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Aulas 4 e 5 - Precipitação Hidrologia Disciplina: Hidrologia Prof. Josué Souza de Gois Água proveniente do meio atmosférico que atinge a superfície da terra Elo entre as fases terrestre e atmosférica do ciclo hidrológico Fenômeno alimentador da fase terrestre do ciclo hidrológico “input” do sistema hidrológico – desencadeador dos processos de escoamento superficial direto, infiltração, evaporação, transpiração, recarga de aqüíferos, vazão de base, etc. Dado importante para planejamento de longo prazo – sofre menos influência direta das alterações antrópicas provocadas no meio Exibe grande variabilidade espacial e temporal Brasil – 400 mm/ano no Nordeste árido até 5.000 mm/ano em alguns pontos específicos da Amazônia Formas da precipitação: Chuvisco, chuva, granizo, orvalho, neve ou geada – essas formas se diferenciam pelo estado físico em que a água se encontra Precipitação Formas de precipitação Formas de precipitação Características Dimensão Chuvisco ou garoa (drizzle, mizzle) Fina precipitação de baixa intensidade (1mm/h) parte evapora antes de chegar ao chão Ocorre em oceanos e em regiões subtropicais, cobrindo grandes áreas 0.1 a 0.5 mm Chuva (rain) Precipitação na forma líquida, que, geralmente, provém do derretimento de cristais de gelo Leve: < 2.5 mm/h Moderada: 2.5 – 7.6 mm/h Intensa: > 7.6 mm/h > 0.5 mm Granizo (hail) Fragmentos irregulares de gelo. Durante a queda, as gotículas encontram camadas de diferentes temperaturas, resultando na mudança de estado físico > 5 mm Orvalho (dew) São gotas de água, presentes nos objetos da superfície terrestre, decorrente da condensação do vapor de ar durante as noites claras e calmas, quando a temperatura cai Neve (snow) Precipitação sob a forma de cristais de gelo hexagonais que, ao longo da queda, se juntam atingindo tamanhos variados Geada (frost) Deposição de cristais de gelo nos objetos da superfície terrestre decorrente da condensação do vapor de ar quando a temperatura cai abaixo de 0o C Tucci (2003) Massa de ar úmido se eleva, a temperatura diminui, mais vapor se condensa, gotas crescem e se precipitam. • tamanho das gotas • nuvem: 0,02 mm • chuva: 0,5 a 2 mm Precipitação Circulação da atmosfera: modelos Troposfera: Modelo monocelular modelo tricelular Modelo monocelular Circulação se a Terra não girasse • Ar sobe no equador • Ar desce nos pólos • Vento na superfície dos pólos para o equador (das altas para baixas pressões) Circulação geral aproximada Modelo Tricelular Influência da rotação da terra e do atrito com a superfície do globo • baixas pressões no equador • altas pressões nos pólos • zonas alternantes de alta e baixa pressão Modelo Tricelular • célula de Hadley (célula tropical) • célula de Ferrel (célula das latitudes médias) • célula polar Circulação geral aproximada células de Hadley célula polar célula de Ferrel célula de Ferrel célula polar Circulação geral aproximada Zona de convergência Intertropical (ZCIT) Nuvens convectivas desenvolvimento vertical células de Hadley Grande liberação de calor latente ~5º de latitude Origem dos Ventos alísios (Trade winds) Subsidências altas subtropicais Lat 20 a 35º Subsidências altas subtropicais Lat 20 a 35º células de Hadley Altas subtropicais grandes desertos células de Hadley Divergências do ar à superfície em direção a Lat 60º. Áreas de baixas pressões Células de Ferrel Ventos de quadrante oeste Frente polar Células Polares Altas pressões à superfície do solo altas polares Ventos divergem à superfície Ventos de leste Frente polar Células polares (Altas polares) desertos frios circulação idealizada circulação real Zonas de pressão atmosférica Ventos alísios (Trade winds) Calmas equatoriais (Doldrums) Alísios NE no hemisfério norte e SE no hemisfério sul (força de Coriolis) Circulação geral aproximada Circulação geral