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GABRIELA RIBAS – MÓDULO IV: SEMANA 2 ANTÍGENOS "OS AGENTES AGRESSORES" ANTÍGENO É toda estrutura molecular, que interage com um anticorpo. Toda molécula pode ser um antígeno, pois o que é próprio de um organismo pode não ser próprio de outro. Resposta imunológica é quando você tem produção de anticorpos ou quando você ativa linfócito T e B. Todo antígeno gera resposta imunológica? Não, nem todo corpo estranho é capaz. Quando o corpo estranho gera de resposta imunológica, nos chamamos esse antígeno de imunógeno. IMUNÓGENO: moléculas que ativam os linfócitos interagindo com os receptores dos linfócitos T ou B, interagir com o anticorpo. Em doenças autoimunes, eu tenho resposta imunológica contra um autoantigeno (componente do meu corpo). O que é necessário para o antígeno ser um imunógeno? Tem que ser um corpo estranho. Tem que ter alto peso molecular. Tem que ter uma complexidade química. Tem que ter a capacidade de ser processado e apresentado. IMUNOGENICIDADE: é a capacidade que uma substancia tem de induzir resposta imune humoral (esta relacionada com linfócito B - produção de anticorpos) e/ou celular (ativou linfócito T CD4 ou CD8). ANTIGENICIDADE: capacidade que uma substancia tem de se ligar a um dos componentes do sistema imune (anticorpos/receptores de superfície). Dependendo do tipo de antígeno que se liga ao linfócito T, vai se diferenciar em CD4 ou CD8. FATORES QUE INFLUENCIAM A IMUNOGENICIDADE Ser capaz de reconhecer bactérias, produtos bacterianos, fungos, parasitas e vírus, como imunógenos a fim de proteger contra doença infecciosa. Macromoléculas de um agente infeccioso: linfócito B reconhece macro moléculas Proteínas, polissacarídeos, lipídeos e ácidos nucléicos Para imunidade media por células: o linfócito T não reconhece macro moléculas e sim peptídeos. EPITOPOS: é a região imunologicamente ativa de um antígeno, significa que só essa região que é capaz de gerar resposta imunológica. Só ela se liga ao anticorpo, ao receptor dos linfócitos. A interação entre epitopo e anticorpo é uma interação especifica. Estruturas complexas, como vírus, bactérias ou protozoários, possuem, em sua composição, vários determinantes antigênicos ou epitopos. Estes epitopos funcionam individualmente como antígeno/imunógenos individuais, ou seja, não existe resposta contra o vírus da rubéola e sim contra os antígenos do vírus da rubéola. Tenho que processar o vírus para apresentar somente o epitopo. 1 epitopo: hapteno - não é um imunógeno. São antigênicos, mas não imunogênicos; são substancias de baixo peso molécula e simplicidade química que falham na indução da resposta imune. Vários epitopos de uma mesma espeficidade Varios epitopos de diferentes especificidade: mais complexidade RECONHECIMENTO ANTIGÊNICO Para que ocorra o reconhecimento antigênico, são indispensáveis alguns fatores: especificidade, diversidade, Valencia e avidez. Especificidade: é a capacidade do anticorpo se ligar ao antígeno específico. Diversidade: é o repertório de anticorpos em nosso organismo. Há uma gama de anticorpo para vários tipos de antígenos. A célula B produz apenas um anticorpo especifico para um antígeno Valência: é a quantidade de antígenos com que o anticorpo se liga. Cada porção da região variável pode se liga a um tipo de antígeno, podendo haver a ligação do anticorpo a dois (bivalente) ou vários tipos de antígenos ao mesmo tempo (polivalente - pode se ligar a 10 locais diferentes). Avidez: é a afinidade que o anticorpo tem pelo antígeno. O anticorpo pode sofrer modificações na porção variável para reconhecer mais especificamente e com maior força o antígeno. Quanto maior a avidez, maior vai ser a valencia. ANTIGENOS T - INDEPENDENTES: são aquele que possuem a capacidade de estimular células B a produzirem anticorpos sem a necessidade da ativação da célula Th. Polímeros com numerosos determinantes antigênicos repetidos e não produzem memória imunológica. Os plasmocitos produzem anticorpos e linfócitos B de memória mas eles só fazem isso se tivermos uma