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Prof.º Ricardo Ozorio UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADES DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS – FACC Planejamento Tributário PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA Contribuir para a compreensão da gestão e planejamento de tributos, fornecendo subsídios para aprimorar práticas de gestão empresarial e financeira. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA Orientar os participantes à aplicação: ▪ das normas gerais de tributação; ▪ das regras na apuração dos tributos; e ▪ da gestão integrada dos tributos e do planejamento tributário preventivo. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA DISCIPLINA Primeira Parte – Visão geral do Sistema Tributário Nacional e a importância da Gestão e do Planejamento de Tributos. Segunda Parte – Estudo da tributação sobre o resultado das empresas. Terceira Parte – Principais aspectos da tributação vinculada às operações e/ou faturamento das empresas. Quarta Parte – As reorganizações empresariais e o Planejamento Tributário – Estudos de Casos. Visão geral do Sistema Tributário Nacional e a importância da Gestão e do Planejamento de Tributos PRIMEIRA PARTE O SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO E A HIERARQUIA DAS NORMAS JURÍDICAS CONTITUIÇÃO FEDERAL Leis Complementares Leis Ordinárias Medidas Provisórias Leis Delegadas Decreto Legislativo Resoluções do Senado ou da Câmara dos Deputados Atos Administrativos Instruções Normativas, Pareceres, Portarias Circulares, Resoluções, etc. DEFINIÇÃO DE TRIBUTO PELO CTN É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela possa exprimir, (dação em pagamento) que não constitua sanção de ato ilícito (multa por infração fiscal), instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (O fisco só pode atuar na forma e nos estritos limites fixados em lei, sem o que haverá abuso ou desvio de poder). A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevante para qualificá-la: ▪ As denominações e demais características formais adotadas pela lei; e ▪ A destinação legal do produto da sua arrecadação. Compulsório – por força da lei Pecuniária – dinheiro ESPÉCIES DE TRIBUTOS ▪ Imposto (Art. 16 do CTN e Art. 145, I, CF/88) ▪ Taxa (Art. 77 do CTN e Art. 145, II, CF/88) ▪ Contribuição de Melhoria (Art. 81 do CTN e Art. 145, III, CF/88) ▪ Empréstimos Compulsórios (Art. 148 da CF/88) ▪ Contribuições Especiais ou Parafiscais (Art. 195 da CF/88) ESPÉCIES DE TRIBUTO IMPOSTO - É um tributo cuja exigência não tem qualquer vínculo com uma atividade específica do Estado - esta é a característica que o diferencia dos demais tributos. TAXA - Tem a característica de ser cobrada em razão do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. O poder de polícia limita ou disciplina atividade de interesse público, como os direitos individuais e coletivos, mercado, higiene, tranquilidade pública. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA - Só pode ser cobrada para custeio de obras públicas, poderá ser lançada a todos quantos aproveitarem a utilidade da obra pública. Exemplos: despesas com asfalto, valorização imobiliária para o contribuinte. ESPÉCIES DE TRIBUTO EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS - São imposições feitas pelo Estado, obrigando as pessoas a uma prestação monetária que será devolvida no futuro. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS/PARAFISCAIS – São contribuições cobradas por Autarquias, Órgãos Estatais de Controle da Economia, Profissionais ou Sociais, para custear seu financiamento. ESPÉCIES DE TRIBUTOS E CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS ESPÉCIES DE TRIBUTOS Vinculados - Taxas, contribuição de melhoria e contribuições sociais (INSS, PIS, COFINS e CSLL) - O tributo é pago vinculado a um serviço já prestado ou a prestar. Não Vinculados - Impostos - Independe de qualquer atividade estatal relacionada ao contribuinte. CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS Diretos - Sujeito passivo de direito e de fato é o mesmo. Ex.: IR, IPTU, IPVA Indiretos - Sujeito passivo de direito é um e o de fato é outro. Ex.: ICMS, IPI, ISS INCIDÊNCIA DOS TRIBUTOS Sobre a Renda - São os considerados sobre o produto do capital, do trabalho e da combinação de ambos. Contribuição Social Sobre o Lucro Imposto de Renda Sobre o Patrimônio - Cobrado sobre o patrimônio líquido das pessoas físicas e jurídicas. IPTU - IPVA - ITBI Sobre o Consumo - São considerados os que incidem sobre a cadeia produtiva. IPI - ICMS - ISS - PIS e COFINS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO TRIBUTO ▪ Fato Gerador ▪ Base de Cálculo ▪ Contribuinte (Sujeito Passivo da Obrigação Tributária -Contribuinte de Fato) ▪ Responsável (Contribuinte de Direito) Fixados por Lei Complementar ELEMENTO COMPLEMENTARES DO TRIBUTO ▪ Alíquota ▪ Adicional ▪ Prazo de Pagamento Fixados por Lei Ordinária CATEGORIAS DE TRIBUTAÇÃO Incidência - Alcance ou chegada efetiva do tributo sob o contribuinte. Não incidência - É configurada pela carência de requisito essencial exigido na incidência. Coloca-se do lado de fora da área abrangente de fatos, situações e acontecimentos formadores do fato gerador. (Exemplo: Saída de equipamento para conserto ou locação.) Isenção - É a dispensa por lei, do pagamento do tributo. A operação situa-se no campo da incidência, mas por motivo de ordem pública, de interesse social, o sujeito ativo abre mão do tributo. CATEGORIAS DE TRIBUTAÇÃO Imunidade -Denominação dada pela doutrina. É a vedação constitucional à competência tributária. A constituição proíbe que certos fatos geradores possam ser acolhidos pela hipótese de incidência dos tributos. Suspensão - É a postergação sob condição do pagamento do tributo para uma etapa posterior. Não transfere a responsabilidade do pagamento. (Exemplo: Remessa para industrialização.) Diferimento - É a postergação incondicional do pagamento do tributo para uma etapa posterior. CRÉDITO TRIBUTÁRIO LANÇAMENTO ▪ Competência da autoridade administrativa. ▪ Lei vigente no fato gerador. ▪ Determina a certeza e liquidez: ✓ por declaração (importação); ✓ de ofício (auto de infração); e ✓ por homologação (IPI / IR / ICMS / ISS). CRÉDITO TRIBUTÁRIO SUSPENSÃO ▪ Moratória (dilatação do prazo), poderá ser em caráter geral ou individual ▪ Depósito do montante integral ▪ Reclamações e os recursos ▪ Liminar em mandado de segurança ▪ Liminar ou tutela antecipada ▪ Parcelamento EXTINÇÃO ▪ Pagamento ▪ Compensação ▪ Transação ▪ Remissão (perdão) ▪ Prescrição e decadência ▪ Conversão de deposito em renda ▪ Pagamento antecipado e a homologação do lançamento CRÉDITO TRIBUTÁRIO EXTINÇÃO Decadência (Caducidade) ▪Declaração 5 anos do exercício seguinte ▪Homologação 5 anos após o fato gerador Prescrição ▪5 anos para mover Ação de Cobrança ▪ Suspensão e Interrupção FIGURAS DESONERATIVAS IMUNIDADE: ✓ É CONSTITUCIONAL ✓ É PERMANENTE ANISTIA: ✓REFERE-SE À MULTA ISENÇÃO: ✓ É LEGAL ✓ É PROVISÓRIA MORATÓRIA: ✓ É CONCESSÃO DE NOVO PRAZO PARA PAGAMENTO RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA Sujeito Ativo - Art. 119 e 120 da Lei 5.172 de 25/10/1966 - CTN Sujeito Ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento. ▪ União, Estados, Distrito Federal e os Municípios. Sujeito Passivo - Art. 121. da Lei 5.172 de 25/10/1966 - CTN Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. ▪ Pessoas físicas e jurídicas. CONTRIBUINTE DE FATO E CONTRIBUINTE RESPONSÁVEL Tributo Contribuinte de Fato Contribuinte Responsável INSS do Empregado Descontado na Folha Empregado Empresa IPI Cobrado do Comprador na NF Comprador Vendedor/Empresa IOF sobre Empréstimo Bancário Pessoa Física Instituição Financeira ▪ Quem adquire o fundo de comércio ouo estabelecimento é RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO pelos tributos devidos até o dia da compra, INTEGRAL E SOLIDARIAMENTE com quem vende o fundo ou o estabelecimento se este último cessar a exploração empresarial. ▪ Será RESPONSÁVEL SUBSIDIARIAMENTE, se o vendedor mantiver suas atividades empresariais, ou reiniciá-las no prazo de 6 meses da venda. RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO (ARTIGO 135 CTN) São pessoalmente responsáveis pelas obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poder ou infração à lei: ▪ os mandatários, prepostos e empregados; ▪ os diretores, gerentes ou representantes das pessoas jurídicas de direito privado. REDIRECIONAMENTO DA AÇÃO FISCAL ▪ Não se pode atribuir a responsabilidade substitutiva para sócios, diretores ou gerentes, prevista no artigo 135, III, do CTN, sem que antes seja apurada a prática de ato ou fato com excesso de poderes ou infração da lei” STJ/RESP 382469/RS. ▪ O sócio administrador é responsável pelos débitos tributários da empresa, independentemente de constar seu nome na certidão da dívida ativa. A responsabilidade decorre da dissolução irregular, sem o pagamento dos tributos devidos – STJ/RESP 41836/SP. ATENÇÃO ÀS RESPONSABILIDADES Pelo Código Civil o ADMINISTRADOR DA EMPRESA, não obrigatoriamente o sócio, assume pessoalmente responsabilidade pelos