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. 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UFSB 
Técnico em Assuntos Educacionais 
 
1. Administração Pública Federal: Disposições Gerais (Constituição Federal, Título III, Capítulo VII).. 1 
 
2. Agente Público: função pública, atendimento ao cidadão. 3. Regime Jurídico dos Servidores Públicos 
Federais – Direitos, deveres, proibições e responsabilidades. (Lei nº 8.112, de 11/12/1990). ................ 14 
 
4. Ética na Administração Pública Federal (Decreto nº 1.171, de 22/06/1994) e sanções aplicáveis aos 
agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito (Lei nº 8.429, de 02/06/1992) .............................. 42 
 
5. Plano Orientador da UFSB ............................................................................................................ 77 
 
6. Processo Administrativo: normas básicas no âmbito da Administração Federal. (Lei nº 9.784, de 
29/01/1999) .......................................................................................................................................... 122 
 
7. Administração Pública: acadêmica e financeira, de recursos humanos, de material e 
patrimônio. ........................................................................................................................................... 138 
 
8. Licitação: conceito, finalidades, princípios e objeto; obrigatoriedade, dispensa, inexigibilidade e 
vedação; modalidades e tipos, revogação e anulação; sanções. (Lei nº 8.666, de 21/06/1993 e Lei nº 
10.520, de 17/07/2002). ....................................................................................................................... 240 
 
9. Controle Interno e Controle Externo na Administração Pública: conceito e abrangência. ............. 266 
 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
1270673 E-book gerado especialmente para MAIKE DOS SANTOS SILVA
 
. 1 
 
 
Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica 
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida 
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente 
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br 
 
Administração Pública Federal 
 
Podemos considerar administração pública como a atividade desenvolvida pelo Estado ou seus 
delegados, sob o regime de direito público, com fim de atendimento de modo direto e imediato as 
necessidades concretas da coletividade. 
Conforme previsão constitucional, a administração pública direta e indireta ou fundacional, de qualquer 
dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
Podem ser listadas como características: a pratica de atos tão somente de execução – estes atos são 
denominados atos administrativos; quem pratica estes atos são os órgãos e seus agentes, que são 
sempre públicos; o exercício de atividade politicamente neutra; sua atividade é vinculada à Lei e não à 
Política; conduta hierarquizada; dever de obediência - escalona os poderes administrativos do mais alto 
escalão até a mais humilde das funções; prática de atos com responsabilidade técnica e legal; busca a 
perfeição técnica de seus atos, que devem ser tecnicamente perfeitos e segundo os preceitos legais; 
caráter instrumental – a Administração Pública é um instrumento para o Estado conseguir seus objetivos. 
A Administração serve ao Estado; competência limitada – o poder de decisão e de comando de cada área 
da Administração Pública é delimitada pela área de atuação de cada órgão. 
 
Disposições gerais 
 
Administração pública é o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado que procuram satisfazer 
as necessidades da sociedade, tais como educação, cultura, segurança, saúde, etc. Em outras palavras, 
administração pública é a gestão dos interesses públicos por meio da prestação de serviços públicos, 
sendo dividida em administração direta e indireta. 
A Administração Pública direta se constitui dos serviços prestados da estrutura administrativa da 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Já a Administração Pública indireta compreende os 
serviços prestados pelas autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas 
públicas. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos poderes obedecerá aos princípios 
constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência. 
Podemos definir a Administração Pública como a atividade mediante a qual as autoridades públicas 
tomam providências para a satisfação das necessidades de interesse público, utilizando, quando 
necessário, as prerrogativas do Poder Público, para alcançar os fins que não sejam os próprios à 
legislação ou à distribuição da justiça. 
Sobre Administração Pública, o professor José Afonso da Silva assim explica: “...É o conjunto de meios 
institucionais, material, financeiro e humano preordenado à execução das decisões políticas. Essa é uma 
noção simples de Administração Pública que destaca, em primeiro lugar, que é subordinada ao Poder 
político; em segundo lugar, que é meio e, portanto, algo de que se serve para atingir fins definidos e, em 
terceiro lugar, denota os dois aspectos: um conjunto de órgãos a serviço do Poder político e as operações, 
as atividades administrativas” (in Curso de Direito Constitucional Positivo). 
Por sua vez, a Lei nº 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito federal, mas irradia sua 
força normativa para os demais entes da federação, traz uma série de princípios administrativos no seu 
art. 2º, senão vejamos: Art. 2º “A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios 
da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, 
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência”. 
 
 
 
 
1. Administração Pública Federal: Disposições Gerais 
(Constituição Federal, Título III, Capítulo VII). 
1270673 E-book gerado especialmente para MAIKE DOS SANTOS SILVA
 
