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RESUMO OAB DIREITO ADMINISTRATIVO

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Direito Administrativo - OAB/RJ | Yasmim Martins de Magalhães | 2021.1
DIREITO ADMINISTRATIVO – OAB/RJ	
	CONTEÚDO
	QUESTÕES
	SERVIÇOS PÚBLICOS
1. Princípios;
2. Classificação dos serviços públicos;
3. Concessão;
4. Caducidade do contrato de concessão;
5. PPP;
6. Consórcios Públicos.
	26
	AGENTES PÚBLICOS
1. Contratação por tempo determinado;
2. Notários e Registradores;
3. Concursos Públicos;
4. Provimento;
5. Aposentadoria Compulsória;
6. Acumulação de Cargos;
7. Teto Remuneratório;
8. Salário Mínimo (princípio da irredutibilidade);
9. Pensão por morte (EC 41/2003);
10. Vacância;
11. Subsídios e vencimentos.
	23
	INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE E NO DOMÍNIO ECONÔMICO
1. Desapropriação (Tredestinação, direito de extensão, competência, fases);
2. Tombamento;
3. Servidão administrativa;
4. Requisição;
5. Intervenção no domínio econômico (Art. 173, CF).
	17
	PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
1. Poder de Polícia;
2. Poder Hierárquico;
3. Poder Discricionário;
4. Poder Regulamentar;
5. Abuso de poder e desvio de finalidade.
	13
	LICITAÇÕES
1. Dispensa (Art. 24);
2. Princípios (Julgamento objetivo – Art. 44);
3. Modalidades (Art. 22);
4. Revogação (Art. 49).
	12
	RESPONSABILIDADE CIVIL 
1. Responsabilidade objetiva (Art. 37, §6º, CF);
2. Teoria do risco administrativo;
3. Ação de regresso da parte final do §6º, art. 37, CF.
	12
	ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
1. Empresas públicas (Lei 13.303/2016);
2. Sociedades de Economia Mista;
3. Fundações Públicas;
4. Autarquias (Características);
5. Empresas Estatais;
6. Agências Reguladoras.
	12
	PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
1. Nulidades (Teoria da verdade sabida);
2. Direito de petição;
3. Penalidades;
4. Sindicância;
5. Independência das instâncias administrativa, civil e penal.
	10
	ATOS ADMINISTRATIVOS
1. Classificação;
2. Autoexecutoriedade;
3. Licenças;
4. Caducidade;
5. Revogação e Anulação;
6. Teoria dos motivos determinantes. 
	9
	CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO
1. Tribunal de Contas;
2. Controle jurisdicional;
	8
	IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
1. Sujeitos Ativo e Passivo;
2. Atos de improbidade;
3. Prescrição.
	8
	CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
1. Garantias;
2. Cláusulas exorbitantes;
3. Duração dos contratos;
4. Sanções;
	7
1. SERVIÇOS PÚBLICOS
Definição: 
“toda atividade material que a lei atribui ao Estado para que a exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de satisfazer concretamente às necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou parcialmente público”. Mª Sylvia Zanella de Pietro.
Princípios:
	
(C C E S A R M G)
Cortesia: Traduz-se em bom tratamento ao público;
Continuidade: Os serviços públicos, por vezes, atendem a necessidades inadiáveis da população, por isso são vedadas interrupções em sua prestação. Há situações, entretanto, em que se admite a interrupção da atividade, sem que fique caracterizada a descontinuidade na prestação do serviço. Conforme dispõe o art. 6º, § 3º, da Lei 8.987/95, isto pode ocorrer: 
a) em situações de emergência; 
b) devido a razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; 
c) em função do inadimplemento do usuário, considerado o interesse da comunidade. Nas duas últimas hipóteses, a interrupção só pode ser feita após aviso prévio (na primeira tal medida é logicamente impossível);
Eficiência: Serviço satisfatório, qualitativa e quantitativamente;
Segurança das instalações: prevenção de riscos de acidentes;
Atualidade: modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço;
Regularidade: prestação regular, de modo a atender à expectativa do usuário quanto ao momento de sua prestação; 
Modicidade das tarifas: a remuneração pela prestação do serviço deve ser fixada de forma a possibilitar ao prestador o retorno de seu investimento, mas vedando-se a obtenção de lucros extraordinários ou a prática de margens exorbitantes de faturamento; 
Generalidade: Impõe serviço igual para todos os usuários, indiscriminadamente.
Classificação
I - Quanto ao alcance:
I.I - Coletivos ou gerais (uti universi) são aqueles prestados a destinatários indeterminados (polícia, iluminação pública, calçamento, limpeza urbana, conservação de logradouros públicos, policiamento urbano). Esse tipo de serviço é prestado conforme as possibilidades do Estado, não gerando para os destinatários direito subjetivo à sua fruição;
I.II - Singulares ou individuais (uti singuli) são os serviços que atingem destinatários determinados, sendo, pois, imensurável a utilização individual (coleta domiciliar de lixo, fornecimento domiciliar de água, energia elétrica, o serviço postal, telefônico). Diferentemente do que ocorre com os serviços coletivos, os destinatários têm direito subjetivo à prestação dos serviços singulares, desde que preencham os requisitos mínimos para tanto;
II - Quanto ao objeto
II.I - Serviços administrativos: são os serviços que o estado presta com o objetivo de melhor estruturar-se para o desempenho de funções administrativas, objetiva atender às suas necessidades internas ou preparar outros serviços que serão prestados ao público (ex.: imprensa oficial);
II.II - Serviços industriais ou comerciais: são os que produzem renda para quem os presta, mediante a remuneração da utilidade usada ou consumida, remuneração, esta, que, tecnicamente, se denomina tarifa ou preço público, por ser sempre fixada pelo Poder Público, quer quando o serviço é prestado por seus órgãos ou entidades, que quando por concessionários, permissionários ou autorizatários; 
II.III - Serviços sociais: atendem a necessidades coletivas em que a atuação do Estado é essencial, mas que convivem com a iniciativa privada, tal como ocorre com os serviços de saúde, educação, previdência, cultura, meio ambiente; são tratados na Constituição no capítulo da ordem social e objetivam atender aos direitos sociais do homem considerados direitos fundamentais pelo art. 6° da CF.
Concessão
O serviço público pode ser prestado de forma direta ou indireta. Embora a doutrina não convirja sobre esse assunto, consideraremos que a execução direta dos serviços públicos ocorre quando os serviços são prestados pela Administração Pública direta e indireta. E, por outro lado, a execução indireta é quando a prestação do serviço público é realizada por delegação à empresa privada.
Para isso, utilizaremos a Lei 8987/95, que estabelece normas gerais para o regime de concessão e permissão. Além disso, a União também editou a norma 11.079/2004, que trata das normas gerais de contratação das parceria público-privada.
I - Concessão do serviço público
A concessão é definida como a delegação de serviço público, feita pelo poder concedente, mediante licitação na modalidade concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado.
Assim, também, a lei prevê a possibilidade concessão de serviço público precedida da execução de obra pública. Ou seja, a concessão para construção, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público. E então, neste caso, o investimento da concessionária deve ser remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou obra por prazo determinado.
Diante da complexidade desse contrato, a concessão não pode ser delegada para pessoas físicas e devem ser precedidas de licitação na modalidade mais completa: a concorrência.
Portanto, percebe-se duas possibilidades de concessão: a realização de um serviço público, como por exemplo o fornecimento de energia elétrica. Ou, da concessão de uma obra pública para posterior exploração de um serviço público, como é o caso, por exemplo, da exploração de rodovia para melhoramento das estradas e cobrança de pedágios.
II - Sujeitos da concessão
Para continuar esse resumo, vamos saber quem são os sujeitos da concessão de serviço público envolve dois sujeitos: o poder concedente e a concessionária.
Entende-se por poder concedente a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, emcuja competência se encontre o serviço público. Trata-se, portanto, do ente político que recebe da Constituição a competência para prestar determinado serviço público.
Por outro lado, a concessionária de serviço público é uma empresa de direito privado, que concorreu e ganhou uma licitação para prestar determinado serviço público por tempo determinado.
III - Modalidades de concessão
Depois de entender melhor o que é e quem são os sujeitos da concessão de serviço público, vamos ver as modalidades existentes de concessão.