atos que pratica quando há: ▪ desvio de finalidade; ▪ confusão patrimonial; ▪ distribuição de lucros fictícios ou ilícitos; ▪ demora na averbação do instrumento de sua nomeação; ▪ ação ou decisão em desacordo com a maioria; ▪ danos causados por culpa no desempenho de suas funções; ▪ utilização indevida dos ativos da companhia; ▪ conflito de interesses; ▪ substituição não autorizada. LEI ANTICORRUPÇÃO – LEI 12.846/13 e DECRETO 11.129/22 “Constituem atos lesivos que atentem contra o patrimônio público nacional ou estrangeiro, contra princípios da administração pública ou contra os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, assim definidos: I - prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público ou a terceiros relacionados a ele; II - comprovadamente, financiar, custear ou patrocinar a prática dos atos ilícitos previstos na Lei; e III - comprovadamente, utilizar de interposta pessoa física ou jurídica para ocultar ou dissimular seus reais interesses ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados.” LEI ANTICORRUPÇÃO – LEI 12.846/13 e DECRETO 11.129/22 ▪ Multa no valor de 0,1% a 20% do faturamento bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo. ▪ Na impossibilidade de aplicação do critério do faturamento bruto da pessoa jurídica, a multa será de R$ 6.000,00 (seis mil reais) a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais) e o limite mínimo da vantagem auferida, quando for possível sua estimação. ▪ Publicação extraordinária da decisão condenatória. ▪ Obrigação de reparação integral do dano causado. Lei Regulamentada pelo Decreto Nº 11.129, de 11 de Julho de 2022 DEFESAS DE INFRAÇÕES FISCAIS – VIA ADMINISTRATIVA ▪ A defesa (impugnação) administrativa de Auto de infração ou notificação fiscal é uma importante ferramenta que a empresa possui a seu favor, desde que bem estudada e feita estrategicamente, no sentido de beneficiar a empresa. ▪ Existem várias possibilidades de se obter vitórias na esfera administrativa, sejam elas totais ou parciais, restando para o julgamento judicial realmente a matéria em que a empresa não logrou êxito na via administrativa. ▪ A via administrativa não tem custas, nem honorários advocatícios. Pode gerar fiscalização para a empresa. DEFESAS DE INFRAÇÕES FISCAIS – VIA ADMINISTRATIVA EXEMPLO: A empresa não concorda com a interpretação da fazenda e usa um crédito fiscal: ✓se vai à via judicial imediatamente será autuado pelo uso indevido (segundo a fazenda) do crédito; e ✓se simplesmente se credita, documentando-se e aguardando a fiscalização, em primeiro lugar terá mais chances de não ser autuada e em segundo lugar poderá ir ao judiciário após ser autuada, em terceiro lugar, a multa de ofício será a mesma. GESTÃO DE TRIBUTOS ▪ Prévia pesquisa da legislação e decisões dos tribunais para apreciar as práticas e procedimentos fiscais da empresa; Diagnosticar o ajustamento das rotinas e práticas fiscais. ▪ Estabelecer um follow up das mudanças legais e jurisprudenciais. ▪ Orientar o processo de escrituração fiscal. ▪ Orientar o processo de apuração de impostos. ▪ Formular expedientes esclarecendo as mudanças tributárias para a vida da empresa. ▪ Acompanhar o trabalho de fiscais e auditores na empresa. ▪ Realizar tarefas relacionadas à busca da redução da carga tributária. ROTINAS PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ▪Conjunto de medidas contínuas que visam a economia de tributos de forma legal, levando-se em conta as possíveis mudanças rápidas e eficazes, nas hipótese do fisco alterar as regras fiscais. ▪Quando se trabalha o planejamento tributário, busca-se através da ação do contador ou em conjunto com os profissionais da área jurídica menor impacto no fluxo de caixa de uma empresa. FINALIDADE DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ▪ Evitar a incidência do tributo (nesse caso adota- se procedimentos com fim de evitar a ocorrência do fato gerador). ▪ Reduzir o montante do tributo (as providências serão no sentido de reduzir a base de cálculo ou a alíquota do tributo). ▪ Retardar o pagamento do tributo (o contribuinte adota medidas que têm por fim postergar o tributo, sem ocorrência da multa). A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ▪ A realidade tributária brasileira é complexa, constituindo um dos elementos do chamado CUSTO BRASIL. ▪ O administrador deve ser capaz de dar continuidade ao seu negócio, colocando no mercado produtos e serviços com preços que o mercado pode e deseja pagar. ▪O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO requer o controle da ROTINA dos tributos e ainda a análise das formas de ECONOMIA. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Para se produzir um planejamento tributário torna-se necessário saber distinguir com bastante propriedade os significados da evasão fiscal e da elisão fiscal, pois a linha que separa um do outro é muito tênue. EVASÃO FISCAL: consiste em toda ação consciente, espontânea, dolosa ou intencional do contribuinte através de meios ilícitos para evitar, eliminar, reduzir ou retardar o pagamento do tributo devido, não se configurando em hipótese alguma com o planejamento tributário lícito. ELISÃO FISCAL: representa a execução de procedimentos, antes do fato gerador, legítimos, éticos, para reduzir, eliminar ou postergar a tipificação da obrigação tributária, caracterizando, assim, a legitimidade do planejamento tributário. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO OBSTÁCULOS ▪ Cultura Organizacional ▪ Societários e Operacionais EFICÁCIA NO PLANEJAMENTO ▪ Fundamento Econômico Conscientização Regulamentação Controle FORMAS DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ▪ Questionamento judicial de tributos. ▪ Oportunidades do dia a dia oferecidas pela legislação tributária. ▪ Reorganizações societárias. O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ENVOLVE: ▪ Administrar o passivo tributário da empresa; ▪Maximizar os ativos fiscais dos tributos, em especial Impostos e Contribuições Sociais; e ▪ Realizar uma adequada Gestão Tributária da empresa, com medidas administrativas visando minorar sua carga fiscal. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Revisão e Adequação dos Procedimentos Fiscais Contingenciamento de Tributos Revisão de Créditos ICMS IPI PIS COFINS OPORTUNIDADES DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ▪ Planejamento de datas de concretização de negócios. ▪ Escolha da melhor sistemática de apuração de tributos. ▪Melhor forma de remuneração dos acionistas/quotistas. ETAPAS DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 1. Revisão da estrutura societária atual. 2. Discussão das diretrizes dos negócios (Planejamento Estratégico). 3. Mapeamentodas atividades operacionais. 4. Levantamento do perfil contábil e fiscal. 5. Compilação de dados. 6. Formulação de estratégias tributárias (Planejamento Tributário). 7. Implementação e acompanhamento de estratégias tributárias. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO INDUZIDO PLANEJAMENTO INDUZIDO ▪ CRÉDITOS PRESUMIDOS para IPI, ICMS, PIS e COFINS ZONA FRANCA DE MANAUS (área de livre comércio) Vendas feitas por contribuintes de qualquer ponto do País são consideradas como exportação; a entrada de mercadorias estrangeiras destinadas ao consumo interno, industrialização e estocagem para exportação é isenta de tributos. ▪ REGIMES ESPECIAS REGIME DE ADMISSÃO TEMPORÁRIA Admite a entrada no País de bens por prazo fixo, com suspensão ou redução de impostos. REGIME ESPECIAL DE ENTREPOSTO ADUANEIRO Permite a importação e armazenagem de mercadoria em local alfandegado com suspensão dos impostos; e na exportação permite o armazenamento da mercadoria com suspensão dos impostos internos antes da exportação ou ainda faz jus aos benefícios fiscais antes do embarque da mercadoria. PLANEJAMENTO INDUZIDO REGIME ESPECIAL DE ENTREPOSTO INDUSTRIAL SOB CONTROLE INFORMATIZADO (RECOF) Permite importar com suspensão do pagamento do imposto de importação e IPI as mercadorias a serem submetidas à industrialização (transformação, beneficiamento e montagem) de produtos destinados à exportação ou venda no mercado interno. REGIME DE DRAW BACK Regime especial de importação, vinculado a um compromisso de exportação. REPORTO Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária objetivando as vendas de máquinas, equipamentos e outros bens, no mercado interno, ou a sua importação, quando adquiridos ou importados diretamente pelos beneficiários do REPORTO e destinados ao seu ativo imobilizado para utilização exclusiva em portos na execução de serviços de carga, descarga e movimentação de mercadorias, serão efetuadas com suspensão do IPI, PIS e COFINS (incidentes na importação e no faturamento) e, quando for o caso, do imposto de importação. SEGUNDA PARTE Estudo da tributação sobre o resultado das empresas. IMPOSTO DE RENDA Critérios da Constituição Federal Generalidade Toda e qualquer forma de renda ou provento Universalidade Todos que auferirem renda. Progressividade Cobra-se mais de quem tem mais e vice versa. IMPOSTO DE RENDA SALÁRIOS: HONORÁRIOS PRÓ-LABORE COMISSÕES DOAÇÕES APOSENTADORIAS