aproximada Modelo Tricelular Circulação geral aproximada Circulação geral aproximada Efeitos no clima e na precipitação Correntes de jato Acima da troposfera ventos úmidos mais rápidos (menos atrito) sopram de leste para oeste Nas latitudes médias, formam-se por causa de altos gradientes de pressão e temperatura Correntes de jato Acima da troposfera ventos úmidos mais rápidos (menos atrito) sopram de leste para oeste Precipitação média em julho Precipitação média em janeiro Tipos de Precipitação Do ponto de vista do hidrólogo a chuva tem três mecanismos fundamentais de formação: • chuva frontais ou ciclônicas: interação entre massas de ar quentes e frias grande duração, grandes áreas e intensidade média; • chuvas orográficas: ventos em barreiras montanhosas pequena intensidade, grande duração e pequenas áreas; • chuvas convectivas térmicas: brusca ascenção local de ar aquecido no solo áreas pequenas, grande intensidade e pequena duração. Causas da Ascensão de Ar Úmido Quente Frio Formação das Nuvens Formas de precipitação Convectiva: As chuvas convectivas podem variar de leve a pesadas, dependendo das condições de umidade e do contraste atmosférico. Frequentemente, as tempestades com trovão são do tipo convectivo, originando pancadas fortes de chuva, que despejam grande volume de água em curto período de tempo e sobre uma área relativamente pequena. Este tipo de precipitação é típico das regiões tropicais, onde os ventos são fracos e a circulação de ar é essencialmente vertical. Intensas e de curta duração – chuvas de verão Foto: Mitch Dobrowner Formas de precipitação Orográfica: A orografia é menos efetiva em remover a umidade do ar em comparação com os outros mecanismos. No entanto, ela é muito efetiva em causar precipitação numa mesma área ou região, ano após ano, ou mesmo continuamente durante longos períodos de tempo. São comuns nas regiões montanhosas próximas ao mar. Baixa intensidade e longa duração. Formas de precipitação Frontal: esse tipo de chuva compreende a maior parte do volume de água precipitado em uma bacia. Pode ocorrer por vários dias, apresentando pausas com chuviscos. Longa duração e média/forte intensidade, podendo ser acompanhadas de ventos fortes. Chuvas Ciclônicas (ou de Frente) Frente Quente Frente Fria Ar Quente Ar Quente Ar Frio Ar Quente Ar Frio Formação das Gotas de Chuva nas Nuvens Processos de Crescimento das Gotas de Chuva nas Nuvens: •Coalescência •Atração Iônica •Agrupamentos por choques entre partículas Gotas de chuva na nuvem, eletricamente carregadas Gota de Chuva Típica 2000mm Gota Típica nas nuvens 20mm Núcleo de Condensação 0.20 mm Ahrens. Meteorology, 7ed. 2002 1mm =1 micrômetro = 10-6 m Crescimento das Gotas nas Nuvens Florianópolis verão 2008 • Benedetto Castelli, século XVII • Quanto deve aumentar o nível da água de um lago com a chuva? Medição de chuva Pluviômetro Medição de chuva Pode-se quantificar a quantidade de chuva caída em um ponto qualquer por meio de um recipiente coletor de paredes retas e da medição da quantidade de água acumulada pluviógrafo pluviômetro Pluviômetro Registra a chuva acumulada – depende da capacidade do recipiente O funil protege a água coletadacontra radiação solar, diminuindo as perdas por evaporação Pluviômetro totalizador Recipiente de armazenamento permite o acúmulo de água por uma semana ou mais Enterrados e com certa quantidade de óleo, para formar uma película superficial e evitar a evaporação Retirada da água por meio de um sifão Utilizado em áreas mais isoladas Pluviógrafo flutuador (ou de bóia) Possui uma área de captação de 200 cm2, composta de um coletor com funil e uma cisterna onde existe uma bóia acoplada ao sistema de pena registradora Quando a cisterna está cheia, um sistema de sifão a esvazia, e a pena inicia o gráfico no ponto zero Cada sifonada corresponde a 10mm de água, na maioria