Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
779 Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.2 - Nov./Dez. 2011. ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NA ATENÇÂO À SAÚDE DO IDOSO ROLE OF THE NURSE FAMILY HEALTH STRATEGY IN FOSTERING THE AUTONOMY OF THE ELDERLY Ana Paula Ribeiro Enfermeira. Graduada pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - UnilesteMG Paullynha-barros@hotmail.com Vitória Augusta Teles Netto Pires Enfermeira. Graduada em Enfermagem e Obstetrícia. Mestre em Saúde e Enfermagem na área de Planejamento, Organização e Gestão de Serviços de Saúde; especialista em Saúde Pública e em Educação Profissional na Área Saúde: Enfermagem pela Escola de Enfermagem da UFMG; Especialista em Ativadores de Processos de Mudança pela Fiocruz/ENSP; Professora do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - UnilesteMG e Analista de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais. RESUMO Uma das propostas da Estratégia Saúde da Família é promover assistência integral aos idosos, no aspecto individual, familiar e coletivo, com ênfase na preservação da autonomia e independência funcional. Esta pesquisa teve como objetivo investigar as alternativas de promoção à saúde, utilizadas na atenção básica pelo enfermeiro da Estratégia Saúde da Família, que auxiliam no desenvolvimento da capacidade funcional do idoso para realização das atividades de vida diária, sem dependência. Neste estudo de abordagem qualitativa descritiva, os dados foram obtidos por meio de um roteiro de entrevista, aplicado a cinco enfermeiros e onze idosos por eles assistidos. A análise compreensiva dos relatos evidenciou que os enfermeiros têm atuado de forma decisiva e determinada na promoção do envelhecimento saudável no município pesquisado, assegurando a saúde física, mental e social dos idosos. A população idosa do município demonstrou conhecimento sobre o processo saúde-doença e as intervenções necessárias para a manutenção da saúde biopsicossocial. Com este estudo confirmou-se que a interação entre os enfermeiros e os idosos contribui de forma efetiva para promoção do envelhecimento ativo e saudável. PALAVRAS-CHAVE: Enfermeiro. Idoso. Autonomia. Promoção da Saúde. ABSTRACT One of the proposals of the Family Health Strategy is to promote comprehensive care for the elderly in the individual, family and collective, with emphasis on preserving the autonomy and functional independence. This research aims to investigate alternatives to promote health, used in primary care by the nurse at the Family Health Strategy, which supports the development of functional ability of elderly to perform activities of daily living without addiction. In this descriptive qualitative study, data were collected through a structured interview, applied to five nurses and eleven elderly assisted by them. The comprehensive analysis of the reports showed that nurses have acted decisively and in particular the promotion of healthy aging in the city studied, ensuring the physical, mental and social health of the elderly. The elderly in this city demonstrated knowledge of the health-disease process and the interventions required to maintain the biopsychosocial health. This study confirmed that the interaction between nurses and the elderly contributes to promoting the natural active and healthy aging. 780 Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.2 - Nov./Dez. 2011. KEY WORDS: Nurse. Elderly. Autonomy. Health Promotion INTRODUÇÃO Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2006), o perfil do Brasil é de um país de idosos, ou seja, uma parte significativa da população brasileira será de pessoas idosas em menos de duas décadas. O Brasil em 2005 possuía 16 milhões de indivíduos com 60 anos ou mais, que passarão a ser 32 milhões em 2025, representando 15% de nossa população total. Daí, a preocupação de vários segmentos da sociedade para adaptarem-se a esta nova realidade. O acelerado processo de envelhecimento da população brasileira está diretamente ligado à passagem de uma situação de alta mortalidade e alta fecundidade, para uma de crescente queda na fecundidade, ocorrida, concomitantemente, com o aumento na expectativa de vida. Deste modo, reafirmando-se os estudos demográficos, haverá um aumento da população idosa para os próximos anos. Diante disso, percebe-se a necessidade de implantar novos métodos, políticas e alternativas para o alcance de uma assistência qualificada e vencer os desafios de um país com um alto índice de indivíduos com idade avançada, inativos ou ativos parcialmente, impactando negativamente a política financeira (MINAS GERAIS, 2006). O envelhecimento é uma condição eminente e universal a todos os seres vivos. Acontece em diferentes momentos da vida de pessoas e grupos, refletindo sobre os mesmos, influências genéticas, sociais, históricas e psicológicas adquiridas ao longo de sua existência. Além