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Trabalho - AUDITORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FISCAL E TRIBUTÁRIA
ATIVIDADE AVALIATIVA
 Trabalho da disciplina:
Auditoria Fiscal e Tributária
Tema:
Atividade Avaliativa Auditoria Fiscal e Tributária
 Código do aluno 
201812002793 
2019
TRABALHO AVALIATIVO
Nome: Lucenildo Vitorino Siqueira CÓDIGO:201812002793
Disciplina: Auditoria Fiscal e Tributária
Faça uma breve síntese sobre as aulas apresentadas, colocando o objetivo da aula, conteúdo apresentado e um exemplo prático dado em cada aula. Mínimo de dez linhas por aula, usando a letra times new roman, tamanho 12, espaçamento simples.
AULA 1 – AUDITORIA, CONCEITO, OBJETIVO E TRABALHO
	Como vimos na aula 01 a auditoria é o exame sistemático das atividades, registros e procedimentos empresarias, tendo como objetivo assegura a fidelidade dos registros de modo a proporcionar maior credibilidade as demonstrações e relatórios contábeis para atender tanto a administração quanto o fisco. A auditoria fiscal ou tributária: objetivo principal analisar todas as obrigações tributárias e se a empresa está cumprindo todas as obrigações. O objeto da auditoria é o conjunto de todas os elementos que controlam o patrimônio, sendo os registros contábeis, papeis, documentos, lançamentos, anotações que compravam a legitimidade dos atos da administração. O campo de atuação da auditoria contábil é de fiscalizador, fiel cumprimento das normas internas da empresa e emitir relatório de falhas e irregularidades e desvios encontrados. A atividade de auditoria está em permanente mutação e requer atenção dos órgãos específicos ligados a área, a fim de padronizar e estabelecer procedimentos, fortalecer o sistema de auditoria e de mercados de capitais, como consequência dar maior segurança aos investidores
AULA 2 – TESTES DE AUDITORIA E CONTROLE INTERNO
	Os procedimentos da Auditoria Interna constituem principalmente nos exames e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade.
Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade.
a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis; 
b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e 
c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade. 
Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. 
a) testes de transações e saldos;
b) procedimentos de revisão analítica
AULA 3 – REVISÃO DE CONTAS DE BALANÇO
	Significa providenciar a verificação das contas de balanço em termos de procedimentos internos e para revisão e certificação das demonstrações contábeis.
	Também deve-se examinar os registros contábeis e fiscais lavrados pela empresa, confirmando sua exatidão e correção sob o aspecto fiscal, com o fim de apurar fraudes ou irregularidades que possam gerar desvio de recursos financeiros do Poder Público e ou de empresas em geral.
	Outro procedimento é habilitar a certificar a situação fiscal das empresas, proporcionando à alta administração um relatório detalhado a respeito da situação fiscal da empresa auditada, verificando e demonstrando todas as regularidades fiscais, na esfera estadual, municipal e federal, além de checar a apuração dos tributos, recolhimentos, débitos em aberto e autuações fiscais.
	Em relação ao cenário brasileiro onde existe uma legislação complexa e que muda constantemente, a necessidade de especialistas para uma análise criteriosa do passivo tributário é essencial para a própria manutenção da organização.
Dessa forma, deve-se observar e reconhecer de forma geral as Normas Brasileiras de Contabilidade, isto é, uma visão macro sobre os demonstrativos contábeis de acordo com o CPC 26.
AULA 4 – SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL, HIERARQUIA DAS LEIS, TRIBUTOS DIRETOS E INDIRETOS E OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS
	Sistema Tributário Nacional - “Sistema Tributário é entendido como sendo o complexo de regras jurídicas formado pelos tributos instituídos em um país ou região autônoma e os princípios e normas que os regem. Desta forma, podemos concluir que o Sistema Tributário instituído no Brasil é composto dos tributos, dos princípios e normas que regulam tais tributos. ”
	Hierarquia das Leis – A hierarquia das Leis é muito importante par a interpretação das normas, são elas em sua ordem: Constituição Federal; Emenda a Constituição; Leis Complementares; Leis Ordinárias; Leis Delegadas; Medidas Provisórias Decreto Lei; Decretos Legislativos e Resoluções.
	Tributos Diretos - São os impostos que o governo arrecada sobre ou patrimônio e renda. 