desses pluviógrafos Durante o tempo de esvaziamento não há registro de chuva, resultando em um erro instrumental Pluviógrafo de báscula (tipping bucket) Formado por um funil e um recipiente de perfil triangular dividido em dois compartimentos que coletam pequenas quantidades de água, um de cada vez, semelhante ao movimento de uma gangorra Quando um compartimento enche, ele desce e a água é descartada, enquanto o outro recebe a água Esse movimento alternado de enchimento é acoplado a um circuito elétrico que aciona o registrador, seja a pena registradora ou o datalogger Cada báscula, representa, normalmente, 0,1 ou 0,2mm de água Interferências na medição Local de instalação: Posicionar em áreas abertas, longe dos prédios e de vegetação alta Características do coletor: Material – alumínio anodizado, aço inoxidável, ferro galvanizado, fibra de vidro, bronze e plástico Diâmetro – formato cilíndrico, para minimizar a ação dos ventos. Tamanho mais utilizado no Brasil é de 20 cm Profundidade – baixa profundidade não permitem o uso do funil (que não permite o retorno da gota) e de alta profundidade são mais sensíveis à ação dos ventos Nivelamento Precisão das dimensões Perda por evaporação Medida com : • Pluviômetros - leitura diária às 7 horas • Pluviógrafos Precipitação: Estação Pluviográfica Pluviógrafo Fonte : Sabesp Papel para Pluviograma MARGEM PARA ARQUIVAMENTO ESTAÇÃO PLUVIÓGRAFICO COLOCADO EM____/___/___ POR________________ RETIRADO EM____/___/___ POR_________________ COMPARAÇÃO INICIO FIM MEDIDO COM PLUVIÔMETRO LEITURA DO PLUVIÓGRAFO DIFERENÇA DE LEITURA DIFERENÇA DE HORA T (min) P (mm) i(mm/h) 0 0 10 0 020 2.5 (2.5-0)/0.166=15 30 6.2 22.2 40 8.9 16.2 50 13.4 27 60 16.4 18 70 16.4 0 Pluviograma 3) MEDIDAS DE PRECIPITAÇÃO Gráfico do Pluviógrafo. 10h20min 19h40min Total=26,4 mm, Duração= 9h20min=9,3h, I = 2,8 mm/h Pluviograma – Intensidade da Chuva h ( m m ) Tempo (minuto) t h i Intensidade = tg a =i Radar Meteorológico • Radar (Radio Detection and Ranging ou Detecção e Telemetria pelo Rádio) • Possibilidade de quantificar a precipitação de forma contínua, tanto no tempo quanto no espaço alternativa às medidas pontuais de pluviômetros • Não mede diretamente chuva nível de retorno dos alvos de chuva refletividade • Determinar a partir do espectro de gotas observado a relação entre a chuva e a refletividade relação Z-R Temos que calibrar o Radar • transmissor propagação a partir da antena objeto retorno para a antena comutador receptor processamento Radar Meteorológico • Ondas eletromagnéticas à velocidade da luz enviadas para as nuvens na nuvem, cada gota irradia ondas em todas as direções parte da energia gerada pelo volume total de gotas iluminado pelo feixe de onda do radar volta ao prato do radar distância pelo tempo de ida e volta Radar Meteorológico relação Z-R Z = a.Rb Radar Meteorológico Mapas indicadores (produtos do Radar) • Indicadores ou varredura PPI (Plan-Position Indicator) e RHI (Range-Heigth Indicator) • CAPPI (Constant PPI) Campo de precipitação em um plano de altitude constante localização e intensidade da chuva em tempo real Radar Ufal http://www.radar.ufal.br/ Dowloads Dissertações Quintão (2004) RHI Mapas indicadores (produtos do Radar) • SIRMAL imagens em PPI a cada 3 horas nas resoluções de 30, 130, 250 e 380 km com cartografia. Para usuários especiais, geradas durante 24 horas nas resoluções de 30, 130, 250 e 380 km, com intervalos de tempo de 2 a 60 minutos. Z = 176,5.R1,29 MORAES, M. C. S. Distribuição de Gotas de Chuva e a Relação Z-R para Radar na Costa Leste do Nordeste do Brasil. 2003. 