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MICROBIOLOGIA AMBIENTAL E SANITÁRIA (82)

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E 
TECNOLOGIAS – DCHT – XXIV – CAMPUS UNIVERSITÁRIO 
PROFESSOR GEDIVAL SOUSA ANDRADE 
XIQUE-XIQUE – BAHIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XIQUE-XIQUE/BAHIA 
2013
PROJETO DO CURSO 
BACHARELADO EM ENGENHARIA 
SANITÁRIA E AMBIENTAL 
PARA FINS DE IMPLANTAÇÃO 
 
Universidade do Estado da Bahia – UNEB 
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação - PROGRAD 
Campus Universitário Professor Gedival Sousa Andrade 
DCHT XXIV Xique-Xique 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA 
 
JAQUES WAGNER 
Governador 
 
OSVALDO BARRETO FILHO 
Secretário de Educação 
 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA 
 
LOURISVALDO VALENTIM DA SILVA 
Reitor 
 
ADRIANA DOS SANTOS MARMORI LIMA 
Vice-Reitora 
 
JOSÉ BITES CARVALHO 
Pró-Reitor de Ensino de Graduação 
 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS – 
DCHT – XXIV– CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROFESSOR GEDIVAL 
SOUSA ANDRADE – XIQUE-XIQUE – BAHIA 
 
JOÃO SILVA ROCHA FILHO 
Diretor do Departamento 
 
JOÃO EVANGELISTA DO NASCIMENTO NETO 
Coordenador do Colegiado de Letras 
 
RICARDO LUIZ WAGNER 
Coordenador do Colegiado de Engenharia de Pesca 
 
JOÃO EVANGELISTA DO NASCIMENTO NETO 
Coordenador do Colegiado de Pós-Graduação 
 
ISABEL DA SILVA SANTOS 
Coordenadora Acadêmica 
 
HELDER FERNANDES NOGUEIRA 
Coordenador da Biblioteca 
 
EDNALDO PEREIRA VIANA 
Coordenador Administrativo Financeiro 
 
 
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Pró-Reitoria de Ensino de Graduação - PROGRAD 
Campus Universitário Professor Gedival Sousa Andrade 
DCHT XXIV Xique-Xique 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
A Universidade do Estado da Bahia - UNEB tem como competência 
fundamental a produção, socialização e aplicação do conhecimento, na perspectiva 
de atendimento às inúmeras demandas que lhe são apresentadas pelas 
comunidades onde se inserem os seus 24 Campi e pelos desafios que tem 
caracterizado o mundo contemporâneo. Assim, esta Universidade sente-se 
cotidianamente desafiada a promover a formação de profissionais qualificados, que 
possam contribuir com respostas a estas demandas e ao mesmo tempo, colaborar 
com a construção de uma sociedade com equidade social. 
A proposta de implantação do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental no 
Campus XXIV – Professor Gedival Sousa Andrade em Xique-Xique vem corroborar 
com esta função social da UNEB, na medida em que esta iniciativa significa o 
atendimento do anseio de municípios da microrregião de Irecê como João Dourado, 
Lapão, São Gabriel, Presidente Dutra, America Dourada, Cafarnaum, Barra do 
Mendes, Barro Alto, Ibipeba, Ibititá, Uibaí, Central, Itaguaçu da Bahia, Jussara, 
Barra, Morpará, Pilão Arcado, Buritirama, Gentio do Ouro, Ipupiara e Xique-Xique, 
integrantes da Bacia Médio do Rio São Francisco onde a questão Sanitária e 
Ambiental é bastante evidente, e cuja demanda tem crescido em função das 
atividades no campo da Ecologia, Poluição e Impactos Ambientais, Saneamento 
Ambiental, Planejamento, Tecnologia Aplicada e Extensão Ambiental, e também em 
atenção às necessidades de mão-de-obra especializada para proporcionar um 
Desenvolvimento Regional Sustentável. 
Neste sentido, é que o Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias do 
Campus XXIV apresenta o Projeto do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental – 
Bacharelado, a ser implantado no período letivo de 2014.1 como possibilidade de 
formação pessoal e profissional de cidadãos, para uma ação consciente e 
emancipatória dos seus processos de vida, contribuindo assim para o 
desenvolvimento de suas potencialidades humanas e sociais. Este Projeto 
contempla a concepção e finalidades do Curso, seus fundamentos filosóficos, 
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DCHT XXIV Xique-Xique 
 
 
políticos, sociológicos, psicológicos, históricos, antropológicos, culturais e 
econômicos, os objetivos, as competências e habilidades e a organização curricular. 
Nesta organização, estão apresentados a natureza dos componentes, a matriz 
curricular com seus campos interligados de formação, o fluxograma e ementário com 
suas respectivas referências bibliográficas básicas e complementares, as 
concepções sobre práticas e estágios curriculares, trabalho de conclusão de curso – 
TCC e atividades complementares – AC, de acordo com as orientações da 
Universidade. 
 
 
 
 
João Silva Rocha Filho 
Diretor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
1 O DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS DCHT XXIV - 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROFESSOR GEDIVAL SOUSA ANDRADE ............... 7 
1.1 IDENTIFICAÇÃO ................................................................................................ 7 
1.2 INFRAESTRUTURA .............................................................................................. 8 
1.2.1 Biblioteca .......................................................................................................... 9 
1.2.2 Equipamentos e recursos de informática .................................................... 10 
1.2.3 Laboratórios ................................................................................................... 10 
1.3 CREDIBILIDADE INSTITUCIONAL ..................................................................... 11 
1.4 VIABILIDADE ECONOMICA E FINANCEIRA DO PROJETO ............................. 20 
1.4.1 Planilha Orçamentária .................................................................................... 20 
2 O CURSO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL .................................. 23 
2.1 RELEVÂNCIA SOCIAL........................................................................................ 23 
2.1.1 O cenário do ambiente e o município de Xique-Xique ................................ 24 
2.1.2 Convênios estabelecidos para implantação do curso ................................ 27 
2.2 BASE LEGAL DO CURRÍCULO .......................................................................... 33 
2.3 CONCEPÇÃO E OBJETIVOS ............................................................................. 34 
2.4 PERFIL DO EGRESSO ....................................................................................... 37 
2.4.1 Temas abordados na formação .................................................................... 37 
2.4.2 Ambientes de atuação ................................................................................... 38 
2.5 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ......................................................................... 38 
2.6 ESTÁGIO SUPERVISIONADO ........................................................................... 42 
2.7 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ........................................................ 45 
2.8 ATIVIDADES COMPLEMENTARES ................................................................... 48 
2.9 AVALIAÇÃO DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM ............................................ 54 
2.10 FLUXOGRAMA ................................................................................................. 54 
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DCHT XXIV Xique-Xique 
 
 
2.11 MATRIZ CURRICULAR .....................................................................................56 
2.12 EMENTÁRIO ..................................................................................................... 61 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 153 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 
1 O DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS DCHT XXIV - 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROFESSOR GEDIVAL SOUSA ANDRADE 
 
1.1 IDENTIFICAÇÃO 
 
Localizado no município de Xique-Xique - integrante do Território de 
Identidade de Irecê, o Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) 
do Campus XXIV iniciou as suas atividades acadêmico-administrativas no ano de 
2003 com a oferta do Curso de Letras - Língua Portuguesa e Literaturas, através do 
qual graduou aproximadamente 300 alunos, ao longo da sua existência. A sua 
criação deu-se através da Resolução do Conselho de Administração da UNEB nº 
03/2002 publicada no Diário Oficial em 01.11.2002. O referido Curso foi ofertado 
regularmente nos processos seletivos da Universidade até o ano de 2011, quando 
entrou em processo gradativo de extinção, por ter sido constatado o cumprimento da 
sua função social naquele Território. 
Além do Curso de Letras, o DCHT ofertou também, Cursos integrantes dos 
Programas Especiais de Graduação da UNEB, como REDEUNEB 2000 e Plataforma 
Freire. Destes, destacam-se os cursos de Pedagogia, Geografia e História. 
No campo da pós-graduação o Departamento ofertou o Curso de 
Especialização em Estudos Linguísticos e Literários, com 45 vagas, possibilitando a 
titulação lato sensu aos seus egressos e demais integrantes da comunidade onde se 
insere. Este Curso foi ofertado no período de 2008, 2009, 2010 e 2011. 
No ano de 2007 através de uma homenagem ao seu primeiro diretor e um dos 
seus fundadores, o Campus XXIV passou a ser denominado Campus Universitário 
Professor Gedival Sousa Andrade, falecido em 2006. 
Atualmente, além da integralização curricular dos alunos dos Cursos de 
Letras (licenciatura) e Engenharia de Pesca (bacharelado) e das atividades de 
pesquisa e extensão, o DCHT XXIV trabalha na perspectiva da implantação do 
Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental – Bacharelado, no sentido de responder 
aos anseios das comunidades integrantes do Território de Irecê, situadas na Bacia 
Médio São Francisco e conta com as parcerias estabelecidas com a Prefeitura 
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DCHT XXIV Xique-Xique 
 
 
8 
Municipal de Xique-Xique e com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do 
São Francisco e Parnaíba - CODEVASF. 
Na perspectiva de contribuir com o atendimento ao propósito de implantação 
do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental – Bacharelado, contamos com o 
Curso de Especialização lato sensu em Educação Ambiental, Biodiversidade e 
Cultura Regional, bem como do Núcleo de Estudo e Pesquisa Ambiental (NEPEA). A 
referida pós-graduação foi autorizada pela resolução nº 952/2012 do Conselho 
Universitário (CONSU) da UNEB, publicada no Diário Oficial do Estado da Bahia em 
22 de dezembro de 2012, sendo aberto o processo de inscrição pelo edital nº 
008/2013, publicado no Diário Oficial do Estado da Bahia em 16 de janeiro de 2013, 
possibilitando atender a seus egressos e demais integrantes da comunidade onde 
se insere. Este curso será mantido pelo DCHT através de oferta de vagas anual, 
com vistas a suplementar ações a serem desenvolvidas pelo Curso de Engenharia 
Sanitária e Ambiental. 
O NEPEA, através das suas linhas de pesquisa Meio Ambiente, 
Biodiversidade e Cultura Local, Qualidade e Manejo do Ambiente Dulcícola, Manejo 
Alternativo e Sustentável de Produção, Educação Ambiental e Formação de 
Professores, além de permitir interfaces entre os Cursos de Engenharia Sanitária e 
Ambiental e Engenharia de Pesca, contribuirá com o atendimento de especificidades 
no que tange à formação do Engenheiro Sanitarista e Ambiental, com a criação de 
novas linhas de pesquisa, a saber: Tratamento e Destino Final de Resíduos Sólidos; 
Gestão de Recursos Hídricos em Regiões Semi-áridas; Recuperação Ambiental de 
Áreas Degradadas; Saneamento e Saúde Ambiental. 
 