O contribuinte sofre uma diminuição no seu patrimônio e não tem como repassar o ônus tributário. Ex:
IRPF: Imposto de renda pessoa física: incide diretamente no salário do trabalhador (desconto em folha);
IPVA: Imposto sobre a propriedade de veículos automotores: arrecadação anual pelos Estados, incide sobre carros, motos, caminhões. Variação de 1% a 3%;
IPTU: Imposto predial territorial urbano: arrecadado anualmente, incide sobre a propriedade de casas, apartamentos, terrenos. É de competência municipal e a cobrança depende da localização e tamanho do imóvel. 
	Tributos Indiretos - Os impostos indiretos incidem sobre a produção de mercadorias e serviços sendo passíveis de incidências a terceiros, ou seja, o imposto é cobrado do contribuinte direto mas é transferido para o contribuinte de fato, quem é quem suporta a carga tributária. Ex:
ICMS: Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços: Competência Estadual, incide sobre a comercialização de produtos e serviços.
ISS: Impostos sobre serviço: Competência Municipal, incide sobre a prestação de serviço no município.
IPI: Imposto sobre produto industrializado: Competência federal, este imposto incide sobre a comercialização de produtos industrializados. PIS - Programa de integração Social e de formação Patrimônio do Servidor Publico 
COFINS – Contribuição para o financiamento da seguridade social Obrigação Tributária - Denomina-se "obrigação tributária" o dever de fazer de um contribuinte, responsável ou terceiro em função da lei. e acordo com o artigo 113 do CTN – Código Tributário Nacional, a obrigação tributária divide-se em: 1) Principal. 2) Acessória.
AULA 5 – NORMAS DA ESCRITURAÇÃO FISCAL, OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS: DCTF E SPED (SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO) LALUR
	Escrituração - Para registrar todos os fatos administrativos (contábeis) que ocorrem em um determinado período, a contabilidade utiliza da escrituração.
A escrituração consiste na coleta e lançamento dos documentos que geram fatos contábeis no livro diário, livro razão e na elaboração do balancete de verificação e posteriormente nos demonstrativos financeiros. 
 DCTF - DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS DE TRIBUTOS FEDERAIS - A Declaração de Débitos e Créditos de Tributos Federais – DCTF – é uma obrigação tributária acessória. A DCTF deve conter as informações relativas aos tributos e contribuições apurados pela Pessoa Jurídica no período correspondente à respectiva declaração. Também conterá informações relativas aos pagamentos efetuados pela Pessoa Jurídica, relativos aos débitos nela declarados, bem como parcelamentos, informações sobre suspensão da exigibilidade do crédito tributário, parcelamentos e compensações.
 	SPED - “O SPED é instrumentoque unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração comercial e fiscal dos empresários e das sociedades empresárias, mediante fluxo único, computadorizado, de informações. ” LALUR - LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL - O LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real, é um livro fiscal, sendo obrigatório somente para as empresas tributadas pelo Imposto de Renda na modalidade Lucro Real, conforme previsão contida no Regulamento do Imposto de Renda. Sua função é ajustar os demonstrativos contábeis à declaração do Imposto de Renda com adições e exclusões ao lucro líquido do período-base, apurando-se a base de cálculo do Imposto de Renda devido e controle de valores que devam influenciar a determinação do Lucro Real de períodos-base futuros e que não constem da escrituração comercial.
AULA 6 – APURAÇÃO DE TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE FATURAMENTO E CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS
	Os tributos incidentes sobre o faturamento são aqueles que tributam as receitas no momento da entrega do produto ou serviço, através da nota fiscal.
São eles: PIS/PASEP, COFIS, ISS E O SIMPLES que na realidade é uma forma de tributação unificada.
	PIS/PASEP E COFINS - A legislação prevê duas formas de calculo mensal do PIS e da COFINS, sendo, incidente sobre o faturamento (aplicada sobre a receita bruta das pessoas jurídicas, em geral) e a outra destina-se exclusivamente as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real, sujeita a sistemática da não cumulatividade, de que trata a lei 10.865/2004.
	Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS) - Tributo indireto de competência municipal incidente sobre os serviços.
Fato gerador do ISS é a prestação dos serviço constante na lista da lei complementar 116 de julho/2003.
Base de calculo do Imposto é o Preço do Serviço, deduzindo de eventuais valores correspondentes ao valor de matérias fornecidos pelo prestador dos serviços ou das subempreitadas já tributadas pelo imposto.
Alíquota do ISS são fixados pelo município e podem variar entre um valor fixado anual até a alíquota de 5%.
AULA 7 – OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS E PME
	Sabe-se que não é fácil manter uma empresa em dia e regularizada perante o governo, mas isto é, essencial para a saúde do negócio. Por isto, é fundamental organizar e manter sempre em dia todas as obrigações acessórias da empresa, pois a não entrega dessas obrigações no prazo estipulado certamente gera juros e multa para as empresas, comprometendo ainda mais o fluxo de caixa que normalmente já é delicado e as PME em sua grande maioria estão vinculadas ao SIMPLES Nacional e têm que cumprir determinados requisitos e o que é o Simples Nacional? 
