por exemplo, são móveis por antecipação árvores abatidas para serem convertidas em 
lenha, ou as casas vendidas para serem demolidas. 
à?Da mesma forma que as árvores, também os frutos, pedras e metais enquanto aderentes ao imóvel 
são imóveis; separados para fins humanos tornam-se móveis. São os chamados bens móveis por 
ĂŶƚĞĐŝƉĂĕĆŽà?à?�7 
Vamos agora tecer algumas considerações sobre o art. 84: 
 
6 Caio Mário da Silva Pereira, Instituições de Direito Civil, Volume I, Ed. Forense, 25ª ed. 
7 Washington de Barros Monteiro, Curso de Direito Civil I, 43 ed., pág. 196. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
9 
 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, 
conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de 
algum prédio. 
 
Este artigo endossa o que já foi visto anteriormente. O que se considera neste tipo de classificação 
é a finalidade da separação e a destinação dos materiais (o seu emprego). 
 
Os materiais vindos da demolição de um prédio readquirem a qualidade de bens móveis, entretanto, 
quando a separação for provisória (como já explicamos), estes não perderão sua característica de 
bem imóvel quando a intenção for reutilizá-los na reconstrução do prédio. O que vale é a intenção 
do dono da coisa (isto deverá estar bem explicado na questão da prova). 
 
5.2 ? BENS FUNGÍVEIS E BENS INFUNGÍVEIS 
5.2.1 Bens Fungíveis (Substituíveis) 
O CC em seu art. 85 nos fala o que são os bens fungíveis: 
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade. 
 
Como principal exemplo de coisa fungível, nós temos o dinheiro à? que é o bem fungível por 
excelência. Qualquer nota de R$ 10,00 pode ser substituída por outra de R$ 10,00. Ambas 
apresentam as mesmas características, são da mesma espécie, qualidade e quantidade. Outro 
exemplo é o atribuído aos gêneros alimentícios em geral. 
Ser fungível é atributo exclusivo dos bens móveis. O mútuo (espécie de empréstimo) é um exemplo 
do emprego de um bem fungível. A compensação (forma de pagamento especial de pagamento) 
também deverá englobar coisa fungível. 
 
Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante 
o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. 
 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
10 
 
DICA PARA MEMORIZAR que fungível é o mesmo que substituível, sendo característica apenas dos 
bens móveis: 
FUnGI e SUBi no autoMÓVEL. - 
 
5.2.2 Bens Infungíveis 
A contrário sensu dos bens fungíveis, temos que os bens infungíveis são aqueles que não podem ser 
substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Ou seja, são aqueles que são 
únicos, são personalizados. Como exemplo, temos um determinado quadro ou uma escultura de 
alguém famoso. 
 
Para saber se um bem possui a característica da fungibilidade, devemos comparar com outro que 
seja equivalente. Pois a fungibilidade deriva da própria natureza do bem. No entanto, pode 
acontecer de um bem, que por sua natureza seja fungível, tornar-se infungível por vontade das 
partes. Pode ser o exemplo de uma moeda que é um bem fungível, mas que para um colecionador 
pode tornar-se infungível. Outro exemplo, uma cesta de frutas é coisa fungível, mas, emprestada ad 
pompam vel ostentationem, ou seja, para ornamentação, transformar-se-á em coisa infungível.8 
 
5.3 ? BENS CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS 
5.3.1 Bens Consumíveis 
Seu conceito está no art. 86 do CC: 
Art. 86. São consumíveis ¹os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria 
substância, ²sendo também considerados tais os destinados à alienação. 
 
Deste conceito podemos perceber que existem duas espécies de bens consumíveis: 
Os consumíveis de fato à? que são aqueles que no seu primeiro uso já serão consumidos, ou seja, há 
a destruição imediata da própria substância, como um picolé -, por exemplo; 
Os consumíveis de direito à? que decorrem de uma classificação jurídica. São aqueles bens 
destinados à venda (alienação), como os remédios de uma farmácia, um livro posto em uma loja, 
enfim os bens enquanto destinados à alienação. 
 
8 Washington de Barros Monteiro, Curso de Direito Civil I, 43 ed., pág. 199. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
11 
 
 
Consuntibilidade é característica de algo que é consumível. 
 
5.3.2 Bens Inconsumíveis 
São aqueles bens que podem ser usados de forma continuada e mesmo assim não perderão sua 
substância, nem serão destruídos. Claro que, se analisarmos rigorosamente, toda coisa um dia irá se 
consumir, acabar-se, mas, aqui, o que levamos em consideração é se esta destruição se dá no 
primeiro uso ou não. 
 
Um bem pode ser consumível por sua própria natureza ou, então, por vontade das pessoas. Vamos 
a um exemplo: uma roupa, se você considerá-la na sua essência, concluirá que se trata de um bem 
inconsumível, tendo em vista que, em regra, irá demorar a se acabar. Porém, quando esta roupa 
está em uma loja para ser vendida será considerada um bem consumível, o mesmo ocorre com um 
livro enquanto na livraria, exposto paravenda (como visto anteriormente, são os chamados 
consumíveis de direito). Tudo dependerá da destinação econômico-jurídica que será dada ao bem. 
 
5.4 ? BENS DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS 
5.4.1 Bens Divisíveis 
Seu conceito jurídico está no art. 87 do CC: 
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição 
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. 
 
Portanto, bens divisíveis são aqueles que podem ser partidos, ou repartidos, sem que com isso se 
perca sua substância, além disso, importa que esta divisão também não implique a sua 
desvalorização econômica. Por exemplo, se pegarmos um saco de arroz de 20 kg e dividirmos em 4 
sacos de 5kg cada, cada fração conservará as mesmas qualidades do produto, ou seja, ainda será 
arroz, podendo ter a mesma utilização do todo, uma vez que não houve nenhuma alteração de sua 
substância. (1X20KG = 4X5KG -). A divisibilidade jurídica não se confunde com a divisibilidade física, 
para aquela o entendimento que precisamos ter é o de que 1kg de arroz dentro do saco de 20 kg 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
12 
 
equivale a 1kg de arroz dentro do saco de 5kg, não há nem desvalorização econômica nem prejuízo 
do uso. 
 
5.4.2 Bens Indivisíveis 
Indivisíveis são os bens que se opõe a definição de bens divisíveis, além disso, o art. 88 do código 
civil dispõe o seguinte: 
 Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis ¹por determinação da lei ou 
²por vontade das partes. 
 
Portanto, de acordo com o artigo, os bens podem ser indivisíveis por: 
Sua própria natureza (indivisibilidade física ou material) - são aqueles bens que não podem ser 
partidos sem alteração na sua substância ou no seu valor, como por exemplo, um quadro de Picasso. 
Por determinação legal (indivisibilidade jurídica), quando a lei de forma expressa proíbe que 
determinado bem seja dividido. Como exemplo, veja o CC art. 1.791, parágrafo único: 
à“�ƚĠ�Ă�ƉĂƌƚŝůŚĂà?�Ž�direito dos coerdeiros, quanto à propriedade e posse da herança, será indivisível, 
e regular-se-Ą�ƉĞůĂƐ�ŶŽƌŵĂƐ�ƌĞůĂƚŝǀĂƐ�ĂŽ�ĐŽŶĚŽŵşŶŝŽà?à? 
Por vontade das partes (indivisibilidade convencional), quando as partes fazem um acordo para 
tornar alguma coisa indivisível. Cuide, no entanto que, de acordo com o art. 1.320, § 2º: 
à“EĆŽ�ƉŽĚĞƌĄ�ĞdžĐĞĚĞƌ�ĚĞ�ĐŝŶĐŽ�ĂŶŽƐ�Ă�ŝŶĚŝǀŝƐĆŽ�ĞƐƚĂďĞůĞĐŝĚĂ�ƉĞůŽ�ĚŽĂĚŽƌ�ŽƵ�ƉĞůŽ�ƚĞƐƚĂĚŽƌà?. 
 
Se a indivisão for promovida, então, pelo doador ou pelo testador, não poderá exceder de cinco 
anos. 
 
5.5 ? BENS SINGULARES E COLETIVOS 
5.5.1 Bens Singulares 
Assim está no art. 89 do CC: 
Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente 
dos demais. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
13 
 
Para esta classificação os bens são analisados em sua individualidade, como exemplo, serão bens 
singulares: um boi, um lápis, um carro, uma casa. 
Os bens singulares podem ser: simples à? quando suas partes são unidas pela própria natureza, como 
o exemplo o boi; ou podem ser compostos à? quando suas partes são unidas pelo esforço do homem, 
como um carro, uma casa. 
 
Quando junta-se coisas simples para formar uma coisa composta, e estas coisas simples mantem a 
sua identidade elas se denominam partes integrantes. Quando as coisas simples perdem sua 
identidade ao se juntarem para fazer a coisa composta elas se denominam partes componentes. 
 
5.5.2 Bens Coletivos 
As coisas coletivas ou universais são as formadas por várias coisas singulares, que consideradas 
conjuntamente, formam um todo único que passa a ter uma identidade própria, distinta das partes 
que a compõe. Como exemplo clássico, temos uma floresta ou um rebanho. 
 
Os bens coletivos abrangem as universalidades: 
Universalidades de Fato 
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma 
pessoa, tenham destinação unitária. 
Como exemplo, temos uma galeria de obras de arte, onde, dependendo da vontade de seu dono, 
pode ser vendida a totalidade da universalidade, ou ainda, de acordo com o § único do art. 90, cada 
bem pode ser considerado individualmente e vendido separadamente: 
Art. 90. § único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas 
próprias. 
 
Universalidades de Direito 
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, 
dotadas de valor econômico. 
Como principal exemplo nós temos o patrimônio. 
 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
14 
 
A diferença básica entre uma universalidade de fato e uma universalidade de direito é que a 
universalidade de fato assim o é por uma vontade particular de seu proprietário, enquanto que uma 
universalidade de direito advém da leià?�ŽƵ�ƐĞũĂà?�à?ĚĂ�ƉůƵƌĂůŝĚĂĚĞ�Ěe bens corpóreos e incorpóreos a 
que a lei, para certos efeitos, atribui o caráter de unidade, como, por exemplo: na herança, no 
ƉĂƚƌŝŵƀŶŝŽà?�ŶĂ�ŵĂƐƐĂ�ĨĂůŝĚĂà?à? 
 
(FCC/ TRE-SP ?2006) 
Com relação à classificação dos bens adotada pelo Código Civil Brasileiro, é correto afirmar: 
Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma 
pessoa, tenham destinação unitária. 
Comentários: 
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à 
mesma pessoa, tenham destinação unitária. 
Gabarito: Correto. 
 
6. DOS BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS 
Depois de estudarmos os bens quanto a sua própria natureza (com relação a eles mesmos), vamos 
passar ao estudo dos bens em sua relação entre uns e outros. Neste item veremos os bens principais 
e os bens acessórios, além dos conceitos de frutos, de produtos, de benfeitorias e pertenças. 
 
 
 
Logo no art. 92 temos a definição do que é um bem principal e do que é um bem acessório: 
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja 
existência supõe a do principal. 
 
Bens reciprocamente considerados
Principais Acessórios
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
15 
 
Assim, principal é o bem que possui existência própria, que existe por si, independentemente de 
outros. Já o bem acessório dependerá da existência do principal. 
Como consequência imediata desta distinção que acabamos de fazer, temos que o bem acessório 
segue o destino do principal ? esta é a regra. (Para que isso não aconteça será necessário que seja 
assim acordado ou, então, que esteja previsto em algum dispositivo legal). 
 
Da regra que conhecemos acima, decorrem as seguintes consequências: 
9A natureza do acessório é a mesma natureza do principal, princípio da gravitação jurídica, onde, 
um bem atrai o outro para sua órbita estabelecendo o mesmo regime jurídico (bonito isso, né? -). 
Assim, se o solo é imóvel a casa que está ligada a ele também o é. 
9O acessório acompanhará o principal em seu destino,deste modo, se num contrato de locação 
(principal), existir um contrato acessório, como é a fiança, uma vez acabado o contrato de locação, 
se extinguirá também o de fiança, que é acessório. Cuidado que, no entanto, a recíproca não é 
verdadeira, se o contrato acessório se extinguir não atingirá necessariamente o contrato principal. 
9O proprietário do principal é o proprietário do acessório, se uma pessoa possuir uma bananeira 
(principal) as bananas (acessórios) que esta árvore vier a dar serão também suas. 
 
Com relação às classes de bens acessórios, assim dispõem os arts. 95 e 96: 
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de 
negócio jurídico. 
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. 
 
 
Vamos ao estudo destas três figuras, os frutos, os produtos e as benfeitorias! 
 
6.1 Os Frutos: 
São as utilidades que uma coisa periodicamente produz sem, com isso, sofrer alteração em sua 
substância. Como exemplos, o leite das vacas e as frutas que uma árvore dá. Para se reconhecer um 
fruto devemos observar três elementos: periodicidade; inalterabilidade da substância da coisa 
principal e a separabilidade desta. 
Quanto à sua origem os frutos podem ser naturais à? quando se desenvolvem e se renovam 
periodicamente pela própria força orgânica da própria coisa; industriais à? são aqueles que têm a sua 
origem vinculada a alguma ação humana sobre a natureza; civis à? quando se tratar de rendimentos 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
16 
 
oriundos da utilização de coisa frutífera por outrem que não o proprietário. Como exemplos de 
frutos naturais, citamos: os ovos e as crias dos animais. Dos frutos industriais temos a produção de 
uma fábrica. Como exemplo de frutos civis, temos o aluguel. 
Quanto ao seu estado os frutos podem ser pendentes à? enquanto ainda estão ligados a coisa que 
os produziu; percebidos ou colhidos à? quando já separados da coisa que os produziu; estantes à? os 
que foram separados e estão armazenados ou acondicionados para a venda; percipiendos à? os que 
deveriam ter sido percebidos ou colhidos mas não foram; e consumidos à? os que não mais existem 
porque foram consumidos. 
Esta classificação dos frutos é importante no que diz respeito aos efeitos com relação à posse das 
coisas. De acordo com o art. 1.214 do CC, o possuidor de boa-fé tem direito aos frutos percebidos, 
enquanto a posse durar, mas não tem direito nem aos pendentes nem aos colhidos por antecipação. 
 
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos. 
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois 
de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos 
com antecipação. 
 
Já o possuidor de má-fé não tem direito aos frutos, devendo restituir os colhidos e percebidos: 
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos 
que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito 
às despesas da produção e custeio. 
 
6.2 Os Produtos: 
O conceito de produto parte da ideia de algo que pode ser retirado do principal diminuindo-lhe a 
quantidade, porque não se reproduzem periodicamente. Como os metais, por exemplo. 
Atenção: os produtos quando são utilidades que provém de uma riqueza, postos em utilidade 
econômica, seguem a mesma natureza dos frutos. Assim, os produtos devem ser tratados, no que 
diz respeito aos possuidores de boa-fé pelo mesmo art. 1.214 do CC. 
 
6.3 As Benfeitorias: 
Também são consideradas bens acessórios. São aqueles melhoramentos acrescidos à coisa com a 
¹finalidade de evitar que se deteriore, ou ²para aumentar seu valor ou com a finalidade de ³torná-
la mais vistosa ou agradável. Deste modo, as benfeitorias são obras ou despesas que se faz em bem, 
móvel ou imóvel, para ¹conservá-lo, ²melhorá-lo ou ³embelezá-lo. 
 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
17 
 
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. 
 
Portanto, existem três tipos de benfeitorias: 
6.3.1 Benfeitorias Necessárias à? são aquelas destinadas a conservação do bem, para evitar que este 
se deteriore. Estão prevista no § 3º do art. 96: 
Art. 96. § 3º. São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. 
Como exemplos, nós temos o reforço de fundações de um prédio; uma cerca de arame farpado para 
defesa da terra cultivada. 
 
6.3.2 Benfeitorias Úteis à? são as que aumentam ou facilitam o uso da coisa. Está prevista no § 2º 
do art. 96: 
Art. 96. § 2º. São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. 
O que não for benfeitoria necessária e que aumente o valor do bem será considerado benfeitoria 
útil. Como exemplos podemos citar a construção de uma garagem ou de mais um banheiro em uma 
casa ou, então, a modernização de encanamentos. 
 
6.3.3 Benfeitorias Voluptuárias à? são aquelas feitas para o prazer, não aumentam o uso habitual da 
coisa, ainda que a tornem mais agradável e seu valor seja elevado. Estão normatizadas no § 1º do 
art. 96: 
Art. 96. § 1º. São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do 
bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. 
Como exemplos, podemos citar: a pintura da casa; a construção de uma quadra de tênis, ou de uma 
piscina, ou de um mirante. 
 
Atenção para não misturar os conceitos de benfeitorias, acessões industriais e acessões naturais. 
As benfeitorias são obras ou despesas feitas em bem já existente. 
As acessões industriais são obras que criam coisas novas. 
As acessões naturais são acréscimos decorrentes de fatos naturais e fortuitos. São, portanto, obras 
exclusivas da natureza, quem lucra é o dono da coisa. Assim dispõe o art. 97. 
Art. 97 Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a 
intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
18 
 
6.4 Pertenças 
Agora vamos falar sobre as pertenças. Pertenças são coisas auxiliares das outras. Diferentemente 
do que ocorre na regra do acessório, as pertenças não estão abrangidas nos negócios jurídicos 
pertinentes ao bem principal. 
à“EĆŽ�ƐĞ�ĐŽŶĨƵŶĚĞŵ�ŶĞĐĞƐƐĂƌŝĂŵĞŶƚĞà?�ĐŽŵ�ĂƐ�ĐŽŝƐĂƐ�ĂĐĞƐƐſƌŝĂƐà?�ǀŝƐƚŽ�ƋƵĞ�Ă�ĚĞĨŝŶŝĕĆŽ�ĚĞ�à“ƉĞƌƚĞŶĕĂà?�
ŶĆŽ�ƉƌĞƐƐƵƉƁĞ�ƋƵĞ�ƐƵĂ�ĞdžŝƐƚġŶĐŝĂ�ĞƐƚĞũĂ�ƐƵďŽƌĚŝŶĂĚĂ�ă�ĚŽ�ƉƌŝŶĐŝƉĂůà?à?9 
 
Estão normatizadas no art. 93: 
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 
 
Pertença é, portanto, um bem que é acrescido a outro, que é o principal, sem, no entanto, ser parte 
integrante deste. 
São pertenças, todos os bens móveis ajudantes, que o dono, por sua vontade e querer, colocar na 
exploração industrial ou econômica de um imóvel, no seu embelezamento ou na sua comodidade. 
São coisas auxiliares das outras. São coisas móveis que são postas de modo estável a serviço de 
outras coisas móveis ou, então, imóveis. Comoexemplos, podemos citar: a moldura de um quadro 
que é usado na sala de uma residência; os tratores que são usados para melhorar a exploração de 
propriedade rural. 
 
As pertenças não se confundem com as coisas acessórias, visto que a definição de pertença não 
pressupõe que sua existência esteja subordinada à do principal. 
 