E PENSÕES PRÊMIOS DE LOTERIA RECOMPENSAS CAPITAL: RENDIMENTOS DE: ALUGUEL ROYALTIES JUROS LUCROS DE AÇÕES E DE COTAS DIVIDENDOS BONIFICAÇÕES Conceito: Riqueza Nova IRPJ – MODALIDADES DE TRIBUTAÇÃO E PERÍODOS DE APURAÇÃO FORMAS DE TRIBUTAÇÃO Lucro Real Trimestral (ou) Anual Lucro Presumido Trimestral Lucro Arbitrado Trimestral Simples Nacional Mensal IRPJ – MODALIDADES DE TRIBUTAÇÃO E PERÍODOS DE APURAÇÃO LUCRO REAL Anual ESTIMADO SUSPENSÃO OU REDUÇAO Trimestral IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURIDICA Apuração Trimestral do Imposto RIR (Decreto nº 9.580 de 22.11.2018) Art. 217 – O imposto será determinado com base no Lucro Real, Presumido ou Arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. (Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º) SIMPLES NACIONAL ▪ Lei Complementar 123/2006, Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis nº 8.212 e nº 8.213. ▪ Leis Complementares 127/2007, 128/2008, 133/2009, 139/2011 e 147/2014, alteram a Lei Complementar nº 123/2006. ▪ Lei Complementar 155/2016, altera a Lei Complementar nº 123/2006 - Vigência 2017 Regras para Investidor Anjo, que poderá ser Pessoa Física ou Pessoa Jurídica. SIMPLES NACIONAL ▪ Lei Complementar 155/2016, altera a Lei Complementar nº 123/2006 - Vigência 2018 ✓Novas tabelas, faixas de receita bruta, alíquotas e apuração. ✓Deixa de existir o anexo VI e as atividades são distribuídas entre os Anexos III e V. ✓Enquadramento de EPP considera a Receita Bruta superior a R$ 360 mil e igual ou inferior a R$ 4,8 milhões. ✓Na faixa entre R$ 3,6 milhões e R$ 4,8 milhões o ICMS e o ISS não estão contemplados no recolhimento do Simples Nacional. ✓MEI ou empreendedor rural o limite da Receita Bruta passa a até R$ 81 mil. SIMPLES NACIONAL TRIBUTOS ABRANGENTES ✓IRPJ e CSLL ✓COFINS, PIS/Pasep, ICMS, ISS e IPI ✓Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) - INSS VEDAÇÕES AO INGRESSO ✓Receita bruta > R$ 4.800.000,00 (LC 155/16) ✓Algumas atividades ✓Sócio Pessoa Jurídica ✓Sócio PF c/ + 10% no capital de outra empresa e + RB > R$ 4.800.000,00 ✓Sócio PF em mais de uma empresa Simples Nacional e + RB > R$ 4.800.000,00 ✓Sócio Administrador em outra empresa e + RB > R$ 4.800.000,00. IRPJ - LUCRO PRESUMIDO NÃO PODEM OPTAR: ✓Receita superior a R$ 78 milhões (Lei 12.814/2013); ✓Lucros e rendimentos do exterior; ✓Isenção ou redução; ✓Regime da estimativa; ✓Atividades financeiras; ✓Factoring. DICA Quando o limite é atingido a cisão parcial pode ser uma alternativa de planejamento. IRPJ – LUCRO REAL Estão obrigadas à tributação com base no Lucro Real, as pessoas jurídicas: ▪ Cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00, ou R$ 6.500.000,00 multiplicado pelo numero de meses do período, quando inferior a doze meses, a partir de 01/01/2014; ▪ Cujas atividades sejam bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de créditos, financiamentos e investimentos, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; ▪ Que tiverem lucros, rendimentos e ganhos de capital oriundos do exterior; IRPJ - LUCRO REAL ▪ Que usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução de impostos; ▪ Que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal por estimativa ou tenham reduzido ou suspendido o pagamento mensal por estimativa, mediante levantamento do balanço ou balancete específico para esse fim; ▪ Que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); IRPJ - LUCRO REAL ▪ Que exerçam atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis, enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de custos orçados; e ▪ Sociedade de propósito especifico (SPE) constituída, exclusivamente, por ME ou EPP optantes pelo Simples Nacional, na forma do que dispõe o artigo 56 da Lei complementar 123/2006, com redação da Lei Complementar 128/2008. IRPJ - LUCRO REAL De acordo com o Ato Declaratório 5 SRF/2001, a hipótese de obrigatoriedade de tributação com base no Lucro Real, não se aplica às pessoas jurídicas que auferirem receitas da exportação de mercadorias e da prestação de serviços no exterior. Para esse efeito, não se considera prestação direta de serviços aquela realizada no exterior por intermédio de filiais, sucursais, agências, representações, coligadas, controladas e outras unidades descentralizadas da pessoa jurídica que lhes sejam, assemelhadas. IRPJ - LUCRO REAL Considera-se Receita Total, para fins de determinação do limite, o somatório (Art. 59, IN 1.700/17): ▪ a receita bruta mensal; ▪ dos ganhos líquidos obtidos em operações realizadas em bolsa de valores, de mercadorias e futuros e em mercado de balcão organizado; ▪ dos rendimentosproduzidos por aplicações financeiras de renda fixa e de renda variável; ▪ das demais receitas e ganhos de capital; ▪ das parcelas de receitas auferidas nas exportações às pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecida que excederem o valor já apropriado na escrituração da empresa; e ▪ dos juros sobre o capital próprio que não tenham sido contabilizados como receita financeira. LUCRO REAL Verifica-se de imediato que, o ponto de partida para determinação do Lucro Real é o resultado líquido apurado na escrituração comercial. As pessoas jurídicas tributadas com base no Lucro Real são obrigadas a manter a escrituração fiscal em boa ordem e guarda com a estrita observância das leis comerciais e fiscais e dos princípios contábeis geralmente aceitos. LUCRO REAL ▪ Lucro Contábil - É o lucro líquido do exercício apurado na DRE de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade Geralmente Aceitos e em conformidade com o artigo 187 da Lei 6.404/76. ▪ Lucro Fiscal - Constitui-se na base de cálculo para o cálculo do imposto de renda com base no Lucro Real. Apuração do Lucro Real ▪ Lucro Fiscal - É o lucro apurado no Livro de Apuração do Lucro Real, após as Adições, Exclusões e Compensações permitidas pela legislação. ▪ e-LALUR/e-LACS - Livro Eletrônico de Escrituração e Apuração do IRPJ e da CSLL da PJ Tributada pelo Lucro Real - É obrigatório para as pessoas jurídicas tributadas com base no Lucro Real. O livro é dividido em duas partes: A e B. LUCRO REAL Condições de Dedutibilidade dos Custos e Despesas para apuração da base de cálculo do Imposto de Renda Para que um custo ou uma despesa possa ser considerado dedutível, é necessário o atendimento das seguintes condições: ▪ ser necessário para a atividade da empresa e a manutenção da respectiva fonte produtora de receitas; ▪ ser normal e usual; e ▪ estar documentado e devidamente contabilizado. LUCRO REAL LALUR - Parte A (Registra a composição do Lucro Real) Lucro antes do Imposto de Renda – Apurado DRE ( + ) Adições ao Lucro Líquido Despesas que o fisco não aceita como dedutíveis. ( - ) Exclusões ao Lucro Líquido Receitas que o fisco não tributa. ( = ) Lucro antes da Compensação do Prejuízo Fiscal ( - ) Compensação do Prejuízo Fiscal ( = ) Lucro Real ou Lucro Tributável LUCRO REAL ▪ Adições ao Lucro São despesas realizadas (contabilizadas) pelas empresas, mas não consideradas como dedutíveis para apuração da base de cálculo para pagamento do Imposto de Renda. ▪ Exclusões do Lucro São as receitas auferidas (contabilizadas) pelas empresas, mas que não são tributadas pela legislação. ▪ Compensações A legislação admite que, prejuízos fiscais apurados anteriormente possam ser compensados com lucros futuros. Essa compensação está limitada a 30% (trinta por cento) do Lucro Fiscal apurado no período base e atualmente não tem prazo de prescrição. LUCRO REAL Prejuízo Fiscal Quando a empresa apura no LALUR, após Exclusões e Adições, um resultado negativo. Exemplo: LALUR – Parte A Lucro antes do IR/CSLL 100.000 (+) adições ao lucro 5.000 (- ) exclusões do lucro (120.000) (=) Prejuízo Fiscal ( 15.000) Poderá ser compensado com Lucro Fiscal dos períodos seguintes. LUCRO REAL LALUR - Parte B Controla as diferenças temporárias, ou seja, todos os lançamentos que podem afetar a base fiscal de períodos posteriores. Todas as Despesas que representem adições temporárias devem ser registradas na Parte B, pois em algum período seguinte, esta despesa será dedutível para fins fiscais e, com o adequado controle na parte B do LALUR, a exclusão pode ser feita sem nenhuma preocupação. Esta parte também controla o valor do Prejuízo Fiscal. LUCRO REAL ALÍQUOTAS Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) ▪ 15% sobre o Lucro Fiscal ▪ 10 % de Adicional sobre o Lucro Fiscal que superar R$ 20.000,00 no mês, R$ 60.000,00 no trimestre e R$ 240.000,00 no ano. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) ▪ 9% sobre o Lucro Fiscal ▪ 15% no caso das pessoas jurídicas de seguros privados, as de capitalização e as referidas nos incisos I a XII do § 1º do art. 1º da Lei Complementar nº. 105/2001, conforme Lei 11.727/2008. LUCRO REAL Adições à base de cálculo Definitivas/Permanentes Adições à base de cálculo Temporárias Despesa que não é aceita como dedutível agora, nem será num período futuro. Exemplo: multas fiscais não compensatórias, multa de trânsito, despesas particulares de diretores, resultado de equivalência patrimonial (despesas), despesas com brindes. Despesa que não é aceita no momento como dedutível pelo fisco, por não preencher determinados requisitos, porém será preenchido em outro período. Exemplo: qualquer provisão (contingências trabalhistas e outras), exceto provisões para férias, 13º salário e técnicas, ágio na aquisição de investimentos. LUCRO REAL Exclusões Definitivas Exclusões Temporárias Receita que não é tributada agora nem será tributada em períodos futuros. Exemplo: Receita auferida pela Equivalência Patrimonial, dividendos recebidos pelo método do custo. Despesa que o fisco aceita como dedução fiscal antes do seu reconhecimento contábil para reduzir o lucro tributável. Quando ocorrer o efetivo registro na contabilidade, esta despesa não poderá ser aceita pelo fisco, uma vez que já foi considerada dedutível no período anterior. Exemplo: Despesa com a exploração do petróleo cru, mesmo antes de registrar a despesa. IRPJ - EXEMPLO HISTÓRICO R$ Lucro do exercício ANTES da despesa da CSLL 10.000.000 Despesa de CSLL (631.071) Lucro do exercício DEPOIS da despesa da CSLL 9.368.929 Total das Adições: 917.071 . Despesa de CSLL 631.071 . Depreciação acelerada incentivada – reversão 48.000 . Resultado negativo de equivalência patrimonial 53.000 . Provisões indedutíveis (período em curso) 95.000 . Amortização de ágio 90.000 Total das Exclusões: (186.000) . Resultado positivo de equivalência patrimonial (70.000) . Provisões indedutíveis (períodos anteriores) (68.000) . Amortização de deságio (48.000) Base de cálculo antes das compensações 10.100.000 Compensação de prejuízos fiscais - 30% (3.030.000) Lucro Real/ base de cálculo tributável 7.070.000 IRPJ - EXEMPLO HISTÓRICO R$ Lucro real/ base de cálculo tributável 7.070.000 IRPJ devido a 15% 1.060.500 Adicional do IRPJ devido ( 10% ) 683.000 Deduções do IRPJ devido: . PAT ( 4% X 1.060.500) (42.420) . Isenção e/ou redução (610.653) IRPJ a pagar 1.090.427 IRRF (212.000) Pagamentos por estimativa (450.000) IRPJ pago a maior em períodos anteriores (50.000) Saldo de IRPJ a pagar 378.427 CSLL - EXEMPLO HISTÓRICO R$ Lucro do exercício ANTES da provisão da CSLL 10.000.000 Total das Adições: 148.000 . Resultado negativo de equivalência patrimonial 53.000 . Provisões indedutíveis (período em curso) 95.000 Total das Exclusões: (138.000) . Resultado positivo de equivalência patrimonial (70.000) . Provisões indedutíveis (períodos anteriores) (68.000) Base de cálculo antes das compensações 10.010.000 Compensação de base negativa - 30% * (3.003.000) Base de cálculo tributável 7.007.000 CSLL devida ( 9%) 630.630 CSLL retida na fonte (10.000) Pagamentos por estimativa (216.000) CSLL paga a maior em períodos anteriores (24.000) Saldo de CSLL a pagar 380.630 * A Sociedade possui base negativa de CSLL acumulada em R$ 3.200.000,00.’ LUCRO REAL ANUAL- ESTIMATIVA MENSAL A PJ sujeita à tributação com base no Lucro Real, alternativamente à sistemática de sua apuração trimestral, poderá optar pelo pagamento mensal do imposto por estimativa e determinar o Lucro Real apenas em 31 de dezembro do ano calendário. A diferença entre o imposto devido com base no Lucro Real anual e o somatório das importâncias pagas por estimativa será: ▪ se positivo, pago em quotaúnica até o último dia do mês de março do ano subsequente, acrescido de juros equivalentes (juros Selic mais 1%); e ▪ se negativo, poderá ser objeto de restituição ou de compensação, porém com a edição da Lei 13.670/2018, débitos relativos ao pagamento mensal por estimativa do imposto sobre a renda da pessoa jurídica não poderão ser objeto de compensação. LUCRO REAL - ESTIMATIVA Percentual por Atividade Base de Cálculo para Apuração do Imposto Atividade Alíquota IR Alíquota CSLL Revenda de Combustíveis 1,6% 12% Serviços hospitalares / transporte de cargas 8,0% 12% Serviços com faturamento anual de até R$ 120.000,00 16,0% 32% Demais Serviços 32,0% 32% Intermediação de negócios, administração de imóveis, locação de bens móveis. 32,0% 32% Comércio e Indústria 8,0% 12% Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis. 8,0% 12% Empresas da área financeira, seguradoras e previdência privada. 15,0% 12,0% Empresas com mais de uma atividade: aplica-se o % correspondente a cada atividade. LUCRO REAL - ESTIMATIVA Compreende-se como Lucro Estimado, em cada mês, o montante determinado pela SOMA das seguintes parcelas: A. o valor resultante da aplicação dos percentuais fixados pela legislação vigente sobre a Receita Bruta, deduzida das devoluções, das vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos; e B. os ganhos de capital, demais receitas e os resultados positivos correspondentes a receitas não abrangidas pela letra A. Os percentuais a serem aplicados, de acordo com a atividade desenvolvida, são os mesmos aplicados para apuração do imposto com base no Lucro Presumido. LUCRO REAL - ESTIMATIVA VALORES EXCLUÍDOS NA RECEITA BRUTA Vendas Canceladas, devolvidas ou anuladas. Descontos Incondicionais IPI, quando registrado como receita de vendas. ICMS Substituição Tributária VALORES QUE NÃO INTEGRAM A BASE DE CÁLCULO Resultado de Equivalência Patrimonial Dividendos pelo Método do Custo LUCRO REAL - ESTIMATIVA Apuração Mensal Janeiro R$ Fevereiro R$ Março R$ Receita 100.000 120.000 Percentual Estimado 8% 8% Base de Cálculo 8.000 9.600 Alíquota 15% 1.200 1.440 IR PAGO ACUMULADO: R$ 1.200 + R$ 1.440 = R$ 2.640 LUCRO REAL - ESTIMATIVA Apuração Mensal Março - R$ Receita 150.000 Percentual Estimado 8% Base de Cálculo 12.000 Alíquota 15% 1.800 Balanço / Balancete Jan a Mar Lucro Contábil = Fiscal R$ 20.000 Alíquota 15% R$ 3.000 Já pagou R$ 2.640 Redução do Pagamento R$ 1.440 Balanço / Balancete Jan a Mar Lucro Contábil = Fiscal R$ 15.000 Alíquota 15% R$ 2.250 Já pagou R$ 2.640 Suspensão do Pagamento R$ 1.800 LUCRO REAL - ESTIMATIVA Diferenças entre o cálculo do Lucro Real por Estimativa e do Lucro Presumido O cálculo do IR e da CSLL por estimativa segue basicamente a mesma estrutura do Lucro Presumido, exceto quanto os rendimentos ou ganhos já tributados pelo IR, que são acrescidas apenas na base da CSLL e as deduções dos Incentivos Fiscais da base do IR. ✓Receitas de aplicações financeiras que já sofreram tributação na fonte, que não entram no cálculo do IR por estimativa, mas entram no Lucro Presumido; e ✓Os incentivos fiscais que podem ser deduzidos na estimativa e não podem ser deduzidos no Lucro Presumido. LUCRO REAL TRIMESTRAL versus LUCRO REAL ANUAL Real Trimestral R$ 1º Trimestre – Lucro Real IR = 100.000 x 15% 100.000 15.000 2º Trimestre – Lucro Real IR = 50.000 x 15% 50.000 7.500 3º Trimestre – Lucro Real IR = 70.000 x 15% 70.000 10.500 4º Trimestre – Prejuízo Fiscal IR = 0 (150.000) IR pago no ano 33.000 Real Anual R$ 1º Trimestre – Lucro Real 100.000 2º Trimestre – Lucro Real 50.000 3º Trimestre – Lucro Real 70.000 4º Trimestre – Prejuízo Fiscal (150.000) Base de Cálculo Anual 70.000 IR 15% 10.500 (-) Antecipações / Estimativas (=) IR a pagar ou a restituir ao final do exercício ???? LUCRO REAL TRIMESTRAL versus LUCRO REAL ANUAL Real Trimestral R$ 1º Trimestre – Prejuízo Fiscal IR = 0 (150.000) 2º Trimestre – Lucro Real Compensação Prejuízo = 30.000 IR = 100.000 – 30.000 x 15% 100.000 10.500 3º Trimestre – Lucro Real Compensação Prejuízo = 15.000 IR = 50.000 – 15.000 x 15% 50.000 5.250 4º Trimestre – Lucro Real Compensação Prejuízo = 21.000 IR = 70.000 – 21.000 x 15% 70.000 7.350 IR pago no ano 23.100 Real Anual R$ 1º Trimestre – Prejuízo Fiscal (150.000) 2º Trimestre – Lucro Real 100.000 3º Trimestre – Lucro Real 50.000 4º Trimestre – Lucro Real 70.000 Base de Cálculo Anual 70.000 IR 15% 10.500 (-) Antecipações (=) IR a pagar ou a restituir ao final do exercício ???? Saldo do Prejuízo Fiscal = 150.000 – 30.000 – 15.000 – 21.000 = 84.000 LUCRO PRESUMIDO NECESSIDADE DE ESCRITURAÇÃO FISCAL A PJ habilitada à opção pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido deverá manter escrituração contábil nos termos da legislação comercial. Poderá ficar dispensada da escrituração contábil a pessoa jurídica que, no decorrer do ano-calendário, mantiver Livro Caixa, no qual deverá ser escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária. Essa dispensa de escrituração é apenas para fins de legislação do IR, sendo que nada impede que, por exemplo, o INSS exija escrituração contábil com o objetivo de apurar a contribuição patronal devida à previdência social. LUCRO PRESUMIDO Em qualquer caso a Pessoa Jurídica deverá: ▪Caso se dedique a atividades industriais ou comerciais, escriturar o Livro de Registro de Inventário, no qual deverão constar os estoques existentes de cada produto no término do ano- calendário; e ▪Manter, em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhe sejam pertinentes, todos os livros obrigatórios por legislação específica, bem como todos os documentos e demais papéis que serviram de base para a escrituração comercial e fiscal. LUCRO PRESUMIDO O Lucro Presumido será o montante determinado pela soma SOMA das seguintes parcelas: ▪O valor resultante da aplicação de percentuais, variáveis conforme o ramo de atividade da pessoa jurídica, sobre a receita bruta auferida nos trimestres civis de cada