	O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado, previsto pela lei LC 123/2006 com proporção significativa no brasil e também foi uma saída para as pequenas empresas no e-commerce. Alcançado por grandes mudanças em suas obrigações tributárias com a entrada de novas obrigações merecem atenção.
Identificar as fases e os procedimentos da auditoria fiscal e tributária e os objetivos e limites de atuação da administração tributária, conhecer e justificas os aspectos gerais da auditoria fiscal, incluindo planejamento e execução e a determinação do lucro no regime de tributação pelo simples nacional.
	O simples nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos tributos:
Imposto sobre a renda pessoa jurídica IRPJ;
Imposto sobre o produtos industrializados IPI;
Contribuição social sobre o lucro liquido CSLL;
Contribuição para o financiamento da seguridade social COFINS;
Contribuição para o PIS/PASEP;
Contribuição patronal previdenciário;
ICMS;
ISS e etc. (art. 13 da lei 123/2006)
AULA 8 – TRIBUTOS, GESTÃO, CONTABILIDADE
	Conforme vimos na aula 08 a obrigação tributária decorre de lei e é o que dá origem ao crédito tributário. O crédito tributário nasce da obrigação e é consequência desta, dentro de uma única relação jurídica.
	A obrigação tributária materializa-se pelo credito tributário que é devido pelo sujeito passivo, sendo a determinação quantitativa do tributo. O lançamento é o ato que constitui o credito.
O CTN (Codigo Tributário Nacional) é bastante preciso no que tange ao credito tributário em seus artigos 139 ao 142. Assim, a lei cria o tributo; com a ocorrência do fato gerador, nasce a obrigação tributária e por meio do lançamento declara-se o crédito tributário. A obrigação tributária se constitui pela ocorrência do fato gerador, antecedendo o crédito tributário no tempo, em qualquer hipótese.
Não há possibilidade do crédito tributário preceder a obrigação, tanto que, como se viu, o crédito decorre da obrigação (art. 139 a 159, do CTN). Portanto, há instante, curto ou longo, não interessando sua mensuração, em que existe a obrigação sem existir o crédito que lhe corresponda. Vale dizer, a obrigação existe independentemente do crédito, mas este depende sempre do primeiro.
 
 
Escolha um dos temas das aulas um tópico que você tenha se interessado e apresente uma notícia vinculada na imprensa sobre o assunto, ou alguma decisão jurídica pública sobre o assunto.
AULA ESCOLHIDA: AULA 5 – RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
ARTIGO
A Pirâmide de Kelsen e o Sistema Tributário Nacional
Este artigo aborda os conceitos e a constituição da pirâmide de Kelsen na composição do Sistema Tributário Nacional na hierarquia das decisões políticas
14/07/2015 10:49
 
A Pirâmide de Kelsen
Você sabe o que é a Pirâmide de Kelsen? Talvez conheça, mas não com esse nome. Se você é um conhecedor do Sistema Tributário Nacional, talvez não encontre neste artigo algumas informações que lhe causem algum tipo de surpresa, uma vez, que esse artigo é destinado àqueles que desejam conhecer pelo menos um pouco sobre o Sistema tributário Nacional e o conjunto de leis que regem as decisões de um país.
Pois bem! A Pirâmide de Kelsen é uma das criações do jurisfilósofo do direito contemporâneo, Hans Kelsen, nascido em 1881 e falecido em 1973. Jurisfilósofo é a junção de duas palavras que em si denotam que o autor desse conceito tinha como característica uma exímia bagagem cultural capaz de lhe dar criticidade o suficiente para filosofar acerca de jurisprudências e mesmo sobre a essência das leis e congêneres. O conceito da Pirâmide de Kelsen é baseado no controle de constitucionalidade necessário para qualquer cadeia de normas, leis e congêneres que controla as regras de ordenamento jurídico, com o fim de adequá-las a um ordenamento maior: a Constituição Federal.
Constituição Federal, ou Constituição Federal da República Federativa do Brasil, conforme supra mencionado, é a lei máxima que rege uma democracia, bem como o seu estudo pautado no direitos e deveres de qualquer um é o chamado de direito constitucional. A nossa atual CF foi criada no ano de 1988 e nela temos todos os direitos e deveres (obrigações) de qualquer um que se estabeleça no país. Não há, no país, uma lei que tenha mais poder que a Constituição Federal. Assim, todas as demais leis devem ser subordinadas a ela.