112p. Dissertação (Mestrado) – Maceió, AL. Radar Meteorológico Radar • Quanto mais quente a nuvem “parece”, mais água ela contém • Imagens no IR e MW (MW mais precisas) 1e 1hc2 )T(B kT/hc5 2 • Estimativas baseadas em temperatura de brilho do topo de nuvem (Lei de Planck): Estimativa por Satélite • Instrumentos do TRMM: Sensor Microondas e Radar • Além disso: validação em terra • Produto 3B42 (dados de 3 em 3 horas, resolução de 0.25°) Estimativas de chuva por satélite Redes hidrometeorológicas Normalmente se usam dados pluviométricos coletados por um órgão estatal ou regional; Cada país dispõe de uma rede de pluviômetros e são estes dados que são utilizados para qualquer estudo – raramente se instalam pontos de medida individuais para uma investigação concreta Rede de pluviômetros – deve estar adequadamente desenhada, dependendo do relevo, da densidade populacional, do interesse para obras hidráulicas, previsão de cheias, etc. Como uma primeira aproximação, em áreas planas deve-se instalar um pluviômetro a cada 250 km2, mas em áreas montanhosas, a densidade deve ser maior www.ana.gov.br: Evolução das estações Pluviométricas: http://arquivos.ana.gov.br/infohidrologicas/EvolucaoBrasil.pdf • Pluviômetros • Pluviógrafos • Radar • Satélite Resumo medição de chuvas • Altura ou lâmina de chuva – medida normalmente em milímetros • 1 mm de chuva = 1 litro de água distribuído em 1 m2 • Intensidade da chuva é a razão entre a altura precipitada e o tempo de duração da chuva. • Grandezas: – Duração – Intensidade – Freqüência • Em Porto Alegre 40 mm de chuva é pouco se ocorrer ao longo de um mês, mas é muito se ocorrer em 1 hora. Grandezas características da precipitação Tempo Chuva 0 0 1 0 2 0 3 3 4 0 5 4 6 8 7 12 8 5 9 9 10 7 11 7 12 5 13 1 14 0 15 0 16 0 17 0 18 0 19 0 20 0 21 0 22 0 23 0 24 0 Exemplo de Registro de Chuva • Tempo transcorrido entre o início e o fim do evento chuvoso. Duração da Chuva Início 03:00 Fim: 13:00 Duração = 10 horas Duração da Chuva • Tempo transcorrido entre o início e o fim do evento chuvoso. Tempo Chuva Chuva Acumulada 0 0 0 1 0 0 2 0 0 3 3 3 4 0 3 5 4 7 6 8 15 7 12 27 8 5 32 9 9 41 10 7 48 11 7 55 12 5 60 13 1 61 14 0 61 15 0 61 16 0 61 17 0 61 18 0 61 19 0 61 20 0 61 21 0 61 22 0 61 23 0 61 24 0 61 Chuva Acumulada • Duração da chuva = 10 horas • Total precipitado = 61 mm • Intensidade média = 6,1 mm/hora • Intensidade máxima = 12 mm/hora entre 6 e 7 horas • Intensidade média do dia = 61/24 = 2,5 mm/hora Intensidade média • Chuvas intensas são mais raras • Chuvas fracas são mais freqüentes • Por exemplo: − Todos os anos ocorrem alguns eventosde 10 mm em 1 dia em Porto Alegre. − Chuvas de 180 mm em 1 dia ocorrem uma vez a cada 10 ou 20 anos, em média. Freqüência Série de dados de chuva de um posto pluviométrico na Região Sul Bloco Freqüência P = zero 5597 P < 10 mm 1464 10 < P < 20 mm 459 20 < P < 30 mm 289 30 < P < 40 mm 177 40 < P < 50 mm 111 50 < P < 60 mm 66 60 < P < 70 mm 38 70 < P < 80 mm 28 80 < P < 90 mm 20 90 < P < 100 mm 8 100 < P < 110 mm 7 110 < P < 120 mm 2 120 < P < 130 mm 5 130 < P < 140 mm 2 140 < P < 150 mm 1 150 < P < 160 mm 1 160 < P < 170 mm 1 170 < P < 180 mm 2 180 < P < 190 mm 1 190 < P < 200 mm 0 P < 200 mm 0 Total 8279 Frequência Chuva média anual Chuva média anual • Distribuição das chuvas se aproxima de uma distribuição normal (exceto em regiões áridas). • Distribuição normal tabelada para Z = (x-)/ • Conhecendo a média e o desvio padrão das chuvas anuais é possível associar uma chuva a uma probabilidade. Chuvas anuais Chuvas anuais Ano Chuva (mm) 1945 1352 1946 1829 1947 1516 1948 1493 1949 1301 1950 1403 1951 1230 1952 1322 1953 1290 1954 1652 1955 1290 1956 1266 1957 1941 1958 1844 Chuvas anuais em Blumenau - SC Belém Cuiabá Porto Alegre Florianópolis Chuvas médias mensais Chuvas intensas • As chuvas intensas são as causas das cheias e as cheias são causas de grandes prejuízos quando os rios transbordam e inundam casas, ruas, estradas, escolas, podendo destruir plantações, edifícios, pontes etc. e interrompendo o tráfego. • As cheias também podem trazer sérios prejuízos à saúde pública ao disseminar