1.2 INFRAESTRUTURA 
O Campus XXIV está instalado em um espaço com área construída de 
4.204.00 m2, doado pela Prefeitura Municipal de Xique-Xique, conforme Lei 
987/2009 aprovada pela Câmara de Vereadores da cidade. É um espaço amplo, 
constituído de 03 módulos, onde estão instaladas 11 salas de aula, auditório, sala da 
diretoria, secretaria da diretoria, secretaria acadêmica, sala de professores, 
colegiado do Curso de Letras, colegiado do curso de Engenharia de Pesca, 
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9 
colegiado do curso de Pós-graduação, diretório acadêmico, laboratório de 
informática, biblioteca, laboratório de Engenharia, setor de reprografia, setor 
financeiro, sala de atendimento ao aluno, almoxarifado, Núcleo de Pesquisa e 
Extensão, Núcleo de Estudos e Pesquisa Ambiental, CPD, central 
telefônica/protocolo, todos esses espaços climatizados, copa, cantina, 09 sanitários 
femininos e 07 sanitários masculinos, 02 sanitários para portadores de necessidades 
especiais, corredor de circulação e área livre. 
Este espaço é bem conservado, devidamente equipado e atende de forma 
satisfatória às necessidades do Departamento com condições de atender a mais um 
curso – o de Engenharia Sanitária e Ambiental. 
É importante salientar que o Curso de Letras, em fase de extinção, conta 
apenas com 03 (três) turmas, sendo que 02 (duas) funcionando no noturno e 01 
(uma) no vespertino e que no final de 2013 estaremos apenas com uma turma no 
noturno, quando teremos 11(onze) salas disponíveis no período diurno quantitativo 
mais que suficiente para implantação de mais cursos. 
Ainda para implantação do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental foi 
assinado convênio 035/2012, com a prefeitura Municipal de Xique-Xique, onde a 
mesma faz doação do colégio João Pinheiro Bastos, com 4.200m², ao lado do prédio 
da UNEB, contendo 13 (treze) salas que poderão ser utilizadas como sala de aula, 
administrativas ou laboratórios, possui quadra poliesportiva, espaço de convivência, 
sanitários e área para futuras construções. E um terreno de 400m², próximo a UNEB, 
para construção da residência estudantil. (plantas e convenio anexo) 
 
1.2.1 Biblioteca 
A Biblioteca Setorial do DCHT XXIV conta, atualmente, com 2.500 títulos e 
5.700 exemplares de várias áreas de conhecimento. Para a o Curso de Engenharia 
Sanitária e Ambiental já contamos com livros atualizados nas áreas de Matemática, 
Química, Física, Biologia, Zoologia, Geologia, Limnologia, Oceanografia, Ecologia, 
Microbiologia, Desenho Técnico e Topografia, além de outras fontes de consulta 
como periódicos, DVDs, CDs, etc. o horário de atendimento é das 08:00 as 12:00, 
13:30 às 17:30 e 19:00 às 22:30 de segunda a sexta-feira e no sábado das 08:00 às 
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12:00 e das 13:30 às 18:00. Esta estrutura e funcionamento também serão 
garantidos ao Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental. 
1.2.2 Equipamentose recursos de informática 
Os setores administrativos e acadêmicos do Campus, estão equipados com 
computadores novos e atualizados, perfazendo um total de 98 microcomputadores, 
09 impressoras a laser distribuídas entre secretaria acadêmica e secretaria da 
direção, 15 impressoras a jato de tinta que atendem ao gabinete da direção, a 
biblioteca, ao Colegiado de Letras, Colegiado de Engenharia de Pesca, NEPEA, ao 
protocolo, ao NUPEX, à secretaria acadêmica, ao Colegiado de Pós-Graduação e 
atenderão o Colegiado de Engenharia Sanitária e Ambiental e Diretório Acadêmico, 
uma impressora matricial que está no Setor Financeiro e uma impressora fiscal no 
setor de atendimento da biblioteca. As salas de aula são equipadas com televisores, 
CPU com leitor de DVD, aparelho de DVD, videocassete, data-show e micro-system, 
microfones e caixa de som amplificada. Além destes, o Departamento dispõe ainda 
de câmera digital, 04 televisores de 20 polegadas, uma filmadora e 2 
minigravadores, que são igualmente utilizados no desenvolvimento de atividades 
administrativas e pedagógicas. Todos esses equipamentos se encontram em 
perfeito estado de conservação. 
1.2.3 Laboratórios 
 O DCHT XXIV dispõe de dois laboratórios de Informática que se encontram 
instalados em salas amplas, arejadas, bem iluminadas, e estão equipados: um com 
30 computadores novos, funcionando nos três turnos, das 08:00 às 12:00, 14:00 às 
17:30 e das 19:00 às 22:00 horas. Os equipamentos deste laboratório estão 
disponíveis a professores e alunos do Campus, desde que possuidores de senha de 
acesso pessoal. O outro, através do Projeto de Extensão “CENTRO DIGITAL 
COMUNITÁRIO” com 11 computadores, funcionando na Escola Municipal João 
Pinheiro Bastos, das 08:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:00 horas, de segunda a 
sexta-feira, atendendo aos alunos da referida escola e aos demais alunos da 
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educação básica municipal bem como à comunidade geral. O gerenciamento dos 
trabalhos fica a cargo de um coordenador específico da área. 
 O DCHT XXIV possui ainda laboratórios totalmente equipado com recursos 
para Desenho Técnico, Topografia, Limnologia e análises químicas e biológicas. 
Todos possuem equipamentos suficientes para atender aos cursos de Engenharia 
de Pesca e Engenharia Sanitária e Ambiental, por isso não necessitarão de 
reestruturação. 
 
1.3 CREDIBILIDADE INSTITUCIONAL 
 
A UNEB tem atuado, buscando comprometer-se cada vez mais com a sua 
missão de produzir conhecimento, divulgá-lo, disponibilizá-lo e torná-lo acessível a 
um universo populacional cada vez maior. Isto requer práticas cotidianas de 
avaliação da sua ação e dos impactos causados no contexto onde está inserida. 
Assim, ela tem se incluído nos processos sociais e acadêmicos, onde, além das 
questões relacionadas ao ensino, ela constantemente desenvolve programas e 
ações, bem como atividades de pesquisa e extensão para a excelência dos seus 
cursos de graduação e pós-graduação. 
Neste sentido, a educação superior significa muito mais para um país do que 
a formação de bons profissionais. Um sistema de educação, solidamente enraizado 
nos problemas que desafiam o desenvolvimento social, produz conhecimento e gera 
inovações tecnológicas a partir dos seus projetos de cursos. 
Os projetos pedagógicos dos cursos de graduação existentes na UNEB têm 
se ocupado da organização didático-pedagógica, possibilitando contemplar as 
especificidades dos Territórios de Identidade de abrangência de cada Departamento 
em que são atendidos pelos cursos e, ao mesmo tempo, garantir uma base de 
temas comuns a serem trabalhados por professores e estudantes, articulando as 
atividades de ensino às de pesquisa e extensão. A implantação desses cursos 
obedece às necessidades da demanda por formação pessoal e profissional do 
cidadão e, consequentemente, com o desenvolvimento do contexto onde ele se 
insere. 
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12 
A integralização dos currículos é acompanhada e subsidiada por avaliações 
contínuas e processuais dos próprios sujeitos da ação, visando à qualidade do 
trabalho docente, a aprendizagem dos alunos, o desenvolvimento da pesquisa e a 
relação entre diferentes atividades acadêmicas. 
Nas práticas acadêmicas desenvolvidas pela UNEB, se incluem também as 
oriundas do avanço da tecnologia. As discussões em ambientes virtuais de 
aprendizagem, docência online e aprendizagem à distância já fazem parte dos 
documentos norteadores das políticas públicas de educação em nosso país, bem 
como são objeto de investigação do mundo acadêmico. A UNEB já tem uma cultura 
incorporada de utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC’s) 
em suas atividades acadêmicas, com grupo de pesquisa consolidado no Programa 
de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade, vasta produção publicada e 
utilização da plataforma moodle nos cursos presenciais. 
A UNEB possui também uma produção acadêmica consolidada, que remonta 
ao ano de 1998, onde a educação a distância iniciada com o curso piloto de 
Administração no ano 2007, foi ampliada com o Programa Universidade Aberta do 
Brasil. Embora atualmente toda a oferta de EaD pela UNEB seja originária de 
convênios com outras instituições, especialmente com a adesão aos Programas 
Universidade Aberta do Brasil - UAB, PARFOR e Programa Nacional de 
Administração Pública – PNAP, a intenção da Universidade é incorporar esta 
modalidade de ensino como oferta contínua, através da implantação de 
infraestrutura e da constituição de uma cultura específica, ampliando assim a sua 
possibilidade de oferta e a abrangência regional, além de fortalecer seu 
papel/missão de ampliar e democratizar o acesso à educação superior no estado. 
Nesta perspectiva, a extensão em suas diretrizes, caminha não apenas para 
superação das vulnerabilidades e riscos sociais desta população excluída, mas 
também para a expressão de suas potencialidades e desejos, reconhecendo sua 
identidade social, promovendo ações de integração e de qualificação sócio-
profissional, criando espaços e reconhecimento para o exercício da cidadania. 
Fundamentando-se no seguinte conceito: 
 