disso, devem ser levadas em consideração as alterações ocorridas em dimensões morfológicas, fisiológicas, psicológicas e bioquímicas que, de alguma maneira, atuam como fatores determinantes na vida das pessoas, podendo levar a alterações visíveis nos sistemas que integram o corpo humano (VITTA, 2000). Com o avanço da idade as pessoas tornam-se mais vulneráveis e em detrimento a esta condição, o surgimento de patologias e a utilização de medicamentos têm-se destacado como causas de fragilidade dessa faixa etária (FLORES; MENGUE, 2005). Como consequência, a demanda dos serviços de saúde, nas ultimas décadas, vem sendo marcada pelo aumento da demanda assistencial, relacionada, principalmente, às doenças crônico-degenerativas a que os idosos estão expostos (NOBREGA; KARNIKOWKI, 2005). Na rede de atendimento, a Estratégia Saúde da Família (ESF) desenvolve ações e serviços de forma contínua e integrada à humanização do atendimento, visando uma abordagem preventiva e uma intervenção precoce. Utiliza como ferramenta para a organização do atendimento da população acima de 60 anos, a Política Nacional de Saúde da pessoa Idosa. Esta política apresenta como princípios fundamentais à promoção do envelhecimento ativo, a manutenção da capacidade funcional, a prevenção de doenças, a recuperação e a reabilitação dos que precisam, no intuito de mantê-los inseridos em seu contexto familiar e social com autonomia e independência (BRASIL, 2006). Como integrante da equipe de saúde, o enfermeiro deve proporcionar uma assistência aos idosos centrada em atitudes efetivas e de impacto, voltadas para a 781 Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.2 - Nov./Dez. 2011. educação em saúde e com foco na autonomia, ou seja, no potencial de realização e desenvolvimento das atividades de vida diária e do autocuidado. Deve ainda, buscar conhecer cada vez mais o processo de senescência, para que o cuidado seja ativamente exercido com qualidade, resultando em saúde física, bem-estar psicológico e uma diminuição no nível de dependência. Partindo do exposto, percebe-se a necessidade de haver no planejamento das ações de enfermagem, alternativas que estimulem os idosos a realização das atividades de vida diária (AVD) sem dependência, uma vez que estas são essenciais para o desenvolvimento da capacidade funcional. Frente a estes aspectos, esta pesquisa almeja ser fonte de informações que contribua para um novo despertar dos profissionais enfermeiros, quanto à necessidade de capacitar-se para atender as demandas do mundo contemporâneo e melhorar a qualidade da assistência a esta clientela. Propõe-se ainda, oferecer uma base teórica, que possibilite aos novos acadêmicos e à sociedade, conhecimentos adicionais e reflexões mais adequadas e individualizadas para o estudo doenvelhecimento ativo, além de subsidiar percepções para os idosos quanto à capacidade de desempenhar suas atividades, mantendo-se ativos e independentes. Atenta a estas questões, a pesquisa teve como objetivo investigar as alternativas de promoção a saúde, utilizadas na atenção básica pelos enfermeiros da ESF, que auxiliam no desenvolvimento da capacidade funcional do idoso para a realização das AVD sem dependência. METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa do tipo descritiva, realizada nas cinco Unidades de Saúde da Família (USF) do município de Belo Oriente. O município tem uma população estimada em 21.369 habitantes, está localizado na região do Vale do Aço, no leste de Minas Gerais na microrregião de saúde de Ipatinga, distando 275 km de Belo Horizonte (IBGE, 2007). A população do estudo foi composta pelos enfermeiros atuantes nas equipes da ESF, totalizando cinco profissionais e por 50 idosos por eles assistidos. A amostra dos enfermeiros contemplou 100% do universo dos sujeitos da pesquisa e a dos idosos foi definida pelo princípio de saturação de dados, resultando em um total de 11 participantes. Os dados foram coletados no período de maio a junho de 2010 por meio de um roteiro de entrevista e gravados, com a finalidade de manter a fidedignidade e confiabilidade das informações. O contato com os enfermeiros foi realizado em seus locais de trabalho e após agendamento prévio procedeu-se as entrevistas. Os idosos foram abordados enquanto aguardavam atendimento nas unidades de saúde e entrevistados, em sala reservada e em horários individuais. As entrevistas foram gravadas por um aparelho digital MP4 da marca Sony e transcritas na íntegra. Para o tratamento dos dados realizou-se várias leituras dos relatos, com o propósito de familiarização com os conteúdos, uma minuciosa análise das frases expressas pelos entrevistados e categorização dos dados. Foram definidas cinco categorias de discussão: o planejamento municipal para promoção do envelhecimento ativo; os referenciais técnicos utilizados para programação das intervenções para o envelhecimento saudável; a atuação da