ano-calendário; e ▪Os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras e todos os resultados positivos decorrentes de receitas de atividades acessórias da pessoa jurídica. LUCRO PRESUMIDO Valores EXCLUÍDOS da Base de Cálculo do Lucro Presumido Vendas Canceladas, devolvidas ou anuladas. Descontos Incondicionais Concedidos IPI, quando registrado como receita de vendas. ICMS Substituição Tributária Valores QUE NÃO INTEGRAM a Base de Cálculo do Lucro Presumido Resultado de Equivalência Patrimonial Dividendos pelo Método do Custo LUCRO PRESUMIDO Valores que serão ADICIONADOS à base de Cálculo do Lucro Presumido Ganho de capital percebido em decorrência da alienação de bens e direitos do Ativo Não Circulante (Investimento, Imobilizado e Intangível). Rendimentos e ganhos auferidos em aplicação financeira de renda fixa e Variável. Juros sobre o capital próprio. Receita de locação de imóvel, quando este não for o objeto da empresa. Rendimentos e ganhos contratos de mútuo. Juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia – Selic, para os títulos federais que serão restituídos ou compensados. Outros, conforme legislação em vigor. LUCRO PRESUMIDO Percentual por Atividade Base de Cálculo para Apuração do Imposto Atividade Alíquota IR Alíquota CSLL Revenda de Combustíveis 1,6% 12% Serviços hospitalares / transporte de cargas 8,0% 12% Serviços com faturamento anual de até R$ 120.000,00 16,0% 32% Demais Serviços 32,0% 32% Intermediação de negócios, administração de imóveis, locação de bens móveis. 32,0% 32% Comércio e Indústria 8,0% 12% Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis. 8,0% 12% Empresas da área financeira, seguradoras e previdênciaprivada. 15,0% 12,0% Empresas com mais de uma atividade: aplica-se o % correspondente a cada atividade. LUCRO PRESUMIDO Notas: ▪ Na opção pelo Lucro Presumido não há compensação de prejuízo fiscal apurado pelo Lucro Real em períodos anteriores. A compensação poderá ocorrer quando a empresa retornar ao Lucro Real. ▪ O Imposto de Renda pago como antecipação (retenção) poderá ser compensado do valor do imposto apurado. ASPECTOS DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NO LUCRO PRESUMIDO O Lucro Presumido pode permitir planejamento fiscal e como o percentual de lucro é fixo, o planejamento deve levar em conta: 1. se o percentual de cada atividade pode ser reduzido, dentro da tabela, que vai de 1,6% a 32% de presunção de lucro; 2. se há como reduzir o adicional de 10% do IRPJ, para o Lucro Presumido trimestral acima de R$ 60.000, mediante desmembramento em nova empresa; 3. se os balancetes demonstram que esta sistemática é vantajosa ou não e a possibilidade de utilizar incentivos fiscais em relação ao Lucro Real; 4. a adoção do regime de caixa, para fins de tributação; 5. a alíquota do PIS que passa de 0,65% para 1,65% e, da COFINS que passa de 3% para 7,6%, para os optantes pelo Lucro Real; e 6. incluir uma atividade no objeto social tornando determinada receita como principal ao invés de outras receitas que não seria presumida. IRPJ - OPÇÃO PELA MODALIDADE DE TRIBUTAÇÃO A OPÇÃO DEVE SER FEITA COM O PAGAMENTO DA PRIMEIRA (OU ÚNICA) QUOTA DO IMPOSTO CORRESPONDENTE AO PRIMEIRO PERÍODO DE APURAÇÃO E SERÁ DEFINITIVA PARA TODO O ANO CALENDÁRIO. COMO FUGIR DA OPÇÃO MAL FEITA HIPÓTESE 1: ▪ A empresa fez a opção pelo Simples Nacional, pois os valores de sua folha de pagamento representavam um percentual elevado com relação a sua receita; ▪ No entanto, seu faturamento mensal cresceu significativamente, tornando a opção pelo Lucro Presumido como a melhor, além da possibilidade de ultrapassar o limite de faturamento permitido; e ▪ A empresa inclui em seu objeto social atividades impeditivas no Simples Nacional e/ou inclui sócio pessoa jurídica. Neste caso, ela evitaria, inclusive, penalidades em caso do início das atividades da empresa e a receita bruta superior a 20% dos limites de exclusão. COMO FUGIR DA OPÇÃO MAL FEITA HIPÓTESE 2: ▪ A empresa fez a opção pelo Lucro Presumido, pois tinha excelente margem de lucro; ▪ No entanto, pelo meio do ano, verifica que sua margem de lucro diminuiu e que teria sido melhor a opção pelo Lucro Real; e ▪ A empresa abre filial no exterior e obtém rendimentos da mesma, ficando obrigada ao sistema do Lucro Real, a partir, inclusive, do trimestre da ocorrência do fato. COMO FUGIR DA OPÇÃO MAL FEITA HIPÓTESE 3: ▪ A empresa optou pelo Lucro Presumido. Pagou o 1º. DARF em 30 de abril, e no mês de maio verificou que está com prejuízo; ▪ Pode fazer o Auto-arbitramento do lucro dos meses de janeiro a abril (RIR 531), e a partir de maio optar pelo Lucro Real, realizando um balanço de abertura em sua contabilidade; e ▪ Ônus: base de cálculo do IR terá um acréscimo de 20% (532 do RIR). REGRAS DE PLANEJAMENTO NA TRANSIÇÃO DE REGIMES ▪ Balanço de abertura quando da transição do Lucro Presumido para o Lucro Real. ▪ O levantamento deve incluir todos os bens do ativo, o patrimônio líquido e as obrigações; as duplicatas a receber podem ser integralmente contabilizadas, mesmo as que estão há mais de 6 meses vencidas, para permitir dedução como despesa de crédito incobrável. ▪ Os bens do Ativo Imobilizado que receberam benfeitorias e acréscimos devem ser contabilizados pelos valores acrescidos, gerando mais despesas de depreciação nos exercícios subsequentes. LUCRO ARBITRADO HIPÓTESES DE ARBITRAMENTO ▪ A opção pelo Lucro Presumido for considerada indevida. ▪ Possíveis sinais de fraude, vícios ou equívocos na escrituração, de maneira que a impossibilitam de efetuar a identificação das movimentações financeiras ou até mesmo de estipular o Lucro Real. ▪Quando o contribuinte, que é obrigado ao Lucro Real, não efetuar a escritura ou também não realiza a elaboração das demonstrações fiscais; LUCRO ARBITRADO HIPÓTESES DE ARBITRAMENTO ▪ Caso os livros contábeis não forem devidamente mantidos em ordem por parte do contribuinte. ▪ Caso empresas que tenham atuação em outros países não comunicarem da maneira correta as suas contas para a autoridade tributária. ▪ Se não forem apresentados para autoridade tributária livros e outros documentos da escrituração fiscal e comercial. ▪ Se o representante de uma empresa do exterior que atua no Brasil não comunicar os seus lucros de forma separada do lucro domiciliado no exterior. LUCRO ARBITRADO O Arbitramento do Lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do Imposto de Renda utilizada pela autoridade tributária. Em regra geral, a iniciativa do Arbitramento do Lucro compete à autoridade fiscal. No entanto, o contribuinte poderá antecipar-se à ação do Fisco, procedendo ao Auto-arbitramento do lucro, desde que a Receita Bruta seja conhecida e a empresa esteja enquadrada nas hipóteses previstas na legislação. IRPJ - LUCRO ARBITRADO BASE DE CÁLCULO ▪% da Lucro Presumido (+) 20% ▪Outros Elementos Patrimoniais CUIDADO O Arbitramento não exclui a aplicação das penalidades cabíveis. LUCRO ARBITRADO IR - Receita Bruta Conhecida Inicialmente, deverá ser determinada a parcela resultante da aplicação do percentual correspondente sobre a receita bruta da atividade da empresa auferida no trimestre. Percentuais Aplicáveis Revenda de mercadorias, venda de produtos de fabricação própria, prestação de serviços hospitalares, transporte de cargas, representação comercial por conta própria, atividade imobiliária, atividade rural, industrialização por encomenda, venda através de agente ou representante de empresa estrangeira. 9,6% Prestação de serviços em geral, inclusive profissão legalmente regulamentada, Intermediação de negócios, administração, locação ou cessão de bens móveis e imóveis, administração de consórcios de bens duráveis, cessão de direitos de qualquer natureza, factoring, construção por administração ou por empreitada unicamente de mão-de-obra. 38,4% Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural. 1,92% Demais serviços de transportes. 19,2% As empresas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00, poderão utilizar, para determinação do Lucro Arbitrado trimestral, o percentual de 19,2%. Essa redução não se aplica a prestadoras de serviços de profissão legalmente regulamentada. LUCRO ARBITRADO CSLL - Receita Bruta Conhecida Inicialmente, deverá ser determinada a parcela resultante da aplicação do percentual correspondente sobre a receita bruta da atividade da empresa auferida no trimestre. Percentuais Aplicáveis Revenda de mercadorias, venda de produtos de fabricação própria, prestação de serviços hospitalares, transporte de cargas, representação comercial por conta própria, atividade imobiliária, atividade rural, industrialização por encomenda, venda através de agente ou representante de empresa estrangeira. 12% Prestação de serviços em geral, inclusive profissão legalmente regulamentada, intermediação de negócios, administração, locação ou cessão de bens móveis e imóveis, administração de consórcios de bens duráveis, cessão de direitos de qualquer natureza, factoring, construção por administração ou por empreitada unicamente de mão-de-obra. 32% Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural. 12% Demais serviços de transportes. 