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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA BIOGEOGRAFIA

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA BIOGEOGRAFIA (FIGUEIRÓ,2015)
Manoel Alves de Oliveira
BIOGEOGRAFIA
Como e por que os organismos vivos se distribuem na superfície da Terra?
Um geógrafo não pode reduzir o seu campo de visão ao que os olhos estão enxergando.
Por que as paisagens se diferenciam na Terra? (Pela diferença de temperatura, umidade, relevo, solo, ação humana?).
Por que os indivíduos de um mesmo taxon (espécie) se diferenciam de uma região para outra?
Seleção natural ou artificial, alimentos, predadores, clima, água...
O que não se adapta desaparece.
Por que algumas espécies aparecem em alguns lugares e em outros não, mesmo em clima semelhante? O caso de barreiras físicas ou ecológicas.
Gênero Tapirus (anta).
Endemismos
Elefantes africano e indiano
Tartaruga de Galápagos
Os elementos bióticos e abióticos coevoluem no tempo e no espaço, produzindo padrões de paisagem particulares.
Influência humana na disseminação e extinção de espécies
O homem é o maior agente de disseminação.
A introdução de espécies exóticas é a principal causa de extinção.
Trinta e três por cento de plantas ameaçadas de extinção são endêmicas de ilhas (insulares), apesar de essas representarem em torno de 15% das espécies.
Há 70 m.a.a., a extinção era de 1 espécie a cada mil anos e atualmente é de 3 três espécies por hora (RIFKIN, 1999).
A combinação genética artificial é maior que o cruzamento natural de espécies.
 Alteração na biodiversidade. 
 Ampliação da importância da Biogeografia.
Fatores que influenciam na distribuição dos seres vivos na Terra
Condições ambientais (luz, alimento, temperatura, água).
Recursos disponíveis.
Capacidade de disseminação (espécies mais ou menos prolíferas).
Capacidade evolutiva (espécies de ciclo de vida mais ou menos longo).
Ação humana.
Para refletir: a degradação imposta aos ecossistemas é reversível? O modelo urbano-industrial em vigor é compatível com a preservação ambiental?
Conceito, objeto, métodos de abordagem e áreas de pesquisa da Biogeografia
A Biogeografia se situa na interface entre a Geografia Física e a Humana.
É uma ciência da biosfera.
Embora outras ciências (Biologia, Ecologia, Medicina, Paleontologia...) utilizem instrumentos biogeográficos, a Biogeografia dos geógrafos possui linguagem própria.
Pois:
analisa, de maneira sistêmica, condicionantes que influem na distribuição de seres vivos;
compreende a complexidade das relações ente seres vivos no tempo e no espaço;
a paisagem é apreendida numa perspectiva integrada (não particularizada). 
Abordagens da Biogeografia na interpretação da paisagem
Abordagem corológica – identificação e mapeamento dos diferentes taxa (plural de táxon. Áreas de diferentes espécies, por exemplo).
Biocenológica – estudo centrado em uma determinada biocenose (comunidade de espécies, animais e vegetais, de algum ambiente). Florestas tropicais são idênticas?
Ecológica – estuda relações que seres vivos estabelecem com outros elementos da paisagem onde vivem.
Geoecológica – analisa a integração estrutural-espacial e dinâmico-funcional entre os diferentes componentes da paisagem. 
As três primeiras utilizam os métodos taxonômico, fisionômico e ecológico, enquanto a terceira se baseia na concepção sistêmica. 
Campos de pesquisa da Biogeografia
Fitogeografia – estudo de espécies vegetais.
Zoogeografia – explica fatores que condicionam a distribuição de animais no Planeta.
Especializações dos dois campos da Biogeografia
Biogeografia histórica ou Paleobiogeografia – registros fósseis.
Biogeografia Ecológica – influência de fatores ambientais atuais sobre seres vivos.
Biogeografia Médica – distribuição de organismos que são vetores de transmissão de doenças.
Biogeografia Cultural – estuda o papel do homem na modificação da biota terrestre.
Desenvolvimento histórico do conhecimento biogeográfico
Período pré-científico – dos primórdios até final do século XVIII, com as teorias divinas traducianismo e criacionismo (PAPAVERO e BALSA, 1986).
Traducianismo – todos os seres vivos teriam se disseminados a partir de um único ponto da Terra. 
Livro de Gêneses (Jardim do Éden, dilúvio, arca de Noé - no monte Ararat).
Georges-Luis Leclerc e a Lei de Buffon (século XVIII).
Posteriormente, Humboldt aplicou princípios dessa Lei também no estudo da flora.
 
