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CONVERSÃO DE ENERGIA PARTE I – Teoria de Circuitos Magnéticos Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello INTRODUÇÃO OBJETIVO O objetivo desta disciplina é estabelecer os conhecimentos básicos que tornam possível analisar as máquinas elétricas convencionais, como motores de indução trifásicos e monofásicos, geradores e motores de corrente contínua e geradores e motores síncronos. Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello TEORIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS A figura ao lado consiste num arranjo, onde um condutor longo 1, conduzindo uma corrente com módulo constante I1, e um condutor elemental de comprimento l, conduzindo uma corrente com módulo constante I2. I2. l ➔ elemento de corrente. I1 I2 l r LEI DE AMPÈRE Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello TEORIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS É importante ressaltar, que por trás do condutor de comprimento l, há um circuito fechado, na qual circula a corrente I2. A lei de Ampère observa a existência de uma força F no condutor elementar, cujo módulo de F é dado por: LEI DE AMPÈRE F = μ𝐼1 2𝜋𝑟 . 𝐼2𝑙 I1 I2 l r Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello TEORIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS LEI DE AMPÈRE F = μ𝐼1 2𝜋𝑟 . 𝐼2𝑙 • F = Módulo da força [N]; • µ = permeabilidade magnética do meio [N/A]; • r = distância entre os centros dos condutores [m]; • I1 e I2 = correntes nos respectivos condutores [A]. I1 I2 l r Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello TEORIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS CAMPO MAGNÉTICO Uma corrente elétrica, ao passar por um condutor gera um campo magnético. Esse campo é formado por linhas circulares e concêntricas ao fio por onde passa a corrente elétrica e estão contidas num plano perpendicular ao fio. http://blogdefisica-2016.blogspot.com/2016/11/campo-magnetico-de-uma-corrente-eletrica.html https://fisica-mentee.blogspot.com/?view=classic Regra da mão direita para verificar as linhas de campo magnético. Polegar no sentido da corrente e os outros dedos mostram o sentido do campo magnético Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello TEORIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS CAMPO MAGNÉTICO O campo magnético, também conhecido como densidade de fluxo magnético, depende da corrente do condutor, do comprimento circular da linha de campo em que atua e da permeabilidade do meio. http://blogdefisica-2016.blogspot.com/2016/11/campo-magnetico-de-uma-corrente-eletrica.html B = μ𝐼1 2𝜋𝑟 • B = Densidade de fluxo magnético [Wb/m²]ou [T]; • µ = permeabilidade magnética do meio [N/A]; • r = distância entre os centros dos condutores [m]; • I1 e I2 = correntes nos respectivos condutores [A]. [Wb] (weber) [T]→ (tesla) Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello TEORIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS CAMPO MAGNÉTICO I1 r1 I1 B1B1 Vista lateral B1 Vista Superior B2B2 r1 r2 r2 r1r2 B2 Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello TEORIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS CAMPO MAGNÉTICO Uma vez definidas as equações de Força e de campo magnético, podemos relacionar as duas como sendo a força gerada pelo campo magnético do condutor 1 sobre o condutor 2, conforme visto nos primeiros slides. B = μ𝐼1 2𝜋𝑟 F = μ𝐼1 2𝜋𝑟 . 𝐼2𝑙 F = 𝐵. 𝐼2𝑙 Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello TEORIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS PERMEABILIDADE A permeabilidade do meio é a facilidade ou a dificuldade do campo magnético que o campo magnético penetre ou não em uma determinada região. Quando o material utilizado for o ferro, por exemplo, a densidade de fluxo magnético penetra com maior facilidade numa determinada região. No vácuo, a permeabilidade (µ0) é: μ0 = 4𝜋. 10 −7H/m [H] (henrys) Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello TEORIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS PERMEABILIDADE A permeabilidade do material é obtida experimentalmente para cada um deles. A permeabilidade no ferro é diferente da permeabilidade no cobre, que é diferente da permeabilidade no alumínio. (µFe ≠ µCu ≠ µAl). Uma outra forma de se obter a permeabilidade de um material qualquer (µ), é através da mobilidade relativa (µr), que como o próprio nome diz, é a mobilidade em relação a mobilidade no vácuo (µ0). O valor de µr é dado por: μ𝑟 = μ μ0 Vale observar que a divisão entre as duas permeabilidades gera uma permeabilidade relativa adimensional (sem unidade). Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello TEORIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS FLUXO MAGNÉTICO De acordo com o que foi visto anteriormente, o campo magnético (B) também pode ser denominado de densidade de fluxo magnético. Isso porque se observamos atentamente a unidade de campo magnético como sendo Wb/m², isto é, para cada 1m², obtemos 1Wb de Fluxo magnético. Portanto o fluxo magnético (Φ) pode ser definido como: Φ = න𝐵𝑛. 𝑑𝐴S Os próximos slides mostrará o comportamento do Campo Magnético Bn. Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello TEORIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS DENSIDADE DE FLUXO MAGNÉTICO I1 B Campo Magnético produzido pelo condutor 1, atravessando outro condutor. (ângulo do condutor 2 está a 0º com o plano do campo B, isto é ambos pertencem ao mesmo plano) B Vista lateral Vista Superior Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello TEORIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS DENSIDADE DE FLUXO MAGNÉTICO I1 Campo Magnético produzido pelo condutor 1, atravessando outro condutor. (ângulo do condutor 2 está a 60º com o plano do campo B) Vista lateral Vista Superior B 60º Bn60º B 60º Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello TEORIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS INTENSIDADE DO CAMPO MAGNÉTICO É frequentemente útil, em cálculos de circuitos magnéticos, trabalhar-se com uma grandeza representando o campo magnético que seja independente do meio no qual o fluxo magnético está imerso. Para isso podemos dividir o campo magnético pela permeabilidade do meio e, com isso eliminamos a característica do meio. Assim encontraremos o valor da intensidade de campo magnético (H), dado por. 𝐻 = 𝐵 𝜇 = 𝐼1 2𝜋𝑟 H = Intensidade de campo magnético [A/m] ou [Ae/m]. (Ae = ampère-espira). Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello TEORIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS LEI DE AMPÈRE DE CIRCUITO Se fizermos um integração de linha de H ao longo de um percurso circular, obteremos: ර𝐻𝑑𝑙 = න 0 2𝜋 𝐼1 2𝜋𝑟 𝑑𝑙 = 𝐼1 Isso nos mostra que a integral de linha fechada da intensidade do campo magnético é igual às correntes envolvidas que produzem linha de campo magnético. Essa relação é chamada de lei de Ampére de circuito e é expressa como: ׯ𝐻𝑑𝑙 =F Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello TEORIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS LEI DE AMPÈRE DE CIRCUITO A grandeza F é conhecida como força magnetomotriz e é frequentemente abreviada como fmm. A unidade de F é [Ae] (ampère-espiras) A fmm associada à linha de fluxo especificada é: F = 𝐻. 𝑙 = 𝐵 𝜇 Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello TEORIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS LEI DE AMPÈRE DE CIRCUITO Em situações onde B é uma constante e penetra uma área fixa e conhecida A, o fluxo magnético correspondente pode ser escrito como: Φ = 𝐵. 𝐴 Relacionando a equação acima com a fmm, temos: F = 𝐻. 𝑙 = Φ 𝑙 𝜇. 𝐴 Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello TEORIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS LEI DE AMPÈRE DE CIRCUITO O termo entre parênteses da expressão anterior mostra uma grande semelhança com a definição de resistência elétrica. Neste caso definiremos a expressão como relutância (R ). A relutância de um circuito magnético limita a passagem do fluxo magnético. R = 𝑙 𝜇. 𝐴 Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello TEORIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS LEI DE AMPÈRE DE CIRCUITO Por fim, comparando as equações: R = 𝑙 𝜇. 𝐴 F = Φ 𝑙 𝜇. 𝐴 F =ΦR Lei de Ohm do circuito magnético. Elaborado por: Prof. Dr. Genaro Mariniello TEORIA E CIRCUITOS MAGNÉTICOS CIRCUITOS MAGNÉTICOS I Φ ENTREFERRO Circuito magnético Circuito Unifilar equivalente F RFe Rar Φ OBRIGADO!
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