12% LUCRO ARBITRADO IR - Receita Bruta NÃO Conhecida Quando a receita bruta da pessoa jurídica for desconhecida, a autoridade lançadora poderá, de acordo com a natureza do negócio, arbitrar o lucro mediante a utilização de uma das seguintes alternativas de cálculo. 1,5Do Lucro Real referente ao último período em que a pessoa jurídica manteve escrituração de acordo com as leis comerciais e fiscais. 0,04 Do ativo total existente no último balanço. 0,07 Do valor do capital. 0,05 Do patrimônio líquido, constante do último balanço. 0,4 Das compras das mercadorias efetuadas no último mês. 0,4 Da soma, em cada mês, dos valores da folha de pagamento dos empregados e das compras de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagens. 0,8 Da soma dos valores devidos no mês a empregados. 0,9 Do valor mensal do aluguel devido. LUCRO ARBITRADO CSLL - Receita Bruta NÃO Conhecida Inicialmente, deverá ser determinada a parcela resultante da aplicação do percentual correspondente sobre a receita bruta da atividade da empresa auferida no trimestre. Percentuais Aplicáveis Revenda de mercadorias, venda de produtos de fabricação própria, prestação de serviços hospitalares, transporte de cargas, representação comercial por conta própria, atividade imobiliária, atividade rural, Industrialização por encomenda, venda através de agente ou representante de empresa estrangeira. 12% Prestação de serviços em geral, inclusive profissão legalmente regulamentada, Intermediação de negócios, administração, locação ou cessão de bens móveis e imóveis, administração de consórcios de bens duráveis, cessão de direitos de qualquer natureza, factoring, construção por administração ou por empreitada unicamente de mão-de-obra. 32% Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural. 12% Demais serviços de transportes. 12% REMUNERAÇÃO DOS SÓCIOS PRÓ- LABORE Vantagem É contabilizado como despesa para a empresa tributada pelo Lucro Real. Desvantagem Sócio paga o IR e o INSS (Tabelas) e a empresa o INSS de 20%. REMUNERAÇÃO DOS SÓCIOS LUCROS/DIVIDENDOS Vantagens ▪ É isento do IR (Escrituração Contábil) e do INSS para o sócio. ▪ Não incidem os 20% de INSS para a empresa. Desvantagem Dividendos representam lucros e não despesas para a empresa tributada pelo Lucro Real que pagará IR e CSLL. REMUNERAÇÃO DOS SÓCIOS JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO O sócio pode ser remunerado com valores que são calculados com base em um % do Patrimônio Líquido da empresa. Vantagem É contabilizado como despesa para a empresa tributada pelo Lucro Real que não paga IR nem CSLL. Desvantagens (Lei 9.249/95) ▪ Sócio paga o IR de 15% retido na fonte. ▪ Limite da TJLP e existência de Lucro do Exercício, ou Lucros Acumulados mais Reservas de Lucros, em montante (=) ou (>) a 2 vezes os juros a serem pagos. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO CONCLUSÕES ▪ Não há um planejamento universal; cada situação concreta demanda exame dos detalhes somente a ela peculiares. ▪ Não é possível planejar sem conhecer as peculiaridades de cada caso concreto porque um dado planejamento pode funcionar numa circunstância e não em outra. ▪ Não há planejamento que deva ser descartado assim como não o há que deva ser acolhido sem antes medidos os seus efeitos, o que pressupõe a elaboração de cálculos e apuração quantitativa desses efeitos em cada variável apresentada a fim de se permitir optar por aquela capaz de exibir melhor resultado. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO CONCLUSÕES ▪ Os custos do planejamento devem ser encarados pelo empresário como um investimento que lhe pode trazer consideráveis resultados, razão pela qual deve ser adotado como prática recorrente na gestão empresarial; ▪ Qualquer planejamento tributário pode e deve assumir como viável a constituição, fusão, incorporação, cisão ou mesmo extinção de empresas, concluindo-se que a maioria dos planejamentos tributários traz subjacente o planejamento societário. TERCEIRA PARTE Principais aspectos da tributação vinculada às operações e/ou faturamento das empresas. PIS - Programa de Interação Social e COFINS -Contribuição para Financiamento da Seguridade Social Fato Gerador Obter Receita Apuração Mensal Regime Incidência Cumulativa LUCRO PRESUMIDO Base de Cálculo = Receita Bruta (–) Deduções Permitidas Regime Incidência Não- cumulativa LUCRO REAL Base de Cálculo = Receita Bruta (–) Deduções Permitidas (+) Outras Receitas ( - ) CRÉDITOS PIS/PASEP - COFINS PIS/PASEP E COFINS - ALÍQUOTAS ALÍQUOTAS PIS/PASEP COFINS Lucro Presumido Lucro Real Lucro Presumido Lucro Real Cumulativa 0,65% Não-cumulativa 1,65% Cumulativa 3% e 4% Não-cumulativa 7,6% OBS: 4% - Corretora de Seguros Bases de Cálculo Lucro Presumido - Outras receitas não incidem na base de cálculo e não utilizam créditos. Lucro Real - Outras receitas incidem e utilizam créditos. PIS/PASEP E COFINS – BASE DE CÁLCULO EXCLUSÕES da Base de Cálculo Vendas Canceladas, devolvidas ou anuladas. Descontos Incondicionais Concedidos IPI, quando registrado como receita de vendas. ICMS Sobre Vendas e ICMS Substituição Tributária NÃO INTEGRAM a Base de Cálculo Reversão de Provisões Dividendos pelo Método do Custo Recuperação de Créditos Baixados como Perda, que Não Represente Ingressos de Novas Receitas Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial Lucros e Dividendos Recebidos pelo Método de Custo Ganho de Capital Percebido em Decorrência da Alienação de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante (Investimento, Imobilizado e Intangível) Outras, no caso do Regime de Não-cumulatividade. PIS/PASEP E COFINS – RECEITAS FINANCEIRAS Decreto Nº 8.426, de 1º de Abril de 2015 Restabelece as alíquotas para o PIS/PASEP e a COFINS sobre Receitas Financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de Apuração Não-cumulativa e mantem as alíquotas aplicáveis aos Juros sobre o Capital Próprio, a partir de Julho 2015. INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA - ALÍQUOTAS PIS/PASEP COFINS Receitas Financeiras Juros sobre o Capital Próprio Receitas Financeiras Juros sobre o Capital Próprio 0,65% 1,65% 4% 7,6% PIS E COFINS – CRÉDITOS Eventos que geram CRÉDITOS referentes a Bens, a Custos e a Despesas no mês: ▪ bens adquiridos no mês para revenda; ▪ bens e serviços utilizados como insumos na fabricação de produtos destinados a venda ou na prestação de serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes; ▪ dos bens recebidos em devolução, no mês, cuja receita de venda tenha integrado o faturamento do mês ou de mês anterior, e tenha sido tributada no regime de incidência não- cumulativa. ▪ energia elétrica; ▪ aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, utilizados nas atividades da empresa; ▪ a contraprestação de operações de arrendamento mercantil pagas a pessoa jurídica, exceto quando esta for optante pelo Simples Nacional; ▪ a armazenagem de mercadorias e frete na operação de venda, quando o ônus for suportado pelo vendedor; e ▪ depreciação e amortização de bens do ativo imobilizado adquiridos no País para utilização na venda ou na prestação de serviços e edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados na atividade da empresa. PIS E COFINS – CRÉDITOS ENTENDE-SE COMO INSUMOS UTILIZADOS NA FABRICAÇÃO OU PRODUÇÃO DE BENS DESTINADOS À VENDA ▪ As matérias primas, os produtos intermediários, o material de embalagem e quaisquer outros bens que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação, desde que não estejam incluídas no ativo imobilizado; e ▪ os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na produção ou fabricação do produto. UTILIZADOS NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ▪ Os bens aplicados ou consumidos na prestação de serviços, desde que não estejam incluídos no ativo imobilizado; e ▪ os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na prestação do serviço. PIS E COFINS – CRÉDITOS Os créditos só podem ser apurados em relaçãoaos bens , aos custos e as despesas vinculados a receitas sujeitas à Incidência Não-cumulativa. Quando se possui duas formas de apuração, os bens, os custos e as despesas deverão ser determinados por critérios de apropriação direta (contabilidade de custos integrada e coordenada com a escrituração) ou rateio proporcional, a critério da pessoa jurídica. PIS E COFINS - RECEITAS NÃO ENQUADRADAS NO REGIME DA INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA Exemplos de Receitas excluídas do Regime de Incidência Não-cumulativa, mesmo que a empresa seja tributada pela modalidade Lucro Real: ▪ serviços de telecomunicações; ▪ transporte coletivo rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros; ▪ transporte aéreo; ▪ empresas jornalísticas e de radiodifusão; ▪ jornais e periódicos; e ▪ outras conforme legislação vigente. PIS E COFINS - RECEITAS NÃO ENQUADRADAS NO REGIME DA INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA Créditos de Receitas Excluídas do Regime de Incidência Não-cumulativa Ainda que a PJ esteja submetida ao Regime de Incidência Não-cumulativa (Lucro Real), as receitas constantes do art. 8º da Lei nº 10.637, de 2002, e