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MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA

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MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA 
O mundo, hoje, é formado por países amplamente diferenciados em termos econômicos, sociais, 
políticos e culturais. Há nações ricas, pobres e as atualmente denominadas de "emergentes". 
Diversos também são os regimes políticos, compreendendo monarquias e repúblicas, estas divididas 
em regimes parlamentarista ou presidencialista, além de democracias e ditaduras. Para entendermos 
a estrutura do mundo atual, no presente tópico, estudaremos o capitalismo e, no seguinte, o 
socialismo, modos de produção que edificaram a realidade contemporânea.
Definimos capitalismo como o modo de produção no qual existe uma separação entre os 
meios de produção e também os de reprodução do capital, apropriados pela burguesia, e os 
produtores, que formam o proletariado, setor social que, nada tendo a oferecer ao mercado, 
vende sua força de trabalho. Como sistema socioeconômico, o capitalismo apresenta as seguintes 
características básicas:
A PRODUÇÃO É VOLTADA AO MERCADO - no capitalismo, os bens econômicos conhecem 
dois valores, o de uso, quando consumidos pelas pessoas e grupos sociais, e o de troca, ou 
seja, quando eles, circulando no mercado, geram acumulação de capital nas mãos dos donos 
dos meios de produção. Assim, o produto, para adquirir efetivo valor econômico, é 
transformado em mercadoria;
ECONOMIA MONETÁRIA - no capitalismo, a moeda desempenha dois papeis fundamentais, 
de padrão de troca e o de aferição de ganho ou perda numa operação comercial. Noutros 
termos, a moeda é um meio pelo qual as mercadorias circulam e os lucros ou prejuízos são 
avaliados;
GERENCIAMENTO PRIVADO DA PRODUÇÃO E DOS SERVIÇOS - o capitalista, direta ou 
indiretamente, através de quadros burocráticos (administradores, contadores, gerentes, etc.), 
controla todas as etapas da produção de gêneros e da oferta de serviços, dominando assim o 
processo do trabalho. Ele define a tecnologia a ser aplicada, o ritmo da produção, a admissão 
ou demissão de trabalhadores e a política salarial;
O PAPEL DO SISTEMA FINANCEIRO - no início do capitalismo, o proprietário investia na 
produção apenas seu próprio capital. Com o desenvolvimento quantitativo e qualitativo da 
produção, foram demandados crescentes investimentos. Maiores lucros exigiam aplicações 
mais volumosas. Até o século XVIII, o capitalista aplicava seus rendimentos na ampliação da 
produção. Já no século seguinte, houve a integração entre o capital financeiro e o industrial. O 
burguês tomava empréstimos nos bancos para investir em suas fábricas ou firmas prestadoras 
de serviços e aplicava seus lucros na rede bancária para acelerar exponencialmente sua 
acumulação de capital.
Características do Capitalismo
O capitalismo foi sem dúvida, o modo de produção que mais alterou e modelou a natureza. As 
suas características são:
PROPRIEDADE - privada;
DESTINO DA PRODUÇÃO - o mercado (empresas que vendem bens ou serviços para a 
comunidade, que é vista como composta não por pessoas, mas por consumidores;
ADMINISTRAÇÃO DA ECONOMIA - o gerenciamento da produção e dos serviços também é feito 
de maneira privada. O capitalista, também chamado de "dono" ou empresário, controla todas as fases 
da produção de gêneros e da oferta de serviços, dominando todos os esforços do processo de 
trabalho da comunidade. É ele que define a técnica a ser aplicada, o ritmo da produção, a admissão 
ou demissão de trabalhadores e também orienta a política salarial. Esse gerenciamento pode ser 
direto ou indireto. A administração direta ocorre quando o próprio proprietário gerencia os seus 
negócios; a indireta acontece quando o gerenciamento é feito através da burocracia (gerentes, 
diretores, executivos e administradores assalariados).
OBJETIVO DOS PROPRIETÁRIOS - obter lucros vendendo produtos ou oferecendo serviços;
MEIOS DE TROCA - dinheiro, cheque, promissórias e, hoje em dia, cartões de crédito;
RELAÇÃO DE TRABALHO - trabalho assalariado;
RELAÇÃO SOCIAL - sociedade dividida em classes. Os proprietários são donos das empresas e 
não trabalham em contato direto com a natureza, administram, elaboram projetos, planejam a 
publicidade e, assim, acumulam e concentram renda; os operários trabalham em contato direto com a 
natureza, usando as mãos para produzir e não conseguem acumular capital. A sociedade capitalista 
é, portanto, cheia de desigualdades sociais, principalmente nos países subdesenvolvidos.
AS EMPRESAS CAPITALISTAS
Quando o capitalismo surgiu, ele era liberal. O que isto quer dizer que os empresários negavam 
qualquer influência do Estado (governo) na economia. Neste período, a empresas ainda eram 
relativamente pequenas e havia concorrência entre elas. Portanto, havia ainda oportunidades para 
que muitos se tornassem capitalistas e ganhassem dinheiro. Essa fase é denominada de 
"capitalismo selvagem". Selvagem porque lembrava a "lei da selva": todos contra todos e o 
vencedor seria o mais competente, o mais capaz. Com o tempo, os vencedores na competição 
econômica foram eliminando seus concorrentes e concentrando renda. A partir desse momento, a 
competição acabou e o capitalismo se tornou oligopolista, isto é, a economia passou a ser dominada 
por alguns grupos, pelas grandes empresas que passaram a negar a concorrência e o mercado livre. 
Surgiram, então, outros tipos de empresa.
AS EMPRESAS DO CAPITAL OLIGOPOLISTA:
"TRUSTES"- grupos capitalistas que controlam a produção de um determinado bem, monopolizando 
o mercado. Cada setor da economia - elétrico, ferroviário, farmacêutico, alimentício, etc. - passa a ser 
dominado por uma grande empresa ou corporação. Os "trustes" dirigem todas as fases da produção, 
desde a extração da matéria-prima, passando pela industrialização até a distribuição da mercadoria.
"HOLDINGS"- com o crescimento dos "trustes", eles, que dominavam um determinado setor da 
economia, passaram a abrir outras empresas para atuar em novos ramos da produção. Exemplo: 
uma determinada firma controla a produção de cerveja. Os donos da empresa resolvem produzir 
tecidos e papelão. Com essa finalidade, abrem duas outras empresas. Para administrar as três, é 
criada uma quarta empresa: uma "holding". Portanto, uma "holding" é uma empresa cuja única 
finalidade é administrar todas as demais de um mesmo grupo empresarial.
CARTÉIS- são acordos feitos entre várias empresas que atuam num mesmo setor econômico 
visando definir preços comuns, áreas geográficas de atuação, regras de concorrência e também 
impedir a entrada de competidores no mercado. Exemplo de cartel: as "sete irmãs", ou seja, as sete 
companhias - Exxon, Chevron, Mobil Oil, Gulf Oil, British Petroleum, Texaco e a Royal Dutch/Shell - 
que controlam o petróleo mundial.
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