. 2 
Princípio da supremacia do interesse público 
 
Este princípio consiste na sobreposição do interesse público em face do interesse particular. Havendo 
conflito entre o interesse público e o interesse particular, aquele prevalecerá. 
Podemos conceituar interesse público como o somatório dos interesses individuais desde que 
represente o interesse majoritário, ou seja, a vontade da maioria da sociedade. 
O interesse público primário é o interesse direto do povo, é o interesse da coletividade como um todo. 
Já o interesse público secundário é o interesse direto do estado como pessoa jurídica, titular de direitos 
e obrigações, em suma, é vontade do estado. Assim, a vontade do povo (interesse público primário) e a 
vontade do estado (interesse público secundário) não se confundem. 
O interesse público secundário só será legítimo se não contrariar nenhum interesse público primário. 
E, ao menos indiretamente, possibilite aconcretização da realização de interesse público primário. 
Daremos um exemplo para que você compreenda perfeitamente esta distinção. 
Este princípio é um dos dois pilares do denominado regime jurídico-administrativo, fundamentando a 
existência das prerrogativas e dos poderes especiais conferidos à administração pública para que esta 
esteja apta a atingir os fins que lhe são impostos pela constituição e pelas leis. 
O ordenamento jurídico determina que o estado-administração atinja uma gama de objetivos e fins e 
lhe confere meios, instrumentos para alcançar tais metas. Aqui se encaixa o princípio da supremacia do 
interesse público, fornecendo à administração as prerrogativas e os poderes especiais para obtenção dos 
fins estabelecidos na lei. 
O princípio comentado não está expresso em nosso ordenamento jurídico. Nenhum artigo de lei fala, 
dele, porém tal princípio encontra-se em diversos institutos do direito Administrativo. Vejamos alguns 
exemplos práticos: 
- a nossa Constituição garante o direito à propriedade (art. 5º, XXII), mas com base no princípio da 
Supremacia do Interesse Público, a Administração pode, por exemplo, desapropriar uma propriedade, 
requisitá-la ou promover o seu tombamento, suprimindo ou restringindo o direito à propriedade. 
- a Administração e o particular podem celebrar contratos administrativos, mas esses contratos 
preveem uma série de cláusulas exorbitantes que possibilitam a Administração, por exemplo, modificar 
ou rescindir unilateralmente tal contrato. 
- o poder de polícia administrativa que confere à Administração Pública a possibilidade, por exemplo, 
de determinar a proibição de venda de bebida alcoólica a partir de determinada hora da noite com o 
objetivo de diminuir a violência. 
Diante de inúmeros abusos, ilegalidades e arbitrariedades cometidas em nome do aludido princípio, já 
existem vozes na doutrina proclamando a necessidade de se por fim a este, através da Teoria da 
Desconstrução do Princípio da Supremacia. Na verdade, esvaziar tal princípio não resolverá o 
problema da falta de probidade de nossos homens públicos. Como afirma a maioria da doutrina, o 
princípio da Supremacia do Interesse Público é essencial, sendo um dos pilares da Administração, 
devendo ser aplicado de forma correta e efetiva. Se há desvio na sua aplicação, o Poder Judiciário deve 
ser provocado para corrigi-lo. 
 
Princípio da indisponibilidade do interesse público 
 
Este princípio é o segundo pilar do regime jurídico-administrativo, funcionando como contrapeso ao 
princípio da Supremacia do Interesse Público. 
Ao mesmo tempo em que a Administração tem prerrogativas e poderes exorbitantes para atingir seus 
fins determinados em lei, ela sofre restrições, limitações que não existem para o particular. Essas 
limitações decorrem do fato de que a Administração Pública não é proprietária da coisa pública, não é 
proprietária do interesse público, mas sim, mera gestora de bens e interesses alheios que pertencem ao 
povo. 
Em decorrência deste princípio, a Administração somente pode atuar pautada em lei. A Administração 
somente poderá agir quando houver lei autorizando ou determinando a sua atuação. A atuação da 
Administração deve, então, atender o estabelecido em lei, único instrumento capaz de retratar o que seja 
interesse público. Assim, o princípio da Indisponibilidade do Interesse Público tem estreita relação com o 
princípio da Legalidade, sendo que alguns autores utilizam essas expressões como sinônimas. 
Este princípio também se encontra implícito em nosso ordenamento, surgindo sempre que estiver em 
jogo o interesse público. Exemplos da utilização deste princípio na prática: 
- os bens públicos não são alienados como os particulares, havendo uma série de restrições a sua 
venda. 
1270673 E-book gerado especialmente para MAIKE DOS SANTOS SILVA
 
. 3 
- em regra, a Administração não pode contratar sem prévia licitação, por estar em jogo o interesse 
público. 
- necessidade de realização de concurso público para admissão de cargo permanente. 
É importante frisar a Administração Pública deverá se pautar nos cinco princípios estabelecidos pelo 
“caput” do artigo 37 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Os princípios são os 
seguintes: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
 
Princípio da legalidade 
 
O princípio da legalidade, um dos mais importantes princípios consagrados no ordenamento jurídico 
brasileiro, consiste no fato de que o administrador somente poderá fazer o que a lei permite. É importante 
demonstrar a diferenciação entre o princípio da legalidade estabelecido ao administrado e ao 
administrador. Como já explicitado para o administrador, o princípio da legalidade estabelece que ele 
somente poderá agir dentro dos parâmetros legais, conforme os ditames estabelecidos pela lei. Já, o 
princípio da legalidade visto sob a ótica do administrado, explicita que ninguém será obrigado a fazer ou 
deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude lei. Esta interpretação encontra abalizamento no artigo 
5º, II, da Constituição Federal de 1988. 
 
Princípio da impessoalidade 
 
Posteriormente, o artigo 37 da CF/88 estabelece que deverá ser obedecido o princípio da 
impessoalidade. Este princípio estabelece que a Administração Pública, através de seus órgãos, não 
poderá, na execução das atividades, estabelecer diferenças ou privilégios, uma vez que deve imperar o 
interesse social e não o interesse particular. De acordo com os ensinamentos de Maria Sylvia Zanella 
Di Pietro, o princípio da impessoalidade estaria intimamente relacionado com a finalidade pública. De 
acordo com a autora “a Administração não pode atuar com vista a prejudicar ou beneficiar pessoas 
determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que deve nortear o seu comportamento”.1 
Em interessante constatação, se todos são iguais perante a lei (art. 5º, caput) necessariamente o serão 
perante a Administração, que deverá atuar sem favoritismo ou perseguição, tratando a todos de modo 
igual, ou quando necessário, fazendo a discriminação necessária para se chegar à igualdade real e 
material. 
Nesse sentido podemos destacar como um exemplo decorrente deste princípio a regra do concurso 
público, onde a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e complexidade do cargo ou emprego. 
 
Princípio da moralidade administrativa 
 
A Administração Pública, de acordo com o princípio da moralidade administrativa, deve agir com 
boa-fé, sinceridade, probidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta a obrigação ao administrador 
público de observar não somente a lei que condiciona sua atuação, mas também, regras éticas extraídas 
dos padrões de comportamento designados como moralidade administrativa (obediência à lei). 
Não basta ao administrador ser apenas legal, deve também, ser honesto tendo como finalidade o bem 
comum. Para Maurice Hauriou, o princípio da moralidade administrativa significa um conjunto de regras 
de conduta tiradas da disciplina interior da Administração. Trata-se de probidade administrativa, que é a 
forma de moralidade. Tal preceito mereceu especial atenção no texto vigente constitucional (§ 4º do artigo 
37 CF), que pune o ímprobo (pessoa não correto -desonesta) com a suspensão de direitos políticos. Por 
fim, devemos entender que a moralidade como também a probidade administrativa consistem 
exclusivamente no dever de funcionários públicos exercerem (prestarem seus serviços) suas funções 
com honestidade. Não devem aproveitar os poderes do cargo ou função para proveito pessoal ou para 
favorecimento de outrem. 
 