do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003, observado o disposto no art. 15 desta última Lei, estão excluídas desse regime, o que significa também que os custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas não geram direito ao desconto de créditos. PIS E COFINS – CRÉDITOS NA EXPORTAÇÃO ▪ A pessoa jurídica que aufira receitas decorrentes de operações de exportação de mercadorias para o exterior, prestação de serviços à pessoa física ou jurídica domiciliada no exterior, com pagamento em moeda conversível, e vendas a empresa comercial exportadora, poderá calcular os créditos em relação a custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas. ▪ Somente gera direito aos créditos os custos, despesas e encargos vinculados às receitas de exportação de produtos ou de prestação de serviços, que estariam sujeitas à Incidência Não- cumulativa, caso as vendas fossem destinadas ao mercado interno. PIS E COFINS - CRÉDITOS ▪ O aproveitamento de créditos não ensejará atualização monetária ou incidência de juros sobre os respectivos valores. ▪ O crédito não aproveitado em determinado mês pode ser utilizado nos meses subsequentes. ▪ O valor dos créditos apurados não constitui receita bruta da pessoa jurídica, servindo somente para dedução do valor devido da contribuição. ▪ As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota zero ou não-incidência do PIS e da COFINS não impedem a manutenção, pelo vendedor, dos créditos vinculados a essas operações. O saldo credor acumulado ao final de cada trimestre do ano-calendário em virtude dessa hipótese poderá ser objeto de compensação com débitos próprios ou ressarcimento, conforme disposto na Lei nº 11.116, de 2005. IPI - LEGISLAÇÕES Lei Nº 4.502, de 30 de Novembro de 1964 - Dispões sobre o Imposto de Consumo e reorganiza a Diretoria de Rendas Internas. Decreto Nº 7.212, de 15 de Junho de 2010 - Regulamenta a cobrança, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI. Decreto Nº 10.923, de 30 de Dezembro de 2021 – Aprova a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS- IPI Modifica a natureza, importa na obtenção de nova espécie. Transformação Altera o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência. Beneficiamento Reunião de peças ou partes, resulta em novo produto ou unidade autônoma. Montagem Altera a apresentação do produto, colocação de embalagem comercial. Acondicionamento Renova ou restaura produto usado, deteriorado ou inutilizado. Renovação IPI - CLASSIFICAÇÃO TARIFÁRIA Para onde quer que se olhe, oportunidades de planejamento podem estar visíveis na empresa ou escondidas dentro das etapas operacionais que constituem o empreendimento. Até a classificação fiscal oferece oportunidade de planejamento ao possibilitar o enquadramento de um dado produto numa alíquota menor do IPI, em relação àquela praticada pelos concorrentes. IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - ICMS ▪ Imposto que incide sobre o consumo. ▪ Será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas operações anteriores. ▪ Poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços. A seletividade não é impositiva, como no IPI. ICMS - LEGISLAÇÃO ▪ Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996 (Lei Kandir), alterada pela Lei Complementar nº 190, de 4 de janeiro de 2022 Dispõe sobre o imposto dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, e dá outras providências. ▪ Regulamento do ICMS - por Estado ICMS – CONVÊNIOS ▪ São acordos ajustados em reuniões, pelos secretários de Fazenda Estaduais e do Distrito Federal, com a presença do Ministro de Fazenda Nacional. Esta reunião se realiza periodicamente sob a égide de um órgão denominado CONFAZ – Conselho Nacional de Política Fazendária. ▪ Os convênios são firmados para atender o disposto no artigo 155,§ 2º, inciso XII, alínea “g”, da CF/88. ▪ A LC 24, de 24/01/1975 que regula a forma como os convênio serão concedidos, foi recepcionada pela Constituição atual. ▪ Os Convênio do ICMS têm por finalidade a concessão ou revogação de isenções e outros benefícios fiscais relativos ao ICMS, que após celebrados deverão ser ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal. ICMS – PROTOCOLOS ▪ A celebração do Protocolo, que tem como base legal no Regimento do Confaz e destina-se a estabelecer procedimentos fiscais comuns entre as Unidades da Federação, visa otimizar o controle e a fiscalização de determinadas operações e não pode dispor sobre benefícios fiscais. ▪ O procedimento para a vigência do Protocolo é mais simples, tendo em vista que após a sua apreciação pela Comissão Técnica Permanente do ICMS (COTEPE/ICMS) será numerado e remetido para publicação, o que já não ocorre com o Convênio que necessita do procedimento da ratificação estabelecido tanto na Lei Complementar nº 24/1975, como no Regimento Interno do Confaz. ICMS - INCIDÊNCIA ▪ Operações de circulação de mercadorias. ▪ Prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal. ▪ Prestações onerosas de serviços de comunicações. ▪ Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência dos municípios. ▪ Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços prevista na lista de serviços. ▪ Mercadoria importada do exterior. ▪ Serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior. ▪ Entrada interestadual de petróleo, lubrificantes e combustíveis dele derivados e de energia elétrica quando for para uso e consumo. ICMS – ALÍQUOTAS Compete ao Senado Federal: ✓Definição das alíquotas interestadual e de exportação; ✓Fixar alíquotas máximas para resolver conflitos dos estados; e ✓Alíquotas mínimas internas. ▪ Alíquota interna na maioria dos estados é de 17% e de 18% em alguns estados e de 18% + 2,0% (FECP) no Estado do Rio de Janeiro. ▪ O Senado Federal através da Resolução 22/89 estabeleceu as alíquotas de 7% e 12% para as operações e prestações interestaduais. ▪ É facultado ao Senado Federal estabelecer alíquotas mínimas e máximas nas operações internas. Até o momento o Senado Federal não se manifestou. Como o Senado Federal não estabeleceu as alíquotas internas, os estados estão com a autonomia de estabelecer as alíquotas que melhor lhe convierem. As alíquotas interna são diversificadas nas unidades da federação. ICMS – ALÍQUOTAS Alíquotas Interestaduais • Interestadual para não contribuinte = % Interna • Interestadualpara contribuintes = % por região REGIÃO NORTE AC, AM, AP, PA, RO, RR, TO NORDESTE AL, BA, CE, MA, PB, PE, PI, RN, SE E ES CENTRO-OESTE DF, GO, MS, MT REGIÃO SUL PR, SC, RS REGIÃO SUDESTE SP, RJ, MG Resolução do Senado Federal 22/89 12%12% 7%7% 12% ICMS - ALÍQUOTAS -2023 Deve ser observado o Regulamento do ICMS de cada Estado para a definição das alíquotas a serem utilizadas quando o destinatário não for contribuinte do ICMS e sobre produtos com alíquotas diferenciadas. A partir de 01.01.2013, a alíquota ICMS, nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior passou a 4% . ICMS - ALÍQUOTAS -2024 ICMS - ALÍQUOTAS Alíquota SP/RJ Operações 7% Operações com materiais ou equipamentos especializados para pessoas portadoras de deficiência física e outras. 12% Arroz, feijão, pão, sal, gado, ave, e outros. 13% Equipamentos e máquinas para modernização e ampliação, fornecimento de alimentação promovido por lanchonetes, restaurantes e similares e outros. 19% Venda de móveis, vestuário, cama, mesa e banho, etc. 25% / 30% Operações com cigarros, charuto, cigarrilha, etc. 25%, 35%, 37%, 60%, 200% Outras operações internas. RECUPERAÇÃO DE IMPOSTOS ▪ São recuperáveis (CRÉDITOS) os impostos não cumulativos, ou seja, aqueles em que se abatem, em cada operação, o montante dos impostos cobrados nas anteriores. ▪ Os impostos recuperáveis (ICMS e IPI) devem ser excluídos do custo de aquisição das mercadorias para revenda e das matérias-primas. ▪ Quando a empresa não recupera o ICMS e/ou IPI, o custo das aquisições incluirá os impostos não-recuperáveis; nessa hipótese, tais tributos representarão custo de aquisição (compra). Vedação do Crédito: Não dão direito a crédito as entradas de mercadorias ou utilização de serviços resultantes de operações ou prestações isentas ou não tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou serviços alheios à atividade do estabelecimento. ICMS - NÃO-CUMULATIVIDADE No regime normal de tributação em cada uma destas etapas HÁ incidência normal do ICMS. Valor Agregado 600+300+200 = 1.100 1.100 x 18% = 198,00 Fabricante Atacadista Varejista Consumidor Final VENDE POR 1.000,00 Compra de MP por 400 1.300,00 1.500,00 X 18%=180,00 ICMS X 18% =234,00 X 18%=270,00 RECOLHE 108,00 (180 -72) 54,00 (234 -180) 36,00 (270-234) Total recebido pelo Estado = 198,00 (108 + 54 + 36) ICMS - CRÉDITOS RECUPERAÇÃO DO ICMS TOTAL ▪ Insumos para produção ▪ Compras para revenda ▪ Compras para imobilizado (recuperação de 1/48 por mês) PARCIAL ▪ Energia elétrica do processo produtivo Prorrogado para 2033 – LC nº 171/2019 ▪ Material de uso e consumo ▪ Energia elétrica integral IPI E ICMS – CRÉDITOS Bens, atividades e situações com direito ao crédito do imposto. Relativo a matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem Materiais