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É um processo educativo, cultural e científico que articula 
ensino e pesquisa, de forma indissociável e viabiliza a relação 
transformadora entre Universidade e sociedade. É uma via de 
mão dupla, com trânsito assegurado à comunidade 
acadêmica, que encontrará na sociedade, a oportunidade de 
elaboração da práxis de um conhecimento científico. (Plano 
Nacional de Extensão Universitária, 2001, p. 29) 
 
A pesquisa vitaliza as ações da Universidade e concorre na aspiração de 
institucionalizar o conhecimento através da consolidação de uma cultura científica no 
universo acadêmico, desenvolvendo estudos e acompanhando programas de 
pesquisa de acordo com as diretrizes e políticas de educação superior do Estado e 
do País, bem como facilitando e fortalecendo relações intradepartamentais e 
interinstitucionais, levando, através da articulação com a extensão, o conhecimento 
produzido na Universidade aos demais segmentos sociais, tanto nas áreas da 
educação e cultura, como da ciência e da tecnologia. 
Além desta, a UNEB tem respondido de formasatisfatória aos procedimentos 
de avaliação adotados pelo MEC e pelo Conselho Estadual de Educação – CEE. A 
avaliação institucional sistematizada por estes organismos investiga além da 
formação acadêmica, a atuação de professores e as condições institucionais de 
infra-estrutura que as instituições de ensino superior oferecem. Com essa prática, 
cria-se um dispositivo regulador para conceder o reconhecimento ou a renovação 
dos cursos de graduação e até o recredenciamento das Universidades. 
Assim, a UNEB vem participando regularmente das avaliações, seja através 
do reconhecimento dos seus cursos, seja através dos mecanismos específicos 
adotados pelo MEC. De 1998 até 2003, ela participou do Exame Nacional de Cursos 
- ENC, quando este foi substituído pelo Exame Nacional do Desempenho dos 
Estudantes (ENADE). 
Em 2004, com a implantação do ENADE pelo SINAES, novas dimensões 
passaram a ser investigadas também para a Instituição e para o Curso onde ele está 
sendo realizado. O ENADE é aplicado periodicamente e para tanto, o MEC define as 
áreas e cursos que serão examinados a cada ano. 
Desde a sua implantação, a UNEB vem participando regularmente deste 
Exame, onde inúmeros cursos já foram avaliados, obtendo conceitos que variaram 
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14 
entre 3 e 5. São atribuídos conceitos a cada uma e ao conjunto das dimensões 
avaliadas, numa escala de cinco níveis, sendo os níveis 4 e 5 indicativos de pontos 
fortes, os níveis 1 e 2 indicativos de pontos fracos e o nível 3 indicativo do mínimo 
aceitável para os processos de autorização, reconhecimento e renovação de 
reconhecimento de cursos e de credenciamento e recredenciamento de Instituições. 
Os conceitos obtidos pela UNEB no ENADE realizado em 2006, 2007, 2008 e 
2009 podem ser verificados nas tabelas 9, 10, 11 e 12 apresentadas a seguir, 
informando que dos ursos avaliados, alguns não tiveram a participação do grupo de 
concluintes, por se tratar de cursos novos que não apresentavam, ainda, alunos em 
fase de conclusão. 
 
 
Tabela 01 - Resultado da avaliação do ENADE/2006 
 
CAMPUS/ 
MUNICÍPIO 
CURSO 
MÉDIA DA 
FORMAÇÃO 
GERAL 
MÉDIA DO 
COMPONENTE 
ESPECÍFICO 
MÉDIA 
GERAL ENADE 
CONCEITO 
IDD 
CONCEITO 
ING. CONC. ING. CONC. ING. CONC. 
I 
Salvador 
Turismo e 
Hotelaria 
61,6 23,0 58,8 56,5 29,0 52,7 4 1 
Ciências 
Contábeis 
52,7 26,0 29,2 32,4 27,0 49,9 4 3 
Desenho 
Industrial 
53,1 24,0 54,7 62,9 22,0 57,6 5 3 
Comunicação 
Social 
46,2 11,0 35,8 58,9 30,0 62,5 5 5 
III 
 Juazeiro 
Comunicação 
Social 
44,0 00 33,0 00 33,0 00 SC SC 
IV 
Jacobina 
Direito 54,1 00 46,2 00 25,0 00 SC SC 
V 
Santo 
Antônio de 
Jesus 
Administração 51,5 42,0 43,2 53,6 31,0 54,4 5 4 
VII 
Senhor do 
Bonfim 
Ciências 
Contábeis 
54,9 00 28,5 00 31,0 00 SC SC 
IX 
Barreiras 
Ciências 
Contábeis 
54,1 47,0 23,5 31,8 50,0 54,6 4 3 
XI 
Serrinha 
Administração 57,9 00 44,9 00 32,0 00 SC SC 
XII 
Guanambi 
Administração 49,6 00 39,7 00 31,0 00 SC SC 
XVII 
Bom Jesus 
da Lapa 
Administração 56,1 00 46,2 00 28,0 00 SC SC 
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15 
XIX 
Camaçari 
Ciências 
Contábeis 
50,4 27,0 26,9 34,4 65,0 55,1 4 4 
 
Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. 
 
 
 
Tabela 02 - Resultado da avaliação do ENADE/2007 
 
CAMPUS/ 
MUNICÍPIO 
CURSO 
MÉDIA DA 
FORMAÇÃO 
GERAL 
MÉDIA DO 
COMPONENTE 
ESPECÍFICO 
MÉDIA 
GERAL ENADE 
CONCEITO 
IDD 
CONCEITO 
ING. CONC. ING. CONC. ING. CONC. 
I 
Salvador 
Enfermagem 13,0 58,3 9,0 41,7 10,0 45,9 2 3 
Farmácia 67,1 - 46,3 - 51,5 - SC SC 
Fisioterapia 33,4 - 20,8 - 24,0 - SC SC 
Fonoaudiologia 18,4 12,5 19,6 22,9 19,3 20,3 1 SC 
II 
Alagoinhas 
Educação 
Física 
51,8 - 55,3 - 54,4 - SC SC 
III 
Juazeiro 
Agronomia 55,6 60,8 40,6 55,5 44,3 56,8 4 3 
IV 
Jacobina 
Educação 
Física 
- 53,9 - 57,5 - 56,6 SC SC 
IX 
Barreiras 
Engenharia 
Agronômica 
67,7 66,2 48,0 57,1 52,9 59,4 4 3 
XII 
Guanambi 
Educação 
Física 
11,1 51,1 11,6 48,7 11,4 49,3 2 SC 
Enfermagem 60,4 - 29,6 - 37,3 - SC SC 
Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade do Estado da Bahia – UNEB 
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação - PROGRAD 
Campus Universitário Professor Gedival Sousa Andrade 
DCHT XXIV Xique-Xique 
 