Criacionismo – múltiplos centros de criação ao mesmo tempo.
A ideia do catastrofismo de Georges Cuvier.
O início do período científico
Início com o livro Essai sur la geographie des plantes, de Humboldt (1805), com base em viagem do autor pelo continente americano (incluindo o vulcão Chimborazo, Equador).
Os seguidores de Humboldt, levaram as pesquisas da Biogeografia para um perfil mais biológico e fragmentado até meados do século XX.
Inspirado em Humboldt, Darwin também viajou para a América do Sul e Austrália, entre os ano 1831 e 1936. A viagem resultou no livro Origem das espécies, que contraria a teoria da criação divina.
Darwin teve a contribuição do naturalista britânico Russel Wallace, que, em expedição na Indonésia em 1858, notou que na luta pela vida sucumbem os mais fracos e menos organizados (princípio da seleção natural).
Na segunda metade do século XIX, o debate se acentuou entre cientistas dispersionistas e extensionistas. Os primeiros, incluindo Darwin, acreditavam que as espécies se dispersavam a longa distância, o que era contestado pelos segundos. 
Wallace percebeu que há diferença entre espécies que habitam o norte o sul do arquipélago.
A Biogeografia moderna
Classificação das grandes zonas climáticas, de Peter Köppen (1884).
Climas do passado geológico (KÖPPEN e WEGENER, 1924), com proposta inicial sobre o movimento dos continentes.
Tratado de Geografia Física (DE MARTONE, 1909).
Classificação da vegetação brasileira (SANTOS, 1944).
Meados do século XX, novos impulsos para a Biogeografia 
Teoria da deriva continental, em 1960. A tectônica de placas.
Enfraquecimento de argumentos dispersionistas de espécies.
Surgimento da Biogeografia vicariante (flutuação de espécies de acordo com o deslocamento dos continentes).
Desenvolvimento de novos métodos filogenéticos.
Cladística, método de agrupamento de seres vivos de acordo com dados morfológicos, químicos ou genéticos.
A teoria da biogeografia de ilhas.
Isolamento de ilhas facilita mudanças hereditárias nas populações (Galápagos).
A teoria dos geossistemas.
Teoria geral dos sistemas, criada por Ludwing Von Bertalanffy em 1937.
Método geossistêmico, Sotchava (1977, 1978).
Os geógrafos reencontram a Biogeografia a partir da análise integrada da paisagem, considerando a interação solo-clima-relevo-biota.
A Biogeografia retoma o seu perfil de ciência diagonal. 
Mas ainda não tem a estatura epistemológico de outras subáreas da Geografia Física.
A elaboração de um paradigma para o estudo da paisagem
Necessário um referencial teórico-metodológico próprio à Biogeografia.
Modelo de análise sistêmica da paisagem (BERTRAND,1972).
Numa perspectiva sistêmica, a paisagem apresenta 4 características centrais.
Caráter multivariável – tipos de vegetação, classes de solo, formas de relevo, construções humanas, condições climáticas.
Caráter global de totalidade – o todo é maior que a soma das partes.
Estruturação por níveis – cada parte (do sistema) pode ser analisada como sistema, considerando a escala. Mas isso tem limite.
Hierarquia das unidades de paisagem, segundo Bertrand (1972): zona, domínio, região natural, Geossistema, geofáceis e geótopo.
Dinâmica própria – a entrada e saída de energia e matéria proporcionam particularidades a cada sistema.
O ecossistema está contido no Geossistema, mas o contrário não acontece. O primeiro tem perspectiva biocêntrica e parcial da realidade da paisagem.
Obrigado.

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