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Resenha - Pedagogia da Autonomia - Paulo Freire

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FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. 43. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
Paulo Freire (1921-1997) foi um pedagogo, filósofo e educador renomado conhecido na pedagogia da história mundial, também é o Patrono da Educação Brasileira. Conhecido principalmente pelo método de alfabetização para adultos que leva seu nome, ele desenvolveu o pensamento pedagógico assumidamente crítico. O autor de Pedagogia da Autonomia, a última obra de Paulo Freire, ainda publicada em vida. Sendo base de muitos educadores, o livro apresenta propostas pedagógicas condutoras para a autonomia e libertação. A obra é dividida em três capítulos: Não há docência sem discência, Ensinar não é transferir conhecimento e Ensinar é uma especificidade humana.
Freire introduz Pedagogia da Autonomia e defende a reflexão crítica sobre a prática ser uma exigência da ligação de teoria e prática, valorizando a curiosidade dos educandos e do educador, e ressalta que o educador deve reconhecer, desde cedo, que ensinar não é transferir conhecimento e da concepção que "formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas" esse aspecto ressalta a conduta do educador despertar o senso crítico no educando e não deixando levar em consideração dos conhecimentos prévios do aluno. De acordo com Paulo Freire não há ensino sem pesquisa, nem pesquisa sem ensino e essa deve ser uma prática inerente a didática-pedagógica, e exigindo quaisquer discriminações, respeitando a autonomia e a liberdade do educando. É necessário o professor ter comprometimento com a sua prática pedagógica, ampliando e diversificando o seu conhecimento o que possibilitará a reflexão crítica. O autor também afirma que ao entrar na sala de aula, o educado deve estar a aberto a indagações e curiosidades dos alunos, pois é fundamental relevância o incentivo à sua imaginação e a capacidade de ir além. 
Ensinar, para Freire, exige consciência do inacabamento do ser, é saber transmitir o final pois se temos um começo é claro que temos um fim, portanto o professor deve estar disposto não apenas ensinar, mas também ouvir e dialogar a fim que se troque experiências para que o educando possa discutir sem medo. O autor também defende a necessidade de conhecimento e afetividade por parte do educador, para que o mesmo tenha autoridade, liberdade e competência na sua prática docente e também “umas das qualidades essenciais que uma autoridade docente democrática deve revelar em suas relações com as liberdades dos alunos é a segurança de si mesma” que não só expressar o educador na sua atuação e no seu propósito, assim como na liberdade dos educando e como ele expressa suas opiniões. 
A prática educativa é progressista e está a favor do desenvolvimento da autonomia professores e alunos, posto que ensinar não é transmitir conhecimento, mas dando significantes, pois fomos programados para aprender e por decorrência ensinar e conhecer. 
O conhecimento alcançado através da obra de Paulo Freire vimos que quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender e que o aprender precedeu do ensinar. No livro o autor apresentou ensinamentos repleno de otimismo e esperança, além disto, ao longo do livro, uma visão de respeito e reconhecimento ao papel de professor. É de grande importância que dentro de quem ensina exista a vontade de sempre aprender. Esta obra é um convite para todos envolvidos com a educação e não só para professores e futuros professores, mas para quem é apaixonado pela arte de educar e é, com certeza, um fator auxiliador nas práticas educacionais da vida.
 
	
Kemilly Graziela Prado Silva, acadêmico do curso de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Câmpus Guarulhos

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