equipe da ESF na 782 Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.2 - Nov./Dez. 2011. atenção a saúde do idoso; a atuação dos enfermeiros no estímulo à autonomia do idoso e os fatores facilitadores e dificultadores no atendimento ao idoso. A efetivação deste estudo ocorreu após autorização ao Secretário Municipal de Saúde de Belo Oriente e aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - Unileste-MG sob o protocolo nº. 34.202.10, respeitando os preceitos éticos de pesquisas com seres humanos, fundamentados na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Os profissionais e os idosos pesquisados assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, elaborado em duas vias, ficando uma com cada participante e outra com a pesquisadora. Após o esclarecimento do objetivo da pesquisa, foi respeitado o direito daqueles que não desejaram participar, sem comprometimento de qualquer natureza e para as pessoas entrevistadas, garantido a privacidade quanto às informações pessoais prestadas e que, sob nenhuma hipótese, seriam identificados. Os enfermeiros entrevistados foram enumerados como “E” e os idosos como “I”, com o número correspondente à ordem de realização da entrevista. RESULTADOS E DISCUSSÃO Planejamento Municipal para Promoção do Envelhecimento Ativo Os enfermeiros ao serem questionados quanto ao planejamento de ações voltadas para a promoção de um envelhecimento ativo e saudável, alegaram em sua totalidade que o município não apresenta um projeto específico para os idosos. Porém, vem sendo planejado pela Secretaria Municipal de Saúde, atividades lúdicas, grupos operativos, programa de alfabetização e oficinas para a terceira idade. Esta programação é exemplificada pelos relatos a seguir: Está sendo planejado junto à Secretaria de Saúde e os demais secretários grupos operativos, oficinas, atividades recreativas, físicas e o programa de alfabetização (E1). Está planejada a execução de atividades recreativas que envolvam toda equipe em oficinas, palestras, grupos operativos, atividades físicas com a participação dos educadores físicos, além do programa de alfabetização (E4). Na perspectiva dos profissionais, pode-se considerar que o município tem se preparado para conviver com o crescimento da população idosa, planejando a implementação de ações que venham ajudá-los a ter uma convivência saudável e harmoniosa no ambiente em que estão inseridos. Para tanto é preciso ter bons serviços de saúde, profissionais preparados e principalmente, políticas públicas voltadas para atender essa população. O Brasil é um país que tem dado sinais de envelhecimento rápido e contínuo, o que implica na necessidade do desenvolvimento de ações voltadas para a promoção da saúde dos idosos. As atividades interativas, formação de grupos comunitários, eventos recreativos, projetos sociais e a busca de parcerias contribuem para inserção social, divertimento, entretenimento, desenvolvimento físico, psicológico e 783 Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.2 - Nov./Dez. 2011. novas habilidades para os idosos, mantendo-os assim ativos e participantes no contexto em que estão inseridos e ainda recebendo uma assistência de qualidade (COSTA; VERAS, 2003; LAZZARESCHI, 2002; RIBEIRO, 2001; SILVESTRE; COSTA NETO, 2003). Referenciais Técnicos Utilizados para Programação das Intervenções para o Envelhecimento Saudável Na abordagem aos enfermeiros comprovou-se unanimidade das respostas, em relação ao uso da Linha Guia do Idoso, publicada pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES/MG), como material de referência para o planejamento de ações efetivas, no atendimento a esta faixa etária. A conduta se confirma no depoimento a seguir: Vale destacar que a linha guia do Estado de Minas Gerais e o Plano Diretor veio em boa hora para nos ajudar a reorganizar a atenção primária, principalmente o programa de saúde do idoso, pois despertou em nós a importância do desenvolvimento e da prática de projetos culturais, sociais, de lazer, oficinas e atividades lúdicas, ampliando os recursos para a atenção à saúde dos idosos (E3). O trabalho desenvolvido com os idosos no município pode ser considerado satisfatório, pois atende aos objetivos propostos para promoção do envelhecimento saudável. As atividades realizadas pelos enfermeiros e referenciadas por E3 proporcionam a expressão das necessidades, sentimentos e situações de vida e saúde dos idosos, por meio de uma assistência interativa e humanizada. As condutas adotadas estão em consonância com as orientações da Linha Guia do Idoso, um instrumento norteador para assistência à saúde desta população. Este instrumento propõe a mudança do paradigma assistencial, deixando de lado a abordagem centrada na doença, para atuar na busca da manutenção da capacidade funcional e a autonomia do idoso, envolvendo o apoio familiar e comunitário e atuando de acordo com a realidade de cada município (BRASIL, 