Princípio da publicidade 
 
O princípio da publicidade tem por objetivo a divulgação de atos praticados pela Administração 
Pública, obedecendo,todavia, as questões sigilosas. De acordo com as lições do eminente doutrinador 
Hely Lopes Meirelles, “o princípio da publicidade dos atos e contratos administrativos, além de 
 
1 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2005. 
1270673 E-book gerado especialmente para MAIKE DOS SANTOS SILVA
 
. 4 
assegurar seus efeitos externos, visa a propiciar seu conhecimento e controle pelos interessados 
e pelo povo em geral, através dos meios constitucionais...”.2 
Complementando o princípio da publicidade, o art. 5º, XXXIII, garante a todos o direito a receber dos 
órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão 
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, matéria essa regulamentada pela Lei nº 
12.527/2011 (Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o do 
art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; 
revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e 
dá outras providências). 
Os remédios constitucionais do habeas data e mandado de segurança cumprem importante papel 
enquanto garantias de concretização da transparência. 
 
Princípio da eficiência 
 
Por derradeiro, o último princípio a ser abarcado pelo artigo 37, da Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988 é o da eficiência. 
Considerando que na iniciativa privada se busca a excelência e a efetividade, na administração outro 
não poderia ser o caminho, enaltecido pela EC n. 19/98, que fixou a eficiência também para a 
Administração Pública. 
De acordo com os ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, o princípio da eficiência “impõe a todo 
agente público realizar as atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno 
princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, 
exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da 
comunidade e de seus membros”.3 
Outrossim, DI PIETRO explicita que o princípio da eficiência possui dois aspectos: “o primeiro pode 
ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor 
desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados, e o segundo, em relação 
ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a Administração Pública, também com o mesmo objetivo 
de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público”.4 
 
CAPÍTULO VII 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Seção I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os 
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou 
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado 
em lei de livre nomeação e exoneração; 
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por 
igual período; 
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em 
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos 
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo 
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, 
condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, 
chefia e assessoramento; 
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; 
 
2 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2005. 
3 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2005. 
4 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2005. 
1270673 E-book gerado especialmente para MAIKE DOS SANTOS SILVA
 
. 5 
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de 
deficiência e definirá os critérios de sua admissão; 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a 
necessidade temporária de excepcional interesse público; 
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente 
poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, 
assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; 
 
Súmula vinculante 42-STF: É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de 
servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária. 
 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da 
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais 
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos 
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não 
poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, 
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito 
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos 
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos 
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos 
por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito 
do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e 
aos Defensores Públicos; 
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser 
superiores aos pagos pelo Poder Executivo; 
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito 
de remuneração de pessoal do serviço público; 
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem 
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; 
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são 
irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, 
III, e 153, § 2º, I; 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver 
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões 
regulamentadas; 
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, 
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades 
controladas,direta ou indiretamente, pelo poder público; 
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de 
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; 
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de 
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, 
neste último caso, definir as áreas de sua atuação; 
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades 
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa 
privada; 
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e 
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de 
condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, 
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as 
exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das 
obrigações. 
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras 
1270673 E-book gerado especialmente para MAIKE DOS SANTOS SILVA
 
. 6 
específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma 
integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da 
lei ou convênio. 
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos 
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar 
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores 
públicos. 
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição 
da autoridade responsável, nos termos da lei. 
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e 
indireta, regulando especialmente: 
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a 
manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da 
qualidade dos serviços; 
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, 
observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; 
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego 
ou função na administração pública. 
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a 
perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e 
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, 
servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de 
ressarcimento. 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, 
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da 
administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas. 
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração 
direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores 
e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou 
entidade, cabendo à lei dispor sobre: 
I - o prazo de duração do contrato; 
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade 
dos dirigentes; 
III - a remuneração do pessoal." 
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, 
e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos 
Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. 
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 
ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os 
cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão 
declarados em lei de livre nomeação e exoneração. 
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do 
caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. 
 § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e 
ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei 
Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de 
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos 
Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos 
subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. 
 
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de 
mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: 
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, 
emprego ou função; 
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe 
facultado optar pela sua remuneração; 
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III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as 
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, 
não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; 
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo 
de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; 
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão 
determinados como se no exercício estivesse. 
 
Servidores públicos 
 
Podemos conceituar agentes públicos como todos aqueles que têm uma vinculação profissional com 
o Estado, mesmo que em caráter temporário ou sem remuneração, comportado diversas espécies, a 
saber: a) agentes políticos; b) ocupantes de cargos em comissão; c) contratados temporários; d) agentes 
militares; e) servidores públicos estatutários; f) empregados públicos; g) particulares em colaboração com 
a Administração (agentes honoríficos). 
A Constituição Federal de 1988 tem duas seções especificamente dedicadas ao tema dos agentes 
públicos: Seções I e II do Capítulo VII do Título III, tratando respectivamente dos “servidores públicos 
civis” (arts. 37 e 38) e dos “militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios” (art. 42). 
 
SEÇÃO II 
DOS SERVIDORES PÚBLICOS 
 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua 
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração 
pública direta, das autarquias e das fundações públicas. 5 
 
Com base nesse parâmetro foi promulgada a Lei nº 8.112/90, que demarcou a opção da União pelo 
regime estatutário, no qual os servidores são admitidos sob regime de Direito Público, podem alcançar 
estabilidade e possuem direitos e deveres estabelecidos por lei (e que podem, portanto, ser alterados 
unilateralmente pelo Estado-Legislador).§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório 
observará: 
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada 
carreira; 
II - os requisitos para a investidura; 
III - as peculiaridades dos cargos. 
 
Significa dizer que quanto maior o grau de dificuldade, tanto para ingressar no cargo, quanto para 
desenvolver as funções inerentes a ele, melhor deverá ser a remuneração correspondente. 
 