O art. 94 traz a distinção entre parte integrante10 e pertenças: 
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo 
se o contrário resultar da ¹lei, da ²manifestação de vontade, ou das ³circunstâncias do caso. 
 
 
9 Nelson Nery Junior, Código Civil Comentado, 8ª ed., pág. 296. 
10 Parte integrante são os frutos, os produtos e as benfeitorias. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
19 
 
Assim, as pertenças não obedecem à regra de que o acessório segue o principal, porque são coisas 
que não formam partes integrantes e também não são fundamentais para a utilização do bem 
principal. 
Parte integrante é o acessório que, unido ao principal, forma com ele um todo, sendo desprovida 
de existência material própria, embora mantenha sua identidade. Exemplo de parte integrante já 
citado em provas11 foi o dos dutos e estações de compressão de um gasoduto. 
 
(FCC/ TRT - 1ª REGIÃO ?2016) 
Sobre os bens reciprocamente considerados, e de acordo com o que estabelece o Código Civil: 
São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. E não se consideram 
benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do 
proprietário, possuidor ou detentor. 
Comentários: 
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 
Art. 97 Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem 
sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. 
Gabarito: Correto. 
 
7. DOS BENS PÚBLICOS (CLASSIFICAÇÃO DOS BENS QUANTO AO TITULAR 
DO SEU DOMÍNIO) 
Os bens quanto a sua titularidade ou em relação aos sujeitos a que pertencem (em relação às 
pessoas) classificam-se em ¹bens públicos e ²bens privados. 
 
O art. 98 traz a conceituação dos bens públicos e dos bens particulares. 
 
11 Pela banca ESAF. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
20 
 
 
Art. 98. São ¹públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público interno; todos os outros são ²particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. 
 
Deste modo, são bens públicos os de domínio nacional pertencentes à União, aos Estados, aos 
Territórios ou aos Municípios e às outras pessoas jurídicas de direito público interno. Todos os 
outros, os que tiverem, por exemplo, como titular de seu domínio pessoa natural ou pessoa jurídica 
de direito privado, serão bens particulares. 
O art. 99 traz a classificação dos bens públicos, ela se baseia no modo como esses bens são 
utilizados: 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto 
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
 
Portanto, os bens públicos de acordo com sua destinação foram classificados em três categorias: 
¹bens de uso comum do povo, ²bens de uso especial, ³bens dominicais. 
 
7.1 ? BENS DE USO COMUM DO POVO (TAMBÉM DENOMINADOS BENS DE DOMÍNIO 
PÚBLICO). 
A primeira observação que devemos fazer é de que os bens de uso comum do povo citados no art. 
99, I, são meramente exemplificativos, porque neles não se exaurem, ou seja, há outros além dos 
citados. 
São os bens públicos que podem ser utilizados, sem restrições, de forma gratuita ou onerosa, por 
todos, sem necessidade de qualquer permissão especial, ou seja, se destinam ao uso de todos. 
 
Bens quanto ao titular de seu domínio
Públicos Particulares
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
21 
 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
... 
 
Explicando melhor: Todos têm acesso a estes bens, podendo o acesso ocorrer gratuitamente ou não. 
Como exemplo temos as ruas, as estradas, as praças, os jardins públicos, o mar. à“sŝĂ�ĚĞ�ƌĞŐƌĂà?�ƐƵĂ�
ƵƚŝůŝnjĂĕĆŽ�Ġ�ƉĞƌŵŝƚŝĚĂ�ĂŽ�ƉŽǀŽà?�ƐĞŵ�ƌĞƐƚƌŝĕƁĞƐ�Ğ�ƐĞŵ�ƀŶƵƐà?12, ou seja, o acesso é permitido a toda 
coletividade, no entanto, nada impede que a utilização deste bem possa ser cobrada, desde que 
regulamentada. 
Assim, bens de uso comum do povo, são bens que, embora mantidos sob gestão da administração 
pública - uma pessoa jurídica de direito público interno, podem ser utilizados, sem restrição, gratuita 
ou onerosamente, por todos, sem necessidade de qualquer permissão especial. Pertencem à 
coletividade (res communes omnium), também podem ser denominados bens de domínio público e 
se destinam ao uso de todos. 
Mesmo se regulamentos administrativos condicionarem ou restringirem o seu uso a certos 
requisitos ou mesmo se instituírem pagamento de contribuição (uso retribuído), não perdem a 
natureza de bens de uso comum do povo, como exemplo disto temos: o pedágio, nas estradas; a 
venda de ingressos, em museus públicos; a taxa de embarque, em aeroportos, a taxa de ancoragem, 
em portos. 
 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
 
Veja que o uso do bem até pode ser franqueado (o usuário é o povo), mas o domínio sobre o bem 
continua sendo da pessoa jurídica de direito público. 
Sobre os bens de uso comum do povo citamos esta jurisprudência13: 
Administrativo. Ação de reintegração de posse. Estabelecimento comercial construído em terreno de 
marinha. Ocupação irregular. Mesas e cadeiras em área de praia. Bem da União de uso comum do 
povo. Impossibilidade de ocupação por particular. Demolição, com direito a indenização. Boa fé do 
ocupante. Cobrança de multa prevista na Lei n. 9.636/98. Impossibilidade. Irretroatividade. (TRF, 5ª 
Região, AP. n. 2002.800.000.13756/AL, rel. Des. Frederico Pinto de Azevedo, j. 05.07.2007). 
 
12 Caio Mário da Silva Pereira, Instituições de Direito Civil, Volume I, Ed. Forense, 25ª ed., pág. 368. 
13 Citação em Ministro Cezar Peluso, Código Civil Comentado, Doutrina e Jurisprudência, Manole, 6ª ed., pág. 90. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
22 
 
 
A situação jurisprudencial descrita se referea uma ação de reintegração de posse movida pela União 
contra uma empresa privada que construiu em terreno de marinha sem a devida autorização para a 
ocupação. 
 
7.2 ? BENS DE USO ESPECIAL 
Como o próprio nome diz bens de uso especial são os bens que possuem uma destinação especial, 
bens que são utilizados pelo próprio poder público para a execução de seus serviços públicos. Por 
exemplo, os prédios onde estão instaladas repartições públicas e os prédios de escolas públicas. 
Constituem o aparelhamento administrativo, assim, são afetados a um serviço ou estabelecimento 
público, ou seja, destinam-se especialmente à execução dos serviços públicos e, por isso mesmo, 
são considerados instrumentos deste serviço. São os edifícios e terrenos aplicados ao 
funcionamento da administração. Não integram propriamente a Administração, mas constituem 
(como já falamos) o aparelhamento administrativo. 
 
Art. 99. São bens públicos: 
... 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
 
São também chamados bens patrimoniais indisponíveis, pois possuem uma finalidade pública 
permanente14. Para finalizar o tema assim lecionava o saudoso Caio Mario da Silva Pereira15: ��
quando não mais se prestem à finalidade a que se destinam, é facultado ao poder público 
proprietário levantar a sua condição de inalienabilidade, e expô-lo à aquisição, na oportunidade e 
ƉĞůĂ�ĨŽƌŵĂ�ƋƵĞ�Ă�ůĞŝ�ƉƌĞƐĐƌĞǀĞƌà?à? 
 
 
14 Hely. Dir. Administrativo, p. 520. Em Nelson Nery Júnior, Código Civil Comentado, Revista dos Tribunais, 8ª ed., pág. 298. 
15 Caio Mário da Silva Pereira, Instituições de Direito Civil, Volume I, Ed. Forense, 25ª ed., pág. 369. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
23 
 
7.3 ? BENS DOMINICAIS 
São os bens que compõem o patrimônio da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Abrangem tanto bens imóveis quanto bens móveis. São aqueles que, embora integrando o domínio 
público, diferem dos outros bens públicos pela possibilidade, sempre presente, de serem utilizados 
em qualquer fim ou, mesmo, alienados pela Administração, se assim o desejar. Constituem o 
patrimônio disponível e alienável da pessoa jurídica de direito público. à“^ŽďƌĞ�ĞůĞƐ�Ž�ƉŽĚĞƌ�ƉƷďůŝĐŽ�
ĞdžĞƌĐĞ�ƉŽĚĞƌĞƐ�ĚĞ�ƉƌŽƉƌŝĞƚĄƌŝŽà?16. São bens que não são afetados a qualquer destino público. Como 
exemplos, temos as terras devolutas, oficinas, fazendas e indústrias pertencentes ao Estado. 
 
Art. 99. São bens públicos: 
... 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto 
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Art. 99. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens 
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. 
 
 
 
O que acontece é o seguinte, à“ĐĂƐŽ�ŶĞŶŚƵŵĂ�ůĞŝ�ĞƐƚĂďĞůĞĕĂ�ŶŽƌŵĂƐ�ĞƐƉĞĐŝĂŝƐ�ƐŽďƌĞ�ŽƐ�ĚŽŵŝŶŝĐĂŝƐà?�
seu regime jurídico será o dĞ�ĚŝƌĞŝƚŽ�ƉƌŝǀĂĚŽà?�WŽĚĞŵ�ƐĞƌ�ĚĞƐĂĨĞƚĂĚŽƐà?à?17 
 
8. CARACTERÍSTICAS DOS BENS PÚBLICOS 
8.1 A primeira característica é a inalienabilidade, desde que destinados ao uso comum do povo ou 
para fins administrativos, ou seja, enquanto guardarem a afetação pública os bens públicos de ¹uso 
comum do povo e ²os de uso especial são inalienáveis. 
 
16 Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, Saraiva, 2ª ed., pág. 249. 
17 Regina Sahm. Em, Costa Machado, Código Civil Interpretado, Manole 2012, 5ª ed., pág. 126. 
 “E�K��Ed�E�/���D ?�K�Yh��K� ?jE/�K��K��Zd/'K� ? ?�Yh�Z��/�Z Ó ?
Ele quer dizer que quando não houver lei em contrário, a própria lei
instituidora da pessoa jurídica de direito público poderá qualificar seus
bens, isto sem depender da destinação que dá a eles.
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
24 
 
É o que diz o art. 100 do código civil: 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
 
Porém, esta característica poderá ser revogada, se mediante lei especial tenham tais bens perdido 
sua utilidade ou necessidade, não mais conservando a sua qualificação. Quando ocorre a 
desafetação, que é a mudança da destinação de um bem público, ele acaba incluído no rol dos bens 
dominicais, sendo que, de acordo com o art. 101: 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
 
A venda ocorre em hasta pública ou por meio de concorrência administrativa. 
 
8.2 A segunda característica é a imprescritibilidade das pretensões a eles relativas. Deste modo os 
bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião, de acordo com o art. 102: 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
 
STF 340: à“�ĞƐĚĞ�Ă�ǀŝŐġŶĐŝĂ�ĚŽ����à?à?à?à?à?à?�ŽƐ�ďĞŶƐ�ĚŽŵŝŶŝĂŝƐà?�ďĞŵ�ĐŽŵŽ�ŽƐ�ĚĞŵĂŝƐ�ďĞŶƐ�ƉƷďůŝĐŽƐ�ŶĆŽ�
ĞƐƚĆŽ� ƐƵũĞŝƚŽƐ� Ă� ƵƐƵĐĂƉŝĆŽà?à?�Ou seja, TODOS os bens públicos não estão sujeitos a chamada 
prescrição aquisitiva. 
 
A proibição da usucapião de imóveis públicos está no texto constitucional: 
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, 
por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, 
adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
... 
§3° Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. 
... 
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco 
anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta hectares, 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
25 
 
tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a 
propriedade. 
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. 
 
(FCC/ Prefeitura de Campinas - SP ?2016) 
Caio estabeleceu-se, com animus domini18, em praça pública abandonada pelo Município. 
Decorridos mais de 20 anos, sem oposição das pessoas que frequentavam o local, requereu 
fosse declarada usucapida a área. Tal praça constitui bem de uso comum do povo, insuscetível 
de usucapião, assim como os de uso especial e os dominicais. 
Comentários: 
Art. 99. São bens públicos: 
I - OS DE USO COMUM DO POVO, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
Art. 102. Os bens públicos NÃO estão sujeitos a usucapião. 
Gabarito: Correto. 
 
8.3 E a terceira característica é a impenhorabilidade19, que é decorrência da primeira característica, 
pois uma vez que os bens públicos são inalienáveis não se pode também dá-los em garantia. 
 
à“KƐ�ĐƌĠĚŝƚŽƐ�ĐŽŶƚƌĂ�Ă�&ĂnjĞŶĚĂ�WƷďůŝĐĂ�ƐĞ�ƐĂƚŝƐĨĂnjĞŵ�ƉŽƌ�ŵĞŝŽ�ĚĞ�ƉƌĞĐĂƚſƌŝŽƐ�à?�&à?à?à?à?à?�ƉŽŝƐ�ŶĆŽ�ŚĄ�
excussão de bens púbůŝĐŽƐà?�ƋƵĞ�ƐĆŽ�ŝŵƉĞŶŚŽƌĄǀĞŝƐà?à?20 
 
(CESPE / TJ-RR ?2012) 
Por constituir bem de uso comum do povo, o jardim de uma praça pública pode servir ao lazerda população em geral, sem necessidade de permissão especial de uso. 
Comentários: 
 
18 Animus Domini é uma expressão em latim muito utilizada no campo jurídico para indicar a intenção de possuir, de ser dono. 
"Posse animus domini" traduz-se como "intenção de obter o domínio da coisa". 
19 A impenhorabilidade impede que o bem passe do patrimônio do devedor ao do credor, ou de outrem, por força da execução 
judicial. 
20 Nelson Nery Junior, Código Civil Comentado, 8ª ed., pág. 298. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
26 
 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
Gabarito: Correto. 
 
(CESPE / TRF 1ª REGIÃO ?2011) 
Os bens públicos de uso comum não podem ser utilizados por particulares. 
Comentários: 
Como o próprio nome diz, esta categoria de bens públicos é de uso comum, portanto o bem 
pode ser utilizado por particulares. 
E atente para o art. 103: 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser ¹gratuito ou ²retribuído, conforme for 
estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
Gabarito: Errado. 
 
(CESPE / TRE-BA ?2010) 
Tendo em vista a classificação dos bens prevista no Código Civil, julgue o item que se segue. 
O uso comum dos bens públicos deve ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
Comentários: 
��ƐƵďƐƚŝƚƵŝĕĆŽ�ĚĞ�à?ƉŽĚĞà?�ƉŽƌ�à?ĚĞǀĞà?�à?ŶĞƐƚĞ�ĐĂƐŽ�ĞƐƉĞĐşĨŝĐŽà?�ŶĆŽ�ĂůƚĞƌŽƵ�Ž�ƐĞŶƚŝĚŽ�ĚĂ�ĨƌĂƐĞà? 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for 
estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
Gabarito: Correto. 
 
(CESPE / TRE-BA ?2010) 
Tendo em vista a classificação dos bens prevista no Código Civil, julgue o item que se segue. Ao 
contrário dos bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial, os bens públicos 
dominicais podem ser alienados, desde que observadas as exigências legais. 
Comentários: 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
Para os bens dominicais basta que sejam observadas as exigências legais. Lembrando que os 
bens de uso especial também poderão ser alienados, mas somente quando desafetados do 
serviço público. 
Gabarito: Correto. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
27 
 
 
(CESPE / EMBASA ?2010) 
Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. Os bens públicos dominicais 
podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
Comentários: 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, 
enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
Gabarito: Correto. 
 
(CESPE / TRE-MT ?2010) 
Os bens públicos dominicais e os de uso especial não podem ser alienados. 
Comentários: 
Este é um tema recorrente nas provas de concurso, não vá errar isto! 
¹Bens de uso comum e ²bens de uso especial à? não podem ser alienados. 
³Bens dominicais à? podem ser alienados desde que atendidos os requisitos de lei. 
Gabarito: Errado. 
 
(CESPE / TRE-MT ?2010) 
O uso comum dos bens públicos pode ser retribuído conforme estabelecido legalmente pela 
entidade a cuja administração pertencem, sendo vedado seu uso gratuito. 
Comentários: 
Normalmente o uso do bem público será gratuito, mas nada impede que a administração 
estabeleça que seu uso seja retribuído. 
Gabarito: Errado. 
 
 
 
 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
28 
 
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Assim acabamos mais uma de nossas conversas. 
Repetimos que, embora esta aula não seja longa, você deve ter atenção, isto principalmente no que 
diz respeito à classificação dos bens. E sempre lembrando que, em caso de dúvidas, estamos à sua 
disposição. Procure resolver as questões propostas e não hesite em utilizar o fórum dúvidas se não 
entender algo. 
Grande abraço e bons estudos! 
 
Aline Baptista Santiago. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
29 
 
10. RESUMO DA MATÉRIA 
10.1 Bens imóveis: 
Estes dois artigos são muito importantes para fins de prova: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
II - o direito à sucessão aberta. 
 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para 
outro local; (Exemplo: Uma casa de madeira, que pode ser retirada de seus alicerces, para ser fixada 
em local diverso do original.) 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
 
10.2 Bens móveis: 
Estes dois artigos são muito importantes para fins de prova: 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. (Exemplo: direitos autorais) 
 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam 
sua qualidade de móveis (Bens móveis por natureza) readquirem essa qualidade os provenientes da 
demolição de algum prédio. 
 
Exemplo de bens móveis por antecipação: árvores convertidas em lenha. 
 
Bens fungíveis (substituíveis) MACETE: FUNGISUBInoautoMÓVEL 
Bens infungíveis, não podem ser substituídos. 
 
 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
30 
 
10.3 Dos Bens Divisíveis: 
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição 
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. 
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis ¹por determinação da lei ou 
²por vontade das partes. 
 
Universalidade de fato 
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, ¹pertinentes à mesma 
pessoa, tenham ²destinação unitária. 
Exemplo: Uma galeria de quadros 
Universalidade de direito 
Constitui-se por bens singulares corpóreos heterogêneos ou incorpóreos, ante o fato de que a norma 
jurídica, com o intuito de produzir certos efeitos, lhes dá unidade. 
 
 “São benfeitorias úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bemà?à? Exemplo de benfeitoria útil 
realizadaem um apartamento: Colocação de tela na varanda. 
 
As pertenças não seguem necessariamente a lei geral de gravitação jurídica, por meio da qual o 
acessório sempre seguirá a sorte do principal, razão pela qual, se uma propriedade rural for vendida, 
desde que não haja cláusula que aponte em sentido contrário, o vendedor não está obrigado a 
entregar as máquinas, tratores e equipamentos agrícolas nela utilizados. 
A pertença é coisa destinada, de modo duradouro, a conservar ou facilitar o uso, ou prestar serviço, 
ou, ainda, servir de adorno do bem principal, sem ser parte integrante. 
 
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo 
se o contrário resultar ¹da lei, ²da manifestação de vontade, ou ³das circunstâncias do caso. 
 
Parte integrante é o acessório que, unido ao principal, forma com ele um todo, sendo desprovida 
de existência material própria, embora mantenha sua identidade. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
31 
 
10.4 Frutos e produtos: 
Os frutos são as utilidades que uma coisa periodicamente produz, sem com isso sofrer alteração em 
sua substância. Os frutos industriais são os que tem sua origem vinculada a alguma ação humana 
sobre a natureza. 
Frutos estantes: são os armazenados em depósito para expedição ou venda. 
O conceito de produto parte da ideia de algo que pode ser retirado do principal diminuindo-lhe a 
quantidade, porque não se reproduzem periodicamente, como, por exemplo, os metais ou o 
petróleo de um poço. 
 