2006; MINAS GERAIS, 2006). Diante da realidade local, as propostas de trabalho, mais utilizadas como forma de intervenção pelos enfermeiros estão voltadas para educação em saúde, conscientização quanto à importância da funcionalidade e autonomia, autocuidado e a humanização das relações entre profissionais e usuários. Esta situação ficou evidenciada ao afirmarem que: Acrescidas às intervenções nos planejamentos de ação observa-se a humanização das relações entre profissionais e usuários, o enfoque do lazer, atividades físicas, educação em saúde e prevenção de doenças (E5).Importância do autocuidado, autonomia e independência [...] utilizando os grupos operativos, as visitas domiciliares, e as campanhas de vacinação extramuros para alcançar esta população e praticar tais intervenções (E1). Ao trabalhar estas intervenções, será possível para os idosos entender que o envelhecimento não é sinônimo de doença, contribuindo, assim, para sua adaptação 784 Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.2 - Nov./Dez. 2011. ao novo ciclo da vida, preservação da capacidade funcional, ter uma vida ativa e independente, além de fortalecer as ações da equipe de saúde da família. A enfermagem abrange como cuidados a educação em saúde, as orientações, as intervenções e a supervisão das ações. Para a efetividade de uma assistência humanizada aos idosos a equipe deverá planejar e programar as suas ações, acompanhá-los, conhecer seus hábitos de vida, valores culturais, éticos e religiosos, proporcionando-lhes uma atenção continuada às suas necessidades e desenvolvendo atividades de educação em saúde à pessoa idosa (BRASIL, 2006). A Atuação da Equipe da Estratégia Saúde da Família na Atenção a Saúde do Idoso No levantamento sobre as atividades realizadas em conjunto pela equipe, para o bem-estar e melhoria da promoção da saúde aos idosos, os depoimentos destacaram como pontos importantes as visitas domiciliares, a participação nas atividades oferecidas pelo município, a realização de consultas periódicas com horários pré-agendados, a contra referência, a participação nas campanhas de vacinação, bem como o vinculo afetivo entre a equipe. Os levantamentos incluíram como respostas: A equipe da ESF, sendo multidisciplinar, trabalha em conjunto com relação às necessidades do idoso, as orientações fornecidas aos mesmos, através das visitas domiciliares, das consultas, dos grupos operativos, das palestras e atividades oferecidas pelo município, por exemplo, os mini-cursos (E5). Através da atuação dos ACS na busca ativa desses idosos e realização de consultas periódicas por micro área [...], além disso, durante as consultas são observadas as necessidades que envolvam as intervenções por outros profissionais, exercendo a contrarreferência (E2). Realizando visitas domiciliares regulares, participando das campanhas de vacinação, programando e orientando junto à equipe as ações de promoção à saúde e prevenção a agravos. Exercendo através da educação em saúde, ações para promoção do envelhecimento ativo (E3). As alternativas de promoção à saúde, quando trabalhadas em equipe, trazem benefícios para os idosos nas dimensões da aprendizagem, interação, sociabilidade e participação no seu processo de melhoria de vida. Os profissionais ao adotarem os mesmos critérios em relação às suas orientações atuam de forma integrada e executam de fato, um trabalho de equipe para promoção do envelhecimento ativo. Assis, Hartz e Valla (2004), Brasil (2006), Silvestre e Costa Neto (2003) corroboram com o pressuposto de que a ESF desenvolve alternativas para melhoria da qualidade de vida e aumento da resolutividade de atenção aos idosos. Entre elas inclui-se a atenção domiciliar e ambulatorial, com ações voltadas para o enfrentamento das dificuldades, manutenção da saúde, desenvolvimento de habilidades e participação ativa dos usuários na abordagem preventiva e intervenção precoce, ou seja, baseada nas mudanças comportamentais, autonomia, independência e melhoria da qualidade de vida e saúde. 785 Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.2 - Nov./Dez. 2011. Atuação dos Enfermeiros no Estímulo à Autonomia do Idoso Um dos aspectos fundamentais para a realização das atividades de vida diária (AVD) abrange a avaliação da enfermagem quanto à autonomia, capacidade funcional e o nível de dependência dos idosos, como relataram os entrevistados: Ao realizar as consultas, observam-se estes aspectos através da verbalização, hábitos de vida, ao aplicar os testes, sendo o instrumento mais utilizado a escala de Katz (E2). Através das visitas domiciliares, consultas, hábitos de vida, utilizando os instrumentos de avaliação (escalas e testes) para melhor identificação desta autonomia (E5). Os enfermeiros afirmaram realizar a avaliação dos idosos utilizando as escalas de avaliação funcional na rotina do atendimento. Pode-se, portanto, considerar satisfatórios os procedimentos