doenças de veiculação hídrica. Chuvas intensas • Por estes motivos existe o interesse pelo conhecimento detalhado de chuvas máximas no projeto de estruturas hidráulicas como bueiros, pontes, canais e vertedores. • O problema da análise de frequência de chuvas máximas é calcular a precipitação P que atinge uma área A em uma duração D com uma dada probabilidade de ocorrência em um ano qualquer. • A forma de relacionar quase todas estas variáveis é a curva de Intensidade – Duração – Frequência (curva IDF). Chuvas intensas • A curva IDF é obtida a partir da análise estatística de séries longas de dados de um pluviógrafo (mais de 15 anos, pelo menos). A das maiores chuvas de uma duração escolhida (por exemplo metodologia de desenvolvimento da curva IDF baseia-se na seleção 15 minutos) em cada ano da série de dados. • Com base nesta série de tamanho N (número de anos) é ajustada uma distribuição de frequências que melhor represente a distribuição dos valores observados. • O procedimento é repetido para diferentes durações de chuva (5 minutos; 10 minutos; 1 hora; 12 horas; 24 horas; 2 dias; 5 dias) e os resultados são resumidos na forma de um gráfico, ou equação, com a relação das três variáveis: Intensidade, Duração e Frequência (ou tempo de retorno). • Tomar o valor máximo de chuva diária de cada ano de um período de N anos. • Organizar N valores de chuva máxima em ordem decrescente. • A cada um dos valores pode ser associada uma probabilidade de que este valor seja atingido ou excedido em um ano qualquer. • Fórmula empírica: )1N(iP Chuva máxima anual • Uma chuva que é igualada ou superada 10 vezes em 100 anos tem um período de retorno de 10 anos. A probabilidade de acontecer esta chuva em um ano qualquer é de 1/10 (ou 10 %). • TR = 1/Prob Probabilidade x tempo de retorno • Microdrenagem urbana: 2 a 5 anos • Drenagem urbana: 5 a 25 anos • Pontes e bueiros com pouco trânsito: 10 a 100 anos • Pontes e bueiros com muito trânsito: 100 a 1000 anos • Grandes obras hidráulicas: 10.000 anos Tempos de retorno adotados A curva IDF Intensidade Duração Frequência Equações IDF 85,0d 0,171 619,11t TR1297,9 I 793,0d 0,143 326,13t TR806,268 I dc I d b t TRa 8o DISME Aeroporto • Qual é a precipitação máxima de 1 hora de duração em uma cidade específica? • Qual é a precipitação máxima de 1 hora de duração em Cruzeiro com 1% de probabilidade de ser excedida em um ano qualquer? Exemplo de uso da curva IDF Mapas de chuva Linhas de mesma precipitação são chamadas ISOIETAS • Apresentação em mapas • Utiliza dados de postos pluviométricos • Interpolação Isoietas • Precipitação = variável com grande heterogeneidade espacial Precipitação média numa bacia 50 mm 66 mm 44 mm 40 mm 42 mm • Média aritmética (método mais simples) Precipitação média numa bacia • 66+50+44+40= 200 mm • 200/4 = 50 mm • Pmédia = 50 mm 50 mm 70 mm 120 mm • 50+70= 120 mm • 120/2 = 60 mm • Pmédia = 60 mm Obs.: Forte precipitação junto ao divisor não está sendo considerada Precipitação média numa bacia • Problemas da média Posto 1 1600 mm Posto 2 1400 mm Posto 3 900 mm Precipitação média na bacia Posto 1 1600 mm Posto 2 1400 mm Posto 3 900 mm 900 1000 1200 1300 1700 1400 1200 1100 1700 1600 1500 SIG Precipitação média na bacia • Polígonos de Thiessen 50 mm 70 mm 120 mm Áreas de influência de cada um dos postos n 1i ii PaP ai = fração da área da bacia sob influencia do posto I Pi = precipitação do posto i Precipitação média por Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm 75 mm Definição dos Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm 75 mm 1 – Linha que une dois postos pluviométricos próximos Definição dos Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm 75 mm 2 – Linha que divide ao meio a linha anterior Definição dos Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm 75 mm 2 – Linha que divide ao meio a linha anteriorc