10.5 Bens públicos: 
Bens públicos são os bens do domínio nacional, pertencentes às pessoas jurídicas de direito público 
interno. Os demais são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem (art.98) 
 
 
 
Os prédios utilizados pelo poder público, como exemplos, o Prédio da Secretaria de Fazenda do 
Estado do Paraná e os prédios das universidades públicas, são bens imóveis classificados como de 
uso especial. Tais bens não podem ser alienados enquanto afetados ao serviço público, além disso, 
são imprescritíveis e impenhoráveis. 
 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
 
São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto 
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Bens Públicos
Uso comum
uso especial
dominicais
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
32 
 
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às 
pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
33 
 
11 ? QUESTÕES 
11.1 ? QUESTÕES COMENTADAS 
 
Vamos resolver questões da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista 
(VUNESP), e das seguintes bancas examinadoras: Fundação Carlos Chagas (FCC), Fundação Getúlio 
Vargas (FGV) e do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos 
(CEBRASPE/CESPE). Principalmente nos assuntos para os quais haja poucas questões da VUNESP 
disponíveis. 
 
1. (VUNESP/ PREF. DE SERTÃOZINHO-SP ? 2016) 
Sobre os bens dominicais, é correto afirmar que 
(A) Podem ser adquiridos por particulares, por meio da prescrição aquisitiva extraordinária. 
(B) São aqueles destinados a serviço ou estabelecimento da Administração Pública, inclusive 
autarquias. 
(C) Não podem ser utilizados por particular, com exclusividade, por meio de institutos típicos de 
direito privado. 
(D) Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público e podem ser alienados. 
(E) São aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito privado que prestam serviços de 
interesse público. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�à? errada. 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�à? errada. 
Art. 99. São bens públicos: 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Đà?�à? errada. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
34 
 
Art. 99 CC. São bens públicos: 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto 
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às 
pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�à? correta. 
Art. 99. São bens públicos: 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto 
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�à? errada. 
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público 
interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. 
Gabarito: Letra D. 
 
2. (VUNESP/ CÂMARA MUNICIPAL DE POÁ-SP ? 2016) 
As telhas da igreja matriz no centro de Poá foram retiradas para reforma e restauração. Diante dessa 
situação, acerca da tutela de bens jurídicos, é correto afirmar que as telhas do caso 
(A) Serão sempre consideradas bens móveis, independentemente de estarem fora da construção 
durante a reforma. 
(B) Serão consideradas como bens móveis somente durante o prazo da restauração. 
(C) Retiradas do teto da igreja, caso se resolva descartá-las na qualidade de materiais de demolição, 
serão consideradas bens móveis. 
(D) Serão sempre consideradas bens fungíveis. 
(E) Serão sempre consideradas bens móveis, mesmo que já estivessem recolocadas após a 
restauração. 
 
Comentários: 
As telhas que foram retiradas para serem recolocadas na igreja: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
 
Aline BaptistaSantiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
35 
 
Se as telhas forem descartadas: 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam 
sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
 
As telhas podem ser consideradas bens infungíveis, se não puder ser substituída por outra: 
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade. 
Gabarito: Letra C. 
 
3. (VUNESP/ CÂMARA MUNICIPAL DE JABOTICABAL-SP ? 2015) 
Os bens públicos que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto 
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades é denominado como 
(A) dominicais. 
(B) de uso comum. 
(C) os de uso especial. 
(D) usucapião. 
(E) repatriados. 
 
Comentários: 
Os bens dominicais são os que compõem o patrimônio da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios. Abrangem tanto bens imóveis quanto bens móveis. São aqueles que, embora 
integrando o domínio público, diferem dos outros bens públicos pela possibilidade, sempre 
presente, de serem utilizados em qualquer fim ou, mesmo, alienados pela Administração, se assim 
o desejar. Constituem o patrimônio disponível e alienável da pessoa jurídica de direito público. 
à“^ŽďƌĞ�ĞůĞƐ�Ž�ƉŽĚĞƌ�ƉƷďůŝĐŽ�ĞdžĞƌĐĞ�ƉŽĚĞƌĞƐ�ĚĞ ƉƌŽƉƌŝĞƚĄƌŝŽà?21. São bens que não são afetados a 
qualquer destino público. Como exemplos, temos as terras devolutas, oficinas, fazendas e indústrias 
pertencentes ao Estado. 
Art. 99. São bens públicos: 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto 
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Gabarito: Letra A. 
 
 
 
21 Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, Saraiva, 2ª ed., pág. 249. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
36 
 
4. (VUNESP/ PREFEITURA DE CAIEIRAS-SP ? 2015) 
Sobre a prescrição aquisitiva de bens públicos, é correto afirmar que 
(A) Todos os bens públicos estão sujeitos à prescrição aquisitiva. 
(B) Apenas os bens de uso especial estão sujeitos à prescrição aquisitiva. 
(C) Nenhum bem público está sujeito à prescrição aquisitiva. 
(D) Apenas os bens dominicais estão sujeitos à prescrição aquisitiva 
(E) Apenas os bens de uso especial e os dominicais estão sujeitos à prescrição aquisitiva. 
 
Comentários: 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
A usucapião também é chamada de prescrição aquisitiva. 
Gabarito: Letra C. 
 
5. (VUNESP/ UNICAMP ? 2014) 
Não dispondo a lei em contrário, os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que 
se tenha dado estrutura de direito privado são considerados, de acordo com o Código Civil, como 
(A) Privilegiados. 
(B) De uso comum. 
(C) De uso especial. 
(D) Dominicais. 
(E) Servidões. 
 
Comentários: 
Art. 99. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens 
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. 
Gabarito: Letra D. 
 
6. (VUNESP/ PGM-SP ? 2014) 
Gustavo e sua família passaram a ocupar bem público dominical de 250 m² (duzentos e cinquenta 
metros quadrados), em área urbana, utilizando-o como moradia da família e realizando diversas 
benfeitorias úteis e voluptuárias. O bem estava sem utilização pela Administração Pública, mas, 
passados 5 (cinco) anos, o município pretendia utilizá-lo para determinadas funções. Assim, foi 
ajuizada ação com o objetivo de retirar a família do local. Nesse panorama, partindo da premissa 
que a família sabia se tratar de bem público, é correto afirmar que 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
37 
 
(A) de acordo com as características do imóvel, o instituto da usucapião beneficia a família. 
(B) o município deverá indenizar pelas benfeitorias úteis, mas não pelas voluptuárias. 
(C) a retirada da família do imóvel urbano só é possível após as indenizações pelas benfeitorias 
realizadas. 
(D) o município tem pretensão de retomada do bem, independentemente de qualquer indenização. 
(E) de acordo com as características do imóvel, o instituto da usucapião beneficia a família tão 
somente se não forem proprietários de outro imóvel. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�à? errada. 
Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�à? errada. 
Gustavo e sua família são meros detentores, por isso não terá direito de retenção pelas benfeitorias 
realizadas, tampouco direito a indenização pelas acessões, ainda que as benfeitorias tenham sido 
realizadas de boa-fé. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Đà?�à? errada. 
Conforme visto na alternativa acima. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�à? correta. 
A família é considerada mera detentora. Por isso não terá direito a indenização. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�à? errada. 
Neste caso, não será possível fazer uma ação de usucapião. 
Gabarito: Letra D. 
 
7. (VUNESP/ PC-SP ? 2014) 
Com relação aos bens públicos, é correto afirmar que 
(A) Os de uso especial e os dominicais são inalienáveis, inadmitindo desafetação. 
(B) Podem ser de uso gratuito ou retribuído, conforme disposição legal. 
(C) Os rios, mares, ruas e praças constituem bens de uso especial. 
(D) Os de uso especial são aqueles bens públicos revestidos de estrutura de direito privado. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
38 
 
(E) Apenas os dominicais estão sujeitos à usucapião. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�à? errada. 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�à? correta. 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Đà?�à? errada. 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�à? errada. 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto 
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às 
pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�à? errada. 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
Gabarito: Letra B. 
 
8. (VUNESP/ CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS ? 2014) 
De acordo com as disposições do Código Civilde 2002, assinale a alternativa correta acerca dos bens 
públicos, bem como o instituto da usucapião. 
(A) Apenas os bens de uso especial estão sujeitos à usucapião. 
(B) Apenas os bens dominicais estão sujeitos à usucapião. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
39 
 
(C) Todos os bens públicos estão sujeitos à usucapião. 
(D) Apenas os bens de uso comum estão sujeitos à usucapião. 
(E) Nenhum bem público está sujeito à usucapião. 
 
Comentários: 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
Gabarito: Letra E. 
 
9. (VUNESP/ ITESP ? 2013) 
Sobre a classificação de um bem como público, é correto afirmar: 
(A) Torna-o inalienável, em todos os casos. 
(B) Se classificado como bem de uso comum do povo, é inalienável; se catalogado como bem de uso 
especial, alienável 
(C) Quando pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de 
direito privado são classificados, em regra, como bens de uso especial 
(D) Não podem ser sujeitos a usucapião e, se classificados como dominicais, podem ser alienados, 
observadas as exigências da legislação vigente. 
(E) Somente os bens dominicais podem ter o uso comum gratuito ou retribuído. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�à? errada. 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�à? errada. 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Đà?�à? errada. 
Art. 99. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens 
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�à? correta. 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
40 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�à? errada. 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
Gabarito: Letra D. 
 
10. (VUNESP/ TJ-SP ? 2013) 
É correto afirmar que os bens públicos. 
(A) São de uso gratuito, sendo vedada a cobrança pela sua utilização, ressalvada a possibilidade de 
contribuição espontânea. 
(B) Dominicais podem ser utilizados por particular, com exclusividade, através da utilização de 
institutos típicos de direito privado. 
(C) Dominicais estão sujeitos à usucapião, ao contrário dos bens de uso comum do povo e bens de 
uso especial. 
(D) Dominicais são considerados bens fora de comércio, seguindo a regra da inalienabilidade dos 
bens públicos. 
(E) De uso especial podem ser penhorados, não se sujeitando à regra de impenhorabilidade que 
protege os bens de uso comum do povo. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�à? errada. 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�à? correta. 
Art. 99. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens 
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Đà?�à? errada. 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�à? errada. 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�à? errada. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
41 
 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
Gabarito: Letra B. 
 
11. (VUNESP/ SPTRANS ? 2012) 
No que tange aos bens públicos, assinale a alternativa correta. 
à?�à?�KƐ� ďĞŶƐ� ƉƷďůŝĐŽƐ� ƉŽĚĞŵ� ƐĞƌ� ĐůĂƐƐŝĨŝĐĂĚŽƐ� Ğŵ� à?ďĞŶƐ� ĚĞ� ƵƐŽ ĐŽŵƵŵ�ĚŽ� ƉŽǀŽà?à?� à?ďĞŶƐ� ĚĞ� ƵƐŽ�
ĞƐƉĞĐŝĂůà?� Ğ� à?ďĞŶƐ� ĚŽŵŝŶŝĐĂŝƐà?à?� ƐĞŶĚŽ� ƚŽĚŽƐ� ĞůĞƐ� ŝŶĂůŝĞŶĄǀĞŝƐà?� ƐĂůǀŽ� ƋƵĂŶĚŽ� ƐƵďŵĞƚŝĚŽƐ� ă�
desafetação. 
(B) Os bens públicos de uso comum do povo e os bens de uso especial são insuscetíveis de aquisição 
por usucapião, não valendo a mesma regra para os bens dominicais. 
(C) Em que pese a regra da inalienabilidade dos bens públicos, é possível que haja alienação de bens 
de um ente público a outro, sem que se proceda à desafetação. 
(D) Qualquer espécie de bem público pode ser alienado, sem a necessidade de respeitar o 
procedimento de desafetação, desde que assim o exija a ordem pública ou a segurança nacional. 
(E) Em razão de sua natureza, ao Poder Público é vedada a cobrança pela utilização dos bens 
públicos, desde que respeitados todos os procedimentos de regular fruição, conforme estabelecido 
pelo órgão competente. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�à? errada. 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�à? errada. 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Đà?�à? correta. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�à? errada. 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�à? errada. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
42 
 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
Gabarito: Letra C. 
 
12. (VUNESP/ TJ-SP ? 2011) 
Assinale a alternativa que não contém bem imóvel para efeitos legais. 
(A) Os materiais oriundos da demolição de um prédio e que serão destinados à venda. 
(B) As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para 
outro local. 
(C) As energias que tenham valor econômico. 
(D) O direito à sucessão aberta. 
 
Comentários: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
II - o direito à sucessão aberta. 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para 
outro local; 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
Gabarito: Letra A. 
 
13. (VUNESP/ TJ-SP ? 2011) 
A respeito dos bens públicos, é correto afirmar: 
(A) Os bens dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
(B) O hospital municipal, o prédio da escola pública e o Fórum são bens de uso comum do povo. 
(C) É admissível a usucapião constitucional em bens públicos. 
(D) O uso comum dos bens públicos será sempre gratuito.Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�à? correta. 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
43 
 
AlternativĂ�à?ďà?�à? errada. 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto 
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Đà?�à? errada. 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�à? errada. 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
Gabarito: Letra A. 
 
14. (VUNESP/ TJ-SP ? 2011) 
As utilidades que se retiram da coisa e lhe diminuem a quantidade, pois não se reproduzem 
periodicamente, são: 
(A) Frutos civis (rendimentos). 
(B) Frutos percipiendos. 
(C) Pertenças. 
(D) Produtos. 
 
Comentários: 
O conceito de produto parte da ideia de algo que pode ser retirado do principal diminuindo-lhe a 
quantidade, porque não se reproduzem periodicamente. Como os metais, por exemplo. 
Gabarito: Letra D. 
 
15. (VUNESP/ TJ-SP ? 2009) 
Considerados em si mesmos, os bens podem ser 
(A) Públicos e particulares. 
(B) Principais e acessórios. 
(C) Imóveis pela própria natureza, benfeitorias e pertenças. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
44 
 
(D) Móveis e imóveis. 
 
Comentários: 
Como vimos em aula, esta é a classificação mais importante porque diz respeito à natureza dos bens. 
Neste sentido os bens podem ser: imóveis ou móveis; fungíveis ou infungíveis; consumíveis ou 
inconsumíveis; divisíveis ou indivisíveis; e singulares ou coletivos. 
Gabarito: Letra D. 
 
16. (FCC / ALESE ? 2018) 
De acordo com o Código Civil, uma praça, um quadro assinado por renomado pintor e as energias 
que tenham valor econômico são considerados, respectivamente, bem 
(A) público de uso especial, bem fungível e bem imóvel. 
(B) público de uso comum do povo, bem infungível e bem móvel. 
(C) particular dominical, bem infungível e bem imóvel. 
(D) público de uso comum do povo, bem infungível e bem imóvel. 
(E) público de uso comum do povo, bem fungível e bem móvel. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�à? correta. 
De acordo com o Código Civil, uma praça, um quadro assinado por renomado pintor e as energias 
que tenham valor econômico são considerados, respectivamente, bem público de uso comum do 
povo, bem infungível e bem móvel. 
Uma praça é considerada como bem público, de acordo com o art. 99, inciso I: 
Art. 99. São BENS PÚBLICOS: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e PRAÇAS; 
Um quadro assinado por renomado pintor é considerado um bem infungível. 
Os Bens Infungíveis são aqueles que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, 
qualidade e quantidade. Ou seja, são aqueles que são únicos, são personalizados. 
As energias que tenham valor econômico são consideradas como bens móveis, de acordo com o 
art. 83, inciso I: 
Art. 83. Consideram-se MÓVEIS para os efeitos legais: 
I - AS ENERGIAS QUE TENHAM VALOR ECONÔMICO; 
Gabarito: Letra B. 
 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
45 
 
17. (FCC / TRF - 5ª REGIÃO ? 2017) 
Considera-se bem imóvel, para os efeitos legais, 
(A) o direito à sucessão aberta. 
(B) o automóvel que, por defeito irreparável do motor, é insuscetível de movimento próprio. 
(C) a energia que tenha valor econômico. 
(D) o direito pessoal de caráter patrimonial. 
(E) o direito real sobre objetos móveis. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�à? correta. 
Considera-se bem imóvel, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta. 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
II - o direito à sucessão aberta. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�à? errada. 
O automóvel com defeito no motor, continua sendo um bem móvel, pois pode ser removido por 
força alheia sem alteração na sua substância. 
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem 
alteração da substância ou da destinação econômico-social. 
 
AlteƌŶĂƚŝǀĂ�à?Đà?�à? errada. 
Considera-se bem móvel, para os efeitos legais, a energia que tenha valor econômico. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�à? errada. 
Considera-se bem móvel, para os efeitos legais, o direito pessoal de caráter patrimonial. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�à? errada. 
Considera-se bem móvel, para os efeitos legais, o direito real sobre objetos móveis. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
46 
 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
Gabarito: Letra A. 
 
18. (FCC / TRT - 11ª REGIÃO ? 2017) 
A respeito dos bens, é correto afirmar que 
(A) constitui universalidade de fato o complexo de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas de 
valor econômico. 
(B) os materiais provisoriamente separados de um prédio, mesmo que sejam nele reempregados, 
perdem o caráter de imóveis. 
(C) constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma 
pessoa, tenham destinação unitária. 
(D) os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por 
vontade das partes. 
(E) as energias que tenham valor econômico são consideradas bens imóveis para os efeitos legais. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�à? errada. 
Atente para a diferença nos conceitos: 
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas 
de valor econômico. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�à? errada. 
Não perderão o caráter de imóveis. 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Đà?�à? errada. 
A alternativa apresentou o conceito de universalidade de fato. 
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma 
pessoa, tenham destinação unitária. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�à? correta. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
47Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por 
vontade das partes. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�à? errada. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
Gabarito: Letra D. 
 
19. (FCC / SEGEP-MA ? 2016) 
Um diamante de formato e brilho únicos, exposto em museu de artes, e uma piscina que adorna 
uma casa de veraneio são considerados, pelo Código Civil, respectivamente, um bem 
(A) Fungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina. 
(B) Fungível e divisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina. 
(C) Fungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria útil, no caso da piscina. 
(D) Infungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria útil, no caso da piscina. 
(E) Infungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�- correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade. 
Como principal exemplo de coisa fungível, nós temos o dinheiro à? que é o bem fungível por 
excelência. Qualquer nota de R$ 10,00 pode ser substituída por outra de R$ 10,00. Ambas 
apresentam as mesmas características, são da mesma espécie, qualidade e quantidade. Outro 
exemplo é o atribuído aos gêneros alimentícios em geral. 
 