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o 
aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos 
requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou 
contratos entre os entes federados. 
 
Essas escolas possuem como objetivo a atualização e a formação dos servidores públicos, 
melhorando os níveis de desempenho e eficiência dos ocupantes de cargos e funções do serviço público, 
estimulando e promovendo a especialização profissional, preparando servidores para o exercício de 
funções superiores e para a intervenção ativa nos projetos voltados para a elevação constante dos 
padrões de eficácia e eficiência do setor público. 
 
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, 
XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados 
de admissão quando a natureza do cargo o exigir. 
 
5 O Plenário do STF deferiu medida cautelar na ADI 2.135-MC, em agosto de 2007, para suspender a eficácia do caput do art. 39 da CF, na 
redação dada pela EC 19/1998 (Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração 
e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.), sendo mantida a redação anterior até julgamento 
em definitivo e solução sobre a regularidade quanto a elaboração da emenda. 
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. 8 
Vamos conferir o que diz os referidos incisos, do artigo 7º da Constituição Federal: 
- Salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais 
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, 
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo 
vedada sua vinculação para qualquer fim; 
- Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; 
- Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; 
- Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
- Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 
- Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada 
a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
- Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
- Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; 
- Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; 
- Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; 
- Licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
 
Observação: A Lei nº 11.770/2008 instituiu o programa empresa Cidadã, que permite que seja 
prorrogada a licença à gestante por mais 60 (sessenta) dias, ampliando, com isso o prazo de 120 (cento 
e vinte) para 180 (cento e oitenta) dias. Contudo, não é obrigatória a adesão a este programa. 
Assim, a prorrogação é uma faculdade para as empresas privadas (que ao aderirem o programa 
recebem incentivos fiscais) e para a Administração Pública direita, indireta e fundacional. 
Cabe destacar, ainda, que esta lei foi recentemente alterada pela lei nº 13.257/2016, sendo instituída 
a possibilidade de prorrogação da licença-paternidade por mais 15 (quinze) dias, além dos 5 (cinco) já 
assegurados constitucionalmente as empresas que fazem parte do programa. Contudo, para isso, o 
empregado tem que requerer o benefício no prazo de 2 (dois) dias úteis após o parto e comprovar a 
participação em programa ou atividade de orientação sobre paternidade responsável. 
 
- Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; 
- Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; 
- Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de 
sexo, idade, cor ou estado civil; 
 
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários 
Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, 
vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação 
ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. 
 
Ao falar em parcela única, fica clara a intenção de vedar a fixação dos subsídios em duas partes, uma 
fixa e outra variável, tal como ocorria com os agentes políticos na vigência da Constituição de 1967. E, 
ao vedar expressamente o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de 
representação ou outra espécie remuneratória, também fica clara a intenção de extinguir, para as mesmas 
categorias de agentes públicos, o sistema remuneratório que compreende o padrão fixado em lei mais as 
vantagens pecuniárias de variada natureza previstas na legislação estatutária. 
 
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a 
relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer 
caso, o disposto no art. 37, XI. 
 
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do 
subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. 
 
O inciso XI do artigo 37 da Constituição refere-se aos tetos remuneratórios, quais sejam: 
- Teto máximo: Subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal; 
- Teto nos municípios: O subsídio do Prefeito; 
- Teto nos Estados e no Distrito Federal: O subsídio mensal do Governador; 
- Teto no âmbito do Poder Executivo: O subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do 
Poder Legislativo; 
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. 9 
- Teto no judiciário: O subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa 
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos 
Defensores Públicos. 
 
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de 
recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, 
autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e 
produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização 
do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade. 
 
Esses cursos são importantes para obter o envolvimento e o comprometimento de todos os agentes 
públicos com a qualidade e produtividade, quaisquer que sejam os cargos, funções ou empregos 
ocupados, minimizar os desperdícios e os erros, inovar nas maneiras de atender as necessidades do 
cidadão, simplificar procedimentos, inclusive de gestão, e proceder às transformações essenciais à 
qualidade com produtividade. 
 
§ 8º A remuneração dos servidorespúblicos organizados em carreira poderá ser fixada nos 
termos do § 4º. 
 
Ou seja, por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, 
abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, 
os tetos remuneratórios dispostos no art. 37, X da Constituição Federal. 
 
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de 
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores 
ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e 
atuarial e o disposto neste artigo. 
Para o regime previdenciário ter equilíbrio financeiro, basta ter no exercício atual um fluxo de caixa de 
entrada superior ao fluxo de caixa de saída, gerado basicamente quando as receitas previdenciárias 
superam as despesas com pagamento de benefícios. 
Já para se ter equilibro atuarial, deve estar assegurado que o plano de custeio gera receitas não só 
atuais, como também futuras e contínuas por tempo indeterminado, em um montante suficiente para 
cobrir as respectivas despesas previdenciárias. 
Para se manter o equilíbrio financeiro e atuarial é imprescindível que o regime mantenha um fundo 
previdenciário que capitalize as sobras de caixa atuais que garantirão o pagamento de benefícios futuros. 
 
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão 
aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: 
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, 
exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa 
ou incurável, na forma da lei; 
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) 
anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 88, de 2015) 
 
Com relação a aposentadoria por idade cabe ainda destacar recente alteração no texto 
Constitucional pela Emenda nº 88/2015, onde os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, serão 
aposentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 
(setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar 
(art.40, § 1°, II, da CF). 
A Lei Complementar nº 152/2015 foi instituída para regulamentar o novo dispositivo constitucional, 
vejamos: 
 
Art. 2º Serão aposentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade: 
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I - os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações; 
II - os membros do Poder Judiciário; 
III - os membros do Ministério Público; 
IV - os membros das Defensorias Públicas; 
V - os membros dos Tribunais e dos Conselhos de Contas. 
 
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no 
serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as 
seguintes condições: 
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinquenta e cinco anos 
de idade e trinta de contribuição, se mulher; 
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com 
proventos proporcionais ao tempo de contribuição. 
§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão 
exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria 
ou que serviu de referência para a concessão da pensão. 
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão 
consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos 
regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. 
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de 
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos 
definidos em leis complementares, os casos de servidores: 
I- portadores de deficiência; 
II- que exerçam atividades de risco; 
III- cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física. 
§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em 
relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de 
efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. 
 