Pensemos que, na maioria das empresas do mundo corporativo, não há ordem sem que exista uma hierarquia e subordinação mínima entre, e dos profissionais, mesmo numa corporação que adote um modelo horizontal de gestão. Ainda sim, há aqueles profissionais que possuem voz mais ativa na hora de uma decisão. Fazendo uma comparação bem simples, é a mesma visão para as leis e congêneres.
Conforme anteriormente mencionado, todas as demais leis devem ser subordinadas à Constituição Federal. Porém, se caso houvesse alguma lei cuja adequação seria impossível, essa lei perderiam a sua validade. Ora, mas se todas as leis devem se adequadas à lei máxima ou então devem perder a sua validade, todas as demais leis anteriores à CF seriam extintas? Kelsen, então, pensoutambém no princípio da recepção. No mundo do direito, Recepção é o instituto pelo qual a nova Constituição, independente de qualquer previsão expressa, recebe norma infraconstitucional pertencente ao ordenamento anterior, com ela compatível, dando-lhe, a partir daquele instante, nova eficácia. Ou seja, o princípio da recepção permite que as leis anteriores à Constituição Federal tenham validade e, desde que não contrarie a lei principal, esta lei anterior é recepcionada pela Constituição Federal. Assim, Kelsen permitiu que não houvesse instabilidade jurídica com o princípio da recepção.
Para demonstrar de forma gráfica essa hierarquia da importância das leis, Kelsen definiu que a lei máxima e as subordinadas a essa lei maior deveriam ser apresentadas por meio da figura geométrica do triângulo, onde a lei máxima fica no topo e a que têm menor força dentro destas, fica na base.
Bom, vamos lá. Agora que já conhecemos um pouco sobre os conceitos da própria pirâmide, vamos à pirâmide propriamente dita. Imagine um triângulo. Peço que considere a figura abaixo um triângulo e me a limitação da imagem. Lembro que esse artigo é para o seu aprendizado intelectual e não para aprender a desenhar melhor. Se na publicação o triângulo ficou sem nexo, peço, por favor, para também considerar as limitações da ferramenta.
 
             /  - Constituição Federal  / Emendas
          /      - Leis Complementares
        /          - Leis Ordinárias e Medida Provisória
     /               - Decretos legislativos
  /______________ - Atos infraconstitucionais
 
Veja que a pirâmide considera em escala a ordem da priorização e de hierarquias do conjunto de leis e congêneres. É um sistema de escalonamento de normas jurídicas. Vamos agora elucidar um pouco sobre cada uma das fatias da pirâmide, além daquelas já abordadas anteriormente:
Leis Ordinárias e Medidas Provisórias: em contraposto à Lei Complementar, a lei Ordinária tem como requisito de aprovação o quórum de maioria simples, desde que presentes na sessão a maioria absoluta de membros. A sua matéria trata de assunto que tenha sido deixado de lado por Lei Complementar. As Medidas Provisórias são um instrumento com força de lei, adotado pelo presidente da República, em casos de relevância e urgência, cujo prazo de vigência é de sessenta dias, prorrogáveis uma vez por igual período. Produz efeitos imediatos, mas depende de aprovação do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal) para transformação definitiva em lei.
Decreto Legislativo: os Decretos Legislativos têm a função de regular as matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal), tais como: ratificar atos internacionais, sustar atos normativos do presidente da República, julgar anualmente as contas prestadas pelo chefe do governo, autorizar o presidente da República e o vice-presidente a se ausentarem do país por mais de 15 dias, apreciar a concessão de emissoras de rádio e televisão, autorizar em terras indígenas a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de recursos minerais.
E, por fim, Atos Infraconstitucionais: é o termo utilizado para se referir a qualquer lei que não esteja incluída na norma constitucional, e, de acordo com a noção de Ordenamento jurídico, esteja disposta em um nível inferior à Carta Magna do Estado. São leis que não são julgadas pelo Supremo Tribunal Federal - STF que, por sua vez, cuida exclusivamente da interpretação e aplicação da Constituição Federal.
Sistema Tributário Nacional
O Sistema Tributário Nacional é a expressão utilizada para designar o conjunto de todos os tributos cobrados no País, sem distinguir os tributos de competência Federal (União), Estadual ou Municipal, e, bem assim, todas as regras jurídicas com relações entre si que disciplinam a arrecadação desses tributos.
E todo o Sistema Tributário Nacional advêm do que é preconizado na Constituição Federal. Vejamos, por exemplo, o que é citado no artigo nº 145 da referida CF:
“A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.”