consumidos no processo de industrialização Bens do ativo permanente (máquinas, equipamentos etc.) Manutenção do crédito de saídas isentas e não tributáveis. Aquisições de produtos de empresas enquadradas no regime do SIMPLES. IPI ICMS SIMSIM SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO SIM NÃO IPI E ICMS – CRÉDITOS IPI (Manutenção do Crédito) ▪ Empregados na industrialização de produtos remetidos à ZFM; e ▪ Comerciante atacadista não-contribuinte - 50% do valor da NF. ICMS (Vedação ao Crédito) ▪ Isentas ou não tributáveis, exceto exportação. ▪ Mercadorias ou serviços alheios à atividade. ▪ Estabelecimento destinatário diverso. ▪ Idoneidade da documentação e escrituração nos prazos da lei. ▪ Mercadoria deteriorada ou extraviada. ICMS – BASE DE CÁLCULO FORMA: cálculo por dentro e destaque na nota para controle. INCLUI: fretes, seguros, juros, descontos concedidos como bonificação e demais importâncias pagas. EXCLUI: as vendas canceladas, os descontos incondicionais, o IPI e o ICMS ST. ICMS - EMBUTIDO NO PREÇO DA MERCADORIA Atividade Venda ICMS 18% Mercadoria Líquida ICMS sobre Mercadoria Líquida Industria 1.000 180 820 147,60 Atacado 1.300 234 1.066 191,88 Comércio 1.500 270 1.230 221,40 Atividade Venda Base de Cálculo do ICMS ICMS 18% Total NF Industria 1.000 / 1.18 847,46 x 18% 152,54 1.000 Atacado 1.300 / 1.18 1.101,70 x 18% 198,30 1.300 Comércio 1.500 / 1.18 1.271,19 x 18% 228,81 1.500 Alíquota efetiva = 180 / 847,46 = 21,23% 847,46 x 21,24% = 180,00 ICMS – BASE DE CÁLCULO OPERAÇÕES COM IPI ▪Venda da indústria para contribuinte do ICMS o IPI não integra a Base de Cálculo do ICMS. ▪Venda da indústria para consumidor final inclui o IPI na base de cálculo do ICMS, inclusive na compra de imobilizado. Na base de cálculo do IPI considera o ICMS também frete e das demais valores acessórios, mas não se deduz os Descontos Incondicionais. (Decreto 7.212/2010, art.190) ICMS - INCLUSÃO DO IPI NA BASE DE CÁLCULO NÃO INCLUI O IPI INCLUI O IPI Remetente Contribuinte do IPI e ICMS Destinatário Contribuinte do IPI e/ou ICMS FINALIDADE Industrialização Comercialização Remetente Contribuinte do IPI e ICMS Destinatário Contribuinte do IPI e/ou ICMS FINALIDADE Uso e Consumo ICMS - BASE DE CÁLCULO IMPORTAÇÃO SOMA das seguintes parcelas: ▪ Valor da Mercadoria ou Bem ▪ Imposto de Importação - II ▪ Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI ▪ Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros - IOF ▪ Todas as Despesas Aduaneiras ▪ ICMS por dentro ICMS - DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA Haverá complementação do imposto na entrada no estabelecimento do contribuinte de mercadoria recebido de outro estado e for destinado a Consumo ou Ativo Imobilizado. O imposto a pagar será o valor resultante da aplicação do percentual equivalente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, sobre o valor da operação. (§ 2º do Art. 4º da LC 87/96) DIFAL ICMS ▪ O Diferencial de Alíquota do ICMS, é uma solução criada para que o recolhimento desse imposto fosse feito de maneira mais justa entre os Estados. ▪ O DIFAL é pago ao Estado de destino dos bens, incide sobre operações interestaduais e consiste na diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual. Quando o destinatário não é contribuinte do ICMS, a responsabilidade pelo recolhimento é do remetente. Já quando o comprador é consumidor final contribuinte do ICMS, o tributo é devido pelo próprio destinatário. ICMS - DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA PRINCIPAIS MUDANÇAS ▪ Em 2015, o DIFAL passou a partilhar os tributos entre o Estado de origem e o Estado de destino, com isso, afetou transações realizadas por pessoas não contribuintes do ICMS, ou seja, majoritariamente compradores online. ▪ Até o último dia do ano de 2021, o DIFAL vinha sendo regulamentado por cláusulas do Convênio ICMS Nº 93/2015 do CONFAZ, porém, em fevereiro de 2021, o STF decidiu que é inconstitucional estabelecer o DIFAL por meio de Ato Administrativo. De acordo com a corte, para ser válido, o diferencial deveria ser fixado por Lei Complementar. ▪ No dia 05/01/2022, foi publicado a Lei Complementar Nº 190, de 04.01.2022 que autoriza e regulamenta a cobrança do DIFAL a partir de sua publicação. ▪ No dia 06/01/2022, foi publicado o Convênio ICMS Nº 236, de 27.12.2022 do CONFAZ que autoriza e regulamenta a cobrança do DIFAL em 2022. ICMS NAS AQUISIÇÕES MODALIDADE GERA CRÉDITO CRÉDITO INTEGRAL HÁ DIFAL IPI INTEGRA BC ICMS Insumos Sim Sim Não Não Ativo Imobilizado Sim 1/48 Sim Sim Uso/Consumo 01/01/2033 Não Sim Sim Fretes Quando for o caso Conforme a situação Sim Não Aplicável Comunicações 01/01/2033 Não Não Aplicável Não Aplicável Energia Elétrica Sim Processo Industrial Não Não Aplicável IPI E ICMS Imunidade - Não-incidência – Isenção ou Suspensão ▪ Livros, papel p/ impressão, ouro (ativo financeiro), energia elétrica, petróleo e minerais. ▪ Exportação de mercadorias e produtos. ▪ Transferência de propriedade deestabelecimento (ICMS). ▪ Industrialização na ZFM (exceto acondicionamento). ▪ Remessa para industrialização. ▪ Saídas e retornos - Depósito Fechado e Armazém Geral. ICMS -ISS Prestação de serviços com fornecimento de mercadorias Serviço na lista s/ cobrança de ICMS Serviço na lista c/ cobrança de ICMS Serviço não previsto na lista ISS sobre o serviço e a mercadoria ISS s/ o serviço e ICMS s/ mercadoria ICMS s/ o serviço e a mercadoria ISS - LEGISLAÇÃO Decreto-lei nº 406, de 31 de dezembro de 1968. Estabelece normas gerais de direito financeiro, aplicáveis aos impostos sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre serviços de qualquer natureza, e dá outras providências. Após 31.12.03 - Lei Complementar nº 116/2003 (Alterada pela LC nº 157, 29.12.2016, LC nº 175 de 23.09.2020 e LC nº 183 de 22.09.2021) Dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, e dá outras providências. ISS Fato Gerador – prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador (art. 1º da Lei Complementar 116/2003). Base de Cálculo – o preço do serviço (art. 7º da Lei Complementar 116/2003). Alíquota – variam de acordo com as legislações municipais que instituem o imposto, sendo certo que a alíquota mínima deve ser de 2% (Lei Complementar 157/2016) e a máxima de 5% (Lei Complementar 116/2003). ISS – FATO GERADOR O ISS tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa à legislação, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do país ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do país. O imposto não incide sobre as exportações de serviços. Entretanto haverá incidência do ISS sobre os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior. ISS – COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA- LEI 116/2003 Art. 3º - O serviço considera-se prestado, e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXV, quando o imposto será devido onde se efetuar a prestação do serviço. § 5º do inciso XXV - Ressalvadas as exceções e especificações estabelecidas nos §§ 6º a 12 deste artigo, considera-se tomador dos serviços referidos nos incisos XXIII, XXIV e XXV do caput deste artigo o contratante do serviço e, no caso de negócio jurídico que envolva estipulação em favor de unidade da pessoa jurídica contratante, a unidade em favor da qual o serviço foi estipulado, sendo irrelevantes para caracterizá-la as denominações de sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de representação ou contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas. (Incluído pela Lei Complementar nº 175, de 2020) ISS – RESPONSÁVEL Poderá ser atribuída a responsabilidade pela retenção do ISS ao tomador do serviço – substituição tributária. São responsáveis: 1) O tomador de serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País; e 2) A pessoa jurídica tomadora dos serviços dos subitens 3.05, 7.02, 7.04, 7.05, 7.09, 7.10, 7.12, 7.14 a 7.17, 7.19, 11.02, 17.05 e 17.10 da lista anexa. Há casos onde o ISS deverá ser pago para o próprio município onde ocorre a prestação, mas pelo próprio prestador de serviços. Exemplos: Jardinagem e decoração, limpeza e dragagem de rios e lagos, guarda e estacionamento de veículos, armazenamento e guarda de bens, serviços de diversão e lazer, transporte intramunicipal, serviços portuários, rodoviários, ferroviários e metroviários. QUARTA PARTE As reorganizações empresariais e o Planejamento Tributário – Estudos de Casos. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20: FIGURAS DESONERATIVAS Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98 Slide 99 Slide 100 Slide 101 Slide 102 Slide 103 Slide 104 Slide 105 Slide 106 Slide 107 Slide 108 Slide 109 Slide 110 Slide 111 Slide 112 Slide 113 Slide 114 Slide 115 Slide 116 Slide 117 Slide 118 Slide 119 Slide 120 Slide 121 Slide 122 Slide 123 Slide 124 Slide 125 Slide 126 Slide 127 Slide 128 Slide 129 Slide 130 Slide 131 Slide 132 Slide 133 Slide 134 Slide 135 Slide 136 Slide 137 Slide 138 Slide 139 Slide 140 Slide 141 Slide 142 Slide 143 Slide 144 Slide 145 Slide 146 Slide 147 Slide 148 Slide 149 Slide 150 Slide 151 Slide 152 Slide 153
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