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CONCENTRAÇÃO DE RENDA - DISTRIBUIÇÃO DE RENDA

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CONCENTRAÇÃO DE RENDA - DISTRIBUIÇÃO
DE RENDA
 
O trabalho cria bens, os quais, principalmente no sistema capitalista, são medidos em dinheiro. Na 
economia de mercado, todo produto tem dois valores: o de uso e o de troca. O valor de uso é a sua 
utilização pelo consumidor. O valor de troca é o dinheiro gerado pela venda de produtos, processo no 
qual o comprador recebe um bem que é pago em dinheiro; o vendedor transfere, "perde", o produto e 
ganha dinheiro. Portanto, o comprador perde renda e o vendedor obtém renda. Essa, quando 
acumulada, tanto por poupança doméstica como através de aplicações financeiras, transforma-se em 
capital. O dinheiro é um instrumento de troca que provoca a perda ou o ganho de rendas. Capital é a 
reprodução do dinheiro ou da renda.
 
No sistema capitalista, há basicamente duas formas de apropriação de rendas. Uma ocorre por meio 
do trabalho pago sob a forma de salário. A outra é o lucro gerado pela propriedade de indústrias, 
fazendas, lojas ou bancos. Aqueles que vivem do salário são os operários (proletariado), os 
funcionários públicos e os que trabalham em empresas de prestação de serviços (classes médias). 
A camada social que obtém lucros é denominada de burguesia (empresários industriais, 
comerciantes, financeiros e grandes fazendeiros, popularmente conhecidos como "patrões").
Essa diferenças na forma de obtenção de dinheiro provocam maneiras diversas de distribuição da 
renda social (o dinheiro e o capital gerados pelas atividades econômicas da sociedade inteira). 
Infelizmente, essa distribuição não é feita em partes iguais para cada um de nós: alguns poucos 
possuem a maior parcela da renda social (concentração da renda); a maioria da população fica 
cada vez mais pobre (depauperação crescente). Nos países desenvolvidos, a distribuição de renda 
social é mais igualitária que a das nações subdesenvolvidas, onde os salários são muito baixos e as 
camadas mais pobres dificilmente conseguem possuir qualquer tipo de propriedade. Dois outros 
fatores provocam a concentração de renda: a inflação e o sistema tributário do país. O fenômeno 
da inflação é basicamente o excesso de dinheiro em relação ao número de produtos. Há, 
basicamente, dois tipos de inflação:
TIPOS DE INFLAÇÃO
INFLAÇÃO DE CUSTO - ocorre quando aumentam os preços da produção (encarecimento da 
matéria-prima, gastos maiores para comprar equipamentos), forçando o empresário a repassar para o 
consumidor este aumento.
INFLAÇÃO DE DEMANDA - ocorre quando os consumidores querem mais produtos (maior 
demanda) e a produção, em termos quantitativos, não consegue atender o desejo de compra do 
público (menor oferta).
A inflação concentra renda pelo fato de que os preços dos gêneros sobem sem que esse 
aumento seja repassado aos salários dos trabalhadores. Nesse caso, diminui a capacidade de 
compra (poder aquisitivo) dos assalariados e, simultaneamente, são maiores os lucros dos 
empresários.
UMA MELHOR DISTRIBUIÇÃO DA RENDA SOCIAL
A ciência e a política econômicas estão, atualmente, diante de duas alternativa opostas. Quais 
seriam seus objetivos: o aprimoramento dos métodos de produção e de administração, o 
aumento da produção com menores custos ou a elevação do nível de vida das populações? 
Os empresários preferem o gerenciamento mais eficiente da economia privada e pública; os mais 
pobres gostariam de melhor distribuição da renda social.
Nos países subdesenvolvidos, a forma mais prática de distribuir rendas é por meio da intervenção 
estatal na economia de mercado.
	CONCENTRAÇÃO DE RENDA - DISTRIBUIÇÃO DE RENDA

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