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Eletrônica de Potência: Semicondutores de Potência • Nesta aula, faremos uma breve discussão sobre os seguintes semicondutores: Diodo Tiristor BJT MOSFET IGBT Dispositivos Semicondutores Diodo • Feitos de junção P-N, têm a condução de corrente em uma única direção. • Diodos de potência são retificadores de potência não controláveis. • São usados em diversas aplicações como, carregadores baterias, fonte de alimentação e muitas outras. • São usados também para efeito de condução reversa e “roda-livre” em outros semicondutores de potência. • Abaixo é mostrado o símbolo do diodo e sua curva VxI. Diodo • Quando polarizado diretamente, conduz e possui uma pequena queda de tensão sobre ele (da ordem de 1V). • Se polarizado em reverso somente uma pequena corrente flui e o diodo está em corte. Se aplicada uma elevada tensão reversa, ocorre o efeito avalanche, e o dispositivo entra em condução e é destruído. • Em razão da pequena corrente que flui em sentido reverso e da pequena tensão no estado de condução, comparadas com a tensão e com a corrente de operação do circuito no qual o diodo está inserido, a característica i-v do diodo pode ser idealizada. Diodo Diodo Esse comportamento pode ser utilizado para analisar alguma topologia de conversor mas não para projetos. • O desligamento de um diodo é também uma característica importante a ser levada em consideração em um projeto. • Em condução, a queda de tensão é pequena. • Nestas condições, a junção PN está saturada de cargas portadoras minoritárias. • Se o dispositivo for polarizado em reverso, leva um tempo até a remoção dessas cargas, conhecido como tempo de recuperação reversa. Diodo • Diodo Schottky: possui tensão de condução reduzida (0,3V) comparado aos outros, porém, bloqueia pequenos níveis de tensão (50 – 100V). Apresenta t rr muito pequenos (10ns) • Diodo ultra rápido: são comuns em circuitos de alta frequência, e com tensões superiores (porém com acréscimo do t rr ). • Diodos de potência: são mais comuns as aplicações de 60/50Hz, em que um tempo de recuperação reversa não precisa ser curto. Bloqueiam elevadas tensões e suportam elevadas correntes. Diodo • Tiristores ou SCRs são dispositivos mais robustos com grande aplicação em indústrias. • Pode-se dizer que a era moderna da eletrônica de potência teve início com a introdução deste dispositivo, por volta de 1950. • Semelhante ao diodo, porém possui possibilidade de controle. Tiristor • O símbolo do tiristor é semelhante a um diodo, mas com a adição de um terminal a mais, o gate. • Este terminal permite controlar o momento de entrada deste dispositivo em condução. Tiristor • O dispositivo bloqueia tensão em ambas as polarizações. • Quando polarizado diretamente, o dispositivo pode ser posto em condução por um curto pulso de corrente no gate. • A queda de tensão em estado ligado é de pequena (1-3V). • Uma vez em condução, fica conduzindo e a corrente de gate pode ser retirada. • Quando a corrente no anodo tenta ficar negativa, o tiristor desliga. • Em estado reverso, uma corrente desprezível flui no tiristor. Tiristor Tiristor Para análises em conversores podem ser consideradas as características idealizadas. Tiristor Em aplicações como a do circuito abaixo, o controle pode ser exercido durante meio ciclo da fonte de tensão. Quando a corrente se inverter, o tiristor ideal teria sua corrente indo imediatamente para zero. Tiristor Como ilustrado na forma de onda, a corrente no tiristor se inverte antes de zerar. Onde trr é o tempo de recuperação reversa e tq é o intervalo turn-off. Somente depois deste tempo o dispositivo é capaz de bloquear a tensão reversa sem ligar. • Quando colocado em condução, o gate perde a capacidade de controle. • Um tiristor também pode ser colocado em condução aplicando uma elevada tensão no anodo. Desta forma, surgiria um elevado dv/dt entre o anodo e o catodo o que colocaria em condução