DICA PARA MEMORIZAR que fungível é o mesmo que substituível, sendo característica apenas dos 
bens móveis: 
FUnGI e SUBi no autoMÓVEL. - 
Bens Infungíveis 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
48 
 
A contrário sensu dos bens fungíveis, temos que os bens infungíveis são aqueles que não podem ser 
substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Ou seja, são aqueles que são 
únicos, são personalizados. Como exemplo, temos um determinado quadro ou uma escultura de 
alguém famoso. 
Atenção: para saber se um bem possui a característica da fungibilidade, devemos comparar com 
outro que seja equivalente. Pois a fungibilidade deriva da própria natureza do bem. No entanto, 
pode acontecer de um bem, que por sua natureza seja fungível, tornar-se infungível por vontade 
das partes. Pode ser o exemplo de uma moeda que é um bem fungível, mas que para um 
colecionador pode tornar-se infungível. Outro exemplo, uma cesta de frutas é coisa fungível, mas, 
emprestada ad pompam vel ostentationem, ou seja, para ornamentação, transformar-se-á em 
coisa infungível.22 
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição 
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. 
Portanto, bens divisíveis são aqueles que podem ser partidos, ou repartidos, sem que com isso se 
perca sua substância, além disso, importa que esta divisão também não implique a sua 
desvalorização econômica. Por exemplo, se pegarmos um saco de arroz de 20 kg e dividirmos em 4 
sacos de 5kg cada, cada fração conservará as mesmas qualidades do produto, ou seja, ainda será 
arroz, podendo ter a mesma utilização do todo, uma vez que não houve nenhuma alteração de sua 
substância. (1X20KG = 4X5KG -). A divisibilidade jurídica não se confunde com a divisibilidade física, 
para aquela o entendimento que precisamos ter é o de que 1kg de arroz dentro do saco de 20 kg 
equivale a 1kg de arroz dentro do saco de 5kg, não há nem desvalorização econômica nem prejuízo 
do uso. 
Bens Indivisíveis 
Indivisíveis são os bens que se opõe a definição de bens divisíveis, além disso, o art. 88 do código 
civil dispõe o seguinte: 
 Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis ¹por determinação da lei ou 
²por vontade das partes. 
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. 
Portanto, existem três tipos de benfeitorias: 
1. Benfeitorias Necessárias à? são aquelas destinadas a conservação do bem, para evitar que este se 
deteriore. Estão prevista no § 3º do art. 96: 
Art. 96. § 3º. São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. 
Como exemplos, nós temos o reforço de fundações de um prédio; uma cerca de arame farpado para 
defesa da terra cultivada. 
2. Benfeitorias Úteis à? são as que aumentam ou facilitam o uso da coisa. Está prevista no § 2º do 
art. 96: 
 
22 Washington de Barros Monteiro, Curso de Direito Civil I, 43 ed., pág. 199. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
49 
 
Art. 96. § 2º. São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. 
O que não for benfeitoria necessária e que aumente o valor do bem será considerado benfeitoria 
útil. Como exemplos podemos citar a construção de uma garagem ou de mais um banheiro em uma 
casa ou, então, a modernização de encanamentos. 
3. Benfeitorias Voluptuárias à? são aquelas feitas para o prazer, não aumentam o uso habitual da 
coisa, ainda que a tornem mais agradável e seu valor seja elevado. Estão normatizadas no § 1º do 
art. 96: 
Art. 96. § 1º. São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do 
bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. 
Como exemplos, podemos citar: a pintura da casa; a construção de uma quadra de tênis, ou de uma 
piscina, ou de um mirante. 
Gabarito: Letra E. 
 
20. (FCC / DPE-BA ? 2016) 
Segundo o Código Civil de 2002, os bens públicos são 
I. inalienáveis, os dominicais. 
II. alienáveis, desde que haja prévia justificativa e autorização do Poder Legislativo. 
III. inalienáveis, os bens de uso comum, enquanto conservar a sua qualificação; e inalienáveis os 
bens dominicais, observadas as determinações legais. 
IV. alienáveis, os bens dominicais, observadas as determinações legais. 
V. inalienáveis, os bens públicos de uso comum do povo na forma que a lei determinar. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I, II e V. 
(B) I, II e III. 
(C) I, III e IV. 
(D) II e IV. 
(E) IV e V. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�- correta. 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
Porém, esta característica poderá ser revogada, se mediante lei especial tenham tais bens perdido 
sua utilidade ou necessidade, não mais conservando a sua qualificação. Quando ocorre a 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
50 
 
desafetação, que é a mudança da destinação de um bem público, ele acaba incluído no rol dos bens 
dominicais, sendo que, de acordo com o art. 101: 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
Gabarito: Letra E. 
 
21. (FCC / PREFEITURA DE TERESINA ? PI ? 2016) 
Os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao 
serviço ou ao aformoseamento de outro bem, denominam-se 
(A) Benfeitorias voluptuárias. 
(B) Produtos. 
(C) Benfeitorias necessárias. 
(D) Benfeitorias úteis. 
(E) Pertenças. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�- correta.Pertenças são coisas auxiliares das outras. Diferentemente do que ocorre na regra do acessório, as 
pertenças não estão abrangidas nos negócios jurídicos pertinentes ao bem principal. 
à“EĆŽ�ƐĞ�ĐŽŶĨƵŶĚĞŵ�ŶĞĐĞƐƐĂƌŝĂŵĞŶƚĞà?�ĐŽŵ�ĂƐ�ĐŽŝƐĂƐ�ĂĐĞƐƐſƌŝĂƐà?�ǀŝƐƚŽ�ƋƵĞ�Ă�ĚĞĨŝŶŝĕĆŽ�ĚĞ�à“ƉĞƌƚĞŶĕĂà?�
ŶĆŽ�ƉƌĞƐƐƵƉƁĞ�ƋƵĞ�ƐƵĂ�ĞdžŝƐƚġŶĐŝĂ�ĞƐƚĞũĂ�ƐƵďŽƌĚŝŶĂĚĂ�ă�ĚŽ�ƉƌŝŶĐŝƉĂůà?à?23 
Estão normatizadas no art. 93: 
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 
Pertença é, portanto, um bem que é acrescido a outro, que é o principal, sem, no entanto, ser parte 
integrante deste. 
São pertenças, todos os bens móveis ajudantes, que o dono, por sua vontade e querer, colocar na 
exploração industrial ou econômica de um imóvel, no seu embelezamento ou na sua comodidade. 
São coisas auxiliares das outras. São coisas móveis que são postas de modo estável a serviço de 
outras coisas móveis ou, então, imóveis. Como exemplos, podemos citar: a moldura de um quadro 
que é usado na sala de uma residência; os tratores que são usados para melhorar a exploração de 
propriedade rural. 
Gabarito: Letra E. 
 
 
23 Nelson Nery Junior, Código Civil Comentado, 8ª ed., pág. 296. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
51 
 
22. (FCC / TRT - 1ª REGIÃO ? 2016) 
Sobre os bens reciprocamente considerados, e de acordo com o que estabelece o Código Civil, 
considere: 
I. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, 
ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 
II. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal abrangem as pertenças de acordo com 
as circunstâncias do caso. 
III. As benfeitorias úteis são aquelas que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem 
mais agradável ou sejam de elevado valor. 
IV. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a 
intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) II, III e IV. 
(B) I e II. 
(C) I e IV. 
(D) I, II e III. 
(E) I, II e IV. 
 
Comentários: 
Bens Reciprocamente Considerados: 
Bens Principais: é o bem que possui existência própria, que existe por si, independentemente de 
outros. Ex: o solo é bem principal e a árvore um bem acessório. 
Bens Acessórios: o bem acessório dependerá da existência do principal. 
Frutos 
Produtos 
Benfeitorias 
Pertenças 
Os Frutos: são as utilidades que uma coisa periodicamente produz sem, com isso, sofrer alteração 
em sua substância. Ex: o leite das vacas e as frutas que uma árvore dá. 
Os Produtos: o conceito de produto parte da ideia de algo que pode ser retirado do principal 
diminuindo-lhe a quantidade, porque não se reproduzem periodicamente. Ex: os metais. 
As Benfeitorias: são as obras ou despesas que se faz em bem, móvel ou imóvel, para conservá-lo, 
melhorá-lo ou embelezá-lo. 
Existem três tipos de benfeitorias: 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
52 
 
Benfeitorias Necessárias: são aquelas destinadas a conservação do bem, para evitar que este se 
deteriore. Ex: reforma de uma viga. 
Benfeitorias Úteis: são as que aumentam ou facilitam o uso da coisa. Ex: construção de uma garage. 
Benfeitorias Voluptuárias: são aquelas feitas para o prazer, não aumentam o uso habitual da coisa, 
ainda que a tornem mais agradável e seu valor seja elevado. Ex: a construção de uma piscina. 
Pertenças: é um bem que é acrescido a outro, que é o principal, sem, no entanto, ser parte integrante 
deste. As pertenças não obedecem à regra de que o acessório segue o principal, porque são coisas 
que não formam partes integrantes e também não são fundamentais para a utilização do bem 
principal. Ex: objetos de decoração de uma residência. 
 
Afirmativa I - correta. 
Está correta pela literalidade do art. 93: 
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 
Pertença é, portanto, um bem que é acrescido a outro, que é o principal, sem, no entanto, ser parte 
integrante deste. 
 
Afirmativa II - errada. 
As pertenças não obedecem à regra de que o acessório segue o principal, porque são coisas que não 
formam partes integrantes e também não são fundamentais para a utilização do bem principal. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo 
se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. 
 
Afirmativa III - errada. 
Trata-se das benfeitorias voluptuárias e não úteis. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. 
§ 1º. São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, 
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. 
§ 2º. São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. 
 
Afirmativa IV - correta. 
Está correta pela literalidade do art. 97: 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
53 
 
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem 
a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. 
A As acessões naturais são acréscimos decorrentes de fatos naturais e fortuitos. São, portanto, 
obras exclusivas da natureza, quem lucra é o dono da coisa. 
Gabarito: Letra C. 
 
23. (FCC / TRT - 14ª REGIÃO ? 2016) 
Nos termos preconizados pelo Código Civil são considerados bens imóveis para os efeitos legais, 
dentre outros, 
(A) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
(B) O direito à sucessão aberta. 
(C) Os direitos reais sobre objetos móveis e respectivas ações. 
(D) As energias que tenham valor econômico. 
(E) Os materiais provenientes da demolição de algum prédio. 
 
Comentários: 
Atenção para os artigos que serão usados para responder esta questão. Eles costumam ser muito 
requisitados em provas de concursos! ;) 
A questão quer saber quais são os bens imóveis para efeitos legais. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�- errada. 
Pois traz um bem móvel para efeitos legais: 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�- correta. 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
II - o direito à sucessão aberta. 
No art. 80 temos a atribuição da característica de bem imóvel a um bem que por sua natureza não 
o é. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
54 
 
Os direitos são coisas imateriaise, por este motivo, não entram diretamente na classificação de bens 
móveis ou imóveis. Entretanto, tendo em vista a segurança das relações jurídicas, os direitos reais 
sobre imóveis são tratados como se fossem imóveis. 
E, dada à natureza de bem imóvel de que se revestem os direitos hereditários, a cessão desses 
direitos, quando já aberta a sucessão, deve ser feita por instrumento público. OBS: A herança 
mesmo que composta de bens móveis será considerada bem imóvel. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Đà?�- errada. 
Está incorreto pela literalidade do art. 83, inciso II do Código Civil: 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
Os direitos reais sobre objetos móveis e respectivas ações são considerados bens móveis. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�- errada. 
Está incorreto pela literalidade do art. 83, inciso I do Código Civil: 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
As energias que tenham valor econômico são consideradas bens móveis. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�- errada. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam 
sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
O que se considera neste tipo de classificação é a finalidade da separação e a destinação dos 
materiais (o seu emprego). 
 Cuidado! Os materiais vindos da demolição de um prédio readquirem a qualidade de bens móveis, 
entretanto, quando a separação for provisória (como já explicamos), estes não perderão sua 
característica de bem imóvel quando a intenção for reutilizá-los na reconstrução do prédio. O que 
vale é a intenção do dono da coisa (isto deverá estar bem explicado na questão da prova). 
Gabarito: Letra B. 
 
24. (FCC / TRT - 20ª REGIÃO ? 2016) 
Marcos ganhou como presentes de casamento, um quadro assinado por seu autor; um liquidificador 
de marca conhecida e disponível no mercado, um relógio de parede, único, que havia pertencido a 
seu bisavô, e certa quantia em dinheiro. São considerados bens infungíveis o 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
55 
 
(A) quadro, o relógio e o dinheiro. 
(B) dinheiro, apenas. 
(C) relógio, apenas. 
(D) relógio e o liquidificador. 
(E) quadro e o relógio. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�- correta. 
São considerados bens infungíveis apenas o quadro e o relógio de parede. 
O Código Civil em seu art. 85 nos fala o que são os bens fungíveis: 
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade. 
A contrário sensu dos bens fungíveis, temos que os bens infungíveis são aqueles que não podem ser 
substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Ou seja, são aqueles que são 
únicos, são personalizados. Ex o quadro de um pintor célebre, uma escultura famosa, que são 
personalizados ou individualizados. 
Um quadro assinado por seu autor é considerado um bem infungível. (é um bem insubstituível e 
individualizado). 
Um liquidificador de marca conhecida e disponível no mercado é considerado um bem fungível. 
(Posso comprar outro liquidificador da mesma espécie, qualidade e quantidade). 
Um relógio de parede, único, que havia pertencido a seu bisavô é considerado um bem infungível. 
(é um bem insubstituível). 
Quantia em dinheiro é considerado um bem fungível. (Qualquer nota de R$ 10,00 pode ser 
substituída por outra de R$ 10,00. Ambas apresentam as mesmas características, são da mesma 
espécie, qualidade e quantidade). 
Gabarito: Letra E. 
 
25. (FCC / AL-MS ? 2016) 
Donizete passou a residir no subsolo de prédio público onde funciona posto de atendimento de 
saúde, ali permanecendo por onze anos, com ânimo definitivo e sem oposição. O bem onde reside 
Donizete é classificado como bem público 
(A) dominical, que não pode ser objeto de usucapião. 
(B) dominical, que pode, no caso, ser objeto de usucapião extraordinária, tendo em vista que 
Donizete nele estabeleceu sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
56 
 
(C) de uso especial, que pode, no caso, ser objeto de usucapião extraordinária, tendo em vista que 
Donizete nele estabeleceu sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição. 
(D) que pode, no caso, ser objeto de usucapião ordinária, tendo em vista que Donizete nele 
estabeleceu sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição. 
(E) de uso especial, que não pode ser objeto de usucapião. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�- errada. 
Está errado, pois o prédio público onde funciona posto de atendimento de saúde é um bem de uso 
especial e não dominical. 
Art. 99. São bens públicos: 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto 
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião, de acordo com o art. 102: 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
STF 340: à“�ĞƐĚĞ�Ă�ǀŝŐġŶĐŝĂ�ĚŽ����à?à?à?à?à?à?�ŽƐ�ďĞŶƐ�ĚŽŵŝŶŝĂŝƐà?�ďĞŵ�ĐŽŵŽ�ŽƐ�ĚĞŵĂŝƐ�ďĞŶƐ�ƉƷďůŝĐŽƐ�ŶĆŽ�
ĞƐƚĆŽ� ƐƵũĞŝƚŽƐ� Ă� ƵƐƵĐĂƉŝĆŽà?à?�Ou seja, TODOS os bens públicos não estão sujeitos a chamada 
prescrição aquisitiva. 
A proibição da usucapião de imóveis públicos está no texto constitucional: 
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, 
por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, 
adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. 
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco 
anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta hectares, 
tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a 
propriedade. 
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. 
 
Alternativa à?ďà?�- errada. 
Está errado, pois os bens públicos não estão sujeitos a usucapião 
Art. 99. São bens públicos: 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
57 
 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto 
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião, de acordo com o art. 102: 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Đà?�- errada. 
Está errado, pois os bens públicos não estão sujeitos a usucapião 
Art. 99. São bens públicos: 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião, de acordo com o art. 102: 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�- errada. 
Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião, de acordo com o art. 102: 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�- correta. 
O prédio público onde funciona posto de atendimento de saúde é um bem público de uso especial, 
que não pode ser objeto de usucapião. 
Art. 99. São bens públicos: 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião, de acordo com o art. 102: 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
Gabarito: Letra E. 
 
26. (FCC / PREFEITURA DE CAMPINAS ? SP ? 2016) 
Caio estabeleceu-se, com animus domini, em praça pública abandonada pelo Município. Decorridos 
mais de 20 anos, sem oposição das pessoas que frequentavam o local, requereu fosse declarada 
usucapida a área. Tal praça constitui bem 
(A) de uso comum do povo, suscetível de usucapião, em caso de abandono pelo poder público. 
(B) de uso especial, insuscetível de usucapião, assim como os de uso comum do povo e os dominicais. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
58 
 
(C) dominical, suscetível de usucapião, ainda que conserve tal qualificação. 
(D) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, diferentemente dos bens de uso especial e 
dos dominicais. 
(E) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, assim como os de uso especial e os dominicais. 
 
Comentários: 
Animus Domini é uma expressão em latim muito utilizada no campo jurídico para indicar a intenção 
de possuir, de ser dono. "Posse animus domini" traduz-se como "intenção de obter o domínio da 
coisa". 
Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião, de acordo com o art. 102 do Código Civil. 
Súmula 340 do STF: à“�ĞƐĚĞ�Ă�ǀŝŐġŶĐŝĂ�ĚŽ��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůà?�ŽƐ�ďĞŶƐ�ĚŽŵŝŶŝĐĂŝƐà?�ĐŽŵŽ�ŽƐ�ĚĞŵĂŝƐ�ďĞŶƐ�
ƉƷďůŝĐŽƐà?�ŶĆŽ�ƉŽĚĞŵ�ƐĞƌ�ĂĚƋƵŝƌŝĚŽƐ�ƉŽƌ�ƵƐƵĐĂƉŝĆŽà?à? Ou seja, TODOS os bens públicos não estão 
sujeitos a chamada prescrição aquisitiva. 
A proibição da usucapião de imóveis públicos está no texto constitucional: 
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, 
por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, 
adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. 
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco 
anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta hectares, 
tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a 
propriedade. 
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�- errada. 
Tal praça constitui bem público de uso comum do povo, insuscetível de usucapião. 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião, de acordo com o art. 102: 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�- errada. 
Tal praça constitui bem público de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, assim como os 
de uso especial e os dominicais. 
Art. 99. São bens públicos: 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
59 
 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião, de acordo com o art. 102: 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
 
AůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Đà?�- errada. 
Tal praça constitui bem de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, assim como os de uso 
especial e os dominicais. 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto 
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião, de acordo com o art. 102: 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�- errada. 
Tal praça constitui bem de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, assim como os de uso 
especial e os dominicais. 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião, de acordo com o art. 102: 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�- correta. 
Tal praça constitui bem de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, assim como os de uso 
especial e os dominicais. 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
Os bens públicos de uso comum do povo admitem a utilização por qualquer pessoa, 
indiscriminadamente, a título gratuito ou oneroso. Como por exemplo as praças. 
Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião, de acordo com o art. 102: 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
60 
 
Gabarito: Letra E. 
 