utilizados para identificação da autonomia dos idosos sob sua responsabilidade. No foco da assistência deve estar a autonomia funcional. Matsudo e Matsudo (2000) consideram que a avaliação da capacidade funcional gera informações que possibilitam conhecer as características dos idosos, tornando possível retardar ou prevenir as incapacidades e contribuir para a proteção e promoção da saúde. As ações de enfermagem influenciam na qualidade de vida de uma pessoa, ao oferecer cuidados que devem gerar um bem estar, tanto para o enfermeiro, quanto para o idoso, sendo fundamentados na percepção, capacitação e transmissão de conhecimentos para ambos. Nessa perspectiva a avaliação do idoso deve abranger todos os aspectos envolvidos no processo saúde-doença, tornando-se então uma avaliação multidimensional (MINAS GERAIS, 2006). A atenção ao idoso deve envolver a promoção de um bem-estar físico, mental, emocional, cognitivo e social, estando centrado no cuidar e, não, somente, na cura de doenças (BRASIL, 2006; FENILI; SANTOS, 2001). Fatores Facilitadores e Dificultadores no Atendimento ao Idoso Entre os fatores facilitadores para o desenvolvimento do trabalho diário da enfermagem junto aos idosos foram citados o vínculo afetivo entre a comunidade e a equipe multidisciplinar, as visitas domiciliares, o trabalho e as ações dos agentes comunitários de saúde (ACS), as palestras e as oficinas recreativas. Por outro lado, os fatores que dificultam uma melhor abordagem incluem o deslocamento, a falta de colaboração dos familiares a não-adesão das orientações e/ou adesão de forma incorreta, bem como a falta de recursos e questões culturais. As declarações dos enfermeiros descrevem estes fatores: As questões culturais que dificultam a adesão, empenho de alguns profissionais, deslocamento por se tratar de uma zona rural, desmotivação do usuário e dos familiares, falta de interesse em participar das atividades, são obstáculos, mas não rotineiros (E4). Em contrapartida a ESF nos dá a versatilidade de trabalhar com o auxílio 786 Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.2 - Nov./Dez. 2011. das visitas domiciliares dos ACS, vínculo da equipe com o usuário, formação de grupos que possibilitam a interação entre os idosos, atividades recreativas e palestras educativas que envolva também os familiares (E3). Considerando os fatores facilitadores do trabalho desenvolvido com os idosos, apresentados pelos enfermeiros, pode-se afirmar que eles eliminam a maioria das dificuldades ao proporcionarem aos idosos ampliação do vínculo de amizades, aquisição de novas informações e experiências, elevação da auto-estima e dos sentimentos de valorização. Esses fatores possibilitam ainda, um trabalho de conscientização com os familiares e idosos voltados para busca de autonomia e independência para a vida diária das pessoas idosas. As discussões apresentadas a seguir se referem à consolidação das informações obtidas, junto aos idosos, sobre o estímulo recebido por parte dos profissionais para autonomia e promoção do envelhecimento ativo. Os dados foram categorizados, considerando as práticas dos idosos para promoção do envelhecimento saudável, a percepção dos idosos sobre os profissionais da saúde e suas orientações, a frequência dos idosos às unidades de saúde e asexpectativas sobre o processo de envelhecimento. Práticas Adotadas pelos Idosos para Promoção do Envelhecimento Saudável Os idosos quando indagados sobre os métodos de autocuidado utilizados para manutenção da saúde, destacaram a prática da alimentação saudável, da atividade física, o hábito de seguirem as orientações dos profissionais da saúde e de utilizarem a medicação adequada (TAB. 1). TABELA 1- Métodos de autocuidado adotados pelos idosos de Belo Oriente. MG. 2010 Métodos de Autocuidado Freqüência Percentual (%) Alimentação saudável 8 72 Atividade Física 7 63 Seguir orientações médicas/enfermagem 6 54 Medicação adequada 6 54 Sono e repouso 4 36 Ir à igreja 4 36 Trabalhar 3 27 Hidratação adequada 2 18 Ler 2 18 Consultas de rotina 2 18 Avaliação de PA 1 9 FONTE: Dados da pesquisa Ao fazer a análise dos métodos de auto cuidado adotados pelos idosos observou-se que, 36% (4) apresentaram em seu cotidiano o hábito de ir à igreja, o sono e o repouso, o que lhes exige pouco esforço físico. Para 54% (6), o auto cuidado esta relacionado aos métodos de medicação adequada e atendimento das orientações referentes à saúde. Houve uma maior evidência neste grupo do interesse pelos hábitos de atividades físicas 63% (7) e da alimentação saudável 72% (8), os quais contribuem eficazmente para a promoção da saúde e bem-estar físico. 