Região de influência dos postos Definição dos Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm 75 mm 3 – Linhas que unem todos os postos pluviométricos vizinhos Definição dos Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 4 – Linhas que dividem ao meios todas as anteriores Definição dos Polígonos de Thiessen 5 – Influência de cada um dos postos pluviométricos Definição dos Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 5 – Influência de cada um dos postos pluviométricos Definição dos Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 5 – Influência de cada um dos postos pluviométricos Definição dos Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 5 – Influência de cada um dos postos pluviométricos Definição dos Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 5 – Influência de cada um dos postos pluviométricos Definição dos Polígonos de Thiessen 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 5 – Influência de cada um dos postos pluviométricos 40% 30% 15% 10% 5% Definição dos Polígonos de Thiessen P = 0,15.120 + 0,4.70 + 0,3.50 + 0,05.75 + 0,1.82 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm • Média aritmética = 60 mm • Média aritmética com postos de fora da bacia = 79,4 mm • Média por polígonos de Thiessen = 73 mm Precipitaçãomédia Método de Thiesen • Variacão espacial discreta de chuva • Resultado é único (independente do autor) • Não considera a distribuição espacial de um evento • Seu cálculo é facilmente automatizado Método das Isoietas • Variacão espacial contínua de curva • Resultado não é único (independente do autor) • Considera a distribuição espacial de um evento • Seu cálculo pode ser parcialmente automatizado (SIG) Escolha do método depende do objetivo e da quantidade de postos Interpolação ponderada pela distância x y xi yi xj yj d ij Interpolação ponderada pela distância posto centro célula 22 jijiij yyxxd Interpoladores ponderados pela distância 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm 75 mm Sobrepor uma matriz à bacia Interpoladores ponderados pela distância 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm 75 mm Calcular distância do centro de cada célula a todos os postos Interpoladores ponderados pela distância 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm 75 mm Obter chuva interpolada na célula Onde b é uma potência normalmente próxima de 2 NP j b ij NP j b ij j i d d P Pm 1 1 1 Interpoladores ponderados pela distância 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm 75 mm Repetir para todas as células Calcular a chuva média das células internas à bacia NC Pm Pm NC i i 1 • Preenchimento de falhas (intervalo mensal; intervalo anual) Y X1 X2 X3 120 74 85 122 83 70 67 93 55 34 60 50 - 80 97 130 89 67 94 125 100 78 111 105 Falhas nos dados observados • Posto Y apresenta falha • Postos X1, X2 e X3 tem dados. • Ym é a precipitação média do posto Y • Xm1 a Xm3 são as médias dos postos X Ym 3Xm 3PX 2Xm 2PX 1Xm 1PX 3 1 PY • PX1 a PX3 são as precipitações nos postos X1 a X3 no intervalo de tempo em que Y apresenta falha. • PY é a precipitação estimada em Y no intervalo que apresenta falha. Correção de falhas Correlação entre chuvas anuais Correlação entre chuvas anuais Correlação melhor postos mais próximos P2xP1 P1 = 0.9706.P2 + 2.2754 0 50 100 150 200 250 0 50 100 150 200 250 P2 P 1 • Se a correlação entre as chuvas de dois postos próximos é alta, eventuais falhas podem ser corrigidas por uma correlação simples. • O ideal é utilizar mais postos para isto. – Método da ponderação regional Correção de falhas • Erros grosseiros • Erros de transcrição • "Férias" do observador • Crescimento de árvores em torno do pluviômetro • Mudança de posição • O método Dupla Massa Análise de consistência de dados Método Dupla Massa Método Dupla Massa FIM
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