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HISTÓRIA DAS CIDADES - EVOLUÇÃO DAS CIDADES

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HISTÓRIA DAS CIDADES - EVOLUÇÃO DAS
CIDADES
 
A CIDADE ANTIGA
As primeiras cidades surgiram em função da Revolução Agrícola, que ocorreu, por volta de 3.000 
a.C., no Crescente Fértil, região compreendida entre a Mesopotâmia (atual Iraque) e o Egito. Nesse 
período, as sociedades da área, além de adquirirem condições de alimentar os agricultores, 
passaram a ter capacidade de abastecer os habitantes das cidades. Estes, agora, podiam se dedicar 
a atividades propriamente urbanas: comércio e artesanato. Outro fato importante foi que as elites 
dirigentes se fixaram nas cidades que se tornaram sedes do poder. Implantava-se a divisão de 
trabalho e funções entre as zonas rurais e as cidades.
As cidades surgiram também na Mesopotâmia (região entre os rios Eufrates e Tigre), destacando-se 
Ur e Babilônia. Para nossos padrões, cidades pequenas; porém, para a época, verdadeiras 
metrópoles. Com o passar do tempo, outras cidades surgiram, sempre próximas aos rios, já que 
estes fertilizavam a terra, o que favoreciam o abastecimento das cidades: Pequim e Hang-Chou, na 
China; Mohenjo-Daro, situada na planície indo-gangética (Índia) e Tebas e Mênfis no Egito. Também 
na América, nasceriam cidades, principalmente entre os astecas, importante civilização que ocupava 
o que hoje é o território mexicano.
Na Europa, duas civilizações, a grega e a romana, tiveram nas cidades seus centros de poder, onde 
estavam a burocracia de estado civil e militar. Na Grécia clássica, a mais sofisticada forma política foi 
a polis (cidade). De fato, todo o esplendor cultural grego brilhou nas ruas de Atenas. Na Península 
Itálica, surgiu e evoluiu a mais importante cidade da Antiguidade: Roma, de onde partiram as tropas 
que edificariam o maior dos impérios, o Império Romano. Realmente, na época "todos os caminhos 
levavam a Roma". No século XV, quando Roma caiu em função das invasões germânicas, as cidades 
sofreram um grande abalo, pois a Europa se "ruralizou", ao longo do período feudal.
A CIDADE MEDIEVAL
A Idade Média foi fundamentalmente uma civilização rural. Por essa razão, as cidades perderam 
sua importância, Limitavam-se a ser sedes de bispados e reinados, num período no qual os reis 
praticamente não tinham poder político. Durante o período medieval, não surgiram novas cidades e 
as antigas se esvaziaram. As cidades medievais foram, na prática, simplesmente fortificações para 
proteger igrejas, uma pequena população e alguns castelos. Elas não tinham qualquer função 
urbana. Além disso, eram sujas, fétidas e suas casas de madeira eram presas fáceis dos incêndios. 
Dizia-se que qualquer viajante percebia estar próximo a uma cidade, pelo mau cheiro que ela 
exalava. Somente o capitalismo mercantil faria ressurgir o fenômeno urbano. 
A CIDADE RENASCE
Quando do capitalismo mercantil, período da acumulação primitiva de capital, o comerciante se 
tornou o grande "herói" da história europeia. E o comerciante morava na cidade. 
Progressivamente, os senhores feudais foram permitindo que as cidades ficassem livres, por meio da 
concessão de "cartas de franquia". As cidades agora livres receberam diversas denominações, 
conforme os países onde elas estavam situadas: na Alemanha eram chamadas de burgos; na 
França, comunas; por sua vez, na Itália eram denominadas de repúblicas e na Península Ibérica 
existiam os concelhos. A medida que o comércio foi se desenvolvendo, as cidades foram se 
espalhando por toda a Europa. Importantíssimas foram as cidades comerciais da Itália, 
principalmente Gênova e Veneza, onde surgiu uma prósperaburguesia comercial e financeira. Na 
Alemanha, Hamburgo era o centro de uma rede comercial que chegava até a Rússia, rede esta 
conhecida pelo nome de Hansa Teutônica ou Liga Hanseática. Na extremidade ocidental da 
Europa, onde se formou a rota comercial de Champagne, proliferaram cidadesde grande 
importância: Paris, Bruxelas, Antuérpia e Amsterdã, dentre outras.
O renascimento urbano, fruto do renascimento comercial, foram sinais de que estava nascendo um 
novo regime de produção: o capitalismo. O desenvolvimento das cidades, que passaram a ser os 
motores do progresso, acelerou o êxodo rural: todo mundo queria morar nas cidades para se libertar 
da dominação feudal. Um provérbio alemão da época dizia: "o ar da cidade faz o homem livre". 
Pouco a pouco, as cidades ficaram superpovoadas. Na Idade Média, os núcleos urbanos eram 
cercados por muros; agora, eles começaram a se desenvolver fora dos muros, nascia a especulação 
imobiliária. O renascimento urbano teve também um impacto cultural: durante a Idade Média, a Igreja 
Católica manteve o pensamento e a filosofia no interior dos mosteiros rurais, agora, em razão do 
aparecimento da burguesia, o clero foi obrigado a ir para as cidades: surgiu as universidades, já 
que os burgueses tinham sede de conhecimentos.
A INDÚSTRIA FAZ DA CIDADE O CENTRO DO MUNDO OCIDENTAL
A Revolução Industrial do século XVIII, que concentrou a mão de obra das atividades fabris nas 
cidades, foi o grande fator do desenvolvimento urbano. O capitalismo não criou as cidades, surgidas 
ainda na Antiguidade, mas as tornou o centro das atividades econômicas e culturais. Em função do 
capitalismo, as cidades passaram a ter inúmeras funções: portuárias, comerciais, industriais, militares 
e político-administrativas. Em resumo, o capitalismo industrial precisou, pela necessidade de produzir 
com custos mínimos e concentrar os operários em áreas reduzidas do espaço terrestre, criar as 
condições para que as cidades se tornassem metrópoles e megalópoles. Leia o texto abaixo com 
atenção:
 
A CIDADE, HOJE
O capitalismo contemporâneo ampliou o fenômeno urbano. Se antes, havia cidades, 
atualmente há megalópoles, onde a conurbação criou uma sofisticada rede de fluxo de capitais, 
informações, mercadorias e serviços.
 
Tóquio, Japão
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