A redução só é permitida nos casos em que o tempo de contribuição é exclusivamente no magistério. 
Ou seja, não é possível somar o tempo de magistério com o tempo em outra atividade e ainda reduzir 5 
(cinco) anos. A soma é possível, no entanto, sem a redução de 5 (cinco) anos. 
 
§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta 
Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de 
previdência previsto neste artigo. 
 
Os cargos acumuláveis são: Dois de professor; um de professor com outro técnico ou científico; 
dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. 
 
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual 
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido 
para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de 
setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou 
II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o 
falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência 
social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, 
caso em atividade na data do óbito. 
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, 
o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. 
 
O valor real refere-se ao poder aquisitivo, em outros temos, se no início do recebimento do benefício, 
o beneficiário conseguia suprir suas necessidades com alimentação, saúde, lazer, educação... Após 
alguns anos, o mesmo benefício deveria, em tese, propiciar o mesmo poder aquisitivo. 
 
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§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de 
aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. 
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição 
fictício. 
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive 
quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras 
atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante 
resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma 
desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de 
cargo eletivo. 
§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares 
de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critériosfixados para o regime geral de 
previdência social. 
§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o 
regime geral de previdência social. 
§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de 
previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão 
fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este 
artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de 
que trata o art. 201 
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de 
iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no 
que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza 
pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na 
modalidade de contribuição definida. 
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser 
aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de 
instituição do correspondente regime de previdência complementar. 
§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 
3° serão devidamente atualizados, na forma da lei. 
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo 
regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do 
regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido 
para os servidores titulares de cargos efetivos. 
§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria 
voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono 
de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as 
exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II. 
§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os 
servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime 
em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X. 
 
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos 
de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os 
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando 
o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante. 
 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de 
provimento efetivo em virtude de concurso público. 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei 
complementar, assegurada ampla defesa. 
 
Referido instituto corresponde à proteção ao ocupante do cargo, garantindo, não de forma absoluta, a 
permanência no Serviço Público, o que permite a execução regular de suas atividades, visando 
exclusivamente o alcance do interesse coletivo. 
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§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o 
eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, 
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo 
de serviço. 
 
Reintegração é o instituto jurídico que ocorre quando o servidor retorna a seu cargo após ter sido 
reconhecida a ilegalidade de sua demissão. 
 
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em 
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado 
aproveitamento em outro cargo. 
 
A disponibilidade é um instituto que permite ao servidor estável, que teve o seu cargo extinto ou 
declarado desnecessário, permanecer sem trabalhar, com remuneração proporcional ao tempo de 
serviço, à espera de um eventual aproveitamento. 
Desde já, cumpre-nos ressaltar: o servidor estável que teve seu cargo extinto ou declarado 
desnecessário não será nem exonerado, nem, muito menos, demitido. Será ele posto em disponibilidade! 
Segundo a doutrina majoritária, o instituto da disponibilidade não protege o servidor não estável quanto 
a uma possível extinção de seu cargo ou declaração de desnecessidade. Caso o servidor não tenha, 
ainda, adquirido estabilidade, será ele exonerado ex officio. 
 
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de 
desempenho por comissão instituída para essa finalidade. 
 
A Avaliação de Desempenho é uma importante ferramenta de Gestão de Pessoas que corresponde a 
uma análise sistemática do desempenho do profissional em função das atividades que realiza, das metas 
estabelecidas, dos resultados alcançados e do seu potencial de desenvolvimento. 
 
Questões 
 
01. (TRT 3ª - Analista Judiciário – Administrativa – FCC/2015) Os princípios constitucionais 
expressos da Administração pública relacionados no art. 37 da Constituição Federal dizem respeito a: 
(A) legalidade, irreversibilidade, moralidade, publicidade e executoriedade. 
(B) legitimidade, imperatividade, modicidade, pluralidade e efetividade. 
(C) autoaplicabilidade, imperatividade, moralidade, pluralidade e eficácia. 
(D) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
(E) legitimidade, legalidade, modicidade, pluralidade e executoriedade. 
 
02. (MPE-SP - Analista de Promotoria II - IBFC) Com relação à Administração Pública, a Constituição 
Federal prevê que a lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta 
e indireta, regulando especialmente: 
(A) A disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo do mandato eletivo do chefe 
do Poder Executivo. 
(B) A fixação da política tarifária das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos 
por meio de assembleias extraordinárias. 
(C) As bases do planejamento equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e 
regionais de associativismo dos usuários. 
(D) A participação dos usuários na gestão das empresas estatais, e, excepcionalmente, nos lucros ou 
resultados obtidos com as tarifas de serviço público. 
(E) As reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção 
de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos 
serviços. 
 
03. (TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - FCC) O titular de emprego público de médico junto 
a uma fundação pública estadual pretende, mediante concurso público, ser contratado para o exercício 
de mais um emprego público de médico junto a uma autarquia pública municipal. À luz da Constituição 
Federal, o médico. 
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(A) poderá exercer os dois empregos públicos, caso haja compatibilidade de horários, uma vez que a 
regra da inacumulatividade de cargos e empregos públicos não se aplica para as fundações e autarquias 
públicas. 
(B) poderá exercer os dois empregos públicos, caso haja compatibilidade de horários, uma vez que é 
vedada a acumulação de cargos e empregos públicos apenas se estiverem vinculados a um mesmo ente 
federativo. 
(C) poderáexercer os dois empregos públicos, caso haja compatibilidade de horários, visto tratar-se 
de empregos públicos privativos de profissional da saúde, com profissões regulamentadas. 
(D) não poderá exercer os dois empregos públicos, ainda que haja compatibilidade de horários, uma 
vez que o exercício do emprego público de médico apenas pode ser cumulado com um cargo ou emprego 
público de professor. 
(E) não poderá exercer os dois empregos públicos, ainda que haja compatibilidade de horários, uma 
vez que apenas poderiam ser cumulados um emprego público de médico com um cargo público de 
médico. 
 