Ou seja, o “poder” dos órgãos públicos inerentes a um estado estão amparados na própria lei máxima que rege o país. Assim, não há o que questionar sobre o “poder” de arbitrar o recolhimento de rendas da população, exceto em casos específicos e não ilustrados nesse artigo.
A União pode também, mediante Lei Complementar, instituir empréstimos compulsórios. Lei complementares são aquelas cujos objetivos são de dirimir conflitos de competência; regular limitações; e estabelecer normas gerais do direito tributário. Claro que não vamos abordar todos esses conceitos da forma mais analítica aqui nesse artigo, afinal de contas, o objetivo é que você, leitor, conheça um pouco sobre algumas da expressões adotadas por aí afora. Cito aqui alguns dos conceitos mais importantes para a formação do contexto histórico e capaz de lhe dar uma visão ampla sobre o assunto. Agora, se você ficar curioso sobre o tema tributário, se prepare para estudar por alguns anos para ser considerado um conhecedor de causa.
Já que citamos os “poderes” de um estado, gostaria de elucidar aqui um pouco sobre o que seria um tributo, afinal de contas, como cidadãos de bem e trabalhadores, o que mais fazemos é pagar tributos e afins. Não entenda essa colocação como um posicionamento político, mas uma singela crítica de um desses milhões de brasileiros que, como você, vive no país cuja carga tributária é uma das maiores do mundo. Pois bem, voltando, Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída pela lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada – ipsis litteris. Os tributos podem ser:
• Impostos;
• Taxas;
• Contribuições (especiais - sociais);
• Contribuição de Melhorias; e
• Empréstimos Compulsórios.
Os tributos podem ser vinculados ou não vinculados. O conceito de vinculação ou não é simples e isso extinguirá alguns dos motivos de discussões acaloradas quanto à falta de prestação de contas do governo em relação ao IPVA(exemplo) e afins pagos por mim e por você. A vinculação ou não de qualquer recolhimento realizado é a possibilidade de questionamento quanto à entrega de uma contrapartida do governo gerada pela aplicação direta dos recursos recebidos advindos desse seu recolhimento. Ou seja, você paga e o governo efetua o serviço. Teoricamente, todos os valores recolhidos ao Estado deveriam ter como contrapartida essa prestação de contas. Porém, vamos ficar apenas no mudo teórico e não no real, uma vez, que não possuo conhecimento técnico necessário para avaliar os impactos reais dessa contraprestação direta de 100% do superávit primário. Assim, de uma forma mais didática, vejamos abaixo a demonstração do que é vinculado e do que não é vinculado:
Tributos vinculados: Taxas e Contribuições; e
Tributos não vinculados: impostos diretos sobre rendas, ganhos e patrimônio; e indiretos sobre o consumo de bens e serviços.
Vamos a eles. Imposto é todo tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativamente ao contribuinte (art. 16 do CTN);
Contribuições são tributos afetados à finalidades específicas. Devem ser instituídas por lei ordinária ou complementar (competência residual art. 154, I da CF) e sujeitam-se às limitações constitucionais ao poder de tributar. São de competência exclusiva da União, podendo ser de três naturezas:
I. sociais;
II. de intervenção no domínio econômico; e
III. de interesse das categorias profissionais ou econômicas.
As Taxas têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia oua utilização efetiva ou potencial de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposição (art. 77 do CTN);
Contribuição de melhoria: tributo instituído para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado; e
Os Empréstimos compulsórios existem por algumas necessidades decorrentes de um governo e possuem algumas características como a de que a necessidade de restituição não prejudica sua natureza de tributo; são de competência privativa da União, e somente pode ser implementadas e Instituídas por meio de Lei Complementar para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua eminência e para investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
Sei que essa última sessão foi um tanto cansativa, mas em virtude do caráter conceitual ao extremo, itenizei os pontos para facilitar a compreensão e o entendimento.
Conclusão
Assim, a finalidade desse estudo multifocal epígrafe do STN e da Pirâmide de Kelsen é o de conhecermos o de refletirmos sobre onde começa a institucionalização do Poder de tributar do Estado e quais os “instrumentos” adotados para o cumprimento das prerrogativas contidas na Lei Máxima da nossa República pelos Órgãos Públicos mencionados na própria Constituição Federal para a alimentação da máquina pública e o controle de rendas e serviços básicos a serem prestados pelo estado.
Fonte: https://www.contabeis.com.br/artigos/2690/a-piramide-de-kelsen-e-o-sistema-tributario-nacional/
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