Pois então podemos definir três modalidades de concessão: a ordinária, a administrativa e a patrocinada, e elas se diferenciam pela forma de remuneração do serviço prestado.
A concessão ordinária é a forma de concessão que a remuneração básica decorre da tarifa paga pelo usuário ou outra forma de remuneração decorrente da exploração do serviço, ou seja, o serviço é prestado e o usuário desse serviço remunera a concessionária.
Por outro lado, na concessão patrocinada, ocorrem duas formas de remuneração do concessionário: tarifa paga pelo usuário e a contraprestação do poder concedente.
Enquanto a concessão administrativa ocorre quando a remuneração é constituída pelo parceiro público ao parceiro privado.
IV - Contrato de concessão
Após a realização da licitação e definido o vencedor, a formalização dar-se-á por contrato de concessão. Embora nos contratos privados a relação seja de igualdade entre os contratantes, nos contratos administrativos existe uma superioridade do poder público em relação a empresa privada.
Por isso, no contrato de concessão, existem prerrogativas que não existiriam nos contratos privados, como as cláusulas exorbitantes.
V - Clausulas exorbitantes
As cláusulas exorbitantes são regras previstas nos contratos administrativos que geralmente não ocorreriam nos contratos privados.
Portanto, podemos citar como cláusulas exorbitantes a possibilidade de alteração e extinção unilateral do contrato, a fiscalização da execução do contrato, a aplicação direta de sanções e a decretação de ocupação provisória ou temporária.
Por exemplo, nos contratos privados, se existir a possibilidade de um contratante realizar uma extinção do contrato, existirá a mesma possibilidade para o contratado, já que os contratos são bilaterais. Mas, isso não ocorre nos contratos de concessão, por isso chamamos de cláusulas exorbitantes.
Além disso, há a possibilidade de o poder concedente intervir no serviço público. Ou seja, o poder público poderá assumir temporariamente a execução do serviço, com o objetivo de assegurar a adequada prestação do serviço público. Então, essa intervenção será feita por decreto do poder concedente, que conterá a designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida.
Contudo, processo administrativo apurará os fatos no prazo de trinta dias, assegurando o direito da ampla defesa. Caso fique comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais, será declarada a nulidade e o serviço imediatamente devolvido ao concessionário com direito a indenização. Ou seja, a concessionária terá o direito de defesa respeitado e receberá indenização em caso de ter sido prejudicada.
VI - Direitos dos usuários
Diante da prestação do serviço público, os usuários do serviço têm direitos e deveres definidos como:
· Receber um serviço adequado;
· Levar ao conhecimento do poder público e da concessionária as irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao serviço prestado;
· Comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos praticados pela concessionária na prestação do serviço;
· Contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos quais lhes são prestados os serviços.
A lei também exige que que as concessionárias ofereçam ao consumidor seis datas diferentes dentro do mês para pagamentos dos débitos. Então, quando a concessionária de energia elétrica pergunta qual a melhor data para o vencimento da conta de luz, ela está cumprindo com uma obrigação legal.
VII - Serviço público adequado
A lei menciona que toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido na lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato.
E então, o que seria o serviço adequado? Pois, o serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
A atualidade pressupõe a modernidade dos equipamentos, técnicas e instalações e sua conservação, assim como a melhoria do serviço.
Enquanto a modicidade de tarifas compreende a razoabilidade na definição de valores das tarifas em virtude da contraprestação que o cidadão recebe do serviço público.
E a continuidade refere-se à prestação permanente do serviço público, considerando sua essencialidade.
Mas, há hipóteses de descontinuidade do serviço público em caso de emergência ou após prévio aviso motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações e por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
VIII - Encargos da concessionária
Para continuar esse resumo da concessão de serviço público, vamos ver alguns encargos das concessionárias.
Incumbe a concessionária alguns encargos como:
· Prestar serviço adequadamente;
· Prestar contas da gestão do serviço;
· Permitir o livre acesso à fiscalização;
· Promover as desapropriações e constituir servidões autorizadas pelo poder concedente;
Lembra-se que para ocorrer a desapropriação de um bem privado, o poder público deve decretar a utilidade pública ou necessidade pública. Essa atividade é de competência exclusiva, sendo apenas delegado a execução da atividade. Então, não confunda! O poder público decide se irá desapropriar ou não. Enquanto a concessionária pode executar a desapropriação ou a constituição da servidão.
Caducidade 
A lei prevê os encargos da concessionária, ela prevê também as possibilidades de extinção da concessão. E o que ocorre com o serviço público com a extinção da concessão? Para a continuação do serviço público, o poder concedente receberá os bens reversíveis, direitos e privilégios do poder concedente. E após ser extinta a concessão, haverá imediata assunção do serviço pelo poder público.
As hipóteses de extinção da concessão são:
· Advento do termo contratual;
· Encampação;
· Caducidade;
· Rescisão;
· Anulação;
· Falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual.
A hipótese de extinção por advento do termo contratual é a forma natural de extinção da concessão. Como a concessão é cedida por prazo determinado, então a extinção se daria com o término do prazo.
Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização.
A caducidade é a extinção do contrato em decorrência da inexecução total ou parcial do contrato.
A rescisão é a extinção do contrato em decorrência de inadimplência do poder concedente. Nesse caso, deverá ocorrer por iniciativa da concessionária e será sempre de forma judicial.
A anulação é a extinção do contrato de concessão em decorrência de alguma ilegalidade, que poderá ocorrer tanto na licitação quanto no próprio contrato.
A extinção da concessão pela falência decorre da natureza pessoal dos contratos de concessão. Logo, se a pessoa que firmou o contrato não possui mais as condições de dar-lhe prosseguimento, o contrato, inevitavelmente, será extinto.
I - Diferença entre as modalidades de delegação do serviço público
Para concluir esse resumo de concessão, vamos ver as modalidades de delegação de serviço público.
Existem três modalidades de delegação de serviços públicos: concessão, permissão e autorização. Apesar de alguns doutrinadores não considerarem a autorização como modalidade de delegação de serviço público, as bancasde concurso a consideram. Como já vimos a concessão, vamos ver, resumidamente, a permissão e a autorização.
A permissão de serviço público é a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco”.
Enquanto a autorização é um ato administrativo unilateral, discricionário e precário, sendo passível de revogação a qualquer tempo e sem qualquer direito à indenização para o administrado.
A doutrina afirma que a autorização é uma modalidade de delegação aplicável nas situações: 
· nos casos em que o serviço seja prestado a um grupo restrito de usuários, sendo o próprio particular o seu beneficiário principal ou exclusivo;
· nas situações de emergências;
· nas situações transitórias ou especiais.
PPP’S
Conceito: As parcerias público-privada são uma modalidade de concessão. A criação de uma Lei que regulasse o instituto da concessão foi necessária pois houve um diagnóstico de que a antiga lei não era suficiente, não dando conta da delegação de serviços, principalmente quanto as infraestruturas.
Dessa forma, as principais causas para a criação da lei das PPP’s foi a incapacidade estatal para investimento e a insuficiência tarifaria para remunerar o privado, bem como as deficiências dos regimes de concessões. 
Assim, as consequências trazidas por tais problemas refletem num capital privado reticente, ou seja, instável; na elevação do custo para a contratação, logo, se há mais risco o serviço fica mais caro e na falta de vontade dos entes particulares em realizarem serviços públicos (trazendo serviços precários).
A solução para tudo isso foi a criação de uma nova lei das PPP’s visando os seguintes pontos:
1. Diminuir o risco e aumentar a segurança dos privados;
2. Oferecer e garantir o retorno dos investimentos; e
3. Combinar recursos (Estado + Privado) que sozinhos seriam insuficientes.
A PPP vem como uma técnica contratual para criar condições estáveis e previsíveis beneficiando o Estado com a expansão de infraestrutura, e o setor privado com uma nova oportunidade de negócios.
Celso Antônio Bandeira de Mello critica ao regime das PPP’s por acreditar que ocorreria uma ampliação na privatização de serviços públicos caracterizando um capitalismo sem risco, beneficiando o privado pois este não assumiria risco nenhum, sendo esta responsabilidade apenas do Estado.