ordem do linfocito T CD4. Existem antígenos que não precisam dessa ordem que são chamados de antígenos T-independentes tem que ter grande peso molecular e grande complexidade. REATIVIDADE CRUZADA Quando componentes do sistema imune reagem com duas moléculas que compartilham epitopos, mas são diferentes em outros aspectos. Os anticorpos que são produzidos em resposta a um antígeno bacteriano algumas vezes apresentam reação cruzada com antigenos do hospedeiro, o que pode ser a base de alguma doenças imunológicas. Acs ou celulas se ligam de forma fraca a outro epitopo, não idêntico, mas estruturalmente semelhante. MHC - COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE As funções de alguns tipos de linfócitos T exigem a sua interação com outras células do sistema imune, que podem incluir células dendriticas, macrófagos e linfócitos B. Outros tipos de linfócitos T devem ser capazes de interagir com qualquer célula infectada do hospedeiro. Para assegurar a interação das células T apenas com outras células do hospedeiro, e não diretamente com microorganismo, os receptores de antígenos das células T são desenhados para reconhecer antígenos apresentados por moléculas de superfície da célula do hospedeiro, e não diretamente antígenos presentes nos micro-organismo ou antígenos que estão livres na circulação ou nos líquidos extracelulares. Isso contrasta notavelmente com os linfócitos B, cujos receptores de antígenos e produtos secretados, os anticorpos, são capazes de reconhecer antígenos presentes nas superfícies microbianas e antígenos solúveis, bem como antígenos associados a células. A tarefa de apresentar antígenos associados a células do hospedeiro para o seu reconhecimento por células T CD4 e CD8 é desempenha por proteínas especializadas, denominadas células do complexo principal de histocompatibilidade (MHC), que são expressas na superfície das células do hospedeiro. MHC1: presente em células nucleadas usado para antígenos endógenos usado APENAS para linfócitos TCD8 MHC2: presente em macrófagos, células dendriticas e linfócitos B usado para antígenos exógenos usado APENAS para linfócitos TCD4O MHC é uma região genética ampla que codifica as moléculas classes I e II assim como outras proteínas; estão correlacionadas com a apresentação de antígenos. A função das moléculas classes I e II codificas pelo MHC é se ligar a peptídeos antigênicos e os apresentam para serem reconhecidos pelos linfócitos T. MHC do tipo I está presente em todas as células nucleadas e do tipo II está dentro de todas as APCs (célula apresentadora de antígeno - macrófagos, células dendriticas e o linfócito B). Porém essas células têm núcleo então essas células alem de apresentarem do tipo II, apresentam do tipo I. O MHC é específico para cada pessoa. O MHC precisa estar acoplado ao epitopo do antígeno para ser apresentado ao linfócito T. As APCs são necessárias para ativação dos linfócitos T: as células TCD4 purificadas não respondem a um antígeno protéico por si mesmas, mas respondem na presença de APC. Ao lado, pode-se notar que a ligação do antígeno com o linfócito CD4 não ocorreu devido à falta do APC. No segundo esquema, nota-se que a ligação foi realizada devido a presença do APC. O tipo de MHC usado depende do tipo de antígeno. O MHC do tipo I é usado para antígenos endógenos e para linfócitos TCD8 (sempre para o TCD8), isto é, antígenos que já estão dentro da célula já infectada (não foram captados no meio extracelular), como exemplo o vírus. O TCD8 vai fazer lise da célula (destruição). O MHC do tipo II é usado para antígenos exógenos e para linfócitos TCD4 (sempre para o TCD4) como as bactérias. No primeiro esquema, ocorre pela via do MHC de classe II . Nele o antígeno exógeno entrou na célula por endocitose e se ligou ao linfócito T CD4 com a presença do MHC tipo II ... No segundo esquema, ocorre pela via do MHC de classe I . Nele o antígeno endógeno , que já se encontrava nointerior da célula, se liga ao linfócito T CD8 com a presença do MHC tipo I .
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