27. (FCC / TJ-PI ? 2015) 
EŽƐ�ƚĞƌŵŽƐ�ĚŽ��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůà?�Ġ�ĐŽŶƐĞƋƵġŶĐŝĂ�ĚŽ�ĐĂƌĄƚĞƌ�ĚĞ�à?ƵƐŽ�ĐŽŵƵŵ�ĚŽ�ƉŽǀŽà?�ĚĞ�Ƶŵ�ďĞŵ�ƉƷďůŝĐŽà?�
por contraste com os bens dominicais, a 
(A) Possibilidade de integrar o patrimônio de pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado 
estrutura de direito privado. 
(B) Necessária gratuidade do uso. 
(C) Impossibilidade de alienação. 
(D) Insuscetibilidade à usucapião. 
(E) Possibilidade de integrar o patrimônio de pessoas jurídicas da Administração Direta. 
 
Comentários: 
AlternativĂ�à?Đà?�- correta. 
A dificuldade nesta questão era entender a pergunta, sendo assim, a questão queria saber qual a 
diferença entre os bens de uso comum do povo e os bens dominicais, que, de acordo com os arts. 
100 e 101 é a possibilidade de alienação. 
Gabarito: Letra C. 
 
28. (FCC / TRT - 9ª REGIÃO ? 2015) 
De acordo com o Código Civil, 
(A) É considerado imóvel o direito à sucessão aberta. 
(B) São considerados imóveis as energias que tenham valor econômico. 
(C) São considerados imóveis os direitos pessoais de caráter patrimonial. 
(D) São considerados imóveis os direitos reais sobre objetos móveis. 
(E) São consideradas imóveis as ações correspondentes a direitos reais sobre objetos móveis ou 
imóveis. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�- correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 80. Consideram-se imóveis paraos efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
61 
 
II - o direito à sucessão aberta. 
No art. 80 temos a atribuição da característica de bem imóvel a um bem que por sua natureza não 
o é. 
Os direitos são coisas imateriais e, por este motivo, não entram diretamente na classificação de bens 
móveis ou imóveis. Entretanto, tendo em vista a segurança das relações jurídicas, os direitos reais 
sobre imóveis são tratados como se fossem imóveis. 
E, dada à natureza de bem imóvel de que se revestem os direitos hereditários, a cessão desses 
direitos, quando já aberta a sucessão, deve ser feita por instrumento público. OBS: A herança 
mesmo que composta de bens móveis será considerada bem imóvel. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
Vamos lá! 
Quanto ao inciso I, as energias são: o gás à? que pode ser transportado por tubulação ou em botijão, 
e também a energia elétrica, que embora não tenha a mesma corporalidade do gás, é bem móvel. 
Neste sentido, Caio Mário da Silva Pereira24 ĂĨŝƌŵĂǀĂàP� à?No direito moderno qualquer energia 
natural, elétrica inclusive, que tenha valor econômico, considera-se bem móvelà?à?�à?ŐƌŝĨŽƐ�ŶŽƐƐŽƐà? 
Quanto aos direitos tratados no inciso II, eles compreendem tanto o gozo quanto a fruição sobre 
objetos móveis e também as ações a eles correspondentes. 
Quanto ao inciso III, que trata dos direitos obrigacionais pessoais de caráter patrimonial e suas 
respectivas ações, este inclui, dentre outros, a propriedade intelectual e as cotas de capital de uma 
empresa. 
Gabarito: Letra A. 
 
29. (FCC / TRE-SE ? 2015) 
No tocante as diferentes classes de bens, considere: 
I. Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são considerados bens imóveis para 
os efeitos legais. 
II. As energias que possuam valor econômico são consideradas bens móveis para os efeitos legais. 
III. Os títulos de dívida pública e de dívida particular são considerados bens móveis para os efeitos 
legais. 
IV. As árvores e os frutos pendentes não destinados ao corte são considerados bens imóveis por 
acessão natural. 
 
24 Caio Mário da Silva Pereira, Instituições de Direito Civil, Volume I, Ed. Forense, 25ª ed. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
62 
 
De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I e III. 
(B) II, III e IV 
(C) I e IV. 
(D) I, II e IV. 
(E) II e III. 
 
�ŽŵĞŶƚĄƌŝŽƐ P 
�ĨŝƌŵĂƚŝǀĂ�/�à?�ĞƌƌĂĚĂà? 
Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são considerados bens móveis para 
os efeitos legais. 
K�ŝƚĞŵ�ĞƐƚĄ�ĞƌƌĂĚŽ�ƉĞůĂ�ůŝƚĞƌĂůŝĚĂĚĞ�ĚŽ�Ăƌƚà?�à?à?à?�ŝŶĐŝƐŽ�///�ĚŽ��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůàP 
�ƌƚà?�à?à?à?��ŽŶƐŝĚĞƌĂŵà?ƐĞ�ŵſǀĞŝƐ�ƉĂƌĂ�ŽƐ�ĞĨĞŝƚŽƐ�ůĞŐĂŝƐàP 
///�à?�ŽƐ�ĚŝƌĞŝƚŽƐ�ƉĞƐƐŽĂŝƐ�ĚĞ�ĐĂƌĄƚĞƌ�ƉĂƚƌŝŵŽŶŝĂů�Ğ�ƌĞƐƉĞĐƚŝǀĂƐ�ĂĕƁĞƐà? 
 
�ĨŝƌŵĂƚŝǀĂ�//�à?�ĐŽƌƌĞƚĂà? 
��Ž�ƋƵĞ�ĚŝƐƉƁĞ�Ă�ůŝƚĞƌĂůŝĚĂĚĞ�ĚŽ�Ăƌƚà?�à?à?à?�ŝŶĐŝƐŽ�/�ĚŽ��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůàP 
�ƌƚà?�à?à?à?��ŽŶƐŝĚĞƌĂŵà?ƐĞ�ŵſǀĞŝƐ�ƉĂƌĂ�ŽƐ�ĞĨĞŝƚŽƐ�ůĞŐĂŝƐàP 
/�à?�ĂƐ�ĞŶĞƌŐŝĂƐ�ƋƵĞ�ƚĞŶŚĂŵ�ǀĂůŽƌ�ĞĐŽŶƀŵŝĐŽà?� 
 
�ĨŝƌŵĂƚŝǀĂ�///�à?�ĐŽƌƌĞƚĂà?� 
Os títulos de dívida pública e de dívida particular são considerados bens móveis para os efeitos legais, 
pois ƐĆŽ�ďĞŶƐ�ŵſǀĞŝƐ�ƉƌŽƉƌŝĂŵĞŶƚĞ�ĚŝƚŽƐà? 
 
�ĨŝƌŵĂƚŝǀĂ�/s�à?�ĐŽƌƌĞƚĂà? 
Imóveis por acessão25 natural: aqui estão incluídas as árvores com seus frutos, desde que ainda 
pendentes (enquanto não se destacarem da árvore); as águas, as pedras, as fontes (naturais). Enfim, 
tudo que for ligado ao solo de forma natural entra nesta classificação. 
'ĂďĂƌŝƚŽ P�>ĞƚƌĂ�� ? 
 
 
 
25 Entende-se por acessão aquilo que se incorpora, que se junta, podendo ocorrer de forma natural ou artificial. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
63 
 
30. (FCC / TRT - 3ª REGIÃO ? 2015) 
Rogério ajuizou ação de usucapião contra o Município de Belo Horizonte sustentando ter residido 
por mais de 20 anos em imóvel de propriedade da municipalidade, o qual jamais foi franqueado ao 
público nem utilizado para prestação de serviço ou estabelecimento da Administração. Tal bem 
público é denominado 
(A) De uso especial, não podendo ser objeto de usucapião, salvo se for desafetado por meio de lei, 
ganhando a qualidade de dominical. 
(B) De uso especial, não podendo ser objeto de usucapião. 
(C) Dominical, podendo ser objeto de usucapião, observadas as exigências legais. 
(D) De uso comum do povo, não podendo ser objeto de usucapião, salvo se for desafetado por meio 
de lei, ganhando a qualidade de dominical. 
(E) Dominical, não podendo ser objeto de usucapião. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�à?�ĐŽƌƌĞƚĂà? 
Tal bem público é denominado dominical. 
�Ğ�ĂĐŽƌĚŽ�ĐŽŵ�Ž��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůàP 
Art. 99. São bens públicos: 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto 
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Quando ocorre a desafetação, que é a mudança da destinação de um bem público, ele acaba incluído 
no rol dos bens dominicais, sendo que, de acordo com o art. 101: 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião, de acordo com o art. 102: 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
Rogério ajuizou ação de usucapião contra o Município de Belo Horizonte sustentando ter residido 
por mais de 20 anos em imóvel de propriedade da municipalidade, o qual jamais foi franqueado ao 
público (de uso comum do povo) nem utilizado para prestação de serviço ou estabelecimento da 
Administração (de uso especial). Tal bem público é denominado DOMINICAL, não podendo ser 
objeto de usucapião. 
Bens dominicais são os bens que compõem o patrimônio da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios. São aqueles que, embora integrando o domínio público, diferem dos outros bens 
públicos pela possibilidade, sempre presente, de serem utilizados em qualquer fim ou, mesmo, 
alienados pela Administração, se assim o desejar. Constituem o patrimônio disponível e alienável da 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
64 
 
pessoa jurídica de direito público. à“^ŽďƌĞ�ĞůĞƐ�Ž�ƉŽĚĞƌ�ƉƷďůŝĐŽ�ĞdžĞƌĐĞ�ƉŽĚĞƌĞƐ�ĚĞ�ƉƌŽƉƌŝĞƚĄƌŝŽà?26. São 
bens que não são afetados a qualquer destino público. 
Gabarito: Letra E. 
 
31. (FCC / TRT - 1ª REGIÃO ? 2015) 
Relativamente aos bens, o Código Civil estabelece que 
(A) Constituem-se em bens móveisos materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele 
se reempregarem. 
(B) Consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos pessoais de caráter patrimonial e 
respectivas ações. 
(C) São consumíveis os bens móveis destinados à alienação. 
(D) Consideram-se móveis para os efeitos legais o direito à sucessão aberta. 
(E) Os bens naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis pela vontade das partes, mas 
apenas por força de lei. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�- errada. 
�ŽŶĨŽƌŵĞ�ĚŝƐƉƁĞ�Ă� ůŝƚĞƌĂůŝĚĂĚĞ�ĚŽ�Ăƌƚà?� à?à?à?� ŝŶĐŝƐŽ� //�ĚŽ��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůà?�os materiais provisoriamente 
separados de um prédio, para nele se reempregarem, constituem-se em bens imóveis: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�- errada. 
�ŽŶĨŽƌŵĞ�ĚŝƐƉƁĞ�Ă�ůŝƚĞƌĂůŝĚĂĚĞ�ĚŽ�Ăƌƚà?�à?à?à?�ŝŶĐŝƐŽ�///�ĚŽ��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůà? os direitos pessoais de caráter 
patrimonial e respectivas ações, consideram-se móveis para os efeitos legais: 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Đà?�- correta. 
�ŽŶĨŽƌŵĞ�ĚŝƐƉƁĞ�Ă�ůŝƚĞƌĂůŝĚĂĚĞ�ĚŽ�Ăƌƚà?�à?à?�ĚŽ��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůà? são consumíveis os bens móveis destinados 
à alienação: 
 
26 Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, Saraiva, 2ª ed., pág. 249. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
65 
 
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, 
sendo também considerados tais os destinados à alienação. 
 
Deste conceito podemos perceber que existem duas espécies de bens consumíveis: 
Os consumíveis de fato à? que são aqueles que no seu primeiro uso já serão consumidos, ou seja, há 
a destruição imediata da própria substância, como um picolé -, por exemplo; 
Os consumíveis de direito à? que decorrem de uma classificação jurídica. São aqueles bens 
destinados à venda (alienação), como os remédios de uma farmácia, um livro posto em uma loja, 
enfim os bens enquanto destinados à alienação. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�- errada. 
�ŽŶĨŽƌŵĞ� ĚŝƐƉƁĞ� Ă� ůŝƚĞƌĂůŝĚĂĚĞ� ĚŽ� Ăƌƚà?� à?à?à?� ŝŶĐŝƐŽ� //� ĚŽ� �ſĚŝŐŽ� �ŝǀŝůà? o direito à sucessão aberta, 
consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
II - o direito à sucessão aberta. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�- errada. 
�ŽŶĨŽƌŵĞ�ĚŝƐƉƁĞ�Ă�ůŝƚĞƌĂůŝĚĂĚĞ�ĚŽ�Ăƌƚà?�à?à?�ĚŽ��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůà? os bens naturalmente divisíveis podem se 
tornar indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes: 
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por 
vontade das partes. 
Gabarito Letra C. 
 
32. (FCC / TJ-RR ? 2015) 
NÃO podem ser objeto de alienação: 
(A) Os imóveis considerados por lei como bem de família. 
(B) Em nenhuma hipótese, os bens públicos de uso especial e os dominicais. 
(C) Os frutos e produtos não separados do bem principal. 
(D) A herança de pessoa viva e os bens impenhoráveis por disposição testamentária. 
(E) Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial, enquanto conservarem legalmente 
essa qualificação. 
 
Comentários: 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
66 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�- errada. 
Os imóveis considerados por lei como bem de família podem ser objeto de alienação. �Ğ�ĂĐŽƌĚŽ�ĐŽŵ�
Ž��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůàP 
Art. 1.717. O prédio e os valores mobiliários, constituídos como bem da família, não podem ter 
destino diverso do previsto no art. 1.712 ou serem alienados sem o consentimento dos interessados 
e seus representantes legais, ouvido o Ministério Público. 
Art. 1.712. O bem de família consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e 
acessórios, destinando-se em ambos os casos a domicílio familiar, e poderá abranger valores 
mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�- errada. 
Os bens públicos de uso especial NÃO podem ser objeto de alienação, enquanto conservarem a sua 
qualificação, na forma que a lei determinar. 
Os bens públicos dominicais podem ser objeto de alienação, observadas as exigências da lei. 
Desde que destinados ao uso comum do povo ou para fins administrativos, ou seja, enquanto 
guardarem a afetação pública os bens públicos de ¹uso comum do povo e ²os de uso especial são 
inalienáveis. 
É o que diz o art. 100 do código civil: 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
Porém, esta característica poderá ser revogada, se mediante lei especial tenham tais bens perdido 
sua utilidade ou necessidade, não mais conservando a sua qualificação. Quando ocorre a 
desafetação, que é a mudança da destinação de um bem público, ele acaba incluído no rol dos bens 
dominicais, sendo que, de acordo com o art. 101: 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Đà?�- errada. 
Os frutos e produtos ainda não separados do bem principal podem ser objeto de alienação, ĚĞ�
ĂĐŽƌĚŽ�ĐŽŵ�Ž��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůàP 
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de 
negócio jurídico. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�- errada. 
Não pode ser objeto de alienação a herança de pessoa viva. Porém, alguns bens com cláusula de 
impenhorabilidade por disposição testamentária, podem ser alienados, em alguns casos. �Ğ�ĂĐŽƌĚŽ�
ĐŽŵ�Ž��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůàP 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
67 
 
Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. 
Art. 1.911. A cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica 
impenhorabilidade e incomunicabilidade. 
Parágrafo único. No caso de desapropriação de bens clausulados, ou de sua alienação, por 
conveniência econômica do donatário ou do herdeiro, mediante autorização judicial, o produto da 
venda converter-se-á em outros bens, sobre os quais incidirão as restrições apostas aos primeiros. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�- correta. 
Desde que destinados ao uso comum do povo ou para fins administrativos, ou seja, enquanto 
guardarem a afetação pública os bens públicos de ¹uso comum do povo e ²os de uso especial são 
inalienáveis. 
É o que diz o art. 100 do código civil: 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
Gabarito: Letra E. 
 
33. (FCC / TCM-GO ? 2015) 
Quanto aos bens 
(A) Materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
(B) Naturalmente divisíveis, podem tornar-se indivisíveis somente por determinação da lei. 
(C) Imóveis, adquirem esta qualidade as energias que tenham valor econômico para os efeitos legais. 
(D) Móveis ou imóveis, são fungíveis os que podem ser substituídospor outros da mesma espécie, 
qualidade e quantidade. 
(E) Imóveis, perdem este caráter as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua 
unidade, forem removidas para outro local. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�- correta. 
�ŽŶĨŽƌŵĞ�ĚŝƐƉƁĞ�Ă�ůŝƚĞƌĂůŝĚĂĚĞ�ĚŽ�Ăƌƚà?�à?à?�ĚŽ��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůàP 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam 
sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�- errada. 
�Ğ�ĂĐŽƌĚŽ�ĐŽŵ�Ž��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůàP 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
68 
 
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por 
vontade das partes. 
Portanto, de acordo com o artigo, os bens podem ser indivisíveis por: 
Sua própria natureza (indivisibilidade física ou material) - são aqueles bens que não podem ser 
partidos sem alteração na sua substância ou no seu valor, como por exemplo, um quadro de Picasso. 
Por determinação legal (indivisibilidade jurídica), quando a lei de forma expressa proíbe que 
determinado bem seja dividido. 
Por vontade das partes (indivisibilidade convencional), quando as partes fazem um acordo para 
tornar alguma coisa indivisível. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Đà?�- errada. 
�Ğ�ĂĐŽƌĚŽ�ĐŽŵ�Ž��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůàP 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
As energias são: o gás à? que pode ser transportado por tubulação ou em botijão, e também a energia 
elétrica, que embora não tenha a mesma corporalidade do gás, é bem móvel. Neste sentido, Caio 
Mário da Silva Pereira27 ĂĨŝƌŵĂǀĂàP�à?No direito moderno qualquer energia natural, elétrica inclusive, 
que tenha valor econômico, considera-se bem móvelà?à?�à?ŐƌŝĨŽƐ�ŶŽƐƐŽƐà? 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�- errada. 
Ser fungível é atributo exclusivo dos bens móveisà?��Ğ�ĂĐŽƌĚŽ�ĐŽŵ�Ž��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůàP 
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�- errada. 
�Ğ�ĂĐŽƌĚŽ�ĐŽŵ�Ž��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůàP 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para 
outro local; 
O que é considerado para saber se um bem é móvel ou imóvel é sua finalidade, o destino final. Por 
exemplo, quando uma casa vai ser demolida e dela são retiradas as portas e as janelas, quando isso 
acontece as portas e as janelas readquirem sua qualidade de bem móvel, quando forem reutilizados, 
em outra casa, serão novamente bens imóveis. 
 
27 Caio Mário da Silva Pereira, Instituições de Direito Civil, Volume I, Ed. Forense, 25ª ed. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
69 
 
O inciso I se refere, por exemplo, àquelas situações mais comuns em outros países, onde uma casa 
(normalmente de madeira) é transportada com toda a sua estrutura (conservando a sua unidade). 
Gabarito: Letra A. 
 
34. (FCC / TCM-GO ? 2015) 
Em relação aos bens, considere as afirmativas: 
I. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
II. Consideram-se bens imóveis, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta, bem como os 
direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram. 
III. Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, as energias que tenham valor econômico, os 
direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes, bem como os direitos pessoais de 
caráter patrimonial e respectivas ações. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I e III, apenas. 
(B) II e III, apenas. 
(C) I, apenas. 
(D) I e II, apenas. 
(E) I, II e III. 
 