 
16 
Tabela 03 - Resultado da avaliação do ENADE/2008 
 
CAMPUS/ 
MUNICÍPIO 
CURSO 
MÉDIA DA 
FORMAÇÃO 
GERAL 
MÉDIA DO 
COMPONENTE 
ESPECÍFICO 
MÉDIA 
GERAL ENADE 
CONCEITO 
IDD 
CONCEITO 
ING. CONC. ING. CONC. ING. CONC. 
I 
Salvador 
Letras - 50,0 - 49,5 - 49,6 SC SC 
Química 50,8 56,9 24,4 44,3 31,0 47,5 5 5 
Pedagogia 53,8 53,6 52,1 60,7 52,5 58,9 4 3 
Sistemas de 
Informação 
59,0 52,8 33,7 43,8 40,0 46,0 5 3 
II 
Alagoinhas 
Matemática 43,1 49,8 30,5 36,5 33,6 39,8 3 3 
Letras 51,2 54,9 45,1 51,9 46,6 52,7 4 4 
Ciências 
Biológicas 
45,9 43,5 31,2 28,2 34,9 32,0 2 2 
II 
Alagoinhas 
História 53,1 49,6 43,1 35,1 45,6 38,7 3 2 
Análises de 
Sistemas 
51,9 46,0 26,8 31,0 33,1 34,7 3 2 
III 
Juazeiro 
Pedagogia 48,4 52,0 47,6 51,6 47,8 51,7 3 3 
IV 
Jacobina 
Letras 54,5 54,3 48,4 48,4 49,9 49,9 3 3 
História 54,3 48,8 41,0 39,1 44,3 41,5 3 2 
Geografia 54,5 50,5 38,3 37,9 42,3 41,0 3 2 
V 
Santo 
Antônio de 
Jesus 
Letras 41,3 59,3 55,5 61,5 51,9 61,0 5 SC 
História 58,0 - 58,2 - 58,1 - SC SC 
Geografia - 56,7 - 39,7 - 44,0 SC SC 
VI 
Caetité 
Matemática 56,3 54,1 30,0 31,4 36,6 37,0 3 2 
Letras 57,6 57,0 49,5 52,1 51,5 53,3 4 4 
História 53,9 60,3 40,4 48,1 43,8 51,2 4 4 
VII 
Senhor do 
Bonfim 
Matemática 47,2 49,3 26,4 35,1 31,6 38,6 3 SC 
Ciências 
Biológicas 
- 57,3 - 38,9 - 43,5 SC SC 
VIII 
Paulo Afonso 
Matemática 50,4 49,8 26,8 31,2 32,7 35,9 3 2 
Ciências 
Biológicas 
58,2 58,6 33,2 36,2 39,4 41,8 3 3 
Pedagogia 48,1 55,7 46,6 58,3 47,0 57,6 4 4 
Engenharia 
da Pesca 
48,0 51,3 35,9 38,9 38,9 42,0 2 3 
IX 
Barreiras 
Matemática 50,8 - 20,4 - 28,0 - SC SC 
Letras 53,6 54,6 37,6 48,8 41,6 50,2 3 4 
Ciências 
Biológicas 
54,6 45,5 32,5 27,4 38,0 31,9 2 1 
Pedagogia 47,2 46,6 44,5 53,0 45,2 51,4 3 3 
X 
Teixeira de 
Freitas 
Matemática 47,8 52,6 26,4 32,9 31,8 37,9 3 SC 
Letras 57,8 61,7 45,4 52,6 48,5 54,9 4 SC 
Ciências 
Biológicas 
52,0 56,0 29,1 34,8 34,8 40,1 3 SC 
Pedagogia 53,5 52,5 46,8 52,9 48,5 52,8 3 3 
História 56,3 - 39,6 - 43,8 - SC SC 
 
Universidade do Estado da Bahia – UNEB 
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação - PROGRAD 
Campus Universitário Professor Gedival Sousa Andrade 
DCHT XXIV Xique-Xique 
 
 
17 
CAMPUS/ 
MUNICÍPIO 
CURSO 
MÉDIA DA 
FORMAÇÃO 
GERAL 
MÉDIA DO 
COMPONENTE 
ESPECÍFICO 
MÉDIA 
GERAL ENADE 
CONCEITO 
IDD 
CONCEITO 
ING. CONC. ING. CONC. ING. CONC. 
XI 
Serrinha 
Pedagogia 58,4 51,0 51,6 58,3 53,3 56,5 4 3 
Geografia 46,9 - 32,2 - 35,9 - SC SC 
XII 
Guanambi 
Pedagogia 52,0 53,4 50,4 55,6 50,8 55,1 4 3 
XIII 
Itaberaba 
Letras 50,9 53,7 43,0 52,7 45,0 52,8 4 4 
Pedagogia 47,2 45,3 43,1 48,1 44,1 47,4 3 2 
História 51,0 - 37,4 - 40,8 - SC SC 
XIVConceição do 
Coité 
Letras - 52,2 - 44,8 - 46,6 SC SC 
História 51,7 - 38,2 - 41,6 - SC SC 
XVI 
Irecê 
Letras 53,3 48,9 44,2 39,5 46,5 41,8 2 2 
Pedagogia 50,3 53,0 48,2 57,9 48,7 56,6 4 4 
XVII 
Bom Jesus 
da Lapa 
Pedagogia 44,4 50,1 42,0 53,9 42,6 52,9 3 4 
XX 
Brumado 
Letras 53,7 56,1 43,4 47,7 45,9 49,8 3 3 
XXI 
Ipiaú 
Letras - 55,1 - 48,7 - 50,3 SC SC 
XXII 
Euclides da 
Cunha 
Letras 54,9 56,5 45,7 52,1 48,0 53,2 4 4 
XXIII 
Seabra 
Letras 54,5 59,6 41,4 53,9 44,7 55,3 4 5 
XXIV 
Xique-Xique 
Letras 49,0 53,0 40,2 45,7 42,4 47,5 3 3 
Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade do Estado da Bahia – UNEB 
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação - PROGRAD 
Campus Universitário Professor Gedival Sousa Andrade 
DCHT XXIV Xique-Xique 
 
 
18 
 
Tabela 04 - Resultado da avaliação do ENADE/2009 
 
CAMPUS/ 
MUNICÍPIO 
CURSO 
MÉDIA DA 
FORMAÇÃO 
GERAL 
MÉDIA DO 
COMPONENTE 
ESPECÍFICO 
MÉDIA 
GERAL ENADE 
CONCEITO 
IDD 
CONCEITO 
ING. CONC. ING. CONC. ING. CONC. 
I 
Salvador 
Administração - 66,80 - 47,50 - - 4 - 
Direito 74,77 - 68,46 - - - SC - 
Comunicação 
Social/Relações 
Públicas 
70,50 40,99 56,55 44,65 - - 3 - 
Design 57,68 70,91 47,70 63,40 - - 5 4,4 
Turismo 51,47 53,41 63,65 64,01 - - 4 2,1 
III 
Juazeiro 
Comunicação 
Social/ 
Jornalismo 
35,30 6,32 30,77 6,45 - - 1 - 
Direito 38,41 61,03 35,97 61,10 - - 4 5 
IV 
Jacobina 
Direito - 55,93 - 55,91 - - 3 - 
V 
Santo 
Antônio de 
Jesus 
Administração 51,59 53,75 34,39 44,40 - - 4 2,9 
VII 
Senhor do 
Bonfim 
Ciências 
Contábeis 
43,25 25,65 31,57 23,35 - - 2 - 
VIII 
Paulo Afonso 
Direito 45,94 42,81 57,98 71,47 - - 5 3,1 
IX 
Barreiras 
Ciências 
Contábeis 
48,89 49,43 20,83 30,14 - - 3 2,5 
XI 
Serrinha 
Administração 52,11 64,04 34,75 45,86 - - 4 3,6 
XII 
Guanambi 
Pedagogia 44,14 50,83 40,14 45,37 - - 4 2,5 
XIV 
Conceição do 
Coité 
Comunicação 
Social/ 
Radialismo 
51,20 47,26 33,10 48,16 - - 3 - 
XVII 
Bom Jesus 
da Lapa 
Administração 50,78 - 29,68 - - - 2,7 - 
XV 
Valença 
Direito 56,97 - 55,97 - - - SC - 
XVIII 
Eunápolis 
Turismo 57,86 45,48 62,03 67,81 - - 4 2,2 
Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. 
 
 
 
 
 
 
Universidade do Estado da Bahia – UNEB 
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação - PROGRAD 
Campus Universitário Professor Gedival Sousa Andrade 
DCHT XXIV Xique-Xique 
 
 
19 
Tabela 05 - Resultado da avaliação do ENADE/2010 
 
CAMPUS/ 
MUNICÍPIO 
CURSO 
MÉDIA DA 
FORMAÇÃO 
GERAL 
MÉDIA DO 
COMPONENTE 
ESPECÍFICO 
MÉDIA 
GERAL ENADE 
CONCEITO 
IDD 
CONCEITO 
ING. CONC. ING. CONC. ING. CONC. 
I 
Salvador 
Enfermagem 33,94 28,41 32,73 33,12 - - 1 0,00 
Farmácia 58,58 52,70 46,44 55,64 - - 5 2,56 
Fisioterapia 63,82 - 37,90 - - - SC - 
Fonoaudiologia 54,86 61,95 38,72 64,26 - - 5 3,81 
Nutrição 54,04 44,83 38,38 48,73 - - 3 1,61 
III 
Juazeiro 
Agronomia 46,27 47,10 35,38 47,23 - - 3 1,96 
VII 
Senhor do 
Bonfim 
Enfermagem 47,22 - 46,21 - - - SC - 
IX 
Barreiras 
Engenharia 
Agronômica 
44,15 50,12 36,54 48,41 - - 3 2,39 
XII 
Guanambi 
Enfermagem 57,75 62,43 44,71 60,45 - - 4 3,64 
Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. 
 
 
Quanto à avaliação dos Cursos procedida pelo Conselho Estadual de 
Educação, a UNEB também tem obtido êxito, uma vez que todos os cursos que são 
submetidos à apreciação do referido Conselho, têm tido parecer favorável ao seu 
reconhecimento, confirmado por Decreto Governamental publicado em Diário Oficial. 
O resultado das avaliações dos Cursos aqui apresentado não deve ser 
entendido como um juízo definitivo do trabalho desenvolvido, mas como resultado de 
um empenho cotidiano, onde a UNEB como Instituição Pública, presente em 
diversas regiões do Estado, prima pela qualidade dos Cursos que oferece, 
reestruturando-os, ampliando e suspendendo a sua oferta de acordo com os 
indicadores sociais do seu contexto, e, sobretudo, buscando responder às 
demandas de formação profissional do mundo contemporâneo. 
Os processos de credenciamento e recredenciamento vivenciados pela 
universidade nos últimos anos, representam um marco de grande conquista para 
Universidade do Estado da Bahia, demonstrando suas potencialidades e capacidade 
Universidade do Estado da Bahia – UNEB 
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação - PROGRAD 
Campus Universitário Professor Gedival Sousa Andrade 
DCHT XXIV Xique-Xique 
 
 
20 
para responder às demandas sociais por educação superior, demonstrando a sua 
credibilidade institucional, a sua renovação e o seu desenvolvimento dentro do meio 
acadêmico e da comunidade, na medida em que promove uma educação superior 
de qualidade socialmente referenciada. 
 