I - Modalidades de concessões nas PPP’s
I.I - Concessão patrocinada (art. 2º§1º): há a presença de recurso público obrigatoriamente. Ou seja, o Estado tem que bancar parte do investimento. Assim, tem-se a tarifa do usuário, mais o recurso público. É a delegação dos serviços que são os mesmos que podem ser delegados pela 8.987, ou seja, os serviços públicos (aqueles definidos pelo at. 175 da CF) Exemplo: construção de rodovias, energia elétrica, transporte.
I.II- Concessão administrativa (art. 2º §2º): ocorre quando a própria Administração é a usuária do serviço. Exemplo: o parceiro privado constrói um presídio e a Administração é a usuária indireta, pois os presos são usuários diretos. Seu objeto é composto de serviços públicos ou funções públicas; Parques; Mercadão. É basicamente tudo o que está fora do art. 175 da Constituição Federal.
 
II - Doutrina
Segundo o renomado doutrinador Vicente Bagnoli, em sua obra “Direito Econômico e Concorrencial”:
 
“De maneira ampla, entendem-se as PPPs como os diversos acordos negociais de interesse geral e de caráter continuado, firmados entre o Estado (Administração Pública) e agentes privados (responsáveis pela consecução do objeto contratual), a fim de tornar viável o desenvolvimento socioeconômico pretendido.
No Brasil, a Lei no 11.079, de 30 de dezembro de 2004, institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Não obstante a Lei Federal datar de dezembro de 2004, aos 16 de dezembro de 2003 o Estado de Minas Gerais promulgava a Lei no 14.868, e aos 19 de maio de 2004 o Estado de São Paulo promulgava a Lei no 11.688, ambas sobre PPP.
Diante disso, observa Carlos Ari Sundfeld (2005, p. 22 e 23) que: “Em sentido estrito, ‘PPPs’ são os vínculos negociais que adotem a forma de concessão patrocinada e de concessão administrativa, tal qual definidas pela Lei federal 11.079/2004. Apenas esses contratos sujeitam-se ao regime criado por essa lei.”
CONSÓRCIOS PÚBLICOS
Consórcio público é uma pessoa jurídica criada por lei com a finalidade de executar a gestão associada de serviços públicos, onde os entes consorciados, que podem ser a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no todo em parte, destinarão pessoal e bens essenciais à execução dos serviços transferidos.
Um exemplo de Consórcio Público foi a criação da Autoridade Pública Olímpica (APO) que teve por objetivo coordenar a participação da União, do Estado do Rio de Janeiro e do Município do Rio de Janeiro na preparação e realização dos Jogos de 2016.
O tema é disciplinado pela Lei 11.107/05 que, por ser relativamente nova, o que se as bancas realmente cobram é a letra da Lei, uma vez que não existe muita jurisprudência nem doutrina sobre o tema.
a) Formação – Somente formáveis entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Podem ser entes diferentes.
b) Finalidade – Atender a interesse comum, através da gestão associada de serviços públicos;
c) Competências:
- Firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios, contribuições e subvenções sociais ou econômicas de outras entidades e órgãos do governo;
- Nos termos do contrato de consórcio de direito público, promover desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder Público;
- Ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação consorciados, dispensada a licitação;
- Emitir documentos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de tarifas e outros preços públicos pela prestação de serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens públicos por eles administrados ou, mediante autorização específica, pelo ente da Federação consorciado;
- Outorgar concessão, permissão ou autorização de obras ou serviços públicos mediante autorização prevista no contrato de consórcio público, que deverá indicar de forma específica o objeto da concessão, permissão ou autorização e as condições a que deverá atender, observada a legislação de normas gerais em vigor.
Embora o nome seja Consórcio Público, poderá ser constituída pessoa jurídica de direito público (associação que integrará a Administração Indireta dos entes consorciados) ou pessoa jurídica de direito privado.
A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados. Exemplo: Caso a União queira realizar um consórcio com o município de Juiz de Fora, o Estado de Minas Gerais necessariamente deve participar.
O consórcio público de direito público poderá promover desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder Público. Notem que apenas se a personalidade jurídica for de direito público será possível promover desapropriações e servidões.
O consórcio público poderá ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação consorciados, dispensada a licitação.
Os consórcios públicos poderão outorgar concessão, permissão ou autorização de obras ou serviços públicos mediante autorização prevista no contrato de consórcio público.
I - Protocolo de intenções: 
O consórcio público será constituído por contrato cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções cujo objetivo é estabelecer a denominação, a finalidade, o prazo de duração e a sede do consórcio; a identificação dos entesda Federação consorciados; a indicação da área de atuação etc. O contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação, mediante lei, do protocolo de intenções.
II - Contrato de rateio: 
Os entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio público mediante contrato de rateio.
2. AGENTES PÚBLICOS
Agentes públicos são pessoas físicas que exercem atividade própria de Estado. Não importa se essa atividade é remunerada ou não, se é permanente ou temporária. Todo qualquer que exerce atividade própria de Estado é denominado de agente público. É evidente que agente público se constitui em um gênero. As espécies que surgem de sua divisão, no entanto, não
encontram consenso na doutrina. Entendemos, no entanto, que o gênero Agente Público se subdivide nas seguintes espécies:
Agentes políticos são aqueles que ocupam os cargos da mais elevada hierarquia de um Estado. Realizam a função política primária do Estado, possuindo um vínculo de natureza política com o Estado. 
Pela definição da doutrina mais tradicional, os agentes políticos são aqueles ocupantes das funções de chefes dos Poderes Executivos da União, Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios, bem como os seus assessores diretos. De igual forma, são considerados como agentes políticos, os membros dos Poderes Legislativos da União, do Distrito Federal, dos Estados-Membros e dos Municípios.
No entanto, existe uma tendência atual de se considerar os Magistrados, os Membros do Ministério Público e do Tribunal de contas como Agentes Políticos. Vale, no entanto, ressaltar que o STF já teve oportunidade de negar a qualidade de agentes políticos aos membros dos Tribunais de Contas.
CONTRATAÇÃO POR TEMPO DETERMINADO
Como já dito, a contratação de pessoal por tempo determinado visa atender a necessidades extraordinárias da Administração Pública em que o interesse público exigir. Subtende-se, portanto, que esta hipótese deve ser aventada tão somente nas situações cujas demandas de serviços sejam incompatíveis com a contratação de pessoal permanente. Exemplo desta hipótese são os casos de contratação de agentes de pesquisa pelo IBGE, quando da realização de Censos Demográficos.
Torna-se evidente que para a execução do referido serviço, que visa realizar o levantamento populacional do país, há uma demanda elevada de recenseadores, razão pela torna-se necessária a contratação de pessoal para a execução específica deste serviço. Após a execução do censo, todavia, não haveria mais motivo para que estes recenseadores fossem mantidos no quadro de servidores públicos, vez que representariam um ônus desnecessário, já que a demanda excepcional de serviços já teria sido suprida. Em casos como este, adota-se a contratação de pessoal por período determinado, para atender a necessidade excepcional de interesse público.
Outra hipótese que demanda esta forma excepcional de investidura temporária no serviço público são, com já dito acima, as situações de calamidade pública, cuja contratação de pessoal é incompatível com processo normal de contratação de pessoal. Nestes casos, em razão da urgência, a contratação prescindirá, até mesmo, de processo seletivo, conforme permite o §1º, do art. 3º, da Lei 8.745/933. Registre-se, porém, que, encerrados os motivos da situação de calamidade pública, o pessoal contratado não será mais necessário para a Administração Pública, razão pela qual também devem ser excluídos dos quadros de agentes públicos, evitando-se, assim, despesas desnecessárias.
Deixou-se, então, a cargo de Lei ordinária estabelecer os casos de contratação por tempo determinado. Cuida-se, portanto, de norma jurídica de eficácia limitada, ou seja, norma constitucional que depende de regulamentação para adquirir capacidade de produzir efeitos.
Na esfera federal, a contratação por prazo determinado foi disciplinada pela Lei nº 8.745/1993 (posteriormente alterada pelas Leis 9.849/99, 10.667/2003, 10.973/2004, 11.123/2005 e 11.440/2006). Neste caso, a aplicação restringe-se aos órgãos da Administração Direta federal, às autarquias e às fundações públicas federais.