Comentários: 
Afirmativa I - correta. 
São considerados bens imóveis o solo e tudo o que lhe for acrescentado, de forma natural ou 
artificial: 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
Deste modo, os bens imóveis à? também conhecidos como bens de raiz, são os que, absolutamente, 
não podemos transportar ou remover, sem alteração de sua substância. 
 
Afirmativa II - correta. 
De acordo com a literalidade do at. 80, incisos I e II, consideram-se bens imóveis, para os efeitos 
legais, o direito à sucessão aberta, bem como os direitos reais sobre imóveis e as ações que os 
asseguram. 
�Ğ�ĂĐŽƌĚŽ�ĐŽŵ�Ž��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůàP 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
70 
 
II - o direito à sucessão aberta. 
 
Afirmativa III - correta. 
De acordo com a literalidade do art. 83, e seus respectivos incisos, consideram-se bens móveis, para 
os efeitos legais, as energias que tenham valor econômico, os direitos reais sobre objetos móveis e 
as ações. 
�Ğ�ĂĐŽƌĚŽ�ĐŽŵ�Ž��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůàP 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
Gabarito: Letra E. 
 
35. (FCC / TJ-AP ? 2014) 
Carlos construiu uma casa em terreno que recebeu de seu pai. Posteriormente, empreendeu 
reforma na casa, retirando-lhe as portas a fim de pintá-las e reempregá-las na construção. No 
terreno, incorporou-se, naturalmente, uma goiabeira. Consideram-se imóveis 
(A) A casa e a goiabeira. 
(B) O terreno, a casa e a goiabeira. 
(C) O terreno, apenas. 
(D) O terreno e a casa. 
(E) O terreno, a casa, as portas e a goiabeira. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�- correta. 
Carlos construiu uma casa em terreno que recebeu de seu pai. Posteriormente, empreendeu 
reforma na casa, retirando-lhe as portas a fim de pintá-las e reempregá-las na construção. No 
terreno, incorporou-se, naturalmente, uma goiabeira. Consideram-se imóveis o terreno, a casa, as 
portas e a goiabeira. 
A casa é um bem imóvel, de acordo com o art. 79 ĚŽ��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůàP 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
Consideram-se imóveis por acessão artificial ou industrial: tudo que o homem incorporar 
permanentemente ao solo. Por isso chama-se artificial, porque não veio da natureza e sim do 
homem. Como exemplos, temos as plantações e as construções. Enquanto são, por exemplo, 
sementes ou, então, materiais de construção, são bens móveis, mas uma vez incorporado ao solo se 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
71 
 
tornam bens imóveis por acessão industrial ou artificial à? visto que (como falamos) sua incorporação 
não veio naturalmente. 
A goiabeira é um bem imóvel, de acordo com o art. 79 ĚŽ��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůàP 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
Consideram-se imóveis por acessão28 natural: aqui estão incluídas as árvores com seus frutos,desde 
que ainda pendentes (enquanto não se destacarem da árvore); as águas, as pedras, as fontes 
(naturais). Enfim, tudo que for ligado ao solo de forma natural entra nesta classificação. 
O terreno é um bem imóvel, de acordo com o art. 79 ĚŽ��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůàP 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
Consideram-se imóveis por natureza: o solo, incluídos a sua superfície o seu subsolo e o seu espaço 
aéreo. 
A porta (neste caso) é um bem imóvel, de acordo com o art. 79 ĚŽ��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůàP 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
As portas a fim de pintá-las e reempregá-las na construção não pedem a qualidade de imóveis. 
Gabarito: Letra E. 
 
36. (FCC / TRF - 4ª REGIÃO ? 2014) 
Considere as seguintes hipóteses: 
I. Mario removeu sua casa pré-fabricada para outro local, retirando-a do solo e colocando-a em 
veículo especial. 
II. Maria possui direito real sobre o veículo marca X, modelo Y, ano 2012. 
III. Carmelita possui direito à sucessão aberta. 
IV. Marta removeu as janelas de sua moradia e colocou-as, durante a realização de outros serviços, 
em um depósito para posterior recolocação no local em que se encontravam. 
Nestes casos, de acordo com o Código Civil brasileiro, são exemplos de bens imóveis os indicados 
APENAS em 
(A) I, III e IV. 
(B) II e IV. 
(C) I e II. 
(D) II, III e IV. 
(E) I e III. 
 
28 Entende-se por acessão aquilo que se incorpora, que se junta, podendo ocorrer de forma natural ou artificial. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
72 
 
Comentários: 
Hipótese I - correta. 
Mario removeu sua casa pré-fabricada para outro local, retirando-a do solo e colocando-a em veículo 
especial. De acordo com o Código Civil brasileiro, são exemplos de bens imóveis as edificações que, 
separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para 
outro local; 
O inciso I se refere, por exemplo, àquelas situações mais comuns em outros países, onde uma casa 
(normalmente de madeira) é transportada com toda a sua estrutura (conservando a sua unidade). 
 
Hipótese II - errada. 
De acordo com o Código Civil brasileiro, são exemplos de bens imóveis os direitos reais: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
No art. 80 temos a atribuição da característica de bem imóvel a um bem que por sua natureza não 
o é. Os direitos são coisas imateriais e, por este motivo, não entram diretamente na classificação de 
bens móveis ou imóveis. Entretanto, tendo em vista a segurança das relações jurídicas, os direitos 
reais sobre imóveis são tratados como se fossem imóveis. 
 
Hipótese III - correta. 
De acordo com o Código Civil brasileiro, são exemplos de bens imóveis o direito à sucessão aberta: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
II - o direito à sucessão aberta. 
à“K�ĚŝƌĞŝƚŽ�ĂďƐƚƌĂƚŽ�ă�ƐƵĐĞƐƐĆŽ�ĂďĞƌƚĂ�Ġ�ĐŽŶƐŝĚĞƌĂĚŽ�ďĞŵ�ŝŵſǀĞůà?�ĂŝŶĚĂ�ƋƵĞ�ŽƐ�ďĞŶs deixados pelo de 
cujus sejam todos móveis. Neste caso, o que se conside ra imóvel não é o direito aos bens 
componentes da herança, mas o direito a esta, como uma unidade. A lei não cogita das coisas que 
ĞƐƚĆŽ�ŶĂ�ŚĞƌĂŶĕĂà?�ŵĂƐ�ĚŽ�ĚŝƌĞŝƚŽ�Ă�ĞƐƚĂà?à?29 
 
Hipótese IV - correta. 
De acordo com o Código Civil brasileiro, são exemplos de bens imóveis�ŽƐ�ŵĂƚĞƌŝĂŝƐ�ƉƌŽǀŝƐŽƌŝĂŵĞŶƚĞ�
ƐĞƉĂƌĂĚŽƐ�ĚĞ�Ƶŵ�ƉƌĠĚŝŽà?�ƉĂƌĂ�ŶĞůĞ�ƐĞ�ƌĞĞŵƉƌĞŐĂƌĞŵàP 
 
29 Carlos Roberto Gonçalves. Direito Civil: Parte Geral. Esquematizado, v. 1, 2016. p.265. 
 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
73 
 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
Segundo o inciso II do art. 81, os materiais nem chegam a perder a qualidade de imóveis desde que 
a finalidade seja o reemprego no mesmo prédio. 
Gabarito: Letra A. 
 
37. (FCC / TCE-PI ? 2014) 
Considere: 
I. Dinheiro. 
II. Sacos de Arroz. 
III. Dois kilos de banana prata. 
/sà?�YƵĂĚƌŽ�ĚŽ�WŝŶƚŽƌ�à?yà?�ũĄ�ĨĂůĞĐŝĚŽà?� 
De acordo com o Código Civil brasileiro, são considerados bens fungíveis os indicados APENAS em 
(A) I, II e IV. 
(B) II e III. 
(C) I e IV. 
(D) I, II e III. 
(E) III e IV. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�- correta. 
�Ğ�ĂĐŽƌĚŽ�ĐŽŵ�Ž��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůàP 
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade. 
Desta forma são bens fungíveis: dinheiro, sacos de arroz, dois kilos de banana prata. 
Gabarito: Letra D. 
 
38. (FCC / TRT - 19ª REGIÃO ? 2014) 
Por ocasião da morte de Benedita, um de seus herdeiros, Bento, propõe que seu anel de noivado, 
que compõe um dos bens da herança, seja dividido entre ele e o irmão, Sebastião, com o 
derretimento do ouro e o fracionamento de um grande diamante que o ornamenta. Sebastião se 
opõe, no que 
(A) Não está certo, pois os bens móveis são divisíveis por natureza. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
74 
 
(B) Está certo, pois os bens infungíveis não podem ser alienados. 
(C) Não está certo, pois, com o emprego da técnica correta, este anel pode ser dividido em partes 
iguais. 
(D) Está certo, pois este anel é um bem indivisível, vez que o fracionamento causaria diminuição 
considerável de seu valor. 
(E) Não está certo, pois, com a morte de Benedita, este anel passou a ser um bem fungível. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�- correta. 
Lembre-se do que estudamos em aula: 
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição 
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. 
Portanto, bens divisíveis são aqueles que podem ser partidos, ou repartidos, sem que com isso se 
perca sua substância, além disso, importa que esta divisão também não implique a sua 
desvalorização econômica. Por exemplo, se pegarmos um saco de arroz de 20 kg e dividirmos em 4 
sacos de 5kg cada, cada fração conservará as mesmas qualidades do produto, ou seja, ainda será 
arroz, podendo ter a mesma utilização do todo, uma vez que não houve nenhuma alteração de sua 
substância. (1X20KG = 4X5KG -). A divisibilidade jurídica não se confunde com a divisibilidade física, 
para aquela o entendimento que precisamos ter é o de que 1kg de arroz dentro do saco de 20 kg 
equivale a 1kg de arroz dentro do saco de 5kg, não há nem desvalorização econômica nem prejuízo 
do uso. 
Bens Indivisíveis 
Indivisíveis são os bens que se opõe a definição de bens divisíveis. 
Portanto, ao dividir o anel, como foi proposto por Bento, este perderia o uso a que se destina 
(deixaria de ser um anel). Além do que, a divisão do diamante, acarretaria a perda de seu valor. 
Assim, temos que o anel é um bem indivisível, vez que o fracionamento causaria diminuição 
considerável de seu valor.Gabarito: Letra D. 
 
39. (FCC / MPC-MS ? 2013) 
A colheita de uma plantação é considerada bem 
(A) Móvel por antecipação. 
(B) Imóvel por natureza. 
(C) Móvel por natureza ou essência. 
(D) Móvel por destinação legal. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
75 
 
(E) Imóvel por destinação legal 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�- correta. 
Móveis por antecipação: são aqueles bens que foram incorporados ao solo, mas com a intenção de 
oportunamente separá-los, transformando-os, assim, em bens móveis (isto em função da finalidade 
econômica). Por exemplo, são móveis por antecipação árvores abatidas para serem convertidas em 
lenha, ou as casas vendidas para serem demolidas. 
à?Da mesma forma que as árvores, também os frutos, pedras e metais enquanto aderentes ao imóvel 
são imóveis; separados para fins humanos tornam-se móveis. São os chamados bens móveis por 
antecipaçãoà?à?�30 
Gabarito: Letra A. 
 
40. (FCC / TRT - 18ª REGIÃO ? 2013) 
Árvore frutífera incorporada artificialmente ao solo é um bem; 
(A) Móvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais não podem ser 
objeto de negócio jurídico enquanto estiverem agregados à árvore. 
(B) Imóvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais podem ser 
objeto de negócio jurídico mesmo que não estejam separados da árvore. 
(C) Imóvel, se considerado em si mesmo, e acessório, em relação aos frutos, os quais podem ser 
objeto de negócio jurídico mesmo que não estejam separados da árvore. 
(D) Móvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais podem ser 
objeto de negócio jurídico mesmo que não estejam separados da árvore. 
(E) Imóvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais não podem ser 
objeto de negócio jurídico enquanto estiverem agregados ao principal. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�ĞƐƚĄ�ĐŽƌƌĞƚĂà? 
�Ğ�ĂĐŽƌĚŽ�ĐŽŵ�Ž��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůàP 
Art. 79: São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
Art. 95: Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de 
negócio jurídico. 
Gabarito: Letra B. 
 
30 Washington de Barros Monteiro, Curso de Direito Civil I, 43 ed., pág. 196. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
76 
 
41. (FGV / TJ-PI ? 2015) 
Jurema comprou uma casa de Mariana. Quando ingressou no imóvel e iniciou a arrumação de sua 
mudança, Jurema encontrou uma tela pintada por um artista de renome mundial, inadvertidamente 
deixada por quem executou a mudança de Mariana. Procurada por Mariana, Jurema recusa-se a 
devolver a obra de arte em questão. Sobre os fatos narrados, é correto afirmar que: 
(A) assiste razão a Jurema, pois o quadro é uma benfeitoria que segue a sorte do bem principal; 
(B) assiste razão a Jurema, pois o quadro é um produto da casa e, como tal, deve acompanhá-la; 
(C) não assiste razão a Jurema, pois o quadro, por ser uma acessão, não acompanha o bem principal; 
(D) não assiste razão a Jurema, pois o quadro, considerado pertença, não segue a sorte do bem 
principal; 
(E) assiste razão a Jurema, pois o quadro é um fruto do imóvel e dele pode ser destacado. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�à? correta. 
Pertenças são coisas auxiliares das outras. Diferentemente do que ocorre na regra do acessório, as 
pertenças não estão abrangidas nos negócios jurídicos pertinentes ao bem principal. 
à“EĆŽ�ƐĞ�ĐŽŶĨƵŶĚĞŵ�ŶĞĐĞƐƐĂƌŝĂŵĞŶƚĞà?�ĐŽŵ�ĂƐ�ĐŽŝƐĂƐ�ĂĐĞƐƐſƌŝĂƐà?�ǀŝƐƚŽ�ƋƵĞ�Ă�ĚĞĨŝŶŝĕĆŽ�ĚĞ�à“ƉĞƌƚĞŶĕĂà?�
não prĞƐƐƵƉƁĞ�ƋƵĞ�ƐƵĂ�ĞdžŝƐƚġŶĐŝĂ�ĞƐƚĞũĂ�ƐƵďŽƌĚŝŶĂĚĂ�ă�ĚŽ�ƉƌŝŶĐŝƉĂůà?à?31 
Estão normatizadas no art. 93: 
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 
Pertença é, portanto, um bem que é acrescido a outro, que é o principal, sem, no entanto, ser parte 
integrante deste. 
São pertenças, todos os bens móveis ajudantes, que o dono, por sua vontade e querer, colocar na 
exploração industrial ou econômica de um imóvel, no seu embelezamento ou na sua comodidade. 
São coisas auxiliares das outras. São coisas móveis que são postas de modo estável a serviço de 
outras coisas móveis ou, então, imóveis. Como exemplos, podemos citar: a moldura de um quadro 
que é usado na sala de uma residência; os tratores que são usados para melhorar a exploração de 
propriedade rural. 
Atenção! As pertenças não se confundem com as coisas acessórias, visto que a definição de pertença 
não pressupõe que sua existência esteja subordinada à do principal. 
O art. 94 traz a distinção entre parte integrante32 e pertenças. 
 
31 Nelson Nery Junior, Código Civil Comentado, 8ª ed., pág. 296. 
32 Parte integrante são os frutos, os produtos e as benfeitorias. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
77 
 
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo 
se o contrário resultar da ¹lei, da ²manifestação de vontade, ou das ³circunstâncias do caso. 
Assim, as pertenças não obedecem à regra de que o acessório segue o principal, porque são coisas 
que não formam partes integrantes e também não são fundamentais para a utilização do bem 
principal. 
Parte integrante é o acessório que, unido ao principal, forma com ele um todo, sendo desprovida 
de existência material própria, embora mantenha sua identidade. Exemplo de parte integrante já 
citado em provas foi o dos dutos e estações de compressão de um gasoduto. 
Gabarito: Letra D. 
 
42. (FGV / TJ-PI ? 2015) 
Margarida, artista plástica, contratou a compra de madeira de demolição, proveniente de um prédio 
do centro histórico de Teresina. 
Sobre a situação narrada, é correto afirmar que os bens são considerados: 
(A) Imóveis, pois são materiais de obra pertencentes ao prédio histórico; 
(B) Móveis, pois, por serem provenientes de demolição, não mais integram o prédio; 
(C) Fora do comércio por falta de valor econômico; 
(D) Coisas abandonadas, e é possível adquiri-los por ocupação; 
(E) Imóveis, pois adquirem a natureza do prédio, bem principal. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�à? correta. 
São considerados móveis, porque os materiais que vieram de alguma demolição readquierm a 
qualidade de móveis. Quando estão integrados em um prédio, são imóveis, mas quando são 
retirados, readquirem a qualidade de bens móveis. 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam 
sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
Gabarito: Letra B. 
 
43. (FGV / PREFEITURA DE PAULÍNIA ? SP ? 2015) 
Em matéria de bens públicos, o Código Civil estabelece que o seu uso comum: 
(A) Deve ser necessariamente gratuito, já que tais bens pertencem a toda a coletividade de forma 
geral e abstrata; 
(B) Deve ser necessariamente retribuído, por meio de contribuição econômica por parte dos 
particulares beneficiados; 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civilp/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
78 
 
(C) Pode ser gratuito ou retribuído, conforme decidir arbitrariamente a autoridade competente; 
(D) Pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja 
administração pertencerem; 
(E) Deve ser necessariamente oneroso, a fim de que toda a coletividade se beneficie. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�à? correta. 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido 
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
Gabarito: Letra D. 
 
44. (FGV / PREFEITURA DE PAULÍNIA ? SP ? 2015) 
Quanto à classificação dos bens, é correto afirmar que: 
(A) Um veículo é considerado uma universalidade de fato; 
(B) Um jogo de pneus é considerado uma universalidade de direito; 
(C) Uma frota de veículos, coletivamente considerada, é uma universalidade de fato; 
(D) Um veículo emplacado e cadastrado individualmente, é um bem fungível; 
(E) Um caminhão é considerado consumível. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�à? errada. 
Um carro é um bem singular. 
Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente 
dos demais. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�à? errada. 
São uma universalidade de fato, uma vez que constituem um conjunto de bens singulares. 
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma 
pessoa, tenham destinação unitária. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Đà?�à? correta. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
79 
 
Como exemplo, temos uma galeria de obras de arte, onde, dependendo da vontade de seu dono, 
pode ser vendida a totalidade da universalidade, ou ainda, de acordo com o § único do art. 90, cada 
bem pode ser considerado individualmente e vendido separadamente. 
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma 
pessoa, tenham destinação unitária. 
§ único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�à? errada. 
Temos algumas divergências na doutrina. Alguns autores defendem que os carros são considerados 
infungíveis por conta de sua numeração de chassi e/ou de motor, outros afirmam que um carro pode 
ƐĞƌ�ĨƵŶŐşǀĞůà?�ƐĞ�ĨŽƌ�ĚĞ�ƐĠƌŝĞ�ŶŽƌŵĂůà?�ŵĂƐ�ƋƵĞ�ƉŽĚĞà?�ƚĂŵďĠŵà?�ƐĞƌ�ŝŶĨƵŶŐşǀĞů�ƐĞ�ƚŝǀĞƌ�à?ĐĞƌƚĂ�ƉƌĞƉĂƌĂĕĆŽ�
de motor, ĐĞƌƚĂƐ�ĂĚĂƉƚĂĕƁĞƐ�Ğ�ĐĞƌƚŽƐ�ĂĐĞƐƐſƌŝŽƐà?�à?sĞŶŽƐĂà?à? 
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�à? errada. 
São considerados inconsumíveis. Bens inconsumíveis são aqueles bens que podem ser usados de 
forma continuada e mesmo assim não perderão sua substância, nem serão destruídos. Claro que, se 
analisarmos rigorosamente, toda coisa um dia irá se consumir, acabar-se, mas, aqui, o que levamos 
em consideração é se esta destruição se dá no primeiro uso ou não. 
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, 
sendo também considerados tais os destinados à alienação. 
Gabarito: Letra C. 
 