787 Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.2 - Nov./Dez. 2011. Os registros apresentaram, portanto, dados de comportamentos diferenciados daqueles observados com maior freqüência na população idosa, que geralmente estão relacionados a valorização do uso da medicação e da consulta periódica, prática representada neste estudo por 18% (1) dos idosos. Nos relatos apresentados o grupo afirmou que se preocupa em cuidar do aspecto físico, mental, cognitivo e social, além de praticarem as ações orientadas nas consultas de enfermagem para se manterem saudáveis. Ao realizar estas atividades os idosos contribuem para o bem-estar geral, elevação da auto-estima, restituição de forças criativas, rompimento de fronteiras culturais e melhoria psicológica, pois a capacidade de cuidar da sua própria saúde traz, além da satisfação pessoal, autonomia e independência. Segundo Santos et al. (2002), as mudanças no estilo de vida tem se tornado cada vez mais frequentes, devido a uma maior preocupação do ser humano em viver com qualidade, saúde e independência. Nessa perspectiva, percebe-se que o envelhecimento saudável passa a ser necessidade e entendimento para as pessoas, sendo decorrente de um conjunto multidimensional de fatores que envolvem condições de moradia, educação, lazer, liberdade, trabalho, entre outros. Percepção dos Idosos sobre a Atuação e Orientações dos Profissionais de Saúde Os profissionais mais requisitados pelos idosos para as consultas e/ou assistência à saúde, são os médicos (9) seguidos dos enfermeiros (7) e técnicos de enfermagem (5). Apenas dois deles citaram a equipe como um todo, reconhecendo os papéis de cada componente e justificando que a escolha por qualquer deles depende da necessidade apresentada. Todos os participantes alegaram conhecer e relacionar- se com o enfermeiro responsável pela ESF do seu território. Neste contexto os participantes relataram: Depende. O acompanhamento da pressão arterial é feito pelo técnico, as palestras e orientações são feitas pelo enfermeiro e as consultas pelo médico (I1). A equipe que me atende é o médico, enfermeiro, dentista, nutricionista, depende do que eu tiver precisando. Um me encaminha para o outro (I3). No que tange aos tipos de orientações fornecidas pelos profissionais, foram apresentados temas referentes a alimentação saudável, importância da prática de exercícios físicos, lazer, acompanhamento constante da saúde, uso correto de medicações, formas e importância da hidratação, eliminação fisiológica, adequação do ambiente, prevenção de patologias e suas complicações, sendo as mais citadas pelos entrevistados. Estes depoimentos comprovam que os profissionais, principalmente os enfermeiros de Belo Oriente apresentam um olhar direcionado e uma melhor capacitação para o atendimento do idoso, promovendo dessa forma uma atenção diferenciada a esta população do município. Ressalta-se que a maioria dos idosos afirmou seguir às orientações da equipe: 788 Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.2 - Nov./Dez. 2011. Em geral as orientações são feitas mais pela enfermeira, para ingestão adequada de líquidos, atividades físicas, hábitos alimentares, atividades que envolvam músicas, pinturas, terapia ocupacional, que diminuam a ansiedade, controle do diabetes e monitoramento da pressão arterial. Eu mudei meu estilo de vida e hoje me sinto com mais disposição e energia para minhas atividades (I4). O médico orienta em relação aos exames, remédios e a enfermeira com relação aos hábitos de vida, prevenção do câncer de colo uterino e outras doenças, o bom é que praticando as orientações vivemos com qualidade (I6). Procuro realizar as atividades que eles me orientam comendo de forma certa, incluindo as frutas que eu não gosto em batidas e sucos, evitando comidas gordurosas, usando adoçante, caminhando e repousando; alimento de acordo com suas dicas, não me esqueço de tomar meus remédios, olho a PA freqüentemente, aproveito a minha família e vivo feliz (I9). A execução da política pública quando bem orientada e voltada para a saúde, proporciona aos idosos, condições de contemplar de forma natural, esta nova etapa da vida e enfrentar desafios de se viver saudavelmente. Observou-se que a mudança de hábitos saudáveis de alimentação e outros métodos de autocuidado dependem da orientação pelos profissionais de saúde, que estimule a conscientização dos idosos. Os idosos afirmaram conhecer os profissionais da saúde, suas funções e orientações, as quais são compreendidas e praticadas pelos mesmos, o que pode ser considerado positivo, uma vez que ao atender as orientações eles não somente assimilam as informações para o envelhecer saudável como também se tornam capazes de auto-gerir seu processo de vida, interferindo no processo saúde-doença. As pessoas idosas desejam e podem permanecer ativas e independentes por tanto tempo, quanto for possível, se o apoio adequado lhes for proporcionado. Por isso, o incentivo para o envelhecimento ativo tem como objetivo despertar nos idosos uma expectativa de vida saudável, proporcionando-lhes uma saúde física, beneficiando, assim, seu estado psicológico e diminuindo seu nível de dependência (COSTA; VERAS, 2003). Frequência