Em seu art. 2°, a referida norma elenca as hipóteses consideradas de necessidade temporária de excepcional interesse público, conforme segue:
Art. 2º Considera-se necessidade temporária de excepcional interesse público:
I - assistência a situações de calamidade pública;
II - assistência a emergências em saúde pública;
III - realização de recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatística efetuadas pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
IV - admissão de professor substituto e professor visitante;
V - admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiro;
VI - atividades:
a) especiais nas organizações das Forças Armadas para atender à área industrial ou a encargos temporários de obras e serviços de engenharia
b) de identificação e demarcação territorial
d) finalísticas do Hospital das Forças Armadas
e) de pesquisa e desenvolvimento de produtos destinados à segurança de sistemas de informações, sob responsabilidade do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações – CEPESC;
f) de vigilância e inspeção, relacionadas à defesa agropecuária, no âmbito do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, para atendimento de situações emergenciais ligadas ao comércio internacional de produtos de origem animal ou vegetal ou de iminente risco à saúde animal, vegetal ou humana;
g) desenvolvidas no âmbito dos projetos do Sistema de Vigilância da Amazônia - SIVAM e do Sistema de Proteção da Amazônia - SIPAM.
h) técnicas especializadas, no âmbito de projetos de cooperação com prazo determinado, implementados mediante acordos internacionais, desde que haja, em seu desempenho, subordinação do contratado ao órgão ou entidade pública.
i) técnicas especializadas necessárias à implantação de órgãos ou entidades ou de novas atribuições definidas para organizações existentes ou as decorrentes de aumento transitório no volume de trabalho que não possam ser atendidas mediante a aplicação do art. 74 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990;
j) técnicas especializadas de tecnologia da informação, de comunicação e de revisão de processos de trabalho, não alcançadas pela alínea i e que não se caracterizem como atividades permanentes do órgão ou entidade;
I) didático-pedagógicas em escolas de governo; e
m) de assistência à saúde para comunidades indígenas; e
VII - admissão de professor, pesquisador e tecnólogo substitutos para suprir a falta de professor, pesquisador ou tecnólogo ocupante de cargo efetivo, decorrente de licença para exercer atividade empresarial relativa à inovação.
VIII - admissão de pesquisador, nacional ou estrangeiro, para projeto de pesquisa com prazo determinado, em instituição destinada à pesquisa; e
IX - combate a emergências ambientais, na hipótese de declaração, pelo Ministro de Estado do Meio Ambiente, da existência de emergência ambiental na região específica.
Dentre as muitas hipóteses relacionadas acima, são consideradas as mais comuns e também mais importantes para Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo:
a. assistência a situações de calamidade pública;
b. combate a surtos endêmicos;
c. realização de recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatística efetuadas pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE;
d. admissão de pesquisador, nacional ou estrangeiro, para projeto de pesquisa com prazo determinado, em instituição destinada à pesquisa;
e. combate a emergências ambientais, na hipótese de declaração, pelo Ministro de Estado do Meio Ambiente, da existência de emergência ambiental na região específica.
Destaque-se, no entanto, que na esfera estadual e municipal, diferentes leis regulam o assunto. Podemos encontrar, então, vários tipos de normas, cada qual com seu prazo e regime de vínculo jurídico, estabelecendo de diferentes maneiras a relação do contrato por tempo determinado na administração pública, algumas vezes inconstitucionalmente.
As pessoas contratadas com base nessa Leisão consideradas agentes públicos estatutários, embora tenham o seu próprio estatuto de regência (isto é, a lei que determina o seu regime jurídico).
No que se refere ao regime jurídico dos contratados temporário, assim expõe Odete Medauar:
o contrato poderá ser regido pela CLT ou a própria lei estabelecerá o regime jurídico, podendo até determinar a aplicação a tais servidores, de preceitos do estatuto correspondente.
Observe-se, também, que não existe, no contexto da Lei 8.745/93, quaisquer remissões categóricas a normas de índole trabalhista.
O regime de previdência social a que estão sujeitos é o regime geral, aplicável a todos trabalhadores civis, com exceção dos ocupantes de cargos públicos efetivos.
Para José Afonso Carvalho Filho, a lei instituidora do regime poderá incluir algumas normas que mais se aproximem do regime estatutário: “Não poderá, obviamente, fixar outra qualificação que não a contratual”. O autor também destaca a posição do STJ que em processo de conflito de competência já teve a oportunidade de decidir que este tipo de contratação “não revela qualquer vínculo trabalhista disciplinado pela CLT, sendo, pois, da Justiça Federal a competência para dirimir questão de pagamento de verbas quando for ré a União Federal.
I - PRAZO DE DURAÇÃO E PRORROGAÇÃO DOS CONTRATOS TEMPORÁRIOS
A lei 8.745/1993 estabelece os prazos máximos de duração dos contratos temporários de acordo com a hipótese de contratação. Embora longe de ser cumprida em algumas esferas, a regra geral é serem os contratos improrrogáveis ou serem admitidas prorrogações até um limite máximo, a fim de evitar que se perpetuem as contratações, o que afrontaria o princípio constitucional do concurso público, que é a regra geral para a admissão de pessoal pelo Poder Público. A necessidade a ser atendida deve ter duração determinada e identificável no tempo. Basta avaliar a análise da regra constitucional.
A extinção do contrato temporário pode ocorrer a pedido do contratado ou, de pleno direito, pelo simples término do prazo determinado. Essas duas hipóteses não garantem ao contratado qualquer direito a indenização. Pode, ainda, o contrato ser extinto por iniciativa do órgão ou entidade contratante, decorrente de conveniência administrativa. Neste caso, o contratado fará jus à indenização correspondente à metade do que lhe caberia referente ao restante do contrato. 
O exemplo exposto por Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo será utilizado para ilustrar o nosso estudo:
Se a remuneração era de R$ 1.000,00 por mês e o contrato é extinto pela Administração cinco meses antes do término originalmente previsto, o contratado terá direito a uma indenização de R$ 2.500,00.
Os prazos do contrato estão estipulados na lei 8.745/93 em seu art. 4°, inc. I a V. No inc. I o prazo será de no máximo seis meses nos casos de assistência a situações de calamidade pública, combate a surtos endêmicos ou combate a emergências ambientais, na hipótese de declaração, pelo Ministro de Estado do Meio Ambiente, da existência de emergência ambiental na região específica. O §1° do art. 4° diz que no caso de calamidade pública, será pelo prazo necessário à superação da situação, desde que não exceda 2 anos.
O inc. II do citado artigo traz que o prazo não excederá um ano nos casos dos incisos II e IV e das alíneas “d”, “f” e “m” do inciso VI do caput do art. 2° da lei 8.745/93. O prazo não poderá ultrapassar dois anos, nos casos do inciso VI, alíneas “b” e “e”, do art. 2°, e conforme o inc. IV não pode ser maior do que três anos, nos casos das alíneas “h” e “l” do inciso VI e dos incisos VII e VIII do caput do art. 2°. O inc. V nos mostra que o prazo máximo será de quatro anos, nos casos do inciso V e das alíneas “a”, “g”, “i” e “j” do inciso VI do caput do art. 2° da já citada lei.
Todavia, para esses tipos de contrato é permitida a prorrogação, por uma única vez, conforme §1° da lei supracitada. Os prazos das prorrogações são variáveis de acordo com o tipo de serviço, cada qual com seu tempo estipulado. Podendo ser estendido este prazo em até seis anos, por exemplo, na admissão de professor, pesquisador e tecnólogo substitutos para suprir a falta de professor decorrente de licença para exercer atividade empresarial relativa à inovação (art. 2°, inc. VII, lei 8.745/93).
Mesmo a lei reguladora estipulando prazos dilatados, observa-se que não são necessários 6 anos para uma licença, e, mesmo que fosse, se configuraria essencial o concurso público, uma vez que, urgência do ponto de vista lógico sempre será temporária, não há caráter de urgência que perdure por tanto tempo. Logo, percebe-se a inconstitucionalidade que ronda a norma.
Necessário relembrar, que na esfera estadual e municipal, diferentes leis regulam o assunto da relação contratual, do regime jurídico e os regramentos. Podemos encontrar, então, vários tipos de normas cada qual com seu prazo e regime do vínculo jurídico, estabelecendo de diferentes maneiras a relação do contrato por tempo determinado na administração pública, algumas vezes inconstitucionalmente como veremos mais a frente.
NOTÁRIOS E REGISTRADORES
Consideram-se serviços notariais e de registros os “de organização técnica e administrativa destinados a garantir a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos”. Essa definição apresenta as finalidades das serventias notariais e registrais, que são: publicidade, autenticidade, segurança e eficácia. 
