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LINFONODOS Anatomia e fisiologia • São expansões nodulares de forma oval nas quais vasos linfáticos penetram trazendo linfa e os seus componentes tendo seu tamanho variando até 2 cm e geralmente estão agrupados; • Consistem de tecido linfático, coberto por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso. Formam os linfonodos: trabéculas, vasos aferentes (que trazem linfa), seios linfáticos, vasos eferentes (que levam linfa), nódulos corticais, córtex, centro germinativo, cordões medulares, artérias e veias. Temos de 400 a 600 linfonodos em cadeia no nosso corpo; • As principais cadeias de linfonodos são: cervical, axilar, fossa-olicraniana, ducto torácico, pré-aórtico (ampola), inguinal e losango poplíteo (Axila, virilha, pescoço, tórax e abdome); • CÉLULAS RETICULARES (Sustentação - Fibras reticulares); O linfonodo divide-se em 3 zonas: Zona cortical: Possui células reticulares, macrófagos, com predominância de linfócitos B; Zona paracortical: Rica em linfócitos T; Zona medular: Contém grandes concentrações de linfócitos B. Os espaços entre as células endoteliais do linfonodo permitem a passagem da linfa e das células de defesa. A linfa circula lentamente, favorecendo a fagocitose de moléculas estranhas pelos macrófagos e a retenção dos antígenos na superfície das células dendríticas foliculares para serem apresentados aos linfócitos. Possui duas faces: a primeira, por onde chegam os vasos linfáticos eferentes, é a face convexa; a outra face, por onde os vasos linfáticos liberam o conteúdo de linfa que atravessou o órgão, é a face achatada. O órgão em si é envolto por uma capsula fibrosa de tecido conjuntivo e estruturalmente dividido em medula (região interna, face achatada) e córtex (região externa, face convexa). Cada agrupamento de gânglios linfáticos é responsável pela drenagem de uma área do corpo, como os linfonodos axilares que recebem a linfa proveniente da mama e do braço, por exemplo. Eles defendem o corpo contra a invasão de microrganismos e outras partículas através de filtração e fagocitose, além de auxiliar na maturação de linfócitos e monócitos. O sistema linfático consiste em linfa, ductos coletores e vários tecidos, que incluem os linfonodos, baço, timo, tonsilas, adenóides e placas de Peyer. Os linfonodos superficiais se localizam no tecido conjuntivo subcutâneo, enquanto os linfonodos profundos ficam abaixo da fáscia muscular e dentro de várias cavidades corporais. Semiotécnica dos linfonodos Os linfonodos superficiais são a porta de entrada para avaliar a saúde de todo o sistema linfático. Como são prontamente acessíveis pela inspeção e palpação, constituem um dos sinais mais precoces da presença de infecção ou neoplasia. Linfonodos acessíveis à inspeção e palpação CABEÇA E PESCOÇO Parotídeos e tonsilares Submandibulares Submentonianos Cervicais superficiais anteriores Cervicais superficiais posteriores Cervicais profundos Pré-auriculares e retroauriculares Occipitais Supraclaviculares MEMBROS SUPERIORES Axilares: umerais, centrais, apicais, subescapulares e peitorais Epitrocleares MEMBROS INFERIORES Inguinais superficiais superiores (grupo horizontal) Inguinais superficiais inferiores (grupo vertical) Poplíteos INSPEÇÃO Examinar cada área do corpo à procura de linfonodos aparentes, edema, eritema, linhas vermelhas e lesões cutâneas. Caso sejam encontrados linfonodos aumentados, deve-se procurar na região adjacente sinais de infecção ou neoplasia. PALPAÇÃO Usando as polpas digitais do segundo, terceiro e quarto dedos, palpe gentilmente pesquisando linfonodos superficiais. Procure detectar qualquer aumento ganglionar e observe sua consistência, mobilidade, presença de dor à palpação, tamanho, forma e calor. Nas áreas onde a pele é mais móvel, mova a pele sobre o linfonodo. Examine, também, se há coalescência de linfonodos. ATENÇÃO! - Quanto mais duro, mais aderido e mais bem delimitado o linfonodo, maior o risco de neoplasia. - Quanto mais doloroso o linfonodo, maior a probabilidade de ser inflamatório. - Linfonodos não são pulsáteis; as artérias são. - Um linfonodo supraclavicular palpável à esquerda (gânglio de Virchow) é uma forte evidência de neoplasia torácica ou abdominal, porque se situam no final do ducto torácico. - Aumento ganglionar lento ao longo de semanas e meses sugere um processo benigno; um aumento rápido sem inflamação sugere malignidade. CABEÇA Linfonodos pré-auriculares: anteriormente ao trago do pavilhão auditivo; Linfonodos retroauriculares: superficialmente sobre o processo mastoideo; Linfonodos occipitais: na base do crânio, sobre a linha nucal superior; Linfonodos parotídeos e tonsilares: acima e abaixo do ângulo da mandíbula, respectivamente; Linfonodos submandibulares: a meio caminho entre o ângulo e a ponta da mandíbula. Linfonodos submentonianos: na linha média atrás da ponta da mandíbula. » A palpação dos linfonodos submandibulares e submentonianos pode ser facilitada pedindo ao paciente para flexionar o pescoço. PESCOÇO Linfonodos cervicais superficiais: na superfície do músculo esternocleidomastóideo; Linfonodos cervicais posteriores: ao longo da borda anterior do músculo trapézio; Linfonodos cervicais profundos: palpados em garra, profundamente ao esternocleidomastóideo; Linfonodos supraclaviculares: palpando profundamente a fossa supraclavicular. » A palpação dos linfonodos cervicais superficiais do lado direito é facilitada com leve rotação do pescoço para o lado direito e vice-versa. Já para os linfonodos supraclaviculares, o paciente deve flexionar o pescoço e inspirar. MEMBROS SUPERIORES A axila deve ser imaginada como uma região pentagonal para a palpação das cadeias de linfonodos. O antebraço do paciente é apoiado sobre o braço contralateral e a palma da mão examinadora diretamente sobre a axila. Linfonodos umerais (laterais); Linfonodos centrais, no centro da axila; Linfonodos apicais, no ápice da axila; Linfonodos peitorais: anteriores, posteriores ao gradil costal; Linfonodos subescapulares: posteriores; » Para palpar os linfonodos epitrocleares, o cotovelo é apoiado em uma das mãos à medida que será examinado com a outra, na depressão acima e posterior ao epicôndilo medial do úmero. MEMBROS INFERIORES Linfonodos inguinais superficiais superiores (grupo horizontal); Linfonodos inguinais superficiais inferiores (grupo vertical); Linfonodos poplíteos. » Para palpar as áreas inguinal e poplítea, o paciente deve estar em decúbito dorsal e em decúbito ventral (com o joelho levemente fletido), respectivamente.