1.4 VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA DO PROJETO 
 
O Projeto do Curso de Bacharelado em Engenharia Sanitária e Ambiental faz 
parte do Plano de Metas 2010/2013, no Eixo Excelência Acadêmica – Meta 
Avaliação e Redefinição do Modelo de Oferta de Cursos de Graduação – Resultado 
Esperado Produzir um novo Portfólio do Ensino de Graduação, sendo assim esse 
projeto já faz parte do planejamento orçamentário e financeiro Plurianual da 
Universidade. 
A dotação orçamentária já prevista para os cursos de Letras e Engenharia de 
Pesca, de acordo com deliberação da Reitoria e Pró-Reitoria de Planejamento, é 
compatível para o funcionamento de dois cursos já existentes no Departamento. 
Com a suspensão do curso de Letras, o orçamento já mantido no Departamento é 
suficiente para a manutenção do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental. 
Ressalva-se que atualmente o Departamento dispõe de um orçamento anual de R$ 
228.000,00, que será ampliado para R$ 300.000,00 em 2013, que poderá ser 
utilizado para aquisição de equipamentos e acervo bibliográfico para o novo curso. 
Alem disso, a reforma geral do prédio do Departamento realizada atualmente, sendo 
que as instalações físicas comportam o funcionamento dos dois cursos sem precisar 
de nova reforma, o que não atrapalha o planejamento orçamentário supracitado do 
Departamento. 
1.4.1 Planilha Orçamentária 
 
Universidade do Estado da Bahia – UNEB 
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação - PROGRAD 
Campus Universitário Professor Gedival Sousa Andrade 
DCHT XXIV Xique-Xique 
 
 
21 
DENOMINAÇÃO
ELEMENTO VALOR R$ PERÍODO PERÍODO PERÍODO PERÍODO
DE DESPESA GRADUAÇÃO PESQUISA EXTENSÃO PÓS
3390.30 35.000,00 30.000,00 5.000,00
Departamento de Ciências 3390.33 70.000,00 70.000,00
Humanas e Tecnologias 3390.35 0,00
 de Xique-Xique 3390.36 34.728,00 19.728,00 15.000,00
3390.39 72.000,00 35.000,00 12.000,00 20.000,00 5.000,00
3390.47 3.000,00 0,00 3.000,00
4490.52 85.272,00 55.272,00 15.000,00 10.000,00 5.000,00
Total 300.000,00 210.000,00 45.000,00 30.000,00 15.000,00
70 % do 
Orçamento
15% do 
Orçamento
10% do 
Orçamento 5% do Orçamento
R$ 55.272,00 - Para implantação do novo curso
Destinação de Recurso: xxxx
PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
ANO 2013
AÇÕES 2443 - 2568 - 2555 - 2558 UNEB
ORÇAMENTO INICIAL PROGRAMAÇÃO GERAL 2013
Universidade do Estado da Bahia – UNEB 
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação - PROGRAD 
Campus Universitário Professor Gedival Sousa Andrade 
DCHT XXIV Xique-Xique 
 
 
22 
1.5 CORPO DOCENTE 
O corpo docente do Campus Universitário Professor Gedival Sousa Andrade 
DCHT XXIVé constituído por 21 professores, sendo 04 especialistas, 16 mestres, 
(dos quais 06 já estão em fase de conclusão do doutorado) e 01 doutor. Estes 
docentes atendem aos Cursos de Letras e Engenharia de Pesca, e poderão, 
integrar-se ao Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, uma vez que o 
componentes do núcleo básico e de formação profissional são compatíveis entre os 
cursos de Engenharia de Pesca e Engenharia Sanitária e Ambiental e através da 
articulação de componentes, atividades de pesquisa e extensão. 
Atualmente, o curso de Engenharia de Pesca possui 07 professores efetivos, 
com qualificação necessária para lecionar, também, nas disciplinas do curso de 
Engenharia Sanitária e Ambiental, são eles: Professor Darcy Ribeiro de Castro, 
(Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica do Salvador 
(1994). É especialista em Metodologia do Ensino Fundamental pela Universidade do 
Estado da Bahia-UNEB (2000), com ênfase no Ensino de Ciências. É mestre em 
Ensino, Filosofia e História das Ciências pela Universidade Federal da Bahia-UFBA); 
Professor Murilo Sodré Marques (Licenciado em Física pela Universidade Estadual 
de Feira de Santana (UEFS-BA) e mestre em Física pela Universidade Federal de 
Pernambuco – UFPE); Professor Oscar Pacheco Passos Neto (Possui graduação 
em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É Mestre em 
Ciências Marinhas Tropicais pelo Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da 
Universidade Federal do Ceará – UFC); Professor Ricardo Luiz Wagner (Possui 
graduação em Engenharia de Pesca pela Universidade Estadual do Oeste do 
Paraná (2005). Mestrado em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca pela 
Universidade Estadual do Oeste do Paraná); Professora Taiana Guimarães Araújo 
(Graduada em Oceanografia, com habilitação em Pesquisa Oceanográfica pela 
Universidade Federal do Paraná, tem experiência nas quatro grandes áreas da 
Oceanografia (física, geológica, biológica e química), mas ênfase em Oceanografia 
Química. Mestre em Sistemas Aquáticos Tropicais (Área de concentração: Ecologia 
e Meio Ambiente) pela Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC); professora 
Rebeca Dourado Gonçalves (Graduação em Física pela Universidade Estadual de 
Universidade do Estado da Bahia – UNEB 
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação - PROGRAD 
Campus Universitário Professor Gedival Sousa Andrade 
DCHT XXIV Xique-Xique 
 
 
23 
Feira de Santana (2006) e Mestrado em Física (2008) pela Universidade Federal da 
Paraíba); Professor William Cristiane Teles Tonini (Graduado em Ciências Biológicas 
pela Universidade Federal do Espírito Santo (2000), Mestre em Zoologia pela 
Universidade Estadual de Santa Cruz, BA (2005) e Doutor em Ciência Animal 
(2010), pela Universidade Estadual Norte Fluminense, RJ, com estágio Pós Doutoral 
em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional na Universidade Estadual de Santa 
Cruz – UESC – Ilhéus, Bahia - 2012) 
Os demais professores para o Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental 
serão admitidos através de concurso público, podendo o Departamento contar com a 
figura do professor cooperador ou visitante, uma vez que serão remanejadas as 
vagas do curso de Letras, em dissolução, para o curso de Engenharia Sanitária e 
Ambiental. Contar-se-á para isto com as vagas de 06 professores do curso de Letras 
que já foram transferidos para outros Departamentos, a saber: Andréa Betânia da 
Silva, Janine Fontes de Souza, Juciana Santos Cerqueira, Líbia Gertrudes de Melo e 
Marluce de Santana Vieira; E ainda mais 09 professores que serão transferidos: 
Crizeide Miranda Freire, Ilmara Valois Bacelar Figueiredo Coutinho, João 
Evangelista do Nascimento Neto, João Silva Rocha Filho, Lise Mary Arruda 
Dourado, Maria Ionaia de Jesus Souza, Nerivaldo Alves Araújo, Paulo Roberto 
Correia Esteves, e Rita de Cássia Chagas Carvalho. Estas vagas serão preenchidas 
gradativamente de acordo com a oferta dos componentes curriculares do Curso de 
Engenharia Sanitária e Ambiental. 
 
2 O CURSO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL 
2.1 RELEVÂNCIA SOCIAL 
A proposta de implantação do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental – 
Bacharelado no Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias do Campus 
XXIV, no município de Xique-Xique, surge do envolvimento e comprometimento da 
UNEB com as comunidades integrantes dos mais diversos Territórios do Estado da 
Bahia. Com esta iniciativa, a Universidade busca atender aos anseios de inúmeros 
municípios do Território de Irecê, situados na Bacia do Médio São Francisco, bem 
como de outras regiões do estado e do país, promovendo a formação de 
Universidade do Estado da Bahia – UNEB 
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação - PROGRAD 
Campus Universitário Professor Gedival Sousa Andrade 
DCHT XXIV Xique-Xique 
 
 
24 
profissionais qualificados e, sobretudo, a formação pessoal de cidadãos, 
contribuindo para o desenvolvimento de suas potencialidades humanas e sociais e, 
consequente, com a construção de uma sociedade com equidade social e com o de 
desenvolvimento sustentável do Território. 
2.1.1 O cenário do ambiente e o município de Xique-Xique 
O município de Xique-Xique está a uma altitude de 402 metros em relação ao 
nível do mar, possui clima quente e uma área de 5.987,5 Km2. Sua população 
estima-se em 50.000 habitantes, segundo projeção de pessoas residentes do IBGE 
(2010). Integrante do Território de identidade de Irecê limita-se com os municípios de 
Barra do Rio Grande, Itaguaçu da Bahia, Gentio do Ouro, Morporá e Pilão Arcado. 
Situado à margem direita do Rio São Francisco, o município abriga um porto 
de grande importância para a economia da região que é baseada na agricultura, 
pecuária e principalmente em atividades pesqueiras. 
 