A Lei n. 8.935 de 1994 mais conhecida como Lei dos Cartórios ou Lei dos Notários e Registradores, em seu artigo 5˚ apresenta quais são os tipos de serviços notariais e de registros existentes no ordenamento jurídico brasileiro: tabelionatos de notas; tabelionatos/registros de contratos marítimos; tabelionatos de protestos de títulos; registros de imóveis; registros de títulos e documentos e civis das pessoas jurídicas; registros civis das pessoas naturais e de interdições e tutelas e registros de distribuição.
Para o desempenho dessas funções, o notário, ou tabelião, e oficial de registro, ou registrador são, mediante atribuição da própria legislação acima mencionada, dotados de fé pública, a quem é delegado o exercício da atividade notarial e de registro.
Entende-se por fé pública determinada confiança atribuída pela lei ao titular da serventia notarial e de registro que declare, no exercício da sua função, determinados fatos ou atos com presunção de verdade.
I - Ingresso na atividade notarial e de registro.
O ingresso na atividade notarial e de registro se dá pode meio de concursos públicos de provas e títulos. Essas serventias são delegadas aos particulares (os que forem aprovados em concurso público) pelo Poder Público para exercer as respectivas funções. A própria Constituição Federal de 1988, em seu artigo 236, estabelece que “os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público”.
Como o serviço é de natureza pública, aplicam-se os Princípios da Administração Pública: Princípio da Legalidade, Princípio da Impessoalidade, Princípio da Moralidade, Princípio da Publicidade e Princípio da Eficiência.
Muito se tem discutido a respeito da natureza jurídica desses serviços. Entretanto, é relevante destacar que a natureza jurídica é pública e o seu exercício que é privado. Sobre o assunto, sustenta o autor Walter Ceneviva que “a atividade registrária, embora exercida em caráter privado, tem característicos típicos de serviço público.” 
Desta forma, os titulares que exercem as atividades notariais e de registros são considerados agentes públicos em colaboração com o Poder Público.
II - Entendimento do STF.
O próprio Supremo Tribunal Federal ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 2602/2002 sobre a aposentadoria compulsória por idade considerou que os serviços notariais e de registros têm natureza pública:
“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. PROVIMENTO N. 055/2001 DO CORREGEDOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. NOTÁRIOS E REGISTRADORES. REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORESPÚBLICOS. INAPLICABILIDADE. EMENDA CONSTITUCIONAL N. 20/98. EXERCÍCIO DE ATIVIDADE EM CARÁTER PRIVADO POR DELEGAÇÃO DO PODER PÚBLICO. INAPLICABILIDADE DA APOSENTADORIA COMPULSÓRIA AOS SETENTA ANOS. INCONSTITUCIONALIDADE. 1. O artigo 40, § 1º, inciso II, da Constituição do Brasil, na redação que lhe foi conferida pela EC 20/98, está restrito aos cargos efetivos da União, dos Estados-membros, do Distrito Federal e dos Municípios — incluídas as autarquias e fundações. 2. Os serviços de registros públicos, cartorários e notariais são exercidos em caráter privado por delegação do Poder Público — serviço público não-privativo. 3. Os notários e os registradores exercem atividade estatal, entretanto não são titulares de cargo público efetivo, tampouco ocupam cargo público. Não são servidores públicos, não lhes alcançando a compulsoriedade imposta pelo mencionado artigo 40 da CB/88 — aposentadoria compulsória aos setenta anos de idade. 4. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente.” 
Portanto, é evidente que a atividade notarial e de registro, embora exercida em caráter privado, tem natureza pública. Corroborando tal entendimento, cita-se brilhante conclusão do autor Luís Paulo Aliende Ribeiro, o qual enfatiza que “são peculiares e exclusivos os contornos da função pública notarial e de registros no Brasil. A atividade apresenta uma face pública, inerente à função pública e por tal razão regrada pelo direito público (administrativo), que convive, sem antagonismo, com uma parcela privada, correspondente ao objeto privado do direito notarial e registral e ao gerenciamento de cada unidade de serviço, face esta regrada pelo direito privado”.
Acrescenta o autor que “o serviço público vai até o reconhecimento de que se trata de função estatal; de que o Estado mantém a titularidade do poder da fé pública cujo exercício delega a particulares, o que abrange a regulação da atividade no âmbito da relação de sujeição especial que liga cada particular titular de delegação ao Estado outorgante, a organização dos serviços, a seleção (mediante concurso de provas e títulos) dos profissionais do direito, a outorga e cessação da delegação, a regulamentação técnica e a fiscalização da prestação dos serviços para assegurar aos usuários sua continuidade, universalidade, uniformidade, modicidade e adequação”.
Oportuno mencionar que a fiscalização das serventias notariais e de registros será desempenhada pelo Poder Judiciário. A fiscalização judiciária dos atos notariais e de registro será exercida pelo juízo competente, assim definido na órbita estadual e do Distrito Federal, sempre que necessário, ou mediante representação de qualquer interessado, quando da inobservância de obrigação legal por parte de notário ou de oficial de registro, ou de seus prepostos. 
CONCURSOS PÚBLICOS
Estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 37, I e II, as regras pertinentes à forma como deve ocorrer a admissão dos agentes públicos:
I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
Dos incisos acima expostos, conseguimos perceber que os brasileiros natos ou naturalizados podem ocupar qualquer cargo público, desde que para tal obedeçam aos requisitos estipulados em lei para o respectivo exercício.
Com relação aos estrangeiros, temos como regra a impossibilidade de tais pessoas ocuparem cargos, empregos ou funções públicas. No entanto, e com o objetivo de incentivar o desenvolvimento nacional em setores estratégicos (tais como a pesquisa e a educação), a Constituição Federal assegurou a possibilidade de os estrangeiros terem acesso às funções estatais. Para tal, basta que o ente federativo interessado edite uma lei disciplinando a forma como se dará o exercício.
Quando à investidura, temos a previsão constitucional da realização de concurso público como critério de seleção. Dessa forma, o concurso público pode ser entendido como o procedimento administrativo instaurado pelo Poder Público com o objetivo de selecionar os candidatos mais aptos para o exercício de cargos e empregos públicos.
O fundamento para a realização do concurso está na vedação às contratações pautadas em critérios subjetivos, tal como o apadrinhamento e a nomeação de pessoas conhecidas em troca de benefícios escusos. Identifica-se, assim, que a realização de concurso público está pautada na observância dos princípios da impessoalidade, da moralidade, da isonomia e da legalidade.
A regra geral é que todas as pessoas possam participar do concurso público, que deverá ser amplamente divulgado como forma de encontrar interessados. Neste ponto, merece destaque o fato de a publicidade oficial do edital de concurso público ser condição imprescindível para a produção de efeitos perante terceiros.
Da mesma forma, o concurso público deve sempre ser pautado em critérios objetivos de escolha, ainda que algumas fases do certame, eventualmente, sejam constituídas por exame de títulos ou por experiência profissional comprovada. Consequentemente, pode-se afirmar que jamais poderemos ter um concurso público realizado apenas com a fase da análise de títulos, uma vez que tal procedimento colocaria em risco a objetividade e a lisura da seleção.
Merecem destaque, no que se refere ao concurso público, as disposições do artigo 37, III e IV, da Constituição Federal, de seguinte teor:
III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;
IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
Da análise dos incisos, consegue-se extrair que o prazo de validade de um concurso público será de, no máximo, 2 anos, de forma que a administração pode, perfeitamente, realização concurso público com prazo de validade inferior ao constitucionalmente previsto.
Trata-se a prorrogação do prazo de validade do concurso de uma faculdade para a administração que o realizou. Caso, no entanto, queira prorrogar, deverá ser observado o mesmo prazo inicialmente previsto para a validade do certame.
Neste mesmo sentido, durante o prazo inicialmente previsto para a validade do concurso, ainda que a administração possa realizar nova seleção, os candidatos aprovados no primeiro processo deverão ser chamados com prioridade sobre novos aprovados.