dos Idosos às Unidades de Saúde Os idosos devem frequentar as unidades de saúde, uma vez que estas promovem ações de caráter social, tendo como intuito integrá-los à família e à comunidade de forma independente, autônoma e participativa. Entre os idosos 82% (9) afirmaram frequentar a ESF regularmente e 18% (2), alegaram comparecer, às vezes, pelos motivos descritos a seguir: Faço acompanhamento no Hiperdia, participo das palestras e busco meus remédios mensalmente, quando preciso consulto com os médicos do posto de saúde (I1). Realizo consultas quando necessito, faço acompanhamento no Hiperdia e busco meus remédios mensalmente, participo das reuniões/palestras com a enfermeira, estes encontros são muito bons para trocar experiências e 789 Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.2 - Nov./Dez. 2011. aprender coisas novas (I2). Eu frequento quando preciso consultar pegar os meus remédios, pois tenho hipertensão e diabetes, e participo de encontros às vezes com a enfermeira (I10).Grande parte dos idosos afirmou frequentar regularmente as consultas agendadas, as oficinas e as palestras educativas, apontando para um compromisso em cuidar da saúde. Esta participação ativa revela os efeitos positivos das ações de educação em saúde desenvolvidas pela equipe, a sua importância para a promoção do envelhecimento saudável e a prevenção de doenças. O aumento da população idosa reflete em uma maior utilização dos serviços de saúde, o que requer dos profissionais a implementação de novas ações e intervenções diferenciadas, para o alcance de uma abordagem direcionada, tanto para o envelhecimento fisiológico, quanto para o psicossocial, buscando, assim, tecnologias para se oferecer um cuidado multidimensional (COSTA; VERAS, 2003). Expectativas em Relação ao Processo de Envelhecimento Diante do processo de envelhecimento a expectativa dos idosos está voltada para um envelhecer saudável, independente e sem complicações aparentes, utilizando as orientações dos profissionais na busca deste objetivo, o que confirma os depoimentos a seguir: Queria continuar envelhecendo sem dores e complicações, com saúde (I11). Espero ter saúde, paz e força para trabalhar enquanto eu viver. [...] evitando as coisas que possam me fazer mal como: gorduras, bebidas alcoólicas, cigarro e tentando seguir as orientações para manter a saúde (I7). A expectativa de todos é continuar, durante o processo de envelhecimento, buscando uma vida saudável. Para tanto é importante contar sempre, com as orientações dos profissionais da saúde, com serviços que invistam na estruturação destas condições e praticá-las para alcançar o bem estar físico e emocional, adotando uma nova forma de promover a longevidade com qualidade. O processo de envelhecimento passa pela prática constante de mudanças de vários hábitos de vida. Dentre eles destaca-se a alimentação, o lazer e a atividade física, sem esquecer a importância da família para uma boa qualidade de vida, junto a qual os idosos conseguem cumprir suas atividades diárias básicas e conseguem viver de uma forma independente. O ideal é que eles não fiquem ociosos e que entendam o importante papel que representam para a sociedade (OMS, 2002). CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa constatou que o trabalho desenvolvido nas unidades de saúde da família da cidade de Belo Oriente, centrado na atenção ao idoso é realizado em equipe, tendo o cuidado voltado para orientações, controle, prevenção de patologias 790 Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.2 - Nov./Dez. 2011. e para importância do autocuidado. Os enfermeiros confirmaram estar dispostos a adquirir novos aprendizados e investirem na educação em saúde para os idosos. Como principal foco de atuação, buscam a promoção do envelhecimento saudável, com vistas ao atendimento de especificidades, a manutenção da saúde, a expectativa de vida ativa, a autonomia e a independência funcional. Quanto ao vínculo, requisito indispensável para haver um bom trabalho, pode ser considerado eficiente e competente, em função da interação observada entre os enfermeiros e os idosos e reiterado pelos depoimentos de todos os participantes da pesquisa. Percebeu-se que há confiança dos idosos nos enfermeiros e em toda a equipe, uma vez que estes afirmaram beneficiar-se das práticas de promoção a saúde, além receber orientações e utilizá-las para melhoria da qualidade de vida. Esta afirmativa pode ser entendida como satisfação e humanização da assistência. Apesar do município não oferecer investimentos específicos para capacitação e otimização das atividades recreativas desenvolvidas pelos enfermeiros na atenção a saúde dos idosos, notou-se a preocupação em garantir o continuidade do trabalho atualmente realizado, o qual é sustentado pela iniciativa e organização dos profissionais. Constatou-se que o trabalho desenvolvido com os idosos, nos territórios das equipes da