45. (FGV / PREFEITURA DE PAULÍNIA -SP ? 2015) 
Quanto à teoria dos bens, é correto afirmar que: 
(A) São considerados bens móveis tudo aquilo que acede ao solo; 
(B) São indivisíveis os bens que, compostos por outros bens destacáveis, não têm comprometida sua 
funcionalidade, quando separados; 
(C) O solo é considerado um bem imóvel artificial; 
(D) São considerados bens móveis as ações referentes à propriedade imobiliária; 
(E) São considerados bens móveis as ações que se referem a direito pessoal. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�à? errada. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
80 
 
O conceito de bens móveis está no art. 82 do CC/02: 
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem 
alteração da substância ou da destinação econômico-social. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�à? errada. 
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição 
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Đà?�à? errada. 
O solo é bem imóvel natural. 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�à? errada. 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�à? correta. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
Gabarito: Letra E. 
 
46. (CESPE / PC-MA ? 2018) 
Determinado indivíduo tinha direito de usufruto de uma casa. Tal direito era transmissível a seus 
sucessores que com ele habitassem à época de sua morte. Além disso, ele era proprietário de um 
pequeno barco. Quando de seu falecimento, foi aberta a sucessão. 
De acordo com o Código Civil, os referidos bens à? direito real de usufruto; direito real sobre o barco; 
direito à sucessão aberta à? são classificados, respectivamente, como bens 
(A) imóvel, móvel e imóvel. 
(B) móvel, imóvel e móvel. 
(C) imóvel, imóvel e imóvel. 
(D) móvel, móvel e móvel. 
(E) imóvel, móvel e móvel. 
 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
81 
 
Comentários: 
Direito real de usufruto à? imóvel. 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
 
Direito real sobre o barco à? móvel. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
 
Direito a sucessão aberta à? imóvel. 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
II - o direito à sucessão aberta 
Gabarito: Letra A. 
 
47. (CESPE / TCE-PB ? 2018) 
Bens que podem ser deslocados de posição sem perda de sua constituição física e não podem ser 
transformados em produtos finais para o mercado são classificados como bens 
(A) intangíveis. 
(B) móveis. 
(C) semoventes. 
(D) imóveis. 
(E) depreciados. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�à? errada. 
Bens intangíveis são aqueles incorpóreos, que possuem uma existência abstrata. Bens finais são 
aqueles que já sofreram as transformações necessárias para seu uso ou consumo. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�à? correta. 
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem 
alteração da substância ou da destinação econômico-social. 
Bens finais são aqueles que já sofreram as transformações necessárias para seu uso ou consumo. 
 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
82 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Đà?�à? errada. 
Os bens semoventessão aqueles susceptíveis de movimento próprio. É uma das classificações 
possíveis para os bens móveis. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�à? errada. 
Os bens imóveis estão previstos no art. 79 do CC/02: 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
Assim, bem imóvel é o solo e tudo que lhe for incorporado natural, ou artificialmente. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�à? errada. 
Esta classificação não faz parte da matéria de bens. 
Gabarito: Letra B. 
 
48. (CESPE / TRF - 1ª REGIÃO ? 2018) 
A respeito de bens públicos, julgue o item subsequente. 
Os bens públicos dominicais são inalienáveis. 
 
Comentários: 
Os bens dominicais são os bens que compõem o patrimônio da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. Abrangem tanto bens imóveis quanto bens móveis. São aqueles que, 
embora integrando o domínio público, diferem dos outros bens públicos pela possibilidade, sempre 
presente, de serem utilizados em qualquer fim ou, mesmo, alienados pela Administração, se assim 
o desejar. Constituem o patrimônio disponível e alienável da pessoa jurídica de direito público. 
à“^ŽďƌĞ�ĞůĞƐ�Ž�ƉŽĚĞƌ�ƉƷďůŝĐŽ�ĞdžĞƌĐĞ�ƉŽĚĞƌĞƐ�ĚĞ�ƉƌŽƉƌŝĞƚĄƌŝŽà?33. São bens que não são afetados a 
qualquer destino público. Como exemplos, temos as terras devolutas, oficinas, fazendas e indústrias 
pertencentes ao Estado. 
Gabarito: Errado. 
 
49. (CESPE / DPE-AL ? 2017) 
Assinale a opção que apresenta exemplo de bem imóvel. 
(A) tijolo de casa demolida 
(B) hipoteca de um navio 
 
33 Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, Saraiva, 2ª ed., pág. 249. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
83 
 
(C) penhor de joia rara 
(D) energia elétrica de uma fábrica de cimento 
(E) maçã pendente de colheita 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ăà?�à? errada. 
O tijolo que foi tirado de uma casa demolida, readquire seu estado de bem móvel, conforme art. 84 
do CC/2002: 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam 
sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?ďà?�à? errada. 
O navio é bem móvel. E, apesar de admitir hipoteca, não será considerado, por este motivo, um bem 
imóvel. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Đà?�à? errada. 
Uma joia também é bem móvel. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ěà?�à? errada. 
A energia elétrica, como possui valor econômico, é considerada bem móvel para os efeitos legais, 
conforme art. 83 citado: 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à?Ğà?�à? correta. 
Como a maça ainda está presa na árvore, e a árvore está presa ao solo, é bem imóvel, conforme art. 
79 do CC/02: 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
Gabarito: Letra E. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
84 
 
50. (CESPE / PGE-SE ? 2017) 
De acordo com a classificação doutrinária dos bens, o valor pago a título de aluguel ao proprietário 
de um imóvel é denominado 
(A) fruto. 
(B) pertença. 
(C) benfeitoria. 
(D) imóvel por acessão. 
(E) produto. 
 
Comentários: 
O aluguel é um exemplo de bem acessório. Considerados uns em relação aos outros, os bens podem 
ser principais e acessórios. Os bens principais são os que existem por si, os bens acessórios são 
aqueles que cuja existência depende do bem principal. Por exemplo, o solo é bem principal, porque 
existe por si próprio, a árvore é bem acessório, porque sua existência depende do bem principal, 
que no caso é o solo. 
Dentre as classes de bens acessórios temos os frutos e produtos. 
Os frutos são as utilidades que uma coisa periodicamente produz sem, com isso, sofrer alteração em 
sua substância. Como exemplos, o leite das vacas e as frutas que uma árvore dá. Para se reconhecer 
um fruto devemos observar três elementos: periodicidade; inalterabilidade da substância da coisa 
principal e a separabilidade desta. 
O conceito de produto parte da ideia de algo que pode ser retirado do principal diminuindo-lhe a 
quantidade, porque não se reproduzem periodicamente. Como os metais, por exemplo. 
Desta forma, o aluguel é fruto. Mais especificamente um fruto civil. 
Gabarito: Letra A. 
 
 
 
 
 
 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
85 
 
11.2 ? LISTA DE QUESTÕES 
 
Vamos resolver questões da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista 
(VUNESP), e das seguintes bancas examinadoras: Fundação Carlos Chagas (FCC), Fundação Getúlio 
Vargas (FGV) e do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos 
(CEBRASPE/CESPE). Principalmente nos assuntos para os quais haja poucas questões da VUNESP 
disponíveis. 
 
1. (VUNESP/ PREF. DE SERTÃOZINHO-SP ? 2016) 
Sobre os bens dominicais, é correto afirmar que 
(A) Podem ser adquiridos por particulares, por meio da prescrição aquisitiva extraordinária. 
(B) São aqueles destinados a serviço ou estabelecimento da Administração Pública, inclusive 
autarquias. 
(C) Não podem ser utilizados por particular, com exclusividade, por meio de institutos típicos de 
direito privado. 
(D) Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público e podem ser alienados. 
(E) São aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito privado que prestam serviços de 
interesse público. 
 
2. (VUNESP/ CÂMARA MUNICIPAL DE POÁ-SP ? 2016) 
As telhas da igreja matriz no centro de Poá foram retiradas para reforma e restauração. Diante dessa 
situação, acerca da tutela de bens jurídicos, é correto afirmar que as telhas do caso 
(A) Serão sempre consideradas bens móveis, independentemente de estarem fora da construção 
durante a reforma. 
(B) Serão consideradas como bens móveis somente durante o prazo da restauração. 
(C) Retiradas do teto da igreja, caso se resolva descartá-las na qualidade de materiais de demolição, 
serão consideradas bens móveis. 
(D) Serão sempre consideradas bens fungíveis. 
(E) Serão sempre consideradas bens móveis, mesmo que já estivessem recolocadas após a 
restauração. 
 
 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
==1380b5==
 
 
 
86 
 
3. (VUNESP/ CÂMARA MUNICIPAL DE JABOTICABAL-SP ? 2015) 
Os bens públicos que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto 
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades é denominado como 
(A) dominicais. 
(B) de uso comum. 
(C) os de uso especial. 
(D) usucapião. 
(E) repatriados. 
 
4. (VUNESP/ PREFEITURA DE CAIEIRAS-SP ? 2015) 
Sobre a prescrição aquisitiva debens públicos, é correto afirmar que 
(A) Todos os bens públicos estão sujeitos à prescrição aquisitiva. 
(B) Apenas os bens de uso especial estão sujeitos à prescrição aquisitiva. 
(C) Nenhum bem público está sujeito à prescrição aquisitiva. 
(D) Apenas os bens dominicais estão sujeitos à prescrição aquisitiva 
(E) Apenas os bens de uso especial e os dominicais estão sujeitos à prescrição aquisitiva. 
 
5. (VUNESP/ UNICAMP ? 2014) 
Não dispondo a lei em contrário, os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que 
se tenha dado estrutura de direito privado são considerados, de acordo com o Código Civil, como 
(A) Privilegiados. 
(B) De uso comum. 
(C) De uso especial. 
(D) Dominicais. 
(E) Servidões. 
 
6. (VUNESP/ PGM-SP ? 2014) 
Gustavo e sua família passaram a ocupar bem público dominical de 250 m² (duzentos e cinquenta 
metros quadrados), em área urbana, utilizando-o como moradia da família e realizando diversas 
benfeitorias úteis e voluptuárias. O bem estava sem utilização pela Administração Pública, mas, 
passados 5 (cinco) anos, o município pretendia utilizá-lo para determinadas funções. Assim, foi 
ajuizada ação com o objetivo de retirar a família do local. Nesse panorama, partindo da premissa 
que a família sabia se tratar de bem público, é correto afirmar que 
(A) de acordo com as características do imóvel, o instituto da usucapião beneficia a família. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
87 
 
(B) o município deverá indenizar pelas benfeitorias úteis, mas não pelas voluptuárias. 
(C) a retirada da família do imóvel urbano só é possível após as indenizações pelas benfeitorias 
realizadas. 
(D) o município tem pretensão de retomada do bem, independentemente de qualquer indenização. 
(E) de acordo com as características do imóvel, o instituto da usucapião beneficia a família tão 
somente se não forem proprietários de outro imóvel. 
 
7. (VUNESP/ PC-SP ? 2014) 
Com relação aos bens públicos, é correto afirmar que 
(A) Os de uso especial e os dominicais são inalienáveis, inadmitindo desafetação. 
(B) Podem ser de uso gratuito ou retribuído, conforme disposição legal. 
(C) Os rios, mares, ruas e praças constituem bens de uso especial. 
(D) Os de uso especial são aqueles bens públicos revestidos de estrutura de direito privado. 
(E) Apenas os dominicais estão sujeitos à usucapião. 
 
8. (VUNESP/ CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS ? 2014) 
De acordo com as disposições do Código Civil de 2002, assinale a alternativa correta acerca dos bens 
públicos, bem como o instituto da usucapião. 
(A) Apenas os bens de uso especial estão sujeitos à usucapião. 
(B) Apenas os bens dominicais estão sujeitos à usucapião. 
(C) Todos os bens públicos estão sujeitos à usucapião. 
(D) Apenas os bens de uso comum estão sujeitos à usucapião. 
(E) Nenhum bem público está sujeito à usucapião. 
 
9. (VUNESP/ ITESP ? 2013) 
Sobre a classificação de um bem como público, é correto afirmar: 
(A) Torna-o inalienável, em todos os casos. 
(B) Se classificado como bem de uso comum do povo, é inalienável; se catalogado como bem de uso 
especial, alienável 
(C) Quando pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de 
direito privado são classificados, em regra, como bens de uso especial 
(D) Não podem ser sujeitos a usucapião e, se classificados como dominicais, podem ser alienados, 
observadas as exigências da legislação vigente. 
(E) Somente os bens dominicais podem ter o uso comum gratuito ou retribuído. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
88 
 
10. (VUNESP/ TJ-SP ? 2013) 
É correto afirmar que os bens públicos. 
(A) São de uso gratuito, sendo vedada a cobrança pela sua utilização, ressalvada a possibilidade de 
contribuição espontânea. 
(B) Dominicais podem ser utilizados por particular, com exclusividade, através da utilização de 
institutos típicos de direito privado. 
(C) Dominicais estão sujeitos à usucapião, ao contrário dos bens de uso comum do povo e bens de 
uso especial. 
(D) Dominicais são considerados bens fora de comércio, seguindo a regra da inalienabilidade dos 
bens públicos. 
(E) De uso especial podem ser penhorados, não se sujeitando à regra de impenhorabilidade que 
protege os bens de uso comum do povo. 
 
11. (VUNESP/ SPTRANS ? 2012) 
No que tange aos bens públicos, assinale a alternativa correta. 
à?�à?�KƐ� ďĞŶƐ� ƉƷďůŝĐŽƐ� ƉŽĚĞŵ� ƐĞƌ� ĐůĂƐƐŝĨŝĐĂĚŽƐ� Ğŵ� à?ďĞŶƐ� ĚĞ� ƵƐŽ� ĐŽŵƵŵ�ĚŽ� ƉŽǀŽà?à?� à?ďĞŶƐ� ĚĞ� ƵƐŽ�
ĞƐƉĞĐŝĂůà?� Ğ� à?ďĞŶƐ� ĚŽŵŝŶŝĐĂŝƐà?à?� ƐĞŶĚŽ� ƚŽĚŽƐ� ĞůĞƐ� ŝŶĂůŝĞŶĄǀĞis, salvo quando submetidos à 
desafetação. 
(B) Os bens públicos de uso comum do povo e os bens de uso especial são insuscetíveis de aquisição 
por usucapião, não valendo a mesma regra para os bens dominicais. 
(C) Em que pese a regra da inalienabilidade dos bens públicos, é possível que haja alienação de bens 
de um ente público a outro, sem que se proceda à desafetação. 
(D) Qualquer espécie de bem público pode ser alienado, sem a necessidade de respeitar o 
procedimento de desafetação, desde que assim o exija a ordem pública ou a segurança nacional. 
(E) Em razão de sua natureza, ao Poder Público é vedada a cobrança pela utilização dos bens 
públicos, desde que respeitados todos os procedimentos de regular fruição, conforme estabelecido 
pelo órgão competente. 
 
12. (VUNESP/ TJ-SP ? 2011) 
Assinale a alternativa que não contém bem imóvel para efeitos legais. 
(A) Os materiais oriundos da demolição de um prédio e que serão destinados à venda. 
(B) As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para 
outro local. 
(C) As energias que tenham valor econômico. 
(D) O direito à sucessão aberta. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
89 
 
13. (VUNESP/ TJ-SP ? 2011) 
A respeito dos bens públicos, é correto afirmar: 
(A) Os bens dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
(B) O hospital municipal, o prédio da escola pública e o Fórum são bens de uso comum do povo. 
(C) É admissível a usucapião constitucional em bens públicos. 
(D) O uso comum dos bens públicos será sempre gratuito. 
 
14. (VUNESP/ TJ-SP ? 2011) 
As utilidades que se retiram da coisa e lhe diminuem a quantidade, pois não se reproduzem 
periodicamente, são: 
(A) Frutos civis (rendimentos). 
(B) Frutos percipiendos. 
(C) Pertenças. 
(D) Produtos. 
 
15. (VUNESP/ TJ-SP ? 2009) 
Considerados em si mesmos, os bens podem ser 
(A) Públicos e particulares. 
(B) Principais e acessórios. 
(C) Imóveis pela própria natureza, benfeitorias e pertenças. 
(D) Móveis e imóveis. 
 
16. (FCC / ALESE ? 2018) 
De acordo com o Código Civil, uma praça, um quadro assinado por renomado pintor e as energias 
que tenham valor econômico são considerados, respectivamente, bem 
(A) público de uso especial, bem fungível e bem imóvel. 
(B) público de uso comum do povo, bem infungível e bem móvel. 
(C) particular dominical, bem infungível e bem imóvel. 
(D) público de uso comum do povo, bem infungível e bem imóvel. 
(E) público de uso comum do povo, bem fungível e bem móvel.Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
90 
 
17. (FCC / TRF - 5ª REGIÃO ? 2017) 
Considera-se bem imóvel, para os efeitos legais, 
(A) o direito à sucessão aberta. 
(B) o automóvel que, por defeito irreparável do motor, é insuscetível de movimento próprio. 
(C) a energia que tenha valor econômico. 
(D) o direito pessoal de caráter patrimonial. 
(E) o direito real sobre objetos móveis. 
 
18. (FCC / TRT - 11ª REGIÃO ? 2017) 
A respeito dos bens, é correto afirmar que 
(A) constitui universalidade de fato o complexo de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas de 
valor econômico. 
(B) os materiais provisoriamente separados de um prédio, mesmo que sejam nele reempregados, 
perdem o caráter de imóveis. 
(C) constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma 
pessoa, tenham destinação unitária. 
(D) os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por 
vontade das partes. 
(E) as energias que tenham valor econômico são consideradas bens imóveis para os efeitos legais. 
 
19. (FCC / SEGEP-MA ? 2016) 
Um diamante de formato e brilho únicos, exposto em museu de artes, e uma piscina que adorna 
uma casa de veraneio são considerados, pelo Código Civil, respectivamente, um bem 
(A) Fungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina. 
(B) Fungível e divisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina. 
(C) Fungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria útil, no caso da piscina. 
(D) Infungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria útil, no caso da piscina. 
(E) Infungível e indivisível, no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina. 
 