Exemplo: uma autarquia realiza concurso público para provimento de cargos vagos, estabelecendo, em seu edital, prazo de validade de 2 anos e possibilidade de prorrogação por mais 2 anos. Tendo realizado o concurso, e estando dentro do prazo de validade de 2 anos, poderá a administração, em tese, realizar uma nova seleção, oportunidade em que uma nova lista de aprovados será gerada. Não pode a administração, nesta situação, chamar os aprovados na segunda seleção sem que tenha esgotado a lista do primeiro concurso realizado.
PROVIMENTO
I – INVESTIDURA
A investidura no cargo público ocorrerá somente com a posse. Cuidado para não confundir na hora da prova: a nomeação não é hipótese de investidura em cargo público, mas sim a posse. Por mais que cause grande alegria ter o nome no Diário Oficial, esta publicação é válida apenas como nomeação.
Para que aconteça a investidura, alguns requisitos devem ser atendidos:
Art. 5° São requisitos básicos para investidura em cargo público:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade mínima de dezoitoanos;
VI - aptidão física e mental.
A depender das atribuições acometidas ao cargo, a lei pode criar outros requisitos. Por exemplo, para alguns cargos pode haver exigência de exame psicotécnico.
O provimento pode se dar de duas formas, a depender do cargo que será ocupado:
Quanto à durabilidade:
1. Provimento efetivo: quando relacionado a cargo público permanente, que garanta, após o cumprimento do estágio probatório, estabilidade ou vitaliciedade ao seu titular; ou
2. Provimento em comissão, quando o ingresso em cargo público acontece em cargo que destituído de estabilidade. Neste caso, o servidor pode ser exonerado ad nutum.
Quanto à preexistência do vínculo:
1. Originário, quando não há vínculo prévio entre o servidor e Estado. O único exemplo de provimento originário é a nomeação, seja para cargo em caráter efetivo ou em comissão.
2. Derivado, quando há relação jurídica prévia entre o servidor e o Estado. São exemplos a promoção, a remoção, a readaptação, a reversão, o aproveitamento, a reintegração e a recondução.
Atenção à Súmula 685 do Supremo Tribunal Federal:
É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.
II - NOMEAÇÃO
A nomeação, seja em caráter efetivo ou em comissão, é a única forma de provimento originário.
Para que ocorra em caráter efetivo, depende de aprovação e nomeação em concurso público de provas ou de provas e títulos, respeitados a ordem de classificação e o prazo de sua validade.
Art. 9° A nomeação far-se-á:
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos.
Art. 10.  A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade.
III - PROMOÇÃO
É modalidade de provimento derivado que favorece apenas os servidores públicos que ocupam cargos públicos em caráter efetivo. Ou seja, para que seja promovido, há necessidade de que o estágio probatório tenha terminado.
Os requisitos para desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, devem ser estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do cargo na Administração Pública. Além disso, com a promoção não há interrupção do tempo de serviço do servidor.
Art. 10. [...] Parágrafo único.  Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Federal e seus regulamentos.
IV - READAPTAÇÃO
É modalidade de provimento derivado que consiste na investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que sofreu em sua capacidade física ou mental, a qual deve ser constatada em inspeção médica. Assim, imagine que o motorista de uma prefeitura se acidenta em serviço. Ele pode ser readaptado para funções de auxiliar de oficina, caso haja compatibilidade.
O reenquadramento do servidor readaptando será realizado em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos.  Caso não haja cargo vago para ele, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até que surja uma vaga.
No entanto, se a limitação sofrida for muito grave, de modo que o servidor seja julgado incapaz para o serviço público, ele será aposentado.
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.
§ 1° Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.
§ 2° A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.
V - REVERSÃO
Trata-se de espécie de provimento derivado que decorre do retorno à atividade de servidor aposentado, devendo acontecer no mesmo cargo ou no resultante de sua transformação.
Art. 25.  Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou
II - no interesse da administração, desde que:
a) tenha solicitado a reversão;
b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
c) estável quando na atividade;
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;
e) haja cargo vago.
§ 1° A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.
VI - REINTEGRAÇÃO
É espécie de provimento derivado em razão da reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado ou no resultante de sua transformação quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial.
Caso o cargo tenha sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, podendo haver seu aproveitamento em outro cargo. No entanto, se provido o cargo, seu ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.
Art. 28.  A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.
§ 1° Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.
§ 2° Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.
VII - APROVEITAMENTO
O aproveitamento é espécie de provimento derivado que consiste no retorno às atividades do servidor que se encontra em disponibilidade. O regresso deve ocorrer obrigatoriamente em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com os do anteriormente ocupado.
Importante ressaltar que será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.
Art. 30.  O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
VIII - RECONDUÇÃO
A recondução é forma de provimento derivado que consiste no retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado. Ela decorre de inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante.
Art. 29.  Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
II - reintegração do anterior ocupante.
Parágrafo único.  Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.
Na hipótese do cargo de origem estar provido, o servidor será aproveitado em outro. Se o cargo tiver sido extinto durante o estágio probatório do servidor, contudo, inexiste direito à recondução, nos termos da Súmula 22 do Supremo Tribunal Federal, sendo o caso hipótese de exoneração, conforme o §3° do artigo 41 da Constituição Federal, pois ainda não há estabilidade.
Súmula 22: O estágio probatório não protege o funcionário contra a extinção do cargo.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. [...]
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, atéseu adequado aproveitamento em outro cargo.
APOSENTADORIA COMPULSÓRIA
A aposentadoria compulsória ocorre quando o servidor público atinge a idade limite para permanecer em exercício no serviço público.
Antes da entrada da Emenda Constitucional n. 88, ocorrida em 2015, a idade em que a aposentadoria compulsória ocorria era aos 70 anos de idade. Com a mencionada emenda, passamos a contar com a possibilidade de lei complementar estabelecer o prazo de 75 anos para a aposentadoria compulsória.
Vejamos o mencionado texto constitucional, já com as alterações promovidas pela EC 88/2015 (art. 40, § 1, II):
II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;
Trata-se o artigo exposto de uma norma constitucional de eficácia limitada, carecendo de lei complementar para a sua regulamentação. 
Neste sentido, importante frisar que a competência para a edição da mencionada lei é do Congresso Nacional, uma vez que o STF possui entendimento consolidado no sentido de que cabe à União legislar sobre a previdência dos servidores públicos, conforme se observa, por exemplo, da leitura do Mandado de Injunção 1898:
A Corte firmou entendimento no sentido de que a competência concorrente para legislar sobre previdência dos servidores públicos não afasta a necessidade da edição de norma regulamentadora de caráter nacional, cuja competência é da União.
Regulamentando a emenda constitucional, foi editada a Lei Complementar 152, que, por trata-se de uma norma nacional, é de observância obrigatória por todos os entes federativos.
Por intermédio de tal lei, os servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios serão aposentados compulsoriamente aos 75 anos de idade.
ACUMULAÇÃO DE CARGOS
Como regra, é vedada a acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções públicas, vedação esta que se estende, de acordo com a previsão constitucional, às subsidiárias e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público.
Devem observar a regra da vedação à acumulação de cargos, empregos ou funções públicas todos os órgãos da administração direta, todas as entidades da administração indireta e as respectivas subsidiárias ou sociedades controladas de tais entidades. 
Da mesma forma, a remuneração recebida pelos servidores não poderá ser acumulada com os proventos decorrentes da inatividade, exceto se os cargos públicos sejam acumuláveis quando em atividade. 
Em caráter de exceção, a Constituição Federal apresenta as situações em que a acumulação será lícita. Para tal, deverá ser observada, em todos os casos, a compatibilidade de horários.
Vejamos as disposições constitucionais sobre o tema, expressa no artigo 37, XVI e XVII da Constituição Federal:
XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
Além das hipóteses elencadas pelo mencionado artigo, a Constituição Federal apresenta, ainda, três outras situações em que a acumulação é considerada lícita, sendo elas:
• cargo de juiz com outro de magistério;
• cargo de membro do Ministério Público com outro de magistério;
• cargo eletivo de vereador com o cargo ocupante pelo servidor eleito.
Em todas as situações, conforme já afirmado, deve ser observada a regra da compatibilidade de horários para que a acumulação seja considerada lícita. Logo, é correto afirmar que a acumulação de cargos, empregos ou funções públicas apenas será possível quando as jornadas forem passíveis de exercício em horários distintos.