Fonte: http://www.google.com/maps 
 
Xique-Xique tem uma interessante trajetória histórica, e data de 1714 a 
assinatura do primeiro ato que elevou a capela de Chique-Chique à categoria de 
freguesia, pelo então arcebispo da Bahia Dom Sebastião Monteiro da Vide, 
propiciando assim o crescimento do arraial que deu origem ao município, 
Universidade do Estado da Bahia – UNEB 
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação - PROGRAD 
Campus Universitário Professor Gedival Sousa Andrade 
DCHT XXIV Xique-Xique 
 
 
25 
emancipado em 06 de julho de 1832 e titulado cidade em 12 de junho de 1928. No 
Brasil Império, o município contribuía com a produção de ouro e pedras preciosas 
extraídos dos garimpos da Serra do Assuruá. 
O município tem significativo sistema de abastecimento e de tratamento de 
água e um avançado projeto de implantação da rede de esgoto (em execução), com 
total apoio do governo federal (sede). A coleta de lixo (resíduos sólidos) é realizada 
regularmente e satisfatoriamente, mas o armazenamento final fica limitado ao lixão 
que tem se colocado como verdadeiro desafio para o Poder Público Local e para a 
comunidade civil, desde o ano de 2007, em que se vem discutindo alternativas para 
tratamento do lixo e redução de seus impactos ambientais e na saúde publica. O 
consorcio para a construção do aterro sanitário por parte de alguns municípios 
vizinhos, envolvendo verba do governo federal, tem se mostrado uma potencial 
alternativa para esta questão. 
A degradação ambiental no município coloca-o numa situação de zona de 
emergência acometida por um processo natural em que as encostas úmidas das 
zonas montanhosas de vegetação arborescente, incluindo planaltos e morros, foram 
sendo desgastadas pelas intempéries naturais, liberando sedimentos para as áreas 
baixas, deixando a região cada vez mais árida. Por outro lado, a devastação das 
terras planas (acima de 50%) vem invadindo as encostas das serras e as margens 
dosrios, comprometendo substancialmente o equilíbrio ambiental e qualidade de 
vida do ribeirinho. 
Em função das irregularidades e diminuição das precipitações atmosféricas 
advindas de causa natural e antrópicas, os aquíferos locais vêm sofrendo grande 
diminuição das recargas hídricas, chegando, em alguns casos levar à extinção de 
nascentes e riachos municipais e dificultando a sobrevivência de espécies da flora, 
da fauna e das comunidades humanas, sobretudo as ribeirinhas. Além disto, temos a 
contaminação do solo e do lençol freático pelo uso indiscriminado de pesticidas, 
herbicidas, defensivos agrícolas e fertilizantes que contribuem para acumulação de 
produtos tóxicos na cadeia alimentar e para a salinização do solo. O lixo e rejeitos 
(incluindo hospitalar, radioativo) são descartados inadequadamente nos lixões e 
então queimados, contaminando ar, solo e água (lençóis freáticos). Os produtos 
desta queima são altamente tóxicos e nocivos tanto para a saúde dos ecossistemas 
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quanto à saúde humana, trazendo preocupações reais para a saúde pública 
municipal. Adicionalmente, as consequências destes impactos, num ciclo complexo, 
podem provocar reações naturais muitas vezes imprevisíveis, nos quesitos temporal 
e espacial e também em magnitude. 
De uma maneira geral, o uso desenfreado da agricultura irrigada e a poluição 
ambiental, incluindo o esgoto doméstico e industrial, comprometem a qualidade das 
águas superficiais e subterrâneas do Baixo-médio São Francisco. Esta questão 
suscita emergentes preocupações com o ambiente local/regional, tanto no que tange 
à biota terrestre, quanto aquática que serve de principal fonte de subsistência para o 
povo ribeirinho (pesca, agricultura, pecuária). 
A preservação dos remanescentes ambientais (rio São 
Francisco/afluentes/mata ciliar) e a recuperação/manejo das áreas planas são 
medidas indispensáveis para deter o avanço da desertificação na região, bem como 
para possibilitar a melhoria da qualidade na região supracitada. Com o ambiente 
natural preservado, pode-se evitar a migração de animais (insetos, roedores) para a 
cidade, os quais contribuem para o aumento de foco de algumas doenças e 
urbanização de outras. 
Neste sentido, percebemos a necessidade de buscar intervenção da 
universidade mediante a criação do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental para 
fins de viabilizar conhecimentos e tecnologias capazes de auxiliar a comunidade no 
desenvolvimento ações práticas sustentáveis em “prol” do ambiente e da 
sustentabilidade local. É importante frisar que para enfrentamento da questão 
ambiental mais ampla do município, que também tem interferência regional é preciso 
construir condições alternativas de convivência da comunidade com o semiárido 
para que os impactos sejam reduzidos antes de serem enfrentados/corrigidos. Para 
isto, o curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, sobremaneira, tem a contribuir no 
que tange ao desenvolvimento de ações, a exemplo da despoluição de áreas (solo, 
rio), criação de micro barragens, reciclagem/reaproveitamento de resíduos sólidos, 
utilização de fontes de energia limpa, tanto biológica como naturais e 
acompanhamento técnico nos serviços municipais relacionados às atividades de 
Meio Ambiente, dentre outras. 
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27 
Na área educacional, verifica-se uma quantidade significativa de escolas 
públicas e particulares, no município e localidades circunvizinhas, voltadas para a 
formação básica da população, em sua maioria oriunda das classes populares e com 
carências, principalmente no que diz respeito a uma formação escolar de qualidade. 
Nesse contexto, torna-se premente a criação de cursos em nível superior que 
possam responder às demandas das comunidades, no caso específico do Curso de 
Engenharia Sanitária e Ambiental – Bacharelado, às demandas de fortalecimento 
das atividades da Ecologia, Poluição e Impactos Ambientais, Saneamento 
Ambiental, Planejamento, Tecnologia Aplicada e Extensão Ambiental, da mão de 
obra especializada para o desenvolvimento regional sustentável, e, sobretudo, de 
melhores perspectivas de vida para os cidadãos do município de Xique-Xique e 
adjacências, como os municípios de João Dourado, Lapão, São Gabriel, Presidente 
Dutra, America Dourada, Cafarnaum, Barra do Mendes, Barro Alto, Ibipeba, Ibititá, 
Uibaí, Central, Itaguaçu da Bahia, Jussara, Barra, Morpará, Pilão Arcado, Buritirama, 
Gentio do Ouro e Ipupiara. 
Além disso, o DCHT XXIV funciona com apenas dois cursos, o de Letras-
Língua Portuguesa e Literaturas - Licenciatura, cuja oferta de vagas está suspensa, 
atendendo somente alunos remanescentes, e o de Engenharia de Pesca, 
aumentando desta forma, as condições de abrigar o Curso de Engenharia Sanitária 
e Ambiental– Bacharelado aqui apresentado. 
2.1.2 Convênios estabelecidos para implantação do curso 
O Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental a ser desenvolvido pela UNEB 
em Xique-Xique, contará com toda infraestrutura já existente no Departamento do 
Campus XXIV e também com os recursos já previstos no Plano Operativo Anual e 
Administração Central da Universidade. Entretanto, como forma de utilização de 
recursos já existentes no município e ainda fortalecer a qualidade pretendida para o 
Curso, o Departamento buscou estabelecer parcerias com a Prefeitura Municipal de 
Xique-Xique – BA (Convênio 035/2012, publicado no Diário Oficial do Estado da 
Bahia dia 09/11/2012) e com a CODEVASF (nº 1679 de 22/12/2010). Para tanto, 
foram firmados convênios com estas instituições, que disponibilizam para o Curso, 
laboratórios nas áreas de Limnologia, Melhoramento Genético, Análise Biológica e 
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Físico-química da água, visando a realização de aulas práticas, teóricas e a 
execução dos estágios obrigatórios durante o curso. 
Além destes, foram assinados convênios com as prefeituras de Barra, Gentio 
do Ouro e Itaguaçú da Bahia, para construção da Residência Estudantil, compra de 
acervo bibliográfico e laboratórios. 
 
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2.2 BASE LEGAL DO CURRÍCULO 
O currículo do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental foi elaborado na 
perspectiva de possibilitar abordagens contextualizadas, articuladas, flexíveis, 
interdisciplinares e coerentes com os atuais processos de produçãode 
conhecimento. Assim, fundamentou-se nos seguintes documentos: 
 
1- Resolução CNE/CES nº11, de 11/03/2002, do Conselho Nacional de Educação, 
que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em 
Engenharia; 
2- Resolução CNE/CES nº 2/2007 que dispões sobre carga horária mínima e 
procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de graduação, 
bacharelados, na modalidade presencial; 
3- O exercício da profissão de engenheiro é regulamentado pela Lei Federal Nº 
5194, de24/12/1966 e Decreto Federal Nº 620, de 10/06/1969; 
4- Portaria Nº. 383, de 15/09/1983 do Ministério da Educação e Cultura, que 
reconhece o curso de graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental; 
5- Resolução CONFEA Nº. 218, de 29/06/1973, do Conselho Federal de Engenharia, 
Arquitetura e Agronomia, que dispõe sobre as atividades das diferentes modalidades 
profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia, regulamentando as atividades 
dos profissionais da área de Engenharia Sanitária e Ambiental; 
6- Resolução CONFEA Nº 1.010, de 22/08/2005, que regulamenta a atribuição de 
títulos profissionais; 
7- Resolução CONFEA N° 310, de 23/07/1986 que discrimina detalhadamente as 
atividades do Engenheiro Sanitarista, onde no Art. 1º fornece a competência do 
Engenheiro Sanitarista no desempenho das suas atividades; 
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8- Resolução CONFEA Nº. 447, de 22/09/2000, que dispõe sobre o registro 
profissional e discrimina as atividades para o Engenheiro Ambiental; 
9- Resolução N° 473/02 do CONFEA, com atualização em 29/11/2006, onde é 
apresentada a Tabela de Títulos Profissionais, onde explicita, claramente, a titulação 
almejada pelo Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade do 
estado da Bahia, pelo Código 111-09-00, de Engenheiro (a) Sanitarista e Ambiental 
aos egressos deste curso; 
10- Resolução CNE/CP nº 2, de 15 de junho de 2012 que Estabelece as Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. 
 