04. (UFPB - Técnico em Segurança do Trabalho - IDECAN/2016) Nos termos do capítulo destinado 
à Administração Pública na Constituição Federal, é correto afirmar que 
(A) a aposentadoria compulsória independe da carência de dez anos de exercício do serviço público. 
(B) o servidor estável tem direito à recondução ao cargo efetivo no caso de invalidação de sua 
demissão. 
(C) o servidor eleito para mandato eletivo de vereador deve afastar-se do cargo para exercício da 
vereança. 
(D) a estabilidade do servidor público ocupante de cargo em comissão depende de avaliação de 
desempenho. 
 
05. (TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - FCC/2016) Sobre servidores públicos no sistema 
constitucional brasileiro, é INCORRETO afirmar: 
(A) Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso 
público de provas, ou de provas e títulos, será convocado com prioridade sobre novos concursados para 
assumir cargo ou emprego, na carreira. 
(B) São garantidos ao servidor público civil o direito à livre associação sindical e o direito de greve. 
(C) É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de 
remuneração de pessoal do serviço público. 
(D) Os servidores fiscais da administração fazendária terão, dentro de suas áreas de competência e 
jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos. 
(E) A estabilidade do servidor público nomeado por concurso público é imediata à posse e efetivo 
exercício. 
 
Respostas 
 
01. Resposta: “D”. Segundo o Art. 37 da CF/88, a administração pública direta e indireta de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
 
02. Resposta: “E”. Art. 37, §3º da CF 
 
03. Resposta: “C”. Art. 37, XVI, “c” da CF. 
 
04. Resposta: “A” 
Art. 40, § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão 
aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (...) 
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos 
de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar. 
 
05. Resposta: “E” 
Art. 41, da CF/88. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para 
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 
 
 
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Agente público refere-se àquela pessoa física a qual exerce uma função pública, seja qual for esta 
modalidade de função (mesário, jurado, funcionário público aprovado em concurso público, etc.). 
Agente público é toda pessoa física que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da 
Administração Indireta.6 
Antes da Constituição atual, ficavam excluídos os que prestavam serviços às pessoas jurídicas de 
direito privado instituídas pelo Poder Público (fundações, empresas públicas e sociedades de economia 
mista). Hoje o artigo 37 exige a inclusão de todos eles. 
A denominação “agente público” é tratada como gênero do qual são espécies os agentes políticos, 
servidores públicos, agentes militares e particulares em colaboração. 
 
Agentes políticos: 
 
A primeira espécie dentro do gênero agentes públicos é a dos agentes políticos. Os agentes políticos 
exercem uma função pública (munus publico) de alta direção do Estado. Ingressam, em regra, por meio 
de eleições, desempenhando mandatos fixos ao término dos quais sua relação com o Estado desaparece 
automaticamente. A vinculação dos agentes políticos com o aparelho governamental não é profissional, 
mas institucional e estatutária. 
Os agentes políticos são, definidos por Celso Antônio Bandeira de Melo como os titulares dos cargos 
estruturais à organização política do País. Exemplos: Presidente da República, Governadores, Prefeitos 
e respectivos vices, os auxiliares imediatos dos chefes de Executivo, isto é, Ministros e Secretários das 
diversas pastas, bem como os Senadores, Deputados Federais e Estaduais e os Vereadores. 
Exercem funções e mandatos temporários. Não são funcionários nem servidores públicos, exceto para 
fins penais, caso cometam crimes contra a Administração Pública. 
 
Agentes de Fato 
 
Para que um ato administrativo seja praticado é necessário que o agente esteja legitimamente 
investido no cargo para que possa exercer a competência prevista em lei. Exemplo: “falta de requisito 
legal para investidura, como certificado de sanidade vencido; inexistência de formação universitária para 
função que a exige, idade inferior ao mínimo legal; o mesmo ocorre quando o servidor está suspenso do 
cargo, ou exerce funções depois de vencido o prazo de sua contratação, ou continua em exercício após 
a idade-limite para aposentadoria compulsória”.7 
 
Os atos praticados pelo agente de fato presumem-se válidos, com base na conformidade da lei, 
visando tutelar a boa-fé dos administrados. A validade dos atos decorre de exame caso a caso, visando 
assegurar a segurança jurídica e da boa-fé da população. Caso os atos praticados por agente público 
não sejam de sua competência, os mesmos serão considerados nulos, como no caso do usurpador de 
função. 
 
Agentes Militares 
 
Os agentes militares formam uma categoria à parte entre os agentes políticos na medida em que as 
instituições militares são organizadas com base na hierarquia e na disciplina. Aqueles que compõem os 
quadros permanentes das forças militares possuem vinculação estatutária, e não contratual, mas o regime 
jurídico é disciplinado por legislação específica diversa da aplicável aos servidores civis. 
Assim, os militares abrangem as pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas - Marinha, 
Exército e Aeronáutica (art. 142, caput, e § 3.º, da Constituição) - e às Polícias Militares e Corpos de 
 
6 Di Pietro, Maria Sylvia Zanella, Direito Administrativo, editora ATLAS, São Paulo, 2014: 
7 Di Pietro, Maria Sylvia Zanella, “Direito Administrativo” (13ª edição, São Paulo, Atlas, 2001, p. 221. 
2. Agente Público: função pública, atendimento ao cidadão. 
3. Regime Jurídico dos Servidores Públicos Federais – Direitos, 
deveres, proibições e responsabilidades. 
(Lei nº 8.112, de 11/12/1990). 
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Bombeiros Militares dos Estados, Distrito Federal e dos Territórios (art. 42), com vínculo estatutário sujeito 
a regime jurídico próprio, mediante remuneração paga pelos cofres públicos. 
 