As hipóteses que configuram exceção à regra da impossibilidade de acumulação de cargos, empregos ou funções públicas podem ser mais bem visualizadas por meio do gráfico a seguir:
Importante destacar que, com a edição da Emenda Constitucional n. 102/2019, o §3º do artigo 42 da Constituição Federal passou a constar com a seguinte redação:
Art. 42, § 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios o disposto no art. 37, inciso XVI, com prevalência da atividade militar.
Com isso, abriu-se a possibilidade dos militares do Distrito Federal, dos Estados e, caso sejam instituídos, dos Territórios, acumularem cargos públicos.
DICA!
Para fins de prova, devemos memorizar que, atualmente, o militar do Distrito Federal e dos Estados poderá acumular:
a) um cargo de professor com outro militar;
b) um cargo militar com outro técnico ou científico;
c) um cargo militar com outro da saúde com profissão regulamentada;
Por fim, deve ser salientado que, em todas as situações em que a acumulação for possível, o teto remuneratório deverá ser analisado isoladamente, e não mediante a soma das duas remunerações.
TETO REMUNERATÓRIO
No âmbito da remuneração que pode ser paga aos servidores públicos, precisamos conhecer o dispositivo constitucional que estabelece o teto a ser observado por todos os servidores dos três Poderes. 
Assim, nos termos da Constituição Federal (artigo 37, XI), temos a seguinte regra geral:
A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos.
Salienta-se que não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o mencionado artigo constitucional, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
Para os fins do limite previsto na constituição federal, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
Existe um teto geral que deve ser observado por todos os membros e servidores de todos os entes da federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Tal teto tem como parâmetro o subsídio dos membros do Supremo Tribunal Federal.
Além do teto geral, existem subtetos a serem observados pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, sendo eles:
• Nos Municípios, o subteto do funcionalismo será o subsídio dos Prefeitos;
• Nos Estados e no Distrito Federal, teremos subtetos em cada um dos Poderes:
– no Executivo, o limite será o subsídio do Governador;
– no Legislativo, o limite será o subsídio dos Deputados Estaduais ou Distritais;
– no Judiciário,teremos como limite remuneratório o subsídio dos Desembargadores dos Tribunais de Justiça.
Os Estados e o Distrito Federal possuem a faculdade de fixar como teto um limite único, que será o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça.
Apenas estão excluídas do teto as parcelas de caráter indenizatório, e ainda assim desde que estejam previstas em lei.
Tais limites compreendem todas as verbas remuneratórias, independente da denominação ou características a elas concernentes.
Em outras palavras, de nada adianta determinada administração pública remunerar seus servidores com uma parcela denominada “indenização pelos serviços prestados” quando esta parcela for constituída de caráter remuneratório.
Importante destacar, contudo, que, no julgamento do RE 612.975, o STF proferiu importante entendimento acerca do teto remuneratório dos servidores públicos. De acordo com o tribunal, nas hipóteses em que a Constituição Federal autoriza a acumulação de cargos, o teto remuneratório deve ser verificado em relação a cada um dos cargos, e não ao somatório de ambas as verbas recebidas.
	TETO CONSTITUCIONAL – ACUMULAÇÃO DE CARGOS – ALCANCE. Nas situações jurídicas em que a Constituição Federal autoriza a acumulação de cargos, o teto remuneratório é considerado em relação à remuneração de cada um deles, e não ao somatório do que recebido.
Assim, por exemplo, se estivermos diante de um Magistrado que também exerce as atividades de professor, o valor de cada uma das verbas recebidas será considerado de forma isolada para fins de atingimento ou não do limite constitucional. Em outros termos, é possível afirmar que não são mais somadas as verbas recebidas para fins de verificação do teto remuneratório.
Questão interessante refere-se aos empregados das empresas públicas e das sociedades de economia mista.
Como tais entidades, ainda que integrantes da administração indireta, são regidas, predominantemente, pelo Direito Privado, devem elas enfrentar a concorrência no âmbito de seu campo de atuação.
Com isso, vigora a regra, em nosso ordenamento, de que os empregados públicos (tal como os empregados da iniciativa privada) não se submetem à regra da obrigatoriedade de observar o limite remuneratório constitucionalmente previsto. 
Entretanto, caso as mencionadas entidades recebam subvenções do Poder Público para custear suas atividades ou para auxiliar no pagamento de pessoal, a observância do teto constitucional deverá ser mantida.
IRREDUBITILIDADE SALARIAL
Irredutibilidade salarial, isto é, da impossibilidade de reduzir os seus salários. Para entendermos como isso funciona devemos nos pautar pela Constituição Federal de 1988, que orienta todas as demais leis vigentes no Brasil. O artigo 7.º, que dispõe sobre direitos sociais, diz em seu conteúdo que é um direito dos trabalhadores urbanos e rurais a irredutibilidade do salário, mas que é possível existir a exceção em que haja uma convenção coletiva daquela classe trabalhadora que preveja o contrário. Logo, o salário de um empregado, seja de regime privado, seja de regime público, em regra não pode ser reduzido.
Na CLT, em seu artigo 468.º, esse entendimento é confirmado quando é garantido que a alteração das respectivas condições estabelecidas no contrato de trabalho, só pode ocorrer por consentimento mútuo desde que não resulte, em prejuízos ao empregado direta ou indiretamente. Ou seja, ele reforça a tese da Constituição ao afirmar que qualquer tipo de alteração em um contrato de trabalho, como uma possível alteração salarial, por exemplo, só é permitido caso haja acordo entre as partes envolvidas e isso não acarrete qualquer prejuízo ao empregado.
Vale ressaltar que os direitos individuais – neles incluídos os direitos sociais, são cláusulas pétreas. Isso quer dizer que quando a Constituição foi criada, o legislador criou um mecanismo para proteger os artigos de maior importância e relevância. Assim, todos os direitos e garantias previstos na Constituição que são considerados cláusulas pétreas, não podem ser retirados do texto nem por uma emenda constitucional.
PENSÃO POR MORTE (EC 41/2003)
A redação do art. 3º da EC 41/2003 garante o direito daqueles que tenham cumprido todos os requisitos, até a data da sua publicação (31/12/2003), para se aposentarem ou requererem benefício de pensão, com base na legislação então vigente. O art. 7º da mesma emenda garante a paridade de reajuste entre servidores ativos e inativos, bem como aos seus respectivos pensionistas, para dois grupos de pessoas:
1º) servidores aposentados e beneficiários de pensão que estejam em fruição dos seus respectivos benefícios na data de publicação da EC 41/2003 (31/12/2003);
2º) servidores aposentados e beneficiários de pensão abrangidos pelo art. 3º da EC 41/2003 que ainda não estejam recebendo o benefício, mas que tenham preenchido os requisitos necessários à obtenção do direito até a data da publicação da EC 41/2003. São eles: a) servidores ativos com direito a se aposentar pelas regras vigentes antes da publicação da EC 41/2003; e b) futuros beneficiários de pensão, por ainda não terem dado entrada na documentação necessária à percepção do respectivo benefício, mas que a data do óbito do respectivo instituidor da pensão seja anterior a da publicação da EC 41/2003, ou seja, até o dia 30/12/2003.
Conforme entendimento do STF, "a regência da pensão faz-se considerada a legislação em vigor na data do falecimento do servidor, descabendo emprestar a texto de lei ou da Constituição eficácia retroativa, no que prevista a percepção pela totalidade dos vencimentos" (RE 273.570, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 14/2/2006, DJ de 5/5/2006).
Com efeito, o principal requisito necessário para a obtenção do direito ao recebimento da pensão, obviamente, é a morte do instituidor. Portanto, a legislação vigente nessa data é a que será utilizada para reger esse direito.
Ainda quanto ao entendimento do STF sobre a matéria, vale destacar que a paridade de reajuste não se transmite para o beneficiário de pensão, pelo fato de o servidor ter se aposentado com esse direito. No caso julgado pela Suprema Corte no AgReg no RE nº 602.012/MG,o instituidor de pensão se aposentou antes da EC nº 41/2003. No entanto, o seu óbito ocorreu após a publicação daquela emenda. Portanto, sem direito ao instituto da paridade de reajuste.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), por sua vez, seguindo esse mesmo entendimento, editou a Súmula nº 340: "A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é aquela vigente na data do óbito do segurado".