20. (FCC / DPE-BA ? 2016) 
Segundo o Código Civil de 2002, os bens públicos são 
I. inalienáveis, os dominicais. 
II. alienáveis, desde que haja prévia justificativa e autorização do Poder Legislativo. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
91 
 
III. inalienáveis, os bens de uso comum, enquanto conservar a sua qualificação; e inalienáveis os 
bens dominicais, observadas as determinações legais. 
IV. alienáveis, os bens dominicais, observadas as determinações legais. 
V. inalienáveis, os bens públicos de uso comum do povo na forma que a lei determinar. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I, II e V. 
(B) I, II e III. 
(C) I, III e IV. 
(D) II e IV. 
(E) IV e V. 
 
21. (FCC / PREFEITURA DE TERESINA ? PI ? 2016) 
Os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao 
serviço ou ao aformoseamento de outro bem, denominam-se 
(A) Benfeitorias voluptuárias. 
(B) Produtos. 
(C) Benfeitorias necessárias. 
(D) Benfeitorias úteis. 
(E) Pertenças. 
 
22. (FCC / TRT - 1ª REGIÃO ? 2016) 
Sobre os bens reciprocamente considerados, e de acordo com o que estabelece o Código Civil, 
considere: 
I. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, 
ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 
II. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal abrangem as pertenças de acordo com 
as circunstâncias do caso. 
III. As benfeitorias úteis são aquelas que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem 
mais agradável ou sejam de elevado valor. 
IV. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a 
intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) II, III e IV. 
(B) I e II. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
92 
 
(C) I e IV. 
(D) I, II e III. 
(E) I, II e IV. 
 
23. (FCC / TRT - 14ª REGIÃO ? 2016) 
Nos termos preconizados pelo Código Civil são considerados bens imóveis para os efeitos legais, 
dentre outros, 
(A) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
(B) O direito à sucessão aberta. 
(C) Os direitos reais sobre objetos móveis e respectivas ações. 
(D) As energias que tenham valor econômico. 
(E) Os materiais provenientes da demolição de algum prédio. 
 
24. (FCC / TRT - 20ª REGIÃO ? 2016) 
Marcos ganhou como presentes de casamento, um quadro assinado por seu autor; um liquidificador 
de marca conhecida e disponível no mercado, um relógio de parede, único, que havia pertencido a 
seu bisavô, e certa quantia em dinheiro. São considerados bens infungíveis o 
(A) quadro, o relógio e o dinheiro. 
(B) dinheiro, apenas. 
(C) relógio, apenas. 
(D) relógio e o liquidificador. 
(E) quadro e o relógio. 
 
25. (FCC / AL-MS ? 2016) 
Donizete passou a residir no subsolo de prédio público onde funciona posto de atendimento de 
saúde, ali permanecendo por onze anos, com ânimo definitivo e sem oposição. O bem onde reside 
Donizete é classificado como bem público 
(A) dominical, que não pode ser objeto de usucapião. 
(B) dominical, que pode, no caso, ser objeto de usucapião extraordinária, tendo em vista que 
Donizete nele estabeleceu sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição. 
(C) de uso especial, que pode, no caso, ser objeto de usucapião extraordinária, tendo em vista que 
Donizete nele estabeleceu sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição. 
(D) que pode, no caso, ser objeto de usucapião ordinária, tendo em vista que Donizete nele 
estabeleceu sua moradia habitual por mais de 10 anos, sem oposição. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
93 
 
(E) de uso especial, que não pode ser objeto de usucapião. 
 
26. (FCC / PREFEITURA DE CAMPINAS ? SP ? 2016) 
Caio estabeleceu-se, com animus domini, em praça pública abandonada pelo Município. Decorridos 
mais de 20 anos, sem oposição das pessoas que frequentavam o local, requereu fosse declarada 
usucapida a área. Tal praça constitui bem 
(A) de uso comum do povo, suscetível de usucapião, em caso de abandono pelo poder público. 
(B) de uso especial, insuscetível de usucapião, assim como os de uso comum do povo e os dominicais. 
(C) dominical, suscetível de usucapião, ainda que conserve tal qualificação. 
(D) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, diferentemente dos bens de uso especial e 
dos dominicais. 
(E) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, assim como os de uso especial e os dominicais. 
 
27. (FCC / TJ-PI ? 2015) 
EŽƐ�ƚĞƌŵŽƐ�ĚŽ��ſĚŝŐŽ��ŝǀŝůà?�Ġ�ĐŽŶƐĞƋƵġŶĐŝĂ�ĚŽ�ĐĂƌĄƚĞƌ�ĚĞ�à?ƵƐŽ�ĐŽŵƵŵ�ĚŽ�ƉŽǀŽà?�ĚĞ�Ƶŵ�ďĞŵ�ƉƷďůŝĐŽà?�
por contraste com os bens dominicais, a 
(A) Possibilidade de integrar o patrimônio de pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado 
estrutura de direito privado. 
(B) Necessária gratuidade do uso. 
(C) Impossibilidade de alienação. 
(D) Insuscetibilidade à usucapião. 
(E) Possibilidade de integrar o patrimônio de pessoas jurídicas da Administração Direta. 
 
28. (FCC / TRT - 9ª REGIÃO ? 2015)De acordo com o Código Civil, 
(A) É considerado imóvel o direito à sucessão aberta. 
(B) São considerados imóveis as energias que tenham valor econômico. 
(C) São considerados imóveis os direitos pessoais de caráter patrimonial. 
(D) São considerados imóveis os direitos reais sobre objetos móveis. 
(E) São consideradas imóveis as ações correspondentes a direitos reais sobre objetos móveis ou 
imóveis. 
 
29. (FCC / TRE-SE ? 2015) 
No tocante as diferentes classes de bens, considere: 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
94 
 
I. Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são considerados bens imóveis para 
os efeitos legais. 
II. As energias que possuam valor econômico são consideradas bens móveis para os efeitos legais. 
III. Os títulos de dívida pública e de dívida particular são considerados bens móveis para os efeitos 
legais. 
IV. As árvores e os frutos pendentes não destinados ao corte são considerados bens imóveis por 
acessão natural. 
De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I e III. 
(B) II, III e IV 
(C) I e IV. 
(D) I, II e IV. 
(E) II e III. 
 
30. (FCC / TRT - 3ª REGIÃO ? 2015) 
Rogério ajuizou ação de usucapião contra o Município de Belo Horizonte sustentando ter residido 
por mais de 20 anos em imóvel de propriedade da municipalidade, o qual jamais foi franqueado ao 
público nem utilizado para prestação de serviço ou estabelecimento da Administração. Tal bem 
público é denominado 
(A) De uso especial, não podendo ser objeto de usucapião, salvo se for desafetado por meio de lei, 
ganhando a qualidade de dominical. 
(B) De uso especial, não podendo ser objeto de usucapião. 
(C) Dominical, podendo ser objeto de usucapião, observadas as exigências legais. 
(D) De uso comum do povo, não podendo ser objeto de usucapião, salvo se for desafetado por meio 
de lei, ganhando a qualidade de dominical. 
(E) Dominical, não podendo ser objeto de usucapião. 
 
31. (FCC / TRT - 1ª REGIÃO ? 2015) 
Relativamente aos bens, o Código Civil estabelece que 
(A) Constituem-se em bens móveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele 
se reempregarem. 
(B) Consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos pessoais de caráter patrimonial e 
respectivas ações. 
(C) São consumíveis os bens móveis destinados à alienação. 
(D) Consideram-se móveis para os efeitos legais o direito à sucessão aberta. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
95 
 
(E) Os bens naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis pela vontade das partes, mas 
apenas por força de lei. 
 
32. (FCC / TJ-RR ? 2015) 
NÃO podem ser objeto de alienação: 
(A) Os imóveis considerados por lei como bem de família. 
(B) Em nenhuma hipótese, os bens públicos de uso especial e os dominicais. 
(C) Os frutos e produtos não separados do bem principal. 
(D) A herança de pessoa viva e os bens impenhoráveis por disposição testamentária. 
(E) Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial, enquanto conservarem legalmente 
essa qualificação. 
 
33. (FCC / TCM-GO ? 2015) 
Quanto aos bens 
(A) Materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
(B) Naturalmente divisíveis, podem tornar-se indivisíveis somente por determinação da lei. 
(C) Imóveis, adquirem esta qualidade as energias que tenham valor econômico para os efeitos legais. 
(D) Móveis ou imóveis, são fungíveis os que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, 
qualidade e quantidade. 
(E) Imóveis, perdem este caráter as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua 
unidade, forem removidas para outro local. 
 
34. (FCC / TCM-GO ? 2015) 
Em relação aos bens, considere as afirmativas: 
I. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
II. Consideram-se bens imóveis, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta, bem como os 
direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram. 
III. Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, as energias que tenham valor econômico, os 
direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes, bem como os direitos pessoais de 
caráter patrimonial e respectivas ações. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I e III, apenas. 
(B) II e III, apenas. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
96 
 
(C) I, apenas. 
(D) I e II, apenas. 
(E) I, II e III. 
 
35. (FCC / TJ-AP ? 2014) 
Carlos construiu uma casa em terreno que recebeu de seu pai. Posteriormente, empreendeu 
reforma na casa, retirando-lhe as portas a fim de pintá-las e reempregá-las na construção. No 
terreno, incorporou-se, naturalmente, uma goiabeira. Consideram-se imóveis 
(A) A casa e a goiabeira. 
(B) O terreno, a casa e a goiabeira. 
(C) O terreno, apenas. 
(D) O terreno e a casa. 
(E) O terreno, a casa, as portas e a goiabeira. 
 
36. (FCC / TRF - 4ª REGIÃO ? 2014) 
Considere as seguintes hipóteses: 
I. Mario removeu sua casa pré-fabricada para outro local, retirando-a do solo e colocando-a em 
veículo especial. 
II. Maria possui direito real sobre o veículo marca X, modelo Y, ano 2012. 
III. Carmelita possui direito à sucessão aberta. 
IV. Marta removeu as janelas de sua moradia e colocou-as, durante a realização de outros serviços, 
em um depósito para posterior recolocação no local em que se encontravam. 
Nestes casos, de acordo com o Código Civil brasileiro, são exemplos de bens imóveis os indicados 
APENAS em 
(A) I, III e IV. 
(B) II e IV. 
(C) I e II. 
(D) II, III e IV. 
(E) I e III. 
 
37. (FCC / TCE-PI ? 2014) 
Considere: 
I. Dinheiro. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
97 
 
II. Sacos de Arroz. 
III. Dois kilos de banana prata. 
/sà?�YƵĂĚƌŽ�ĚŽ�WŝŶƚŽƌ�à?yà?�ũĄ�ĨĂůĞĐŝĚŽà?� 
De acordo com o Código Civil brasileiro, são considerados bens fungíveis os indicados APENAS em 
(A) I, II e IV. 
(B) II e III. 
(C) I e IV. 
(D) I, II e III. 
(E) III e IV. 
 
38. (FCC / TRT - 19ª REGIÃO ? 2014) 
Por ocasião da morte de Benedita, um de seus herdeiros, Bento, propõe que seu anel de noivado, 
que compõe um dos bens da herança, seja dividido entre ele e o irmão, Sebastião, com o 
derretimento do ouro e o fracionamento de um grande diamante que o ornamenta. Sebastião se 
opõe, no que 
(A) Não está certo, pois os bens móveis são divisíveis por natureza. 
(B) Está certo, pois os bens infungíveis não podem ser alienados. 
(C) Não está certo, pois, com o emprego da técnica correta, este anel pode ser dividido em partes 
iguais. 
(D) Está certo, pois este anel é um bem indivisível, vez que o fracionamento causaria diminuição 
considerável de seu valor. 
(E) Não está certo, pois, com a morte de Benedita, este anel passou a ser um bemfungível. 
 
39. (FCC / MPC-MS ? 2013) 
A colheita de uma plantação é considerada bem 
(A) Móvel por antecipação. 
(B) Imóvel por natureza. 
(C) Móvel por natureza ou essência. 
(D) Móvel por destinação legal. 
(E) Imóvel por destinação legal 
 
40. (FCC / TRT - 18ª REGIÃO ? 2013) 
Árvore frutífera incorporada artificialmente ao solo é um bem; 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
98 
 
(A) Móvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais não podem ser 
objeto de negócio jurídico enquanto estiverem agregados à árvore. 
(B) Imóvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais podem ser 
objeto de negócio jurídico mesmo que não estejam separados da árvore. 
(C) Imóvel, se considerado em si mesmo, e acessório, em relação aos frutos, os quais podem ser 
objeto de negócio jurídico mesmo que não estejam separados da árvore. 
(D) Móvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais podem ser 
objeto de negócio jurídico mesmo que não estejam separados da árvore. 
(E) Imóvel, se considerado em si mesmo, e principal, em relação aos frutos, os quais não podem ser 
objeto de negócio jurídico enquanto estiverem agregados ao principal. 
 
41. (FGV / TJ-PI ? 2015) 
Jurema comprou uma casa de Mariana. Quando ingressou no imóvel e iniciou a arrumação de sua 
mudança, Jurema encontrou uma tela pintada por um artista de renome mundial, inadvertidamente 
deixada por quem executou a mudança de Mariana. Procurada por Mariana, Jurema recusa-se a 
devolver a obra de arte em questão. Sobre os fatos narrados, é correto afirmar que: 
(A) assiste razão a Jurema, pois o quadro é uma benfeitoria que segue a sorte do bem principal; 
(B) assiste razão a Jurema, pois o quadro é um produto da casa e, como tal, deve acompanhá-la; 
(C) não assiste razão a Jurema, pois o quadro, por ser uma acessão, não acompanha o bem principal; 
(D) não assiste razão a Jurema, pois o quadro, considerado pertença, não segue a sorte do bem 
principal; 
(E) assiste razão a Jurema, pois o quadro é um fruto do imóvel e dele pode ser destacado. 
 
42. (FGV / TJ-PI ? 2015) 
Margarida, artista plástica, contratou a compra de madeira de demolição, proveniente de um prédio 
do centro histórico de Teresina. 
Sobre a situação narrada, é correto afirmar que os bens são considerados: 
(A) Imóveis, pois são materiais de obra pertencentes ao prédio histórico; 
(B) Móveis, pois, por serem provenientes de demolição, não mais integram o prédio; 
(C) Fora do comércio por falta de valor econômico; 
(D) Coisas abandonadas, e é possível adquiri-los por ocupação; 
(E) Imóveis, pois adquirem a natureza do prédio, bem principal. 
 
43. (FGV / PREFEITURA DE PAULÍNIA ? SP ? 2015) 
Em matéria de bens públicos, o Código Civil estabelece que o seu uso comum: 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
99 
 
(A) Deve ser necessariamente gratuito, já que tais bens pertencem a toda a coletividade de forma 
geral e abstrata; 
(B) Deve ser necessariamente retribuído, por meio de contribuição econômica por parte dos 
particulares beneficiados; 
(C) Pode ser gratuito ou retribuído, conforme decidir arbitrariamente a autoridade competente; 
(D) Pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja 
administração pertencerem; 
(E) Deve ser necessariamente oneroso, a fim de que toda a coletividade se beneficie. 
 
44. (FGV / PREFEITURA DE PAULÍNIA ? SP ? 2015) 
Quanto à classificação dos bens, é correto afirmar que: 
(A) Um veículo é considerado uma universalidade de fato; 
(B) Um jogo de pneus é considerado uma universalidade de direito; 
(C) Uma frota de veículos, coletivamente considerada, é uma universalidade de fato; 
(D) Um veículo emplacado e cadastrado individualmente, é um bem fungível; 
(E) Um caminhão é considerado consumível. 
 
45. (FGV / PREFEITURA DE PAULÍNIA -SP ? 2015) 
Quanto à teoria dos bens, é correto afirmar que: 
(A) São considerados bens móveis tudo aquilo que acede ao solo; 
(B) São indivisíveis os bens que, compostos por outros bens destacáveis, não têm comprometida sua 
funcionalidade, quando separados; 
(C) O solo é considerado um bem imóvel artificial; 
(D) São considerados bens móveis as ações referentes à propriedade imobiliária; 
(E) São considerados bens móveis as ações que se referem a direito pessoal. 
 
46. (CESPE / PC-MA ? 2018) 
Determinado indivíduo tinha direito de usufruto de uma casa. Tal direito era transmissível a seus 
sucessores que com ele habitassem à época de sua morte. Além disso, ele era proprietário de um 
pequeno barco. Quando de seu falecimento, foi aberta a sucessão. 
De acordo com o Código Civil, os referidos bens à? direito real de usufruto; direito real sobre o barco; 
direito à sucessão aberta à? são classificados, respectivamente, como bens 
(A) imóvel, móvel e imóvel. 
(B) móvel, imóvel e móvel. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
100 
 
(C) imóvel, imóvel e imóvel. 
(D) móvel, móvel e móvel. 
(E) imóvel, móvel e móvel. 
 
47. (CESPE / TCE-PB ? 2018) 
Bens que podem ser deslocados de posição sem perda de sua constituição física e não podem ser 
transformados em produtos finais para o mercado são classificados como bens 
(A) intangíveis. 
(B) móveis. 
(C) semoventes. 
(D) imóveis. 
(E) depreciados. 
 
48. (CESPE / TRF - 1ª REGIÃO ? 2018) 
A respeito de bens públicos, julgue o item subsequente. 
Os bens públicos dominicais são inalienáveis. 
 
49. (CESPE / DPE-AL ? 2017) 
Assinale a opção que apresenta exemplo de bem imóvel. 
(A) tijolo de casa demolida 
(B) hipoteca de um navio 
(C) penhor de joia rara 
(D) energia elétrica de uma fábrica de cimento 
(E) maçã pendente de colheita 
 
50. (CESPE / PGE-SE ? 2017) 
De acordo com a classificação doutrinária dos bens, o valor pago a título de aluguel ao proprietário 
de um imóvel é denominado 
(A) fruto. 
(B) pertença. 
(C) benfeitoria. 
(D) imóvel por acessão. 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS
 
 
 
101 
 
(E) produto. 
 
 
11.3 ? GABARITO 
1. D 
2. C 
3. A 
4. C 
5. D 
6. D 
7. B 
8. E 
9. D 
10. B 
11. C 
12. A 
13. A 
14. D 
15. D 
16. B 
17. A 
18. D 
19. E 
20. E 
21. E 
22. C 
23. B 
24. E 
25. E 
26. E 
27. C 
28. A 
29. B 
30. E 
31. C 
32. E 
33. A 
34. E 
35. E 
36. A 
37. D 
38. D 
39. A 
40. B 
41. D 
42. B 
43. D 
44. C 
45. E 
46. A 
47. B 
48. E 
49. E 
50. A 
 
 
 
 
Aline Baptista Santiago, Paulo H M Sousa, Renata Armanda
Aula 03
Direito Civil p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
www.estrategiaconcursos.com.br
1278133
28931645015 - ILDARA NUNES VARGAS

Mais conteúdos dessa disciplina