Particulares em colaboração 
 
Os particulares em colaboração com a Administração constituem uma classe de agentes públicos, em 
regra, sem vinculação permanente e remunerada com o Estado. São agentes públicos, mas não integram 
a Administração e não perdem a característica de particulares. Exemplos: jurados, recrutados para o 
serviço militar, mesário de eleição. 
De acordo com Hely Lopes Meirelles, são chamados também de “agentes honoríficos”, exercendo 
função pública sem serem servidores públicos. Essa categoria de agentes públicos é composta, segundo 
Celso AntônioBandeira de Mello, por: 
a) requisitados de serviço: como mesários e convocados para o serviço militar (conscritos); 
b) gestores de negócios públicos: são particulares que assumem espontaneamente uma tarefa pública, 
em situações emergenciais, quando o Estado não está presente para proteger o interesse público. 
Exemplo: socorrista de parturiente; 
c) contratados por locação civil de serviços: é o caso, por exemplo, de jurista famoso contratado para 
emitir um parecer; 
d) concessionários e permissionários: exercem função pública por delegação estatal; 
e) delegados de função ou ofício público: é o caso dos titulares de cartórios. 
Importante destacar que os particulares em colaboração com a Administração, mesmo atuando 
temporariamente e sem remuneração, podem praticar ato de improbidade administrativa (art. 2.º da Lei 
n. 8.429/92) e, enquanto exercerem a função, são considerados funcionários públicos para fins penais, 
respondendo, assim, pelos crimes que cometerem. A Administração Pública responde pelos danos 
causados a terceiros por este agente, voltando-se, depois, contra o agente público delegado. 
 
Servidores Públicos 
 
São servidores públicos, em sentido amplo, as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às 
entidades da Administração Indireta, com vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos 
cofres públicos. 
 
Já os servidores públicos em sentido restrito, são aqueles que possuem uma relação com o regime 
estatutário, que sejam ocupantes de cargos públicos efetivos ou em comissão e se submetam a regime 
jurídico de direito público. 
 
Os servidores públicos, por sua vez, são classificados em: 
 
1. Funcionário público: titularizam cargo e, portanto, estão submetidos ao regime estatutário. 
 
2. Empregado público: titularizam emprego, sujeitos ao regime celetista. Ambos exigem concurso. 
É o agente público que tem vínculo contratual, ou seja, sua relação com a Administração Pública decorre 
de contrato de trabalho. Possui, então, vínculo de natureza contratual celetista (CLT). Assim, o 
Empregado Público é regido pela CLT e o Servidor Público é regido por lei específica - no caso do servidor 
público federal, será regido pela Lei 8.112/90. 
 
3. Contratados em caráter temporário: são servidores contratados por um período certo e 
determinado, por força de uma situação de excepcional interesse público. Não são nomeados em caráter 
efetivo, que tem como qualidade a definitividade – art. 37, inc. IX, da Constituição Federal. 
 
O trabalho temporário é regulado pela Lei nº 6.019/74 - é aquele prestado por pessoa física a uma 
empresa para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou 
a acréscimo extraordinário de serviços. O vínculo empregatício do trabalhador temporário não se dá com 
a empresa tomadora de serviços, mas sim com a empresa de trabalho temporário. 
Essa modalidade de contratação tem como objetivo atender a serviços extraordinários de serviços 
(época de Páscoa e Natal), além de atender à necessidade transitória de substituição de pessoal regular 
e permanente. 
O contrato do trabalhador temporário deve ser feito de forma escrita, além de constar expressamente 
a causa que enseja sua contratação. 
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Quanto ao prazo, este não poderá exceder 3 meses, caso seja a mesma empresa tomadora e o mesmo 
empregado, salvo autorização conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho e Previdência Social. 
No aludido instrumento deve constar expressamente o prazo que vigerá o contrato, data de início e 
término da prestação de serviço. 
 
Os agentes públicos são classificados da seguinte forma: 
 
- Agentes políticos: pessoas físicas que exercem determinada função (legislativa, executiva ou 
administrativa) descrita na Constituição Federal. São exemplos: deputado federal, senador, governador 
de estado, procurador do trabalho, entre outros. 
- Agentes administrativos: são servidores sujeitos a uma relação hierárquica com os agentes políticos, 
isto é, são os servidores públicos propriamente ditos (ocupam cargo efetivo ou em comissão e respeitam 
o estatuto da respectiva instituição na qual trabalham), os empregados públicos (trabalham em empresas 
públicas e respeitam a legislação trabalhista) e os servidores temporários (contratados temporariamente 
para suprirem necessidade temporária de excepcional interesse público). 
- Agentes honoríficos: pessoas que desempenham atividade administrativa em razão de sua 
honorabilidade (honra). Exemplos: mesário da eleição ou jurado convocado para júri de algum crime 
doloso contra a vida. 
- Agentes delegados: pessoas que recebem a incumbência de executarem, por sua conta e risco, um 
serviço público ou uma atividade de interesse público. Podem ser os notários, os registradores de imóveis, 
os tradutores públicos, os concessionários ou permissionários de serviço público, entre outros. 
- Agentes credenciados: pessoas que representam a Administração Pública em um determinado 
evento ou atividade. 
 
CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO PÚBLICA 
 
A Constituição federal, em vários dispositivos, emprega os vocábulos cargo, emprego e função para 
designar realidades diversas, porém que existem paralelamente na Administração. Cumpre, pois, 
distingui-las. 
Para bem compreender o sentido dessas expressões, é preciso partir da ideia de que na Administração 
Pública todas as competências são definidas na lei e distribuídas em três níveis diversos: pessoas 
jurídicas (União, Estados e Municípios), órgãos (Ministérios, Secretarias e suas subdivisões) e 
servidores públicos; estes ocupam cargos ou empregos ou exercem função. 
 
Cargo público: é o lugar dentro da organização funcional da organização funcional da Administração 
Direta e de suas autarquias e fundações públicas que, ocupado por servidor público, submetidos ao 
regime estatuário, tem funções específicas e remuneração fixada em lei ou diploma a ela equivalente. 
Para Celso Antônio Bandeira de Melo são as mais simples e indivisíveis unidades de competência a 
serem titularizadas por um agente. São criados por lei, previstos em número certo e com denominação 
própria. 
Com efeito, as várias competências previstas na Constituição para a União, Estados e Municípios são 
distribuídas entre seus respectivos órgãos, cada qual dispondo de determinado número de cargos 
criados por lei, que lhes confere denominação própria, define suas atribuições e fixa o padrão de 
vencimento ou remuneração. 
Criar um cargo é institucionalizá-lo, atribuindo a ele denominação própria, número certo, funções 
determinadas, etc. Somente se cria um cargo por meio de lei, logo cada Poder, no âmbito de suas 
competências pode criar um cargo através da lei. 
A transformação ocorre quando há modificação ou alteração na natureza do cargo de forma que, ao 
mesmo tempo que o cargo é extinto, outro é criado. Somente se dá por meio de lei e há o aproveitamento 
de todos os servidores quando o novo cargo tiver o mesmo nível e atribuições compatíveis com o anterior. 
A extinção corresponde ao fim do cargo e também deve ser efetuada por meio de lei. 
O art. 84, VI, “b” da Constituição Federal traz exceção ao atribuir competência para o Presidente da 
República para dispor, mediante decreto, sobre a extinção de funções ou cargos públicos quando vagos. 
 