2.3 CONCEPÇÕES E OBJETIVOS 
O Projeto do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental - Bacharelado, em 
sua organização curricular, traz como fundamento filosófico a perspectiva de 
formação de um profissional integral, buscando consolidar a identidade de 
homem/mulher, enquanto sujeitos das relações e inter-relações sociais em um 
panorama que contextualize as condições e competências de permanente 
atualização para reflexão e critica do contexto em que se encontra inserido. 
Neste sentido, esta organização revela, em síntese, a formação proposta, 
para o desenvolvimento de competências e habilidades com o embasamento 
teórico-epistemológico pertinente à área das Ciências Agrárias, capacitando 
profissionais para atuar na grande área de Recursos Ambientais e Engenharia 
Sanitária e Ambiental, de forma eficiente e crítica, comprometidos com as dimensões 
ecológica, econômica, social e política da sociedade. 
Destacam-se como objetivos, no âmbito geral da formação de profissional, o 
seguinte: 
I - aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à 
engenharia; 
II - projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados; 
III - conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos; 
IV - planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia; 
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V - identificar, formular e resolver problemas de engenharia; 
VI - desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas; 
VI - supervisionar a operação e a manutenção de sistemas; 
VII - avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas; 
VIII - comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica; 
IX - atuar em equipes multidisciplinares; 
X - compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais; 
XI - avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental; 
XII - avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia; 
XIII - assumir a postura de permanente busca de atualização profissional. 
Destacam-se como objetivos, no âmbito da formação profissional específica, 
o seguinte: 
I- aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais na 
identificação, análise, avaliação e minimização ou solução de problemas de 
saneamento básico e ambientais; 
II- utilizar tecnologias de informação como ferramentas de pesquisa e atuação 
profissional; 
III- caracterizar os sistemas e ecossistemas, os elementos que os compõem e suas 
respectivas funções; 
IV- correlacionar a qualidade da água, do ar e do solo com a qualidade de vida do 
homem e de outros elementos da natureza como a fauna e flora; 
V- identificar os parâmetros de qualidade ambiental do meio físico (ar, água e solo); 
VI- identificar e analisar situações problemas que afetam o equilíbrio ambiental, 
definir os seus impactos, positivos e negativos e propor medidas mitigadoras para o 
impacto negativo; 
VII- conceber e desenvolver ações de diagnóstico e caracterização do meio 
ambiente, monitoramento e controle da qualidade ambiental, de recuperação do 
ambiente degradado e ações estruturais e não-estruturais, visando preservar a 
qualidade ambiental através de metodologias de gerenciamento e planejamento 
ambiental; 
VIII- realizar estudos e pesquisas nas diversas áreas de atuação do engenheiro 
sanitarista e ambiental; 
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36 
IX- compreender as metodologias e tecnologias de projeto, de construção, de 
operação e manutenção de sistemas de engenharia sanitária e ambiental; 
X- atuar de forma ética e socialmente responsável, visando uma sociedade 
includente, justa e solidária. 
As atribuições do Engenheiro Ambiental estão definidas na Resolução nº 447, 
de 22 de setembro de 2000, estando discriminadas da seguinte forma: 
 