ESF, requer a continuidade de investimento em tecnologias e métodos de aprendizagem, que passam principalmente pela educação em saúde, através das oficinas, formação de grupos operativos, parcerias, aprimoramento de processos, procedimentos e acompanhamento. Os resultados desta pesquisa ficarão à disposição dos profissionais e idosos interessados no tema, uma vez que pode contribuir para novas reflexões acerca de suas práticas cotidianas, estimulando-os a reorientá-las e torná-las adequadas ao contexto em que estão inseridos. Propõe-se um olhar mais abrangente, mais crítico e estratégico sobre a atenção ao idoso e sugere-se novos estudos em relação ao tema pesquisado, pois é preciso construir meios para que se propaguem estas conquistas. REFERÊNCIAS ASSIS, M. de; HARTZ, Z. M. A.; VALLA, V. V. Programas de promoção da saúde do idoso: uma revisão de literatura cientifica no período de 1990 a 2002. Revista Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.9, n.3, p. 575-581, jul./set. 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Envelhecimento e Saúde da Pessoa idosa. Caderno de atendimento de Atenção Básica-n 19. Brasília: Ministério da saúde, 2006. Disponível em: <www.saude.sp.gov.br/resources/profissional/acesso_rapido/gtae/saude_pessoa>. Acesso em: 11 nov. 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.528 19 de outubro de 2006. Dispõe sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Disponível em:<portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/2528_pnspi.pdf>. Acesso em: 18 out. 2009. 791 Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.2 - Nov./Dez. 2011. COSTA, M. F. L.; VERAS, R. Saúde pública e envelhecimento. Caderneta de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.19, n.3, p.735-743, jun. 2003. Disponível em:< www.upf.tche.br/seer/index.php/rbceh/article/viewFile/10/32>.Acesso em: 05 ago. 2009. FENILI, R. M.; SANTOS, O. M. B. Analisando a teoria Humanística de Paterson Zderad para Vislumbrar a Enfermagem como Diálogo Vivo. Revista Nursing, São Paulo, v. 4, n. 39, p. 30-34, ago. 2001. Disponivel em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-8145280030022&script=sci_arttext>. Acesso em: 04 out. 2009. FLORES, L. M.; MENGUE, S. S. Uso de medicamentos na região sul do Brasil. Caderneta de Saúde Pública, v.6, n.39, p.924-929, dez. 2005. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-9332200800020015>. Acesso em: 05 jul. 2010. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Perfil dos Idosos. 2006. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/idoso/perfil_idosos.html>. Acesso em: 02 out. 2009. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Contagem da população. 2007. Disponível em:< http://www.ibge.gov.br/busca/search?q=belo+orientehome/estatistica/populacao/cont agem2007/MG 2007-10-05>. Acesso em: 05 out. 2009. LAZZARESCHI, N. Lazer: a recuperação do sentido da vida na velhice. Revista Kairós, São Paulo, v.5, n.1, p.181-200, jun. 2002. MATSUDO, S.; MATSUDO V. Prescrição e benefícios da atividade física na terceira idade. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, Brasília, v.5, n.2, p.10-17, out. de 2000. Disponível em: <www.facem.com.br:4028/.../relacao_%20entre_%20atividade_fisica.pdf>. Acesso em: 11 nov. 2009. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Saúde. Atenção à saúde do idoso. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. NOBREGA, T. O.; KARNIKOWKI, M. G. O. A terapia medicamentosa no idoso: Cuidados na medicação. Revista Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.19, n.2, p.309-313, abr. /jun. 2005. Disponível em: <http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 812320080007020>. Acesso em: 10 jul.2010. OMS. Organização Mundial da Saúde. Saúde do idoso. 2002. Disponível em: < www.gerontologia.org/.../organizaciones/OrganizacionesNominado1.pdf>Acesso em: 03 out. 2009. 792 Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.4 - N.2 - Nov./Dez. 2011. RIBEIRO, M. “Sempre Viva” Atuação da enfermagem com idosos que vivem em domicilio rural: um novo olhar da educação em grupo na saúde pública. 2001.127f. Monografia (Graduação em Odontologia) - Faculdade Federal de Odontologia, Diamantina, 2001. SANTOS, S.R.; SANTOS, I. B. C.; FERNANDES, M. G. M.; HENRIQUES, M. E. R. M. Qualidade de vida do idoso na comunidade: aplicação da escala de Flanagan. Revista Latino-americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v.10, n. 6, p.757-764, nov/dez. 2002. Disponível em: < www.portalsaudebrasil.com/artigos/artigo0006.pdf>. Acesso em: 16 set. 2009. SILVESTRE, J. A.; COSTA NETO, M. M. Abordagem do idoso em programas de saúde da família. Caderneta de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.19, n.3, p.839-847, maio/jun. 2003. VITTA, A. Atividade Física e bem estar na velhice. In: NERI, A. L.; FREIRE, S. A. (ORG). E por falar em boa velhice. Campinas: Papirus. 2000. p. 81-90.
Compartilhar