o dispositivo. • Para ser desligado em circutos CC, deve-se oferecer um caminho alternativo para a corrente, enquanto se aplica uma tensão reversa sobre o SCR. Tiristor • Ao se aplicar tensão em um tiristor, deve se garantir, que o dv/dt não ultrapasse um certo limite, caso contrário, ocorrerão falsos disparos. • Para evitar falsos disparos, são utilizados circuitos chamados snubbers. Tiristor • Os transistores são chaves estáticas unidirecionais controláveis capazes de conduzir elevadas correntes e bloquear tensões quando diretamente polarizados. • A tensão direta de condução, entre coletor e emissor, é controlada por uma corrente no terminal da base. • Quanto maior a corrente na base, maior a corrente entre coletor e emissor e menor a queda de tensão no dispositivo. Transistor Bipolar de Junção (BJT) 1 – 2V Coletor Emissor Base Transistor Bipolar de Junção (BJT) Para saturar o transistor bipolar é necessário uma corrente que passe pela junção base-emissor que induz o fluxo de corrente entre coletor-emissor. Para que o transistor fique em estado de corte é necessário diminuir a corrente base-emissor até que a tensão entre coletor e emissor se aproxime do valor da tensão na fonte. • Diferente dos tiristores, os transistores necessitam de corrente na base durante todo o tempo em que se deseja acioná-lo. • A vantagem é que é possível controlar o desligamento do dispositivo. • Quando o transistor funciona como chave, opera na região de saturação ou corte e em nenhum outro lugar da reta de carga. • A queda de tensão em estado ligado é usualmente de 1-2V. Transistor Bipolar de Junção (BJT) • O Mosfet tem um comportamento equivalente ao do transistor, no entanto, o acionamento é feito por uma tensão aplicada entre Gate e Fonte. • Para que um mosfet continue ligado, é necessário que seja mantida tensão no terminal do gate dentro dos limites especificados. • Nenhuma corrente é drenada pelo gate, exceto nas transições. • Em relação ao chaveamento, possui maior rapidez (dezenas de nanosegundos) que o BJT (centenas de nanosegundos). Mosfet • Abaixo o símbolo e as curvas VxI típicas do mosfet. Dreno Gate Fonte Mosfet Para que o Mosfet opere como chave fechada, uma tensão VGS adequada deve ser aplicada. Para que bloqueie a condução esta tensão deve ser inferior ao limite mínimo especificado. • O IGBT é comandado por tensão e apresenta menores perdas em seu circuito de comando. • Tem tensão de condução reduzida, como os BJTs, mesmo com tensões de bloqueio elevadas, em torno de 2 – 3V para bloqueio de 1000V, por exemplo. • Pode bloquear elevadas tensões reversas. • Quando utilizados em inversores de frequência, normalmente a carga que é ligada e desligada é indutiva. Com isso podem aparecer tensões inversas elevadas, contra as quais os dispositivo deve ser protegido. Essa proteção é feita por diodos ligados ao coletor e ao emissor. IGBT + - IGBT Símbolos e curvas características dos IGBTs IGBT Aplicação típica: Escolha do dispositivo Escolher um dipositivo semicondutor para uma determinada aplicação ou projeto é um processo minucioso e complexo que deve ter como premissas os seguintes requisitos: - Níveis de tensão e correntes; - Complexidade do circuito de comando dos dispositivos, seu custo e consumo de energia; - Frequência com que o dispositivo irá trabalhar e perdas associadas; - Custo do conversor. A seleção do dispositivo deve garantir uma junção adequada entre as capacidades do dispositivo e os requisitos do conversor.Referências Bibliográficas N. Mohan, T. M. Undeland e W. P. Robbins, POWER ELECTRONICS: Converters Aplications and Design, John Wiley & Sons. New York. POMILIO, José Antenor. Módulo 4: CARACTERIZAÇÃO DE SEMICONDUTORES RÁPIDOS DE POTÊNCIA: DIODOS, TRANSISTOR BOPOLAR, MOSFET E IGBT. Unicamp. CORRADI, Junior. ELETRÔNICA DE POTÊNCIA. www.corradi.junior.com.br Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26
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