“Art. 2º - Compete ao engenheiro ambiental o desempenho das atividades 1 a 
14 e 18 do art. 1º da Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973, referentes à 
administração, gestão e ordenamentos ambientais e ao monitoramento e mitigação 
de impactos ambientais, seus serviços afins e correlatos. 
Parágrafo único - As competências e as garantias atribuídas por esta 
Resolução aos engenheiros ambientais são concedidas sem prejuízo dos direitos e 
prerrogativas conferidas aos engenheiros, aos arquitetos, aos engenheiros 
agrônomos, aos geólogos ou engenheiros geólogos, aos geógrafos e aos 
meteorologistas, relativamente às suas atribuições na área ambiental. 
Art. 3º- Nenhum profissional poderá desempenhar atividades além daquelas 
que lhe competem, pelas características de seu currículo escolar, consideradas em 
cada caso, apenas, as disciplinas que contribuem para a graduação profissional, 
salvo outras que lhe sejam acrescidas em curso de pós-graduação, na mesma 
modalidade. 
Com base no disposto acima, a Resolução nº 218/73, especifica as atividades 
que os profissionais podem desempenhar. 
Pode-se observar que as atribuições descritas estão colocadas de maneira 
genérica pela legislação. Isto se deve, principalmente, pelo fato de que os currículos 
dos cursos de Engenharia Ambiental são muito diferentes, inclusive dentro do 
mesmo estado. As Universidades estruturam os cursos, conforme necessidade 
regional do mercado de trabalho, porisso os mesmos se tornam tão amplos e até 
mesmo difíceis em definir o que pode ou não ser feito por este profissional, apesar 
de possuírem o mesmo título na sua formação acadêmica, Engenheiro Ambiental. 
Vale ressaltar que conforme disposto na Lei Nº 5194/66, o profissional só está 
legalmente habilitado a exercer a profissão após o seu registro no Conselho 
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37 
Regional, portanto a universidade capacita profissionalmente e o CREA habilita 
legalmente, sendo responsabilidade do Conselho Federal determinar as atribuições 
dos profissionais que fazem parte deste órgão de fiscalização. 
2.4 PERFIL DO EGRESSO 
A atuação do Bacharel em Engenharia Sanitária e Ambiental (egresso) deve 
adquirir uma formação básica, sólida e generalista, com capacidade para se 
especializar em qualquer área do campo da Engenharia Sanitária e Ambiental, que 
saiba trabalhar de forma independente e também em equipe, que detenha amplos 
conhecimentos e familiaridade com ferramentas básicas de cálculo e de informática, 
e com os fenômenos físicos e químicos envolvidos na sua área de atuação e com 
um olhar clínico e capacidade de gerar conhecimentos para atuação profissional, de 
forma local e em outras instâncias fora da área de atuação da UNEB. 
Para tal, empregarão o raciocínio reflexivo, crítico e criativo, respeitando o 
meio ambiente e atendendo as expectativas humanas e sociais no exercício das 
atividades profissionais. Essencialmente, deve ter adquirido um comportamento pró-
ativo e de independência no seu trabalho, atuando como empreendedor e como 
vetor de desenvolvimento tecnológico, não se restringindo apenas à sua formação 
técnica, mas a uma formação mais ampla, política, ética e moral, com uma visão 
crítica de sua função social como engenheiro. 
Ainda, o egresso do curso de engenharia sanitária e ambiental pode facilitar 
compreensão da natureza complexa do meio ambiente, ou seja, levar todos à 
percepção das interações entre os aspectos físicos, socioculturais e político-
econômicos que compõem a relação homem/meio, objetivando a proteção ambiental 
em harmonia com o desenvolvimento sustentável. 
2.4.1 Temas abordados na formação 
Ecologia e Microbiologia; Meteorologia e Climatologia; Geologia; Pedologia; 
Cartografia e Fotogrametria; Informática; Geoprocessamento; Mecânica dos Fluidos; 
Gestão Ambiental; Planejamento Ambiental; Hidrologia; Hidráulica Ambiental e 
Recursos Hídricos; Poluição Ambiental; Avaliação de Impactos e Riscos Ambientais; 
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Saneamento Ambiental; Saúde Ambiental; Caracterização e Tratamento de 
Resíduos Sólidos, Líquidos e Gasosos; Irrigação e Drenagem; Economia dos 
Recursos Hídricos; Direito Ambiental; Ciência dos Materiais; Modelagem Ambiental; 
Análise e Simulação de Sistemas Ambientais; Matemática; Física; Química; Ética e 
Meio Ambiente; Ergonomia e Segurança do Trabalho; Relações Ciência, Tecnologia 
e Sociedade (CTS). 
2.4.2 Ambientes de atuação 
O Engenheiro Ambiental e Sanitarista atua em empresas de tecnologia 
ambiental; em órgãos públicos e empresas de construção de obras de infraestrutura 
hidráulica e de saneamento; em empresas e laboratórios de pesquisa científica e 
tecnológica. Também pode atuar de forma autônoma, em empresa própria ou 
prestando consultoria. 
2.5 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 
A organização curricular do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental está 
pautada nos princípios da flexibilização, da interrelação da atuação prática com a 
formação teórica, de modo a favorecer o fortalecimento da autonomia intelectual do 
aluno, contribuindo para a formação de um profissional atuante, com apropriação e 
domínio de novas tecnologias, capacidade empreendedora e utilização sustentável 
dos recursos ambientais. A área de Engenharia Sanitária e Ambiental evoluiu e 
novos conceitos e tecnologias surgiram, exigindo que também os currículos dos 
cursos de formação na área, tenham um caráter dinâmico para acompanhar esta 
evolução e se adequarem ao mundo em transformação. 
O Currículo do Curso do Campus XXIV – Professor Gedival de Sousa 
Andrade estrutura-se em núcleos interdimensionados de formação, considerando a 
necessidade e o grau de complexidade dos conhecimentos, organizados numa 
sequência didática flexível que possibilite uma aprendizagem acadêmica significativa 
para o exercício pessoal, profissional e social. Os componentes curriculares dos 
núcleos interdimensionados possibilitam ao engenheiro sanitarista e ambiental a 
trabalhar em suas respectivas áreas, de maneira a prever, evitar e mitigar danos 
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ambientais oriundos de atividades antrópicas, com enfoque em planejamento, 
execução, acompanhamento e monitoramento de atividades voltadas para o controle 
de poluição atmosférica, hídrica e do solo, com suas implicações na qualidade de 
vida da comunidade. 
Desta forma, atividades como recuperação de áreas degradadas, 
gerenciamento de resíduos (urbanos, agrícolas e industriais), avaliação de impactos 
ambientais, medidas mitigadoras de controle de poluição, educação ambiental e 
planejamento e implantação de Sistemas de Gerenciamento Ambiental (SGA), 
igualmente mostram-se como pertinentes ao campo de trabalho do Engenheiro 
Sanitarista e Ambiental. 
Em atendimento à Resolução CNE/CES 11/2002 que institui as diretrizes 
curriculares para o Curso de Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, 
esses núcleos se integram na perspectiva de cultivar habilidades acadêmicas 
básicas, de formação humanística, habilidades básicas no âmbito das Ciências 
Agrárias e habilidades específicas para a formação do Engenheiro Sanitarista e 
Ambiental, sendo: Núcleo de Formação Básica (NFB), Núcleo de Formação 
Profissional (NFP), Núcleo de Formação Específica (NFE) e Núcleo de Formação 
Complementar (NFC). 
O Núcleo de Formação Básica é composto por campos do saber que 
fornecem embasamentos teórico-práticos necessários aos demais conhecimentos da 
formação profissional, específica e complementar. Integram esse núcleo os 
seguintes componentes: Introdução à Engenharia Sanitária e Ambiental, Biologia 
Geral, Biologia Sanitária e Ambiental, Geometria Analítica e Álgebra Linear, Cálculo 
Básico, Cálculo I, II e III Física I, II e III, Introdução à Química, Química Geral, 
Desenho Técnico, Leitura e Produção de Texto, Sociologia Rural, Ecologia Geral, 
Computação, Fenômenos de Transporte, Estatística, Poluição Ambiental e Práticas 
Laboratoriais em Engenharia Sanitária e Ambiental. 
O Núcleo de Formação Profissional é composto por campos do saber 
destinados à caracterização da identidade do profissional da Engenharia Sanitária e 
Ambiental. Integram esse núcleo os seguintes componentes: Administração e Meio 
Ambiente, Economia e Meio Ambiente, Química Orgânica, Bioquímica, Métodos 
Numéricos Computacionais, Cartografia e Geoprocessamento, Topografia, 
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Biotecnologia e Meio Ambiente, Materiais e Técnicas de Construção, Resistência 
dos Materiais, Termodinâmica, Mecânica dos Fluidos, Hidráulica I e II, Tópicos 
Especiais I e II, Planejamentoe Gestão de Recursos Hídricos e Gestão Ambiental 
Integrada. 
O Núcleo de Formação Específica é composto por atividades/campos do 
saber, a fim de enriquecer a formação do profissional, proporcionando a introdução 
de projetos e atividades que visem a consolidação de sua vocações e interesses 
regionais. Integram este núcleo os seguintes componentes: Educação Ambiental, 
Microbiologia Ambiental, Bacias Hidrográficas, Geologia e Solos, Introdução à 
Geologia e Hidrologia, Hidrologia e Solo, Ecossistemas Aquáticos e Terrestres e 
suas Interfaces, climatologia, Análise Ambiental, Resíduos Sólidos, Química 
Ambiental, Física Ambiental, Impactos Ambientais, Controle e Recuperação de 
Áreas Degradadas, Legislação Sanitária e Ambiental, Recurso Naturais, Obras 
Hidráulicas, Saúde Ambiental, Sistema de Esgotamento Sanitário, Sistema de 
Abastecimento e Tratamento de Água, Oficinas de Pesquisa I, II, III, IV, V, VI, VII e 
VIII, Estágio Supervisionado I e II, Orientação de TCC e TCC. 
Os temas norteadores referentes ás oficinas de pesquisa serão desenvolvidos 
de acordo com os semestres nos quais estão inseridos, considerando as 
especificidades regionais e peculiaridades dos alunos. Estes temas permitirão a 
formação interdisciplinar dos egressos, de modo a assegurar uma atuação 
profissional voltada para o enfrentamento de problemas complexos dos tempos 
hodiernos, os quais exigem mais do que um conhecimento específico e 
unidirecional. 
Os Tópicos Especiais em Engenharia Sanitária e Ambiental I e II serão 
contemplados com as ementas dos componentes adicionais, de acordo com as 
necessidades do curso e a disponibilidade de professores e deverão contemplar 
conhecimentos relacionados à Engenharia Sanitária e Ambiental e o 
Desenvolvimento Sustentável e a Engenharia Sanitária e Ambiental (Ciência, 
Tecnologia, Sociedade e Meio Ambiente-CTSA) e Segurança no Trabalho, 
respectivamente. 
O currículo do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental aqui apresentado 
contempla a existência interligada de Eixos, a saber: Engenharia, Ecologia e suas 
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Interfaces, Bacias Hidrográficas e Recursos Sanitários e Ambientais, Tecnologia e 
Gestão de Recursos Ambientais. Tais eixos são derivados dos Núcleos de 
Formação, os quais se relacionam de forma transversal, possibilitando a reflexão 
sobre o papel individual, coletivo, social e político do profissional da Engenharia 
Sanitária e Ambiental. 
Esses eixos serão desenvolvidos em processo horizontal, oportunizando a 
compreensão da conexão entre os vários conhecimentos que convergem para a 
formação do profissional de Engenharia Sanitária e Ambiental, possibilitando, 
através do planejamento semestral dos componentes curriculares, conforme Plano 
de Trabalho Docente, a articulação da proposta. A implantação da referida proposta 
está de acordo com as Diretrizes Nacionais de Educação Ambiental que 
recomendam que as instituições de Educação Superior devam promover sua gestão 
e suas ações de ensino, pesquisa e extensão orientadas pelos princípios e objetivos 
da Educação Ambiental (RESOLUÇÃO Nº 2, DE 15 DE JUNHO DE 2012). 
O Currículo do curso conta ainda de uma carga horária de 30 e 45 horas 
direcionada para componentes curriculares optativos, isto para oportunizar ao 
profissional de Engenharia Sanitária e Ambiental, a ampliação de conhecimentos no 
campo de formação e atuação no mercado de trabalho. Os componentes optativos 
serão oferecidos, conforme demanda do colegiado, atendendo ás especificidades 
locais do curso. 
A opção por uma estrutura curricular organizada em eixos se dá a partir da 
compreensão de que os eixos, pelo caráter amplo, abrangente e complexo da 
discussão que dão origem a uma ampla reflexão sobre o profissional e os contextos 
da área de engenharia Sanitária e Ambiental. 
A integralização curricular deverá ocorrer em um tempo mínimo de 10 e 
máximo de 16 semestres. 
O Curso tem uma carga horária total de 4.140 horas, distribuídas da seguinte 
forma: 
 
 
 
 
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Núcleo de Formação Carga Horária 
NFB 1.305 horas 
NFP 975 horas 
NFE 1.740 horas 
NFC 120 horas 
Total 4.140 horas 
 
2.6 ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
O Estágio Curricular nos cursos da UNEB se organiza em consonância com a 
concepção de formação profissional em espaços específicos, estabelecendo a 
unidade entre teoria e prática de modo que se possa garantir a vivência dos 
estudantes em espaços e instituições de diversas áreas e ramos de atividades que 
contribuam para a sua formação. 
No Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental este estágio é componente 
curricular obrigatório, constituindo-se em atividade científica social e/ou de extensão. 
Configura-se também, como espaço de investigação e de construção de 
conhecimentos, politicamente definido como momento fundamental para a 
identidade profissional, numa dimensão humana, política e técnica. Dotado de 
possibilidades para a intervenção, manifesta-se como oportunidade para o 
diagnóstico de problemas, busca de soluções e desenvolvimento de ações na área 
de recursos ambientais, em correlação com o perfil do egresso definido para o 
Curso. Será realizado em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais, 
com o Regulamento Geral de Estágio da UNEB – Resolução do CONSEPE Nº 
795/07. 
Com realização definida na matriz curricular para o nono e décimo semestres, 
com 150 horas em cada um, o Estágio Curricular no Curso de Engenharia Sanitária 
e Ambiental totaliza 300 horas, cuja realização se dará através de convênios com 
Instituições (públicas e privadas) que desenvolvam trabalhos em áreas da 
engenharia ambiental ou afins e possam receber os alunos para desenvolvimento do 
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estágio, sendo orientados por um técnico-supervisor e pelo professor orientador do 
componente no Curso. 
O Colegiado do Curso acompanhará o desenvolvimento do Estágio e para 
tanto, elaborará projeto específico onde serão descritas e planejadas as atividades 
de estágio, especificando o acompanhamento, assessoramento e avaliação do 
processo. 
Apresenta-se a seguir, cópia da Resolução do CONSEPE Nº 795/07. 
 
 
 
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2.7 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) configura-se como componente 
curricular obrigatório no Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, sendo requisito 
necessário à sua integralização e obtenção do título de graduado. Caracterizado 
como atividade de síntese e integração de conhecimentos, o TCC tem como 
finalidade estabelecer a articulação entre o ensino e a pesquisa, ao tempo em que 
estimula a produção cientifica e técnica. 
Como componente curricular de formação, deverá estar articulado, de forma 
transversal, com os conhecimentos dos demais componentes curriculares 
desenvolvidos ao longo do curso. 
Distribuído em dois

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