Empregos públicos: são núcleos de encargos de trabalho permanentes a serem preenchidos por 
pessoas contratadas para desempenhá-los, sob relação jurídica trabalhista e somente podem ser criados 
por lei. 
Função pública: é a atividade em si mesma, é a atribuição, as tarefas desenvolvidas pelos servidores. 
São espécies: 
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a) Funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantesde cargo efetivo, e 
destinadas ás atribuições de chefia, direção e assessoramento; 
b) Funções exercidas por contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporária 
de excepcional interesse público, nos termos da lei autorizadora, que deve advir de cada ente federado. 
 
Acumulação de Cargos, Empregos e Funções Públicas: 
Em regra, o ordenamento jurídico brasileiro proíbe a acumulação remunerada de cargos ou empregos 
públicos. Porém, a Constituição Federal prevê um rol taxativo de casos excepcionais em que a 
acumulação é permitida. Importantíssimo destacar que, em qualquer hipótese, a acumulação só será 
permitida se houver compatibilidade de horários e observado o limite máximo de dois cargos. 
As hipóteses de acumulação constitucionalmente autorizadas são: 
a) a de dois cargos de professor (art. 37, XVI, a); 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico (art. 37, XVI, b); 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas 
(art. 37, XVI, c); 
d) a de um cargo de vereador com outro cargo, emprego ou função pública (art. 38, III); 
e) a de um cargo de magistrado com outro no magistério (art. 95, parágrafo único, I); 
f) a de um cargo de membro do Ministério Público com outro no magistério (art. 128, § 5º, II, d). 
 
Direitos e vantagens: 
 
Segundo a lei nº 8.112/90 são direitos e vantagens do servidor público: 
- Vencimento; 
- Indenizações; 
- Gratificações; 
- Diárias; 
- Adicionais; 
- Férias; 
- Licenças; 
- Concessões; 
- Direito de petição. 
 
PODERES, DEVERES E PRERROGATIVAS 
 
Poderes: é um poder-dever de eficiência, de probidade e o de prestar contas etc. 
 
Deveres: Previsto no artigo 116, da Lei 8112/90: 
Art. 116. São deveres do servidor: 
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
II - ser leal às instituições a que servir; 
III - observar as normas legais e regulamentares; 
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; 
V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade 
superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade 
competente para apuração; 
VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; 
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e 
apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando 
ampla defesa. 
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Prerrogativas: são os direitos e vantagens dos servidores públicos, quais sejam: vencimento, 
indenizações, gratificações, diárias, adicionais, férias, licenças, concessões e direito de petição. 
 
Indenizações: de acordo com o art. 51 da Lei nº 8.112/90 as indenizações são constituídas pela ajuda 
de custo, diárias, transporte e auxílio moradia. 
 
Diárias: essa prerrogativa está regulamentada no art. 58 da Lei nº 8.112/90. É devida ao servidor que 
se afastar da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o 
exterior. São destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinárias com pousada, alimentação 
e locomoção urbana. 
 
Gratificações e Adicionais: são tratados no art. 61 da Lei nº 8.112/90 que as discrimina, a saber: 
retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento, gratificação natalina, adicional 
pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas, adicional pela prestação de serviço 
extraordinário, adicional noturno, adicional de férias, outros (relativos ao local ou à natureza do trabalho), 
gratificação por encargo de curso ou concurso. 
 
Férias: é um direito que o servidor alcança após cumprir o período aquisitivo (12 meses). Consiste em 
um período de 30 dias de descanso que podem ser cumuladas até o máximo de dois períodos, bem como 
podem ser parceladas em até três etapas. 
 
Licenças: de acordo com o art. 81 da referida lei a licença é concedida por motivo de doença em 
pessoa da família, de afastamento do cônjuge ou companheiro, para o serviço militar, para a atividade 
política, para capacitação, para tratar de interesses particulares e para desempenho de mandato 
classista. 
 
Concessões: existem quando é permitido ao servidor se ausentar sem ter que arcar com quaisquer 
prejuízos. O art. 97 da Lei nº 8.112/90 elenca as hipóteses de concessão, vejamos: por um dia para 
doação de sangue, pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento 
eleitoral, limitado, em qualquer caso a dois dias, por oito dias consecutivos em razão de casamento, 
falecimento de cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda 
ou tutela ou irmãos. 
 
Direito de Petição: o direito de petição existe para a defesa do direito ou interesse legítimo. É 
instrumento utilizado pelo servidor e dirigido à autoridade competente que deve decidir. 
 
REGIME DISCIPLINAR 
 
Primeiramente, atente-se aos deveres do servidor público (art. 116 da lei nº 8.112/90): 
I – exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
II – ser leal às instituições a que servir; 
III – observar as normas legais e regulamentares; 
IV – cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; 
V – atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública; 
VI – levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do 
cargo; 
VII – zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; 
VIII – guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
IX – manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
X – ser assíduo e pontual ao serviço; 
XI – tratar com urbanidade as pessoas; 
XII – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
 
Por outro lado, o art. 117, do mesmo instrumento legal, elenca as proibições dos servidores públicos: 
 
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I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; 
II – retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da 
repartição; 
III – recusar fé a documentos públicos; 
IV – opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; 
V – promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; 
VI – cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de 
atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; 
VII – coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou 
a partido político; 
VIII – manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou 
parente até o segundo grau civil; 
IX – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da 
função pública; 
X – participar de gerência

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