Consta, ainda, do Acórdão nº 2553/2013, a informação de que constituem exceção à regra e continuam gozando do benefício de paridade (regra de exceção a partir da edição da Emenda Constitucional nº 41/2003) as pensões civis originadas por óbitos ocorridos a partir de 1º/1/2004 e que sejam decorrentes de:
a) aposentadorias fundamentadas no art. 3º da Emenda Constitucional nº 47/2005, por força do parágrafo único do art. 3º dessa Emenda;
b) aposentadorias por invalidez, para servidores que tenham ingressado no serviço público até 31/12/2003, com base no parágrafo único do art. 6º-A da Emenda Constitucional nº 41/2003 (incluído pela Emenda Constitucional nº 70/2012), observados os efeitos financeiros estipulados no art. 2º da EC 70/2012.
Por fim, registrou o Plenário do TCU que, em caso de redução no valor do benefício de pensão civil ou de aposentadoria pela aplicação da Emenda Constitucional nº 70/2012, caberá a atribuição de uma Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada - VPNI, sujeita apenas aos reajustes gerais dos servidores públicos federais, a qual deverá ser paulatinamente absorvida sempre que houver reorganização ou reestruturação dos cargos e das carreiras, ou das remunerações previstas em lei, até sua completa extinção.
VACÂNCIA 
No serviço público, a vacância é um instituto muito aplicado. Contudo, ainda é um tema mal compreendido pela própria administração e por muitos servidores públicos. Assim, estes acabam por confundir seusefeitos e consequências.
E como servidor público temos as pessoas que tem vínculo de trabalho com a administração direta (entes políticos: União, Estados, Municípios e Distrito Federal) e indireta (as autarquias e fundações públicas de direito público).
I - Como ocorre a vacância em cada uma dessas hipótese?
Em resumo, o significado de vacância do cargo público é justamente quando o cargo está sem ocupante (vago). As formas para ocorrer a vacância estão em sua maioria definidas nos artigos 33 e seguintes da Lei nº 8.112/90. Os quais são:
· Exoneração;
· Demissão;
· Promoção;
· Posse em outro cargo inacumulável;
· Readaptação;
· Aposentadoria;
· Falecimento.
II - Exoneração, Demissão, Promoção e Posse em outro cargo inacumulável
A vacância por exoneração ocorre quando o cargo é extinto ou o servidor é dispensado das suas funções. Isso pode ocorrer por falta de desempenho do servidor ou ainda, quando ele toma posse em outro cargo inacumulável.
Já a demissão é uma sanção disciplinar aplicada aos servidores. Geralmente decorre de uma infração penal ou administrativa, por abandono do cargo, improbidade administrativa, dentre outros. Alguns motivos de demissão de cargo público estão definidos no artigo da lei 8.112/90. Portanto, a demissão gera a vacância.
A promoção também gera a vacância e é a forma mais comum, pois durante sua vida funcional o servidor tende a evoluir na carreira. A promoção ocorre quando o servidor passa de um cargo de classe inferior para um cargo de classe superior, sendo da mesma natureza de trabalho.
A posse em outro cargo inacumulável é um dos motivos de vacância. Ela ocorre quando o servidor toma posse em outro cargo que por determinação da lei não pode acumular com o atual. Assim, neste caso específico, ele terá que pedir a vacância do cargo exercido para tomar posse deste novo cargo.
III - Readaptação, Aposentadoria e Falecimento
Quando o servidor sofre um acidente ou é acometido por uma doença que cause limitação (física ou mental) da sua capacidade do trabalho, ele não está completamente apto para exercer sua função. Assim, será necessário passar por uma inspeção médica que irá verificar a necessidade de ele ser readaptado! Essa incapacidade parcial para o trabalho acarreta readaptação, que por sua vez, irá gerar a vacância do cargo exercido.
A aposentadoria é um direito garantido a todos trabalhados que contribuem à previdência social e completam os requisitos estipulados por lei. No caso dos servidores públicos estatutários que contribuem ao Regime Próprio de Previdência social, após a aposentadoria ocorre inativação e vacância do cargo.
Não é caso de cargo inacumulável. Portanto, não se aplica a esta regra quando em ambos os cargos houver compatibilidade de horários, observando em qualquer caso o teto de vencimento ou subsídio, dois cargos de professor, cargo de professor com outro técnico ou científico, a dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
Por fim, temos como forma de vacância o falecimento do servidor público em atividade. Além das formas de vacância previstas no artigo 33 da Lei 8.112/90, temos também a destituição de cargo em comissão, que ocorre para servidores que não são concursados.
SUBSÍDIOS E VENCIMENTOS.
Para o regime jurídico administrativo o sistema remuneratório da Administração Pública pode ser divido em duas modalidades, quais sejam:
1) Remuneração ou vencimentos
2) Subsídio
A remuneração é composta por uma parcela fixa chamada de salário base que é recebida por todos os servidores de determinada carreira e por outra parcela variável que consiste em vantagens pessoais que são somadas ao salário base, como os adicionais, gratificações, abonos etc. A soma das duas parcelas (fixa e variável) resultam nos vencimentos. Por outro lado, o subsídio consiste em parcela única nos termos do § 4º do artigo 39 da CR/88 , a seguir:
Art. 39. (...)
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória , obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
O subsídio será pago em parcela única, salvo duas exceções: a primeira está no pagamento de verba indenizatória como a diária de viagem por conta do serviço, e a segunda exceção compreende as garantias constitucionais previstas no artigo 39, § 3º, que dispõe sobre as garantias dos trabalhadores, tais como férias, 13º, dentre outras.
Por fim, vale esclarecer que salário é contraprestação celetista e provento é contraprestação de servidores públicos inativos.
I - Subsídio
A retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público integrante de carreira, fixado em lei, em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. 
O subsídio é modalidade de remuneração prevista na Constituição para determinadas carreiras, em razão da atuação de seus servidores perante a sociedade e da consequente necessidade de dar maior transparência das remunerações aos cidadãos que têm interesse nos resultados da atuação desses servidores ou que possam sofrer atos de coação em razão do exercício do poder de polícia pelo Estado por meio desses servidores.
II - Vencimento básico
É a parcela fixa devida em razão do cargo efetivo ocupado pelo servidor.
3. INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE E NO DOMÍNIO ECONÔMICO
A Constituição Federal autoriza o Estado brasileiro a intervir na propriedade privada, quando sua função social não esteja sendo observada (art. 5º, XXIII, CF).
Desta forma, cabe ao Estado, utilizando dos instrumentos de intervenção, assegurar que o exercício do direito de propriedade cumpra com sua finalidade social. Para isso o ordenamento jurídico prevê mecanismos que possibilitam ao Estado intervir na propriedade.
Segundo José dos Santos Carvalho Filho (2012), pode-se admitir duas formas básicas de intervenção estatal na propriedade privada, são elas: a) intervenção restritiva; e b) intervenção supressiva.
A Intervenção restritiva é aquela na qual o Estado impõe restrições e condições ao uso da propriedade sem retirá-la de seu dono. A doutrina tradicionalmente considera modalidade de intervenção restritiva: a servidão administrativa, a requisição, a ocupação temporária, as limitações administrativas e o tombamento.
Já a Intervenção supressiva, ao contrário da restritiva, é aquela na qual o Estado, valendo-se de sua supremacia sobre os particulares, transfere coercitivamente a propriedade de um bem de terceiro para si.
Modalidades:
I. SERVIDÃO ADMINISTRATIVA: 
Pode ser conceituada como um ônus real incidente sobre um bem particular com a finalidade de permitir que tal propriedade possua utilização pública. Pode ser instituída por lei, por acordo entre as partes e por decisão judicial. 
Em regra, não gera direito à indenização, que apenas ocorrerá nas hipóteses de prejuízo comprovado pelo particular. Possuem o caráter de perpetuidade.
Como exemplo de servidão, temos a fixação de placas indicativas de ruas e avenidas nos imóveis particulares.
II. REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA: 
Encontra fundamento no artigo 5º, XXV, da Constituição Federal: “No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.”
Em tais situações, considerada a urgência da necessidade de atuação do Poder Público, a intervenção é instituída por meio de ato administrativo. 
Em caso de dano ao particular, caberá indenização, que será sempre paga em momento posterior à ocupação. 
Exemplo de requisição é a feita pelo Poder Público sobre propriedade privada estratégica para a contenção de incêndio ou para o abrigo de pessoas vítimas de desastres naturais.
III. TOMBAMENTO:

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